A mais recente pesquisa sobre a disputa pelo Governo de Pernambuco, atribuída às recém-criadas Opinform Inova Simples I.S. e Opindata Inova Simples I.S., ambas sediadas em Macaparana (PE), virou motivo de chacota nos bastidores da política estadual. O estudo, que apontaria uma inesperada aproximação entre o prefeito do Recife, João Campos, e a governadora Raquel Lyra, foi recebido com estranhamento generalizado — e rapidamente transformado em meme entre assessores, deputados e auxiliares, que ironizam a origem das empresas responsáveis pelo levantamento.
Segundo relatos colhidos em caráter reservado, dirigentes partidários afirmam que o resultado “não passou no teste do riso”, expressão usada para indicar o entendimento geral sobre o levantamento. Nomes da política passaram a ironizar a coincidência, questionando como “duas startups idênticas” teriam surgido simultaneamente para medir o humor do eleitorado estadual.
A ausência de portfólio, equipe identificável e presença institucional consolidou a percepção de que o levantamento não oferece garantias mínimas de confiabilidade. Alguns políticos chegaram a comparar, em tom jocoso, a estrutura das empresas às plataformas de “opinião remunerada” que circulam em aplicativos e que, segundo consumidores, costumam exigir taxas ou dados sensíveis sob justificativas vagas.
No ambiente político, a avaliação dominante é que o estudo não apenas carece de transparência, mas também se tornou um símbolo de como pesquisas sem lastro metodológico podem surgir em períodos pré-eleitorais. Em vez de influenciar estratégias de campanha, a pesquisa acabou alimentando piadas internas, reforçando o alerta sobre a disseminação de levantamentos considerados inconsistentes ou oportunistas.
















