Liderando a chapa a chapa “Coragem pra Mudar”, o atual presidente da OAB Caruaru, Fernando Júnior, entrou na disputa pela presidência da OAB-PE. Pela primeira vez, uma chapa originada no interior do estado concorre ao comando da Ordem, desafiando as tradicionais estruturas jurídicas. Concorre ao lado de Fernando, o candidato a vice-presidente, Rodrigo Piancó.
Reconhecido por sua atuação em Caruaru, Fernando Júnior, traz uma proposta de renovação e descentralização, buscando representar a advocacia do interior com apoio de advogados da capital. A chapa também destaca o compromisso com paridade de gênero e representatividade racial.
“Esta chapa já é uma vitória. Nunca antes uma candidatura originada no interior disputou as eleições da OAB-PE, e estamos aqui para mostrar que a advocacia do interior também tem voz e força. Nossa candidatura é financiada por advogados que vivem a realidade dos fóruns diariamente, e não por grandes bancas que precarizam a advocacia”, destaca Fernando Júnior.
Uma das campanhas mais comentadas no segundo turno das eleições municipais é a da prefeitura de Curitiba e o motivo desse destaque é a ascensão de uma jornalista renomada e conservadora: Cristina Graeml (PMB).
A capital paranaense tem uma história política muito disputada; Curitiba sempre foi vista como um modelo e na política tem nomes que sempre fizeram parte da política nacional. Jaime Lener, Roberto Requião, Rafael Greca são nomes recentes na política local que se projetaram nacionalmente.
Para o segundo turno, estarão na disputa Eduardo Pimentel (PSD), atual vice-prefeito, e a Jornalista Cristina Graeml, que começou sem muito destaque, e hoje desponta como a favorita. Cristina, que é conservadora e tem o carinho do ex-presidente Bolsonaro, começou a campanha com grandes dificuldades. A princípio, os partidos fecharam as portas para ela, depois, alguns políticos conservadores também, e só após conseguir a legenda do PMB foi que ela conseguiu participar da disputa.
O economista Luiz Carlos Belém, que também faz o programa Hora do Strike ao lado da candidata, nos confidenciou que essa luta começou no início do ano. Belém, que hoje substitui a Cristina ancorando o programa, participa da campanha de forma discreta e disse que ficou bastante impressionado com o preparo e determinação, além da forma que Cristina conduz sua equipe.
“São mais de 200 voluntários de todas as áreas (inclusive funcionários da prefeitura insatisfeitos com a atual gestão) que elaboraram o programa de governo”, afirma Belém. Nas últimas pesquisas realizadas existe um empate técnico, mas Belém diz que a realidade é outra. “Estamos na frente mesmo e estaremos todos na posse da primeira prefeita de Curitiba”, afirma ele.
Belém não nos contou se participará do Governo, mas informou que está levando parte da equipe de Paulo Guedes, da qual ele faz parte, para contribuir com Cristina. É um pouquinho de Pernambuco se unindo a Curitiba.
A construção do Cinturão Verde, uma das maiores aspirações dos produtores rurais de Petrolândia, no Sertão de Itaparica, alcançou 25% de conclusão. A obra, idealizada pela gestão do prefeito reeleito Fabiano Marques (Republicanos), visa facilitar o escoamento da produção agrícola da região, famosa pela hortifruticultura.
Com 49 km de extensão, o Cinturão Verde ligará os perímetros irrigados e agrovilas do município à BR-316. A primeira fase do projeto já asfaltou 12 dos 22 km previstos, com um investimento superior a R$ 30 milhões, financiados pela Caixa Econômica Federal através do programa FINISA.
“Essa obra é um marco para o desenvolvimento da nossa economia e um incentivo poderoso para fortalecer a agricultura local. Era um sonho que começa a virar realidade. Fomos nós que batizamos essa grande alça viária que vai escoar toda a produção agrícola do nosso município. A condição de ter sido comerciante me fez ver essa grande necessidade”, disse Fabiano durante vistoria nas obras.
A Eletrobras emitiu uma nota esclarecendo o apagão ocorrido na manhã desta segunda-feira (21) em bairros da Região Metropolitana do Recife. De acordo com a empresa, o desligamento aconteceu às 11h17min, envolvendo a subestação Mirueira, afetando parcialmente o fornecimento de energia no Grande Recife.
Três profissionais que estavam realizando manutenção preventiva na subestação ficaram feridos e estão recebendo atendimento médico, com o apoio integral da Eletrobras. O restabelecimento do serviço está em andamento e as causas do incidente estão sob investigação.
O garoto João Guilherme, de apenas 6 anos, era muito saudável, até que, com 1 ano e 3 meses de idade, sofreu uma pneumonia, resultando em três paradas cardiorrespiratórias, deixando-o com sequelas irreversíveis.
Desde então, ele está completamente acamado e depende de cuidados intensivos, como o uso de traqueostomia. A mãe Daniele relatou ao blog, a quem recorreu, dificuldades financeiras para custear o tratamento de João, que inclui suplementos alimentares, gazes, sondas para aspiração e outros materiais essenciais que não são fornecidos pelo SUS.
Cada lata do suplemento necessário para João custa R$ 280, e, no momento, ele também precisa de órteses para as mãos e pés, fundamentais para evitar o processo de atrofia dos membros.
Os interessados em ajudar podem fazer doações de qualquer valor via Pix em destaque abaixo:
87991028701
A chave está em nome de Daniele Barbosa da Silva. Se alguém quiser falar diretamente com a mãe de João Guilherme, o contato segue também:
O município de Goiana será agraciado com o prêmio “Defesa Civil em Ação em Pernambuco”, na categoria de Elaboração de Planos de Contingência. O prêmio será entregue durante a Semana Nacional de Redução de Desastres, nos dias 30 e 31 de outubro, em Paudalho. O prêmio destaca Goiana como um dos municípios mais preparados do estado para lidar com emergências, sendo o único da Mata Norte a contar com um plano de contingência ativo.
O prêmio avalia a capacidade dos municípios em planejar ações para prevenir e mitigar os impactos de desastres naturais e emergências. O desempenho de Goiana se destacou pela proatividade em implementar estratégias eficazes, garantindo a segurança da população.
Segundo Jorge Ricardo, coordenador da Defesa Civil de Goiana, “o prêmio é o resultado de um trabalho contínuo e comprometido com o planejamento, visando garantir a proteção e o bem-estar dos nossos cidadãos”. Ele enfatizou ainda a importância de manter equipes de defesa civil treinadas e preparadas para enfrentar qualquer eventualidade.
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 15 réus acusados de envolvimento com os atentados de 8 de janeiro que recusaram um acordo de não persecução penal. Eles não foram até a Esplanada dos Ministérios e ficaram no acampamento montado no Quartel-General do Exército no dia dos ataques.
No acordo de não persecução penal, os réus podem assumir os crimes e firmar um tratado para ter uma pena reduzida e não serem criminalizados. Como recusaram este procedimento, os 15 condenados pelo Supremo deixam de ser réus primários e precisam cumprir a pena determinada.
No julgamento, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que, apesar de terem ficado no acampamento, os acusados tinham a intenção de promover golpe de Estado e incentivar animosidade das Forças Armadas.
“Há, portanto, como bem sustentado pela Procuradoria-Geral da República, a ocorrência dos denominados delitos multitudinários, ou seja, aqueles praticados por um grande número de pessoas, em que o vínculo intersubjetivo é amplificado significativamente, pois ‘um agente exerce influência sobre o outro, a ponto de motivar ações por imitação ou sugestão, o que é suficiente para a existência do vínculo subjetivo, ainda que eles não se conheçam’”, escreveu Moraes durante o voto. O julgamento ocorreu no plenário virtual e terminou na última sexta-feira (18/10).
A manifestação de Moraes foi seguida pelos ministros Flávio Dino, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Luis Roberto Barroso, Luiz Fux, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Edson Fachin e Cármen Lúcia. Os ministros André Mendonça e Kássio Nunes Marques foram contra as condenações.
Mendonça destacou que o caso não seria de competência do STF. Ele concordou com as defesas dos réus de que não houve individualização da conduta de cada pessoa. Os advogados também sustentaram que não ocorreu a prática de crime por parte dos clientes, pois eles não foram até o local das depredações.
“Superadas as questões relativas à incompetência desta Suprema Corte e à ausência de mínima individualização das condutas dos denunciados nas narrativas da acusação, cumpre adentrar à análise de mérito. E, nesse aspecto, forçoso reconhecer a ausência de provas aptas a ensejar decreto condenatório em relação a cada um dos réus aqui julgados. A responsabilidade subjetiva de cada qual haveria de estar demonstrada, não bastando a conclusão genérica de que, por estarem juntos em um local, todos ali tinham os mesmos desejos e intenções”, escreveu André Mendonça.
Serviço comunitário e multa Os condenados terão de cumprir um ano de prisão, que foi convertida em medidas alternativas, como a prestação de serviços comunitários e multa. Também ficam sem acesso à posse e a porte de armas, impedidos de deixar o país, participação obrigatória em um curso sobre democracia e Estado de Direito, e restrições e devem responder solidariamente a uma multa de R$ 5 milhões — dividida por todos os condenados pelos atentados.
Um homem em situação de rua que estava no acampamento foi absolvido. O ministro Alexandre de Moraes entendeu que o acusado não sabia das intenções criminosas e que não participou da articulação dos atentados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passará a segunda-feira em recuperação no Palácio do Alvorada após acidente doméstico do último sábado. O médico Roberto Kalil liberou Lula para trabalhar normalmente, porém, sem atividades físicas essa semana. A agenda oficial de Lula não registra nenhum compromisso oficial para hoje.
O presidente caiu no banheiro do Palácio da Alvorada e feriu a parte de trás da cabeça. Ele foi atendido no Hospital Sírio Libanês em Brasília no sábado e precisou levar pontos no local. Com o acidente, Lula cancelou a ida à Rússia onde participaria da Cúpula dos Brics. O presidente fará uma participação na quarta-feira por videoconferência. Até lá, o presidente irá se preparar para o novo formato da sua participação o evento. No domingo, Lula recebeu o chanceler Mauro Vieira para discutir detalhes da posição do governo brasileiro na cúpula.
Na manhã desta segunda-feira, Lula recebeu o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha no Palácio do Alvorada, e o fotógrafo Ricardo Stuckert. Lula deve ser submetido a novos exames nessa semana.
Kalil afirmou que exames apontaram “mínimo ponto de hematomas” no cérebro do presidente após a queda. De acordo com Kalil, é pouco provável que esse hematoma evolua.
“O que ele teve foi uma contusão na região occipital, atrás da cabeça, foi um forte trauma nessa região, que levou a uma chamada contusão do cérebro, um mínimo ponto de hematoma. Pouco provável que esse hematoma evolua”, disse Kalil.
Uma pane na Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) causou um apagão em diversas áreas do Grande Recife na manhã desta segunda-feira (21).
O problema teria ocorrido nas subestações de Mirueira II e Jaboatão II. Por volta das 11h30, moradores relataram uma oscilação seguida de corte total de energia em alguns bairros.
Até então, os bairros afetados foram Campo Grande, Espinheiro, Rosarinho, Santo Amaro, Graças, Ilha do Leite, Jardim Atlântico (Olinda), Casa Caiada (Olinda), Ouro Preto (Olinda), Conceição (Paulista) e Maranguape 1 (Paulista). Em algumas dessas áreas, moradores já relataram o retorno da energia, enquanto outros bairros permanecem sem fornecimento.
Em nota, a Neoenergia Pernambuco esclareceu que a interrupção não está relacionada à sua rede de distribuição e aguarda a liberação do sistema para restabelecer o serviço.
No último fim de semana completo de campanha do segundo turno, candidatos à Prefeitura de Olinda e Paulista foram às ruas tentar conquistar os votos dos eleitores. Os postulantes tiveram seus projetos políticos reforçados por cabos eleitorais de expressão estadual e nacional.
No último sábado, os candidatos à Prefeitura de Olinda, Vinicius Castello (PT) e Mirella Almeida (PSD), focaram suas atenções na busca do voto feminino, com a participação de lideranças mulheres.
A candidata do PSD apostou na participação do seu ato de rua da governadora Raquel Lyra (PSDB), da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania) e da prefeita reeleita de Igarassu, Professora Elcione (PSDB). As gestoras realizaram uma caminhada no bairro Cidade Tabajara.
Na ocasião, Raquel Lyra garantiu engajamento na campanha da aliada. “Hoje estou aqui como militante de Mirella, pois sei que ela está preparada. Trabalhou na prefeitura em diversas secretarias e conhece o povo dessa cidade. Faltam oito dias para a eleição, e a gente só pode tirar o pé da rua com a certeza de que temos cada voto na mão e a vitória garantida nas urnas”, declarou Raquel Lyra.
Lideranças
Em Peixinhos, o candidato Vinicius Castello promoveu uma “caminhada das mulheres” e ganhou o reforço de lideranças nacionais como a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O ato também contou com a presença da ministra Luciana Santos (PCdoB); da senadora Teresa Leitão (PT) e da deputada estadual Dani Portela (PSOL).
Na ocasião, as lideranças enfatizaram não ser necessário ser mulher para ter compromisso com a pauta feminina. Gleisi Hoffmann registrou que não basta ser mulher para ter compromisso com as mulheres. Já a senadora Teresa Leitão (PT) sublinhou que as mulheres têm consciência do que representa eleger um prefeito cujas políticas públicas estejam voltadas para as mulheres.
A deputada estadual Dani Portela (PSOL) enfatizou abraçar a pauta das mulheres e ressaltar a importância de eleger mulheres. “Mas não é qualquer mulher. Ela deve representar as nossas lutas, as nossas pautas e o compromisso com a diversidade de Olinda, compromissos prioritários da campanha de Vinicius.”
Embate
Durante o ato, críticas do ministro das Relações Institucionais ao prefeito de Olinda, Professor Lupércio (PSD), criaram um embate entre as campanhas do PT e PSD. Alexandre Padilha criticou a gestão do atual administrador da cidade e o gestor criticou o tom adotado pelo auxiliar federal.
Por sua vez, Mirella Almeida rebateu às indiretas de aliadas de Vinicius Castello sobre seu envolvimento com a pauta feminina. “Eu não sou qualquer mulher, eu sou uma mulher com muita competência, com muita história. Nascida e criada em Olinda”, afirmou.
Paulista
Em Paulista, Raquel Lyra e Priscila Krause reforçaram o palanque do candidato Ramos (PSDB), na manhã de ontem. Eles realizaram carreata que partiu do bairro Jardim Paulista e seguiu por Paratibe, Aurora, Centro, Maranguape I e Maranguape II, finalizando no Janga.
Da mesma forma que fez com Mirella Almeida, a governadora fez questão de defender o projeto do correligionário.
“Hoje tomamos as ruas de Paulista com a onda azul. Foram três horas de caminhada, e o sentimento é de que Ramos e Felipe (Andrade, candidato a vice-prefeito) estão prontos para fazer a mudança que a cidade precisa”, afirmou Raquel Lyra.
Já Ramos reforçou a importância de buscar o voto até o último segundo, para garantir a vitória nas urnas.
“Estou pronto, preparado e querendo. Esperamos muito por esse momento, e vamos governar junto com todos e para todos”, ressaltou Ramos.
Por outro lado, o candidato Junior Matuto (PSB) não teve agendas públicas durante o fim de semana. Em vídeo publicado nas redes sociais, o socialista compartilhou imagens de seu encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também voltou a apostar no apoio do prefeito do Recife, João Campos (PSB), como um ativo da sua candidatura.
“Temos um vizinho que está fazendo uma gestão de referência no Estado e no País, que é João Campos. Ele também se colocou à disposição, com sua técnica, sua experiência, e em parceria com o Governo Federal transformou a vida do povo do Recife. Está lá o carimbo do presidente Lula e do prefeito João Campos. E o que deu certo no Recife, eu quero que, com a ajuda do senhor (Lula), dê certo em Paulista”, declarou Matuto, em conversa gravada com o gestor federal.
Aninha da Ferbom (PSDB) se tornou a primeira mulher eleita prefeita de Nazaré da Mata, conquistando uma vitória com quase três mil votos de vantagem sobre o segundo colocado.
Respeitada comerciante e com forte conexão com a população, Aninha aceitou o chamado popular para concorrer ao cargo. Ao seu lado, como vice-prefeito, está Rostand Negromonte (Podemos), sobrinho do ex-deputado estadual João Negromonte, que se destacou como uma oposição firme à gestão anterior.
“Esse resultado não é apenas uma vitória eleitoral, mas a expressão clara do desejo de mudança da população”, declarou Aninha. Rostand complementou afirmando que o próximo passo será “colocar a casa em ordem e atender de forma eficaz aos principais anseios da população”.
Na disputa que se desenha pela presidência do PT o fato mais notável é o racha pesado da Construindo um Novo Brasil (CNB), a principal corrente do partido, majoritária na direção nacional e na maioria dos diretórios estaduais.
De um lado, Edinho Silva, com o apoio de Lula, José Dirceu, Fernando Haddad, Luiz Marinho e Alexandre Padilha; do outro, José Guimarães, candidato de Gleisi Hoffmann e do que seria o “grupo nordestino”, que, apesar do nome, não conta com o apoio de Jaques Wagner e Camilo Santana.
A propósito da discussão sobre uma possível antecipação do calendário para a escolha do novo presidente do PT, inicialmente previstas para maio: foi o próprio Lula que entrou publicamente no assunto na reunião que comandou no dia seguinte ao primeiro turno.
No encontro, lá pelas tantas, Lula perguntou a Gleisi:
— Por que a eleição tem que ser no meio do ano? Não dá para antecipar?
Uma demolição realizada sem seguir as normas de segurança resultou no desabamento da Clínica Leal Gastro, em Arcoverde, na noite passada (20). O projeto, que visava à construção de um espaço comercial contava com licença de demolição, mas, segundo o secretário de Projetos Especiais do município, Aildo Biserra, a execução foi inadequada e desrespeitou as orientações técnicas.
De acordo com o secretário, a empresa responsável pela demolição não seguiu as instruções fornecidas pela Prefeitura, comprometendo as fundações dos imóveis vizinhos, o que levou ao desabamento da clínica e colocou em risco outras edificações próximas.
A Prefeitura já havia enviado engenheiros ao local em duas ocasiões para orientar a empresa sobre as medidas de segurança que deveriam ser adotadas. O prefeito Wellington Maciel esteve no local após o ocorrido, e a obra foi oficialmente embargada.
Uma equipe de quatro engenheiros está elaborando um laudo técnico sobre o incidente, e a empresa responsável será notificada para realizar a reparação dos danos. A Prefeitura também aplicará as penalidades previstas na legislação municipal.
Dedico este artigo ao meu colega o poeta Jorge de Lima, autor do poema “O Acendedor de Lampiões”. Saudades de Jorge de Lima!
Por José Adalberto Ribeiro*
MONTANHAS DA JAQUEIRA – O que provocou o apagão em São Paulo? Especialistas, PhDs e sábios do sistema elétrico explicaram que um mosquito invadiu os geradores de energia e derrubou as linhas de transmissão. Foi um mosquito apocalíptico. O inseto já está preso na Papuda sob acusação de conspiração energética antidemocrática e poderá ser condenado a 20 anos de cadeia, sem anistia. Tudo indica que o mosquito malvado estava a serviço do comedor de bolos comunista para prejudicar a candidatura do prefeito Ricardo Nunes. Vamos investigar.
O apagão do mosquito causou mais estragos em São Paulo que o furacão Milton na Flórida.
Na temporada das trevas milhões de moradias e o comércio foram afetados pelo apagão. A Pauliceia Desvairada de Mário de Andrade virou uma cidade fantasma. Duendes e lobisomens circulavam nas ruas. O metrô ficou sendo movido por carros-de-boi. Os passageiros cantavam: “Carro de boi que não geme não é bom”.
Também circulavam larápios para roubar celulares e comprar uma cervejinha. As bruxas voavam a bordo de vassouras. Elas criaram o serviço Uber-Vassoura. Carruagens e carroças puxadas por pangarés transportavam as sinhazinhas e os sinhozinhos. Ressurgiu a profissão dos acendedores de lampiões. Quanto romantismo!
O Governo vai promover concurso para contratar acendedores de Lampião.
O Acendedor de Lampiões
“Lá vem o acendedor de Lampiões de rua! Este mesmo que vem infatigavelmente, Parodiar o sol e associar-se à lua Quando a sombra da noite enegrece o poente! Um, dois, três lampiões acende e continua Outros mais a acender imperturbavelmente, À medida que a noite apenas se acentua E a palidez da lua apenas se presente. Triste ironia atroz que o senso humano irrita: Ele que doira a noite e ilumina a cidade Talvez não tenha luz na choupana em que habita. Tanta gente também nos outros insinua Crenças, religiões, amor, felicidade, Como este acendedor de lampiões da rua”
Jorge de Lima
Dia 1 de outubro, ao retornar da posse da presidente do México, Claudia Sheinbaum, um pássaro bolsonarista mergulhou na turbina do teco-teco presidencial e quase provoca um desastre de aviação. Por conta disso o Governo vai investir 1 bilhão de denários para renovar a frota de teco-tecos da Presidência da República e fazer uma varredura nos céus para evitar a presença de pássaros mal-intencionados.
Esta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira cruz, é o reino dos apagões. Na Região Amazônica, de 38 milhões de habitantes, mais de 40 por cento da população vivem privados de saneamento e água potável. O nome disto é apagão hidráulico.
Nem quero falar do apagão de segurança pública, porque seria chover no molhado.
Nesta República dos apagões, os privilégios e as mordomias das elites são protegidos por Domos de Ferro importados de Israel. Ao contrário da plebe ignara, as majestades da República respiram oxigênio enriquecido com poeira de estrelas.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deverá assumir dois cargos no partido. Ele será secretário de relações internacionais e de relações institucionais do PL, segundo integrantes da sigla.
De acordo com dois dirigentes do partido, um evento deve ocorrer depois do segundo turno das eleições municipais para oficializar essa mudança. Este será o segundo filho de Bolsonaro a entrar para o comando do partido: o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro preside o PL estadual.
Eduardo assumirá o cargo de relações institucionais, que está vago desde fevereiro, quando Walter Braga Neto se afastou do partido. Assim como Valdemar Costa Neto, ele está proibido de falar com os demais investigados. Há uma avaliação de que a interdição imposta por Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), está prejudicando o andamento do partido.
Já o braço internacional da legenda hoje não tem destaque, mas é uma agenda alinhada com interesses de Eduardo, que faz a ponte com lideranças da direita mundial atual, como Donald Trump (EUA) e Javier Milei (Argentina).
Já estou no Sertão e a corridinha de 8 km, hoje, foi no Parque Verde, na Arcoverde da minha Nayla. O tempo por aqui já esquentou muito e até dezembro, mês das trovoadas, temperatura amena só a noite.
Minha relação com o Governo Raquel Lyra (PSDB), objeto de questionamentos de leitores vez por outra, não é diferente de nenhum outro que a antecedeu. Com Paulo Câmara (PSB), seu antecessor, as dificuldades foram de igual intensidade. Sequer me dava entrevista. Já Eduardo Campos (PSB), um dos mais explosivos na relação, chegou a ficar sem falar comigo por mais de dois anos, mas antes de perder a vida numa fatalidade reatou um convívio civilizado.
Foi dele que ganhei o apelido de “Maligno”. Jarbas Vasconcelos, que antecedeu Eduardo, na sua primeira gestão perdeu a estribeira, chegando a fazer uma carta de próprio punho cortando completamente qualquer possibilidade de um convívio harmonioso. Miguel Arraes era de altos e baixos. Como contei numa postagem na semana passada, por ocasião do aniversário do habilidoso Adilson Gomes, já me expulsou de um evento.
Joaquim Francisco, a quem assessorei num primeiro momento na sua campanha ao Governo do Estado, em 1990, vindo a ser por um ano seu secretário de Imprensa, brigou comigo e orientou todo o Secretariado a não me passar informações. Seu antecessor Carlos Wilson, que governou o Estado por 11 meses, também teve um forte atrito comigo não apenas no seu Governo, mas na CPI dos Precatórios.
Estou rememorando tudo isso para uma simples conclusão: políticos no Brasil em geral, especialmente quando chegam ao poder, têm enormes dificuldades de conviver com a crítica. Só querem elogios. Uma curta nota na coluna é suficiente para mudar o humor deles. Nunca fiz jornalismo adocicado. Tenho meu estilo próprio. Sempre foi assim e será para o resto da minha vida.
Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade, aprendi com Cláudio Abramo, um dos mais influentes jornalistas e grande referencial nos bancos universitários, que se orgulhava de duas coisas: ser autodidata e ter sido testamenteiro de Oswald de Andrade, de quem foi amigo. É dele também a frase: “O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter”.
Mas não é só político que não sabe conviver com a crítica. Ayrton Senna no auge da sua carreira perdeu o humor e declarou: “Se depender de mim, vocês, jornalistas, irão esgotar os adjetivos do dicionário”. Chamo jornalismo a tudo que transforma, que revoluciona. O jornalismo é a grande trincheira da sociedade. Sem ele, não há revolução.
A MAIOR CONTENDA – Com Eduardo Campos, tive um solavanco histórico, revelado no meu livro “Histórias de repórter”. Começou em Petrolina, na área externa das instalações na TV Grande Rio, e acabou em Araripina, já tarde da noite, no circuito “Governo nos municípios”. A briga me custou caro. Não é fácil brigar com o poder, nem muito menos com os poderosos. Nunca conheci um governante que soube usar com tamanha intensidade as suas prerrogativas. Tudo começou porque ele não aceitou uma denúncia em minha coluna, de um coletivo de equipamentos agrícolas levando sol e chuva no IPA, em Serra Talhada.
Demitido por causa de uma entrevista – Quando deixei a Secretaria de Imprensa do Governo Joaquim Francisco, a quem servi apenas no primeiro ano, em 1991, meu amigo Antônio Camelo, de saudosa memória, me recebeu de braços abertos de volta ao Diário de Pernambuco. Passei a assinar uma coluna e fazer entrevistas. José Jorge, ministro aposentado do Tribunal de Contas da União, perdeu o cargo de secretário de Educação no Governo de Joaquim, simplesmente porque me deu uma entrevista exclusiva. Ao invés de chamar Jorge e a ele explicar as razões, Joaquim mandou o então secretário Luiz Alberto ligar para ele dizendo que estava precisando do cargo. Inacreditável? José Jorge está aí, vivinho da silva, para confirmar!
NEY MARANHÃO 1 – Na eleição histórica de 1986, a volta de Miguel Arraes ao poder, campanha com o mote “Ele vai voltar pela porta que saiu”, o velho cacique foi eleito e puxou os dois senadores – Mansueto de Lavor e Antônio Farias. Com menos de um ano de mandato, Farias sofreu um infarto fulminante, assumindo o primeiro-suplente Ney Maranhão, que havia sido indicado para a chapa por Jarbas Vasconcelos, a quem era extremamente ligado.
NEY MARANHÃO 2 – Lúcio Costa era editor-geral do Diário de Pernambuco e me escalou para cobrir a chegada de Ney ao Senado, a quem não conhecia. Informou apenas tratar-se de uma figura engraçada. Produzi uma página inteira no velho DP que deixou o senador boiadeiro, como assim se referia a ele o então colunista José Adalberto Ribeiro, lelé da cuca. No dia seguinte, fui fazer uma entrevista com ele sobre seu primeiro dia de senador e levei a pior. Trancou-me no seu gabinete, desligou o ar-condicionado e revelou toda a sua faceta violenta, passando um revólver na minha venta. Mais tarde, o episódio foi superado, Ney virou uma das melhores fontes como líder da tropa de choque do então presidente Fernando Collor.
Ameaça de bofetes – José Mendonça Bezerra, pai do ex-governador, ex-ministro e atual deputado federal Mendonça Filho, foi um dos políticos mais habilidosos que convivi, desde que não pisasse no seu calcanhar. Perdi as contas que por ele fui agredido. Corria o mês carnavalesco de fevereiro de um ano que não lembro mais, recebi um grosso telefonema dele dizendo que não ia naquele dia a uma famosa prévia extremamente concorrida, onde se divertiam políticos e jornalistas, para não me esbofetear. A razão? Uma notinha sobre o filho – nem lembro o assunto – que o havia tirado do sério. Mas diferente da maior parte dos políticos que perdem a cabeça, Mendonção se arrependia, pedia perdão e fazia juras de amor. Era bonachão e divertido. Só não aceitava bombardeios em direção ao amado Mendonça Filho, seu herdeiro na vida pública.
CURTAS
POR POUCO – Na Câmara dos Deputados, que cubro desde que me entendo de gente, o então deputado José Carlos Vasconcelos, cunhado do ex-senador Marcos Freire, me insultou no restaurante do décimo andar também por causa de uma nota na coluna. Não chegamos às vias de fato graças à coleguinhas que presenciaram a cena.
MURRO – Já o ex-deputado Nilson Gibson, muito amigo de Arraes, me ligou para dizer que não aparecesse na Câmara dos Deputados num determinado dia, bufando de raiva por causa de uma matéria minha no DP, porque também iria me bater. Baixinho e adepto desse tipo de comportamento, Gibson levou um murro de Ricardo Fiúza no plenário da Casa, mas por outro motivo.
COMUNISTA – Por fim, o deputado Inocêncio Oliveira, quando ainda não era famoso, integrante do baixo clero na Câmara, me convidou para editar o jornal dele em Serra Talhada. Não gostou das mudanças na linha editorial, me chamou de comunista e ainda me expulsou aos gritos da sua fazenda no dia do nosso acerto de contas. Com o tempo, virou uma boa fonte e até me levou para almoçar no Palácio do Planalto quando presidente da República interino.
Perguntar não ofende: Por que os políticos não sabem conviver com a crítica ?