No meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, relembrou como foi surpreendido com a missão de comandar o partido após a morte de Eduardo Campos. “Nunca me passou pela cabeça ser presidente nacional do PSB”, afirmou. Segundo ele, a escolha ocorreu a apenas três dias da eleição interna, após a rejeição ao nome do então vice-presidente da sigla.
Siqueira contou que, embora nunca tenha disputado uma eleição, foi visto como o único capaz de unificar a legenda num momento de luto e instabilidade. “Assumir um partido depois de Eduardo Campos não foi fácil. Mas me senti honrado porque o conjunto do partido, por unanimidade, escolheu meu nome”, disse. Ele está há dez anos à frente da sigla e será sucedido oficialmente por João Campos neste domingo (1º).
O presidente Lula (PT) ligou para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e disse que ela agiu certo ao deixar a Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta terça-feira (27).
Segundo relatos, Marina perguntou como o presidente estava, por conta da crise de labirintite que ele teve na véspera. Lula respondeu que ficou melhor ao ver que a ministra tinha deixado a comissão porque ela havia feito o certo.
A primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, mandou uma mensagem para Marina e saiu em defesa dela nas redes sociais. Janja afirmou ser impossível não se indignar com os desrespeitos sofridos por Marina durante a sessão. As informações são da Folha de S. Paulo.
Marina abandonou a comissão depois que o líder do PSDB, senador Plínio Valério (AM), afirmar querer separar a figura da mulher da figura da ministra porque a primeira merecia respeito e a segunda, não.
A sessão foi marcada por provocações, interrupções e embates. Em outro momento tenso, o presidente, senador Marcos Rogério (PL-RO), afirmou que a ministra deveria se pôr no lugar dela. “O que o senhor gostaria é que eu fosse uma mulher submissa. Eu não sou”, reagiu Marina.
A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) classificou o comportamento de Plínio e Rogério como “inadmissível”: “Totalmente ofensivos e desrespeitosos com a ministra, a mulher e a cidadã. Manifestamos repúdio aos agressores e total solidariedade do governo do presidente Lula à ministra Marina Silva”.
O ex-deputado federal Gonzaga Patriota anunciou que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agenda oficial nesta quarta-feira (28), com passagens por Juazeiro do Norte, Salgueiro — cidade que abriga a Transnordestina, projeto de sua autoria — e municípios da Paraíba. A visita inclui obras de integração do Rio São Francisco com os estados de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.
Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’, com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!
Daqui a pouco, a partir das 18h, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, participa do meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o ‘Direto de Brasília’. A entrevista vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão ao vivo pelo YouTube da Folha, pelo canal do blog e pelas redes sociais (Instagram e Facebook) deste espaço.
O programa também será retransmitido pela Rede Nordeste de Rádio, composta por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, com a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife, como cabeça de rede. Confira:
Quem inventou cama de gato na Paraíba foi Wilson Leite Braga e da sua cabeça obras da engenharia política espetaculares surgiram, a exemplo do cangapé que ele deu no seu vice-governador José Carlos da Silva Júnior, dono das indústrias São Braz.
Braga convenceu José Carlos a renunciar com ele, numa peripécia para Milton Cabral virar governador e, finalmente, o candidato do grupo ser o senador Marcondes Gadelha.
“Canjiquinha” caiu na lábia de Braga e levou o maior bypass da história política paraibana, mas, na sequência, devolveu a rasteira comprando ao laranja de Braga, Aluísio Moura, o controle das TVs Cabo Branco e Paraíba.
E o que essa história tem paralelo com a conjuntura política atual?
Assim como José Carlos, Lucas é uma espécie de frango no pote, sem capilaridade para ser o candidato do bloco governista e com o aliado Cícero melhor posicionado, assim como Marcondes estava na época.
Sob fogo brando, o “frango” Lucas Ribeiro é cozinhado no pote, assim como o “canjiquinha” José Carlos foi e em panela de barro.
João não tem a malícia de Wilson Braga, mas é engenheiro e de sua engenharia depende o futuro da Paraíba, pois Ribeiro é água que ninguém quer beber.
O bate-boca da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, contra integrantes tanto da oposição como da base governista nesta terça-feira na Comissão de Infraestrutura do Senado reabriu uma velha ferida no coração do governo:
A base parlamentar do presidente.
Essa contradição era tudo que o Palácio do Planalto tentava esconder às vésperas da COP-30, que se realizará em novembro no Pará, ou seja, na Amazônia.
Já tinha ficado difícil depois que o Senado aprovou, na semana passada, o afrouxamento nas regras de licenciamento ambiental. Agora, com o bate-boca, ficou impossível de esconder.
Com a ferida aberta, a ministra Marina Silva se tornou um verdadeiro calcanhar de Aquiles dentro do governo do presidente Lula.
Uma das sustentações da política externa brasileira é que este é um país que prioriza o meio ambiente. E Marina é vista como estrela internacional do ecologismo. Fundamental para a imagem do país, especialmente às vésperas da COP-30.
A ministra está licenciada como deputada federal eleita pela Rede Sustentabilidade. Também integrante da legenda, o deputado Tulio Gadelha me disse que o comando do partido já marcou reunião para discutir como se portar dentro do governo diante das agressões contra a ministra.
Ele conta que o líder do governo no Senado, o petista Jaques Wagner, se apressou em telefonar para Marina se solidarizando contra os ataques que ela sofreu.
Também ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, publicou nas redes sociais uma menção de solidariedade à ministra.
Mas a verdade é que o governo se sente com as mãos atadas. Além dos senadores governistas e da oposição que atacaram Marina durante seu depoimento, até o poderoso presidente do Congresso, Davi Alcolumbre que é do União Brasil pelo estado do Amapá, tem criticado abertamente o Ministério do Meio Ambiente.
Alcolumbre é tido no Palácio do Planalto como peça-chave para a sustentação política do governo no Congresso. Especialmente agora que a aprovação de um aperto nas contas públicas precisará ser aprovado pelos parlamentares.
É a tal história: o presidente Lula está entre a cruz e a caldeirinha. Se bobear, Marina Silva causa estrago saindo do governo. Mas com ela permanecendo, o risco é perder o apoio dos parlamentares da região amazônica, especialmente Davi Alcolumbre.
O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), encerrou os trabalhos da Casa no final do expediente da tarde desta terça-feira (27), criticando o esvaziamento do plenário pela bancada do Governo.
A crítica se deve ao fato, sobretudo, de mais uma vez o nome do novo presidente da Adagro, o veterinário Moshe Dayan, não ter sido votado por não haver quórum.
O presidente relatou que ao menos cinco deputados mostraram a ele a mensagem da líder da bancada do Governo, Socorro Pimentel (UB), pedindo para que os parlamentares da base não fossem ao plenário.
“O Governo de Minas Gerais decretou, nesta terça-feira (27), situação de emergência sanitária animal em razão do risco da disseminação da gripe aviária. Aí você vê o seguinte: com a gripe aviária batendo na nossa porta, o Governo de Raquel Lyra (PSD) vira as costas para a cadeia aviária de Pernambuco e também para as pessoas que trabalham no setor. É muito triste isso”, criticou Álvaro Porto.
O presidente destacou que foi um projeto enviado pelo próprio governo e que a Casa o colocou extra pauta e convocou sessão extraordinária para que fosse aprovado. “Então, se as coisas não estão andando, é culpa do Governo do Estado. Saibam que o único culpado, se chegar aqui a gripe aviária sem termos nomeado o presidente, é o Governo de Pernambuco, diga-se, a governadora Raquel Lyra”, enfatizou Porto.
O presidente ainda ressaltou que a gestão está perdida. “A gente tem um governo que não tem diálogo, ou então está totalmente perdido, não sabe para onde vai. É complicado isso. Há dois anos e meio de governo e até agora não disse para que veio”, considerou Álvaro.
Antes da fala de Álvaro Porto, a deputada Débora Almeida (PSDB) negou, em conversa com jornalistas, que houvesse uma estratégia para esvaziar o plenário e que não houve orientação da liderança governista nem do Palácio do Campo das Princesas para a ação — mesmo discurso adotado na semana passada, quando os aliados de Raquel Lyra faltaram novamente à sessão.
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) voltou a registrar, nesta terça-feira (27), falta de quórum para votar a indicação de Moshe Dayan à presidência da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro). Assim como em sessão anterior, a ausência da maioria dos deputados governistas impediu a análise da matéria em plenário.
O nome de Moshe Dayan já havia sido aprovado por unanimidade na Comissão de Justiça da Alepe, após sabatina, e estava previsto para votação na semana passada. No entanto, o número mínimo de 25 deputados presentes não foi atingido nem na sessão ordinária nem na extraordinária convocada pelo presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB).
Grupo de trabalho Nos bastidores, fontes ligadas à base governista confirmaram que foi realizada, nesta terça-feira, a primeira reunião do grupo de trabalho criado para buscar soluções para o travamento da pauta.
O encontro foi entre Álvaro Porto e a líder do governo Raquel Lyra (PSD) na Alepe, Socorro Pimentel (União Brasil). O objetivo é avançar na liberação da pauta, que segue travada por projetos do Executivo enviados em regime de urgência. Uma nova reunião do grupo está marcada para quinta-feira (29).
Além da indicação de Moshe Dayan, aguardam análise projetos como o pedido de autorização para empréstimo de R$ 1,5 bilhão, a nomeação do administrador-geral de Fernando de Noronha e propostas ligadas ao Tribunal de Contas e ao Judiciário estadual.
A vereadora Célia Galindo (Podemos), decana da Câmara Municipal de Arcoverde e ex-presidente da Casa James Pacheco, lamentou profundamente o falecimento de Dona Aida Rabello, figura histórica da cidade e referência na área da saúde. Ao lado do marido, o saudoso Dr. Paulo Rabello, Dona Aida foi responsável pela fundação da primeira casa de saúde do município, onde se destacou pela dedicação e pelo cuidado com a população.
Em nota de pesar, Célia destacou o legado deixado por Dona Aida, lembrando episódios marcantes, como a histórica cirurgia dos gêmeos Charles e Charleu, realizada na unidade. “Dona Aida era sinônimo de determinação, força e dedicação ao próximo. Seu legado transcende os laços familiares, alcançando toda uma cidade que hoje lamenta sua partida e se orgulha de tudo que ela construiu”, declarou a vereadora.
A Prefeitura do Recife e a Receita Federal firmaram parceria para beneficiar os 100 alunos e 10 professores selecionados para o programa de intercâmbio Recife no Mundo. Em cerimônia realizada ontem (26), na sede da Receita, foram anunciadas a doação de 110 smartphones e mochilas para os participantes da Rede Municipal de Ensino, que embarcarão em julho para experiências educacionais no Canadá, Estados Unidos e Inglaterra. Os itens são provenientes de apreensões e serão utilizados para garantir condições adequadas de deslocamento, comunicação e organização durante o intercâmbio.
Durante o evento, o prefeito João Campos destacou a importância da iniciativa. “Essa é uma ação super interessante, onde a Receita disponibiliza produtos que foram apreendidos para passar a ter um fim social”, afirmou. A secretária de Educação do Recife, Cecília Cruz, reforçou o compromisso com a preparação completa dos alunos para a vivência internacional. “Essa parceria com a Receita Federal é super importante para a gente assegurar que esse kit esteja completo”, declarou. A superintendente da 4ª Região Fiscal da Receita, Myrelle Miranda, explicou que a destinação social das mercadorias é uma forma de ressignificar os produtos apreendidos.
Festival de Poesia Estive, em 2011, em Cuba para participar do Festival Internacional de Poesia de Havana, que, neste ano, chega à sua 31ª edição e acontece neste mês de maio, entre os dias 26 e 31.
Hemingway, por ti os sinos sempre se dobrarão Viajei também com o intuito de visitar os lugares frequentados por um dos escritores que mais admiro: Ernest Miller Hemingway. Na comitiva do festival, estava a poetisa Lucila Nogueira, já falecida, que foi curadora da Fliporto.
A casa de Hemingway em Cuba Visitei a Casa Museu Finca Vigía, onde morou o escritor, além de outros locais que ele frequentava. Foi ali que escreveu O Velho e o Mar, obra que, logo após seu lançamento, lhe rendeu o Prêmio Nobel de Literatura, em 1954.
Gregório Fuentes e El Capitán Tive ainda a alegria de conhecer Gregório Fuentes, pescador e imediato do barco Pilar, de Hemingway, que hoje se encontra no Museu Finca Vigía, antiga residência do escritor. Chamava o escritor de El Capitán.
O Mojito e o Daiquiri, bebidas que popularizou Como dizia Hemingway: “Meu mojito é no La Bodeguita del Medio e o meu daiquiri é na Floridita” — bebidas que ele ajudou a popularizar e que degustou bastante.
O Harry’s Bar Ernest Hemingway também frequentava o Harry’s Bar, em Veneza, onde surgiu a rede Cipriani e o coquetel Bellini. Também estive lá por mais de uma vez. Cipriani era um garçom que ganhou o bar de um eventual frequentador.
O maior campeonato de pesca de marlim do mundo O Torneio Internacional de Pesca com Agulhas Ernest Hemingway, uma competição anual de pesca de marlim, é realizado em Cuba, com sede no Hemingway International Yacht Club, em Havana. O campeonato é inspirado no escritor e pescador, e o prêmio principal leva seu nome. É uma das pescas mais difíceis e bonitas do mundo. Tive a oportunidade de participar de uma, em um mês de setembro, em Fernando de Noronha. Inesquecível.
Fundação e sociedade literária Uma das maiores sociedades literárias do mundo é a que estuda sua obra, The Hemingway Society. The Ernest Hemingway Foundation, em Illinois, EUA, é uma bela fundação que se dedica a preservar sua memória, tendo a proteção jurídica de sua obra e marca conduzida pelo grande escritório americano Baker McKenzie.
O homem pode ser destruído, mas jamais vencido Outro admirador de Hemingway e de O Velho e o Mar é José Maria Sultanum, da Pousada Zé Maria, em Fernando de Noronha, com quem tive longas conversas sobre o escritor e sua paixão pela pesca. A frase “O homem pode ser destruído, mas jamais vencido” é uma das mais conhecidas do livro O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway, e expressa a ideia de que, embora um indivíduo possa ser destruído física ou psicologicamente, o espírito de luta e a resiliência humana não podem ser destruídos inteiramente ou apagados.
O vídeodocumentário Antônio Campos visita Ernest Hemingway e a palestra Vida e obra do escritor Meus estudos e visitas aos locais ligados à vida de Hemingway, um dos escritores prediletos do meu pai, resultaram em um vídeodocumentário, que estou reeditando, intitulado Antônio Campos visita Ernest Hemingway, que já está postado no YouTube Premium há anos e que estou atualizando. Também apresento a palestra Ernest Hemingway: vida e obra.
O que importa? Afinal, como disse Hemingway, esse grande escritor e contista: “Quem estará nas trincheiras ao teu lado? – E isso importa? – Mais do que a própria guerra.”
O deputado federal Lula da Fonte (PP-PE) recebeu resposta oficial do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) à solicitação que fez pela convocação imediata de aprovados no concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizado em 2021. De acordo com o MJSP, 2.125 candidatos já foram nomeados, e a terceira turma do Curso de Formação Profissional foi iniciada em março deste ano, com 544 participantes — dos quais 473 são do cadastro de reserva.
Apesar dos avanços, o efetivo atual da PRF permanece abaixo do ideal. A corporação conta com cerca de 12.200 policiais, enquanto o mínimo legal previsto é de 18.000 agentes. Para suprir o déficit, o governo analisa uma Medida Provisória para criação de 4.902 novos cargos, em conformidade com recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). “Garantir a segurança nas nossas estradas é prioridade. Seguimos firmes na luta para fortalecer a PRF e garantir que tenham os recursos necessários para cumprir essa missão”, declarou Lula da Fonte.
O Ministério da Justiça informou ainda que há tratativas em curso para a realização de novas convocações do cadastro de reserva com um possível novo curso de formação no segundo semestre de 2025. Também está em análise o pedido para realização de novo concurso em 2026. A demanda ganha força diante da proximidade da votação da PEC da Segurança Pública na Câmara, que pode ampliar as atribuições das forças policiais e exigir maior estrutura e efetivo da PRF.
Seis dias depois de implodir as regras de licenciamento ambiental, o Senado armou nesta terça uma arapuca para desgastar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Convidada a falar na Comissão de Infraestrutura, ela foi submetida a uma série de provocações e hostilidades até perder a paciência e se retirar da sessão.
O cerco foi incentivado pelo presidente do colegiado, senador Marcos Rogério (PL-RO). Em diversos momentos, ele silenciou o microfone da ministra, impedindo-a de se defender.
Marina foi chamada a falar sobre unidades de conservação marinha na Margem Equatorial, região que engloba a chamada Foz do Amazonas.
A maioria dos senadores preferiu ignorar o tema para atacar a ministra e fazer lobby pela autorização de obras como o asfaltamento da BR-319, sob análise no Ibama.
“A senhora atrapalha o desenvolvimento do país”, disparou o senador Omar Aziz (PSD-AM), que integra a bancada governista.
Antes, de dedo em riste, ele disse que os amazonenses querem “passear” na BR-319. “E não é a senhora que não vai permitir”, desafiou.
Marcos Rogério ironizou as queixas de Marina, que cobrava tempo para responder às provocações. Os dois bateram boca, e o senador mandou a ministra “se pôr em seu lugar”.
“Essa é a educação da ministra Marina Silva, ela aponta o dedo….”, provocou Rogério. “Você gostaria que eu fosse uma mulher submissa, e eu não sou”, respondeu Marina.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) protestou contra o tom usado pelo presidente da comissão, que disse que Marina teria ido ao Senado “para tumultuar”.
O líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), passou pela comissão, mas não saiu em defesa da ministra. Só o líder do PT, Rogério Carvalho (SE), rebateu as hostilidades contra a aliada.
O caldo entornou de vez quando chegou a vez de Plínio Valério (PSDB-AM) falar. O senador, que já havia manifestado a vontade de “enforcar” Marina, começou com um ataque:
“A mulher merece respeito. A ministra, não”.
Irritada, Marina respondeu que só permaneceria na sessão se houvesse um pedido de desculpas. Como o tucano se recusou a recuar, a ministra se levantou e foi embora.
Um grupo de deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai apresentar representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) contra o Governo de Pernambuco. A decisão foi informada em entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira (27), no auditório Ênio Guerra, na Casa.
Os parlamentares vão solicitar que o TCU investigue o suposto desvio de recursos federais de um empréstimo bilionário que o Estado conseguiu junto à Caixa Econômica Federal. O dinheiro teria sido usado para finalidades que não constam no objeto do contrato.
O valor da operação de crédito é de R$ 1,7 bilhão. Esse empréstimo foi analisado e aprovado pela Alepe ainda em 2023, após solicitação do governo, o que resultou na Lei nº 18.151/2023. Pela lei, esse dinheiro teria que ter sido investido pelo Estado no chamado “Programa de Desenvolvimento Econômico Social”.
No entanto, segundo os deputados, parte desse valor foi utilizada para “adequação das instalações da Secretaria da Casa Civil (R$ 611 mil)”, caracterizando assim o desvio. A rubrica também incluiu a aquisição de licenças de software para a mesma secretaria, uma despesa considerada de difícil enquadramento no “Programa de Desenvolvimento Econômico Social”.
Novo empréstimo
Na mesma coletiva à imprensa, os parlamentares questionaram o caráter de urgência solicitado pelo Governo do Estado para a aprovação de um novo pedido de empréstimo, desta vez no valor de R$ 1,5 bilhão. Segundo os deputados, do empréstimo anterior de R$ 1,7 bilhão autorizado em 2023 pela Alepe, o Estado só gastou cerca de R$ 600 milhões.
Isso faz com que ainda “reste” R$ 1,1 bilhão para ser investido, ou seja, a Alepe já autorizou o Poder Executivo a contrair um empréstimo cujo dinheiro ainda nem teria sido totalmente utilizado, segundo os parlamentares. Esse valor de R$ 1,1 bilhão, inclusive, está para vencer dentro de 38 dias e não teria sido usado pelo Governo, dizem os deputados, “por ineficiência em apresentar projetos”.
Quem são os deputados envolvidos na denúncia e o que eles disseram
Os presidentes das três principais comissões da Alepe (Justiça, Finanças e Administração) foram os responsáveis pela entrevista coletiva da manhã desta terça (27), na qual foram detalhadas as ações do grupo de parlamentares que vai denunciar o Governo ao TCU. No entanto, outros parlamentares estavam presentes, como Sileno Guedes, Rodrigo Farias, Diogo Moraes, Cayo Albino e Júnior Matuto, todos do PSB.
Além deles, também estavam Dani Portela (Psol), Gilmar Júnior (PV), Abimael Santos (PL) e Cleiton Collins (PP). Collins, no entanto, fez questão de destacar que estava apenas observando a apresentação, mas não fazia parte do grupo de denunciantes.
CCLJ
Presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), o deputado Alberto Feitosa (PL) não descartou a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Alepe para investigar a utilização dos recursos de empréstimos obtidos pelo Estado. “Vamos analisar as respostas do TCU. Dependendo das respostas, tudo pode acontecer. Não podemos descartar algo previsto na Constituição”, declarou Feitosa.
Finanças
Já o presidente da Comissão de Finanças, o deputado Antônio Coelho (União Brasil), que fez a apresentação dos dados na coletiva, enfatizou a necessidade de a Alepe reagir às narrativas do Poder Executivo de que o empréstimo de R$ 1,5 bilhão é urgente e que, sem ele, o Estado não teria como realizar a obra do Arco Metropolitano Sul, por exemplo. Segundo ele, grande parte do embate entre Alepe e Estado é motivado pela falta de informações prestadas à Casa sobre ajustes nos contratos de empréstimos, o que desrespeita a Lei Autorizativa de 2023.
“O que nós observamos é que a gestão estadual tem feito valer mudanças não comunicadas à Assembleia para investir em áreas diversas àquelas que haviam sido autorizadas pela Assembleia. O recurso que deveria estar sendo usado para melhorar a infraestrutura, o saneamento de Pernambuco, a segurança, está sendo usado para melhorar a estrutura do Palácio do Campo das Princesas, e isso desperta uma vigilância redobrada por parte da Assembleia”, declarou Coelho.
Administração
Presidente da Comissão de Administração, o deputado Waldemar Borges (PSB) destacou que o Governo do Estado tem apresentado dificuldade em responder aos seus pedidos de informação sobre como os recursos dos empréstimos estão sendo gastos. Borges é o relator do projeto de empréstimo na CCLJ e reforçou que só dará seu parecer quando receber os dados solicitados.
Em pouco mais de quatro décadas de carreira e uma média de 1,6 mil canções gravadas, Alcymar Monteiro segue “menino”, tal qual já foi aos cinco, seis anos de vida, quando já admirava as festas juninas, deslumbrava-se com as fogueiras acesas e despertava para a legitimidade da sanfona, do triângulo e da zabumba.
Um trio de instrumentos que permanece em sua memória afetiva e, sobretudo, nos palcos em que se apresenta no Nordeste e País afora, conclamando um dos seus compromissos como ‘Rei do Forró’ e ‘Nordestino Raiz’, que é o de “levar adiante o legado de Luiz Gonzaga, mostrando que esses instrumentos cabem perfeitamente na playlist da geração digital”.
E como não poderia deixar de ser, é na época mais nordestina de todas, a dos festejos de Santo Antônio, São João e São Pedro, que Alcymar, cearense, neto de cantador, vem à tona em música, em poesia e, principalmente, em defesa à tradição (quase esquecida) do gênero Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, o forró.
“Faz parte de minha vida. A fogueira, o balão, o milho assado, a sanfona, o triângulo e a zabumba. A festa está pronta. São João não é festa de peão, é festa de nordestino”, reforça Alcymar, que não à toa, recentemente, lançou com Chambinho do Acordeon, disponível nas plataformas de música, composição do poeta caruaruense Humberto Bonny, “São João de Outrora” – cuja letra remete à saudade de Luiz (Gonzaga) e do ‘forrozin’ de pé de serra, “daquele que a gente fica até o dia clarear”.
Na ocasião do lançamento, um clipe com a quadrilha Raio de Sol reacendeu memórias afetivas dos festejos de antigamente.
Salvaguarda Além de compositor, Alcymar Monteiro não hesita em reverberar cantorias de nomes que, assim como ele, salvaguardam o forró, o baião, o xote e toda a leva de sonoridades identitárias da cultura nordestina.
Dominguinhos, Zé Dantas, Humberto Teixeira, Flávio Leandro, Maciel Melo, Xico Bizerra, Petrúcio Amorim e, claro, Luiz Gonzaga, são figuras constantes em seu repertório de shows que, aliás, contam com 31 bailarinos no palco e banda completa.
“Gonzaga é meu compadre, padrinho de meu filho. Tenho um compromisso espiritual com ele. O Brasil passou a existir depois de Luiz Gonzaga”, ressalta Alcymar, que já assinou desabafos musicais em prol da preservação da essência da cultura do Nordeste. Exemplo é a canção “Devolva Meu São João”, feita em parceria com Gilvan Neves.
Na letra, ele valida a festa junina e pede respeito à nossa cultura e tradição. “Foi mesmo um desabafo. Chegamos a perder e deixar de ter espaço. Isso é uma realidade, e a festa de São João não é festa de peão. Essa festa é do nordestino”, reitera Alcymar, que está com agenda tomada pelos próximos meses, e em palcos diversos, com repertório que inclui, pelo menos, 34 faixas de ritmos afeitos ao forró.
Das conhecidas “Rosa dos Ventos”, “Nem Olhou Pra Mim”, “Você Quer Namorar Comigo” e “Bota Fogo no Forró”, entre outras clássicas de carreira, Antônio Alcymar Monteiro dos Santos sugere uma fórmula para o (seu) sucesso.
“É simples, basta cantar com verdade. Eu só canto o que eu sinto”, conta ele, que para além de assinar cancioneiro que lhe credita como forrozeiro de fato, também arrisca profetizar o futuro, quando entrega ao tempo a correção das “músicas alheias à nossa identidade.”
Em Salgadinho, a suplente de vereadora Rosa Marcolino (PSDB) assumirá uma cadeira na Câmara Municipal como titular, em decorrência da morte do vereador Luiz de Lira (PSDB), ocorrida neste fim de semana, aos 79 anos de idade. No último pleito, Lira obteve 461 votos e chegou ao décimo mandato. Já Rosa, que foi a única suplente do partido tucano, conseguiu 20 votos.
Com a vacância do cargo, a Mesa Diretora da Casa Legislativa fará a convocação para que ela tome posse e faça o juramento como vereadora salgadinense.