O podcast ‘Direto de Brasília’, meu projeto em parceria com a Folha de Pernambuco, entra na pauta da eleição de renovação da Executiva Nacional do PT. O primeiro entrevistado será o ex-presidente da sigla e deputado federal, Rui Falcão, que vai bater chapa com Edinho Silva. O programa acontece hoje, ao vivo, das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha e do meu Blog.
Em recente entrevista, Falcão defendeu a necessidade de o PT resgatar seus valores, fortalecer sua base militante e manter independência em relação ao governo do presidente Lula. Embora reafirme seu apoio à reeleição do presidente Lula em 2026, Rui Falcão alertou para os riscos da fusão entre partido e governo. Segundo ele, é preciso resgatar a autonomia partidária, fiscalizar o cumprimento do programa e manter o debate interno. “O PT não deve repetir o que diz o Planalto. O partido precisa ter seu próprio programa e autonomia para defender suas posições”, cravou.
Rui Falcão foi presidente nacional do PT entre 2011 e 2017. Cumpre seu segundo mandato de deputado federal por São Paulo. Formado em Direito pela Universidade de São Paulo em 1967, Rui Falcão não chegou a exercer a advocacia. Foi jornalista de periódicos como ‘A Gazeta’, ‘Folha de S.Paulo’, ‘Notícias Populares’, ‘Jornal da Tarde’ e ‘Diário da Noite’, todos de São Paulo, além de diretor de redação da revista ‘Exame’, entre 1977 e 1988.
Foi diretor estatutário do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo entre 1983 e 1988. Além da transmissão pelo Youtube, o ‘Direto de Brasília’ também é veiculado pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM. A transmissão também será realizada no Instagram e no Facebook do meu Blog.
Entram como parceiros na transmissão a Gazeta News, do Grupo Collor, em Alagoas, a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras, na Paraíba, e a Mais-TV, do mesmo grupo, sob o comando do jornalista Heron Cid. Ainda a Rede ANC, do Ceará, formada por mais de 50 emissoras naquele Estado.
Objeto de negociações que se arrastam há mais de seis meses, a federação partidária PP-União Brasil será, finalmente, formalizada, hoje, em Brasília, em ato no Congresso. Os dois partidos passam a ser a maior força do Legislativo, com mais de 100 deputados e 14 senadores.
Terá também os maiores repasses de verba pública para custeio de campanhas e funcionamento das siglas. A fusão, entretanto, na sua nascença, já vive uma crise. A negociação de federação partidária entre PP e União Brasil foi feita prevendo um rodízio na presidência após a fusão. O acordo para que o ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) fosse este primeiro presidente foi desfeito.
Em seu lugar, deve assumir o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, para esta primeira presidência da federação. Rueda é presidente do partido desde o afastamento de Luciano Bivar, que se envolveu em uma briga política com Rueda após ter perdido a eleição para a sucessão do partido em 2024.
Após o mandato de Rueda, que ainda não teve duração divulgada, Lira assumiria o comando deste grande bloco parlamentar que está se formando no Congresso. O acordo enfureceu Lira e foi costurado com os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que nunca teveboa relação com Lira. Num dos momentos mais agudos da crise, Lira ameaçou deixar o PP.
As federações partidárias foram introduzidas na legislação eleitoral em 2021. O modelo une duas ou mais siglas que passam a atuar como uma só por, no mínimo, quatro anos. Os arranjos também estabelecem que deve haver um alinhamento das siglas nas campanhas. Isso significa que a federação deve caminhar de forma unificada nas disputas, definindo conjuntamente candidaturas que representem a aliança.
A formação desse tipo de aliança pode ser benéfica financeiramente para partidos. As regras estabelecem que os resultados eleitorais dos partidos de uma federação devem ser somados para o cálculo da cláusula de barreira.
R$ 1 BILHÃO DE FUNDO – A federação permite que as siglas unidas compartilhem recursos no financiamento das campanhas para custear candidaturas. Somados, PP e União teriam direito a receber a maior fatia, entre os 29 partidos registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do fundo público de financiamento de campanhas: levando em conta os valores distribuídos em 2024, uma eventual federação entre PP e União faria jus a quase R$ 1 bilhão em recursos públicos.
Fusão PSDB-Podemos sai hoje – O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, marcou uma reunião semipresencial para hoje, às 10h, com o objetivo de bater o martelo sobre a fusão com o Podemos. Se aprovada, convocará uma convenção partidária para aprovar o novo estatuto. Segundo Marconi, ela deve ser realizada de 30 a 40 dias depois da reunião. Ele quer anunciar a fusão, hoje, e espera que o Podemos faça o mesmo.
Pendenga no TSE – Já o avanço nas discussões sobre a fusão do PSDB e Podemos vai trazer uma discussão inédita para o Tribunal Superior Eleitoral: como proceder com federações já consolidadas devido ao surgimento de uma incorporação partidária. Isso porque o PSDB já é federado com o Cidadania, que juntos somam 17 deputados federais. Caso a fusão entre PSDB e Podemos seja confirmada ao longo desta semana, os dois partidos deixam de existir automaticamente. No entanto, há acordo entre as duas siglas para que o nome adotado seja novamente o PSDB-Podemos, ganhando em breve um nome definitivo.
Marcelo diz que Raquel é recordista em emendas – Rompido com a governadora Raquel Lyra (PSD), o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), constrangeu a gestora, ontem, ao cobrar a liberação das emendas parlamentares impositivas. Ao discursar, Raquel ignorou a cobrança, mas o presidente da Amupe, Marcelo Gouveia (Podemos), saiu em defesa da aliada. Disse que a governadora bateu recorde em liberação de emendas, chegando a R$ 270 milhões em dois anos, enquanto o ex-governador Paulo Câmara liberou R$ 295 milhões, mas em oito anos.
CURTAS
CONSTRANGIMENTO – A governadora Raquel Lyra e o ministro Silvio Filho (Portos e Aeroportos) sentaram lado a lado, ontem, no mesão de autoridades na abertura do congresso da Amupe. O constrangimento foi visível. O encontro se deu após o ministro afirmar no meu podcast “Direto de Brasília”, em parceria com a Folha, que a governadora surfa na onda das obras federais no Estado, não tendo nada a mostrar em realizações.
FORÇA FEDERAL – Soube, ontem, que o prefeito do Cabo, Lula Cabral (SD), anda tão preocupado com a crescente violência no município, palco de chacinas recentes, que teria sugerido a governadora a requisitar uma força federal para controlar a situação, impedindo um mal pior.
RUI FALCÃO – No meu podcast “Direto de Brasília”, das 18 às 19 horas, em parceria com a Folha, entrevisto, hoje, o ex-presidente nacional do PT, Rui Falcão (SP), um dos candidatos à presidência do partido na eleição marcada para julho.
Perguntar não ofende: Quem assume o comando em Pernambuco do novo partido derivado da fusão PSDB-Podemos?
O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) realizará no próximo sábado, 3 de maio, dia anterior à eleição suplementar de Goiana, evento público para definir as urnas eletrônicas que serão submetidas aos testes de integridade e de autenticidade. As auditorias têm como objetivo validar o correto funcionamento dos equipamentos em condições normais de uso e a autenticidade dos sistemas eleitorais instalados.
A cerimônia, conduzida pela Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (Cave), terá início às 08h, na Sala de Sessões do edifício-sede do TRE-PE, localizado na avenida Agamenon Magalhães, nº 1.160, bairro das Graças, no Recife.
Duas urnas eletrônicas, que já estarão prontas para serem usadas na eleição suplementar, serão selecionadas de forma aleatória ou por sorteio e ambas passarão pelas auditorias. Após a definição, os equipamentos serão recolhidos dos locais de votação, em Goiana, e serão transportados até a sede do Tribunal. As informações são do TRE.
No domingo, 4 de maio, ao mesmo tempo em que a votação normal acontece, será realizada a auditoria para verificação do funcionamento das urnas sorteadas na data anterior.
O evento de definição das urnas para os testes de integridade e autenticidade é público e pode ser acompanhado por todos, presencialmente ou por meio de transmissão on-line, no canal do TRE Pernambuco no YouTube.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comparecerá aos atos do Dia do Trabalho organizados pelas centrais sindicais pela primeira vez neste terceiro mandato, mas gravou um pronunciamento para a data que será exibido em cadeia de rádio e televisão.
As gravações foram feitas ao longo da manhã e no começo da tarde desta segunda-feira no Palácio da Alvorada, coordenadas pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira. No primeiro ano do terceiro mandato, Lula também fez pronunciamento em razão da data.
No ano passado e em 2023, o presidente esteve nos atos conjuntos das centrais sindicais em São Paulo. Em 2022, quando era pré-candidato a presidente, Lula também compareceu. As informações são do Jornal O Globo.
A decisão de não participar acontece agora depois que o ato do ano passado, realizado em frente ao estádio do Corinthians, na Zona Leste de São Paulo, foi considerado um fiasco por causa da baixa presença de público.
O episódio desgastou o ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, responsável pela organização do evento, com o presidente. Desde então, a sua saída do cargo passou a ser especulada nos bastidores do governo. Neste ano, Macêdo foi afastado das articulações do governo com as centrais.
Depois de sete anos, as centrais sindicais não realizarão este ano um ato unificado do Dia do Trabalho. Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central Sindical de Trabalhadores e Pública farão um evento na Zona Norte da capital paulista. A CUT participará apenas como convidada e não como organizadora. Para tentar melhorar a presença de público, foi decidido retomar os sorteios de carros. A CUT nunca adotou essa prática.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que é filiado a CUT, fará um outro ato com outros sindicatos locais em São Bernardo do Campo, berço político de Lula.
De acordo com aliados, o presidente manifestou desejo de ir ao evento de São Bernardo, mas avaliou que não pegaria bem desprezar as demais centrais sindicais. Assim, optou por ficar em Brasília. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, representará o governo nos dois atos. Macêdo também deve comparecer, segundo a organização do ato de São Paulo.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ainda mantém esperança que Lula compareça ao ato do dia 1º.
— O Lula só não foi em atos do 1º de Maio quando estava preso. Fizemos de um jeito que ele pode vir aqui em São Paulo e depois em São Bernardo. É importante que ela venha porque vai reunir milhares de pessoas, é um dia de celebração das lutas operárias. Para nós, ter a presença de um presidente como o Lula, que é operário, seria fundamental.
Nesta terça-feira, as centrais sindicais farão uma marcha em Brasília. Um documento de pauta da classe trabalhadora foi elaborado para ser entregue aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e ao presidente Lula. Entre os 26 itens do texto, está o fim da escala 6 x 1. De acordo com integrantes do governo, não existe possibilidade de o tema ser encampado pela gestão petista no momento. O primeiro tópico do documento defende a redução da jornada do trabalho, sem redução de salário. Lula deve se reunir com os presidentes das centrais sindicais no fim da manhã no Palácio do Planalto.
O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (União-PE), anunciou que irá convidar o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para a primeira audiência pública sobre o tema. Segundo Mendonça, a participação do ministro é fundamental para esclarecer os objetivos da PEC 18/2025 e responder aos questionamentos dos parlamentares. O relator também adiantou que serão realizadas outras audiências públicas com governadores das cinco regiões e representantes de diversas áreas ligadas à segurança pública.
Designado relator nesta segunda-feira (28), Mendonça Filho destacou a necessidade de promover uma discussão ampla sobre a proposta, considerada prioritária. “A segurança pública é uma pauta urgente que inquieta a população e precisa ser debatida com profundidade”, afirmou. Na CCJ, o foco do relatório será analisar a admissibilidade e a constitucionalidade da PEC, antes de o mérito ser apreciado em uma comissão especial.
A PEC propõe mudanças na Constituição, como a inclusão do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), a constitucionalização dos fundos nacionais de segurança e penitenciário, e a ampliação das atribuições da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Também está prevista a inclusão das guardas municipais no rol dos órgãos de segurança pública, com atuação limitada à segurança urbana, sem sobreposição às funções das polícias civis e militares.
A plataforma Coreto, iniciativa da Prefeitura do Recife voltada para conectar governo, empresas, academia e sociedade civil em prol da inovação, recebeu seu primeiro desafio privado. A ação foi lançada pela montadora Shineray do Brasil, que busca soluções tecnológicas para automatizar a triagem de motores e chassis durante o processo de montagem de veículos. As inscrições estão abertas até esta sexta-feira (2) pelo site https://coreto.recife.pe.gov.br.
O desafio prevê a seleção de projetos para cocriação com a empresa, com investimento inicial de R$ 50 mil para o desenvolvimento de um Produto Mínimo Viável (MVP). “A proposta é simples e poderosa: reunir startups, pesquisadores e empreendedores que possam contribuir com ideias inovadoras”, destacou o secretário de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia do Recife, Rafael Cunha. Segundo Aury Veras, gerente de produção da Shineray, a expectativa é que a iniciativa traga ganhos em eficiência e qualidade no processo de produção.
Lançada há menos de seis meses, a plataforma Coreto já soma mais de 500 cadastros e também oferece desafios públicos em áreas como Saúde, Limpeza Urbana, Agricultura Urbana, Assistência Social e Tecnologia Assistiva. Desenvolvida em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a plataforma visa impulsionar o ecossistema de inovação da cidade e fortalecer a economia criativa e tecnológica do Recife.
Moradores do Residencial Santa Luzia, em Belém de Maria, interditaram a PE-123 na tarde desta segunda-feira (28) em protesto contra a falta de abastecimento de água. Segundo os manifestantes, as torneiras estão secas há nove dias, e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) não apresentou solução. Galhos e entulhos foram usados para bloquear a rodovia nos dois sentidos, com a promessa de que só liberarão a via após um retorno concreto da estatal.
O residencial foi entregue em 2014 para famílias atingidas pelas enchentes de 2010 e 2011. De acordo com os moradores, já foram abertos diversos protocolos de reclamação na Compesa, mas sem resposta efetiva. “A gente sabe que existem rodízios, mas não nesse nível e muito menos sem aviso prévio”, afirmou um dos manifestantes, que também criticou a falta de apoio da Prefeitura.
A Prefeitura de Araripina iniciou o pagamento dos servidores municipais referente ao mês de abril. O cronograma prevê o pagamento da Autarquia Educacional do Araripe (AEDA) nesta segunda-feira (28), dos profissionais da Educação e da Assistência Social na terça-feira (29) e, por fim, dos servidores da Secretaria de Saúde e da sede da Prefeitura na quarta-feira (30). O pagamento já havia sido iniciado no dia 16 de abril para os beneficiários da ARAIPREV.
O prefeito Evilásio Mateus destacou que a gestão trabalha para manter os salários em dia. “Desde o início da nossa gestão, temos trabalhado com responsabilidade para garantir o pagamento dos servidores em dia. Sabemos que essa é uma prioridade para muitas famílias, que dependem desse recurso para seu sustento”, afirmou.
A administração do prefeito Evilásio Mateus e do vice-prefeito Bringel Filho (PDT) reforçou que o pagamento pontual dos salários também contribui para a movimentação da economia local, gerando empregos, renda e beneficiando diretamente a população.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a pasta manterá o financiamento das atividades da Casa Hope, instituição que acolhe crianças em tratamento contra o câncer em São Paulo. O compromisso foi assumido após pedido do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, que levou a demanda ao Ministério da Saúde. Padilha garantiu que o apoio será mantido e, se necessário, ampliado, utilizando instrumentos de parceria já existentes. Assista:
O presidente Lula (PT) vem sofrendo pressão tanto para demitir quanto para manter o ministro Carlos Lupi (Previdência) após o escândalo no INSS.
O que aconteceu
Membros do governo avaliam que situação é insustentável. Aliados argumentam que o caso, que aponta para desvio de bilhões de reais de aposentados e pensionistas, pode se tornar a maior crise do governo e, quanto mais tempo o ministro ficar, pior para o governo.
Aliados dizem que tudo que Lula não precisa é de uma nova crise. Se esta já está instalada, o melhor jeito de lidar, argumentam, é tentando limar todos os possíveis responsáveis ou coniventes. As informações são do UOL.
Lupi foi alertado sobre o aumento de descontos não autorizados em 2023. Atas de reuniões do Conselho Nacional da Previdência Social mostram que o primeiro aviso foi feito em 12 junho, mas a primeira medida do INSS só foi tomada em março de 2024, quase um ano depois.
Ministro tem dito que tomou as providências necessárias. À Folha de S.Paulo, ele afirmou no final de semana que tinha “muita safadeza”, mas que “não foi omisso”. Lupi, porém, foi responsável pela indicação do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi demitido por Lula assim que o escândalo estourou na semana passada.
Aliados avaliam que, quanto antes estancar a sangria, melhor para Lula À medida que o ministro se mantém no cargo, mais munição o governo dá à oposição, em um momento de fragilidade, com alta impopularidade de Lula.
PDT ameaça desembarque
Partido de Lupi se diz inflexível. A bancada do PDT na Câmara afirma que, se Lupi for demitido, a legenda não deve indicar outro nome e é provável que desembarque do governo Lula, o que teria um peso simbólico. A sigla conta com 17 deputados e três senadores.
O PDT não esconde a insatisfação com Lula. A bancada na Câmara se diz que o descontentamento com o governo “não é de hoje” e que, se perder o único ministro que tem na Esplanada, não tem motivo para seguir no governo. Para parlamentares, o governo está “fritando” o ministro. Sem um posicionamento público de Lula, Lupi estaria exposto, com especulações sobre sua demissão e envolvimento, o que para eles é uma sinalização de que a gestão “não se importa com o PDT”.
Aliados de Lupi acusam Lula de “se importar mais com o irmão” do que com o ministro. Como o UOL mostrou, o sindicato do qual Frei Chico é diretor vice-presidente teve um crescimento súbito na arrecadação nos últimos anos. Para pedetistas, o irmão mais velho de Lula é a prioridade de defesa, não o ministro.
Lula está avaliando cenários
Lula tem levado a crise em banho-maria, sem indicações explícitas de demissão. Como em quase todas as outras situações de troca de ministro, o presidente tem levado tempo e ouvido diferentes partes, dando chance à defesa e às explicações do subordinado.
Presidente ainda não se pronunciou. Apesar da pressão e da sugestão de aliados, o presidente não falou diretamente do assunto. A Secom (Secretaria de Comunicação) diz que as ações do governo falam por si e mostram o empenho em resolver a questão.
A prioridade do governo tem sido devolver o dinheiro. Segundo auxiliares, Lula ficou irritadíssimo com o esquema, cobrou explicações de Lupi e determinou restituição total dos valores fraudados. Na última quinta, a CGU (Controladoria-Geral da União) suspendeu o desconto de todas as associações e prometeu já devolver os valores de maio.
A Operação Sem Desconto identificou descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. Segundo a investigação, a cobrança irregular chega a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024 e atinge cerca de 6 milhões de pessoas.
O deputado federal Eduardo da Fonte (PP) se reuniu com o candidato a prefeito de Goiana, Marcílio Régio (PP), e com o ex-prefeito Eduardo Honório (União) para tratar da reta final da campanha e da articulação de novos investimentos para o município. O encontro, que também contou com a presença do deputado estadual Cleiton Collins, buscou alinhar estratégias políticas e ações junto aos governos estadual e federal.
Durante a conversa, foram discutidas propostas para fortalecer a economia de Goiana, que abriga polos industriais relevantes como o automotivo, farmacêutico e vidreiro. A chapa liderada por Marcílio reúne o apoio de 13 partidos, formando a maior aliança política da história do município. “Marcílio tem todas as credenciais para continuar o trabalho de Eduardo Honório. Ele tem feito uma campanha propositiva, com trabalho, respeito e compromisso com o futuro da nossa cidade. Estamos juntos para construir uma Goiana ainda mais forte, com novos investimentos e mais oportunidades para a população”, destacou Eduardo da Fonte.
No programa de hoje, analisei os desdobramentos da investigação que aponta para indícios de lavagem de dinheiro” envolvendo diretores e procuradores da (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), no escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias do INSS. Clique aqui e ouça. O Frente a Frente é ancorado por este blogueiro e transmitido pela Rede Nordeste de Rádio para mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia.
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A recente chegada do deputado federal Felipe Carreras (PSB) ao grupo político do prefeito de Lajedo, no Agreste, Erivaldo Chagas (Republicanos), causou um arranhão na relação entre o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB). O ato de Carreras foi à revelia de João.
Este blog apurou que Silvinho está chateado com a situação e que o movimento de Carreras foi entendido como uma invasão de bases. De acordo com as informações recebidas por nossa equipe, João Campos tentou intermediar a situação e fazer com que o prefeito de Lajedo não deixasse o grupo de Silvinho, sem sucesso.
O prefeito Erivaldo Chagas tem afirmado nos bastidores que tudo foi combinado com diálogo e que o próprio Silvinho estaria sabendo da movimentação. Mas aliados do ministro de Portos e Aeroportos negam.
Durante o Congresso da Amupe, nesta segunda-feira (28), João Campos ressaltou a amizade com Silvinho e amenizou a situação. Em entrevista para a repórter Laura Carvalho, do Blog da Folha, o prefeito do Recife afirmou que “Silvio é um amigo, um aliado político, uma pessoa que eu tenho muita estima”.
“Nesse momento de construção de candidaturas proporcionais, é natural ter enfrentamentos na base de uma cidade. E, claro, é papel meu, papel do ministro Silvio, papel de quem comanda o partido ajudar a tranquilizar a base, a organizar, a buscar consensos”, explicou Campos.
Em um cenário político marcado por traições e desilusões, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, se destaca não apenas por suas promessas vazias, mas por um padrão preocupante de ingratidão que tem deixado aliados e adversários perplexos. O que era para ser uma aliança promissora nas eleições de 2022 se transformou em um campo de batalha, onde a traição e o abandono se tornaram a norma.
Entre os aliados que foram traídos, Álvaro Porto, presidente da Alepe, foi deixado à própria sorte após a eleição. A ingratidão de Raquel foi tão evidente que ele se viu abandonado, sem apoio, em um momento crucial: a disputa pelo comando da Casa. Já o deputado estadual Izaías Régis, que era o líder do governo, viu sua chance de se tornar prefeito de Garanhuns desmoronar, resultando em uma derrota histórica que agora torna sua reeleição como deputado quase impossível.
A também deputada Débora Almeida, que contava com o apoio financeiro do pai, um dos homens mais ricos do Nordeste, também sofreu nas mãos da governadora, enfrentando uma humilhante derrota em São Bento do Una. Lucinha Mota, com mais de 25 mil votos, ficou desamparada quando Raquel não conseguiu se eleger vereadora em Petrolina, enquanto Alan Carneiro, que obteve quase 15 mil votos, abandonou a política após sentir a amarga decepção provocada pela governadora.
O caso de Joaquim Neto, ex-prefeito de Gravatá, é emblemático: após ser nomeado para o IPA, foi demitido sem justificativa, culminando na maior derrota da história de Gravatá. Alcides Cardoso, ligado à vice-governadora, também não escapou da ingratidão e não conseguiu ser reeleito vereador do Recife.
Entre os deputados federais, a história é igualmente sombria. Um deles, Daniel Coelho, sacrificou seu mandato garantindo a chapa de Raquel e acabou como secretário de Turismo sem qualquer autonomia, enfrentando uma derrota ridícula na capital. Guilherme Coelho, que se lançou como candidato a senador, foi ignorado por Raquel e hoje não participa da administração estadual.
Até mesmo aliados que se esforçaram para garantir a vitória de Raquel, como André e Anderson Ferreira, foram tratados com desdém, recebendo a notícia da demissão do presidente do Detran pela imprensa. Bruno Araújo, que sustentou o partido e o fundo eleitoral de Raquel, nunca foi ouvido e se vê à margem do governo.
E os adversários? Raquel também não demonstra misericórdia. Sebastião Oliveira, um dia chamado de corrupto, agora é agraciado com indicações no governo. Luciano Duque, antes um crítico feroz, tem seu filho no IPA, enquanto Marcelo e Gustavo Gouveia, que coordenaram a campanha de Marília Arraes, agora desfrutam de cargos importantes na Secretaria de Agricultura.
Raimundo e Socorro Pimentel, que confiaram em Raquel, acabaram sem partido e perderam a eleição de prefeito em Araripina, enquanto André de Paula, um adversário na corrida para o Senado, tornou-se um dos homens fortes do governo, levando Raquel para seu partido, que até então fazia críticas severas à governadora.
A história de Raquel Lyra é um retrato da política pernambucana, onde a ingratidão parece ser a única constante. Em meio a promessas não cumpridas e traições disfarçadas, fica a pergunta: quem será o próximo a sentir o peso do “jeito Raquel de ser”?
O projeto do Governo do Estado que autoriza o empréstimo de R$ 1,5 bilhão deve ser aprovado, nesta terça-feira (29), na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe).
O presidente do colegiado, o deputado Alberto Feitosa (PL), afirmou, na tarde desta segunda-feira (28), que a proposta foi analisada pelo relator na semana passada, Waldemar Borges (PSB), e a conclusão foi de que o texto atende à constitucionalidade exigida pela CCLJ.
“Vamos votar amanhã e eu mesmo darei voto favorável acompanhando o relator, em caso de empate”, declarou Feitosa. Segundo ele, no entanto, o projeto deve receber algumas emendas que estão sendo analisadas pela equipe técnica da Comissão.
A Comissão pediu dois pedidos de informações ao Estado sobre a matéria, nos dias 2 de março e 15 de abril. Como o Poder Executivo enviou respostas elucidativas, o presidente da CCLJ decidiu pautar o texto nesta terça.
Noronha fica para depois
Já a sabatina com o indicado para assumir a administração de Fernando de Noronha, Virgílio Oliveira, não tem data para ocorrer na CCLJ. O advogado está na cota do Avante e foi indicado pela governadora Raquel Lyra para o cargo. O nome dele não é consenso entre os parlamentares.
Segundo Feitosa, lideranças e partidos não estariam de acordo com a indicação. Além disso, o clima entre o Governo e a Casa ainda continua tenso. Questionado sobre o que estaria faltando para que a sabatina fosse pautada, Feitosa respondeu: “Permanece o mesmo sentimento na Casa, de que não há ainda condições para a gente pautar essa matéria. Falta o Governo tentar demonstrar que não quis desdenhar, desprestigiar ou ultrapassar as prerrogativas da Alepe”, afirmou.
Ele se referiu à desistência da governadora, que recuou da indicação de Walber Santana para o cargo de administrador na véspera de ele ser sabatinado na Alepe. Nos bastidores, entretanto, circula a informação de que o entrave para a sabatina é o atraso na liberação das emendas parlamentares.
Nesta segunda-feira, o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), chegou a cobrar as emendas à governadora publicamente, durante a abertura do 8º Congresso dos Municípios de Pernambuco. Raquel Lyra aproveitou e também cobrou dele a aprovação do empréstimo de R$ 1,5 bilhão.
A ideia de propor um projeto de lei que diminui as penas dos executores do 8 de janeiro e aumenta o tempo de prisão dos mandantes da tentativa de golpe avançou no Congresso Nacional.
O próprio presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), deve assumir a autoria da proposta, que foi costurada por seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD). O acordo inclui a Câmara dos Deputados e o próprio STF (Supremo Tribunal Federal).
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), vê a proposta com bons olhos, como o blog do Octavio Guedes antecipou, e, no domingo, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, deu sinal verde para a mudança legislativa: “Redimensionar a extensão das penas, se o Congresso entender por bem, está dentro de sua competência”, afirmou. As informações são do g1.
O jornalista ainda apurou que, dentro do STF, a ideia encontra apoio da maioria dos ministros, entre eles o relator do processo, Alexandre de Moraes.
Caso aprovado, o discurso de que a anistia seria para os “peixes pequenos” — e não para os denunciados como mandantes do crime, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro — ficaria esvaziado.
Lula, segundo apuração de Octavio Guedes, não deve oferecer resistência a sancionar a lei, já que seria um gesto de pacificação.
O projeto de lei tanto pode diminuir de 1/6 a 1/3 a pena de réus de menor importância como considerar que não se acumulam as penas de golpe de Estado com abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em entrevista à revista americana The Atlantic que, em seu segundo mandato, ele manda não só nos EUA, mas também no mundo inteiro.
“Da primeira vez eu tinha duas coisas para fazer, mandar no país e sobreviver, e eu tinha comigo todo esse povo desonesto. Nesta segunda vez, eu mando no país e no mundo”, afirmou Trump.
A revista The Atlantic foi a responsável por revelar o primeiro grande escândalo da administração Trump: o vazamento de planos secretos de ataques aos rebeldes houthis no Iêmen. O grupo é apoiado pelo Irã. As informações são do Metrópoles.
O texto de Goldberg relata críticas do vice-presidente, JD Vance, e do secretário de Defesa, Pete Hegseth, contra potências europeias aliadas dos EUA. “Eu apenas odeio salvar a Europa de novo”, escreveu Vance. “Eu compartilho totalmente do seu desprezo pelos aproveitadores europeus. É patético”, concorda Hegseth, em resposta.
Em outra mensagem, durante um debate sobre um possível adiamento da operação militar no Iêmen, Hegseth escreveu: “Acho que a mensagem vai ser difícil de qualquer maneira — ninguém sabe quem são os Houthis — e é por isso que precisamos nos concentrar em: 1) Biden falhou e 2) O Irã financiou”, argumenta o secretário de Defesa dos EUA.
“De acordo com o longo texto de Hegseth, as primeiras detonações no Iêmen seriam sentidas duas horas depois, às 13h45, horário do leste. Então, esperei no meu carro no estacionamento de um supermercado. Se esse bate-papo do Signal fosse real, pensei, os alvos Houthis logo seriam bombardeados. Por volta das 13h55, marquei X e procurei Iêmen. Explosões estavam sendo ouvidas em Sanaa, a capital”, escreveu o jornalista.
Foi graças à inclusão errada do editor-chefe da revista, Jeffrey Goldberg, em um grupo com altas autoridades do governo, no aplicativo Signal, que o escândalo surgiu. No grupo estavam sendo discutidos os bombardeios, ocorridos horas depois.
Ao ser questionado sobre tecnologia e pessoas influentes, Trump disse que o fato de ter captado apoio de bilionários da tecnologia, como Elon Musk, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos, se dá “talvez porque eles não me conheciam no começo, e agora conhecem”.