De bigu com a modernidade

Novo Nissan Versa fica mais seguro

A quarta geração do popular sedã Versa, da japonesa Nissan, começa a chegar às concessionárias com versões mais equipadas e mais itens de segurança – além de um novo design, que estreia o novo logotipo da marca na frente e na traseira. O modelo já é conhecido pelo espaço interno e do porta-malas (482 litros) – sendo, por isso, o modelo preferido dos motoristas de aplicativos. Os preços variam de R$ 105.190 para a versão Sense, R$ 114.290 para a Advance e R$ 126.590 para a Exclusive. Entre as novidades tecnológicas para a linha 2024, a inclusão do alerta de colisão frontal e do assistente inteligente de frenagem como item de série para toda a linha. Coisa rara no segmento de sedãs compactos, são 10 importantes equipamentos de segurança, como alertas de atenção do motorista, de tráfego cruzado traseiro, de objetos no banco traseiro e câmera com visão 360º.

As três versões têm, a depender de qual, bons equipamentos de conforto. Por exemplo: todas têm bancos dianteiros com tecnologia Zero Gravity, volante com regulagem de altura e profundidade, acionamento do motor por botão, retrovisores externos com regulagem elétrica e vidros com acionamento elétrico. O modelo tem entre-eixos de 2.620 mm – com uma das cabines mais espaçosas e confortáveis, e com dimensões acima da média, do segmento. O conjunto de motor do novo Nissan Versa é formado pelo 1.6 16V flex e transmissão Xtronic CVT. Ele entrega até 113 cavalos de potência e torque de 15,3 kgfm.

Equipamentos e versões

Sense 1.6 CVT

· Sistema multimídia de 7 polegadas com Android Auto & Apple CarPlay

· Alerta de colisão frontal

· Assistente de frenagem de emergência

· Nova chave eletrônica I-Key

· 6 airbags

· Acendimento inteligente dos faróis

· Comando do piloto automático no volante

Advance 1.6 CVT

· Console central com apoio de braço e entrada USB-C

· Carregador sem fio

· Alerta de colisão frontal

· Assistente de frenagem de emergência

· Visão 360º inteligente com detector de objetos em movimento

· Rodas de liga leve aro 16

· Painel central multifuncional de TFT de 7” com 12 funções

Exclusive 1.6 CVT

· Console central com apoio de braço e entrada USB-C

· Sistema multimídia de 8”

· Roda de liga leve de 17” com novo desenho

· Aerofólio traseiro

· Acabamento de revestimento premium nos bancos preto com azul

· Volante com acabamento de revestimento premium

· Faróis dianteiros + DTRL em LED

· Alerta de tráfego cruzado traseiro

· Monitoramento de ponto cego

· Alerta de atenção do motorista (DAA)

· Carregador sem fio com indicador no console

Chevrolet confirma Montana RS – A versão especial RS da Chevrolet, que leva acabamentos mais esportivos e arrojados, hoje está presente no Onix, no Tracker, no Cruze e no Equinox. Em breve, ganhará mais um integrante – também equipado com motor turbo 1.2. “A novidade estreia no Brasil em julho e se destaca também por ser inédita globalmente”, anuncia Paula Saiani, diretora de Marketing de Produto da GM América do Sul. Mas não é segredo: até pela imagem divulgada, trata-se da Montana, lançada recentemente. Depois dela, foi mostrada a S10 versão Midnight e até o fim do ano virá a Silverado, como picape grande que chegará na configuração High Country, topo de linha.

O produto terá itens exclusivos para o mercado brasileiro. A GM promete mais detalhes ao longo de uma série de vídeos que a marca começa a compartilhar nas mídias sociais. O segmento de picapes é um dos mais importantes do país e representa praticamente um em cada cinco veículos emplacados.

Nova Ranger nas concessionárias – A picape Ford Ranger – o produto mais popular da marca – já está sendo vendida no Brasil em cinco versões: XS, XLS 4×2, XLS 4×4, XLT 4WD e Limited 4WD. Porém, apenas as duas últimas tiveram preços revelados: R$ 290 mil e R$ 320 mil, respectivamente. A picape foi bastante renovada: novo chassi, motores, interior etc. Mas para ter alguns itens de conforto, somente na versão Limited, o consumidor tem que desembolsar R$ 20 mil extras. Só aí levará os sistemas de auxílio à condução, como o alerta de colisão frontal, frenagem automática de emergência, piloto automático adaptativo, alerta de saída de faixa com correção e centralização etc. As versões mais premium têm motor 3.0 turbodiesel V6 de 250cv e 61,2kgfm de torque. As demais opções levam motor 2.0 turbodiesel de 170cv e 41,2 kgfm de torque.

BMW M5 Touring – A nova geração da BMW Série 5, que foi revelada nas versões a combustão e elétrica recentemente, vai ganhar um irmão: o novo BMW M5, que está em fase final de desenvolvimento. A versão tradicional com carroceria sedã chega primeiro, mas o modelo também contará com uma opção Touring. Assim como o novo BMW M5, a versão Touring será híbrida e usará a eletrificação, aliada ao motor a combustão. Os testes dos primeiros protótipos devem começar nos próximos dias no trânsito urbano, bem como em estradas secundárias e autoestradas em Munique e na sede da BMW M. A aplicação integrada de todos os sistemas de tração e suspensão para o novo BMW M5 Touring será testada no lendário circuito de Nürburgring’s.

Dolphin, o elétrico de R$ 149.800 – A marca chinesa BYD pôs fogo no segmento dos elétricos ao trazer ao Brasil o Dolphin, ao custo de R$ 149.800. Ele tem motor elétrico no eixo dianteiro de 94 cv (70 kW) e 18,3 kgfm de torque, que o leva aos 100 km/h em 10,9 segundos – e com velocidade máxima de 150 km/h. A recarga pode ser feita em tomadas 127 ou 220 volts, além dos wallbox, e pode ir de 20 a 80% em 25 minutos, dependendo da capacidade do carregador, segundo a marca. O Dolphin é maior do que os concorrentes – como Renault Kwid E-Tech e Caoa Chery iCar (ambos por R$ 149,9 mil) e JAC E-JS1 (R$ 145.900): o comprimento de 4.125 mm é semelhante ao do Chevrolet Onix e entre-eixos de 2.700 mm, o mesmo de um Toyota Corolla. A autonomia é de 291km. O pacote de equipamentos inclui seis airbags, multimídia de 12,8 polegadas com tela giratória, Android Auto e Apple CarPlay, faróis de LED, piloto automático, câmera de ré, chave presencial etc. A BYD, por sinal, anunciará a nova fábrica de carros elétricos no Brasil na próxima terça-feira, dia 4 de julho. A unidade será a antiga fábrica da Ford, localizada em Camaçari, e deve produzir veículos leves e ônibus.

Interior da nova Fiat Titano – A marca italiana divulgou esta semana imagens do interior da inédita Fiat Titano, uma caminhonete média baseada na Peugeot Landtrek e que será montada no Uruguai. Pouca coisa muda em relação à original Peugeot, como – por óbvio – a logo no volante – que, por sinal, mantém o mesmo desenho. Ela tem câmbio automático com botões para acionamento das funções Sport e Eco e seletor dos modos de tração. Os bancos têm acabamento dos assentos em couro de alta qualidade e costuras que realçam o design interno, além de ajuste elétrico, garantindo conforto extra.

Ducati traz a Desert X – A moto aventureira já está à venda nas concessionárias da marca e custa R$ 98 mil. O visual é meio retrô, com dois faróis redondos, inspirado nas motos que competiram no rali Paris Dakar nos anos 1980 e 1990. O conjunto de propulsão, ao contrário, é moderno: o Testastretta 11, bicilíndrico de 937cm3, entrega 110cv de potência 9,4kgfm de torque. As rodas são raiadas, com 18″na traseira e 21″na dianteira. Os pneus são Pirelli Scorpion Rally STR. A suspensão dianteira tem garfo invertido e tubos de 46mm de diâmetro e 230mm de curso. A traseira é monoamortecida e tem 220mm de curso. Os freios são Brembo e conta com dois discos na frente com 320 mm de diâmetro cada. A Ducati Desert X tem painel de instrumentos digital, iluminação em LED, seis modos de condução programáveis, controle de tração, ABS atuante em curvas, controle de empinada e quick shifter bidirecional.

E vem aí a nova C 400 X – A BMW Motorrad decidiu entrar no segmento scooter no Brasil, mostrando pela primeira vez por aqui o modelo – que estará nas concessionárias até o fim do ano. O scooter virá nas versões Sport e Sport Plus, com o mesmo motor, um monocilíndrico de 350cm³ que entrega potência máxima de 34cv e 3,6kgfm de torque e transmissão CVT. A BMW C 400 X será produzida em Manaus, única planta fora da Alemanha dedicada exclusivamente à produção de modelos BMW Motorrad, e marcará a estreia da marca entre as scooters de média cilindrada. Ela, por sinal, é o terceiro dos sete lançamentos planejados até 2025, dentro do aporte de R$ 50 milhões na fábrica manauara, anunciado no final de 2022. As rodas são de 15 polegadas na dianteira e 14 polegadas na traseira, o tanque de combustível tem capacidade de 12,8 litros e o modelo tem peso seco de 199kg. Entre os equipamentos de série, destacam-se o controle de estabilidade automático, ABS, sistema Keyless para partida sem chave etc.

Férias e segurança das crianças na estrada – Chegou a hora de os pais pegarem a estrada na companhia dos seus filhos, nas tradicionais férias de julho. Mas você sabe as formas corretas de transportar crianças dentro do carro? Até para, além de garantir a segurança delas, evitar multas. Por isso, esta coluna publica uma série de dicas da ALD Automotive |LeasePlan, líder em mobilidade sustentável com locação, terceirização e gerenciamento de frotas.

Legislação de trânsito – Desde 2015, há regras sobre a fixação da cadeirinha infantil – item indispensável para quem tem crianças com menos de 4 anos. Essas normas estipulam que o Isofix ou Latch são obrigatórios para todos os veículos em território nacional. Os dois nomes se referem a sistemas para fixar a cadeirinha da criança, sendo mais seguros do que travar assento infantil apenas com o cinto de segurança. O Conselho Nacional de Trânsito indica também alguns equipamentos que variam de acordo com a idade da criança.

Bebê conforto: a criança deve ser transportada no bebê conforto até 1 ano de idade ou até ter 13 kg. É importante que o acessório esteja virado sempre de costas para o banco da frente, e que seja instalado no banco do meio.

Cadeirinha: de 1 ano e um mês a 4 anos (com pesos que variam entre 9 kg e 18 kg). As cadeirinhas devem ser instaladas de frente para o banco dianteiro – diferente do bebê conforto.

Assento de elevação: usado por crianças que ainda não têm altura para ajustar o cinto de segurança da forma certa. Pode ser utilizado com crianças que pesam entre 18kg e 36kg.

Banco traseiro: até os 10 anos de idade as crianças devem ir no banco de trás. Dependendo da altura, elas devem usar o assento de elevação (como explicamos no tópico anterior) e sempre com cinto de segurança.

De costas para o banco dianteiro – De acordo com a Academia Americana de Pediatria, crianças de até 2 anos têm 75% menos chance de sofrer lesões graves ou fatais num acidente se estiverem de costas para a dianteira do automóvel. Além disso, os bebês têm cinco vezes menos pressão no pescoço se estiverem de costas em uma batida. É importante estar atento a isso pois, se a criança for posicionada de outra forma, em uma batida violenta a cabeça e o pescoço da criança são lançados para a frente, o que pode causar um trauma.

Nada de colo! – Uma regra essencial no transporte de crianças é, de nenhuma forma, levá-las no colo. Desde que saem da maternidade, os bebês precisam ficar seguros no bebê conforto. Em caso de acidentes, se a criança estiver no colo, ela pode se ferir com muita gravidade, já que os braços não oferecem proteção alguma. Quando precisar amamentar ou até acalmar o bebê, pare o carro em um local seguro antes de soltar a criança da cadeirinha.

Banco de trás – Aproveitando o tópico anterior, uma ideia que ajuda na segurança do transporte das crianças é um adulto viajar com elas no banco de trás. Essa é uma forma de evitar distrações do motorista e garantir que o bebê fique mais tranquilo durante a viagem.

Nada de objetos soltos – Em viagens de férias é normal ter bastante bagagem – ainda mais com crianças. Mas para garantir a segurança de todos, é essencial alocar corretamente cada item. Para isso, use o porta-malas. É importante lembrar que, em caso de impactos ou de acidentes, os objetos soltos – até mesmo brinquedos – podem se tornar um verdadeiro perigo para os passageiros do veículo. Seguindo essas dicas de segurança, a viagem com a família vai ser um sucesso. Mas não esqueça de fazer uma bela revisão no veículo antes de cair na estrada.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Picape Rampage: o que ela tem de diferente?

O universo das picapes médias ganhou um modelo que tem tudo para ser protagonista. Primeiro, pelo preço adotado; segundo, pelo pacote de tecnologia e até pela esportividade (de uma versão). A Rampage, a primeira Ram concebida e desenvolvida no Brasil, chega em três versões – uma delas, que tem visual e recursos tecnológicos extras, é capaz de fazer de 0km/h a 100km/h em 6,9 segundos e atingir 220 km/h. Esta tem motor 2.0 Hurricane 4 a gasolina de 272 cavalos. Todas têm câmbio automático de 9 marchas e tração 4×4 com reduzida.

A versão Rebel, com motor turbo diesel de 170cv, custa R$ 240 mil. A Rebel com motor Hurricane tem preço fixado em R$ 250 mil. A Laramie, com detalhes cromados e mais luxuosa, tem motor turbo diesel e vem provisoriamente com o mesmo preço. A Lariame com o 2.0 Hurricane custa R$ 260 mil. E a R/T, a esportiva, R$ 270 mil. Os preços são promocionais, segundo a marca, e podem ser ‘ajustados’ no futuro. A pré-venda começou nesta quinta-feira, 22 de junho, pelo site www.ram.com.br. Mas só chega à rede de concessionárias em agosto.

Visual – O design é do pessoal da Stellantis América do Sul, mas as linhas imponentes das congêneres norte-americanas Ram 1500, 2500 e 3500 foram mantidas. A carroceria é toda nova e, segundo os diretores da Stellantis, foi dada uma atenção especial às proporções de todos os volumes para a carroceria ficar “musculosa”, de qualquer ângulo que se veja. A Rebel foca no visual off-road, com o uso de peças externas com acabamentos preto e grafite. A grade, em formato trapezoidal, tem desenho exclusivo. Na Laramie, predominam os acabamentos cromados e prateados em peças como grade dianteira, molduras dos vidros, capas dos retrovisores, maçanetas, logotipos, rodas e para-choque traseiro, trazendo um estilo mais tradicional.

Já na versão mais esportiva, a R/T, tradicional sigla (“Road/Track”, Estrada/Pista) é exibida com uma mescla de componentes na cor da carroceria e preto brilhante. Destaque ainda para as grandes faixas no capô e para o emblema da versão nos para-lamas traseiros e nas faces da rodas exclusivas da versão. Completa o pacote esportivo o teto pintado em preto. A Rampage tem 5.028 mm de comprimento, 1.886 mm de largura, 1.780 mm de altura e 2.994 mm de entre eixos.

Motores – O Hurricane 4 é estreante em veículos produzidos na América do Sul. Ele pode equipar as três versões, sendo que na R/T é a única motorização. São 272 cv de potência e 40 kgmf de torque gerados pelo propulsor 2 litros de quatro cilindros em linha a gasolina – o mesmo que equipa o Jeep Wrangler. De última geração, ele é todo feito de alumínio e conta com injeção direta e duplo comando variável de válvulas. Na versão R/T, faz de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos; nas demais, o desempenho ainda é impressionante: 0 a 100 km/h em 7,1 segundos e velocidade máxima de 210 km/h. A R/T, por sinal, tem escapamento duplo, que produz um som ainda mais instigante. No volante da Rebel e da Laramie há o botão Sport, que altera o visual do quadro de instrumentos digital, torna mais rápidas as respostas de acelerador e direção e programa as trocas de marchas em giros mais altos. O outro propulsor é o Multijet Turbo Diesel, 2.0, que entrega 170 cv de potência e 38,8kgfm de torque. Faz de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos e atinge até 186 km/h. Está disponível nas configurações Rebel e Laramie. Os dados de consumo não foram divulgados.

Capacidades – A Rampage tem uma estrutura composta por 86% de aços de alta e ultra-alta resistência. A suspensão é McPherson na frente e multilink atrás. A versão R/T conta ainda com molas e amortecedores mais firmes, rebaixamento de 10mm na suspensão e rodas de aro 19.  Na Rebel, a aptidão para o fora-de-estrada é reforçada pelos pneus All Terrain 17 (com banda de rodagem ainda mais fora de estrada na opção a gasolina). A versão Laramie tem roda com aro de 18”. Em todas as Rampage, os freios são a disco ventilados nas quatro rodas.

O freio de estacionamento é eletrônico e tem o recurso Auto Hold, facilitando a vida do motorista em trânsito pesado. Nos aclives, há ainda o Start Assist (para partida em rampa). Também de série em todas as versões há o recurso Hill Descent Control (HDC), para descidas íngremes no off-road. A capacidade de carga é de 1.015 kg nas configurações a diesel e de 750 kg com o propulsor a gasolina. Até na cabine, sobra espaço para armazenamento: são 35,4 litros de porta-objetos.

Vida a bordo – O interior da Rampage tem acabamento sofisticado, padrão Ram. A versão R/T, por exemplo, traz couro perfurado e suede – e com costuras vermelhas para incrementar ainda mais o visual esportivo. O ar-condicionado é sempre digital, de duas zonas, e ainda inclui saídas para os passageiros de trás. Como único opcional, para todas as versões, o Pack Elite (ambiente light, som premium Harman Kardon e banco do passageiro com ajustes elétricos).

O sistema de som, por sinal, é uma atração à parte: são 10 falantes distribuídos na cabine, sendo um deles um subwoofer de 6” localizado abaixo do banco do passageiro. O sistema é capaz de gerar 360 watts de potência. O conjunto de display tem, na soma, 22,6 polegadas: 10,3” do quadro de instrumentos totalmente digital e 12,3” do monitor da central multimídia Uconnect. Além do tamanho e da definição da tela, o sistema se destaca pelo uso intuitivo e pela quantidade de recursos, como conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay e possibilidade de parear dois smartphones ao mesmo tempo.

No console central, outro ponto alto é o RamCharger, carregador de celular por indução com saída de ar para resfriar o telefone. São 6 portas USB – sendo 3 do tipo C – estão espalhadas pela cabine, a maior quantidade entre as picapes compactas e médias oferecidas no mercado. Vale lembrar que duas dessas estão posicionadas em um porta-objetos localizado abaixo do console central.

Segurança – A lista de equipamentos de segurança é farta e inclui, por exemplo: sete airbags (frontal, lateral dianteiro, de cortina (dianteiro e traseiro) e de joelhos para motorista), controle de estabilidade, mitigação de rolagem da carroceria, comutação automática do farol alto e monitoramento da pressão dos pneus. É farto também o pacote de auxílios à condução. Entre eles, o controle de velocidade adaptativo com Stop&Go, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência e detecção de pedestres e ciclistas, monitoramento de pontos cegos, detecção de tráfego traseiro cruzado e alerta de saída de faixa com correção.

E mais

⏩Os investimentos da Stellantis na Rampage foram superiores a R$ 1,3 bilhão, do total de R$ 16 bilhões que a marca põe no Brasil entre 2018 e 2025

⏩ O projeto foi realizado por mais de 800 engenheiros e técnicos no Brasil, com mais de 1,2 milhão de horas de desenvolvimento

⏩ A Rampage é o quinto veículo a sair do Polo Stellantis de Goiana (PE), que já contabiliza cerca de 1,4 milhão de unidades produzidas

⏩ As concessionárias Ram agora poderão fazer serviços de estética veicular como lavagem técnica, higienização e cristalização – mediante uma assinatura mensal, dentro do programa Ram Care

⏩ O modelo tem 35 acessórios originais Mopar, como estribos elétricos, inéditos em picapes nacionais e produzidos no Brasil.

⏩ 3D Lab: o consumidor pode baixar desenhos gratuitos de acessórios e produzir em uma impressora 3D, para personalizar ainda a picape

As novidades da Hilux e do SW4 – A Toyota já começou a vender a linha 2024 da picape Hilux e do SUV grande SW4, ambos produzidos na Argentina. Eles vêm com uma central multimídia aprimorada, agora com tela de 9 polegadas e conectividade via Android Auto e Apple Car Play sem fios. A picape média renovou a versão mais esportiva, a GR-Sport, que mantém a versão mais potente do motor 2.8 turbodiesel que entrega 224 cv de potência e 55 kgfm de torque e tração 4×4 com reduzida. As demais configurações seguem como sempre foram: motor 2.8 turbodiesel que, com câmbio manual de seis marchas, entrega 204 cv de potência e torque de 42,8 kgfm, e com automático ganha torque de 50,9 kgfm.

Hilux – Versões e preços

GR-SPORT automáticaR$ 372.890
Conquest automáticaR$ 338.190
SRX automáticaR$ 324.490
SRV automáticaR$ 289.990
SR automáticaR$ 272.190
STD Power Pack manualR$ 242.590
Cabine simples manualR$ 226.790
Chassi cabine manualR$ 219.090

SW4 – Versões e preços

GR-SPORTR$ 436.890
DiamondR$ 423.090
SRX (7 lugares)R$ 382.790
SRX (5 lugares)R$ 376.190

Carro popular: sem locadoras – O governo federal decidiu estender por mais 15 dias o período em que somente pessoas físicas possam usar dos benefícios fiscais e tributários que permitem descontos em carros de até R$ 120 mil. A medida valia por 15 a partir da publicação da Medida Provisória (dia 5 de junho) que motivou a renúncia fiscal de até R$ 1,5 bilhão válida também para ônibus e caminhões. Com isso, sensatamente, as locadoras – que já têm benefícios exclusivos – ficarão de fora nesse período.

Em nota, a Associação Brasileira das Locadoras de Veículos (Abla) questionou a decisão do Ministério do Desenvolvimento e Indústria (MDIC) de prorrogar por mais 15 dias o prazo para que apenas as pessoas físicas comprem veículos subsidiados.  “Recebemos com surpresa, pois o setor compra em torno de 30% da produção brasileira, contribuindo com a estabilidade da indústria”, dizem os associados. A Abla pede que o incentivo se torne isonômico e não discriminatório. “Aí, sim, a medida alcançará o objetivo de ampliar a produção de automóveis deste ano, o que é fundamental para garantir a efetividade e o fomento à produção e emprego.” Na verdade, não deve sobrar veículos com esses incentivos para as locadoras. Mais de R$ 350 milhões – dos R$ 500 milhões disponíveis – já foram pedidos pelas montadoras.

Combustíveis: NE registra queda no preço – A última análise do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), apontou que a região Nordeste fechou a primeira quinzena de junho com o litro do etanol a R$ 4,51, após redução de 0,44% se comparado a maio. Já a gasolina foi vendida a R$ 5,59 o litro, após recuo de 1,06%. O diesel comum e o S-10 fecharam o período a R$ 5,18 e R$ 5,16, com redução de 4,07% e 5,32%, respectivamente. “A mudança na cobrança da alíquota do ICMS elevou o preço médio da gasolina neste fechamento de quinzena, porém algumas regiões tiveram um impacto menor em relação à alíquota”, diz Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. “Mas, se comparada ao etanol, a gasolina é economicamente mais vantajosa para o abastecimento em todo o Nordeste”, reforça ele.

Adeus, companheiro – A Webmotors, principal portal de negócios e soluções para o segmento automotivo, fez um levantamento com a Ipsos, empresa especialista em pesquisa de mercado e opinião pública, mostrando que 48% dos brasileiros que estão comprando um querem que o novo seja de uma marca diferente, enquanto 52% pretendem adquirir um carro novo da mesma marca. De acordo com o estudo, 20% dos usuários da plataforma que estão substituindo seus veículos compram carros zero quilômetro. A maioria dos respondentes já tinha um veículo usado ou seminovo e aproximadamente 40% consideram adquirir um automóvel novo. E pelo menos 44% estão dispostos a pagar, em média, R$ 78 mil pelo bem. As formas de pagamento mais citadas foram à vista e financiamento parcial via bancos tradicionais. A Honda é a que gera mais fidelização (73%), seguida pela Chevrolet e Toyota (68%), Nissan (65%) e Hyundai (63%). Em relação às carrocerias, SUVs e sedãs (47%) são as mais procuradas na plataforma. 

Cruze vai sair de linha – Depois de 12 anos, o Chevrolet Cruze vai deixar de ser vendido no Brasil até o fim do ano. E tanto a versão sedã quanto a hatch, chamada de Sport6. O modelo é fabricado (até o último trimestre de 2023) em Santa Fé, na Argentina. A América do Sul foi o último continente onde ele era produzido.

Como recorrer de uma multa – Elas podem ter um valor alto e os pontos acumulados na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) levam até a suspensão do direito de dirigir. Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Setran), o excesso de velocidade é uma das principais causas de infração no país. Roberson Alvarenga, CEO da Help Multas, rede de franquias especializada em recursos de multas de trânsito, processos de suspensão e cassação da CNH, listou algumas dicas de como resolver essa questão de maneira prática e rápida.

Seja ágil na solicitação – O acúmulo de pontos pode gerar suspensão da CNH. Por isso, quanto mais rápida a solicitação de recurso for feita, menor a chance de perder o documento, já que o prazo para reverter ou cancelar a penalidade é de até 30 dias a partir da data em que foi recebida. “As multas auto suspensivas, ou seja, aquelas que sozinhas podem tirar o direito de dirigir, também devem ser objeto de atenção por parte dos motoristas, pois independente da pontuação podem suspender o direito de dirigir de 2 a 12 meses. Por isso é importante recorrer antes que chegue ao ponto de suspensão”, aponta Roberson.

Saiba para qual órgão recorrer – É importante atentar-se ao órgão que vai recorrer. Algumas multas não são de responsabilidade do Detran. Algumas penalidades são federais e outras municipais. No caso do Distrito Federal, há tanto o DER quanto o Detran. Por isso, é necessário confirmar qual foi o órgão regulador para não se atrasar ou perder o prazo por ter encaminhado a defesa para a entidade errada.

Atenção aos documentos:

  • Carteira Nacional de Habilitação;
  • Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo digital (CRLV-e);
  • Documento de identificação pessoal do condutor ou do procurador;
  • Requerimento para Recurso de Multa;
  • Notificação da Penalidade ou multa por Infração à Legislação de Trânsito (MILT);
  • Outros documentos comprobatórios.

A partir destes listados acima, é possível dar entrada no pedido de recurso tanto pelo site do detran quanto por uma empresa especializada no assunto.

Escolha um especialista – Recorrer às multas pode ficar mais fácil com a contratação de um serviço especializado. “Um profissional garante soluções ágeis para recorrer, já que possui eficácia em elaborar uma defesa administrativa, com os documentos necessários a serem apresentados aos órgãos de trânsito. Esse auxílio de alguém que entende sobre direito de trânsito é de extrema valia, já que o conhecimento sobre as leis e os trâmites podem acelerar a solicitação do recurso”, afirma o CEO.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Nova Montana é SUV ou picape? Ou ambos?

A nova picape Chevrolet demorou quase três anos para nascer: a General Motors começou lá no meio da pandemia da Covid-19 com uma especulação ali e outra acolá, depois encheu as redes sociais de dicas e teasers, permitiu “flagras” de unidades disfarçadas para jornalistas, levou o modelo para programas de TV e, finalmente, confirmou um velho nome para um novo produto. Aí, a Nova Montana finalmente chegou. No mês passado, este colunista a avaliou por uma semana e aí pôde constatar o que já suspeitava: a Nova Montana não é bem uma picape. E isso é bom. É, na verdade, um SUV com caçamba.

Chega para tomar clientes da Toro e da Strada, mas até de SUVs tradicionais, até por conta do preço sugerido. Conseguirá? Qual alvo sofrerá mais sequelas? Afinal, por que ela deve ser considerada uma “picape/SUV”?  Primeiro, por causa da origem: o SUV compacto Tracker, benquisto no país. Somente no ano passado, foram mais de 70 mil unidades vendidas do Tracker no Brasil – e continua em 2023 sendo o preferido de 16% dos compradores de compactos. A Montana, por sua vez, teve 11 mil emplacamentos no acumulado até maio – quase a mesma quantidade da irmã mais velha S10 e metade do que emplacou a Fiat Toro. Ela também é uma picape/SUV pelo esforço da General Motors em transformar a caçamba em um bagageiro – ou numa “caçamba multi-flex”, segundo a própria marca, por cumprir também a função de porta-malas de sedã, por exemplo.

A capacidade dela (874 litros) não entusiasma, se comparada à das concorrentes: 844 litros tem a Fiat Strada e 937 litros leva Fiat Toro. Quanto aguenta de peso? A resposta mostra que a Montana não veio efetivamente para brigar nesse segmento de picapes: pode transportar apenas 600kg (150kg a menos em relação à antiga), enquanto a Fiat Strada, versão Ultra, por exemplo, consegue levar 1.000kg. Mas a engenharia conseguiu que ela ficasse mais SUV a partir do uso de uma capota marítima bem vedada contra a entrada de água (as reclamações são comuns) e, pelo menos na versão testada, da poeira. Há opção também de uma capota rígida de acionamento elétrico por controle remoto”, complementa. Por fim, como opcional, uma capota rígida de acionamento elétrico por controle remoto e o Multi-Board, que usa trilhos, uma prateleira e uma prancha para criar divisórias modulares dentro do compartimento.

Sem falar na bolsa selada de caçamba, com 300 litros de capacidade – e bem interessante para carregar bagagens à parte, sem chacoalhar. E mais: as bolsas organizadoras simples e dupla têm divisórias flexíveis e de fácil manuseio. O extensor de caçamba tem suporte de placa com iluminação, carenagem externa personalizada e se transforma em uma escada/rampa ou em um divisor de carga. A abertura e o fechamento da tampa da caçamba são bem leves, amortecidos. Ela, aliás, como é alta, atrapalha um pouco a visibilidade traseira – e ainda mais pela existência de uma barra protetora para o vidro traseiro. Mas, como ocorreu com a Toro, o uso constante traz o costume e o anormal se normaliza. Ah, o modelo é tão SUV que nem sequer foi projetado para receber o engate traseiro para rebocar moto e jet-sk, quem dirá carretinha de cavalo. De qualquer forma, pela amplitude de uso da caçamba já valeria a pena tê-la, mesmo com essas limitações de peso/engate.

Motor – É o mesmo conjunto usado na Tracker, mas com alguns ajustes, segundo os engenheiros da GM: o 1.2 turbo sem injeção direta de combustível entrega até 133cv de potência 21,4 kgfm de torque. O câmbio da Premier (assim como da LTZ) é automático de seis marchas. A Montana tem uma boa relação peso/potência: 9,85kg/cv. A Toro, por sinal, tem uma melhor (9,03kg/cv), em função do fato de o motor ser um 1.3 turbo de 185cv e torque de 27,5kgfm. A Strada, com motor firefly 1.3 aspírado e torque de 13,2kgfm de torque, tem, uma relação peso-potência maior: 10,97. Pelos dados oficiais, a Montana vai de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos – com câmbio automático e etanol; 11,7 segundos com transmissão manual. Já no consumo, com gasolina, a marca promete as médias de 11,1 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada

Vida a bordo – A picape é boa de dirigir, com uma direção leve e um comportamento ágil – embora tenha sido avaliada vazia, sem carga. O interior é espaçoso para quatro pessoas. Mas a cabine é, digamos assim, sóbria e simples: o material usado pelos carros da Chevrolet até a essa faixa de preço qualidade tem plástico rígido e visual conservador (como o multimídia e o painel de instrumentos, já meio fora de moda com itens analógicos – e isso destoa bastante da média nacional concorrente. No quesito conforto, tem tudo que a irmã Tracker oferece: acendimento automático dos faróis, câmera de ré, volante de couro com ajuste de altura e profundidade, bancos de couro com ajuste (de altura, manual e apenas para o motorista).

O que mais falta – A versão testada foi a Premier, a mais completa – e a ela faltam alguns equipamentos de conforto de segurança para ser, de fato, ‘completa’. Ela não tem, por exemplo, sistemas de condução semiautônoma – como, por exemplo, frenagem autônoma de emergência e alertas de mudança de faixa e de colisão frontal – e nem como opcionais. São opcionais da Toro Volcano. Aliás, ainda há nesse segmento freios traseiro a tambor – ultrapassado. A Montana também não possui o sistema de assistente de baliza automático – afinal, é um carro para uso urbano. Não tem nem mesmo sensor de estacionamento dianteiro. Mas, apesar dessa lacuna, essa versão traz seis 6 airbags e os indispensáveis controles eletrônicos de tração e de estabilidade.

Novo Versa vem aí – O tradicional sedã da Nissan, já como linha 2024, já tem data para chegar aos concessionários brasileiros: o final deste mês. Ele mantém as características que o consagraram, como o excelente espaço interno e a capacidade de porta-malas, e trará novidades no design e ainda mais equipamentos de segurança. Como, por exemplo, o alerta de objetos no banco traseiro – que pode ser uma bolsa, um bolo e até (sim, isso acontece) uma criança.

Commander ganha nova versão… – O Jeep Commander foi lançado em agosto de 2021 e logo se tornou uma referência entre os SUVs grandes do país: é dono, por exemplo, de 32% de participação no segmento nos primeiros cinco meses do ano. Agora, ele passa a ter a versão Longitude!, com motor turboflex 4×2. O Commander tem três fileiras de assentos, sete lugares e com porta-malas variando de 1.760 litros (todos os bancos rebaixados) a 661 litros (com cinco ocupantes) a 233 litros com os sete assentos levantados. Preço? R$ 230 mil.

…e o Fastback também – Para entrar no grupo dos carros passíveis de descontos (e renúncia fiscal por parte do governo), o Fiat Fastback também passou a ter uma nova versão de entrada. A T200 automático tem preço definido de R$ 119.990, o que garante desconto e preço final, neste momento, de R$ 115.990. O motor é um 1.0 turbo capaz de entregar 130cv e torque de 20,4kgfm. O câmbio é automático CVT com simulação de 7 marchas.

Ranger chega esta semana – A nova geração da picape da Ford já tem data marcada para ser oficialmente vendida: quinta-feira (22) para quem já é cliente e dia 26 para os novos interessados. O processo será todo on-line, pelo site www.ford.com.br: basta que os interessados façam um pagamento de um sinal para garantir o negócio com uma das versões equipadas com motor 3.0 V6 turbodiesel de 250cv de potência e 61,2 kgfm de torque e câmbio automático de 10 marchas. A tração será 4×4 com acionamento eletrônico e reduzida. Segundo a marca, a previsão de entrega deve variar de 30 a 60 dias. Os preços não foram divulgados.

L200 Triton Savana – Nova picape Mitsubishi chega às lojas por R$ 310 mil. Além de cores vibrantes, de propósito para esse tipo de versão aventureira, como amarelo Rally e verde Forest, ela traz um pacote caprichado de acessórios. Tipo snorkel, bagageiro com rampa, estribos laterais e caçamba com acabamento anti-riscos. E uma caixa multifunções integrada, com parte removível e muita praticidade para o transporte de cargas menores que não ficam se deslocando na caçamba durante o trajeto. As rodas são de aço com 17’’ e pneus GoodYear Duratrack 265/60 R17. Ela se situa entre a intermediária HPE, de R$ 300 mil, e a topo de linha HPE-S, de R$ 327 mil. O motor é o 2.4 turbodiesel capaz de desenvolver 190cv de potência e torque de 43,9 kgfm.

Contran classifica cinquentinha, patinete e skate – Bicicletas elétricas precisam de indicador de velocidade e retrovisores? Para conduzir ciclomotores, aquelas motos de 50cc, é necessário ter CNH? Para tentar resolver pelo menos uma parte dessas dúvidas e confusões, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) resolveu agir e aprovou nesta quinta (15) uma resolução para atualizar a classificação de ciclomotores, bicicletas elétricas e equipamentos de mobilidade individual como patinetes e skates.

A iniciativa, pelo menos, clareia a definição dos veículos e estabelece linhas de fronteira entre uma tecnologia e outra – até para facilitar o registro e o licenciamento nos órgãos locais de trânsito. E é bem-vinda devido ao aumento desse tipo de veículo em circulação, principalmente nas grandes cidades. Ela também servirá para que os órgãos de trânsito façam regramento claro para o tráfego.  E, claro, deixar mais clara a classificação desses veículos e equipamentos para garantir a proteção e segurança dos usuários vulneráveis: acidentes de trânsito são a principal causa de morte entre pessoas de 5 a 29 anos, principalmente de pedestres, ciclistas e motociclistas.

Ficam definidos como:

• Ciclomotor: veículo de duas ou três rodas com motor de até 50 cm³ limitada a uma velocidade máxima de 50km/h.

• Bicicleta: veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para efeito do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor.

• Equipamentos de mobilidade individual autopropelidos: patinetes, skates e monociclos motorizados.

Além das características de cada tipo de veículo, a norma considera como parâmetros potência do motor; velocidade máxima de fabricação; equipamentos obrigatórios, registro e emplacamento; e habilitação. Bicicletas elétricas, por exemplo, devem ser dotadas de sistema que garanta o funcionamento do motor somente quando o condutor pedala e contar com indicador de velocidade, campainha, sinalização noturna dianteira e lateral e espelhos retrovisores. A particularidade no caso dos ciclomotores, motocicletas e motonetas, é a exigência do registro e emplacamento obrigatório.

Para conduzir ciclomotores é necessária a emissão de autorização para conduzir ciclomotores (ACC) ou carteira nacional de habilitação (CNH), na categoria A. Já os equipamentos de mobilidade individual autopropelidos e as bicicletas elétricas devem circular nas mesmas condições das bicicletas convencionais. Cabe aos órgãos locais de trânsito regulamentar a circulação dos equipamentos de mobilidade individual autopropelidos e da bicicleta elétrica. A resolução entra em vigor em 1° de julho de 2023.

Crescimento dos elétricos – Com 6.435 emplacamentos, maio de 2023 marcou um novo recorde para a eletromobilidade no Brasil. Foi a melhor marca mensal de vendas de veículos leves eletrificados da série histórica. Com isso, o total de veículos leves eletrificados em circulação no Brasil, desde janeiro de 2012, passou dos 150 mil. O recorde anterior, de 6.391 emplacamentos, foi em setembro de 2022. No acumulado do ano, já foram 26.014 unidades vendidas. Esse número significa um aumento de 59% sobre os 16.354 emplacamentos do mesmo período de 2022.

Populares seminovos despencam – Anunciado no fim de maio pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), o pacote de medidas que visava reaquecer as vendas de carros novos já teve efeitos. Diante do questionamento de qual o impacto dessa redução nos preços dos carros novos teria nos valores de mercado dos seminovos, a Mobiauto apressou-se em buscar em sua base de dados uma resposta para o consumidor. E ela aponta queda média de 5,13% nos preços dos carros populares seminovos no último mês – anos/modelos 2022, 2021 e 2020. “Apuramos as cotações de dezenas de milhares de anúncios em nossa plataforma, inicialmente na primeira semana de maio, quando não havia essa medida do governo. E repetimos a pesquisa na primeira semana de junho, período que já traria o impacto da redução nos novos. Em um mês, portanto, a queda média foi de 5,13%”, atesta Sant Clair de Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto.

Os modelos mais anunciados e procurados pelos clientes apontaram um percentual menor de diminuição nos preços, exatamente pelo aquecimento da demanda. Mas, à medida que os novos preços de zero km “emplacarem” no dia a dia do mercado, a tendência é que esse percentual suba ainda mais. “Tivemos modelos de altíssima procura, como o Hyundai HB20S, modelo 2020, que caiu menos de 1%. Já um Chevrolet Joy, que está fora de linha e possui menor atratividade para a revenda, já despencou em mais de 10% em um único mês”, exemplifica Sant Clair de Castro Jr. De qualquer modo, de acordo com o executivo, a variação negativa nos preços dos populares pelos próximos meses é fato consumado. Todos irão cair, principalmente nessa primeira fase do programa do governo, que incentiva as vendas com desoneração tributária em favor de compradores pessoa física. “Não há milagres: se você está vendendo um carro 1.0 com dois ou três anos de uso e chega em uma loja, ele será avaliado na compra a um preço 5% ou 10% abaixo do que seria um mês atrás. O lojista precisa pagar mais barato, pois sabe que o preço final diminuiu”, diz.

Carro popular para locadoras?

Os fabricantes de automóveis brasileiros querem ampliar os benefícios do programa de renúncia fiscal do governo federal que garante descontos em carros populares para pessoas jurídicas. A medida seria boa para a indústria, que desocuparia mais rapidamente seus pátios, mas principalmente o é para as locadoras de automóveis. Elas compram cerca de um terço da produção de veículos novos e têm descontos diretos que podem chegar até a 30% do valor real cobrado numa concessionária. E ainda os revendem, geralmente após um ano de uso, pelo preço de mercado.

Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, a associação que reúne as montadoras, diz que deve haver “isonomia” no benefício, sim. Pondera, no entanto, que espera que o benefício – limitado a R$ 500 milhões em renúncia fiscal para acabar – possa ser usado só por pessoa física. Ele diz não ter ainda informações suficientes para avaliar o impacto das medidas nas vendas de modelos 0km. O programa de benefícios fiscais para impulsionar a venda de automóveis e veículos pesados já teve a adesão de 9 montadoras de carros e 10 de ônibus e caminhões. O primeiro balanço do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), divulgado na quarta-feira (14), mostra que o setor já pediu R$ 150 milhões em créditos tributários; o programa prevê até 1,5 bilhão, incluindo ônibus e caminhões, que deve ser usado em descontos para o consumidor.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Nordestino gasta 10% da renda com tanque gasolina

O gasto com o tanque de gasolina consumiu, em média, 5,9% da renda familiar dos brasileiros no primeiro trimestre de 2023. Em relação ao Indicador de Poder de Compra, os percentuais se estabilizaram no patamar pré-pandemia (o primeiro trimestre de 2020), tanto na média nacional (5,9%) quanto nas capitais (3,7%). Isso mostra que a relação entre renda domiciliar e o custo médio de abastecimento de um tanque de gasolina de 55 litros foi normalizada após três anos de volatilidade e pressão sobre os orçamentos familiares, segundo aponta a edição de junho do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, lançado em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

A média relaciona o percentual da renda domiciliar mensal (apurado pela Fipe a partir de dados da PNAD/IBGE) necessário para abastecer um tanque com 55 litros de gasolina comum. O indicador evidencia uma grande diferença no quanto a gasolina pesa no bolso em cada região do país. O Nordeste possui a maior porcentagem, mostrando que a média do gasto com um tanque de gasolina é de 9,7% da renda familiar. Na região, o Maranhão apresenta a maior porcentagem: 10,8%, seguido por Bahia, com 10,5%, e Ceará, 10,2%. Juntos, os três estados formam a lista de estados onde um tanque de gasolina consome maior porcentagem da renda familiar.

Por outro lado, a região Centro-Oeste apresentou o menor percentual do Brasil, com o tanque de gasolina correspondendo a 4,7% da renda familiar. O Distrito Federal ajuda a puxar essa média para baixo. A unidade federativa tem a menor média do indicador no país, com 3%. Os estados de São Paulo, com média de 4,3%, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com 4,8% cada, completam a lista de estados onde o tanque de gasolina consome a menor média da renda familiar.

Entre as capitais, vale ressaltar que, embora a renda dos cidadãos tende a ser mais elevada, é comum que o número de tanques a serem reabastecidos seja muito maior, por conta da maior dependência de automóvel, mais distâncias percorridas e congestionamentos nos locais. No recorte de capitais, a cidade de Rio Branco (AC) tem a maior porcentagem, com 7,8%, Porto Velho (RO) tem média de 7,6% e Manaus (AM) completa a lista, com média de 7,3%. Já as capitais onde o tanque de gasolina representou menor porcentagem da renda familiar foram Florianópolis, com 2,9%; Brasília, com 3%; e São Paulo, com 3,1%. No geral, a média entre as capitais brasileiras fica em 3,7%.

Ajuste no ICMS faz preço disparar – Após a mudança na cobrança da alíquota do ICMS, válida desde o dia 1º de junho para todos os estados brasileiros, o preço médio do litro da gasolina aumentou 2,33% nas bombas de abastecimento do País, quando comparado ao dia 31 de maio, data anterior à mudança. Dados do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), referentes ao dia 5 de junho, apontaram que, após recuos registrados desde abril, a nova medida resultou num acréscimo médio de R$ 0,13 centavos no custo com o combustível para os motoristas.

Segundo Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, o aumento no preço do combustível foi identificado em todas as cinco regiões brasileiras, com destaque para a Sul, onde o litro fechou o dia 5 de junho a R$ 5,58, valor 5,48% mais caro ante maio.

No Centro-Oeste, a gasolina foi comercializada a R$ 5,61, com aumento de 3,70%; no Sudeste, a média fechou a R$ 5,43, com acréscimo de 3,63%; no Nordeste, o combustível ficou 2,56% mais caro e foi comercializado a R$ 5,61; já no Norte, o preço do litro fechou a R$ 5,93, com aumento de 1,89%.

No recorte por estado, o IPTL identificou que apenas Rondônia registrou redução no preço médio do litro da gasolina, de 0,86% em relação a maio, e fechou o quinto dia de junho a R$ 5,78. Nos demais estados e no Distrito Federal, a gasolina ficou mais cara, com destaque para o Pernambuco, onde o preço médio fechou a R$ 5,74, com aumento de 9,33% ante maio.

Lexus anuncia novo RX 500h – A quinta geração do SUV premium da Lexus, marca de luxo da japonesa Toyota, foi completamente redesenhada e chega em versão única F-Sport custando R$ 565 mil. O RX 500h F-Sport estreia o novo sistema de tração nas quatro rodas, garantindo melhor dirigibilidade e respostas precisas durante aceleração e frenagem. Presente no modelo RZ, primeiro SUV elétrico da marca, apresentado globalmente no ano passado, esse controle preciso da tração funciona em conjunto com um sistema elétrico híbrido recém-desenvolvido para maximizar a aderência das rodas dianteiras e traseiras. Conta também com sistema DRS que faz a esterço das rodas traseiras, recurso que facilita manobras e dá mais estabilidade ao carro em curvas.

Vida a bordo – O interior é luxuoso, com cabine bem espaçosa e confortável. O acabamento de couro reveste o volante e a manopla de transmissão. O painel e console central, que obteve reposicionamento do câmbio automático e porta-objetos, inclui itens de alumínio que deixam o visual ainda mais sofisticado e esportivo O RX 500h é equipado com motor turbo 2.4 e dois elétricos – que, somados, entregam potência de 371cv e torque de 46kgfm. No quesito segurança passiva, o RX 500h conta com sete airbags, sendo um de joelho, para o motorista; dois laterais (cortina); dois frontais; e dois laterais, para o motorista e o passageiro dianteiro. Além disso, tem tecnologias de segurança ativa para auxiliar os condutores, como os sistemas de saída e de mudança de faixa, colisão frontal etc.

EX30: o elétrico mais barato da Volvo – A marca sueca mostrou o EX30, carro inédito que servirá como modelo de entrada da sua linha elétrica de entrada. Ele é um SUV compacto, ficando abaixo do XC40. Na verdade, é o menor SUV da história da Volvo – que garante “um preço atraente” para gerar impacto e representar uma das nossas maiores oportunidades de negócios nos próximos anos. Ele chega ao Brasil no ano que vem. Assim, a Volvo terá quatro modelos elétricos: EX90, EX30, XC40 e C40. O EX30 oferecerá dois tipos diferentes de bateria. Se o motorista passa a maior parte do tempo na cidade ou tende a percorrer distâncias mais curtas entre cada recarga, a Volvo propõe uma opção de motor único com uma bateria LFP – que é mais econômica e consome menos recursos na sua produção, o que significa que é a melhor opção se você não precisar de alcance muito longo. Esta variação fornece 51 kWh (272 hp) e leva-o dos 0 aos 100 km/h em 5,7 segundos. Quem preferir maximizar o alcance, o EX30 com a variação de motor único e uma bateria de alcance estendido NMC – que possui lítio, níquel, manganês e cobalto e produz sua energia com mais eficiência do que a variante LFP. Esta opção de motor único e alcance estendido oferece um alcance de até 480 km entre as cargas. Com essa versão de 69 kWh (272 hp) o 0 a 100 km/h é alcançado em 5,3 segundos.

A surpresa chinesa – A GWM começou há pouco tempo a operar no Brasil, com métodos pouco convencionais (como uma loja no Mercado Livre), mas já colhe bons resultados. A linha Haval H6, o SUV médio disponível em versões híbrida e híbrida plug-in, foi o modelo híbrido mais vendido do país em maio. Foram 960 emplacamentos da linha H6, com entrega aos clientes em maio. E olhem que nem foi feita a inauguração total de sua rede de concessionárias. Assim, a recém-chegada GWM – que se considera uma startup – já supera Audi, Kia, Land Rover, Mercedes-Benz com apenas um modelo, o Haval H6.

Interior da Nova Ranger – A Ford revelou detalhes do interior da Nova Ranger. A picape chega em breve ao Brasil e promete surpreender o segmento com o nível de qualidade, tecnologia e performance. Na cabine, a picape chama a atenção pelo painel digital de 12,4” e o sistema multimídia SYNC 4 de nova geração com tela vertical de 12”. A picape virá equipada com um motor V6 3.0 diesel e rodas de 20”. A Ranger de nova geração é produzida na fábrica de Pacheco, na Argentina.

BMW M 1000 XR: o protótipo – A letra M é sinônimo, em todo o planeta, de sucesso em corridas e desempenho dos veículos de alta performance da BMW. Incorporada à BMW Motorrad em 2019, a M está prestes a ganhar mais um opção – agora para um modelo rápido para encarar longas distâncias na estrada. Após o lançamento da M 1000 R e da M 1000 RR, a M 1000 XR está em fase final de desenvolvimento. O modelo, assim como outros da família XR, preza por uma condução mais confortável e para longas distâncias, mas tem a performance como principal atrativo. O protótipo, apresentado no ano em que a BMW Motorrad completa 100 anos de história sobre duas rodas, tem motor de 202cv de potência e leva a motocicleta aos 280km/h de velocidade máxima. Pesando apenas 223kg, a M 1000 XR protótipo mescla tecnologias para obter o melhor desempenho nas estradas e em pistas. Os freios, por exemplo, são os mesmos utilizados nas motos que disputam o Campeonato Mundial de Superbikes. Há ainda diversos atributos eletrônicos e aerodinâmicos para que o modelo possa obter o máximo de desempenho.

Venda de usados cresce – O segmento de veículos seminovos e usados manteve o movimento positivo em suas vendas durante o mês de maio, segundo o relatório divulgado pela Fenauto, a federação dos revendedores brasileiros. O estudo mostra que elas cresceram 22,6% em relação ao mês de abril, com uma média diária de 57.924 transferências. A maior procura ficou com os veículos seminovos (de 0 a 3 anos de uso), respondendo por 25,2% do total de vendas. O estudo aponta, ainda, um crescimento de 16,3% no acumulado deste ano em relação ao mesmo período de 2022. Ainda dentro dessa comparação, vale ressaltar: Pernambuco teve um desempenho de 15,6%. Sergipe se destacou, com 20%. No Maranhão, as vendas pouco cresceram: apenas 5% no acumulado do ano.

Os mais buscados – O tradicional levantamento da Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento automotivo, mostra que o ranking dos novos e usados mais buscados pelos usuários da plataforma em maio é liderado pelo Honda HR-V – e pelo quarto mês consecutivo (categoria 0km). Na sequência, vem o Fiat Fastback e o Hyundai Creta. Já na categoria de carros seminovos, novamente a Honda aparece no topo da lista, desta vez com o Civic, seguido por Toyota Corolla e Chevrolet Onix na segunda e terceira colocações, respectivamente.

Chassi de veículo: o que você precisa saber? – Para que serve mesmo a numeração de chassi de um veículo? Ou você só fica ligado durante a compra de um carro ou processo de negociação de um seminovo ou usado. Mas você sabe para que serve o chassi e a numeração dele? Será que é importante se atentar a esse item no momento de comprar um carro seminovo ou usado?

Para que serve a numeração – É um código único de identidade de um veículo. Por meio desta chave, é possível saber tudo sobre o carro, como marca, modelo, país de origem, fabricante, tipo de veículo, modelo e local de fabricação. Ao todo, ele possui uma marcação de 17 caracteres, composto por letras e números. E, no caso de falhas que podem colocar pessoas em risco, é pelo código do chassi que a montadora consegue retirar os veículos do mercado quando necessário. Em casos de recall, a numeração também se faz muito importante.

Como localizar – A numeração do chassi do seu carro pode ser encontrada em diferentes locais, dependendo do modelo e do fabricante do veículo. Aqui estão algumas das possíveis localizações:

  • Para veículos de carga (caminhões, ônibus, picapes grandes), a codificação do chassi é gravada geralmente na longarina;
  • Para veículos com a estrutura em monobloco como veículos de passeio (hatch, sedãs, SUVs, picapes leves) e vans mais modernas, a numeração pode ser gravada em diversos pontos, como painel corta fogo, assoalho, torre do amortecedor entre outros locais. 
  • As gravações sempre são padronizadas e gravadas em baixo relevo.

Remarcação – A remarcação do código do chassi possui algumas consequências, como uma possível desvalorização do veículo em relação à Tabela Fipe. A numeração do código deve estar perfeitamente visível e sem nada que atrapalhe a leitura.  Existem algumas condições que podem fazer com que a remarcação de chassi seja necessária, como a oxidação natural (ferrugem) ou desgaste da área onde o chassi está marcado, excesso de umidade, danos causados por acidentes e em casos de sinistros.

Tais consequências podem gerar problemas no momento de revender o veículo e até mesmo dificultar a obtenção de financiamentos. Vale ressaltar que a remarcação do chassi é um procedimento que deve ser autorizado pelo Detran. É importante enfatizar que a remarcação do número de chassi não autorizada pelo Detran é identificada como adulteração e é considerado crime.

É adulterado?  – A numeração só pode ser adulterada sendo raspada, polida ou até mesmo ter um acabamento falso para receber uma numeração diferente.  E a maneira mais confiável de identificar indício de adulteração no chassi é realizar uma Vistoria Veicular. O profissional especializado irá averiguar todos os pontos estruturais do carro, incluindo o chassi para confirmar uma suspeita de adulteração.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Pulse Abarth tem o veneno que promete?

Você só descobre que o SUV compacto Pulse Abarth é um modelo da Fiat se for um aficionado por carros – ou talvez um sujeito bem antenado aos constantes lançamentos de versões customizadas por parte das montadoras. Todos os logos são Abarth: na chave, na tampa traseira, no volante, na faixa lateral… E a ideia era essa mesmo. Só não precisava o amigo goiano que se aproximou da unidade testada por este colunista, em um posto de gasolina perto de Anápolis, tascar, sem cerimônia: “Que marca é essa? Não é muito esportivo para o senhor, não?”. Rindo, claro, fui explicar. Essa versão foi preparada  exatamente para trazer de volta ao Brasil a marca italiana do escorpião, a Abarth, agora também pertencente ao grupo Stellantis e com fama, cara e comportamento esportivo – e não apenas com “aparência esportiva”. E, na medida do possível, a versão faz jus ao que dela se espera. Velocidade, por exemplo: ela é a única versão do Fiat Pulse que sai com motor capaz de, se abastecido com etanol, fazer de 0km/h a 100km/h em 7,6 segundos e passar dos 200km/h sem muito sofrimento.

E o que foi feito para ‘turbinar’ esse conjunto de  1.3 turbo T270, que gera até 185cv de potência com etanol e torque de 27,5 mkgf? Calibrações e ajustes a grandel feitos pela divisão esportiva da Fiat brasileira. O motor todo de alumínio, leva nessa versão uma corrente de distribuição que dispensa manutenção – e não a tradicional correia. Assim, funciona suavemente tanto em baixa quanto alta rotação. A menos que você acione no volante o vistoso dispositivo vermelho chamado Veneno (o símbolo da marca Abarth é um escorpião). O carro se transforma: as RPMs sobem, o som do motor aumenta e até as reduções das marchas ficam bem mais perceptíveis, deixando o modelo ‘pronto’ para retomadas e acelerações. Enfim: a condução fica muito mais prazerosa, divertida, estimulante. Vale lembrar: o câmbio é um automático CVT com sete marchas. No modo Veneno, segundo a Fiat, outro sistema é acionado: o de vetorização de torque para controle de estabilidade, que aplica levemente o freio nas curvas para que o contorno aconteça de forma mais linear, dando mais segurança para o motorista acelerar mais.

As suspensões dianteira e traseira têm molas e amortecedores mais firmes. A dianteira ganhou geometria diferente e barra estabilizadora de diâmetro maior. Também foram adotadas mudanças nos eixos: o da traseira ganhou 15% a mais de rigidez à torção, reduzindo a rolagem da carroceria em 10%, embora a altura (18,8cm) do solo tenha sido mantida (mas com rebaixamento da suspensão em 10 mm). Os freios, claro, também foram redimensionados, garantindo sossego e segurança. Sem falar que o câmbio já estimula o uso do freio-motor. Bem, esses detalhes técnicos nem se explicam; se sentem.

Consumo – Vale reforçar que o consumo de um veículo está vinculado a vários fatores – como a empolgação do motorista e até as condições climáticas. Ainda mais num modelo bem mais arrojado do que os irmãos caçulas. Segundo dados do Inmetro, o Pulse Abarth gasta em torno dos 10 km/l com gasolina e 6,8 km/l com etanol na cidade e 12,3 km/l com gasolina e 8,8 km/l com etanol na estrada.

Vida a bordo – O interior do Pulse tem uma forração preta, com um friso vermelho percorrendo o painel de ponta a ponta (o vermelho também está presente na costura aparente dos bancos de couro, que não são couro). No mais, é semelhante ao das demais versões, como o quadro de instrumentos digital de 7’’ e um sistema multimídia com tela de 10’’ e até carregador de celular é por indução. Não espere mudanças na estrutura: o entre-eixos, por exemplo, é 2,53m. Paralelamente, garante a mesma e boa posição de dirigir, já que o modelo oferta regulagem de altura do banco e coluna de direção regulável em altura e distância.

Segurança – Outro fator relevante, e que deveria pesar muito para o comprador – independentemente da ‘idade dele’ para um esportivo -, é o pacote de segurança, principalmente o de direção semiautônoma. Tem farol alto automático, frenagem automática de emergência e alerta de saída de faixa. São quatro airbags: os dois frontais obrigatórios por lei e dois laterais, também dianteiros.

O pacote de conveniência também é na medida do tom do preço: partida sem chave, câmera de ré, freio de estacionamento eletrônico etc. Preço? R$ 150 mil. Se quiser, você pode incluir ainda alguns acessórios Mopar (emblema Abarth, claro), como adesivo de capô, protetor de soleira em vinil, tapetes bordados e por aí vai.

Velocidade: quem é o campeão dos excessos? – A Cobli, empresa especializada em gestão de frota, analisou dados de sua plataforma relacionados à gravidade dos excessos de velocidade por veículos (com duração de mais de 60 segundos) no Brasil, durante os meses de janeiro a abril de 2023. O levantamento identificou 100 mil comportamentos de excesso de velocidade por dia. Do total, 43% foram gravíssimos, com pessoas dirigindo 51% acima do limite permitido pela via ou pela política da empresa.

E o estudo elenca proporcionalmente os dez estados com maior incidência de excessos de velocidade e também suas capitais. Em primeiro lugar, aparece o Tocantins, seguido de Mato Grosso, Bahia, Rondônia, Roraima, Maranhão, Goiás, Rio Grande do Sul, Ceará e Pará. Os estados de Roraima (32%) e Rio Grande do Sul (33%) foram os que menos tiveram comportamentos de velocidade gravíssimos identificados. Eles estão bastante abaixo dos resultados nacionais nesse comportamento (43%). Roraima também se destacou pelo maior percentual de excessos de velocidade médios (9%) entre todos os estados. Mato Grosso (49%) não só foi o estado do Brasil que, percentualmente, mais cometeu excessos de velocidade gravíssimos, mas também foi o único que teve mais gravíssimos do que graves e médios.

Capitais – Nas capitais dos dez estados do ranking, o percentual de excessos de velocidade gravíssimos foi sempre menor do que o observado no resultado do Brasil, exceto por Porto Velho (47%) e Cuiabá (47%). Em Salvador, o percentual de excessos de velocidade gravíssimos foi de 14%, muito distante dos 43% nacional. Já os eventos graves tiveram 77% do total. Segundo o Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf), o excesso de velocidade é a principal causa de acidentes com mortes no trânsito.

Efeitos do ‘carro popular’ – A iniciativa do governo federal em abdicar de impostos para baratear os preços dos veículos ‘populares’ virou marketing para algumas montadoras. A Caoa Chery, por exemplo, foi a mais esperta até agora. Criou, por exemplo, uma nova configuração para o Tiggo 5x, chamada Sport – que custa R$ 119.990, limite das regras do programa de Lula e Geraldo Alckmin de R$ 120 mil. Sem exageros: a versão teve o preço reduzido em R$ 30 mil em comparação à Pro, topo de linha. Ele só vai perder itens de conforto, como ar-condicionado digital automático de duas zonas, câmera 360°, faróis de LED e teto solar panorâmico com abertura elétrica. Ah, do conjunto de motor – o 1.5 turbo de 150 cv e 21,4 kgfm de torque e transmissão CVT com 9 marchas – não terá o sistema híbrido-leve que equipa o 5x Pro Hybrid. O consumo não é o forte: o Inmetro estabelece que ele faz 6,9 km/litro na cidade e 8,1 km/litro na estrada, com etanol, e 9,9 km/litro e 11,5 km/litro, com gasolina.

Comprar ou consertar? – A consultoria automotiva Jato Dynamics estima que o valor médio de veículos leves e novos no Brasil no fechamento de 2022 foi de R$ 130 mil. Por isso, parte da população optou por manter seus carros ao invés de investir em novas aquisições ou trocas. Tal movimentação foi identificada também pelo GetNinjas, aplicativo para contratação de serviços, que registrou um aumento médio de 37% nos pedidos por serviços de reparos automotivos em abril de 2023 na comparação ao mesmo mês do ano anterior. Houve crescimentos de 55% nos serviços de vidraçaria automotiva, 44% nos de borracheiro e 12% nos de martelinho de ouro. Lucas Arruda, CFO do GetNinjas, diz que os preços altos e o cenário para financiamento pouco favorável fazem com que as pessoas optem por uma manutenção mais apurada dos seus veículos atuais do que investir em aquisições que comprometam sua renda a médio prazo. “Conservação e reparos são a opção mais econômica e que oferece uma maior sensação de segurança financeira.”, completa Arruda.

Novos BMW X5 e X6 – A marca alemã BMW acaba de anunciar a chegada dos SUVs X5 e X6, que foram apresentados na Europa no comecinho de fevereiro. Eles ganharam atualizações visuais, tecnológicas e, claro, preços no capricho: o primeiro custa R$ 689.950; o segundo, R$ 744.950. Ambos passaram por estilizações na dianteira, com novos faróis (35mm mais finos) e luz diurna bem interessante: em LED e em formato de seta, ela faz o papel de indicador de direção. Internamente, a sofisticação de sempre e o BMW Curved Display, com uma tela de 12,3’’ atrás do volante e central multimídia de 14,9’’.

No caso do X5, a motorização híbrida plug-in mudou: o motor a gasolina gera 313cv e, junto ao elétrico de 197cv, faz o modelo render 489cv. O torque combinado é de 71,3 kgfm. O câmbio é automático de 8 marchas. A versão xDrive50e faz de 0 a 100km/h em impressionantes 4,8 segundos. O novo X6 também chega com nova motorização, que ganhou inovações no processo de combustão, troca de gases, controle de válvulas, sistema de injeção e ignição. Com isso, o seis cilindros em linha ganhou 47cv de potência em relação ao modelo anterior, totalizando 381cv e 52,0kgfm de torque. A versão X6 M Competition mantém o V8 bi-turbo, sendo duas turbinas que geram 625cv de potência.

Carro de realities: haja influência! – Os brasileiros também se acham ricos ou sortudos? Afinal, os automóveis sorteados ou conquistados por participantes de realities shows são bastante cobiçados pelo consumidor. A OLX, plataforma de compra e venda online de veículos, fez um levantamento sobre o desempenho de anúncios, procura e venda desses carros no primeiro trimestre do ano, comparado com o mesmo período de 2022. Resultado: a OLX observou que houve aumento nos índices de procura, quantidade de anúncios e vendas por meio da plataforma de alguns dos modelos, como o Cronos e Mobi, ambos da Fiat; a Tracker, da Chevrolet; e a Renegade, da Jeep. Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro são os estados que lideram a procura e venda desses veículos. O ranking conta ainda com o Distrito Federal, Pernambuco, Santa Catarina e o Paraná. Em relação ao preço médio desses veículos na plataforma, a Tracker possui o maior índice de economia média ao ser comprado um modelo usado: 12,73%, saindo pelo valor médio de R$ 138 mil. Entre os carros sorteados nas edições de realities dos últimos 10 anos, as picapes lideram as duas primeiras posições do ranking nacional, com a Strada, da Fiat, em primeiro lugar, e a S10, da Chevrolet, em segundo.

Fugir do guarda pode dar cadeia – Quem desobedecer a uma ordem de parada dada por agente de trânsito e fugir da abordagem pode pegar de seis meses a dois anos de cadeia, segundo projeto aprovado pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. Agora, o PL vai ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois vai ao plenário. “Vamos preservar, assim, a integridade física dos agentes públicos encarregados da fiscalização de trânsito. E a sanção criminal revoga a sanção administrativa, uma vez que se trata de instâncias distintas e independentes”, afirmou o autor da proposta, deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM).

O projeto altera o Código de Trânsito Brasileiro, que hoje caracteriza o ato como infração grave, (multa e cinco pontos na carteira de habilitação). Para o relator, deputado Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP), a iniciativa é importante para proteger vidas. “A previsão de crime punível com detenção certamente contribuirá para inibir esse tipo de conduta, que geralmente coloca em risco a vida dos agentes de trânsito e a de outros usuários da via, além da do próprio condutor e da dos passageiros do veículo”, destacou o parlamentar.

Sustentabilidade: o papel dos elétricos –  Relatório recente da Organização das Nações Unidas (ONU) apontou que o aquecimento global é mais alarmante do que se imaginava. Reflexo disso são eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes. Diante da urgência de medidas para a descarbonização do planeta, diversos países estão estabelecendo ações de contenção, como uma data limite para o comércio de veículos à combustão já nas próximas décadas.

Entre os grandes mercados de automóveis, o Brasil se destaca pela baixa emissão de gás carbônico (CO2) pelo setor de transporte, que tem o etanol como alternativa à gasolina. O combustível vegetal representa hoje aproximadamente 30% da escolha do consumidor no abastecimento de veículos flex no país.

“Apesar da notabilidade do papel do etanol, o Brasil não pode deixar de buscar alternativas mais eficientes, como o carro elétrico, o único que não emite gás carbônico ou poluentes por onde roda. Por isso, nem escapamento tem”, observa Elbi Kremer, diretor de Engenharia e Planejamento de Produto da GM América do Sul.

Para especialistas, a melhor maneira de calcular a emissão de CO2 de um automóvel na atmosfera é somando o que ele emite durante o seu uso mais o impacto que a produção do seu combustível provoca no meio ambiente. É a famosa equação do poço à roda, cujo parâmetros variam de mercado para mercado, de acordo com a matriz energética.

Por isso. a emissão de um veículo elétrico num país no qual a matriz energética está baseada na queima de carvão mineral ou de outros combustíveis fósseis vai ser bem diferente da emissão de um EV utilizado no Brasil, que tem hoje 86% de energia elétrica vinda de fonte renovável, hidrelétricas, parques solares e eólicos.

Encomendada pelo Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), a metodologia de cálculo do poço à roda no Brasil foi desenvolvida por técnicos da indústria, governo, fornecedores e acadêmicos. Ela considera a intensidade de carbono da matriz energética nacional e os cálculos de eficiência energética dos veículos do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro.

Neste contexto, nota-se uma gradualidade entre modelos de mesma categoria, sendo um EV, em média, 50% mais sustentável que um híbrido flex abastecido somente com etanol e quase dez vezes mais sustentável que um carro tradicional movido apenas a gasolina.

A fórmula para cálculo da equação do poço à roda com dados da matriz energética brasileira está no site da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva(AEA), enquanto informações de eficiência energética dos veículos disponíveis no país são publicados pelo Inmetro.

“Pela perspectiva da convergência global e potencial futuro de exportação da indústria nacional é indiscutível que o EV é a melhor solução”, complementa Kremer. De acordo com o executivo, o etanol ainda pode ser aproveitado lá na frente de forma estratégica para a produção de hidrogênio verde, por exemplo.

É consenso que não existe apenas uma solução à questão da descarbonização. A América do Sul, por exemplo, tem potencial para se transformar em polo de produção e exportação de tecnologias e de veículos elétricos. A começar pelas grandes reservas de matérias-primas, essenciais para a produção de baterias.

Outro fator estratégico é o talento da engenharia local, referência global no desenvolvimento de veículos de sucesso. A região conta ainda com um amplo parque industrial e um grande mercado consumidor em potencial. Para aproveitar esta janela de oportunidade mundial, o país precisa estabelecer regras claras e políticas públicas de fomento que permitam a adoção em massa dos EVs e, consequentemente, a sua industrialização.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Carro ‘popular’: quem ganha com ele?

Não estranhem ver aqui um apaixonado por carros ‘falando mal’ deles. É que esse arranjo do governo federal para incentivar a volta do “carro popular” tem vários poréns e porquês. Como se sabe, as medidas anunciadas na quinta-feira preveem desconto de até 11% sobre os preços modelos de até R$ 120 mil: quanto menor o valor do modelo, maior o desconto.

Para tanto, o governo abre mão de impostos. Bem, entra governo, sai governo e o setor automotivo sempre é incentivado, beneficiado, bajulado. O ex-presidente Itamar Franco, por exemplo, entrou no lobby da Volkswagen e em 1994 relançou o Fusca por US$ 6,8 mil (exatos R$ 6,8 mil). Já era um modelo relativamente caro – e ruim – para os padrões da época: o motor 1600 a álcool gerava ‘incríveis’ 58,7 cavalos, não tinha airbag, ABS etc. Hoje, custaria um pouco mais de R$ 80 mil.

Ônibus e trens – Pois bem, e se o governo reduzisse impostos e investisse em ônibus e trens urbanos? É o que pedem várias organizações e instituições que estudam o tema mobilidade no Brasil. A coalizão Mobilidade Triplo Zero, nova rede de movimentos sociais que luta para que esse tema seja uma forma de garantir mais democracia e dar voz à sociedade civil, divulgou uma dura nota sobre a intenção de o governo federal lançar um plano de incentivo à retomada do setor automotivo.

Elas são claras: a ideia do ‘carro popular’ é um retrocesso para o cenário atual ainda mais grave do que foi a ação semelhante realizada após a crise de 2008.  Afinal, hoje, reforçam, a sociedade se vê obrigada a defender as causas climáticas com ações eficientes de curto, médio e longo prazo. E lançar um pacote de ações para socorrer a indústria automobilística será um retrocesso sob a ótica da mobilidade urbana sustentável, quando o país perderá a chance de, finalmente, ser protagonista com a narrativa da proteção climática.

Discurso verde – Os autores dizem ainda que é fundamental considerar a contradição de ter um discurso amplo internacionalmente sobre o clima, enquanto as políticas internas caminham numa direção completamente díspar, com um pacote estimulante ao transporte individual, que prevê a ampliação das linhas de crédito e reduções tributárias para os fabricantes.

Todos sabemos: o automóvel é o maior poluidor das nossas cidades. Então, que o foco do governo, se realmente busca um futuro equitativo e verde, deve ser no transporte público, na mobilidade a pé e por meio da bicicleta. Precisamos, dizem os autores, de um sistema de transporte com triplo zero: zero emissões, zero mortes e zero tarifa.

A Coalizão Mobilidade Triplo Zero é formada por instituições como a Fundação Rosa Luxemburgo, Idec, Observatório da Mobilidade de Salvador, Observatório dos Trens do Rio de Janeiro, Movimento Passe Livre etc.

E o vendedor de usados? – Se abriu para um, abre para outro? Depois de o governo federal favorecer com subsídios e desonerações a indústria de carros, os revendedores de veículos seminovos e usados no país também querem “um olhar” do governo federal para eles. A Fenauto, a federação desses revendedores, divulgou comunicado em que diz serem bem-vindas todas as medidas e decisões que venham a movimentar o mercado de veículos no país, favorecendo, direta ou indiretamente, o ambiente.

Mas pede que “alguns movimentos” do governo federal favoreçam, também, o mercado de seminovos e usados, já que se deve vislumbrar a cadeia automotiva como um todo. “A questão não é apenas auxiliar a indústria (que hoje apresenta uma capacidade ociosa de produção)”, reforçam. “Mas as concessionárias e o consumidor final”, dizem os associados.

A Fenauto diz “saber” que é natural que os veículos zero 0Km dessas categorias (de R$ 120 mil), em um primeiro instante, venham a concorrer de forma mais acirrada com os seminovos e usados. Mas a entidade entende que as montadoras e a indústria nacional (que, reforçam, ainda se encontra bem defasada em relação a de outros países), necessitam sim de incentivos, mas que não devem ser as únicas beneficiadas.

Por isso, os revendedores querem que a cadeia que compõe o setor automotivo brasileiro (autopeças, seminovos e usados, mecânicas, implementos, acessórios etc.) também precisa e merece ser desonerada.

Mobilidade elétrica – E por falar no assunto, vale lembrar que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um projeto de lei, de autoria da senadora Leila Barros (PDT/DF), que cria uma política de incentivo tributário à pesquisa de desenvolvimento da mobilidade elétrica no Brasil. E ele exige o seguinte: as empresas automobilísticas beneficiadas por renúncias fiscais deverão aplicar 1,5% da redução de impostos em pesquisas sobre o desenvolvimento de pesquisas sobre o tema.

Ônibus elétricos – Estamos, finalmente, voltando à era dos trólebus? Esta semana, a VW Caminhões e Ônibus anunciou que começou a testar no Brasil seu primeiro protótipo de ônibus elétrico. Ele circula, por enquanto, no campo de provas de Resende, no interior do Rio, e também por vias de cidades da região. Com piso alto ou baixo, ele possui 350 km de autonomia. Vários municípios já usam esse tipo de veículo nas ruas, de várias marcas e capacidades distintas. Mas estamos bem longe do que fazem o Chile e a Colômbia.

Seminovos – preços variam até 34% – A startup do setor automotivo Mobiauto acaba de realizar uma pesquisa em sua base de dados que apura as cotações regionais de alguns dos principais campeões de vendas do mercado nacional. O levantamento verificou os preços de Fiat Strada, Renault Kwid e VW Gol, sempre ano-modelo 2022, em diversos estados do país no primeiro quadrimestre de 2022 e repetiu a pesquisa neste ano. Veja como ficou a variação no Brasil.

MarcaModelo
Ano
Jan/Abr 2022Jan/Abr 2023Variação
RenaultKwid2022R$ 60.368,67R$ 58.072,78-3,80%
FiatStrada2022R$ 107.869,01R$ 100.303,52-7,01%
VWGol2022R$ 73.248,13R$ 63.296,79-13,59%

Inúmeras conclusões podem ser tiradas desse levantamento. “Além de você apurar qual foi a desvalorização desses três veículos neste último ano, mostrando regionalmente quais foram os melhores negócios, a pesquisa feita por nossa equipe fornece um mapa precioso para lojistas e revendedores”, explica Sant Clair Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto.

Ele exemplifica. “A diferença de preços da mesma Fiat Strada 2022 no Distrito Federal e em Santa Catarina é de 34%. Isso é um terço do valor do carro! Ora, o que eu faço se sou um revendedor catarinense? Vou rechear meu estoque com unidades compradas em Brasília. O lucro será enorme”, sugere.

Renault Kwid

EstadoJan/Abr 2022Jan/Abr 2023Variação
AMR$ 58.516,67R$ 52.700,00-9,94%
BAR$ 58.611,67R$ 54.540,00-6,95%
CER$ 60.518,00R$ 54.948,00-9,20%
RJR$ 58.939,28R$ 55.340,37-6,11%
ROR$ 62.704,29R$ 55.474,62-11,53%
MTR$ 56.978,18R$ 55.720,22-2,21%
PER$ 59.852,95R$ 56.201,51-6,10%
PAR$ 60.443,85R$ 56.265,25-6,91%
PBR$ 60.112,50R$ 56.422,50-6,14%
MGR$ 59.154,50R$ 56.520,06-4,45%
MSR$ 59.596,67R$ 56.745,65-4,78%
GOR$ 59.538,56R$ 57.164,77-3,99%
DFR$ 59.744,08R$ 57.540,29-3,69%
PRR$ 62.355,66R$ 57.823,68-7,27%
SPR$ 60.325,93R$ 58.740,86-2,63%
SCR$ 61.162,34R$ 59.347,33-2,97%
RSR$ 58.100,00R$ 61.388,895,66%

Em outra proporção, o consumidor final pode se beneficiar dessa variação estadual nos preços. Ao revender seu Renault Kwid, por exemplo, um carioca poderia obter por seu modelo uma cotação cerca de 10% mais alta no Rio Grande do Sul.

Fiat Strada

EstadoJan/Abr 2022Jan/Abr 2023Variação
DFR$ 89.960,00R$ 84.791,88-5,75%
CER$ 98.900,00R$ 86.550,00-12,49%
PRR$ 93.082,50R$ 88.280,41-5,16%
PER$ 101.718,00R$ 93.932,22-7,65%
MGR$ 102.830,16R$ 98.016,09-4,68%
SPR$ 106.409,34R$ 100.228,16-5,81%
MTR$ 112.412,08R$ 100.358,60-10,72%
SCR$ 118.397,50R$ 113.622,50-4,03%

“Os mais de 10 mil revendedores espalhados por todo o Brasil que anunciam na nossa plataforma estão atentos a essas variações. Não é raro assistirmos ao trânsito interestadual na revenda dos carros anunciados na Mobiauto”, destaca o executivo.

Volkswagen Gol

EstadoJan/Abr 2022Jan/Abr 2023Variação
RSR$ 67.110,45R$ 58.837,27-12,33%
MSR$ 64.740,00R$ 59.087,50-8,73%
PER$ 66.960,00R$ 59.578,11-11,02%
GOR$ 69.101,61R$ 60.245,66-12,82%
MGR$ 66.625,62R$ 60.262,54-9,55%
RNR$ 64.918,57R$ 60.475,16-6,85%
BAR$ 65.365,00R$ 60.488,90-7,46%
PBR$ 65.740,00R$ 60.706,00-7,66%
PRR$ 65.607,14R$ 61.606,43-6,10%
AMR$ 64.672,50R$ 61.700,31-4,60%
SCR$ 65.976,25R$ 62.387,50-5,44%
SPR$ 73.173,67R$ 63.138,32-13,71%
ROR$ 72.695,00R$ 63.392,86-12,80%
MTR$ 71.483,84R$ 63.700,42-10,89%
DFR$ 69.623,54R$ 63.785,00-8,39%
MAR$ 63.980,91R$ 63.968,33-0,02%

Por ser um país muito grande, com diferenças significativas de poder aquisitivo e hábitos de consumo, além do resultado direto da ação comercial das concessionárias regionais de cada marca, o Brasil é um celeiro de oportunidades para realização de bons negócios no meio do varejo, ainda mais quando uma empresa como o Mobiauto se presta a realizar esse tipo de pesquisa. Dentre as centenas de milhares de anúncios que recebe em sua plataforma mensalmente, vindas de todos os estados, bastou aos pesquisadores apurarem a variação de preços de janeiro a abril de 2022 versus o mesmo período deste ano, com o intuito de verificar a depreciação de cada carro e em cada estado.

Maverick, a primeira picape híbrida – A Ford acaba de apresentar uma caminhonete pioneira, com autonomia de mais de 800 km e consumo combinado de 14,6 km/l. Ela ainda tem desempenho: aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo, é feita em 8,7 segundos. A Maverick chega em apenas uma versão: a de luxo Lariat. E pelo mesmo valor da versão FX4 equipada somente com motor a combustão: R$ 244.890. O sistema de propulsão híbrida é composto por um Atkinson 2.5 a gasolina e um elétrico e gera uma potência combinada de 194cv e permite ao veículo rodar 15,7 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada, com uma autonomia invejável de mais de 800 km. É bem mais econômica até que as picapes e SUVs a diesel, A Ford trará este ano ainda o Mustang Mach-E e van E-Transit.

Jeep Avenger será mineiro – O site Autos Segredos relevou que  Stellantis já está tocando o processo de nacionalização do Jeep Avenger, ao começa a fazer cotações com fornecedores. Segundo o jornalista Marlos Ney Vidal, o SUV será o primeiro Jeep fabricado em Betim (MG).  O modelo, uma espécie de miniRenegade, foi apresentado na Europa em setembro do ano passado. A base é francesa, mas as linhas mantêm a origem americana.

Sete erros que ferram o motor do carro – Preencher o sistema de arrefecimento apenas com água, utilizar o óleo errado e não trocar o filtro de ar estão entre os principais equívocos. Por isso não esqueça: o motor do carro, responsável por transformar a energia da queima do combustível em movimento, precisa ser bem cuidado. A Motul, multinacional especializada em lubrificantes, preparou uma lista com os 7 erros que não devem ser cometidos no carro para manter o seu bom funcionamento. Confira abaixo:

1. Abastecer o sistema de arrefecimento apenas com água

O sistema de arrefecimento regula a temperatura para que esteja sempre no valor ideal. Um dos erros mais comuns é utilizar água para fazer a manutenção do sistema. “Usar apenas água pode causar aumento da tendência à corrosão e formação de depósitos no sistema de circulação. Esses depósitos vão obstruir a passagem do fluído de arrefecimento, aumentando a temperatura de trabalho do motor. Com o tempo, isso levará a um desgaste nas peças e causará vazamentos que podem danificar totalmente o motor”, explica Danilo Silva, engenheiro de Aplicação da Motul Brasil.

2. Usar o óleo errado no motor do carro

Na hora de escolher o óleo para o motor do carro, é preciso levar em consideração a viscosidade, a norma da montadora e sua base (mineral, semissintético ou sintética). Um lubrificante fora da especificação recomendada pode não proporcionar a espessura de filme de óleo projetada para aquele motor e não atender os requisitos de desempenho impostos pela montadora. A espessura e especificações incorretas podem comprometer a eficiência do motor, aumentar o consumo de combustível e danificar os componentes internos.

3. Não trocar o filtro de ar do motor do carro

“O filtro garante que o ar que chega ao motor esteja livre de impurezas para a queima do combustível. Quando não fazemos a manutenção correta, o ar levado até o motor pode conter partículas que poderão potencializar o desgaste, danificar outras peças e interferir na combustão, gerando maior gasto de combustível”, diz Silva. Consumo de combustível mais alto e falta de força do motor podem indicar que está na hora de substituir o filtro de ar do motor. A vida útil de um filtro, considerando uma condição de uso normal urbano, é de 10 mil quilômetros ou um ano de uso.

4. Ignorar as velas de ignição

Nos motores de ciclo Otto, as velas de ignição são responsáveis por gerar a centelha que inicia a combustão da mistura de ar e combustível, cuja energia da expansão é transformada para movimentar o veículo. Com o tempo, o desgaste das velas causa dificuldade na hora de dar partida no veículo, perda da performance, e possivelmente, aumento do consumo de combustível – pode também ser responsável por danificar a bobina de ignição, gerando um prejuízo ainda maior. O ideal é verificar as velas e o cabo de ignição de acordo com o plano de manutenção do manual do proprietário do veículo.

5. Misturar marcas e especificações de fluidos

Misturar lubrificantes e fluidos de diferentes marcas e especificações pode causar perda de desempenho, desgaste e danos para as peças, até quebrar o motor do carro. “Para evitar o uso indevido de um produto, o manual do fabricante precisa ser o seu livro de cabeceira. Assim, você não cairá no erro de optar pelo produto mais barato da prateleira acreditando que ele atenderá as especificações da montadora”, aconselha Silva.

6. Maus hábitos de direção

Além de problemas relacionados à manutenção do automóvel, alguns erros de direção praticados pelo motorista podem estragar o motor, como trocar a marcha na hora errada, manter o pé apoiado sobre o pedal de embreagem, assim como a mão apoiada sobre a alavanca do câmbio, e acelerar agressivamente logo depois de dar a partida ou com o motor ainda frio.

7. Não seguir o plano de manutenção

Cada componente do veículo tem uma vida útil que varia conforme as condições de uso. Quando esse tempo se esgota, está na hora de realizar a manutenção. “Fique atento às recomendações sobre os intervalos de troca e manutenção. Assim, você evitará que o veículo se sobrecarregue, causando danos nas peças, o que acarretará um gasto ainda maior”, indica o engenheiro da Motul.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Picapes: a salvação da lavoura automobilística

O mercado automobilístico sofre com a baixa demanda em razão crédito caro (um dos mais altos do mundo). Mesmo com altos preços, talvez o pacotão de promoções no último bimestre o tenha feito sobreviver incólume ao quadrimestre. Mas tem tanta promoção que há até Renegade com assistências semiautônomas de condução por R $125 mil.  Independentemente dessa entressafra de vendas, há uma safra de picapes vindo por aí.

A Ram, da Stellantis, vai lançar uma caminhonete inédita, que será o veículo de menor porte da marca e o primeiro a ser fabricado no Brasil. A Fiat confirmou sua picape média, a Titano, que vem no segundo semestre para Chevrolet S10, Nissan Frontier, Toyota Hilux etc. Com a chegada da F 150, a Ram também trouxe a versão 1500 Limited, a mais luxuosa da linha.

Nova picape Fiat Titano – O modelo foi projetado para um Peugeot. Mas aí a Fiat, também do grupo Stellantis, decidiu ‘tomá-lo e já começou a divulgá-lo. E chega ainda este ano para ficar acima da Strada e da Toro, concorrendo com as médias Chevrolet S10, Nissan Frontier, Toyota Hilux etc. O nome, segundo a montadora, foi inspirado na entidade da mitologia grega que “enfrenta Zeus e os demais deuses do Olimpo em sua ascensão ao poder”. Além de fazer uma alusão ao metal titânio, o resistente usado pela indústria de alta tecnologia. Em fotos reveladas à imprensa especializada, a Titano não aparece por completo, mas dá para se notar bem a grade frontal com o logotipo Fiat e o emblema Fiat Flag, que representa o movimento de reposicionamento da marca. Mesmo sendo inédita, a picape é baseada na Peugeot Landtrek, produzida no Uruguai e vendida em alguns países da América Latina.

Ram Rampage? – O nome não está cravado, mas o Polo Jeep de Goiana, em Pernambuco, trará uma picape média nacional – dividindo elementos com Jeep Compass, Jeep Commander e Fiat Toro. A planta da Stellanis e mais 18 fornecedores instalados dentro do perímetro são responsáveis por mais de 14 mil empregos. Essa Ram (que também estão chamando como F1200) será o modelo de entrada dessa linha.

Strada turbinada – A Stellanis tem um motor 1.0 turbo, um três cilindros que é usado no Pulso, no Fastback e até no Peugeot 208. Parece óbvio que viesse a tê-lo, não? Esse turbo de 3 cilindros entrega 125/130 cv de potência (gasolina/etanol) e 20,0 kgfm de torque. O câmbio será o automático CVT de 7 marchas. A Fiat Strada é bicampeã nacional de vendas (2021 e 2022) e atualmente lidera as vendas gerais no país.

Nova Ram 1500 Limited – A Ram trouxe a versão 1500 Limited, a mais luxuosa da linha 1500, importada dos Estados Unidos – e bem equipada. Os preços começam em R$ 530 mil.  Ele é mais caro que a Ram 2500 e tem o mesmo preço da 3500 Limited. O foco dele é o luxo e a tecnologia: por exemplo, é a única no Brasil com suspensão ativa a ar, rodas de aro 22” e bancos traseiros reclináveis. E tem quadro de instrumentos 100% digital de 12 polegadas e a plataforma de conectividade Ram Connect. O motor é V8 5.7 a gasolina, com 400cv e 56,7kgfm, com o câmbio automático de 8 marchas e sistema de tração 4×4 com reduzida. Lançada oficialmente na noite desta quinta-feira, ela teve 540 unidades vendidas em poucas horas.

Mercedes-AMG G 63 já no Brasil – A Mercedes-Benz acaba de apresentar a versão 2023 de um de seus veículos mais icônicos: o Mercedes-AMG G 63. Desde sua criação, na década de 1970, o modelo entrega uma condução off-road bem superior e chega à marca de 500 mil unidades. Ele tem off-road de alto desempenho por várias razões: motor V8 biturbo, tração nas quatro rodas, três bloqueios de diferencial, transmissão automática de 9 velocidades, suspensão dianteira independente com duplo braço triangular e amortecimento adaptável. O novo Mercedes-AMG G 63 com ano/modelo 2023 desembarca nas concessionários de todo o país durante o mês de maio ao preço público sugerido de R$ 1.870 mil.

E que tal guiar um Porsche por R$ 190? – Se preparando para a temporada de inverno em Gramado, no Rio Grande do Sul, quando a cidade recebe alguns milhões de turistas? E tem o sonho de realizar testes em automóveis esportivos? Lá tem promoção bastante atraente: o turista pilota um Porsche Boxster por apenas R$ 189. O modelo pertence ao acervo da Supercarros desde 2018 e a locação tradicional do modelo sai por R$ 440. A locação do Boxster com esse preço promocional vale para quem pilotar o carro (sem acompanhante), até mesmo porque o modelo só possui dois lugares e sempre os passeios são acompanhados com um funcionário da empresa. O Porsche Boxster gasta menos de 5 segundos para chegar a 100 km/h e passa de 270 km/h de máxima. Seu desempenho vem de um refinado motor boxer de apenas 2 litros e 4 cilindros. Com turbo e injeção direta, atinge 300 cv de potência. Mais informações: @supercarros

Bronco Sport 2023 chega por R$ 272,8 mil – A marca norte-americana Ford acaba de anunciar uma pequena novidade no Bronco Sport 2023: mais opções de cores. De qualquer forma, o modelo tem bancos parcialmente de couro com um desnecessário aquecimento e um bom pacote de segurança: 9 airbags, piloto automático adaptativo com Stop & Go, assistente autônomo de frenagem com detecção de pedestre e faróis de LED com luz alta automática.

Argo: 400 mil vendas – O hatch da Fiat nasceu há 6 anos e veio para substituir de uma só vez Palio e Punto. Hoje, tem portfólio de quatro versões: Argo 1.0 MT, Argo Drive 1.0 MT, Argo Trekking 1.3 MT, Argo Drive 1.3 AT e Argo Trekking 1.3 AT, com motor aspirado de no máximo 107cv de potência e 13,7kgfm de torque. O câmbio pode ser manual de 5 marchas ou automático do tipo CVT com 7 marchas simuladas. Os preços variam entre R$ 79.790 e R$ 97.990.

Mais uma novidade da Harley-Davidson – A marca norte-americana acaba de apresentar outra fera: a Sportster S, com um visual clássico de suas estradeiras e um motor supermoderno. Preços? De R$ 126 mil a R$ 128,8 mil, dependendo da cor escolhida. O design da Sportster S se destaca pela mistura de elementos e linhas da Fat Bob e da XR 750. O motor é Revolution Max, bicilíndrico em V de 1.252 cm³ – mas com adaptações exclusivas, como válvulas menores nos cabeçotes para acelerar o fluxo de ar e câmaras de combustão menores. Esse propulsor entrega 121cv de potência e 13kgfm de torque. O câmbio tem 6 velocidades e a transmissão final é feita por correia. A velocidade máxima declarada é de 220 km/h. São 5 modos de condução selecionáveis (dois customizáveis, Road, Sport e Rain), controle de tração, controle de empinada, sensor inercial de 6 eixos e ABS atuante em curvas. Também são de série o controle de cruzeiro e o sistema de monitoramento da pressão dos pneus, entre outros. O freio, claro, é Brembo.

Suzuki GSX-S 1000 – Já a Suzuki brasileira pôs à venda a GSX-S 1000, por sinal bem renovada. A esportiva sem carenagens tem preço a partir dos R$ 79.600. Ela tem motor de quatro cilindros em linha com 999 cm3 de capacidade e arrefecimento a líquido. Ele entrega 150cv de potência e 10,8kgfm de torque. O câmbio é mecânico de 6 velocidades.

BMW: líder das mais buscadas – A Webmotors fez um levantamento com as dez motos de alta cilindrada – modelos acima de 700 cc – mais procuradas pelos brasileiros na plataforma durante o primeiro trimestre de 2023. O pódio do ranking é dominado por modelos da marca BMW: S 1000 RR, em primeiro lugar, seguida por F 800 GS e R 1200 GS, na segunda e terceira posições, nesta ordem. Na lista, também aparecem a Honda NC 750X abs, na quarta colocação, e a Honda CBR 1000RR, em quinto.

Usados: preços mantêm queda – Os valores dos veículos leves mantiveram a tendência de queda em abril, de acordo com o Monitor de Variação de Preços da Kelley Blue Book (KBB) Brasil. O estudo aponta que todas as faixas de ano/modelo apresentaram alguma desvalorização nos preços médios no quarto mês de 2023. Esse resultado vai na contramão do desempenho da indústria em abril. No último mês, a produção de veículos sofreu uma queda de 19,4% na comparação com o volume de março. Segundo a Anfavea, em abril foram produzidas cerca de 178,9 mil unidades, 3,9% menos que em abril de 2022, quando a crise dos semicondutores estava em seu momento mais crítico. Isso pode ser explicado pelo recorde de paralisações de fábricas no Brasil. Das 13 interrupções na produção registradas em 2023, nove ocorreram em abril. O balanço da Anfavea também apontou queda de 19,2% nos emplacamentos em abril, em parte justificada pelos cinco dias úteis a menos em relação a março devido aos feriados da Sexta-Feira Santa e Tiradentes. Ainda assim, os 160,7 mil veículos comercializados representaram uma alta de 9,2% em comparação com abril de 2022. Ainda segundo a KBB Brasil, os veículos novos seguiram com uma discreta queda de preços em abril, mantendo a média mensal de 0,37% de variação.

Carro por assinatura – Por Alan LewkowiczAdministrador de empresas pela ESPM e trabalha há mais de 17 anos no mercado automotivo.

Atrás apenas de países populosos como Índia e China, o Brasil ocupa um lugar num pódio onde não deveria estar. O país registra em média 33 mil óbitos por ano – terceiro lugar no ranking do trânsito mais fatal do mundo – segundo relatório da Organização Mundial da Saúde, que aponta ainda que as fatalidades motivadas por acidentes de trânsito são a oitava causa de mortes no Brasil.

Por outro lado, a frota de automóveis que circula pelas ruas do Brasil envelheceu pelo nono ano consecutivo, e sua idade média retrocedeu quase três décadas, ficando próxima aos níveis de 1994. A queda do mercado já vinha ocorrendo e foi acentuada pela pandemia. A média de idade dos automóveis é, hoje, de dez anos e nove meses, segundo o mais recente estudo sobre a frota circulante no país, realizado anualmente pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

Em 1994, a frota era apenas um mês mais jovem. Assim, o carro por assinatura surge como uma alternativa para renovação da frota brasileira, a custos mais compatíveis do que a aquisição de um carro novo por financiamento. Se levarmos em consideração que uma frota envelhecida gera mais poluição, acidentes por falta de manutenção; e congestionamentos por problemas nos trajetos, vemos no carro por assinatura uma contribuição relevante para a renovação da frota em circulação, com custos mais acessíveis. A modalidade ajuda mais pessoas a terem um carro novo todo mês, o que contribui com a segurança no trânsito.

Essa modalidade contribui com o objetivo de desacelerar a estatística da OMS, que definiu o período de 2021 a 2030 como a “Segunda Década de Ações para a Segurança no Trânsito” como parte de um esforço global, que tem como meta reduzir em até 50% o total de mortes derivadas de acidentes de trânsito.

No Brasil, a campanha “Maio Amarelo” – a cor faz alusão a sinalização de trânsito que indica atenção – completa dez anos, e tenta conscientizar o brasileiro para se respeitar as leis de trânsito e de se adotar medidas que possam contribuir para a diminuição de mortes e acidentes. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tem o compromisso de reduzir pela metade o número de mortes até 2028 – uma difícil tarefa que engloba todos os envolvidos no trânsito, que incluem pedestres, motociclistas e motoristas; bem como instituições públicas, privadas e governo que coordenam e monitoram ações que miram conscientizar as pessoas a redobrar a atenção nas vias.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Elétricos: Blazer e Equinox chegam em 2024

A General Motors está investindo globalmente US$ 35 bilhões até 2025 no desenvolvimento de 30 novos veículos elétricos – que, segundo seus dirigentes, é de uma geração ainda mais avançada de elétricos. E como pretende liderar esse movimento de zero emissão na América Latina, acaba de confirmar a chegada ao país de dois SUVs: o Blazer EV e o Equinox EV, ambos em meados do ano que vem. O Blazer EV é um produto global e está em fase final de testes de certificação e homologação. Aliás, a estrutura de engenharia da GM no Campo de Provas e no Centro Tecnológico no Brasil está colaborando nas áreas de eficiência energética e de conectividade para acelerar o desenvolvimento do modelo e a chegada dele ao mercado.

A empresa diz que um dos principais diferenciais competitivos do futuro SUV premium 100% elétrico é a tecnologia Ultium. Ela consiste em uma plataforma modular específica para veículos elétricos, com diferentes combinações de motores e baterias com uma composição química muito mais avançada. Isso garantiria melhor autonomia e maior velocidade de recarga. Com essa plataforma, é possível fabricar desde carros compactos, passando por SUVs e superesportivos até grandes picapes.

O primeiro carro zero emissão da Chevrolet começou a ser comercializado no país em 2019. O Bolt EV é um crossover compacto de 203 cv e capaz de percorrer 459 km, em média, no ciclo WLTP. A estratégia é oferecer ao consumidor até meados da década uma linha diversificada de veículos elétricos que complemente o portfólio de modelos a combustão. Para isso, a marca vem lançando ao menos um EV inédito por ano. No ano passado, iniciou as vendas do novo Bolt. O crossover compacto ganhou importantes evoluções de design e acabamento. Agora em 2023 é a vez do Bolt EUV, que se diferencia pela carroceria tipo SUV e mais espaço interno para a família. Existem ainda outros EVs da Chevrolet em fase de estudo para o mercado local.

Elétricos 1: democracia para aplicativos – A Aliança pela Mobilidade Sustentável, que acaba de completar um ano tentando democratizar a eletrificação de carros no Brasil, quer – já em 2023 – atingir a marca de mil veículos eletrificados na frota da 99 e mil postos de carregamento na cidade de São Paulo. Várias empresas, da 99 à BYD e à Movida, já investiram R$ 35 milhões em ações em prol da mobilidade sustentável. Hoje, já há 485 modelos circulando pela plataforma. Foram mais de 110 mil passageiros impactados, com mais de 75 mil corridas realizadas – e 550 mil quilômetros rodados.

Elétricos 2: recorde de vendas – A venda de carros elétricos e híbridos no Brasil no primeiro quadrimestre de 2023 foi um sucesso, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico. Foram 4.793 unidades emplacadas (só de leves) em abril, numa elevação de 53,5% sobre o mesmo mês do ano passado. Dados da Senatran, que substituiu o Denatran, mostram que houve um crescimento de aproximadamente 500% na frota de elétricos, passando de 24,6 mil em 2019 para 124,4 mil em 2023. Raphael Brito, sócio e proprietário da Solarprime, comenta que a demanda por esse tipo de veículo vai estimular o mercado de carregadores elétricos. Em dezembro de 2022, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, já existiam 3 mil eletropostos, entre públicos e semipúblicos no país.

Elétricos 3: e o bolso? – Usar um carro elétrico pode ser mais vantajoso e econômico. “Isso porque o consumo médio de um veículo elétrico varia de 15 kWh a 25 kWh para cada 100 km. Portanto, percorrer mil km pode custar, por exemplo, entre R$ 105 e R$ 175, considerando uma tarifa média de R$ 0,70/kWh. Dos modelos disponíveis no Brasil, a autonomia varia de 150 km a 530 km com uma carga completa. Considerando o valor médio da gasolina no país, de R$5,51 e uma média de 12 km por litro, seria preciso desembolsar um valor de cerca de R$ 457 para abastecer um carro a combustão”, explica Brito.

Elétricos 4: vem aí o Volvo EX30 – A marca sueca Volvo prometeu revelar o seu novo modelo de crossover, totalmente elétrico, no dia 7 de junho, às 8h30. É um modelo global, que chegará ao Brasil já no ano que vem em função do desempenho em vendas do grupo no país. O modelo será menor (4,10m a 4,30m) do que o também novo EX90 e vem sendo revelado aos poucos: dos faróis com assinatura em LED do tipo martelo de Thor às lanternas verticais. E por falar em Volvo, ela acabar de lançar um site para estabelecimentos (postos, varejões, restaurantes, hosteis, shoppings etc) receberem carregadores rápidos. Basta acessar https://eletropostosvolvocars.com.br. O site também serve para os usuários acharem o eletroposto mais próximo da localização, o nome do estabelecimento e o endereço. A expansão da infraestrutura, aliás, não para: depois do anúncio da primeira fase com 13 eletropostos, agora a marca anuncia mais 15 pontos de carga rápida, todos nas regiões Sul/Sudeste do país.

Mini nº 25 mil – A marca britânica Mini, oficialmente no Brasil desde 2009, chegou às 25 mil unidades vendidas ao longo destes 14 anos. E ela promete festejar a data com uma série especial e limitada desenvolvida exclusivamente para o mercado brasileiro. Aliás, a Mini é conhecida no Brasil por suas edições especiais e limitadas – sendo a primeira delas em 2012, quando foi lançado o luxuoso e esportivo MINI Cooper S Goodwood, até com alguns elementos de um Rolls Royce – marca que também pertence ao BMW Group. Em março de 2021, um marco histórico: foi neste mês que começou, em Oxford, na Inglaterra, a produção do MINI Cooper S E para o Brasil, primeiro modelo 100% elétrico da marca. O hatch de três portas manteve o interessante design, sem perder espaço interno ou do porta-malas, e é equipado com motor capaz de entregar 184cv de potência e 27,0kgfm de torque instantâneo.

Nova Panigale V4S: 215 cavalos e 174 quilos – A terceira versão da Panigale V4S, linha 2023, da Ducati – marca vencedora do campeonato de construtores de MotoGP pelo segundo ano consecutivo –, chega ao Brasil para a festa dos fãs endinheirados. Afinal, as capacidades tecnológicas das pistas de competições chegam às ruas por R$ 163 mil – e mais caras do que muitos carros. Com aperfeiçoamentos de todas as áreas (aerodinâmica, ergonomia, motor, ciclística e eletrônica), ela fica mais rápida em pista e, ao mesmo tempo, mais intuitiva e menos cansativa tanto para o piloto profissional como para os amadores. O motor (o Desmosedici Stradale V4 de 1103 cm³) de refrigeração líquida é capaz de gerar 215,5cv de potência a 13.000 rpm e torque de 12,4 kgfm. A transmissão é de 6 velocidades.

BMW S 1000 RR à venda – A motocicleta mais potente produzida pela BMW na fábrica de Manaus já está nas concessionárias da marca no Brasil. Lançada em março, a BMW S 1000 RR tem visual repaginado, três versões e ainda mais potência. Equipada com motor de quatro cilindros com 210cv de potência e 11,3kgfm de torque, a S1000 RR ficou 3cv mais potente que o modelo anterior. Visualmente, o modelo está mais esportivo. Os difusores de ar na dianteira ajudam na aerodinâmica em altas velocidades e proporcionam mais estabilidade em trechos sinuosos e em circuitos. Disponível em três versões (Premium, Premium M e Premium M Carbon), a nova S 1000 RR vem recheada de equipamentos de série. Os preços começam em R$ 126 mil.

Nova Enfield Scram 411 – A Royal Enfield, focada no mercado de motocicletas de média cilindrada (de 250cc a 750cc), acaba de lançar no Brasil a Scram 411, um modelo multiuso: alia características de uma scrambler acessível para encarar a rotina do dia a dia com algumas pitadas de uma moto aventureira. Ela custa R$ 22.490. O público-alvo da Scram 411 é piloto jovem dos grandes centros por ser divertida para a pilotagem urbana e apresentar um visual mais aventureiro. Mas, também, com modificações na geometria. Mantém ao mesmo tempo características que permitem trafegar por pisos irregulares ou um passeio de final de semana em uma estrada de terra batida.

Preço do seguro volta a subir – A TEx, empresa especializada em soluções online para o mercado segurador, divulgou os números do Índice de Preços do Seguro Automóvel referentes a abril. O índice geral apresentou crescimento, após queda em março, de 7,0%. Com isso, o índice apresenta aumento de 14,8% no acumulado dos últimos 12 meses. Já na comparação com o mês anterior, houve alta de 6,1% em abril. Esse é o maior patamar dos últimos 28 meses, desde que o Índice foi criado pela TEx. Segundo Emir Zanatto, CEO da TEx, essa alta de 6,1% no último mês deve-se, em grande parte, ao recente aumento de casos de roubo e furto de veículos em regiões de grande importância para o mercado, como em São Paulo. “Para se ter ideia, no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado, tivemos 12,7% de crescimento em ocorrências de roubo e furto em São Paulo, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública”.

O executivo ainda destaca que o aumento do IPSA ocorreu em quase todas as regiões do país analisadas pela TEx, “principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, líderes em volume do índice”.

Dano no para-brisa: troca ou reparo? – Qualquer dano apresentado no para-brisa de um veículo requer cuidados e avaliação profissional. Principalmente quando a trinca, fissura ou arranhão estiver no campo de visão do condutor. Um parâmetro interessante para entender se o dano é caso de troca ou reparo: se a fratura for superior a uma moeda de R$ 1, é recomendada a substituição do para-brisa. A resolução 216 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece alguns limites referentes a danos no para-brisa em veículos de passeio: pode haver, no máximo, dois danos em um para-brisa. Porém, esses danos não podem ser superiores em de 4cm de diâmetro em uma configuração circular ou qualquer outro dano acima de 10cm de comprimento. Além disso, não pode haver nenhum dano na área crítica de visão do condutor e em uma faixa periférica de 2,5 cm das bordas externas do para-brisa. O descumprimento desta resolução do Contran resulta em infração de natureza grave, cinco pontos na CNH, multa e retenção do veículo para regularização. O gerente de assistência técnica da Henkel, Célio Renato Ruiz, orienta sobre os procedimentos de reparação e substituição de para-brisas e destaca a importância desses equipamentos para a segurança do veículo e das pessoas.

Reparar ou trocar – Em geral, usa-se como parâmetro para troca quando a fratura é superior a 4 cm. Portanto, se a circunferência do dano for menor ou igual a 4 cm, o para-brisa pode ser reparado sem necessitar a sua troca. Determinados danos no para-brisas são reparados com tecnologia UV, que “seca” a resina aplicada na área danificada, finalizada com polimento.

Quando trocar – Em casos de danos na visão frontal do motorista, mesmo que mínimos, a substituição do equipamento é a melhor alternativa. O processo de troca e fixação de um novo para-brisa é feito com adesivos próprios para essa finalidade, como o Teroson Bond, com aplicação fácil, limpa e feita a temperatura ambiente. Depois da aplicação correta desse adesivo no para-brisa, a cura é feita rapidamente e o condutor pode voltar a utilizar o carro poucas horas depois.

Como é feita essa troca – A troca do para-brisa é um procedimento que deve ser feito por técnico especializado, de preferência em lojas de vidros automotivos, para a aplicação eficiente do adesivo que promove a fixação do para-brisa. O adesivo Teroson Bond 180, por exemplo, é feito com poliuretanos monocomponentes, que curam com a umidade do ar e que não necessitam de primer no processo de adesão.

Pequenos arranhões – Na maioria dos casos, podem ser reparados com polimento feito por profissionais especializados. No entanto, podem se tornar problemas se estiverem na área de visão do motorista. Isso porque, se a visão do motorista continuar sendo prejudicada após o serviço de polimento, é importante que um profissional avalie a possibilidade de troca do para-brisa.

Importância dos cuidados – Um para-brisa eficiente traz perfeita visibilidade ao motorista, protege os ocupantes contra o impacto de pedregulhos e outros objetos, mantém a integridade estrutural da carroceria do automóvel e funciona como um apoio para o airbag. Danos no para-brisa podem interferir negativamente nessa força protetora do equipamento.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Nordeste: venda de usados cresce 14% no quadrimestre

O relatório de abril sobre as vendas de veículos seminovos e usados no Brasil, divulgado pela Fenauto, a Federação Nacional dos Revendedores, mostra que o total de vendas acumuladas em 2023 é superior em 18,8% se comparadas com as do mesmo período do ano passado. Já alcançou, por sinal, a marca de 4,4 milhões de unidades. O estudo mostra, também, que a comparação entre abril deste ano com o mesmo mês de 2022 também foi positiva: neste caso, em 10,7%. No Nordeste, o desempenho das vendas de seminovos e usados foi menor: 14%. Em Pernambuco, chegou aos 16,4% (veja quadro).

Como abril teve menos dias úteis (apenas 18 contra 23 dias em março), o desempenho no comércio de seminovos e usados no Nordeste caiu 20,2% em termos absolutos (unidades vendidas). No país, o registro foi de -20,7%. “Aparentemente entramos num processo de estabilidade que, dependendo do desempenho da economia, pode se manter ao longo do ano”, analisa Enilson Sales, presidente da Fenauto.

Os caminhões mais procurados em 2023 – A Mobiauto acaba de realizar uma pesquisa gigantesca em sua base de dados que destaca os modelos e versões de caminhões mais acessados pelos clientes da plataforma. E tem alguns detalhes curiosos:

  1. A Ford, que paralisou a produção de caminhões no Brasil em 2019, é a terceira marca com mais modelos procurados na pesquisa.
  2. Os 50 caminhões mais procurados representam 90% de todos os acessos da plataforma Mobiauto. “Nosso leque de opções para compradores vai desde um Ford F4000 até os cavalos-mecânicos da Scania. Mas a ideia aqui era destacar os 50 mais acessados mesmo”, explica o CEO da empresa Sant Clair Castro Jr.
  3. A Hyundai é soberana nas pesquisas com o modelo HR, de uso urbano: entre os veículos ano 2008 até 2020 esse VUC ocupa 42,39% de todas as procuras. Confira:
MarcaModeloAno-ModeloAcessos 1° Tri 2023
HyundaiHR201113,18%
ScaniaG 440201712,28%
HyundaiHR20146,92%
HyundaiHR20084,57%
HyundaiHR20183,73%
Volkswagen9.17020203,63%
HyundaiHR20193,28%
HyundaiHR20092,90%
HyundaiHR20202,84%
HyundaiHR20172,81%

Preço dos combustíveis em queda – E por falar em Nordeste, vale lembrar: o levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) aponta que a região encerrou abril com reduções no preço médio de todos os combustíveis. O litro da gasolina fechou o período na região a R$ 5,82, após recuo de 0,48% se comparado a março. Já o etanol foi encontrado a R$ 4,60, com redução de 0,28% ante o mês anterior. O diesel comum e o S-10, por sua vez, fecharam a R$ 6,08 e R$ 6,11, com recuos de 2,47% e 2,38%, respectivamente. O Rio Grande do Norte registrou os recuos mais expressivos do país para o litro do diesel S-10 e para o etanol. Já Alagoas foi o estado que apresentou os maiores aumentos para os dois tipos de diesel e para a gasolina.

Renegade ganha nova versão – O Jeep Renegade chegou em 2015, mudando o mercado de SUVs no Brasil. Foi o primeiro Jeep fabricado no Polo Industrial de Goiana (PE) e há um ano ganhou uma nova geração, com atualizações visuais e motor T270 de até 185cv. Agora, chega uma nova versão: o Renegade 1.3 turbo 4×2. Ela é bem ‘completa’, digamos assim: tem modo de condução “Sport”, seis airbags, controle de estabilidade e tração, traction control + e faróis Full LED, por exemplo. E frenagem autônoma de emergência, alerta e assistente de manutenção de faixa, detector de fadiga, três conectores USB (sendo um do tipo C), rodas de liga-leve de 17”, start-stop, câmbio automático de seis marchas, freio de estacionamento eletrônico, quadro de instrumentos com tela de TFT customizável, ar-condicionado, sistema multimídia de 7” com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, piloto automático e limitador de velocidade ajustável. Quanto? R$ 125.990.

Preços de todas as versões

– 1.3 turbo flex AT6 – R$ 125.990

– Sport T270 turbo flex AT6 – R$ 134.990

– Longitude T270 turbo flex AT6 – R$ 150.990

– S T270 turbo flex AT9 4×4 – R$ 174.990

– Trailhawk T270 turbo flex AT9 4×4 – R$ 174.990

Linha 2024 do Kicks: até R$ 2,6 mil mais cara – Maio mal começou, mas já há carros modelo 2024 à venda. É o caso do popular SUV da japonesa Nissan: a partir da semana que vem, a linha do modelo chega às lojas, como ano/modelo 23/24. E com poucas novidades, restritas a acabamento, cores e itens de série. Os preços do Kicks começam em R$ 112.990. Agora, todas as versões do modelo – Active, Sense, Advance e Exclusive, e que são equipadas com o câmbio Xtronic CVT, – trazem regulagem de altura dos faróis. A chave inteligente presencial I-Key está disponível para as versões Advance e Exclusive.

Sem falar nas configurações de cores e acabamento interno. As versões Sense e Active incorporaram indicadores de direção em LED. A de entrada Active passa a contar também com luzes de condução diurna DTRL.

O Nissan Kicks manteve inalteradas as opções de tecnologias inteligentes de segurança passiva e ativa, chamadas de Nissan Safety Shield: elas monitoram, protegem e respondem em situações nas quais o veículo e seus ocupantes possam estar em risco.

Esse escudo de proteção ajuda o carro e o motorista a monitorar o movimento no entorno, responder a ações inesperadas (como a aproximação desatenta a um veículo à frente) e a proteger (frenagem de emergência e airbags, por exemplo).

VersãoPreços
Active CVTR$ 112.990
Active CVT + central multimídiaR$ 114.990
Sense CVTR$ 123.690
Advance CVTR$ 132.990
Advance CVT + Pack PlusR$ 135.190
Exclusive CVTR$ 146.790
Exclusive CVT + Pack TechR$ 148.790

GWM vende 1.409 carros pelo Mercado Livre – Quem disse que você precisa ir necessariamente a uma concessionária para comprar um carro? A chinesa GWM, por exemplo, resolveu vender seus modelos por meio do Mercado Livre, em regime de pré-reserva e com sinal de R$ 9 mil. Todos os 1.409 carros da linha Haval H6, em todas as versões, foram vendidos. Mesmo com o sucesso, a GWM vai formar uma rede de concessionárias, mais voltada ao pós-venda. Serão 36 revendas até o próximo mês. Passados os dois meses dos preços promocionais da fase de pré-venda, a GWM anunciou também os preços oficiais da linha Haval H6 no Brasil, em cinco configurações:

  • H6 Premium HEV sem teto solar – R$ 214 mil;
  • H6 Premium HEV com teto solar – R$ 224 mil;
  • H6 Premium PHEV AWD sem teto solar – R$ 269 mil;
  • H6 Premium PHEV AWD com teto solar – R$ 279 mil;
  • H6 GT PHEV AWD – R$ 315 mil, sempre com teto solar.

A GWM vai oferecer aos seus clientes um carregador de parede, chamado de Wallbox, com 7,4 kW de potência, de corrente alternada (AC), que será vendido em qualquer concessionária da marca. Com uma garantia exclusiva de três anos, esse equipamento permite a recarga da bateria de 34 kWh do Haval H6 plug-in (Premium PHEV ou GT PHEV) de 0 a 100% em cerca de 5 horas e 20 minutos.

Rally da Chapada Diamantina – A terceira edição do Rally da Chapada será realizada no dia 15 de julho e faz parte das comemorações de 61 anos de emancipação política de Ibicoara. A cidade da Chapada Diamantina foi escolhida, nesta edição, por abrigar uma série de destinos turísticos da região, entre eles, as cachoeiras da Fumacinha e Buracão, além de outras belezas naturais, trilhas e culinária peculiar, como os pratos e petiscos à base de jaca, como a famosa “coxinha de jaca”. Considerado pela Federação de Automobilismo da Bahia como o maior rally de aventura do estado, o Rally da Chapada vai contar, nesta terceira edição, com cerca de 150 quilômetros de percurso realizados por um grid formado por 50 veículos, 4×2 e 4×4, onde piloto e navegador vão em busca do mais alto lugar do pódio, diante de obstáculos, que segundo a organização, serão mais difíceis.

As inscrições – O evento terá 200 participantes, em duas categorias: Adventure 4×4 e Turismo 4×2. Para mais informações, visite o site https://rallydachapada.com.br/.

Nova Low Rider chega ao Brasil – A Harley-Davidson começou a fazer reserva da nova Low Rider ST, ano/modelo 2023. Ela custará R$ 138 mil. Integrante da linha Cruiser – voltada ao mundo estradeiro – tem maleiros laterais rígidos e carenagem fixa e vem com motor V-Twin Milwaukee-Eight 117 com refrigeração a ar com auxílio de radiador de óleo – com 1.923 cm3, 103cv e torque de 16,4kgfm. A moto também chega com uma série especial Enthusiast, com pintura exclusiva. O design nasceu de testes gráficos e nas pistas e estradas – com difusores de fluxo de ar ajudando a limitar o impacto do vento na cabeça do piloto em alta velocidade. O para-brisa é alto, de seis polegadas, com tonalidade escurecida. A carenagem contém um único farol de LED redondo. As malas laterais rígidas podem ser removidas e têm capacidade combinada de 53,8 litros.

Câmera inteligente ‘acordará’ motorista – A relação sono e volante está sendo estudada por órgãos reguladores europeus e os equipamentos de prevenção se tornarão obrigatórios em todo o mundo, em poucos anos, segundo previsão de Paul Zubrinich, executivo da Optalert, biotech australiana líder global no controle de sonolência em operações de riscos.

“Isso beneficiará a todos com uma redução significativa de acidentes e de perdas de vidas em todo o mundo”, afirma Zubrinich, ao comentar sobre a obrigatoriedade imposta pelas autoridades da União Europeia. O bloco decidiu incluir a detecção de sonolência do motorista como uma das exigências de segurança em carros vendidos dentro dos 27 países. O Euro NCAP (programa europeu de segurança em automóveis) também incorporou a detecção de sonolência como parte de seu protocolo de avaliação ao analisar as classificações de segurança de um veículo.

Na prática, todos os novos modelos homologados já precisam contar com um sistema de monitoramento de fadiga e, a partir de julho de 2024, todos os veículos que saírem das concessionárias europeias terão que ter o equipamento como padrão. “Os dispositivos não somente serão obrigatórios como terão que apresentar níveis elevados de credibilidade, baseados em algoritmos que institucionalizam análises objetivas, baseadas em modelos matemáticos eficientes e confiáveis”, explica Zubrinich.

Esses equipamentos serão capazes de medir, por exemplo, a frequência e velocidade de ‘piscadas’ do motorista, além de outras manifestações oculares que determinarão o nível de cansaço de quem está dirigindo. O alerta será emitido de acordo com a escala de cansaço que não apenas gerará uma autorreflexão de responsabilidade no motorista, como um aviso aos passageiros de que o condutor não está em condições de dirigir com segurança. A tecnologia é preditiva e será capaz de evitar milhares de acidentes já em seus primeiros anos de implementação.

Estudos compilados pela Optalert apontam que 60% dos motoristas que estão dirigindo ‘neste momento’, em estradas e rodovias pelo mundo, estão com algum nível de cansaço ou sonolência que merece atenção.

No Brasil – Por aqui, não há no radar uma previsão de quando uma lei similar à da União Europeia deva ser aprovada. A sociedade brasileira não debate o tema com a devida urgência, apesar de ter um dos sistemas rodoviários mais mortais do mundo. De acordo com um estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Aabramet) em parceria com a Academia Brasileira de Neurologia e com o Conselho Regional de Medicina, 42% dos acidentes estão relacionados ao sono e 18% por fadiga. Somados, parte significativa de 62% do drama que vivenciamos nas pistas brasileiras poderia ser evitado, se adotássemos a prevenção como bandeira veicular.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Os usados que menos desvalorizaram em 2022

A Kelley Blue Book Brasil, empresa especializada em precificação de veículos novos e usados, repetiu o tradicional estudo Prêmio Melhor Revenda 2023. A premiação, feita em parceria com a revista Quatro Rodas, mostra quais foram os veículos que menos desvalorizaram ao longo de 2022, analisando 141 modelos elegíveis aos critérios da seleção do prêmio, distribuídos em 23 categorias. Enfim: a desvalorização média do mercado em 2022 foi de -15,69%.

Confira no gráfico abaixo todos os percentuais:

CATEGORIAMODELODESVALORIZAÇÃO
Hatch subcompacto de acessoRenault Kwid-13,71%
Hatch compacto de acessoFiat Argo-18,07%
Hatch compacto de referênciaChevrolet Onix-13,67%
Hatch premiumMini Cooper-6,36%
Híbrido de acessoToyota Corolla Cross-16,42%
Híbrido referênciaBMW X3-7,63%
Híbrido premiumLand Rover Range Rover Sport-5,75%
Picape média ou dieselToyota Hilux-14,71%
Sedã compacto de acessoRenault Logan-18,43%
Sedã compacto de referênciaVolkswagen Virtus-12,74%
Sedã médioToyota Corolla-19,71%
Sedã premiumBMW Série 4– 4,84%
Suv compacto de acessoVolkswagen Nivus-12,14%
Suv compacto de referênciaFiat Pulse-13,25%
Suv compacto premiumAudi Q3-12,77%
Suv médioToyota Corolla Cross-15,38%
Suv médio premiumBMW X4– 8,11%
Suv grandeMitsubishi Pajero Sport-15,25%
Van comercialMercedes-Benz Sprinter 416-CDI-11,25%
Picape compactaFiat Strada-14,11%
ElétricoJAC E-JS1-7,03%
Furgão comercial compactoFord Transit-6,05%
Furgão comercialIveco Daily Furgão-8,09%

Metodologia – A avaliação usa uma ferramenta exclusiva que a distingue de qualquer análise de desvalorização do mercado: a KBB Brasil identifica e rastreia as transações do tipo C2B (Consumer to Business) e apura o preço de troca KBB dos veículos participantes do prêmio. Este tipo de transação, na qual o proprietário particular revende o seu veículo a um lojista, é a mais comum entre os consumidores de 0km. Portanto, para saber quais são os modelos que menos desvalorizaram, coletou-se os preços 0km de cada um deles em fevereiro de 2022 e os comparou com seus respectivos em fevereiro de 2023, a fim de garantir histórico de 12 meses para aferir a desvalorização. Uma média aritmética é feita de todas as versões dos veículos participantes para se chegar ao índice de desvalorização.

Participaram desta edição todos os automóveis e comerciais leves 0km à venda no período. Modelos que trocaram de geração, descontinuados ou que sofreram reestilizações muito marcantes não foram incluídos na pesquisa – casos de Honda HR-V, Jeep Compass, Volkswagen Polo e Nissan Frontier, que passaram por grandes mudanças na linha 2022. Da mesma forma, muitos veículos lançados no ano passado também não figuram nas categorias do Prêmio Melhor Revenda. É o caso de modelos como Citroën C3 e Fiat Fastback.

Venda de usados ‘velhinhos’ está em alta – Dados recentes divulgados pela Fenabrave mostram que o mercado de carros novos está em queda. Mas também constatam que os seminovos também representam cada vez menos no comércio de modelos usados do país. Desde 2019, a participação dos carros fabricados há mais de dez anos passou de 36,3% do total para 49% nesse período. Tendo em vista que quase metade dos carros usados negociados no país tem no mínimo dez anos de fabricação, o AutoShow, feirão de carros usados, fez uma pesquisa dos modelos mais valorizados pelos consumidores que buscam veículos no evento. “Esse tipo de veículo mais antigo, especialmente os completos com ar e direção, são os mais procurados. São carros geralmente com motor de 1 litro, portanto econômicos, de fácil manutenção”, explica Eduardo Ribeiro dos Santos, diretor da Matel Produções, empresa que organiza o Feirão AutoShow aos domingos há 51 anos no Grande ABC e em São Paulo.

Confira os mais buscados

1 – Chevrolet Corsa 1.0 2009 – Tabela Fipe – R$ 20.374

2 – Renault Sandero 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 24.912

3 – Chevrolet Celta 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 21.787

4 – Fiat Uno Economy 1.4 2012 – Tabela Fipe – R$ 24.915

5 – Volkswagen Fox 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 27.970

6 – Ford Fiesta 1.0 Rocan 2012 – Tabela Fipe – R$ 25.010

7 – Ford Ka 1.0 Rocam 2012 – Tabela Fipe – R$ 21.638

8 – Chevrolet Classic 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 23.965

9 – Volkswagen Gol 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 24.644

10 – Fiat Palio 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 24.253

Citroën mostra o C3 Aircross de sete lugares – A marca francesa pertencente à Stellantis acaba de anunciar detalhes do seu segundo modelo no país. O C3 Aircross, já como ano 2024, chegará no segundo semestre e terá uma versão de 7 lugares. A produção será em Porto Real (RJ). O modelo tem variações visuais em relação ao hatch, vendido por aqui desde o ano passado, como a grade dupla na mesma cor do veículo. Mas manteve, porém, o conjunto de faróis, por exemplo. O interior é praticamente o mesmo do irmão menorzinho, incluindo o acabamento e central multimídia de 10 polegadas. Mas há, claro, adaptações: o teto ganha saída para ar-condicionado e os bancos são corrediços com divisão 60:40 para dar acesso à terceira fileira. Os dois lugares extras ficam em assoalho alto. Na versão 5 lugares, o porta-malas tem 482 litros; na de 7. até 511 litros, com o rebatimento da terceira fileira.

Detalhes da nova S10 Midnight – A versão Midnight retorna à linha Chevrolet S10 com mais itens de conforto, conectividade e segurança – e algumas mudanças visuais. Ela, que se diferencia pelos acabamentos em preto e detalhes customizados, ganha bancos e volante com revestimento premium, seis airbags, câmera de ré de alta definição – e a tradicional tecnologia OnStar com Wi-Fi, myChevrolet app e atualização remota de sistemas eletrônicos do veículo. A grade frontal, o para-choque dianteiro e as rodas mudaram. Ela ficará entre as versões LT e Z71, com o motor 2.8 turbodiesel de 200cv de potência e 51kgfm de torque. A transmissão é automática, de seis marchas, enquanto a tração é 4×4 com reduzida. 

Primeiras picapes F-150 chegam ao país – A Ford começa a entregar esta semana aos 500 clientes que compraram na pré-venda as primeiras unidades da F-150. As vendas da F-150 agora são realizadas diretamente nas concessionárias da Ford em todo o Brasil, com prazo de entrega informado no momento da reserva. A picape, uma das mais famosas do mundo, é líder de vendas nos Estados Unidos há 46 anos consecutivos. Ela chega ao Brasil em duas versões: a esportiva Lariat, com itens de acabamento externo escurecido, e a topo de linha Platinum, de luxo, com elementos cromados. Ambas são equipadas com o motor V8 50 de 405 cv e transmissão automática de 10 marchas – além de pacote off-road completo com tração 4×4, bloqueio eletrônico do diferencial e oito modos de condução. Também vem com tecnologias avançadas de assistência ao motorista, oito airbags, teto solar panorâmico, painel digital de 12 polegadas, ajuste elétrico com memória dos bancos, volante e pedais e sistema multimídia e de conectividade Sync 4 de nova geração. Entre outros, traz itens como sistemas de iluminação e câmeras externas 360º. A caçamba de 1.370 litros é dotada de tampa com acionamento elétrico, escada de acesso, iluminação em LED, tomada de 110 V e revestimento protetor especial. A F-150 também é capaz de rebocar 3.515 kg e já vem com preparação para engate, controle de freio e de oscilação de reboque, além de assistente de manobras.

Venda de usados ‘velhinhos’ está em alta – Dados recentes divulgados pela Fenabrave mostram que o mercado de carros novos está em queda. Mas também constatam que os seminovos também representam cada vez menos no comércio de modelos usados do país. Desde 2019, a participação dos carros fabricados há mais de dez anos passou de 36,3% do total para 49% nesse período. Tendo em vista que quase metade dos carros usados negociados no país tem no mínimo dez anos de fabricação, o AutoShow, feirão de carros usados, fez uma pesquisa dos modelos mais valorizados pelos consumidores que buscam veículos no evento. “Esse tipo de veículo mais antigo, especialmente os completos com ar e direção, são os mais procurados. São carros geralmente com motor de 1 litro, portanto econômicos, de fácil manutenção”, explica Eduardo Ribeiro dos Santos, diretor da Matel Produções, empresa que organiza o Feirão AutoShow aos domingos há 51 anos no Grande ABC e em São Paulo.

Confira os mais buscados

1 – Chevrolet Corsa 1.0 2009 – Tabela Fipe – R$ 20.374

2 – Renault Sandero 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 24.912

3 – Chevrolet Celta 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 21.787

4 – Fiat Uno Economy 1.4 2012 – Tabela Fipe – R$ 24.915

5 – Volkswagen Fox 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 27.970

6 – Ford Fiesta 1.0 Rocan 2012 – Tabela Fipe – R$ 25.010

7 – Ford Ka 1.0 Rocam 2012 – Tabela Fipe – R$ 21.638

8 – Chevrolet Classic 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 23.965

9 – Volkswagen Gol 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 24.644

10 – Fiat Palio 1.0 2012 – Tabela Fipe – R$ 24.253

Harley-Davidson detalha as novas CVO – Desde 1999, as motocicletas Harley-Davidson Custom Vehicle Operations (CVO) são uma coleção aspiracional de produção limitada – com muito estilo, design, acabamento e atenção aos detalhes. Esta semana, a Harley-Davidson anunciou dois novos modelos da nova geração. Mas, infelizmente, para o Brasil, só chegam em 2024. Elas têm novos designs, tecnologia de ponta e performance dinâmica. Os detalhes serão anunciados em 7 de junho deste ano. “Com a introdução das novas CVO Street Glide e CVO Road Glide, reinventamos completamente duas das motocicletas mais icônicas da Harley-Davidson”, diz Jochen Zeitz, presidente e CEO da Harley-Davidson. A Street Glide, com novíssima carenagem tipo “asa de morcego”, ganha para-brisa mais aerodinâmico. A Road Glide também ganha atualização, deixando o design mais agressivo, estilo “nariz de tubarão”, que se integra ao tanque de combustível, coberturas laterais e bolsas laterais. Ambos os modelos apresentam terão o novo motor Milwaukee-Eight® VVT 121 e suspensão e sistema de infotainment totalmente novos.

Feira virtual de barcos – Gosta do mundo náutico? Então fique atento: a quarta edição do Internacional Bombarco Show vai de 1 a 4 de maio e projeta gerar mais de R$ 60 milhões em negócios. Ela é totalmente online (www.bombarcoshow.com.br) e deverá ter mais de 30 mil acessos, além de 15 mil pessoas nas lives em redes sociais. Durante os quatro dias de feira, os visitantes poderão conhecer cerca de 120 embarcações com opções de compra compartilhada e vendas, que variam entre R$ 70 mil a R$ 6,5 milhões, de renomados estaleiros nacionais, que estarão em exposição em diferentes partes do Brasil.

Entre os estaleiros confirmados estão: Fibrafort, NHD Boats, MAstro D’Ascia, Magma Yachts, Armatti Yachts, Fishing Raptor, Flórida Marine, Fluvimar e Zath Mariner.

Elétricos e híbridos: novo recorde – A Agência Internacional de Energia fez uma previsão otimista para as vendas globais de carros elétricos e híbridos plug-in para este ano (que usam diretamente a energia elétrica). Segundo elas, esse comércio deve bater um novo recorde, chegando próximo dos 20% das vendas totais. O estudo revelado pela InsideEVs mostra que, em 2020, essas vendas específicas chegavam a 4%; em 2022, passaram para 14%. Isso significa que mais de 10 milhões de carros elétricos + híbridos plug-in foram vendidos em todo o mundo no ano passado. E que devem avançar mais 35% este ano, chegando a 14 milhões de modelos eletrificados.

BMW: informações no para-brisas – A BMW segue investindo em soluções inovadoras e tecnológicas para aprimorar itens que já estão presentes nos seus carros. Depois do Theatre Screen, que transforma o entretenimento do banco traseiro em um cinema, chegou a vez do Head-Up Display. Chamada de BMW Panoramic Vision, a nova tecnologia consiste em aumentar a quantidade de informações exibidas pelo Head-Up Display, estendendo o campo de informações de forma panorâmica e em toda extensão do para-brisas, exibindo informações não só para o motorista, mas também para o passageiro.   

Preço do diesel cai pela 4ª vez – O preço médio do litro do diesel registrou sua 4º queda consecutiva em 2023. Os dados, coletados pelo Índice de Preços Ticket Log (IPTL), são do período de 1º a 26 de abril. O preço médio do tipo comum fechou o período a R$ 6,15, com recuo de 2,40% ante março. O tipo S-10 foi comercializado a R$ 6,25, com redução de 2,20%. O litro do diesel ficou mais barato em todas as regiões brasileiras e o Sul liderou o ranking da baixa mais expressiva para o tipo comum, de 2,73%, que fechou a R$ 5,62, menor preço médio do país para o combustível. As médias mais altas para ambos os combustíveis foram identificadas nas bombas de abastecimento do Norte, com o comum a R$ 6,71 e o S-10 a R$ 6,86.

Pneu tem 75% de materiais reciclados – A Bridgestone anunciou que produziu uma série de pneus de demonstração feitos com 75% de materiais reciclados e renováveis, incluindo borracha sintética feita com plásticos reciclados e borracha natural colhida de arbustos cultivados no deserto do Arizona. A empresa completou a produção de 200 pneus de demonstração e está buscando uma avaliação conjunta com as montadoras para uso na próxima geração de SUVs e crossovers eletrificados. A marca também informou que está buscando um projeto de pneus que usa 90% de materiais reciclados e renováveis para carros de passageiros.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.