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Fortalecimento da centro-direita dá o tom para 2026

Por Raphael Veleda
Do Metrópoles

Os resultados finais das Eleições Municipais de 2024 indicam que os partidos de centro-direita partem bem posicionados para as articulações visando ao próximo pleito: o de 2026 para Presidência da República, Senado, Câmara e governos estaduais.

Os partidos que mais têm motivos para comemorar são PSD e MDB, que mais conquistaram prefeituras, incluindo cinco capitais cada. Apesar de oficialmente estarem na base de apoio do governo Lula (PT), inclusive ocupando ministérios, as duas siglas pendem mais para a direita do que para a esquerda. Tanto que estiveram unidas na vitória mais importante desta eleição, a da capital paulista, onde Ricardo Nunes (MDB) levou a melhor sobre Guilherme Boulos (PSol), que era o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com participação tímida na campanha municipal, o presidente petista pode celebrar uma ligeira recuperação de seu partido, que voltará a governar uma capital depois de quase 8 anos: Fortaleza, onde Evandro Leitão venceu (por bem pouco) o bolsonarista André Fernandes (PL). Ao todo, porém, o PT termina a eleição com 252 prefeituras. Bem menos que as 885 do PSD; as 853 do MDB; as 746 do PP; as 583 do União Brasil; as 516 do PL; e as 433 do Republicanos. Veja o ranking (que ainda pode mudar devido a decisões judiciais):

A preferência dos eleitores brasileiros por políticos do campo conservador foi comentada, logo após a divulgação dos resultados, pelo deputado federal André Janones (Podemos-MG), aliado de Lula e crítico cotidiano das estratégias da esquerda. “O Brasil tem uma nova polarização: direita x extrema direita”, escreveu o mineiro no X, antigo Twitter. “Continuem divulgando ações através de site, panfletagem, e falando todes pra uma bolha de alienados soberbos intelectualmente que nem sabem mais o que é povo! Continuem nesse caminho que em 2026 a coça vai ser doída”, completou ele.

Nomes para 2026 ainda são uma incógnita
Apesar da força mostrada pelos partidos de centro-direita no pleito municipal, ainda é difícil projetar os nomes competitivos para a disputa nacional que acontecerá em dois anos. Do lado da esquerda, Lula tem sinalizado que pretende disputar mais uma reeleição, mas o petista completou 79 anos no domingo (27/10) e suas condições de saúde terão de ser levadas em conta para a decisão final. Como opções no campo progressista são falados nomes como o do ministro Fernando Haddad (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do prefeito reeleito do Rio, Eduardo Paes (PSD).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também tem mostrado disposição para voltar a se candidatar, mas para isso precisaria reverter a ilegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e escapar de possíveis condenações no Supremo Tribunal Federal (STF) em ações nas quais pode ser denunciado em breve, como a da investigação de uma suposta tentativa de golpe de Estado nos eventos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023.

E mesmo que o PL tenha conseguido um resultado positivo no geral, candidatos da ala mais ideológica do partido, mais ligados ao ex-presidente, não foram tão bem. Seus dois ex-ministros que disputaram eleições municipais perderam: o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL), em João Pessoa, e o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), que nem foi para o segundo turno em Recife (PE), onde venceu João Campos (PSB), aliado de Lula. Também amargou uma derrota o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem (PL), vencido por Paes no Rio no primeiro turno.

Bolsonaro ainda esteve ausente do palanque da vitória em São Paulo, onde mal foi citado – ao contrário do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é um dos mais cotados para representar a direita na eleição federal, apesar de não ter soltado a mão de Bolsonaro. O prefeito reeleito da capital paulista festejou muito o governador, que chamou de “grande líder”.

Já Bolsonaro passou o dia da eleição em Goiás, onde colheu uma derrota na capital para outro nome que deseja seu lugar no coração dos conservadores: o governador Ronaldo Caiado (União). Em Goiânia, Sandro Mabel (União), apoiado por Caiado (foto em destaque), venceu Fred Rodrigues (PL), o candidato bolsonarista, por 10 pontos de diferença.

Ao celebrar essa vitória, o presidente do partido, Antonio Rueda, deu o tom do discurso da ala da direita que pretende suceder Bolsonaro nas disputas futuras, de que o governador goiano ganhou contra o “extremismo”.

Kassab, o fiel da balança
Pelos números do PSB, fica fácil apontar o nome do presidente da legenda, Gilberto Kassab, como o grande vencedor dessas eleições municipais. Com a força conquistada, o habilidoso político paulista poderá decidir com calma o caminho a trilhar nas próximas eleições. Hoje, ele tem um pé em cada canoa: participa das administrações de Nunes e de Tarcísio em São Paulo, fazendo parte do primeiro escalão do governador, na pasta de Relações Institucionais, e também mantém a sigla como base do governo Lula, o que lhe rendeu três ministérios: Minas e Energia, Agricultura e Pesca.

Apesar de toda essa musculatura política, porém, faltam ao PSD de Kassab nomes competitivos para disputar com força uma eleição ao Palácio do Planalto. Enquanto lida com essa situação, Kassab evita dar pistas sobre que lado pretende escolher daqui a dois anos e sinaliza que quer ter um candidato a presidente, o governador Ratinho Júnior, de Santa Catarina.

Jaboatão dos Guararapes - Matriculas 2025

Por Emannuel Bento
Do JC

Após o segundo turno das eleições municipais de 2024, o presidente do PSD-PE e Ministro da Pesca e Aquicultura do Brasil, André de Paula, destacou a importância da vitória de Mirella Almeida à Prefeitura de Olinda para a legenda. “Sob todos os aspectos, valorizamos muito essa vitória de Mirella, que é uma vitória de Olinda, dos olindenses. Mirella está pronta, preparada, é um belíssimo quadro”, disse, à Rádio Jornal.

“O que me deixa mais feliz não é nem a expressão do resultado que, por si só, já é muito significativo, mas a certeza de que Mirella vai fazer a diferença como Prefeita de Olinda.” Ele enfatizou que a prefeita eleita contará com o apoio da governadora Raquel Lyra (PSDB) e do PSD, partido que saiu fortalecido das eleições municipais deste ano.

O ministro reconheceu a dificuldade do segundo turno em Olinda, com a competitividade de Vinicius Castello (PT). “Foi uma eleição muito dura, muito difícil. Você vê o volume de lideranças, de ministros do presidente Lula, que estiveram ao lado do candidato Castello, e isso tudo fez com que a vitória de Mirella fosse ainda mais importante”, disse.

Durante a entrevista, André de Paula foi questionado sobre possíveis rusgas por apoiar a adversária do candidato de Lula, que foi Castello. “O governo do presidente Lula é um governo plural. Fico feliz porque o segundo turno de Olinda se deu entre o PSD, que faz parte do governo, e o PT, o partido do Lula. Tenho certeza de que Mirella terá o apoio não apenas do presidente, mas também de lideranças importantes do próprio PT.”

“Mirella é uma mulher do diálogo, uma mulher que se relaciona com facilidade, tanto com seus adversários quanto com seus aliados. Não tenho dúvida de que o clima de enfrentamento natural da eleição não resistirá ao dia primeiro de janeiro, quando começaremos a trabalhar para construir uma Olinda cada vez mais forte e melhor”, acrescentou.

Raquel Lyra no PSD?
De Paula também foi questionado sobre possível migração de Raquel Lyra, hoje no PSDB, para a sua legenda. “As portas do partido sempre estarão abertas à Raquel Lyra. Não há nenhum partido que se sentisse enormemente privilegiado em contar com uma líder como a governadora, uma das mulheres mais brilhantes dessa geração da política nacional”, afirmou.

Ele ressaltou, contudo, que a decisão de se juntar ao PSD é uma questão pessoal da governadora. “É evidente que qualquer partido gostaria de ter Raquel, e o nosso não é diferente. É uma decisão muito íntima que cabe apenas à governadora. Nós respeitamos isso, mas gostaria muito que isso acontecesse. Se isso acontecer, tenha certeza absoluta de que vamos celebrar muito.”

O ministro também celebrou o desempenho do PSD nas eleições de 2024, incluindo cinco prefeituras em capitais brasileiras. As vitórias foram em São Luís (MA) com Eduardo Braide, Curitiba (PR) com Eduardo Pimentel, Rio de Janeiro (RJ) com Eduardo Paes, Florianópolis (SC) com Topázio Neto, e uma disputa acirrada em Belo Horizonte (MG) entre Bruno Engler e Fuad Noman, que levou a uma eleição no segundo turno.

Petrolina - Testemunhal

Por Fabio Nóbrega
Do Blog da Folha

A prefeita eleita Mirella Almeida (PSD) e o segundo colocado Vinicius Castello (PT) protagonizaram a eleição mais disputada em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), desde a redemocratização.

A diferença entre a aliada do atual prefeito de Olinda, Professor Lupércio (PSD), e o vereador apoiado pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), foi de apenas 5.997 votos de um total de 217.229 votos válidos – percentualmente, uma diferença de 2,76%.

Segundo os dados totalizados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a votação em Olinda terminou assim:

  • Mirella Almeida (PSD): 111.613 votos
  • Vinicius Castello (PT): 105.616 votos
  • Nulos: 10.996 votos
  • Em branco: 6.592 votos

Durante as parciais da apuração, houve três viradas no placar. No primeiro dado, às 17h16, Vinicius Castello tinha 50,93% dos votos contra 49,07% de Mirella Almeida.

Cinco minutos depois, às 17h21, Mirella virou sobre Vinicius: 51,35% a 48,65%.

A candidata do PSD se manteve na dianteira por mais 23 minutos, até 17h44, quando o candidato do PT retomou a frente, com 50,25% a 49,75%.

Mirella Almeida virou novamente meia hora depois, às 18h14, ao abrir 50,19% a 49,81%. Ela não saiu mais do primeiro lugar e foi matematicamente eleita às 18h48, quando o placar apontava 51,27% x 48,73%.

Na totalização das urnas, a vitória de Mirella Almeida sobre Vinicius Castello foi de 51,38% a 48,62%.

Desde 1988, na primeira eleição para a Prefeitura de Olinda depois da ditadura militar (1964-1985), a votação mais apertada na cidade aconteceu no primeiro turno de 2016.

Na ocasião, Antônio Campos (então filiado ao PSB) venceu Professor Lupércio (à época no SD) por uma diferença de 9.519 votos — no segundo turno, houve uma virada, e Lupércio venceu com vantagem de quase 30 mil votos.

No segundo turno de 2000, a votação também foi definida por menos de 10 mil votos de diferença, quando Luciana Santos (PCdoB) teve 107.739 votos contra 98.122 votos de Jacilda Urquisa (PMDB) — a diferença da candidata comunista foi de 9.617 votos.

Já a eleição com maior vantagem foi a do Professor Lupércio contra João Paulo (PCdoB), em 2020: 194.074 votos a 45.289 — uma ampla diferença de 148.785 votos.

Conheça Petrolina

Por Izaías Régis*

Gostaria de parabenizar Ramos, prefeito eleito de Paulista, e Mirella, prefeita eleita de Olinda, pela grande vitória no dia de hoje. Tenho plena confiança de que ambos farão um trabalho excepcional e trarão grandes avanços para Paulista e Olinda.

É importante destacar o papel grandioso da nossa governadora Raquel Lyra, que, com muito esforço e dedicação, tem trabalhado incansavelmente por Pernambuco. Sua liderança foi fundamental para o sucesso dessa eleição, e ela segue demonstrando seu compromisso em transformar o nosso Estado.

Ramos e Mirella certamente contribuirão de maneira significativa para o desenvolvimento de suas cidades, e juntos seguiremos firmes no propósito de construir um Pernambuco ainda melhor.

Deputado Estadual e líder do Governo Raquel Lyra*

Por Thiago Gondim, Renato Beviláqua e Raphael Souto*

No final da manhã de ontem (27), a equipe jurídica de Almir Reis, candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), foi surpreendida por uma comunicação amplamente difundida em alguns veículos de imprensa, oriunda da equipe da candidata situacionista, Ingrid Zanella.

A referida nota, publicada em diversos portais de notícia, atribui à candidata – integrante do grupo que há quase duas décadas ocupa a administração da seccional – um papel decisivo na obtenção de liminar concedida pela Justiça Federal em mandado de segurança impetrado pelo candidato Almir Reis, da chapa “Renova OAB”.

Em resposta, o corpo jurídico de Almir Reis esclarece que a chapa situacionista apenas peticionou nos autos, aderindo ao pedido de Almir Reis, minutos antes da decisão proferida pelo juiz federal Cláudio Kitner. Outrossim, enfatiza que Ingrid Zanella sequer teve sua petição apreciada pelo magistrado, de modo que não é verdadeiro que tenha tido algum papel na obtenção da liminar, especialmente por sequer ter sido admitida como litisconsorte ativa na ação.

Coordenadores jurídicos do candidato Almir Reis*

“Não está nos meus planos, nem no meu radar. Tenho que honrar os meus dois milhões de votos”. Assim reagiu a senadora Teresa Leitão (PT), ao ser perguntada se iria para o Ministério da Mulher no lugar da ministra Cida Gonçalves, para abrir sua vaga no Senado ao suplente Sílvio Costa. Ela está no mesmo voo que embarquei com destino a Brasília.

Por Cláudio Humberto

Como tubarão sente o cheiro de sangue na água, o PT está sempre de olho em ministros com reputação em chamas, e já arrumou nome para substituir a ministra Cida Gonçalves (Mulher), enrolada em denúncias de assédio moral e racismo. Os petistas se fixam na senadora Teresa Leitão (PT-PE), cujo maior trunfo é o suplente Silvio Costa, ex-deputado bom de briga. Pai do ministro de Portos e Aeroportos, ele seria opção para tirar a bancada governista da “apatia” de que Lula se queixa para brigar por ele.

Pesam contra Cida e sua secretária-executiva Maria Helena Guarezi 17 relatos divulgados no site Alma Preta. À coluna, a pasta fez boca de siri.

Se a Cida escapar da degola, o PT defende Tereza Leitão em Ciência e Tecnologia, pasta sob chefia inexpressiva de Luciana Santos (PCdoB).

O PT vem alegando no Planalto que com a eventual nomeação de Teresa Leitão, não reduziria o número de mulheres no ministério.

Embarcando cedo rumo a Brasília. Enfim, após as eleições municipais de segundo turno, o Congresso vai ferver. Tem pauta e votações importantes no Senado e na Câmara, mas o bom mesmo será o recheio: a leitura e repercussão do recado das urnas, uns rindo à-toa, outros em choro incontido.

Raquel, a grande vitoriosa

A governadora Raquel Lyra sai extremamente fortalecida das eleições municipais. Com a vitória de Severino Ramos, ontem, em Paulista, na disputa de segundo turno, o PSDB elegeu o maior número de prefeitos – 32, batendo o PSB, seu maior rival. Somando os prefeitos do PSDB com os de partidos aliados, Raquel soma 125 prefeitos, entre os quais três importantes na Região Metropolitana – Jaboatão, Olinda e Paulista.

No interior, passa a ter prefeitos aliados em cidades estratégicas, como a sua Caruaru, Salgueiro, Bezerros, Belo Jardim, Catende, Palmares, Surubim, Sertânia, Serra Talhada e Arcoverde. A vitória de Mirella, em Olinda, mesmo não sendo território tucano, tem também os digitais da tucana.

Raquel travou uma queda de braço com o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), em Olinda e Paulista. Foi para às ruas, fez carreatas e caminhadas, subiu no palanque de Mirella e Ramos, e saiu vitoriosa em ambas. São dois municípios estratégicos na Região Metropolitana, o que equilibra o jogo da sua sucessão estadual em 2026, diante da estrondosa vitória de João na capital.

Paulista passa a agora a ser gerida pelo PSDB. Ali, Raquel, com a vitória de Ramos, evitou a volta ao poder de Júnior Matuto, que não era um adversário qualquer. O próprio João, em vídeos e declarações ao longo da campanha em Paulista, tratou Matuto não apenas como um aliado, mas um político quase familiar, de relação bem próxima e antiga.

Já em Olinda, com Mirella, uma jovem promessa, que carregou o fardo do desgaste natural do prefeito Lupércio, por estar há oito anos no poder, Raquel colocou a cara na campanha para o tudo ou nada. Foi a vários eventos, deu o suporte que a aliada precisava, fez o discurso de que com ela prefeita Olinda seria tratada com mais atenção pelo Governo do Estado e ainda enfrentou o forte discurso ideológico.

Até Lula, através de vídeos na propaganda eleitoral, tentou dar uma forcinha a Matuto, em Paulista, e Vinicius, em Olinda, mas na prática mostrou que não tem mais força nem capital eleitoral para influenciar como cabo eleitoral. Raquel derrotou todas as lideranças de esquerda e da oposição juntas, principalmente em Olinda, onde João, Humberto Costa, Teresa Leitão e Luciana Santos se envolveram com mentes e corações.

É fato histórico que nem sempre quem elege mais prefeitos se fortalece para a briga estadual, o Palácio do Campo das Princesas, mas no caso de Raquel, que o PSB interpretou como a grande derrotada no primeiro turno, não se pode questionar que se fortaleceu para emplacar a sua reeleição em 2026.

LULA DERROTADO – Se há um grande derrotado nas eleições municipais é o presidente Lula. Apostou tudo na eleição de Guilherme Boulos, numa aliança com o PT, indicando a ex-prefeita Marta Suplicy para vice, e sofreu o maior revés eleitoral da história em São Paulo. O seu partido, o PT, só elegeu um prefeito de capital, Evandro Leitão, de Fortaleza, mesmo assim numa peinha, uma diferença de menos de 1%, pouco mais de mil votos. O mérito cearense não é do PT, mas do ministro e ex-governador Camilo Santana, que assumiu a campanha de Leitão.

Bolsonaro também sai bem menor – Se Lula, com o poder nas mãos, saiu derrotado, o ex-presidente Bolsonaro também não tem o que comemorar. Seus candidatos perderam em Belo Horizonte, Fortaleza, Goiânia, Palmas e Belém. Seus dois ex-ministros perderam a disputa. As derrotas ocorreram em duas capitais do Nordeste. Em João Pessoa, o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (PL), perdeu para Cícero Lucena no segundo turno e no Recife, no primeiro turno, Gilson Machado foi derrotado por João Campos.

MDB lidera ranking – O MDB, de Baleia Rossi, e o PSD, de Gilberto Kassab, foram os partidos que mais conquistaram prefeituras de capitais nas eleições municipais de 2024. Cada uma dessas siglas elegeu cinco prefeitos. O dado se refere ao 1º e ao 2º turno. MDB: Ricardo Nunes (São Paulo), Sebastião Melo (Porto Alegre), Igor Normando (Belém), Arthur Henrique (Boa Vista) e Dr. Furlan (Macapá); PSD: Eduardo Paes (Rio), Fuad Noman (Belo Horizonte), Eduardo Pimentel (Curitiba), Topázio Neto (Florianópolis) e Eduardo Braide (São Luís).

UB e PL em segundo – Em segundo lugar estão União Brasil e PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, com quatro prefeituras cada –foi o que mais cresceu. O ranking é seguido por PP (Progressistas), de Ciro Nogueira, e Podemos, com dois prefeitos eleitos cada um. PSB (Partido Socialista Brasileiro), Avante, Republicanos (do governador Tarcísio de Freitas) e PT (Partido dos Trabalhadores), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conseguiram o comando de um cada um.

Opinião foi na mosca em Olinda – Parceiro deste blog há 16 anos, o Instituto Opinião, de Campina Grande, foi o único que acertou o resultado da eleição em Olinda. No sábado, véspera da eleição de segundo turno, apontou Mirella Almeida (PSD) com uma vantagem de 1 ponto percentual na espontânea, enquanto teve instituto que chegou a dar uma frente de 8 pontos para Vinicius Castello. Nas eleições municipais deste ano, aliás, o percentual de acerto do Opinião foi de 100%, em mais de 30 municípios pesquisados. Trabalhar com quem tem seriedade e credibilidade não tem preço!

CURTAS

FOI FEIO – O número de abstenções registradas nas eleições municipais em São Paulo foi maior do que a quantidade de votos do candidato do Psol à prefeitura da cidade, Guilherme Boulos. Boulos recebeu 2.232.901 votos (40,65%), enquanto as abstenções foram 2.940.360, uma diferença de 707.459 votos.

SEM DONO – “Ao contrário do que alguns pregavam, o eleitorado da Região Metropolitana não tem dono”, comemorou, ontem, o deputado Mendonça Filho (UB), aliado de Raquel, ao final do resultado apertado de Olinda. Mendonça diz que a governadora está fortalecida para disputar a reeleição.

INVESTIGAÇÕES – “O que sobrou de oposição objetiva em Olinda foram as minhas ações contra o uso da máquina”, disse, ontem, o advogado Antônio Campos, que disputou a Prefeitura no primeiro turno pelo PRTB. Segundo ele, 17 ações de investigação judicial, de sua autoria, terão continuidade na justiça “por abuso do poder econômico e uso da máquina”, afirmou.

Perguntar não ofende: Dos dois, quem saiu menor da eleição municipal: Lula ou Bolsonaro?

Mais de 1.200 profissionais da segurança ficaram concentrados nos dois municípios, garantindo o direito de ir e vir do cidadão e o combate aos crimes eleitorais. Dezenas de drones colaboraram com o acompanhamento em tempo real realizado no CICCE, de onde foi coordenado o policiamento nas ruas. A Operação Eleições 2024, iniciou em agosto e finaliza nesta segunda-feira (28). Nos dois turnos foram criados 40.203 postos de trabalho e realizado um investimento de R$ 7.236.540,00

A Secretaria de Defesa Social (SDS), contando com o apoio das operativas e das forças amigas, garantiu um segundo turno tranquilo durante a Operação Eleições 2024. Neste domingo (27), foram registradas um total de oito ocorrências nos dois municípios que tiveram disputa: Olinda e Paulista. Os crimes cometidos foram de propaganda ilegal, uso de bandeira, lesão corporal, boca de urna e foto dentro da cabine eleitoral. Também houve uma prisão em flagrante por transporte irregular de eleitor, em Paulista. As forças de segurança apreenderam tanto o veículo como os materiais de campanha.

O chamado “Dia D” contou com 1.252 profissionais de segurança mobilizados nos dois municípios e dezenas de drones transmitindo imagens em tempo real para o Centro Integrado de Comando e Controle do Estado (CICCE). Do local, representantes dos órgãos envolvidos na Operação Eleições 2024 coordenaram o policiamento nas ruas, garantindo uma supervisão eficiente e em tempo real.

“Assim como no primeiro turno, tivemos um segundo turno bastante tranquilo. Hoje concluímos mais uma etapa do grande esforço operacional que foi a Operação Eleições 2024. A partir de um trabalho integrado, conseguimos assegurar o direito ao amplo exercício da democracia, nas duas etapas do processo eleitoral”, avaliou a secretária-executiva da SDS, Dominique de Castro Oliveira.

Juntos, os dois municípios somam 535.509 eleitores e mais de 180 locais de votação. Todo o planejamento operacional foi realizado em cima dessa base de dados fornecida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). As ações de policiamento do segundo turno da Operação Eleições 2024 iniciou no dia 07/10, após o encerramento do 1º turno.

BALANÇO 

A Operação Eleições 2024 é um dos maiores eventos do calendário da SDS, devido à sua complexidade, planejamento operacional e mobilização do efetivo. A programação do esquema de segurança, juntamente com as forças amigas e órgãos envolvidos, iniciou no primeiro semestre do ano e a Operação foi ativada no dia 16 de agosto.

No total, foram criados 40.203 postos de trabalho temporários, sendo 37.491 no primeiro turno e 2.712 no segundo turno. O investimento total foi de R$ 7.236.540,00. A Operação contou com o apoio das polícias Militar, Civil, Científica, Federal e Rodoviária Federal; Corpo de Bombeiros; Defesa Civil; Tribunal Regional Eleitoral; Agência Brasileira de Inteligência; entre outros órgãos parceiros. A Operação Eleições 2024 finaliza às 7h da segunda-feira (28), após finalizar todo o processo de votação, apuração e comemoração nas ruas. Durante todo o período eleitoral, englobando o primeiro e segundo turno, as forças públicas de segurança garantiram o direito de voto para todos os pernambucanos.

Com o final do segundo turno realizado neste domingo, 27, as eleições municipais de 2024 se encerram com o balanço de apenas duas mulheres eleitas nas 26 capitais brasileiras. Nenhuma havia sido eleita no primeiro turno e, no segundo, sete estavam na disputa.

Destas, só Campo Grande (MS) e Aracaju (SE) elegeram mulheres – as primeiras a serem eleitas em ao menos 20 anos nessas cidades, segundo levantamento feito anteriormente pelo Terra. Na primeira, inclusive, a disputa do segundo turno foi inteiramente feminina, com as candidatas Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União).

Com 100% dos votos apurados, Adriane teve 51,45% e vai permanecer no cargo que ocupa desde 2022, quando Marcos Trad (PSD), de quem era vice, renunciou para tentar o governo do estado.

Já em Aracaju, que nunca antes teve uma prefeita mulher, Emilia Correa (PL) teve 57,46% dos votos contra 42,54% de Luiz Roberto (PDT).

Confira abaixo as capitais em que mulheres disputavam e os percentuais de voto:

Porto Velho (RO): Léo (Podemos), 56,18% x Mariana Carvalho (União), 43,82%;
Palmas (TO): Eduardo Siqueira (Podemos), 53,03% x Janad Valcari (PL), 46,97%;
Natal (RN): Paulinho Freire (União) 55,34% x Natália Bonavides (PT), 44,66%;
Aracaju (SE): Emilia Correa (PL), 57,46% x Luiz Roberto (PDT), 42,54%;
Campo Grande (MS): Adriane Lopes (PP), 51,45% x Rose Modesto (União), 48,55%;
Curitiba (PR): Eduardo Pimentel (PSD), 57,64% x Cristina Graeml (PMB), 42,36%;
Porto Alegre (RS): Sebastião Melo (MDB), 61,53% x Maria do Rosário (PT), 38,47%.

Do Terra.

O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), comemorou na noite deste domingo (27) a vitória nas urnas neste segundo turno. Nunes agradeceu à mulher, Regina, e ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Eu agradeço ao líder maior, sem o qual nós não teríamos essa vitória. Meu amigo, que me deu a mão na hora mais difícil”, disse sobre Tarcísio.

“Eu tenho certeza que os próximos quatro anos serão os melhores quatro anos da história de São Paulo”, afirmou no evento no Clube Banespa, na zona sul da capital paulista.

Nunes declarou que governará “para todos”, deixando as diferenças para trás. “O equilíbrio venceu todos os extremismos.”

O prefeito também relembrou Bruno Covas, ex-prefeito de São Paulo que morreu de câncer em 2021. Nunes era vice de Covas.

Do Correio Braziliense.

Dos 20 prefeitos candidatos nas 26 capitais brasileiras, 16 tiveram sucesso e foram reeleitos nas Eleições Municipais de 2024. O número leva em conta os resultados do primeiro turno, realizado em 6 de outubro, e os do segundo turno, realizado neste domingo (27/10).

Dez dos 16 vitoriosos foram reeleitos já em primeiro turno, ao obterem 50% mais um dos votos válidos. Já seis prefeitos buscando a reeleição avançaram para o segundo turno e tiveram sucesso neste domingo. Pela regra eleitoral, todas as capitais poderiam ter segundo turno, pois possuem mais de 200 mil eleitores.

Foram reeleitos os seguintes prefeitos de capitais:

  1. Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro;
  2. Lorenzo Pazolini (Republicanos) em Vitória, Espírito Santo;
  3. João Campos (PSB) no Recife, Pernambuco;
  4. Bruno Reis (União Brasil) em Salvador, Bahia;
  5. João Henrique Caldas, o JHC (PL), em Maceió, Alagoas;
  6. Eduardo Braide (PSD) em São Luís, Maranhão;
  7. Dr. Furlan (MDB) em Macapá, Amapá;
  8. Arthur Henrique (MDB) em Boa Vista, Roraima;
  9. Tião Bocalom (PL) em Rio Branco, Acre;
  10. Topázio Neto (PSD) em Florianópolis, Santa Catarina;
  11. David Almeida (Avante) em Manaus, Amazonas;
  12. Cícero Lucena (PP) em João Pessoa, Paraíba;
  13. Adriane Lopes (PP) em Campo Grande (MS);
  14. Sebastião Melo (MDB) em Porto Alegre (RS);
  15. Fuad Noman (PSD) em Belo Horizonte (BH); e
  16. Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, São Paulo.

Não reeleitos
Houve quatro prefeitos de capitais que não tiveram sucesso já em primeiro turno. Eleitos em 2020, José Sarto (PDT), prefeito de Fortaleza (CE), e Edmilson Rodrigues (PSol), em Belém (PA), ficaram em terceiro lugar na disputa. Sarto teve 11,75% dos votos e Edmilson, 9,78%.

Também não conseguiu se eleger Rogério Cruz (Solidariedade), que foi eleito vice em 2020 em Goiânia e assumiu o mandato em 2021, após o falecimento do prefeito eleito Maguito Vilela (MDB), que morreu em decorrência da Covid. Na disputa deste ano, Rogério ficou em sexto lugar no primeiro turno, com 3,14% dos votos.

A quarta capital onde o prefeito não se reelegeu foi Teresina (PI). Na capital piauiense, o atual prefeito, Dr. Pessoa (PRD), acabou a disputa em terceiro lugar, com apenas 2,20% dos votos válidos. O vencedor da eleição foi Silvio Mendes (União), eleito no primeiro turno com 52,19%. Mendes já havia chefiado Teresina anteriormente, de 2005 a 2010.

Do Metrópoles.

Rodrigo Neves (PDT) foi eleito prefeito de Niterói, no Rio de Janeiro, com 57,20% dos votos, totalizando 156.067 votos. O apoio do atual prefeito e do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), foi crucial para sua vitória. A campanha de Neves destacou-se pela formação de alianças políticas significativas. Carlos Jordy (PL) ficou em segundo, com 42,80% dos votos válidos.

Por Vitória Floro

Durante a disputa contra Vinicius Castello (PT), Mirella Almeida (PSD) recebeu o apoio da governadora do estado, Raquel Lyra (PSDB), que classificou a vitória da aliada como uma representação da força da mulher e da vontade do povo.

“A vontade do povo foi feita e o povo decidiu ter uma mulher arretada à frente da prefeitura, que tem história e que sabe o que quer, que está junto com o povo”, destacou. Assista: