Sebrae - Nat

A peleja do Capitão América com o Homem-Aranha

Dedico este artigo ao meu colega o bilionário Elon Musk, que está dedetizando a cultura Woke politicamente “correta”

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Está decretada a guerra mundial nas plataformas terrestres, marítimas, aéreas e subterrâneas. Donald Trump, o quase Napoleão Bonaparte do século 21 (ao menos em ousadia, embora esta comparação possa ser exagerada), confronta o “Deep State, o Estado Profundo  da cultura Woke, ideologia de gênero, criptocomunismo, antissemitismo, abortismo, políticas identitárias, ONGs. Esta será a batalha vitoriosa de Austerlitz de Donald Trump.

Um parêntese: todíssimas as pessoas que eu conheço e que defendem o aborto já nasceram. As pessoas que nunca nasceram não se sabem se defenderiam ou não defenderiam o aborto.

O ++bilionário húngaro-americano George Soros, o homem-aranha, comanda as teias de aranha de ONGs globalistas no mundo. São entidades que defendem causas humanitárias, combate à Aids na África, defesa do meio ambiente, igualdade de gênero, esses babados. Os fundos institucionais de ++Soros despejam bilhões de dólares nessas entidades.

Por baixo dos panos, as ONGs do bilionário +++Soros financiam partidos e entidades de esquerda, sempre com um viés globalista, para influir nas eleições. Os progressistas amam Soros, e vice-versa.

Seja dito que os fundos bilionários dobram os encantos diante dos partidos ou entidades de esquerda. Os relatórios oficiais revelam que os vermelhos receberam tantos e tantos milhões e milhões de denários de modo a decidir o resultado nas eleições gerais de Pindorama.

Ligadão nas ONGs e na USAID, entidade criada por Kennedy em 1961 quando o fantasma do comunismo fracassado de Cuba assustava a América e que depois virou a casaca, Trump convocou o bilionário ++++Elon Musk, o Capitão América, para confrontar o Homem-Aranha e combater a cultura Woke. De saída, o Capitão América mandou a USAID para o espaço e cortou as verbas das ONGs globalistas.

Nesta hora em que o mundo vira pelo avesso, a mundiça que assiste ao Big Coliforme Brazil está mais interessada em  saber quem é mais carnívoro debaixo do edredom, quem degusta quem e quem é degustado. Nestas horas, na hora das novelas e dos programas policiais, eu desisto de ser brasileiro, eu sou apenas um bicho-grilo pensante.

A teia de aranha é uma das engenharias perfeitas da natureza. As teias de aranha das ONGs possuem uma caixa-preta, ou uma caixa de Pandora. Quando for aberta essa caixa de Pandora irão pulular assombrações, serpentes e escorpiões. Ou também Chapeuzinhos Vermelhos submissos ao Homem-Aranha.

O gênio Dante Alighiere falou que São Francisco de Assis foi uma luz que iluminou a humanidade. Ele amava Jesus Cristo, amava a natureza e humanidade. Louve-se uma ONG que combate a fome na África, como exemplo. Mas, seja dito que ações de caridade apenas congelam a pobreza. A emancipação da cidadania só pode ser alcançada com obras estruturantes, de educação e saúde. Por trás de cada ONG filantrópica existem inúmeras outras que exercem o proselitismo político e partidário. A filantropia serve como escudo humano.

Não existe nenhum São Francisco de Assis nessa área, nem no Vaticano. Existem militantes partidários, camufladas ou não. Fiquem ligados, galera!

*Periodista, escritor e quase poeta

Jaboatão - Combate Dengue

O brinquedo aéreo (caríssimo) de Raquel

Como se o Estado não tivesse o desafio de melhorar os graves problemas na saúde, na segurança e nas estradas, a governadora Raquel Lyra (PSDB) tomou uma decisão de que o seu Governo não tem de fato prioridades voltadas para os segmentos mais necessitados da população: a compra de um avião, já batizado pela oposição de “Aeroquel”.

No último fim de semana, o Diário Oficial trouxe a publicação da licitação para compra de um avião de pequeno porte seminovo, cujo valor máximo está estimado em R$ 67,8 milhões. Além de ser empregado em operações de órgãos das forças de segurança, o edital frisa que a aeronave também servirá para uso da governadora.

Segundo o certame, o equipamento licitado é o modelo King Air 260, uma configuração de luxo segundo especialistas de mercado de aeromodelos, com capacidade para transportar até sete passageiros. A análise das propostas será no próximo dia 28, a chamada sexta-feira gorda da folia, que antecede o início dos festejos do momo no Estado.

De acordo com informações do edital, disponibilizado no Portal de Compras, do Governo Federal, o Governo de Pernambuco vai escolher a empresa que apresentar o menor valor. Entre as condições da licitação, a aeronave deve ter no máximo quatro anos de uso e há um limite de valor estabelecido para cada ano de fabricação.

Para fundamentar a aquisição milionária, o Governo de Pernambuco destaca a necessidade de disponibilizar a aeronave para uso direto da governadora Raquel Lyra “em missões de interesse governamental, dentro e fora de Pernambuco”, também ficando à disposição do Grupamento Tático Aéreo (GTA), vinculado à Secretaria de Defesa Social (SDS).

“É notória a existência de demandas reprimidas para o uso desta aeronave, tais como: operações aéreas policiais, busca e salvamento, resgates e remoções aeromédicas, ações em situações de calamidades públicas e de defesa civil, apoio ao Governador do Estado em missões de interesse governamental, dentro e fora de Pernambuco e a Órgãos Governamentais Federais e Municipais”, frisa um trecho do edital de licitação.

DINHEIRO A RODO – O avião não é a primeira aquisição milionária do Governo de Pernambuco nos últimos anos. No final do ano passado, a gestão da governadora Raquel Lyra adquiriu um helicóptero Airbus H135, de origem europeia, ao custo de mais de 8,1 milhões de euros, que, na cotação de hoje, custaria cerca de R$ 48,4 milhões, para uso do mesmo grupamento tático da Secretaria de Defesa Social. Além disso, destinou mais de R$ 4,3 milhões para a locação anual dos veículos terrestres – R$ 2,5 milhões voltados às caminhonetes 4×4 e R$ 1,8 milhão às motocicletas. De fato, os cofres palacianos estão abarrotados de dinheiro.

Como votará o pleno do TJ? – Ainda sobre a polêmica decisão do presidente interino da Assembleia Legislativa, Rodrigo Farias (PSB), de antecipar a eleição para escolha dos novos dirigentes das principais comissões técnicas da Casa, o que se deu no último sábado, a semana começa com a expectativa do posicionamento do pleno do Tribunal de Justiça sobre a liminar negada pelo desembargador Carlos Moraes, também no sábado, em resposta ao mandado de segurança impetrado por três deputados governistas para barrar o processo eleitoral nas comissões.

Oposição assume comissões – O mandado de segurança foi impetrado pelos deputados Antônio Moraes (PP), Débora Almeida e Joaquim Lira (PV) no plantão noturno do Tribunal de Justiça, caindo a relatoria no colo do desembargador Carlos Moraes. Quando a liminar desfavorável ao Governo chegou ao conhecimento público, os deputados da oposição, sem a presença de um só parlamentar da base governista, já haviam escolhido os presidentes das principais comissão: Alberto Feitosa (PL), na Comissão de Constituição e Justiça; Antônio Coelho (UB), na Comissão de Finanças; e Waldemar Borges (PSB), na Comissão de Administração.

Governistas falam em golpe – Insatisfeitos, os deputados da base do Governo na Alepe classificaram a manobra da oposição como golpe, dado num sábado, dia incomum de trabalho na Casa. “Basta fazer uma simples consulta ao Google para constatar que a Assembleia Legislativa de Pernambuco nunca foi aberta para o trabalho parlamentar num sábado”, diz o deputado Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP, um dos partidos signatários do mandado de segurança na justiça como recurso para anular a eleição dos dirigentes de comissões temáticas.

Pix derrete popularidade – Há uma série de fatores para explicar a derretida popularidade do presidente Lula e da sua gestão, que chegou ao nível mais baixo de aprovação: apenas 24%, segundo o Datafolha. Entre os que mais pesaram, a alta dos preços, a falta de uma política econômica que reduza os juros, o contexto internacional, o cansaço com o governo, que parece velho, mas, principalmente, a crise do pix. Neste quesito, a população entendeu que o Governo quis tirar do povo um direito conquistado que facilitou a vida econômica do povo, uma moeda muito mais forte que o Real.

CURTAS

SEM REELEIÇÃO – Outra péssima notícia para Lula, desta feita em outra pesquisa, a do Ipec (ex-Ibope): 62% acham que ele não deveria tentar a reeleição. Entre os motivos que levaram os entrevistados ao posicionamento contrário, 36% disseram que Lula não está fazendo um bom trabalho. E 20% disseram que é corrupto, ladrão e desonesto.

VIROU MEME – Nas redes sociais, os internautas contrários ao governo Lula aproveitaram a baixa popularidade da gestão e do petista para criar memes. Muitos fizeram montagens com o rosto do presidente e frases sobre o aumento dos preços dos alimentos, entre eles o “Come zero” – Programa de Educação Alimentar.

O “CRAQUE” – Políticos de oposição e críticos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão usando seus perfis nas redes sociais para ironizar o trabalho do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Sidônio Palmeira. Chamam o publicitário, no cargo desde 14 de janeiro de 2025, de “craque do jogo”. Sidônio assumiu a Secom com a missão de alavancar a popularidade de Lula, que demitiu Paulo Pimenta (RS) no início do ano.

Perguntar não ofende: O Governo Lula ainda tem salvação?

Conheça Petrolina

O conselheiro Carlos Neves negou um pedido de medida cautelar para suspender a licitação de serviços de videomonitoramento da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE). A decisão foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (14) e será levada a julgamento da Primeira Câmara do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE).

O pedido foi feito pela empresa Painel Multiserviços Ltda., que declarou irregularidades no pregão eletrônico da SDS-PE. A denunciante alegou descumprimento de exigências do edital por parte da empresa vencedora da licitação. 

O conselheiro Carlos Neves – relator das contas da SDS-PE em 2025 – acompanhou um parecer do setor de auditoria, que apontou como improcedentes os argumentos da denúncia e não encontrou irregularidades capazes de comprometer o pregão.

Uma auditoria especial será instaurada para acompanhar a execução do contrato de 60 meses, assinado com a Teltex Tecnologia S.A., com valor máximo de R$122.558.500,00.

MEDIDA CAUTELAR – É uma decisão tomada em caráter de urgência, quando há riscos ao interesse público. Toda cautelar deve ser posteriormente votada em uma das Câmaras do TCE-PE, compostas por três conselheiros cada.

Dulino Sistema de ensino

Neste domingo (16), São Paulo foi agraciada pelo Festival Pernambuco Meu País, que trouxe a alegria do Carnaval pernambucano à Avenida Paulista e ao Parque Burle Marx. O evento teve como objetivo divulgar a festa estadual e atrair turistas para Pernambuco. Com uma programação repleta de música e manifestações culturais, o festival destacou as tradições carnavalescas do estado. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), esteve presente para prestigiar a ação.

A programação contou com apresentações de manifestações culturais como o Maracatu Estrela Brilhante de Nazaré da Mata, os Caiporas de Pesqueira e o bloco Galo da Madrugada, representado por um boneco inflável de 15 metros. Entre os shows musicais, destaque para Alceu Valença, Duda Beat, Gerlane Lops, Romero Ferro e Nego Thor, além do projeto Som na Rural, de Roger de Renor.

O presidente da Empetur, Eduardo Loyo, ressaltou que São Paulo é o maior emissor de turistas para Pernambuco e que a iniciativa busca incentivar ainda mais esse fluxo. “O setor de turismo engloba cerca de 50 atividades econômicas, áreas pujantes na geração de emprego”, destaca. A secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula, reforçou a importância do intercâmbio cultural: “É uma oportunidade de trazer  a nossa cultura popular e as nossas raízes aqui para São Paulo, que tem uma comunidade nordestina pernambucana enorme”.

Além das apresentações, o evento trouxe uma oficina de cabeças de La Ursa com o Mestre Julião das Máscaras, de Olinda. Para pernambucanos que vivem em São Paulo, a iniciativa foi uma chance de relembrar as raízes, enquanto para os paulistas, uma oportunidade de conhecer de perto uma das festas mais emblemáticas do Brasil.

Ipojuca No Grau

Do UOL

Um homem morreu durante um voo da companhia aérea Jet2 na noite de sexta-feira (14), forçando a aeronave a realizar um pouso de emergência na Espanha.

O que aconteceu

O passageiro, na faixa dos 70 anos, passou pela emergência médica a bordo do voo L676. O avião em que ele estava, um Boeing 737-8MG. partiu de Tenerife — a maior ilha do arquipélago das Canárias — com destino ao Aeroporto de East Midlands, no Reino Unido. As informações são do jornal britânico Metro.

Diante da situação, a aeronave precisou aterrissar no Aeroporto de Santiago de Compostela. “A tripulação relatou que havia um passageiro com sérios problemas médicos a bordo e que era necessário um pouso urgente no aeroporto de Compostela”, informou o jornal espanhol Diario de Avisos.

De acordo com o site Flightradar24, a aeronave decolou do Aeroporto de Tenerife Sul às 15h06min (horário local). No entanto, uma emergência foi informada pela tripulação do voo, levando a tripulação a desviar a rota para o aeroporto no noroeste da Espanha. A natureza da emergência não foi divulgada.

Apesar dos esforços da equipe médica, o passageiro faleceu assim que a aeronave pousou na pista de Santiago. Uma ambulância do Serviço de Emergências de Saúde da Galícia foi enviada ao terminal. No local, a equipe médica confirmou a morte do homem. Não foram divulgadas as causas da morte e a Jet2 não se pronunciou sobre o caso.

Caruaru - IPTU 2025

Do Blog Dantas Barreto

Termina, nesta segunda-feira (17), o prazo para inscrições das chapas para a eleição da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). O registro poderá ser feito das 8h às 17h, com 38 nomes, podendo ser atuais prefeitos e ex-gestores. A escolha da nova diretoria está marcada para 27 de janeiro e poderá ser presencial, na sede da Amupe, ou online.

Até o momento, o atual presidente e ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia (Podemos), se coloca como candidato à reeleição e já tem a chapa completa. O ex-presidente e ex-prefeito de Escada, Jandelson Gouveia (PL), tenta até amanhã garantir apoios suficientes para também entrar na disputa.

Até a semana passada, o gestor de Aliança, Pedro Freitas (PP), e Márcia Conrado (PT), de Serra Talhada, também eram pré-candidatos à presidência, mas decidiram compor com Marcelo Gouveia, numa articulação que envolveu a governadora Raquel Lyra (PSDB), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), o presidente do PP, deputado Eduardo da Fonte, e outros prefeitos, em Brasília. Pedro será candidato a vice-presidente e Márcia à Secretaria da Mulher.

Ao Blog Dantas Barreto, Marcelo Gouveia disse, neste domingo, que houve um importante movimento envolvendo as principais lideranças políticas de Pernambuco. Por isso está confiante de que haverá unidade na Amupe.

Jandelson Gouveia contou que ainda está articulando apoios para garantir a formação da sua chapa. Porém admitiu que alguns prefeitos que defendiam o bate-chapa migraram para a candidatura de Marcelo. O ex-prefeito de Escada reconhece que o tempo é curto, e se outro nome for colocado para encabeçar a chapa alternativa, poderá apoiá-lo.

“Defendo que a Amupe seja independente. Sabemos que todos os prefeitos têm as suas filiações, mas não se pode montar uma chapa por questões partidárias. Até amanhã vou tentar montar a chapa, mas vou defender sempre a independência da Associação”, disse Jandelson também ao blog.

Presidente da Comissão Eleitoral, o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (SD), contou que passará a segunda-feira na Amupe, acompanhando os registros das candidaturas. Segundo ele, o processo de composição entre os pré-candidatos é importante para fortalecer a Amupe.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Do Estadão Conteúdo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou no dia 10 um decreto que suspendeu por 180 dias a aplicação de uma política anticorrupção em empresas chamada Foreign Corrupt Practices Act (FCPA). A suspensão ocorrerá enquanto o procurador-geral revisa as diretrizes para aplicação da norma, o que pode impactar executivos brasileiros.

Das dez maiores sanções impostas a companhias por conta do FCPA, duas foram dirigidas a empresas brasileiras (Odebrecht e Petrobras). E o Brasil ocupa a segunda colocação na lista de locais onde mais ocorreu pagamento de propinas entre 2015 e 2024, segundo dados da Universidade de Stanford.

Isso ocorre porque, desde 1977, é o FCPA que tem guiado as investigações e a punição de empresas americanas que pagam propina no exterior. Mas o Departamento de Justiça (DoJ) estadunidense tem uma interpretação expansionista e costuma submeter ao FCPA qualquer companhia que tenha ações em bolsas americanas, american depositary receipts (ADRs), subsidiárias ou outras operações no país.

“O FCPA foi o grande motor que rodou a Lava-Jato aqui no Brasil e influenciou até a lei anticorrupção brasileira, que é em boa parte uma adaptação do FCPA”, disse Paulo Sérgio Suzart, sócio da Suzart Consultoria e professor de Compliance. A Odebrecht não só aparece entre as empresas que receberam as maiores sanções da história do FCPA como figura no topo da lista, com uma multa de US$ 3,5 bilhões. A Petrobras é a quarta e foi penalizada com US$ 1,78 bilhão.

As investigações atuais e futuras devem ser as mais afetadas pelo decreto de Trump, mas advogados avaliam que casos antigos não estão isentos. Os efeitos podem ser desde a revisão de multas, nos casos passados, como a própria paralisação das investigações em curso.

“Os casos antigos também podem ser afetados pelo Decreto presidencial. Na seção 2, letra d, a norma estipula que o procurador-geral tomará as medidas cabíveis em relação a casos presentes e pretéritos. Portanto, não há certeza se casos antigos serão ou não afetados, já que isso dependerá da análise a ser feita pelo procurador-geral, mas há expressa referência a essa possibilidade no texto”, afirmou José Alexandre Buaiz Neto, sócio do escritório Pinheiro Neto Advogados.

Raphael Soré, sócio da área de Compliance, Investigações e Governança Corporativa do Machado Meyer Advogados, analisa que a alteração de casos já pactuados é mais complexa, mas que tudo depende de como será feita a revisão da aplicação da norma pela procuradoria-geral.

E apesar da sinalização negativa para a governança corporativa, Soré acredita, porém, que mesmo uma revogação do FCPA não seria suficiente para isentar companhias americanas de sanções. “É difícil afirmar que empresas americanas teriam licença para pagar propina no exterior, porque na década de 1990 outros países implementaram regras duras no mesmo sentido, e as multinacionais devem ter operações em outros lugares para além dos Estados Unidos”, aponta.

Suzart destaca também que a suspensão do FCPA vem em um contexto em que o governo dos Estados Unidos parece direcionar os esforços do DoJ para o combate ao crime organizado transnacional “O Trump quer combater cartéis mexicanos, colombianos, a máfia italiana”, diz.

Ele lembra que cinco dias antes da publicação da norma suspendendo o FCPA, um memorando da própria procuradoria-geral determinou que a Unidade de Divisão Criminal do FCPA deveria priorizar “investigações relacionadas a suborno estrangeiro que facilite as operações criminosas de Cartéis e crimes organizados transnacionais, desviando o foco de investigações e casos que não envolvam tal conexão”.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

O projeto de lei do deputado Bibo Nunes (PL-RS) que reduz o prazo da inelegibilidade de oito para dois anos beneficiaria não só o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas também outros políticos que hoje, tecnicamente, não poderiam disputar eleições.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP), o ex-deputado Valdevan Noventa (PL-SE), o ex-deputado estadual do Paraná Fernando Francischini e o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), são alguns desses nomes.

A mudança proposta na Câmara é em um trecho do artigo 22 da Lei de Inelegibilidade que trata especificamente do período que um político fica inelegível por causa de uma condenação por abuso de poder político ou econômico na Justiça Eleitoral.

Bolsonaro está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em dois processos.

O TSE considerou que ele cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em dois episódios em 2022: ao se reunir com embaixadores para atacar o processo eleitoral brasileiro e ao usar as comemorações oficiais do 7 de Setembro como palanque eleitoral.

Na Lei de Inelegibilidade, de 1990, existem muitas hipóteses para um político ficar inelegível, além da condenação na Justiça Eleitoral por abuso de poder. São exemplos:

  • inelegibilidade por contas rejeitadas perante os tribunais de contas;
  • inelegibilidade por condenação criminal;
  • inelegibilidade por condenação por improbidade administrativa.

Em 2010, após uma ampla mobilização popular, veio a Lei da Ficha Limpa, que fez duas grandes alterações na Lei de Inelegibilidade:

  1. Fixou linearmente o prazo de oito anos de inelegibilidade para todas as hipóteses (antes, esse prazo era de três anos);
  2. Acabou com a necessidade de que o político fosse condenado em última instância para ficar inelegível. Basta uma condenação por um órgão colegiado (formado por um grupo de juízes, como na segunda instância) para ser ficha-suja.

Essa regra vale para qualquer tipo de condenação: criminal, por improbidade ou por abuso de poder político nas eleições, explica o jurista Márlon Reis, “pai” da Lei Ficha Limpa.

O projeto de Bibo Nunes não diminui o prazo em todas as hipóteses de inelegibilidade. Ele reduz o prazo para dois anos somente nos casos de condenação por abuso de poder político ou econômico na Justiça Eleitoral — como é o de Bolsonaro.

“Aí que está o casuísmo. São muitas as hipóteses de inelegibilidade. Ele só está mexendo com aquela que afetou o Bolsonaro. Cirurgicamente”, critica Reis. “E está mexendo em casos graves, que envolvem corrupção das eleições, corrupção do processo eleitoral.”

Beneficiários

Se o projeto de Bibo Nunes for aprovado no Congresso e entrar em vigor, a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que está inelegível por decisão colegiada do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), já poderia concorrer na próxima eleição, em 2026.

O TRE-SP cassou em janeiro o mandato de Zambelli por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Também a declarou inelegível por oito anos, contados a partir da eleição de 2022. Ela permanece no cargo enquanto houver recursos, mas tecnicamente está inelegível.

Segundo o TRE-SP, Zambelli espalhou notícias falsas sobre o processo eleitoral e se beneficiou disso. A inelegibilidade dela vai até 2030, mas, se o prazo cair para dois anos, já estará superada.

Situação semelhante é a do governador de Roraima. Antonio Denarium foi cassado e tornado inelegível por decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), após distribuir cestas básicas no período eleitoral. Cabem recursos e, por isso, ele continua no cargo.

A inelegibilidade de Denarium vai até 2030, a menos que a lei seja alterada.

Já o ex-deputado estadual do Paraná Fernando Francischini perdeu o mandato e ficou inelegível por oito anos por decisão do TSE, de 2021. Ele disseminou notícias falsas sobre as urnas eletrônicas no pleito de 2018.

Logo, sua inelegibilidade vai até outubro de 2026 — ano em que, em tese, também não poderá disputar, porque estará inelegível no momento do registro da candidatura, que ocorre meses antes do dia da eleição. Francischini também poderia se beneficiar de uma mudança na lei.

O mesmo vale para o ex-deputado Valdevan Noventa, que teve o mandato cassado pelo TSE em março de 2022 por abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral de 2018.

Direita e esquerda

Na semana passada, Bolsonaro usou as redes sociais para criticar a Lei da Ficha Limpa, que alterou a Lei de Inelegibilidade, agora na mira dos deputados do PL. O ex-presidente disse que a legislação tem sido usada para “perseguir políticos de direita”.

Em 2018, no entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pôde disputar a eleição porque estava inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. Naquele momento, ele estava condenado criminalmente, em segunda instância, na Operação Lava Jato.

Em relação à eleição mais recente, 11 políticos de diferentes partidos foram cassados recentemente após terem sido condenados na Justiça Eleitoral por abuso de poder político nas eleições municipais de 2024, segundo dados do portal do TSE.

Toritama - Prefeitura que faz

Por Josué Medeiros

Da Carta Capital

A mais recente pesquisa Datafolha sobre a popularidade de Lula caiu como uma granada no colo da esquerda. Entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, a aprovação ao governo despencou de 35% para 24% — o menor patamar de Lula em três mandatos. Já a reprovação subiu de 34% para 41%, enquanto a avaliação regular passou de 29% para 32%.

O choque é maior quando se constata que a queda atinge justamente os setores mais pobres e o Nordeste, redutos tradicionais de apoio a Lula desde 2006. Entre quem ganha até dois salários-mínimos, a aprovação recuou de 44% para 29%. Na região Nordeste, redutos tradicionais de apoio a Lula desde 2006. Entre quem ganha até dois salários-mínimos, a aprovação recuou de 44% para 29%. Na região Nordeste, despencou de 49% para 33%.

Trata-se de uma tendência já mostrada por outros institutos, como Quaest e Atlas, mas agora em proporções inéditas. Mesmo que haja alguma margem de erro no recuo de 11 pontos, o recado é cristalino: há um abacaxi político de grandes proporções a ser descascado por Lula e pelos segmentos populares e democráticos que sustentam o governo.

O primeiro passo é entender o que está acontecendo. Esses números surpreendem ainda mais porque a economia tem dado sinais positivos. A inflação, embora alta, é menor do que a do período Bolsonaro. A geração de empregos bate recordes e a renda do trabalho cresce. O consumo das famílias segue aquecido. Então, por que a popularidade está tão baixa?

Talvez seja hora de superar a antiga máxima “é a economia, estúpido” como mantra absoluto. Estamos diante de uma conjuntura marcada pela consolidação de uma extrema-direita capaz de mobilizar os sentimentos populares contra a esquerda e contra as instituições — fundindo tudo num só “sistema” que supostamente oprime o cidadão comum.

Desde que reassumiu a Presidência, Lula governa seguindo a fórmula de seus dois primeiros mandatos: reposicionou o Estado como indutor do crescimento, reestruturou políticas públicas e restituiu a “normalidade” das instituições. Os indicadores macroeconômicos, de fato, melhoraram — mas as pessoas seguem insatisfeitas.

Parte disso deriva de uma década de turbulências. A vida piorou, em maior ou menor grau, nos governos Dilma, Temer e Bolsonaro. Mesmo que Lula III esteja entregando resultados, paira a insegurança sobre a perenidade dessas conquistas. E a inflação é o principal fantasma de que o empobrecimento que pode voltar a assombrar o bolso.

Além disso, a realidade é outra em 2025. A crise climática é mais intensa e constante do que no início dos anos 2000, gerando uma sensação de mal-estar permanente que a extrema-direita explora, culpando o governo por qualquer desajuste — independente de o problema ter sido ou não causado pela ação humana.

A insegurança em geral também se amplifica nas redes sociais, onde abundam relatos e vídeos sobre assaltos e violências diversas. A extrema-direita se alimenta desse bombardeio contínuo, emendando o velho argumento de que o “Estado protege bandidos”.

Se você está infeliz, culpa da esquerda; se sua vida piorou, culpa do governo que “pega seu dinheiro e entrega tudo para os políticos”. Se você quer melhorar de vida, é preciso romper com o Estado e prosperar pelo seu suor. A extrema-direita martela mensagens desse tipo, a partir de um ecossistema robusto nas redes, com apoio de grandes estruturas de financiamento — e o pior, sem qualquer contraponto na mesma moeda.

O episódio da chamada “crise do Pix” é emblemático. As pessoas se revoltaram não por terem perdido dinheiro, mas como resultado de uma indignação política que juntou a desconfiança no Estado, o temor de mais impostos e a sensação de que “o governo só atrapalha”. Uma revolta eminentemente política contra o governo que ‘só atrapalha meu negócio’, ‘quer me taxar mais’ ou ‘quer mais dinheiro para os políticos’, e por aí vai.

Para enfrentar essa maré, Lula iniciou 2025 tentando se comunicar com mais força. A mudança na Secom foi o primeiro passo de uma estratégia para bater de frente com a narrativa de que “está tudo pior” sob sua gestão. Esta será uma batalha perdida, contudo, se for feita sob as mesmas táticas do século XX — as mesmas que fizeram de Lula a maior liderança política do Brasil. É urgente travar uma disputa de narrativas no ecossistema das redes e nos territórios, usando estratégias do século XXI.

Palmares - Outlet

Do Poder360

Para reduzir a influência das variações do dólar e dos preços internacionais, um projeto prevê o ajuste dos preços mínimos de arroz, feijão e mandioca de acordo com uma combinação de fatores domésticos (como custos de produção) e globais.

O PL 123/2025, do senador Beto Faro (PT-PA), visa proteger os produtores locais de instabilidades do mercado, sem prejudicar o equilíbrio das exportações brasileiras. Eis a íntegra do documento.

O projeto inclui os novos critérios no decreto que institui normas para a fixação de preços mínimos. Conforme o texto, os preços deverão ser calculados com base nos custos de produção, com ajustes determinados pela variação dos preços internacionais, e pela flutuação do dólar em relação ao real.

No caso de variação negativa dos preços internacionais ou do câmbio, a proposta estabelece que os preços mínimos adotem, como piso, os custos de produção, garantindo uma rentabilidade mínima aos produtores. O texto também prevê que os planos safra anuais incluam estimativas dos volumes de produtos que o governo pretende adquirir ou equalizar os preços ao produtor.

Na justificativa, o senador afirma a perda expressiva de áreas plantadas com essas culturas nos últimos anos. “É necessário buscar um meio institucional de sanar esses efeitos erosivos sobre a base produtora desses alimentos nucleares sob pena do agravamento dos riscos para segurança alimentar no Brasil”, declarou Beto Faro.

O congressista afirma que em 1995, as culturas de arroz, feijão e mandioca representavam 26% da área total de lavouras temporárias, enquanto em 2023 o índice caiu para 5,9%.

O projeto busca evitar maiores desequilíbrios no mercado interno, sem criar obstáculos para o setor exportador. Beto Faro defende que a proposta é fiscalmente sustentável, pois está limitada a três produtos, e contribui para a formação de estoques públicos em um cenário de eventos climáticos extremos e frequentes.

A Prefeitura de Serra Talhada e o 14º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco discutiram estratégias de segurança para o Carnaval 2025 em reunião com representantes de blocos carnavalescos. No encontro, foram abordadas medidas para organização dos eventos e reforço policial durante a festa.

O 14º Batalhão da PM orientou os organizadores sobre horários, duração dos eventos, percursos e solicitação de apoio policial. Também foi destacada a necessidade de regularização junto ao GT Carnaval, processo que deve ser feito pelo site da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), com prazo final em 1º de março. As vistorias do Corpo de Bombeiros também são exigidas para garantir a segurança das estruturas e estão disponíveis no site da instituição.

A gestão municipal afirmou que a parceria com a PM busca garantir um Carnaval mais seguro e organizado. As forças de segurança e os organizadores devem seguir os prazos e protocolos estabelecidos para evitar problemas durante a folia.

Por Roberto Brant*

O isolamento geográfico sempre nos deu a falsa sensação de que o que ocorre no mundo não afeta decisivamente a nossa vida. Isso pode ter sido verdade no passado, mas há muito deixou de ser. Hoje, tanto na economia como na política, atingimos uma dimensão que forçosamente nos interconecta com tudo de relevante que ocorre no mundo.

Em grande parte do século XX tanto o Brasil como toda a América Latina viveram sob estrita dependência dos Estados Unidos, dependência que várias vezes assumiu a forma de pura submissão e de relativização das nossas próprias soberanias. Com o fim da Guerra Fria e com o nosso amadurecimento econômico e político já não se pode dizer que fazemos parte da esfera de influência americana, como costumava ser no passado. O Brasil é hoje um país plenamente soberano, age com total autonomia política e tem relações econômicas diversificadas. Nosso principal parceiro comercial é a China e não mais os Estados Unidos e nada indica que isto possa mudar.

Apesar disso, a sucessão presidencial americana, que ocorreu com a posse de Donald Trump, poderá ter mais influência em nossa vida do que qualquer outra na história. Agora, não porque somos um país subdesenvolvido da América Latina, mas porque somos uma nação relevante no mundo. Se o Presidente Trump confirmar mesmo uma pequena parte do que tem prometido, a ordem mundial, na economia e na política, será completamente alterada — e certamente não para melhor.

Desde o fim da Segunda Guerra as alternâncias de poder político nos Estados Unidos transcorreram sem grandes surpresas ou ansiedades, porque não modificavam certos consensos fundamentais na política econômica e na política externa. Desta vez será diferente, pois as eleições deram o poder a um movimento anti-institucional, expressão de uma sociedade posta em situação defensiva e temerosa do futuro, diferente da América cheia de autoconfiança e de orgulho com que havíamos nos acostumados a lidar.

O novo governo recebeu um amplo mandato para tentar interromper o ritmo da evolução histórica que tem relativizado o poder político e econômico dos Estados Unidos e que encaminha o mundo para uma ordem global multipolarizada. Para esse fim, o novo governo está dispensado de obedecer a regras no plano internacional, mesmo que essas regras tenham sido constituídas sob a forte liderança da América e tenham servido até agora aos seus interesses. E está também liberado para desafiar internamente as próprias instituições do Estado de Direito, contando para isso com uma maioria parlamentar domesticada e uma Suprema Corte maleável e claramente politizada.

O que um povo decide livremente fazer com o seu país é um problema seu. No entanto, dado o peso e a força dos Estados Unidos, com seu exército, suas empresas, suas universidades, sua moeda, tudo que lá ocorre transborda para o mundo. No plano da geopolítica, a desmontagem das instituições internacionais pode transformar o mundo em um campo selvagem. Se os Estados Unidos podem invadir o Panamá e ocupar o canal, a Rússia tem todo o direito de invadir a Ucrânia e seguir adiante para defender seus interesses. Ocupar a Groelândia pela força será o fim da OTAN e da proteção da Europa diante das autocracias que a rodeiam. Tudo o que resultou da vitória da Segunda Guerra estará sepultado, e a paz de 1945 a 2025 parecerá um dia apenas; uma pausa na eterna tragédia da história humana.

Na economia a imposição unilateral de tarifas para ressuscitar a indústria americana vai desencadear respostas retaliatórias e tornar o comércio internacional um campo de batalha, retrocedendo a um ambiente que no século passado gerou recessões e guerra. O comércio deixará de ser uma relação econômica entre empresas e consumidores para se transformar em uma questão de Estado e de hegemonia política.

A ordem internacional em que vivemos tem muitos defeitos e a muitos parece injusta. Mas basta imaginar um mundo sem a ONU, sem a Organização Mundial da Saúde, sem a Organização Mundial do Comércio, para se ter a certeza de que algum dia teremos saudade deste mundo que estamos em vias de perder.

*Advogado, ex-deputado federal e ex-ministro da Previdência Social

A Prefeitura de Paulista está promovendo reformas emergenciais em unidades de saúde, com a meta de entregar melhorias concretas nos primeiros 100 dias da gestão do prefeito Severino Ramos (PSDB). As obras ocorrem inclusive nos fins de semana e, nesta fase, contemplam as Unidades de Saúde da Família (USF) Aurora, Mirueira e Nossa Prata. Também estão em fase de conclusão as reformas das USFs Jurandir Freire I e II.

A unidade do bairro Aurora, que está desativada, passará por uma reforma geral antes de retomar o atendimento à população. Em Mirueira, as intervenções incluem a manutenção do teto, medida voltada à segurança de pacientes e profissionais. Segundo o gerente de Territórios da Secretaria de Saúde, Wellington Silva, as intervenções “fazem parte de um planejamento maior, que visa ampliar e qualificar cada vez mais a rede de saúde municipal”.

O superintendente de Manutenção da Secretaria de Saúde, Marcelo Dias, afirmou que a equipe trabalha para agilizar as requalificações e devolver as unidades à população dentro do prazo previsto. A gestão municipal não detalhou o valor investido nem o tempo exato de conclusão das reformas.

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

O Partido Progressistas (PP), aliado da governadora Raquel Lyra (PSDB), tentou intermediar a situação entre a gestora e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no episódio da eleição dos presidentes das comissões temáticas da Casa.

O Diretório Estadual da legenda enviou um documento ao presidente em exercício da Alepe, deputado Rodrigo Farias (PSB), na última sexta-feira (14). No texto, o PP fez quatro pedidos a Farias. (veja em anexo abaixo)

O primeiro foi a revogação dos atos 122/2025 e 123/2025, assinados pelo presidente em exercício. O segundo foi a distribuição das Comissões da Alepe entre os partidos e blocos parlamentares de acordo com as indicações realizadas até as 18h do dia 13/02/2025.

O partido solicitou ainda o cancelamento da sessão extraordinária convocada para a manhã deste sábado (15), na qual foram eleitos os novos presidentes das comissões temáticas. Por fim, o PP pediu que houvesse a garantia de que o processo de escolha das comissões ocorresse “em estrita observância às normas regimentais”.

Alerta de erro jurídico

De acordo com o presidente estadual do PP, o deputado federal Eduardo da Fonte, o documento enviado a Rodrigo Farias teve o objetivo de alertar à Casa para a possibilidade de um erro jurídico, algo já feito anteriormente.

“Do mesmo jeito que o PP disse que a Assembleia não deveria ter realizado a eleição antecipada da Mesa Diretora, porque estava errado e poderia ser anulada, como aconteceu, o PP também disse, desta vez, que a Assembleia não agisse da forma como agiu para eleger os presidentes das comissões”, destacou Eduardo da Fonte.

Argumentos enviados a Rodrigo Farias

O PP argumentou que o ato 119/2025, assinado pelo deputado Rodrigo Farias na última quarta-feira (12), determinava que o prazo final para indicação dos representantes das bancadas e blocos para compor as comissões encerrava-se na quinta-feira (13), às 18h, horário no qual o expediente na Casa é finalizado.

No entanto, o presidente em exercício acatou um ofício sem numeração, assinado eletronicamente às 19h10 do mesmo dia 13. O Partido Progressistas refere-se ao ofício do União Brasil que tornou o deputado Antônio Coelho (UB) novamente líder de bancada e fez com que o União Brasil continuasse fora do blocão governista.

“Especificamente, sem amparo regimental, o vice-presidente (Farias) acatou um ofício sem numeração, assinado eletronicamente às 19h10 do dia 13/02/2025, ou seja, o ato do vice-presidente atesta um contrassenso e está alicerçado em um documento regimentalmente INTEMPESTIVO, em consequência alterando-se a formação fora do prazo estabelecido no Ofício Circular 119/2025”, afirma o texto enviado pelo PP a Rodrigo Farias.

“Só há derrotados”, enfatizou Eduardo da Fonte

O deputado Eduardo da Fonte acredita que Pernambuco será prejudicado se a oposição boicotar o Governo Raquel Lyra, a partir de hoje, nas comissões, colocando em votação “pautas-bomba”, por exemplo. A instabilidade política pode afastar investidores do Estado. Para o deputado federal, não houve vitória de ninguém nesse episódio.

“Não tem vencedores no dia de hoje, só derrotados. Estão sendo derrotados a economia e o desenvolvimento do Estado de Pernambuco. À história, caberá responsabilizar os culpados. Essas comissões não têm legitimidade para deliberar, na minha opinião. Precisa que o presidente (Álvaro Porto) volte, chame o feito à ordem e reorganize, porque essas decisões foram tomadas pelo interino. Imagino eu que o presidente Álvaro Porto (PSDB) não tem conhecimento disso”, afirmou Eduardo da Fonte. Ainda segundo ele, o setor jurídico do PP está analisando a questão.

Da Folha de S.Paulo

A disparada no preço dos ovos, que tem registrado alta diária no atacado nas regiões produtoras, preocupa supermercados, feirantes e consumidores. A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) diz que a valorização se intensificou desde a segunda quinzena de janeiro.

Uma combinação de fatores contribui para o aumento. Muitos consumidores têm recorrido aos ovos de galinha para driblar as carnes mais caras, segundo a associação. Além disso, o período da Quaresma, que neste ano ocorre entre 5 de março e 17 de abril, tradicionalmente tem uma demanda maior, já que algumas famílias evitam o consumo de carne vermelha.

Custos altos com ração também contribuem.

“As empresas iniciaram a programação de abastecimento das lojas para atender à demanda sazonal da Quaresma, mas a restrição na oferta e os aumentos sucessivos de preços preocupam os supermercados. Além disso, os consumidores também têm recorrido mais aos ovos de galinha devido à alta dos preços das demais proteínas”, afirmou, em nota, o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

O preço dos ovos no atacado, divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP, atingiu o maior patamar diário em termos nominais da série histórica iniciada em maio de 2013.

Na cidade capixaba de Santa Maria de Jetibá, a maior produtora de ovos do Brasil, o valor médio alcançou o maior nível da série em termos reais, considerando a inflação.

O preço de uma caixa com 30 dúzias de ovos brancos chegou a R$ 233,55, um aumento de 37,9% em relação aos R$ 169,33 registrados em fevereiro de 2024. Já a caixa de ovos vermelhos passou a custar R$ 264,21, um acréscimo de 40,8% em comparação ao mesmo período do ano passado, que era de R$ 187,57.

Na Grande São Paulo, o ovo branco subiu 18% de fevereiro de 2024 até agora, de R$ 172,49 para R$ 203,57. Já o vermelho foi 14,7%, de R$ 200,25 para R$ 229,78.

Na Grande Belo Horizonte, o aumento foi de R$ 173,91 para R$ 212,07 no caso do ovo branco (21,9%) e de R$ 199,81 para R$ 232,21 (16,2%) para o vermelho.

A forte alta dos preços no atacado ainda não aparece nos números do varejo que calculam os preços em 12 meses até dezembro. De acordo com o relatório da Abras, nesse período o preço do ovo em supermercados teve uma queda de 4,53% em 12 meses, enquanto outras proteínas registraram aumentos expressivos, como cortes traseiros de carne (20,05%), dianteiros (25,25%) e pernil (20,05%).

Entretanto, a forte alta em janeiro superou os maiores valores nominais até então registrados, que haviam sido alcançados em maio de 2023.

De acordo com a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), a baixa oferta de ovos no mercado atacadista é um fenômeno sazonal, com séries históricas indicando retração entre dezembro e fevereiro, seguida por recuperação em março.

A expectativa é que os preços continuem pressionados até o período da Quaresma. A Ceagesp apontou um leve aumento, de 0,66% para ovos brancos e 0,38% para ovos vermelhos no entreposto de São Paulo.

Outro desafio enfrentado pelos consumidores é a mudança nas categorias de peso dos ovos. Segundo a Abras, a portaria nº 1.179 do do Ministério da Agricultura publicada em setembro reduziu o peso médio dos ovos em aproximadamente 10 gramas por unidade.

Pelos critérios atuais, um ovo médio pesa entre 38 g e 47 g, enquanto, na regra anterior, deveria ultrapassar 50 g. De acordo com a associação supermercadista, a mudança impacta o custo-benefício do alimento. Procurado, o ministério não respondeu até a publicação deste texto.

A portaria também estabeleceu que ovos devem vir com a data de validade carimbada na casca a partir do dia 4 de março.

A alta no preço dos ovos não é um problema exclusivo do Brasil. Nos Estados Unidos, o produto enfrenta uma crise, com aumento de 15% em um mês e prateleiras vazias e o temor com novos casos de gripe aviária. A escalada ao longo de 2024 foi um dos principais argumentos do então candidato Donald Trump para criticar a inflação e a condução econômica do governo Joe Biden. No entanto, desde que assumiu a presidência em 20 de janeiro, o republicano ainda não conseguiu conter o avanço.

Da Carta Capital

A cidade do Rio de Janeiro foi oficialmente confirmada como sede da Cúpula dos Líderes do Brics em 2025. O anúncio ocorreu no sábado (15), após reunião no Palácio da Cidade entre o prefeito Eduardo Paes, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e representantes do governo.

Marcada para os dias 6 e 7 de julho, a reunião do Brics tem como mote o fortalecimento das relações entre os países do bloco, atualmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. São aguardados chefes de Estado, ministros e representantes de governos locais, além de líderes da sociedade civil dos países-membros.

Para coordenar as atividades, a Prefeitura do Rio criou o Comitê Rio Brics, responsável pela elaboração do Calendário Brics Rio, que reunirá eventos e iniciativas até o final de 2025. O comitê também participará de fóruns e comissões nacionais e internacionais sobre temas da cúpula.

O presidente estadual do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira, avaliou hoje que a rejeição a Lula e seu governo deve mexer no quadro político e eleitoral para 2026. “Raquel Lyra e João Campos têm mostrado o mesmo interesse, o de ter o apoio do presidente em 2026. A questão é que as pesquisas de opinião mostram uma rápida degradação na imagem de Lula e do governo, e isso poderá vir a ser um problema para todos. O presidente vai mal e o governo, pior ainda, perdido. Quero ver, em 2026, quem realmente vai ter coragem de encarar essa realidade”, alfinetou.

Para Anderson, há um longo caminho até as eleições. “O PL Nacional trabalha para construir, também com partidos de centro, uma ampla frente para trazer de volta a esperança ao país. O povo nunca sofreu tanto, e a economia agoniza. Quem acha que não estamos atentos e preparados para mudar esse cenário mais uma vez está enganado”, afirmou.

Sobre Pernambuco, Anderson voltou a reforçar que o PL acompanha atento o cenário e trabalha para crescer, mas prega cautela diante das movimentações políticas. “É cedo para afobação. Tem muita gente com legítimas ambições, mas tudo tem sua hora. O apressado pode comer cru”, concluiu.