De bigu com a modernidade

Cronos manual 1.0 ou 1.3: qual melhor custo-benefício?

A linha 2023 do sedã Cronos, da Fiat, mudou pouco. Do ponto de vista visual, uma grade diferente aqui, um volante novo acolá. Mas a nova quantidade de configurações, com ‘tantos mínimos’ detalhes ofertados, até confunde o consumidor na hora de montá-lo no site da marca.

De antemão, vale ressaltar: o Cronos é um carro sóbrio, com um mala generosa e ainda dá para tê-lo por um preço abaixo dos R$ 100 mil. Porém, antes de entrar no mérito de cada versão testada pela coluna De bigu com a modernidade, e sobre qual delas deveria entrar na sua garagem, precisamos conhecê-las rapidamente todas.

Vejamos:

  1. a de entrada é chamada apenas de 1.0, com câmbio manual de cinco marchas. Custa R$ 84.790. Tem rodas de aço 14’’, banco do motorista e volante com regulagem de altura, ar, alertas de limite velocidade, predisposição para rádio etc. Mas, com R$ 490 a mais, o comprador pode adicionar o Pacy Safety – que deveria ser, na verdade, obrigatório em qualquer carro no país. Ele tem controle de estabilidade, sistema que auxilia nas arrancadas do veículo em subida e controle de tração.
  2. em seguida, vem a Drive 1.0, por R$ 88.890. Esta versão foi testada por este colunista. O cliente pode adicionar dois pacotes de opcionais, mas o preço vai chegar a R$ 94.350. Daremos mais detalhes dela logo abaixo;
  3. Depois, está situada a versão Drive com motor 1.3, com câmbio manual, também avaliada por este colunista. Com os pacotes de segurança e o S-Design, o preço vai para R$ 99.460.
  4. As duas últimas, com câmbio CVT que simulam 7 marcas e ambas com motor 1.3, serão analisadas em outra oportunidade.

O Fiat Cronos, independentemente da versão, tem como chamariz a economia de combustível e o generoso porta-malas (são 525 litros, segundo medição do fabricante) – e isso faz a festa de uma família média que viaja com alguma frequência para o campo ou litoral ou para o motorista de aplicativo ou taxista.

Crono 1.0 Drive – Traz um 1.0 6V aspirado, o Firefly de 3 cilindros da própria Fiat. A marca ‘lembra’ que ele possui o maior torque da categoria – sendo ‘ideal’ para clientes que buscam mais racionalidade, para uoso profissional, digamos assim.

No pacote de série de equipamentos de segurança e conforto, alguns itens – e sempre levando em conta os concorrentes e a versão de entrada do modelo – surpreendem: central multimídia de 7’’, volante multifuncional, entradas USB para bancos traseiros, sensor de estacionamento traseiro, vidros traseiro elétricos, assinatura em LED nos faróis e rodas em aço de 15”.

O pack Drive Plus, opcional, não estava presente na versão testada. E só fez falta, na verdade, a câmera de ré. Rodas de liga leve e retrovisor com ajustes elétricos para um carro de batalha diária, digamos assim, não compensam o desembolso de R$ 3 mil extras.  Ah, mas o pack Safety, por vez, e a R$ 590, repito, compensa.

O motor é um velho conhecido dos consumidores de produtos da Fiat e da Stellantis: o 1.0

de 3 cilidros em linha, aspirado, capaz de gerar até 75cv, com torque (bem fraquinho) de até 10,7kgfm.  Em rodovias, numa ultrapassada ou retomada, deixa o motorista mais tenso do que criança indo para o dentista. Afinal, segundo a própria Fiat, a aceleração de 0 a 100 km/h demora mais de 15 segundos – uma eternidade para uma arrancada. A relação peso- potência é alta: são 15kg/cv. Só a título de comparação: essa relação no Fiat Pulse com o 1.0 turbo é de 9,52kg/cv

O câmbio manual de 5 marchas dá conta, com encaixes bom. Eis aqui um ponto (custo-benefício) a favor: o conjunto todo (motor, direção elétrica e câmbio) o torna uma excelente opção para o dia a dia urbano. Afinal, é bem econômico.

Segundo dados do Inmetro, usando-o nas vias urbanas, gasta de 9,9 km/litro (etanol) a 14 km/l (gasolina). Na estrada, os números sobem para 11,4 km/l (etanol) e 16,1 km/l com gasolina.

O tanque para 48 litros de combustível garante uma boa autonomia (dependendo do comportamento do seu pé, pode chegar aos 700km). Detalhe ruim: pena que os freios só tenham discos ventilados na dianteira (na traseira, é o antiquado freio a tambor)

Cronos 1.3 Drive – O Cronos 1.3 Drive é como se fosse o irmão já empregado do trainne Drive 1.0: traz o DNA da família ou o bom-gosto nas roupas/design. No entanto, oferece mais equipamentos: por exemplo: o quadro de instrumentos 3,5″ multifuncional com relógio digital, calendário e informações do veículo em TFT e o sistema de sinalização de frenagem de emergência.

E ainda vem com um motor mais ágil e valente, com relação peso-potência de apenas 10kg/cv. Esse Firefly gera até 109cv, com torque de 14,2kgfm, com velocidade máxima de 183km/h. A própria aceleração de 0 a 100 é feita em 11,5 segundos – quatro mais rápido do que o da 1.0.

O consumo, embora valha a pena ressaltar que vários fatores afetam na medição, também é muito bom: na cidade (km/l) 8,5 (etanol) e 12,4 (gasolina); na estrada (km/l) 10,3 com etanol e 14,8 com gasolina.

Nesta versão, os freios traseiros também são a tambor. Em relação ao airbag, esse colunista sempre questionou e o fará sempre: airbag duplo (motorista e passageiro) e ABS (neste caso com EBD) são obrigatórios por lei, apesar da reação da indústria. O ideal, é claro, que sejam 4 para qualquer modelo que chegue ao patamar de três dígitos.

Veredicto – Os quatro fatores de compra para um sedã são conforto, espaço interno, capacidade do porta-malas e consumo de combustível. Ambos os Drive (1.0 e 1.3) são quase idênticos (porta-malas e espaço, por exemplo). Tomaremos aqui como base os dois exemplares enviados para teste. O teto do primeiro é preto; o do segundo, vermelho – tornando o conjunto bem mais bonito (mas, claro, é algo para lá de subjetivo).

No 1.0, a partida é dada com chave (tipo canivete); do 1.3, por meio de botão – e com abertura da porta apenas com a aproximação do motorista. Mas, atenção: esses itens do pacote extra S-Design, que eleva o preço da versão para R$ 94.980 (e mais: faróis de neblina dianteiros, ar-condicionado automático digital; câmera de ré; volante revestido em couro ecológico; bancos com acabamento exclusivo; rodas de liga leve etc)

A câmera de ré só vem se você é de série – com linhas de marcação – na segunda opção. E uma coisa curiosa: o destravamento e abertura automática do porta-malas por botão na chave, provavelmente um item bem valorizado pelos argentinos, onde é fabricado o modelo. O responsável pelas compras (na minha casa sou eu) agradece demais.

Enfim: por uns R$ 5 mil ou R$ 6 mil de diferença, considere uma boa pressão na concessionária de sua preferência e leve o Drive 1.3 com o pacote S-Design. Afinal, com a demanda reprimida e pátios lotados de carros novos, essa é a chance. Até quinta-feira, a Fiat estava dando desconto (de verdade) e fazendo outras ações, como até oferecer encher o tanque de gasolina por um ano para alguns modelos.

Tipo sanguíneo na CNH – Agora, só falta a Câmara dos Deputados, pois a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou relatório favorável do senador Fabiano Contarato (PT-ES) ao projeto de lei (PL 3.616/2019) que inclui o tipo sanguíneo, o fator Rh e a condição de doador ou não de órgãos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O titular doador, no entanto, poderá optar pela não inserção dessas informações na própria carteira.

O PL determina que a CNH seja expedida em modelo único e de acordo com as especificações do Contran, tenha fé pública, valendo como documento de identidade em todo o território nacional, e traga o tipo sanguíneo e o fator Rh do motorista. O documento poderá informar também se o titular é ou não doador de órgãos. Pelo texto, a lei começará a valer 90 dias depois de publicada. O autor do PL, senador Rodrigo Cunha (União-AL), diz que, quanto à doação de órgãos, o questionamento a ser feito na emissão da carteira abrirá uma oportunidade para que a pessoa reflita sobre o assunto. Além disso, registre formalmente sua vontade no documento. Para ele, o registro ajudaria em muito a família na difícil hora de decidir a respeito da doação dos órgãos do parente falecido. A medida poderia também aumentar o número de famílias que dizem sim à doação de órgãos, outra importante forma de salvar vidas.

Fim das motos nos corredores? – A circulação indiscriminada de motos nos chamados corredores entre os carros é perigosa por provocar acidentes com consequências maiores aos fracos – no caso, o motociclista, o motoboy que ganha seu sustento diário. O fenômeno tem lotado os hospitais públicos e onerando o SUS.

E o que fazer? O deputado Marcos Soares (União/RJ) quer acabar com essa prática. Ou diminuir, quem sabe. Por isso, ele apresentouo Projeto de Lei 1549/2023, para alterar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e proibir o tráfego de motocicletas, motonetas e ciclomotores entre veículos de faixas adjacentes. A proposta sugere que esses tipos de veículos circulem nas faixas utilizadas por automóveis ou em zonas exclusivas para motocicletas. Assim, se aprovado, os órgãos competentes deverão demarcar essas faixas em avenidas ou vias em que a velocidade ultrapassar os 50 km/h — igual já acontece em algumas avenidas na cidade de São Paulo. “É inegável que, ao trafegar no corredor, os motoqueiros correm mais riscos e têm chances maiores de sofrer um acidente. A principal razão para isso é a diferença de velocidade da moto em relação aos outros veículos, que geralmente é abusiva. Isso porque muitas pessoas passam no corredor na mesma velocidade que na pista, pilotando até mesmo acima de 100 km/h. Nesse caso, basta um simples descuido para que um acidente fatal aconteça”, ressaltou.

Gasolina e etanol: 1º recuo de 2023 – O preço médio do litro da gasolina e do etanol registrou a primeira redução do ano, de acordo com o último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), referente ao período de 1º a 13 de abril. A gasolina foi comercializada a R$ 5,85 nas bombas de abastecimento do país, com recuo de 0,48%, se comparado com o fechamento de março. “A última vez que o IPTL identificou uma redução no preço da gasolina foi em dezembro do ano passado, quando o valor recuou 1,06% em relação a novembro”, destaca Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

Ainda assim, diz ele, vale ressaltar que, neste ano, o preço do combustível já acumula alta de 9,94%. “Essas altas desde janeiro, acabam por refletir no mercado como um todo, pois como sinalizado no último Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os acréscimos no valor da gasolina também impulsionaram a alta deste indicador em março”, ressalta. Já o litro do etanol foi comercializado a R$ 4,58 no início de abril, com recuo de 0,40% ante março. “A última baixa no valor do etanol foi identificada em outubro, quando o preço do combustível ficou 4,58% mais barato em relação a setembro”, completa Pina. 

Todas as regiões brasileiras registraram redução no valor da gasolina. O preço médio mais baixo para o combustível foi identificado no Sudeste, onde o valor fechou a R$ 5,60, com recuo de 0,53%, em relação a março. A baixa mais expressiva foi no Sul, de 0,81%, que passou de R$ 5,65 para R$ 5,60. 

Já o etanol mais barato do país foi comercializado nas bombas do Centro-Oeste, a R$ 4,08. Porém, foi no Nordeste que ele apresentou a baixa mais expressiva, de 0,89%, com o litro que saiu de R$ 4,61 para R$ 4,57. Na análise por estado, a Paraíba apresentou a média mais baixa para a gasolina, de R$ 5,42 e Roraima a mais alta, de R$ 6,61. A redução mais expressiva para o combustível, de 1,89%, foi identificada no Acre, que fechou com o preço médio de R$ 6,06; e o maior acréscimo, no Alagoas, de 1,22%, ante março, que fechou com o valor a R$ 6,03. 

Ao contrário da gasolina, o etanol comercializado no Acre teve o aumento mais expressivo do país, de 4,37%, que passou de R$ 4,37 para R$ 4,56. Já o Piauí concentrou a redução mais expressiva para o combustível, de 4%, que passou de R$ 4,75 para R$ 4,57. O preço médio mais alto para o etanol foi registrado no Pará, a R$ 5,30, e o mais baixo, a R$ 3,79 no Mato Grosso.

“No período, o etanol foi considerado o combustível mais vantajoso para abastecimento nos Estados do Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Os demais tiveram a gasolina como a opção mais viável. Vale ressaltar que o etanol é considerado ecologicamente mais vantajoso para abastecimento, por ser capaz de reduzir consideravelmente as emissões de gases responsáveis pelas mudanças climáticas”, reforça Pina. 

Novo BMW X1 brasileiro – Até que enfim a BMW começou a produzir o novo X1 na fábrica de Araquari, Santa Catarina. Ele foi lançado há 6 meses na Europa. A produção do modelo faz parte do aporte de R$ 500 milhões anunciado em novembro de 2021. Além do novo X1, a fábrica de Araquari também é a responsável pela produção do Série 3, do X3 e do X4. Mas, um detalhe, a planta de Araquari é a única no mundo que só produz modelos a combustão.  A planta do tem área de 1,5 milhão de metros quadrados, sendo 112.893 metros quadrados de área construída. O novo BMW X1 chega com muitos atrativos para continuar sua jornada de sucesso no país. O modelo encerrou 2022, pelo sexto ano consecutivo, na liderança do segmento de SUV Premium.

Toyota: vem aí novo híbrido flex – A Toyota divulgou que vai investir R$ 1,7 bilhão na fabricação de um novo carro compacto no Brasil, de motor híbrido flex. Parte desses recursos virão da adesão da marca japonesa ao Programa ProVeículo Verde, do estado de São Paulo – que incentiva projetos de desenvolvimento de veículos menos poluentes por meio da liberação de crédito acumulado de ICMS. O modelo será produzido em Sorocaba (SP) e estará disponível para venda no final de 2024.A adesão da montadora japonesa ao programa possibilitará a execução de dois projetos em sua unidade de Sorocaba: R$ 1,63 bilhão para o novo híbrido flex e outros R$ 61,8 milhões para atualizar o Corolla Cross. Este é o maior valor de investimento já programado no âmbito do ProVeículo Verde desde o seu lançamento.

Bolt EUV elétrico – E o segundo carro elétrico da Chevrolet no Brasil chegará nos próximos dias, segundo revelou o portal INSIDEEVs, a partir de confirmação de Santiago Chamorro, presidente da General Motors América do Sul. O executivo não deu mais detalhes sobre como será o lançamento do veículo ou quanto irá custar. A chegada do Bolt EUV estava desde junho do ano passado. O crossover seria o primeiro lançamento entre os elétricos, seguido por Blazer EV e Equinox EV, antes previstos para 2024.

Como transportar bagagens sem levar multas – É óbvio que o transporte de bagagens precisa seguir a lei. E não só para evitar multas, mas também para garantir a segurança do condutor e dos passageiros. A pedido da coluna De bigu com a modernidade, a LeasePlan, líder mundial no setor de carro como serviço, preparou algumas dicas sobre transporte de bagagens.

Leis penalidades – Um dos erros mais comuns é colocar bagagem em cima do tampão interno do porta-malas. É importante saber: o artigo 105 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proíbe essa ação! Sendo assim, “obstruir a visão do retrovisor interno de veículos de passeio é uma infração grave sujeita à multa”. Outro cuidado que o motorista precisa ter é em relação ao peso máximo que o veículo pode carregar. Essa informação pode ser encontrada no manual. Trafegar com excesso de carga é infração grave com penalidade de R$ 195,23 e medida administrativa de retenção do veículo até que a situação seja resolvida – até que o excedente de carga seja removido.

É permitido transportar bolsas, mochilas, pequenos objetos e embrulhos soltos no veículo? Sim! Esse tipo de bagagem pode ser transportada solta perante a lei. Mas, atenção: mesmo itens pequenos podem ser perigosos em caso de um acidente. Em uma batida, um desses objetos pode se chocar com um dos passageiros e até matar. O recomendado é transportar qualquer tipo de bagagem no porta-malas ou no porta-luvas. No caso de bagagens maiores, elas são consideradas cargas. Assim sendo, transportar grandes malas soltas ou outro tipo de bagagem grande é infração passível de multa.

Altura e peso no teto – O bagageiro de teto é uma opção para quem tem um porta-malas pequeno. Mas, fique ligado: os tetos suportam em torno de 50 a 80 quilos. Por lei, a carga não pode passar de 50cm de altura. Uma dica para quem vai fazer uso do bagageiro de teto é colocar itens de menor peso, mas que ocupam mais espaço dentro do carro. E é necessário prender a carga com cadeados e travas, para evitar que a bagagem caia na estrada e cause acidentes.

Cuidados com bagageiro no teto – O centro de gravidade do veículo muda depois da instalação do bagageiro de teto, deixando o carro mais instável. Então, é mais do que necessário reduzir ainda mais a velocidade para fazer curvas, já que há risco de capotamento. Dirija com cuidado!

Dicas extras

➨Malas devem ficar no fundo e nas laterais do veículo. No meio, o ideal é colocar malas menores e mais leves;

➨Sacolas e caixas de isopor devem ser colocadas por último;

➨Mochilas podem ir por cima das malas;

➨No tampão interno do porta-malas o ideal é viajar sem bagagem. Mesmo pequenos objetos podem ferir os passageiros em caso de acidente.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Stellantis garante liderança no 1º trimestre

A marca dona da Fiat, Jeep, Peugeot, Ram, Citröen e outras foi dominante no mercado de automóveis e comerciais leves no Brasil, Argentina e América do Sul. Por aqui, a empresa superou a marca de 143 mil veículos comercializados no acumulado do ano, com uma participação de mercado de 32,7%. Quatro modelos produzidos pela Stellantis estão entre os 10 mais vendidos no país: Fiat Strada, a campeã nacional de vendas, Jeep Compass e os Fiat Argo e Mobi. Na Argentina, as vendas da Stellantis somaram 36 mil unidades, com 31,8% de participação no trimestre. A empresa também liderou o mercado no Chile em março, com 5.020 unidades comercializadas e 13,37% de participação.

Fiat – Fechou março mais uma vez como líder de mercado, com 22,1% de participação nas vendas e 41.448 unidades emplacadas. Com este desempenho, a marca pode comemorar também o primeiro lugar no acumulado do ano tanto no mercado em geral (22% de participação com 96,6 mil unidades) quanto nos segmentos de hatches (24,3%), A picape Fiat Strada é o veículo mais vendido no Brasil, com 23.772 unidades emplacadas de janeiro a março.

Jeep – A Jeep encerrou o primeiro trimestre como a marca líder entre os SUVs, com 19,6% de participação e 31.770 carros vendidos. Além disso, fechou o acumulado do ano como a sexta marca mais vendida do país, considerando todos os segmentos, com 7,2% de participação de mercado. O Compass bateu o seu recorde histórico mensal de vendas em março, com 6.987 unidades comercializadas e 48,1% de participação entre os C-SUVs.

Outras marcas – O desempenho da Stellantis no trimestre se completa com mais de 12,3 mil unidades vendidas das marcas Peugeot e Citroën, além de 2.433 unidades da picape Ram emplacadas, conquistando o segundo lugar entre as marcas premium.

Toyota: dez anos do seu primeiro híbrido – A japonesa Toyota comemora em 2023 os dez anos do lançamento do seu primeiro modelo híbrido no Brasil, o Prius. Com tecnologia até então pouco conhecida no mercado nacional, o veículo foi o pioneiro e principal responsável pelo desenvolvimento e popularização de uma das soluções mais amigas do meio ambiente, a híbrida flex. Com aproximadamente sete mil unidades comercializadas no país até 2021, o modelo, importado do Japão, teve sua apresentação oficial para o público no Salão de São Paulo, em 2012. Mas, antes mesmo do evento, o Prius já podia ser visto nas ruas paulistanas pelo fato de ter sido incorporado à frota dos táxis “verdes” do município.  “O Prius cumpriu um importante papel e abriu caminho para o desenvolvimento da tecnologia híbrida flex”, afirma Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil. O carro, equipado com dois motores, um a combustão e outro elétrico, se destacava por sua grande eficiência energética e de combustível, baixa emissão de CO2, e por ser reciclável: 95% do Prius era reutilizável, 85% totalmente reaproveitado e 95% dos componentes da bateria de longa duração poderia ser reaproveitados. Um avanço até os dias de hoje.

Toro, 400 mil unidades vendidas – A picape média da Fiat acaba de alcançar um importante marco: 400 mil unidades comercializadas no Brasil. Ela fechou 2022 como líder entre as picapes intermediárias, com praticamente 80% de participação em seu segmento, e segue líder no primeiro trimestre de 2023. “Desde seu lançamento, a Fiat Toro tem sido um modelo muito importante no portfólio da Fiat. Foi muito relevante em especial para o reposicionamento que a marca vem consolidando no mercado, avançando sobre a percepção de valor e ratificando sua liderança na região”, afirma Herlander Zola, vice-presidente sênior da Fiat na América do Sul. A Toro tem a maior caçamba e capacidade de carga da categoria, com 937 litros capazes de carregar até 750 kg nas versões flex e 1 tonelada nas diesel, além de 400 kg de reboque. As três versões da picape são equipadas com o motor turbo 270 flex, com 185 cv e 27,0kgvfm de torque.

Honda, líder dos mais buscados – A Webmotors acaba de anunciar o novo ranking de carros novos e usados mais buscados na plataforma pelos consumidores brasileiros em março. O Honda HR-V aparece, pelo segundo mês consecutivo, no topo do ranking dos veículos 0km mais procurados no período, seguido por Fiat Fastback e Hyundai Creta, respectivamente. A novidade fica por conta da entrada do Chevrolet Montana na lista, picape recém-lançada no mercado brasileiro, ostentando a sexta posição. A Honda também ocupa a primeira colocação entre os carros seminovos com o modelo Civic, de acordo com o Webmotors Autoinsights. Março, aliás, registrou o mesmo pódio do mês anterior, com Toyota Corolla e Chevrolet Onix em segundo e terceiro lugar, nessa ordem.

Busca por sedã cresce no Google – Comprar um carro híbrido ou elétrico nos próximos meses está nos planos de 52% dos consumidores brasileiros, segundo estudo feito pelo instituto de pesquisas de mercado online Offerwise, a pedido do Google. Dentre os principais fatores que motivam esses consumidores estão o status, apelo tecnológico, isenções e preocupações com o meio ambiente.

Ainda de acordo com a mesma pesquisa, uma das categorias que mais cresceu em buscas no Google foi a de sedãs, em que se destaca o Arrizo 6 Pro Hybrid, um modelo com tecnologia híbrida 48V, design elegante e tecnologia de ponta. O Arrizo tem como novidade a troca do alternador tradicional por um gerador/motor BSC. Nele, a energia é armazenada em uma bateria 48V, que é utilizada para auxiliar e aumentar o torque e potência gerados pelo motor a combustão, quando solicitado. Na prática isso representa 10 cv de potência e 40 Nm (4,1 kgfm) adicionais para o veículo.

Frontier passa em ‘crash test’ – A Nissan Frontier recebeu o reconhecimento “Auto mais seguro 2022” na categoria picape média do Prêmio Crash test, que destaca a segurança dos veículos na Argentina. Este é o quarto prêmio conquistado pela picape produzida em Córdoba, na Argentina, desde sua renovação em abril de 2022, que, além de abastecer o mercado interno, é exportada para três países: Brasil, Chile e Colômbia.

Chega a nova geração da Ducato – Em 2022, o mercado total de vans atingiu 64 mil emplacamentos – e a Fiat foi líder do segmento com 37% de market share. A marca, por sinal, já completa 25 anos no Brasil vendendo esses produtos: em 1998, lançou a Ducato, que já vendeu mais de 130 mil unidades. Para comemorar esse aniversário, a van chega à sua quarta geração. Com novo motor e cinco versões, a Ducato traz configurações tanto para cargas como para transporte de passageiros e pode ser usada para inúmeros negócios, como ambulância, hortifruti, petshop, transporte escolar, motorhome e muito mais.

O motor é feito sob medida para vans: um turbodiesel 2.2, com 140 cv de potência e 34,0kgfm de torque. Segundo os engenheiros da marca, ele está 13% mais econômico, 7% mais potente e ganhou 6% de mais torque comparado com a geração anterior.

Preços

Ducato Cargo: R$ 246 mil
Ducato MaxiCargo: R$ 250 mil
Ducato Multi: R$ 261.490
Ducato Minibus Comfort: R$ 310 mil
Ducato Minibus Executivo: R$ 320 mil

GWM entrega os primeiros Haval H6 – No mês em que a GWM Brasil inicia a inauguração da sua rede de concessionárias no país, a montadora fez a entrega oficial dos veículos que foram adquiridos pelos dois primeiros clientes da marca. Moradores de Santa Catarina, os dois compradores receberam as chaves das mãos dos executivos da GWM. 

Coincidentemente, os modelos são da mesma versão e cor: Haval H6 Premium HEV com pintura Cinza Diamante. Também é a primeira vez que os dois compradores tiveram a oportunidade de ser proprietários de um modelo híbrido. Como as três lojas físicas em Santa Catarina ainda não foram oficialmente inauguradas, os dois primeiros donos de Haval H6 fizeram sua compra pela loja virtual da GWM Brasil no site do Mercado Livre (gwmmotors.mercadolivre.com.br).

NE: gasolina ou etanol? – Dados do último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), apontam que o litro da gasolina no Nordeste foi vendido a R$ 5,85 no fechamento de março, após acréscimo de 8,40% no valor, ante fevereiro. Já o etanol encerrou março a R$ 4,61, após alta de 3,64% em comparação ao mês anterior. ”A Paraíba comercializou a gasolina pelo preço médio mais baixo”, comenta Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. Se comparada ao etanol, a gasolina é economicamente mais vantajosa para o abastecimento em todo o Nordeste. Com o etanol, o motorista conta com um combustível ecologicamente mais viável. Por ser produzido com cana-de-açúcar ou milho, o combustível é capaz de reduzir consideravelmente as emissões de gases responsáveis pelas mudanças climáticas.

Os significados dos nomes dos modelos da Jeep – Renegade, Compass, Commander, Wrangler e Gladiator são nomenclaturas comuns para os modelos da marca Jeep. Mas você sabe o que significa cada um dos nomes? Nomear um veículo não é uma tarefa fácil. Ao contrário: é um processo complexo, que exige uma série de pesquisas, análises e muita criatividade. Na Jeep, este caminho traz um teor histórico e torna-se natural associar nomes icônicos a carros novos que têm o mesmo conceito e atitude de antigos modelos. O resultado final são carros modernos com emblemas que traduzem o legado e a trajetória da marca.

Tanto é que a maioria dos atuais modelos da marca carrega a história de antecessores, como, por exemplo, o Renegade. Seu nome veio de uma versão do CJ. Já o Compass foi lançado em 2006 nos Estados Unidos. E o primogênito do Commander, assim como o modelo atual, também abrigava sete ocupantes. Bússola, comandante, gladiador: a maioria das nomenclaturas vem do inglês, em referência à origem da marca, que remonta a 1941, quando o exército dos EUA assinou um contrato com a Willys-Overland para esta ser a principal fornecedora do exército americano. Mais do que isso, cada um deles também remete às suas características fundamentais, como valentia, estilo de vida e habilidades off-road.

Renegade – Modelo do segmento B-SUV, empresta seu nome de uma versão do clássico CJ e que, nos anos 1990, batizou também um pacote de opcionais do Wrangler. Requintes estéticos, como faixas decorativas e para-choques distintos, além de aprimoramentos para o off-road, tais quais pneus e amortecedores mais parrudos e rodas exclusivas, o diferenciavam da versão convencional.

Na tradução do inglês significa “renegado”, ou “aquele que quebra tradições”, o que realmente fez, já que o Renegade mudou o mercado de utilitários esportivos no Brasil e entrou para a história, sendo o primeiro modelo fabricado no Polo Automotivo Stellantis em Goiana. O Renegade é hoje o único do seu segmento que oferece versões 4×4 e conta ainda com o motor mais potente da categoria em todas as versões. Um verdadeiro Jeep!

Compass – Em inglês, significa bússola, instrumento utilizado para navegação e orientação. De fato, o modelo foi como uma bússola que mostrou o caminho para a Jeep chegar ao topo dos SUVs médios. Outro conceito que o modelo carrega em seu nome é a ideia de que te levará aos lugares que você deseja. Atualmente, o Compass é líder absoluto entre os SUVs médios no país nos últimos 6 anos e tem produção no Polo Automotivo Stellantis em Goiana, Pernambuco. Além das versões produzidas em Goiana, o Compass também foi o primeiro modelo eletrificado da Jeep no Brasil, com a versão 4xe, importada da Itália.

Commander – Mais um nome inspirado em um clássico da marca. Importado da Áustria e apresentado no Salão do Automóvel de 2006, era imponente com seus 5,12 metros de comprimento, três tetos solares e motor V8 de 326 cv. Trazia mimos inéditos, como ajuste elétrico de distância dos pedais. Tal como o atual, o antigo Commander também oferecia sete confortáveis lugares.

E o “comandante” é também o líder absoluto entre os D-SUVs praticamente desde que foi lançado e mantém a posição com folga: no último mês garantiu 32,6% de market share da categoria. Além disso, é o primeiro Jeep desenvolvido no Brasil e recentemente conquistou a marca de 40 mil unidades produzidas.

Wrangler – Sucessor do CJ, o Wrangler foi incorporado à linha da Jeep depois de 1987, quando a marca foi comprada pela Chrysler. No inglês, significa um cowboy, que trabalha duro independente da situação, assim como o SUV da Jeep, que é feito para qualquer terreno e possui a melhor tração 4×4 do segmento.

Gladiator – O “gladiador” (tradução do inglês) da Jeep chegou ao mercado brasileiro no ano passado com a missão de colocar a marca em uma nova categoria e ser a picape mais capaz do segmento. Assim como um soldado romano, a picape da Jeep é robusta, forte e preparada para qualquer situação.

No entanto, essa não foi a primeira picape da Jeep a ser batizada com esse nome.  A primeira Gladiator foi fabricada entre 1962 e 1971, nos EUA, como sucessora da Willys Jeep Truck. Na Argentina, essa produção ocorreu até 1977.

Vale ressaltar que todos os modelos que a Jeep disponibiliza no mercado brasileiro contam com versões 4×4 e uma capacidade off-road caprichada. Algumas versões contam ainda com o selo Trail Rated, coroação destinada aos mais capazes no off-road e insuperáveis em cinco importantes exigências: tração, distância do solo, articulação, manobrabilidade e capacidade de submersão.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Carro de alto luxo perde valor

Recentemente, a equipe de Estatísticas da Mobiauto fez um levantamento para apurar a variação de preços dos carros seminovos mais procurados na plataforma – modelos como Onix, Strada, HB20, Gol etc. Best sellers no mercado de novos e usados, esses modelos registraram uma variação negativa de 5,39% entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023. Depois de um período incomum de alta nos preços desses veículos seminovos durante a pandemia, percebeu-se uma reversão dessa escalada das cotações, com o início de um processo lento de depreciação na grande maioria dos casos.

Mas e o que estaria ocorrendo na outra ponta do mercado de seminovos e usados, com os veículos de altíssimo luxo? A empresa repetiu a pesquisa e utilizou sua base de dados igualmente nos meses de fevereiro deste ano e de 2022, justamente para ter uma baliza concreta de comparação. E a surpresa: o clube dos R$ 300 mil (ou mais) não se saiu mal: a desvalorização desses modelos no último ano foi de 8,49% em média.

Se você considerar que, historicamente, esses importados sempre tiveram depreciações mais acentuadas, a perda de três pontos percentuais, na média, frente aos modelos mais badalados do mercado de usados não é nada ruim. “Ao contrário. Nós víamos modelos que perdiam mais de 20% de um ano para o outro, o que, dependendo do valor do carro, subtraíram R$ 70 mil ou R$ 80 mil em somente 12 meses do bolso do proprietário”, explica Sant Clair Castro Jr. consultor automotivo e CEO da Mobiauto. “Ainda há alguns poucos carros com desvalorizações expressivas, mas, na média, eles se comportaram bem nesse último ano”.

Um dos três maiores marketplaces de carros usados do país, a Mobiauto apurou as cotações de 43 veículos, entre os anos-modelos 2014 e 2022. Nem todos os carros ingressaram com cotações – só aqueles que tiverem volumes expressivos de anúncios, como os BMW 330, Série 4, X3, X4, X5 e X6; os Chevrolet Camaro e TrailBlazer; o Ford Mustang; o Jaguar E-Pace; o Jeep Commander; a RAM 2500; a Toyota SW4 e a Hilux cabine dupla etc.

Apesar de a média revelar um patamar bem aceitável, alguns modelos merecem destaque, face ao fato de terem conseguido a proeza de se valorizarem no último ano. Foram só três, mas são dignos de nota. Abaixo, você confere a lista dos cinco veículos mais bem ranqueados na pesquisa Mobiauto.

Sant Clair faz outra observação. “Fica claro que os modelos mais usados, e o BMW X5 2021 é a exceção que confirma a regra, perderam bem menos. É preciso lembrar que muitos carros novos faltavam à pronta-entrega durante a pandemia, elevando as cotações dos seminovos. Só que isso hoje não ocorre mais. Resultado: o seminovo caiu de preço”, explica. Outro dado curioso consiste na média de depreciação de cada marca. Bem menos “científico” do que a pesquisa de variação de preços dos modelos, conforme apresentamos acima, esse ranking de marcas inclui só os modelos mais anunciados e procurados de cada montadora. Não é um ranking absoluto, portanto. Mas dá algumas pistas de quem é quem no segmento de alto luxo.

L200 e Eclipse Cross – A Mitsubishi Motors pôs no mercado séries especiais da L200 Triton Sport Savana e do Eclipse Cross Sport. A picape dessa linha foi apresentada pela primeira vez em 2004 e traz uma série de acessórios como snorkel, bagageiro com rampa, rock sliders nas laterais e caçamba com acabamento anti-riscos e caixa multifunções (para transporte de cargas menores). O apelo 4×4 do modelo também é reforçado pelas imponentes rodas em aço de aro 17 com pneus GoodYear Duratrack 265/60/27. Já a série limitada do Eclipse Cross Sport tem ‘apelo esportivo’, mas não há data para o início das vendas.

Preço do diesel caiu 3,6% em março – Segundo o último Índice de Preços Ticket Log (IPTL), após a redução de 4,48% no valor do diesel no repasse às refinarias, anunciado em 23 de março, em poucos dias as bombas de abastecimento do país já apresentavam recuo de 0,85% no preço médio nacional do tipo comum e de 1,31% no valor do tipo S-10.

“Isso ocorreu na maioria das regiões brasileiras, com destaque para o Nordeste, onde, em quatro dias, o tipo comum já registrava redução de 1,02% no preço do tipo comum; e no Norte, onde o tipo S-10 já apresentava redução de 2,94%”, afirma Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

Todas as regiões registraram redução no preço do diesel, com destaque para o Sul, onde o tipo comum recuou 4,56% e fechou a R$ 5,78 e o tipo S-10 ficou 4,78% mais barato que em fevereiro e fechou março a R$ 5,84. Essas também foram as médias mais baratas entre as regiões. Já as mais caras novamente foram encontradas no Norte, a R$ 6,86 o comum e R$ 6,98 o S-10.

Apenas o Amazonas registrou aumento no preço dos dois tipos de diesel, com o comum 2,83% mais caro e comercializado a R$ 6,68; e o S-10, com aumento de 0,91% fechou a R$ 6,68. Sergipe foi destaque entre os recuos mais expressivos, com redução de 7,51% para o tipo comum e de 7,55% para o S-10. As médias mais baixas foram identificadas nas bombas de abastecimento do Paraná, que comercializam o comum a R$ 5,69 e o S-10 a R$ 5,76. Roraima liderou o ranking do preço médio mais caro, com o comum a R$ 7,70 e o S-10 a R$ 7,81.

VW e os 20 anos do total flex – Etanol ou gasolina? Tanto faz. A tecnologia que deu ao consumidor brasileiro liberdade de escolha e a possibilidade de optar pelo combustível mais econômico comemora 20 anos. E a Volkswagen relembra o marco da tecnologia Total Flex, inteiramente desenvolvida no Brasil e apontada internacionalmente como exemplo de contribuição da indústria automobilística à sustentabilidade e à preservação ambiental. Foi em março de 2003 que a marca alemã mostrou ao público o Gol Power 1.6 Total Flex, primeiro modelo no país capaz de rodar com gasolina, etanol ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção.

Vêm aí mais modelos Midnight, RS e Z71 – A Chevrolet vai expandir seu portfólio especial, garantindo uma identidade bem determinada para fãs da marca. E as três versões especiais de maior sucesso da marca vão chegar a mais modelos até o fim deste ano. Dessas novidades, apenas uma já foi oficialmente revelada: a nova S10 Midnight, que é uma das versões de maior sucesso da picape e retornará ao mercado com evoluções tecnológicas e de design. Todos os detalhes serão apresentados no momento da chegada do produto à rede de concessionárias Chevrolet, ainda em abril. Os modelos Midnight se diferenciam pelos acabamentos e pela carroceria também em tons escurecidos. Já os carros da linha RS trazem elementos exclusivos que deixam o visual do veículo mais arrojado e esportivo. Atualmente está disponível para Onix, Cruze e Equinox. Enquanto a versão Z71 é cultuada globalmente principalmente por agregar um conjunto mais aventureiro a utilitários 4×4. Sua estreia no Brasil aconteceu em 2021, na picape S10.

Recall para o Accord e o CR-V – A Honda Automóveis está convocando os donos dos modelos Accord e CR-V a comparecerem a uma das concessionárias para substituir as travas do cinto de segurança do motorista e/ou passageiro. Algumas unidades podem apresentar falha no travamento do cinto de segurança dianteiro. Com o veículo em movimento, o cinto pode se soltar sem que seja acionado seu botão de liberação, colocando em risco a segurança dos ocupantes do veículo e/ou a terceiros. Os reparos serão gratuitos e terão início nesta terça (11. Mais informações, 0800-701-3432.

Novo C3 bate as 15 mil unidades – O hatch da Citroën ganhou vários prêmios no ano passado e acaba de bater a marca de 15 mil unidades vendidas desde o seu lançamento.

Em março, acompanhando o mercado, a marca Citroën apresentou crescimento de 53% e volume total de 2.835 carros emplacados. Lançado em agosto do ano passado e primeiro de uma família de três modelos pensados a região e produzidos na América do Sul, o Novo Citroën C3 tem o maior porta-malas do segmento, além de duas opções de motores consagradas no país: o 1.6 16V da família EC5 com até 120 cavalos e 15,7 kgfm e o 1.0 Firefly de até 75 cv e 10,7 kgfm.

Perigos dos caminhões de caçamba – Os caminhões basculantes – conhecidos pela caçamba móvel – devem se adequar imediatamente à Resolução 859/21 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que exige a instalação de dispositivo de segurança sonoro e visual. O objetivo é emitir um sinal de alerta todas as vezes que a caçamba for acionada, na tentativa de evitar acidentes. A Federação Nacional da Inspeção Veicular (Fenive) destaca que essa é uma demanda antiga para aumentar a segurança no trânsito no Brasil, porém até agora faltava uma ação concreta das autoridades para coibir a circulação dos caminhões que não estiverem adequados. De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a fiscalização será responsabilidade dos agentes de trânsito.  A Resolução 859/21 prevê que, em 2023, os caminhões com placas com final ímpar só poderão efetuar o licenciamento se estiverem com os equipamentos instalados e em funcionamento. A partir de 2024 a regra vale para os demais, com placas pares.

O diretor-executivo da Fenive, Daniel Bassoli, explica que o debate em torno da exigência de dispositivos sonoros ocorre há vários anos no Brasil. “Nos últimos anos foram registrados inúmeros acidentes envolvendo caminhões basculantes. O grande problema é que a estatística de trânsito no Brasil é feita de forma genérica, sem especificar o tipo do acidente, o que inviabiliza a identificação dos principais problemas para que sejam estabelecidas as políticas públicas”, comenta.

Em 2018, a Fenive divulgou um levantamento que mostrou que 58% dos caminhões basculantes inspecionados foram reprovados. Ao todo, ao longo de 12 meses, 3,4 mil caminhões basculantes foram analisados. Destes, 8% foram reprovados em decorrência de defeitos ou ausência no dispositivo de segurança. Também foram identificados problemas no sistema de freios, faróis, suspensão e outros itens que prejudicam a segurança veicular.

São vários acidentes recentes no Brasil, inclusive com vítimas. No dia 10 de março, no município de Barra Mansa (RJ), duas pessoas ficaram presas dentro de um caminhão basculante depois de atingir a rede elétrica da cidade. A caçamba do veículo foi acionada de forma involuntária e acabou arrancando parte da fiação local. Devido ao risco de uma descarga elétrica, o motorista e seu ajudante só puderam sair da cabine do veículo depois que a empresa de energia desativou a rede.

Em 16 de fevereiro, ao circular com a caçamba erguida, um caminhão derrubou um poste com transformador na entrada do bairro Nair Maria, em Salto (SP). Com a queda do poste, bem na entrada do bairro, um veículo foi atingido e a fiação exposta exigiu a paralisação do trânsito.

Como ligar o carro depois de uma enchente? – Os conjuntos do carro possuem vedação e proteção contra água devido às chuvas, mas a situação crítica originada por uma enchente pode trazer sérios problemas ao veículo. Quanto maior for a exposição à água e o tempo de contaminação, piores serão as complicações para o automóvel. Por isso, a Motul, multinacional especializada em lubrificantes, enfatiza que o motorista deve buscar locais altos e seguros para o veículo durante uma enchente, a fim de conseguir um abrigo para si próprio e evitar que os sistemas do carro sejam contaminados. Após o incidente, o automóvel tem que ser levado o quanto antes a uma oficina mecânica de confiança para que as devidas verificações e troca de fluidos sejam realizadas. “Mesmo que, visualmente, o carro não aparente ter sofrido avaria, o motorista não deve jamais tentar ligar o veículo”, ressalta Caio Freitas, engenheiro de Aplicação da Motul Brasil. “Ocorrências como essa costumam contaminar, inclusive, fluidos e lubrificantes, o que, durante a tentativa de funcionamento ou circulação por certo período com água no sistema, pode acarretar em danos maiores.

Medidas necessárias – Em caso de enchentes, o veículo precisa, se possível, ser rebocado até uma oficina de confiança para execução dos procedimentos adequados e verificação detalhada do filtro de ar, cabos e velas. O carro deve ser ligado somente depois de todas as averiguações feitas pelo mecânico. “O descumprimento desta recomendação pode causar danos ao veículo, uma vez que há a possibilidade da água invadir alguns reservatórios e componentes, provocando falhas aos itens não verificados”, explica Freitas. Um veículo que enfrentou uma enchente intensa pode apresentar, principalmente, oxidação e corrosão das peças, e contaminação dos fluidos, lubrificantes, partes estofadas e assoalho, além de danos mecânicos e eletroeletrônicos nos sistemas de injeção, multimídia, controle de estabilidade e ABS.

Troca do óleo do motor – A contaminação dos fluidos com água gera perda significativa de propriedades e performance em cada sistema, contribuindo para o mau funcionamento das peças. É fundamental, portanto, fazer a troca completa não só do óleo do motor, como de todos os fluidos, desde o lubrificante de motor, passando pela transmissão, até os fluídos de freio e de arrefecimento. Também é necessário substituir os filtros de ar, óleo e de combustível. “A inexistência da mudança dos fluidos pode, em determinados casos, aumentar os danos mecânicos do veículo, ocasionar calço hidráulico em alguns sistemas e até oferecer risco de segurança aos passageiros”, alerta Freitas.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Fastback, versão Impetus: intermediária ou topo de linha?

Dois SUVs Fiat duelam, metro a metro, com as mesmas armas (motor e câmbio), para garantir, somados, mais 5 mil unidades/mês: o Pulse e o Fastback – com o último ficando centímetros atrás no ranking dos mais vendidos. O SUV cupê – que divide plataforma com o Pulse – tem três versões para o consumidor: a Audace, de entrada, a partir dos R$ 140 mil, a Impetus T200, intermediária, que custa R$ 145.490, e a Limited Edition (com associação à marca italiana esportiva Abarth, também do grupo Stellantis, por R$ 158.490). Este colunista avaliou a Impetus, que seria a intermediária – mas, que, por oferecer um bom pacote de equipamentos de conforto e segurança, nem parece estar num meio-termo. Tem, de verdade, itens semelhantes à topo-de-linha Abarth. O que muda? O motor? Esta última é equipada com 1.3 turbo de até 185cv e 27,5kgfm de torque.

E como tem virado moda, com o cliente customizando o máximo possível seu querido bem, a Impetus (via Mopar, também da Stellantis) também permite um monte de opções. Se você escolher uma cor como a cinza Silverstone com teto prpeto vulcano, é necessário desembolsar mais R$ 2 mil. Para bancos em couro, acrescente R$ 1,3 mil. Para um conjunto de liga-leve premium, reserve mais R$ 1 mil. Se quiser incrementar com alguns acessórios, saiba: adesivo de capô preto custa R$ 198,80 e o alarme volumétrico, R$ 774,78.  Em suma, o carro nessa configuração chega aos R$ 150 mil. Vale? Pelo conjunto de equipamentos de segurança, o tamanho do porta-malas, a tradição da marca etc, vale, sim.

Vejam que a versão traz de série, por exemplo, um bom sistema de auxílio ao motorista na condução: frenagem autônoma (com sinalização prévia) de emergência, alerta de mudança involuntária de faixa, troca automática de farol alto/baixo, controle eletrônico de aceleração e controle eletrônico de tração. Ainda na questão de segurança, a lista de série oferta cadeirinhas infantis Isofix, alerta para ‘descuido’ com o cinto de segurança (motorista, passageiro dianteiro e passageiros traseiros) e quatro airbags. Internamente, bons materiais garantem conforto – não luxo, claro. O volante, padrão da Fiat, é multifuncional e a central multimídia elevada é bem caprichada. A conectividade com os sistemas operacionais Android e Apple é sem fio e com GPS nativo. E ainda tem internet integrada.

Na semana emprestado à De bigu com a modernidade, o modelo – versão completíssima da Impetus – rodou em vias urbanas e por uns 300km em estradas, parte delas de chão batido. O motor 1.0 turbo, capaz de gerar até 130 cv e 20,4 kgfm de torque, dá conta da pressão do pedal e do peso de 1,3 mil quilos da versão. Aliás, o conjunto (com câmbio CVT com simulação de sete marchas e possibilidade de trocas manuais via aletas atrás do volante) já é bem conhecido: outros modelos das marcas do grupo Stellantis já o usam, com sucesso. Vale usar/testar o modo Sport, acionado via botão vermelho no volante. Em um segundo ele eleva as RPMs e segura muito bem nas ultrapassagens e retomadas, melhorando a segurança nessas ações. No entanto, é um carro urbano, para o dia a dia, sem exigí-lo demasiadamente. Por exemplo: a relação peso-potência 1.262kg / 130cv) fica em torno dos 9,6kg).

O consumo, segundo medição do Inmetro, e usando-se etanol, chega a 8,1 km/l na cidade e 9,7 km/l na estrada. Com gasolina, faz 11,3 km/l e 13,9 km/l e, respectivamente. A suspensa é rígida (ou dura, se preferirem) – isso é sentido em trechos de terra. Há quem goste, como eu. Outro ponto diferenciado do Fastback é a capacidade do porta-malas: são quase 600 litros disponíveis. E por falar em medidas, vale ressaltar: o carro é grande (4.427 mm de comprimento), mas tem entre-eixos relativamente pequeno (2.533mm)

Jeep apresenta carros-conceito – Um conjunto inteiramente novo de veículos conceituais atraentes – e com muita capacidade off-road – será revelado e testado durante o 57o Easter Jeep Safari, que até 9 de abril em Moab, no estado norte-americano de Utah. Serão sete Jeep únicos para levar o fora-de-estrada para o que a marca diz ser um próximo patamar e para provar a lendária capacidade 4×4 dela. Quatro deles serão conceitos eletrificados, incluindo o Jeep Wrangler Magneto 3.0. A cada ano, mais de 20 mil fãs da Jeep vão até Moab para dirigir nas condições off-road mais extremas. “É o local perfeito para exibir os nossos conceitos”, diz Jim Morrison, vice-presidente Executivo da Jeep na América do Norte. Esses carros-conceito estão equipados com conjuntos de motorização avançados. O Magneto, primeiro conceito elétrico a bateria (BEV) apresentado pela marca, chega ao terceiro modelo da família, o Magneto 3.0.

Ford lança a Transit automática – A Ford já começou a vender a Transit automática, a primeira van com esse tipo de câmbio do Brasil. No futuro, virão a Transit Chassi e a E-Transit 100% elétrica. A nova transmissão é de dez marchas com conversor de torque – que, segundo a marca, diminui o custo total de operação: por não requerer a troca do kit de embreagem, ela exige menos paradas de serviço e contribui para reduzir em cerca de 70% o custo de manutenção do sistema de transmissão.  São duas versões: minibus e furgão. Os preços vão de R$ 298.200 para a versão minibus vidrada a R$ 274.500 para o furgão.

Gasolina chega a R$ 6,66 – O último Índice de Preços Ticket Log (IPTL), referente ao período de 1º a 29 de março, mostra que o preço médio dos combustíveis segue tendência de alta. A gasolina foi vendida, por exemplo, a R$ 5,88, com aumento de 8,92% quando comparado a fevereiro. O litro mais caro para o combustível custou R$ 6,65 em Roraima; o mais barato, R$ 5,42 na Paraíba – uma diferença de 23% entre ambos. Já o etanol fechou o período a R$ 4,60, com acréscimo de 3,7% ante o mês anterior. A média mais alta para o etanol foi de R$ 5,33 no Pará; a mais baixa, a R$ 3,82 no Mato Grosso, numa variação de 28%. No período, nenhum estado apresentou redução para a gasolina, e o aumento mais expressivo, de 16,5%, foi identificado no Amazonas, onde o combustível passou de R$ 5,63 para R$ 6,54. No recorte por região, nenhuma delas registrou redução, tanto para a gasolina quanto para o etanol. Os aumentos chegaram a 10,01% para a gasolina, como é o caso do litro comercializado no Norte; e de 5,06% para o etanol vendido na mesma região. Além dos acréscimos mais expressivos, o Norte também liderou o ranking do maior preço médio entre as regiões, para os dois combustíveis, com a gasolina a R$ 6,24 e o etanol a R$ 5,00. 

GSX-S 1000 renovada – A Suzuki do Brasil começou a vender a esportiva sem carenagem GSX-S 1000. O preço? No mínimo, R$ 79.600 (sem frete). Ela ganhou acelerador com comando eletrônico, embreagem deslizante assistida, controle de tração dinâmico, quick shifter bidirecional, iluminação em LED, painel de instrumentos digital com tela LCD e três modos de condução selecionáveis. O conjunto de propulsão é um quatro cilindros com 999cm3, com um comando duplo no cabeçote para acionar as 16 válvulas. Entrega, assim, 150cv de potência e 10,8 kgfm de torque. O câmbio é mecânico de 6 velocidades.

Nissan: viagem de polo a polo – Em meio às paisagens cobertas de neve na região ártica, os aventureiros Chris e Julie Ramsey iniciaram a aguardada expedição Pole to Pole. Em sua jornada a bordo do 100% elétrico Nissan Ariya, o casal britânico vai dirigir por mais de 27 mil km passando pelas américas do Norte, Central e do Sul, em direção ao ponto mais remoto da Terra, o Polo Sul, na região Antártica – onde pretendem chegar em dezembro deste ano. Além do pioneirismo de percorrer essa jornada entre os dois extremos do planeta a bordo de um automóvel, a equipe Pole to Pole está enfrentando ainda um desafio a mais: realizá-la em um veículo 100% elétrico. O casal Chris e Julie embarcou nesta jornada esperando contribuir para acelerar a adoção da mobilidade elétrica em uma ação positiva contra a crise climática.

O Nissan Ariya que está participando da expedição passou por modificações mínimas para melhor enfrentar os terrenos extremos que a equipe deve encontrar pelo caminho. Entre elas, destaque para a suspensão, que foi elevada e recebeu caixas de roda maiores para acomodar os enormes pneus de 39 polegadas, que ajudarão o carro a “flutuar” na neve espessa e nos bancos de gelo do Ártico. Entretanto, não foram feitas modificações na bateria e nem no motor elétrico, que continuam sendo os mesmos de fábrica. O mesmo vale para a tecnologia avançada do sistema e-4orce de controle de tração integral elétrica da Nissan, presente também em outros veículos eletrificados da marca.

Enquanto viaja pelas remotas regiões polares, o casal vai transportar uma inovadora unidade geradora de energia renovável, incluindo uma turbina eólica e painéis solares dobráveis. O protótipo vai aproveitar a grande incidência de vento prevista durante o percurso e as longas horas de sol para utilizar a energia natural para recarregar a bateria do Ariya enquanto o casal Chris e Julie descansa. A equipe espera que o inovador sistema de recarga de baterias deixe um legado positivo, inspirando a transição para os veículos elétricos em futuras explorações polares.

Elétricos: pontos de recarga crescem 300% – O mercado de carros elétricos no Brasil está, de fato, em constante crescimento. Recentemente, o setor atingiu um marco histórico com a venda de mais de 10 mil carros elétricos no país, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Outro número impressionante que chama a atenção para esse mercado é a quantidade de postos de recarga disponíveis em todo o país. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em agosto de 2022 já existiam 1,2 mil pontos de recarga em operação no território nacional. Esse número representa um aumento de mais de 300% em relação a 2018, quando o país contava com apenas 300 pontos de recarga.

“À medida que a tecnologia continua a evoluir, podemos esperar ter carregadores mais eficientes, mais rápidos e mais inteligentes. E a recarga está se tornando cada vez mais fácil e conveniente”, explica o CEO da Rinno Energy, Fabrizio Romanzini. Ele diz que o Brasil tem se destacado também no mercado de ônibus elétricos. E que os carregadores ultra-rápidos, por exemplo, são capazes de fornecer até 350 kW de energia para as baterias dos elétricos, permitindo que os motoristas recarreguem seus veículos em apenas alguns minutos. “Tanta evolução impacta também no crescimento da demanda por veículos elétricos como ônibus, por exemplo. Já percebemos dezenas de transportadoras optando por caminhões elétricos para a entrega, chamados de last mile. Que também precisam de uma carga rápida pois rodam muito. O que é um primeiro passo para o uso em caminhões de grande porte e jornada mais longa”, diz ele.

Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicam que, em 2021, foram produzidos mais de 1,3 mil ônibus elétricos no país, um aumento de mais de 50% em relação ao ano anterior. Esses números mostram que o Brasil está cada vez mais comprometido em tornar a mobilidade elétrica uma realidade no país.

“As empresas estão desenvolvendo novas tecnologias para tornar os carregadores mais eficientes e mais rápidos. Isso reduz o tempo de carga e estimula as pessoas e empresas a migrar a matriz energética dos seus veículos e meios de transporte. Na Europa já se discute muito sobre o uso da tecnologia DC e como preservar e prolongar a vida útil da bateria”, diz Fabrizio Romanzini.

As primeiras tentativas de carregamento para veículos elétricos eram feitas com a utilização de tomadas domésticas. Embora fosse uma opção prática e barata, a recarga lenta e a falta de segurança desses sistemas tornaram-se um obstáculo para a popularização dos carros elétricos. A demanda por carregadores mais eficientes e seguros levou à criação de sistemas de carga mais sofisticados, como os carregadores de parede e estações de recarga públicas.

Inicialmente, esses sistemas ainda utilizavam corrente alternada (AC) para carregar as baterias dos carros elétricos. Porém, sabe-se hoje que a carga AC é uma forma mais prática e barata para quem utiliza veículos elétricos na cidade e busca o melhor custo-benefício ao ter um carro elétrico. A carga DC é a melhor alternativa para quem procura por uma recarga rápida, necessidade para motoristas que percorrem longos trechos diários, e necessitam carregar seus veículos em pouco tempo.

“No hemisfério norte tem se optado muito pela carga AC em residências e empresas com motoristas que percorrem trechos curtos. Para quem precisa percorrer longas distâncias ou não precisa estar sempre rodando, a solução para esses problemas foi a utilização de carga de corrente contínua (DC). A carga DC é capaz de fornecer mais energia para as baterias dos veículos elétricos em menos tempo, permitindo que os motoristas recarreguem seus veículos em minutos, em vez de horas”, explica o CEO da Rinno Energy.

Outra tendência importante no mercado de carregadores para carros elétricos é a integração de soluções inteligentes, como a comunicação sem fio e a automação. Os carregadores inteligentes podem se comunicar com a rede elétrica e com os carros elétricos para determinar a melhor hora para recarregar os veículos. Isso pode ajudar a equilibrar a demanda de energia da rede elétrica e evitar sobrecargas durante os horários de pico.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Como transportar bicicleta no carro: um guia completo

Segundo dados da Bicycle-Guider, há mais de 1 bilhão de bikes espalhadas por todos os países, com 40 milhões só no Brasil, em média. Nas vias urbanas, aliás, elas estão cada vez mais presentes. Há quem leve a sua até em viagens. Mas, fique atento à legislação para evitar multas. Para te ajudar com isso, a LeasePlan, empresa de gerenciamento de frotas, montou um guia muito interessante para você levar a bicicleta no carro sem ter problemas. Antes de mais nada é importante saber que, no geral, as bicicletas não podem atrapalhar a visibilidade das placas ou luzes do carro. A única lâmpada que pode ser tampada é a lanterna de freio elevada (brake-light). Também é importante que elas não comprometam a estabilidade ou a condução do veículo. Para aqueles que desejam transportar a bike na tampa traseira, atenção: é preciso usar uma segunda placa! Essa placa de identificação deve ser lacrada na parte estrutural do veículo em que estiver instalada, no lado direito do para-choque ou carroceria.

  • Todos os acessórios, tais como cabos, correntes, lonas, grades ou redes que sirvam para acondicionar, proteger e fixar a carga deverão estar devidamente ancorados;
  • As bicicletas não podem extrapolar o peso máximo especificado para o carro ou sua largura máxima;
  • Não podem ultrapassar a frente do automóvel ou as dimensões autorizadas na Resolução nº 210;
  • Extensor de caçamba: a carga não pode ultrapassar 60% da distância entre eixos. As bicicletas devem estar bem acondicionadas, de modo que não se arrastem ou caiam na via;
  • O transporte pode ser feito no teto do veículo, desde que fixada em dispositivo apropriado.

Multa – De acordo com o artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro, conduzir o veículo “com qualquer uma das placas de identificação sem condições de legibilidade e visibilidade” é infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira.

Transporte dentro do carro – Só é possível transportar uma bicicleta dentro do automóvel se ela estiver desmontada! Caso queira viajar com ela montada, você pode ser multado. Ainda assim, também é preciso lembrar de prendê-la corretamente, pois, se ficar solta, pode causar acidentes.

Tipos de suporte: 

De teto – O benefício desse tipo de suporte é que ele não tampa nenhuma placa e também não atrapalha na hora de abrir o porta-malas. Em relação à altura da bicicleta, segundo a resolução 349, que fala sobre o transporte de bicicletas, não há limite nesses casos. A única preocupação deve ser na hora de passar em lugares com árvores, viadutos com com teto baixo etc.

Traseiro – Esse tipo de suporte pode danificar o veículo – por isso, muito cuidado! A instalação do suporte deve ser feita entre a lataria e o para-lama e precisa ficar a uma altura em que a bicicleta não arraste no chão. O motorista também precisa ficar atento se a bike está tampando a placa. Se sim, é necessário instalar outra placa em local visível. Mas a vantagem desse tipo de suporte é que ele é mais barato. Também é muito mais fácil prender a bicicleta neste tipo de suporte do que no de teto.

De engate – Um dos benefícios desse tipo de suporte é que a bicicleta fica mais afastada, diminuindo o risco de danificar a pintura ou a lataria. Porém, ele impede a abertura do porta-malas e fica em frente a placa e as luzes do automóvel. Sendo assim, a segunda placa se faz necessária. É importante estar atento que somente carros com autorização dos órgãos de trânsito podem usar o engate.

Caçamba – Para aqueles que têm uma picape ou caminhonete, a caçamba também pode ser usada para transportar a bicicleta. Mas, atenção às regras! Só é possível levar a bicicleta com a tampa aberta e uma parte da bike para fora, desde que seja respeitado o comprimento do balanço. Esta distância deve ter no máximo até 60% do espaço entre os eixos do automóvel. A parte de fora da bicicleta também precisa ficar bem-sinalizada; é necessário usar uma luz vermelha e um dispositivo que reflita a luz.

Seminovos se desvalorizam – Em fevereiro foi registrado um aumento de 11% na média diária de vendas de veículos em relação a janeiro, apesar do feriado de Carnaval e das fortes chuvas que afetaram principalmente o litoral paulista. Cerca de 7,2 mil unidades foram comercializadas diariamente no segundo mês do ano, de acordo com a Anfavea, a associação dos fabricantes. Ao contrário de janeiro, quando foi verificado um pequeno aumento nos preços, os veículos seminovos (até 3 anos de uso) apresentaram em fevereiro uma leve depreciação em todas as faixas de ano/modelo.

Sentra para assinatura – A Nissan incluiu o recém-lançado Novo Sentra no serviço de assinatura de veículos Move. O programa traz tudo incluso no valor da mensalidade, sem sustos e burocracias. O modelo tem parcelas mensais a partir de R$ 3.499 (Advance), R$ 4.049 (Exclusive) e R$ 4.109 (Exclusive com interior Premium). Esses valores incluem seguro, manutenção, taxas, impostos e assistência 24h. Os planos disponíveis permitem a personalização, com opções que vão de 12 a 36 meses de contrato e que levam em consideração variações de quilometragem de rodagem por mês. O serviço pode ser contratado por meio de uma jornada 100% online ou direto nas lojas da marca, que também são o ponto de retirada do veículo. O Nissan Move tem cobertura nacional, em mais de 190 concessionárias em todos os estados e Distrito Federal.

Zontes chega com 3 motos – A marca chinesa acaba de desembarcar oficialmente no Brasil com o grupo JTZ Motors e traz logo três motocicletas de uma vez: a R310, a V310 e a T 310. As vendas começaram esta semana. A R310 é uma esportiva sem carenagem; a V310, custom com estilo moderno, digamos assim; e a T310, aventureira. Os preços vão de R$ 27 mil (R310) a R$ 28 mil (as demais). A Zontes foi fundada em 2003 e faz parte do grupo Tayo Motorcycle Technology, da China. O foco é em motos de média cilindrada. Os três modelos têm motor DOHC, 4 tempos e com refrigeração líquida, com potência de 35,3cv. Além do motor, as motocicletas também compartilham o sistema de freios ABS Bosch de duplo canal e as mesmas tecnologias, como sistema keyless, painel em TFT e diferentes modos de pilotagem.

Yamaha investirá R$ 520 milhões – A marca japonesa anunciou esta semana investimentos de mais de meio bilhão de reais até 2025, principalmente na ampliação da capacidade da planta de Manaus (AM). Segundo os diretores da Yamaha, o dinheiro será aplicado na melhoria de processos produtivos internos e junto aos fornecedores e projetos de logística e iniciativas ambientais.

Novidades elétricas – A Chevrolet expõe até hoje no festival Lollapalooza Brasil, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o Bolt EUV. É a primeira vez que o novo SUV compacto 100% elétrico faz uma aparição inaugural por aqui. O modelo é irmão do crossover Bolt já vendido no país desde 2019 e mantém até o conjunto elétrico, com motor de 204cv de potência e 35,7 kgfm de torque e bateria de 65kWh e autonomia de até 390km. A Chevrolet pretende trazer mais dois modelos ao país em 2024: Blazer EUV e Equinox EUV.

VW ID.4 – A Volkswagen, por sua vez, confirmou a chegada do SUV ID.4 ao Brasil para o segundo semestre deste ano, como parte do programa de lançamentos (ao menos 15 produtos) até 2025. O ID.4 mede 4.584 mm de comprimento, 1.852 mm de largura e 1.636 mm de altura – com entre-eixos de 2.771 mm. A VW, por sinal, comemora seus 70 anos de Brasil. O ID.4 fez sua primeira aparição por aqui em 2021, durante a ID. Week (em São Paulo), junto com o ID.3. Depois disso, o modelo foi apresentado a concessionários no Brasil e de países vizinhos, marcou presença no Rock in Rio 2022 e esteve presente em feiras de negócios como o São Paulo Boat Show.

Mais um recorde – O comércio de veículos elétricos e híbridos plug-in em todo o mundo ultrapassou a marca de 10 milhões de unidades vendidas em 2022, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Isso significa um elétrico/híbrido para cada sete comercializados. E mais: a partir de 2030 eles terão de competir em condição de igualdade com aqueles movidos a fontes não renováveis de energia.

Locadoras investiram R$ 55,2 bi em 2022 – As empresas de aluguel de carros compraram, ao longo do ano passado, o total de 590.520 automóveis e veículos comerciais leves, que representaram um crescimento de 33,6% em relação às compras feitas pelo setor em 2021. O investimento em frota chegou a R$ 55,2 bilhões, conforme o Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos lançado na quinta-feira (23). As 590.520 unidades compradas pelas locadoras significaram o recorde de 30,1% na participação do setor de locação no total de automóveis e comerciais leves vendidos durante o ano de 2022 no Brasil. Em média, o investimento das locadoras por unidade foi de R$ 93,6 mil.  No ranking de emplacamentos, a Stellantis ficou com o primeiro lugar, vendendo 35,8% (211,009 carros) do total. Em seguida, aparece a Volkswagen, com 16,6% (97.974 unidades). O modelo mais emplacado por locadoras em 2022 foi o VW Gol, com 45.796 unidades.

A GM e seus 4,5 milhões de carros – A General Motors brasileira comemora este mês a marca de 4,5 milhões de veículos produzidos só na fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul.  Um Chevrolet Onix produzido na cor vermelha marcou o feito histórico. O complexo industrial produz as versões hatch e sedã do modelo. A fábrica iniciou suas atividades em 20 de julho de 2000, com a produção do Chevrolet Celta, um projeto nacional que durou 14 anos. Além de ter sido a primeira unidade da empresa no Brasil fora de São Paulo, ela inaugurou o conceito de condomínio industrial, reunindo ao seu redor os principais fornecedores – até então algo inédito no segmento automotivo mundial.

O fim do Camaro – A General Motors anunciou nos Estados Unidos que a produção do Chevrolet Camaro – um dos modelos mais icônicos do mercado local – vai chegar ao fim em janeiro do ano que vem. No Brasil, ele também é desejado (e pouco conquistado, em função dos mais de R$ 500 mil cobrados). A sexta geração atual, porém, completará uma década de mercado. A GM diz, no entanto, que “não será o capítulo final do modelo”. Mas, se voltar, será elétrico.

Kia Bongo agora é 4×4 – A marca de origem sul-coreana lançou oficialmente o Kia Bongo K2500 em sua versão 4×4 no mercado brasileiro. Ele vem para substituir a versão 4×2, muito utilizada em entregas de encomendas nos centros urbanos. Ele é um comercial urbano de carga e só exige CNH categoria B (mesma de veículos leves). Custa R$ 165 mil. Com a tração integral, ele agora é capaz de enfrentar condições mais adversas, principalmente fora dos grandes centros e no interior do país, onde prevalecem estradas de terra.

Marco do transporte público – A consulta pública ao texto do Projeto de Lei do Marco Legal do Transporte Público Coletivo, realizada pelo Ministério das Cidades, colheu 870 contribuições de cidadãos, empresas, instituições públicas, movimentos e organizações da sociedade civil, segundo o portal Connectedsmartcities. Entre elas, notas técnicas do Ministério da Indústria E Comércio (MDIC) e da ANTT. As propostas vieram de 65 contribuintes das cinco regiões brasileiras. Os colaboradores pertencem a 29 cidades, de 12 estados brasileiros.

As regiões com maior participação foram Sudeste, com 29 contribuintes, e Centro-Oeste, com 14. Em relação ao perfil dos cidadãos, 84% possuem pelo menos o nível superior completo, sendo que 27% (18) possuem mestrado ou doutorado. São, em sua maioria, engenheiros (14), arquitetos (9), e advogados (6). Os trechos que receberam mais sugestões foram os capítulos que dizem respeito, respectivamente, às disposições gerais (princípios fundamentais, objetivos e conceitos da lei) e a organização dos serviços (definições, planejamento, regulação, transparência, publicidade e controle social).

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Novo Sentra sobe de patamar

A oitava geração do Nissan Sentra acaba de chegar ao Brasil. Agora, ele se aproxima do Altima (modelo superior muito popular nos EUA e que não pegou no Brasil) e se concentra em duas versões (o espaço da versão de entrada). Na última quinta-feira (16), os preços foram divulgados. A Advance 2.0 com câmbio  CVT custa R$ 148.490. A Exclusive, também 2.0 CVT, R$ 171.590 (com o interior marrom premium, R$ 173.290). Todas são recheadas de itens de tecnologias de segurança e conforto. Alguns, nem os concorrentes diretos (Toyota Corolla, Chevrolet Cruze ou Honda Civic) ofertam. O sedã da Nissan oferece, por exemplo, alerta de tráfego cruzado traseiro, alerta inteligente de atenção do motorista, partida remota do motor e sistema de som Bose com 8 alto-falantes.

Visualmente, o Sentra – que havia sido mostrado no fim do ano passado a jornalistas do setor automotivo – ficou bem bonito com seus faróis de LED e rodas de liga leve aro 17 diamantadas, por exemplo. Aliás, o desenho da carroceria não contribui apenas para a beleza: ele também ajuda a reduzir o arrasto e, assim, melhorar o consumo de combustível em cerca de 10%, segundo a Nissan. Isso a partir de uma grade menor, área de cobertura dos pneus do para-choque dianteiro otimizada, colunas “A” de pequenas dimensões e linhas arredondadas do capô.

O modelo ficou com 5 cm a mais que a geração anterior (e mais largo que os concorrentes) e ganhou um interior bem espaçoso, acabado, aconchegante, digamos assim. O painel colorido e de 7 polegadas, facilita a visualização das informações do computador de bordo. Este, por sinal, mostra consumo médio, tempo de viagem, velocidade média, autonomia, temperatura externa, aviso de abertura das portas, quilometragem total e parcial e mensagens de alerta.

O modelo é cheio de porta-trecos: seis espaços na frente, cinco atrás e oito porta-copos. O compartimento no console central, embaixo do apoio de braço, tem 7,7 litros de capacidade.

E tem três entradas USB para carga de aparelhos: duas na frente (uma delas é do tipo “C”, de carga mais rápida) e uma atrás. Todas foram colocadas em posições estratégicas e fáceis de acessar.

O acabamento dos bancos pode ser em preto ou em dois tons (preto e Sand) como opcional para a Exclusive. E, pela primeira vez disponível nos carros da marca no Brasil, além dos bancos dianteiros, os bancos traseiros também trazem o conforto da tecnologia Zero Gravity da Nissan, inspirada em avançados estudos de ergonomia da Nasa. Ela alivia a tensão nas costas e proporciona viagens mais longas sem cansaço.

Motor – A terceira geração da família de motores MR20DD está, segundo os engenheiros da marca japonesa, mais potente, mais eficiente e tem melhor nível de consumo de combustível. É movido exclusivamente a gasolina. E desenvolve 151 cavalos de potência a 6.000rpm, com 20 kgfm de torque. A injeção direta de combustível ajuda a melhorar o consumo de combustível e ampliar a potência e o torque graças à maior eficiência de combustão. O câmbio CVT de oitava geração, simula oito marchas.

O Sentra tem quatro modos de condução:

  • Normal – para melhor equilíbrio entre aceleração e dirigibilidade em qualquer condição
  • Sport – mantém a marcha mais baixa com rotações mais altas
  • Manual – para controle do motorista de velocidade e aceleração por seleção de marcha por meio de paddle shifts atrás do volante (controle tipo borboleta)
  • Eco – ajusta a entrega de energia e a resposta do acelerador para o consumo ser reduzido entre 5% e 10%

E mais

A direção é elétrica e no volante fica o acionamento do piloto automático inteligente, que não serve apenas para definir uma velocidade constante: ele, sem a necessidade de intervenção do motorista, mantém a distância do veículo da frente automaticamente, ajustando a velocidade de acordo com as condições de tráfego

O modelo tem 3 anos de garantia, sem limite de quilometragem

Ele conta com seis airbags (frontais, cabeça e laterais)

O porta-malas no Novo Sentra comporta 466 litros

Picape Hilux GR-Sport é renovada – A versão esportiva Hilux GR-Sport ganhou uma revitalização – e há apenas um ano depois para a linha 2024. A Toyota mudou vários detalhes: pôs novos freios e suspensão e alterou até a dirigibilidade e a estabilidade, principalmente no fora-de-estrada. Mas manteve o motor 2.8 de 224cv e 55kgfm, com câmbio automático de 6 marchas. Do ponto de vista visual, alterou o para-choque dianteiro (melhorando o ângulo de ataque, trocou a grade frontal, pôs novos apliques nos para-lamas, e até um santantônio exclusivo. Preço? R$ 367.390. A versão tem faróis e lanternas em LEDs, sistema multimídia com tela de 9″ (espelhando com Android e IOS), som JBL, chave com partida por botão, câmeras 360 etc. E mais: controles de tração e estabilidade, bloqueio do diferencial traseiro, assistente de descida de rampa, modos de condução Eco e Sport, alerta de colisão dianteiro com frenagem automática, alerta de mudança de faixas, 7 airbags e piloto automático adaptativo.

Nordeste: gasolina e etanol mais caros – O último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) mostra que o litro da gasolina no Nordeste encerrou a primeira quinzena de março a R$ 5,86, com acréscimo de 8,67% em comparação a fevereiro. Já o etanol foi encontrado a R$ 4,62, após aumento de 3,72%. O diesel comum, por sua vez, fechou na região a R$ 6,27, com recuo de 3,99%, enquanto o diesel S-10 foi encontrado a R$ 6,31, após redução de 3,92% ante o mês anterior. “Todos os estados nordestinos tiveram aumento no preço da gasolina e do etanol. Se comparada ao etanol, a gasolina é economicamente mais vantajosa para o abastecimento em todo o Nordeste”, comenta Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

Consórcio: menor crédito, mais parcelas – O consórcio voltou a ser uma boa opção para os brasileiros que não conseguem ou não querem ingressar no financiamento. O último ano registrou, por exemplo, um aumento de 12% no valor de créditos comercializados em consórcios de automotores, chegando a R$ 143,96 bilhões em negócios, somando cerca de 1,33 milhões de contemplados, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). E um levantamento recente feito pelo Klubi mostra que a adesão ao valor e o número de parcelas varia de acordo com a faixa etária do cliente. Entre 20 e 29 anos, a busca é por planos no valor médio de R$ 60 mil, enquanto usuários da faixa de 30-39 e 40-49 anos, optam por valores maiores, que podem chegar a R$ 200 mil na plataforma. Em comum para todas as faixas etárias, está o número de parcelas, em que cerca de 70% dos clientes optam pelo maior número possível: 100 meses. Eduardo Rocha, CEO do Klubi, diz que a popularização dos consórcios mostra uma alteração na forma como o consumidor busca adquirir um carro. “Com a taxa de juros em financiamento girando em torno de 2% ao mês, o consumidor busca o consórcio para não ver uma parte relevante de seu investimento perdido em juros”, afirma.

Carregadores ultrarrápidos – A Volvo Car Brasil instalou mais carregadores ultrarrápidos e agora abrange pelo menos 10.000 km de rodovias brasileiras, com 28 deles em sete estados (nenhum do Nordeste ainda). “O que antes era um grande gargalo para os proprietários de carros elétricos, a Volvo está transformando em solução”, diz Marcelo Godoy, diretor de Finanças da marca na América Latina. Somente com esses sete eletropostos, já foram realizadas 1.614 recargas com um consumo de 38.106 kWh, que seria suficiente para suprir 221 residências por um mês. “A energia utilizada nesses sete eletropostos é suficiente para um veículo como o XC40 Recharge Ultimate rodar 288 mil quilômetros. Essa distância equivale a sete voltas na Terra”, afirma Rafael Ugo, diretor de Marketing Volvo Cars America Latina. “E tudo isso sem emitir poluentes. Uma economia de 44 toneladas de CO2 para nossa atmosfera.” Todos os carregadores, tanto os que já estão instalados, como os novos, têm monitoramento 24 horas por dia, 7 dias por semana. Uma central é capaz de acompanhar cada carregamento e até reiniciar o equipamento à distância, garantindo que os clientes tenham a tranquilidade de chegar e conseguir carregar seus veículos.

Waze mostra eletropostos – O Waze lançou uma nova atualização para auxiliar o motorista de carros elétricos na localização de eletropostos corretos, dependendo do tipo de carro ou plugin. Assim, os usuários serão sinalizados apenas com os pontos de carregamento correspondentes ao seu veículo. A comunidade de editores de mapa do Waze já mapeou eletropostos e pontos de recarga em todo o Brasil para trazer informações mais precisas e abrangentes aos motoristas. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, houve um crescimento de 41% na venda de carros elétricos em 2022, se comparado a 2021. Atualmente, a frota nacional de veículos eletrificados passa dos 125 mil. Os motoristas de elétricos já podem aproveitar os novos recursos alterando o tipo de veículo no aplicativo. Para trocar o tipo de veículo no Waze, os usuários precisam acessar: Meu Waze > Configurações > Detalhes do Veículo > Tipo de veículo e selecionar Elétrico.

Bateria “cansada”: o que fazer? – O cuidado e a preservação das peças de um automóvel fazem toda a diferença na vida útil do veículo e, também, na valorização dele no momento da venda. O item mais vital para o funcionamento do motor e de outros componentes é a bateria. Por isso, é importante que ela seja vistoriada regularmente e, também, quando feito o check-up geral do carro. Por mais que a durabilidade seja longa, é necessário se atentar aos problemas que a falta de manutenção na peça pode causar, pois muitas vezes os sinais de que algo está errado são silenciosos.

Um dos primeiros problemas, e que pode acabar passando despercebido, é a redução na intensidade da iluminação do painel, explica Renato Silva, gerente de pós-vendas da Ford Slaviero. “A alimentação dessas luzes é feita pela bateria do automóvel e a redução do brilho pode ser um indicativo de que a troca dessa peça pode estar bem próxima”.

Assim como as luzes do painel, Renato conta que os demais componentes elétricos do carro podem ficar com o funcionamento comprometido. “Caso observe que os vidros elétricos estão subindo e descendo de maneira mais lenta que o normal, ou o ar-condicionado e rádio comecem a apresentar ineficiência, é provável que a vida útil da bateria esteja se esgotando”, alerta.

Outro sinal bem comum é ter que virar a chave mais de uma vez para dar a partida no motor. Além disso, o tempo de uso de bateria não é fixo, o que torna o processo de revisão periódica ainda mais importante. Em geral, de dois a quatro anos é o tempo indicado como aceitável de vida útil. “A manutenção pode depender de uma série de fatores, como a frequência de utilização tanto do veículo quanto dos componentes que costumam consumir energia da bateria, como ar-condicionado, vidros elétricos, equipamento de som, entre outros”, detalha o gerente.

No entanto, ele esclarece que existem alguns cuidados que podem retardar o desgaste da peça. “Sempre que estacionar o veículo, certifique-se que todas as luzes, faróis e lanternas estejam desligados. Faça o mesmo com equipamentos internos, como o som e os sistemas de conectividade do veículo. A atenção deve ser redobrada caso o carro tenha acessórios adicionais, que não são originais do modelo. Muitas vezes, esses dispositivos não se integram aos sistemas que desligam os itens internos quando necessário, ocasionando o desgaste acelerado”. Renato reforça que, apesar dessas dicas, em algum momento a bateria precisará ser trocada.

Como é feita a revisão? – A revisão nada mais é do que algumas conferências no equipamento. “Em primeiro lugar, é utilizada uma medição elétrica, que determina se as condições de funcionamento do aparelho ocorrem da maneira correta. Também é feita a avaliação visual, que mostra se há desgastes ou corrosões aceleradas, bem como a oxidação dos terminais.”

Renato aponta que, em caso de oxidação, é necessário realizar a limpeza, garantindo que o funcionamento da bateria não seja afetado por aspectos físicos. “O mesmo pode ser dito em relação à fixação do equipamento no suporte correto. Uma bateria instalada inadequadamente, ou que tenha ficado frouxa, com o tempo, pode gerar problemas de durabilidade tanto de suas funções quanto do motor”, ressalta.

O especialista ainda ressalta a importância de um profissional capacitado para a função, para evitar futuros transtornos. “Atualmente, as baterias são seladas, e exigem a observação através dos mostradores do produto para checar o nível do líquido, que é essencial para o correto funcionamento da peça”, ressalta ele.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Ano novo, carro novo (ou usado)

Sete em cada dez usuários participantes de um levantamento feito pela OLX pretendem comprar um carro no primeiro semestre deste ano. O estudo da maior plataforma de compra e venda online de veículos no país aponta que 92% dentre os futuros compradores desejam adquirir carros usados (52%) e seminovos (40%). E, na hora de escolher um modelo, os critérios mais relevantes apontados são a quilometragem (31%), o custo de manutenção (24%), o consumo de combustível do carro (23%), e o valor do IPVA (10%).

“Com um cenário econômico desafiador, o aumento do valor dos automóveis e o alto custo para manter um veículo nos últimos anos, a compra de um carro com valor mais baixo como os modelos usados e seminovos, por exemplo, acaba sendo a solução para a maioria das pessoas que precisam adquirir um veículo e não podem investir no zero km neste momento”, destaca Flávio Passos, vice-presidente de Autos e Comercial da OLX.

O levantamento da OLX mostra que 30% dos usuários de todo o país afirmaram já possuir um automóvel, mas pretendem realizar a troca ou compra em 2023. Outros 24% não possuem carro, mas têm a intenção de adquirir este ano. 

A quitação à vista e o financiamento parcial foram as opções de pagamento na compra do veículo mais citadas pelos participantes. No recorte por regiões, 44% dos respondentes da Região Nordeste preferem o pagamento por financiamento parcial, enquanto 40% dos usuários das regiões Sul e Sudeste consideram comprar um carro à vista.   

A maioria dos participantes da pesquisa da OLX são da Região Sudeste e Nordeste (59%). Do total, 75% têm entre 25 e 54 anos. O estudo contou com a participação de 13.471 pessoas entre 9 e 11 de janeiro de 2023.

Venda de usados – Fevereiro de 2023 registrou um total de 990.899 veículos seminovos e usados comercializados, segundo relatório divulgado pela Fenauto, a federação dos revendedores. Com isso, o total acumulado nesses dois meses de 2023 alcançou 2.052.550 de unidades, registrando um aumento de 22,2% em relação ao mesmo período de 2022. Na mesma linha, as vendas em fevereiro de 2023 subiram 18,2% quando comparadas ao mesmo mês do ano passado.

A instituição considerou o resultado geral bom, apesar do volume de vendas mensal de fevereiro (990.899) ter sido menor do que o de janeiro em 6,7% (1.061.651), fato explicado por fevereiro ter tido menos dias úteis. “Normalmente todo começo de ano começa mais fraco para o comércio em geral, por conta dos vários compromissos que os consumidores têm com IPTU, IPVA, despesas escolares etc. Mas, neste ano, percebemos uma atenuação dessa questão”, avalia o presidente da Fenauto, Enilson Sales. Em Pernambuco, o comércio de usados cresceu 28%. No Piauí, o crescimento foi de incríveis 50,6%. Os revendedores de carros seminovos e usados da Paraíba tiveram o pior desempenho da região.

Preços da Strada caem – A chegada da nova Chevrolet Montana já começa a surtir efeito no mercado das picapes. A Fiat, para garantir (ou ganhar) mercado, reduziu os preços de todas as versões do carro mais vendido do país. As reduções chegam a R$ 5 mil. Além disso, foram feitas adequações de conteúdo, com alterações nos pacotes de opcionais. Por exemplo: quem adquirir a Endurance, pode deixar a picape mais completa com vidros e travas elétricos, brake light, comando elétrico na tampa do combustível, fechadura elétrica da caçamba e alarme,  A versão Volcano, com redução de R$ 5 mil tanto manual como automática, passam a custar R$ 111 mil e R$ 118 mil, respectivamente.

Versões e preços

  • Strada Endurance 1.4 CS: R$ 97.990
  • Strada Freedom 1.3 CS: R$ 103.990
  • Strada Freedom 1.3 CD: R$ 108.990
  • Strada Volcano 1.3 CD:R$ 110.990
  • Strada Volcano 1.3 AT CD: R$ 117.990
  • Strada Ranch 1.3 AT CD: R$ 125.990

Já a Montana – A picape Montana, por sua vez, parte de R$ 117 mil – preço válido para a versão de entrada, a Turbo 1.2 com transmissão manual de seis marchas. Ela vem de série com seis airbags, o conjunto de segurança  e concierge Onstar, sistema de entretenimento Mylink 3 e protetor de caçamba.

Preços e versões

  • Turbo 1.2 manual de seis marchas – R$ 116.890
  • LT 1.2 manual de seis marchas – R$ 121.990
  • LTZ 1.2 automática de seis marchas – R$ 134.490
  • Premier 1.2 automática de seis marchas – R$ 140.490

Ram cresce 417% em um ano – As picapes Ram são caras. Mas a marca agora vinculada à Stellantis vendeu 668 unidades em fevereiro, resultado ainda melhor do que o de janeiro, mesmo sendo um mês com menos dias úteis. Com isso, já são 1.261 novas picapes registradas, o que representa um crescimento de 417% sobre os números do primeiro bimestre de 2022. Os dados são do levantamento da Fenabrave. Analisando o mercado premium do mês passado, a Ram foi a segunda marca mais emplacada, com todos os quatro produtos à venda no país dentro do top 10 de modelos. O maior destaque continua sendo a Ram 3500 na vice-liderança, com 239 unidades. Além da topo-de-linha, também se destacaram a Classic (5º), a 2500 (6º) e a 1500 (8º). No acumulado do ano, a Ram ocupa a terceira colocação entre as marcas premium com maior número de emplacamentos, com a Ram 3500 também em terceiro na lista de veículos desse nicho de prestígio.

Os preços do GWM Haval H6 – Os primeiros modelos da chinesa GWM (neste caso, SUVs) chegaram ao Brasil em versões híbrida tradicional, híbrida plug-in e a GT, híbrida plug-in com vocação esportiva. Vejam os preços: O Haval H6 Premium HEV partirá de R$ 209 mil. Em seguida, vem o H6 Premium PHEV, plug-in, custando R$ 270 mil. O H6 GT, esportivo, custa R$ 300 mil. A versão ‘normal’ tem um motor elétrico trabalhando com um 1.5 turbo a combustão. Juntos, geram 243cv e 54kgfm de torque. A versão acelera de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos. Dados do Inmetro mostram que ele faz 12,3 km/litro na cidade e 13,6 km/litro na estrada (gasolina). Na versão plug-in, adiciona-se mais um motor elétrico e a entrega é de 393 cv de potência e 77,7 kgfm de torque, com a adição de mais um motor elétrico. Faz de 0 a 100 em 4,9 segundos.

Eletrificados chegam a 3,6% do mercado – O tradicional boletim mensal da Anfavea, a associação dos fabricantes, mostra que as vendas gerais de automóveis cresceram 5,4% no bimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Já os eletrificados (híbridos e elétricos), levando-se em conta o mesmo período, cresceu 45%. Só para reforçar; agora em fevereiro foram emplacados 4,3 mil eletrificados, num crescimento de 23,7% em relação ao mesmo mês de 2022, quando foram vendidas 3,5 mil unidades. Em suma: no ano passado, foram emplacados 49,3 mil automóveis e comerciais leves eletrificados; para este ano, a previsão é de 70,5 mil.

Minimoto 50 TS chega ao Brasil – Se é brincando que a criança desvenda o seu mundo – como grandes cientistas que exploravam o céu noturno com lunetas feitas de papel -, eis uma chance de tornar a sua (ou suas) expoentes do motociclismo. A montadora paranaense MXF Motors acaba de lançar a nova MXF 50 TS, minimoto direcionada à garotada. Ela é arrojada e potente, ao mesmo tempo que diverte, estimula o mundo das competições. “Ela atende o ‘pilotinho’, que consegue acompanhar o pai neste universo duas rodas, por exemplo, e já ambiciona o início nas competições, e o público que escolhe a moto como recreação”, diz o diretor técnico da MXF, Luiz Fontes. A equipe técnica ressalta ainda que é nas categorias de base — justamente onde está o público que vai utilizar a MXF 50 TS — que, de fato, grandes atletas são descobertos e se desenvolvem. Preço?  R$ 8.625.

Ficha técnica

Tipo de motor: 50 cc – 2 tempos, gasolina, monocilíndro refrigerado a ar

Potência máxima: 10.5 cv /11.500 rpm

Transmissão: automática (não possui marchas)

Pneus: tipo cross

Capacidade do tanque: 3,5 litros

Capacidade de carga: 70 kg

Velocidade máxima: 50 km/h

Renda nordestina e combustíveis – Dadosda edição de fevereiro do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, que acaba de ser divulgada, identificam que, para os nordestinos, o valor da gasolina representa em torno dos 10% da renda média familiar. Isso é quase o dobro da nacional de 5,9%. Os números são do último trimestre de 2022. O Indicador de Poder de Compra de Combustíveis integra o Panorama Veloe, produzido em parceria pelo hub de mobilidade e logística e a Fipe. O percentual nacional de fevereiro representa uma queda de 0,9 pontos percentuais em comparação ao terceiro trimestre, quando o valor foi de 6,8%. A região Norte fica em segundo lugar, com o equivalente a 7,8%. As cidades da região Centro-Oeste, com 4,8%, e Sudeste, 4,9%, são as que pagam a menor porcentagem da renda mensal com um tanque de gasolina comum. Ainda sobre o indicador, os estados onde o tanque de combustível representava maior oneração da renda familiar no período foram Maranhão e Bahia, ambos com índice de 11,2%. Já o Distrito Federal foi o de menor valor percentual, com 3,1%. O estado é seguido por São Paulo, onde o tanque de gasolina comum equivale a 4,4% da renda domiciliar.

Monitor de combustíveis – Outro indicador do Panorama Veloe é o Monitor de Preços de Combustíveis. Na edição mais recente, de fevereiro, o monitoramento identificou que a média nacional de preço por litro de gasolina comum foi de R$ 5,153. O estado com a gasolina comum mais cara foi o Ceará, onde a média do custo por litro foi de R$ 5,777. Já o estado com o menor preço médio foi o Amapá, com média de R$ 4,793 por litro.

O mesmo cenário diz respeito à gasolina aditivada. A média mais cara é no Ceará, onde o litro do combustível fica em R$ 5,888. No Amapá, menor preço médio, o valor é de R$ 4,977. Já em relação ao etanol hidratado, Roraima é o estado com maior média, R$ 4,914. O Mato Grosso foi o estado que registrou a menor média em fevereiro, com R$ 3,523.

Em relação ao diesel, o maior preço médio foi registrado no Acre, com R$ 7,279. O menor valor médio ficou com Tocantins, R$ 5,870. O panorama não muda em relação ao diesel S-10, que teve média de preços de R$ 7,286 no Acre, enquanto Tocantins apresentou média de R$ 5,912.

O levantamento ainda apontou que em dois estados o etanol hidratado é mais vantajoso do que a gasolina na hora de encher o tanque. No Amazonas e Mato Grosso,o preço do etanol ficou abaixo dos 70% da gasolina, o que indica um custo-benefício maior de um combustível em relação ao outro.

Quem quer comprar carro? – E por falar nisso, a Ipsos divulgou uma pesquisa onde aponta os impactos que o custo dos combustíveis tem sobre os motoristas. O levantamento Ipsos Drivers feito no fim de 2022 com 1,2 mil pessoas mostra que o alto valor cobrado pela gasolina e diesel é a terceira maior barreira para a compra de um carro. Em seguida, vem as absurdas taxas de juros cobradas no país.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Começou a temporada das picapes

De cada 100 automóveis vendidos no Brasil, 17 são picapes. Há 10 anos, eram somente 11. Claro que somos um país-continente, muito voltado ao campo, mas cada vez mais é fácil vê-las nas vias urbanas, dando trabalho a motoristas em vagas de estacionamentos minúsculas. Pois bem: 2023 já tem, e terá ainda mais, interessantes novidades nesse segmento específico. A General Motors já começou a vender a Chevrolet Montana totalmente renovada. E trará no segundo semestre a Silverado. Em apenas 69 minutos, a Ford vendeu todo o primeiro lote de 500 unidades da também gigante F-150 (cada uma a quase meio milhão de reais). As picapes, aliás, estão chegando com força também ao universo dos elétricos. Confiram.

Chevrolet Montana – A picape chega com um mote de venda: a junção de conforto e de dirigibilidade de SUV com robustez de picape. Porém, também aposta na economia de combustível (a GM garante que é a maior da categoria) e na performance. Dados do Inmetro, a versão manual de 6 marchas percorre com gasolina 13,6 km/l na estrada e 12 km/l na cidade, enquanto com etanol os números são 9,6 km/l e 8,3 km/l, respectivamente. Por isso é nota A em eficiência energética pelo Conpet. Já a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 11,7s, e a retomada 80-120 km/h, em 12,2s. O motor é um 1.2 turbo flex de três cilindros que gera 133cv de potência e 21,4kgfm de torque.

A picape vem em quatro opções de acabamento.

· 1.2 Turbo MT6 2023 – R$ 116.890

· LT 1.2 Turbo MT6 2023 – R$ 121.190

· LTZ 1.2 Turbo AT 2023 – R$134.490

· Premier 1.2 Turbo AT 2023 – R$ 140.490

Já outra ação de marketing é voltada para a inédita caçamba inteligente, projetada para funcionar como uma espécie de porta-malas gigante. Por fim, a linha de acessórios customizados, que vai de faróis de neblina de LED a Santo Antônio, de capota rígida a estribos laterais etc.

Chevrolet Silverado – A gigantona já foi confirmada – e deve desembarcar no segundo semestre, num ‘retorno’ modernizado depois de ter sido vendida por aqui no fim da década de 1990.  A versão elétrica, apresentada no ano passado nos EUA, tem autonomia estimada de até 640km e muita força: são 670 cavalos com mais de 100 kgfm de torque, que permite acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 4,5 segundos.

Por fim, a Chevrolet aproveitou uma no reality show Big Brother Brasil para mostrar uma das versões especiais de maior sucesso da picape S10, a Midnight. Ela retornará ao mercado em breve com evoluções tecnológicas e de design. Como de praxe, a versão Midnight se destaca pelos acabamentos diferenciados, como a grade frontal e as rodas escurecidas e um visualmente marcante Santo Antônio, integrando toda parte superior da caçamba.

As 15 picapes mais vendidas em 2022

1) Fiat Strada: 112.456

2) Fiat Toro: 49.567

3) Toyota Hilux: 48.606

4) Chevrolet S10: 27.128

5) VW Saveiro: 23.422

6) Mitsubishi L200: 15.831

7) Ford Ranger: 14.302

8) Renault Oroch: 12.022

9) Nissan Frontier: 8.669

10) VW Amarok: 6.012

11) Ram 3500: 2.204

12) Ford Maverick: 1.382

13) Ram 1500: 1.251

14) Ram 2500: 1.046

15) Ram Classic: 552

Reação da Ram – A marca norte-americana Ram, pertencente à Stellantis, não ficou parada. Abri até um site (RamREV.com) para quem quiser reservar um lugar na fila para pré-encomendar a nova e elétrica Ram 1500 REV. No Brasil, a marca se consolida cada vez mais: fechou 2022, por exemplo, com 83% de crescimento sobre o ano anterior, sendo a terceira no ranking de vendas do mercado premium. Para o Brasil, especialmente, a Ram prepara uma picape menor, do porte média e provavelmente usando peças Fiat Toro.  O grupo Stellantis também trará a Fiat Landtreck (que originalmente era Peugeot) no segundo semestre. É um modelo médio para concorrer com Toyota Hilux, S10 e Nissan Frontier.

Estreia da F-150 – A Ford já pôs à venda a F-150 em duas versões: a esportiva Lariat, com preço de R$ 470 mil, e a luxuosa Platinum, por R$ 490 mil. A entrega das primeiras unidades está prevista para até seis meses. O modelo – imponente e espaçoso – vem equipado com motor V8 5.0 de 405cv e transmissão automática de 10 marchas. Esse conjunto é o mesmo do Mustang, com calibração específica para a picape, e acelera de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos.

A tração 4×4 tem opções High, Low ou sob demanda, bloqueio eletrônico do diferencial e pacote FX4, além de oito modos de condução. Ela vem com painel digital de 12 polegadas, teto solar panorâmico e ajuste elétrico com memória dos bancos, volante e pedais. E estreia no Brasil o sistema multimídia e de conectividade SYNC 4 de nova geração, com conexão sem fio para Apple CarPlay e Android Auto.

Em relação à segurança, oito airbags e tecnologias de assistência que incluem piloto automático adaptativo com stop & go, frenagem autônoma com detecção de pedestres, câmera traseira com detecção de objetos e assistência em descidas, manobras evasivas e cruzamentos, entre outras.

A F-150 tem caçamba de 1.370 litros com tampa de acionamento elétrico, escada de acesso, tomada de 110 V, iluminação em LED e revestimento protetor do tipo “spray-in”. Além disso, vem com preparação para engate de reboque de até 3.515 kg, com controle de freio e de oscilação e um assistente exclusivo com câmera que facilita as manobras. Os sistemas de iluminação e câmeras externas 360º são outros diferenciais. Da Ford também virá a Maverick em versão híbrida, com motor 2.5 aspirado de 164cv e 21,4 kgfm para trabalhar com um elétrico de 128 cv e 23,9 kgfm de torque.

Mini Multitone Edition: só 25 unidades – A Mini lançou um elétrico para lá de exclusivo no Brasil: Mini Cooper S E Multitone Edition, limitado a 25 unidades, com seleção de cores especial (daí o multitone), por R$ 296 mil.  Primeiro Mini 100% elétrico, o modelo é produzido na lendária fábrica de Oxford, no Reino Unido. Ele tem bateria de íon-lítio de 32,6 kWh, dividida em 12 módulos, com autonomia de até 234 km.

BYD Song Plus DM-i: consumo de 38,4 km/l – O modelo híbrido plug-in lançado pela BYD no final do ano passado no Brasil acaba de ganhar nota A do Inmetro, como um dos modelos mais econômicos disponíveis por aqui. Os números são impressionantes: o BYD Song Plus DM-i obteve a marca de 38,4 km/l na cidade e 28,1 km/ na estrada. Essas informações estarão disponíveis a partir de agora em selo do programa Conpet de eficiência energética. Desde o seu lançamento, é considerado o modelo híbrido plug-in com o preço mais competitivo do mercado: R$ 270 mil.

Postos de gasolina: que cuidados tomar – Durante viagens pelas rodovias de todo país, é importante prestar atenção no abastecimento do carro: do combustível correto usado às práticas legais nos postos. Afinal, quase 60% do turismo no Brasil tem como meio de transporte preferencial o carro particular ou o ônibus. Por isso, o Instituto Combustível Legal (ICL) recomenda algumas iniciativas importantes para evitar gastos desnecessários com oficinas ou troca de equipamentos. “Este tipo de atitude promove segurança e certeza de que o carro estará em boas condições para seguir seu destino e o consumidor não será lesado por práticas ilícitas”, avalia Emerson Kapaz, presidente do ICL.

Não renunciar à nota fiscal é a primeira destas ações. Ela é a garantia, caso haja algum problema no carro após o abastecimento. É um comprovante da aquisição do combustível e uma forma de combater a sonegação de tributos. O mercado de combustíveis é o que mais arrecada impostos, e o que mais sofre com a ação dos devedores contumazes, aqueles maus empresários que fazem do não pagamento de tributos uma estratégia de negócio.

Também é necessário ficar atento aos postos que oferecem gasolina ou etanol a preços muito abaixo do mercado em virtude dos riscos de fraudes de quantidade (a bomba mostra uma quantidade no visor, mas entrega menos para o consumidor), ou qualidade (combustível misturado com outras substâncias químicas, como solventes). A mistura de metanol no combustível é um crime grave, que prejudica não só o motor, mas também a saúde do condutor: ele é extremamente tóxico e pode causar cegueira e morte. “Também cabe reforçar que o cliente tem direito de exigir o teste de qualidade do combustível e denunciar se considerar que existe alguma irregularidade quando abastecer seu veículo”, analisa Kapaz.

A origem da gasolina ou etanol, que abastece o veículo, também é um ponto de atenção para o motorista. No caso dos postos de bandeira branca, que não possuem uma distribuidora exclusiva, por exemplo, o estabelecimento deve informar em cada bomba qual empresa forneceu o produto. Além disso, o número do CNPJ, razão social e endereço do posto também devem estar visíveis ao consumidor.

Outra importante ação é verificar se o marcador da bomba está zerado antes de começar a encher o tanque. No caso do etanol, se o consumidor quiser checar a sua qualidade, é preciso prestar atenção a um equipamento que fica acoplado à bomba. É o chamado densímetro, uma ferramenta que fica flutuando dentro de uma ampulheta.

Produtos adulterados – Como os valores dos combustíveis cobrados nas bombas têm oscilado muito, isso pode esconder um perigo ao consumidor, com a venda de produtos adulterados. Eles – seja o etanol, a gasolina e até mesmo o óleo diesel – têm uma grande concentração de impurezas, que, durante seu processo de queima no motor, se transformam em resíduos, causando diversos danos mecânicos. No caso da gasolina, a adulteração mais comum é a mistura de uma quantidade de etanol anidro superior aos 27% que são permitidos por lei. Já no etanol (álcool), a alteração ocorre com a mistura também do etanol anidro, mesmo produto que é misturado na gasolina. Já no óleo diesel, o que varia no produto adulterado é a quantidade de enxofre (acima de 10mg/kg no diesel S10 e 500mg/kg no S500).

Geralmente, logo após abastecer o veículo com combustível adulterado é possível perceber alterações em seu funcionamento, como falhas no motor, perda de potência, dificuldades de partida e ruídos estranhos. Mas em algumas situações, o problema pode aparecer algum tempo depois, como o consumo elevado, sinalizações de painel como a luz de injeção eletrônica, grande perda de potência, entupimento dos bicos injetores e filtros, problemas de lubrificação, entre outros. Quando o carro apresentar um desses sintomas, procure imediatamente um profissional mecânico de confiança, pois o tanque precisa ser esvaziado para que o motor não continue sendo abastecido com combustível de baixa qualidade.

O instrutor técnico da DPaschoal, Leonardo Tobias, conta que, quando identificado o problema, o condutor deve procurar um profissional e realizar um diagnóstico no veículo. “Nem é mais necessário um diagnóstico desmontando o motor e parte do sistema de injeção. É possível realizar essa verificação com uma microcâmera equipada com uma sonda”, indica Tobias.

Para diminuir o prejuízo com a utilização de combustível adulterado, é sempre importante solicitar o cupom fiscal no momento do abastecimento, pois ele é o documento que garante a possível utilização de produto em não conformidade com as normas vigentes. Comprovada a existência de combustível adulterado, o posto deve ser acionado para ressarcimento. Caso os responsáveis pelo posto não queiram ressarcir os prejuízos, deve-se procurar o Procon e Agência Nacional de Petróleo (ANP), ou mesmo um advogado, para ingressar com uma ação judicial.

Raio-X da eletromobilidade no Brasil – O último boletim publicado pelo Ministério de Minas e Energia, em setembro de 2022, mostra que 86% da energia consumida no Brasil veio de matriz renovável. Isso não apenas coloca o país na dianteira das iniciativas de descarbonização do planeta, como também mostra como o Brasil está bem à frente da média global, que é de aproximadamente 28%, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Seguindo o exemplo da matriz energética limpa, a frota de veículos leves e pesados terá como consequência a eletrificação, com o objetivo de reduzir impactos ao meio ambiente. O cenário otimista vem ao encontro do mercado de veículos eletrificados, que registrou aumento de vendas de 43% em 2022, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O tema já está mobilizando empresas em discussões sobre a importância desta evolução e também da criação de uma infraestrutura compatível com esse crescimento.

Daqui a sete anos, em 2030, a frota de veículos Plug-in Hybrid Electric Vehicle (HEV, veículo elétrico plugável) e Battery Electric Vehicle (BEV, veículo elétrico a bateria) vai aumentar 160 vezes, passando das 31.064 unidades para 507 mil, segundo um estudo realizado pela Boston Consulting Group, empresa de consultoria global. Ela prevê ainda a necessidade de investimentos de R$ 14 bilhões no mercado de infraestrutura de carregamento para mobilidade elétrica até 2035.

A progressão dos números traz com ela não apenas uma transformação inevitável, mas todas as variáveis que acompanham essa mudança e pautam as principais discussões de ESG: a valorização da excelente matriz renovável brasileira, o incremento das políticas públicas sobre o assunto e a construção de cidades inteligentes que transformem o cotidiano dos cidadãos, com redução de poluição, ruídos e melhoria na saúde da população. Hoje, 13% das emissões de CO2 mundiais são provenientes de transportes, sendo 91% do modelo rodoviário, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) e o Climate Watch Country Greenhouse Gas Emissions Data (CAIT).

“Não há mais como negar que o conceito de cidade inteligente está diretamente ligado ao impacto que o transporte causa na vida das pessoas. E neste momento as discussões avançam para a relevância do transporte elétrico compartilhado, o tempo e local de carregamento e a infraestrutura necessária para isso acontecer”, diz Paulo Antunes, responsável pela área de Mobilidade Elétrica da Smart Infrastructure da Siemens.

Infraestrutura de carregamento – Com a evolução do mercado de eletrificados, surge a necessidade urgente da criação de uma infraestrutura de carregamento para esses veículos, sejam eles carros de usuários comuns, de motoristas de aplicativo, ônibus de frota ou caminhões. E essa infraestrutura precisa entregar uma experiência ótima para o usuário, de maneira que o processo de carga seja o mais similar o possível com o abastecimento de combustível. Por isso, a infraestrutura de carregamento ultrarrápido (carregadores com potência superior a 150kW) é estratégica na adoção de veículos elétricos em escala.

Recentemente, a Siemens realizou um estudo para um cliente que tem uma rede de postos de abastecimento urbanos e rodoviários e que buscava entender qual é o melhor carregador para a frota circulante no Brasil. Para atender a um contingente de quase 8 mil veículos, foi estudada a potência média de carregamento da bateria e sua capacidade para que o veículo possa circular.

Buscando a experiência do usuário em rodovias, considerando a potência média da frota e a capacidade da bateria, um carregador que melhor se adapta seria, por exemplo, um modelo DC (corrente contínua/carga rápida) de 160kW ou 180kW, com 2 plugs CCS (80kW a 90kW por plug), com tempo de carregamento médio de 40 minutos (de 0% a 100% da bateria) ou 32 minutos (de 20% a 100% da bateria). Cenário bastante adequado para uma parada rápida em um posto antes de seguir viagem. Ainda distante do tempo de abastecimento de veículos a combustão. Porém, mais próximo do tempo que normalmente se gasta em uma parada de uma longa viagem.

Venda de eletrificados cresce 76% – O mercado brasileiro de veículos elétricos encerrou janeiro com um recorde em emplacamentos para o mês. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), foram 4.503 unidades de veículos leves eletrificados (elétricos e híbridos) comercializados no período, um crescimento de 76% em relação a janeiro de 2022, e de 241% na comparação com o mesmo mês de 2021. Para suportar esse crescimento, a Aliança pela Mobilidade Sustentável, liderada pela 99, firmou recentemente acordo com o primeiro posto 100% elétrico do país, fruto de uma parceria da Vibra com a EZVolt, start up que também integra a Aliança – que tem como uma de suas metas contribuir com a criação de 10 mil pontos públicos de carregamento em todo o Brasil até 2025. “O acesso ao veículo elétrico só é eficiente a partir do desenvolvimento da infraestrutura, da mesma forma que a estrutura só se justifica a partir do crescimento de mercado. Por isso, trabalhamos fortemente em parceria com a Aliança pela Mobilidade Sustentável para crescermos, de forma conjunta, em ambas as frentes”, afirma Thiago Hipolito, diretor de Inovação e líder do DriverLAB na 99.

Pneus: os vilões da vida útil – Um mesmo modelo de pneu pode estar comprometido antes dos 30.000 km ou chegar em boa forma aos 50.000 km. O segredo?  O cuidado na escolha, no uso e na adoção de procedimentos de manutenção preventiva extremamente simples. “O passo mais importante em direção a uma longa vida do seu pneu passa por você conhecer um pouco mais sobre os vilões que trabalham o tempo todo para reduzir a quilometragem deste produto”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental Pneus.

Pressão incorreta – Sabe aquela falta de tempo para verificar periodicamente a pressão correta dos pneus? Este comportamento tem impacto direto na vida útil do pneu que, ao rodar abaixo da calibragem recomendada pelo fabricante, vê a sua vida útil extremamente comprometida, contribuindo não só para o desgaste prematuro da banda de rodagem como também da estrutura. Se você precisa de um argumento adicional para calibrar regularmente os pneus do seu carro, lembre-se que a pressão irregular aumenta significativamente o consumo de combustível.

Alinhamento incorreto – Se você solta por um instante o volante do veículo e a direção parece ganhar vida própria, desviando o veículo da sua linha reta, é sinal de que a geometria pode estar com alguma irregularidade. Corrigir o alinhamento significa equilibrar todas as forças que atuam no veículo, tais como gravidade e força centrífuga, entre outras. O desequilíbrio gera um desgaste adicional no pneu, encurtando a sua vida útil, além de comprometer a segurança.

Pneus e rodas desbalanceados – Aqui o sintoma pode ser uma trepidação no volante conforme o carro atinge velocidades maiores. Esse balanceamento é normalmente executado junto com o alinhamento, assegurando uma maior quilometragem, uma direção segura e frenagens eficientes.

Roda amassada ou torta – Neste quesito, toda a atenção é pouca. Se você acha que somente a estética do veículo fica comprometida com uma roda amassada após passar por um buraco ou um forte choque contra algum obstáculo, melhor pensar duas vezes: uma roda amassada ou torta representa um sério risco para a sua segurança, dos que viajam com você e dos outros motoristas e pedestres. Há um alto risco de perda repentina de toda a pressão do pneu, que pode comprometer totalmente a dirigibilidade e causar um acidente.

Escolha do modelo adequado – A evolução do processo de produção dos pneus permite que você escolha o modelo mais adequado para a sua proposta de uso. Se você precisa sair às vezes do asfalto para condições mais agressivas de pista, como as de terra, use pneu com uma elevada performance, que vai além do asfalto.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Nissan Leaf: vale a pena tê-lo?

Em 2020, foram vendidos no Brasil 800 exemplares de veículos 100% elétricos leves (os chamados BEVs). Nos 12 meses posteriores, já se registrava um grande pulo, com 2.851 vendas. No ano passado, o número pulou para 8.458 emplacamentos. Este colunista já avaliou alguns modelos elétricos – como o Chevrolet Bolt e o Volvo XC40.

Agora, testou o pioneiro deles no Brasil, o Nissan Leaf – que chegou em 2019 e foi renovado visualmente recentemente, ganhando também novas tecnologias. Aliás, exatamente por ser pioneiro o modelo teve a honra (com a esperta da Nissan, claro) de levar o nome Leaf, ou “folha”: a verde é o símbolo da sustentabilidade elétrica, digamos, usada em vários veículos.

Uma dessas inovações, aliás, merece um destaque: a V2G (sigla veículo-grid, do veículo para a rede). Ela permite, como o nome sugere, que o dono possa usar a energia guardada nas baterias do carro para abastecer sua casa por até 48h.

O dono do carro pode abastecê-lo à noite, quando o custo da energia é mais baixo, e usá-la nos horários de pico de consumo, quando a tarifa é mais alta. Ou em faltas de energia (quase rotina no bairro Lago Norte, no Distrito Federal, por exemplo). Ou mesmo para fazer funcionar aparelhos elétricos específicos – neste caso, com a tecnologia V2X (vehicle-to-anything, do veículo para tudo).

Outra tecnologia, essa bem mais popularizada, é a e-Pedal. Com ela, o motorista usa somente um pedal, a da ‘aceleração’. Para desacelerar e parar, basta tirar/aliviar o pé.

Dos elétricos compactos à venda no país, o Leaf é um dos mais bonitos do país (tem, certamente, um desenho de rodas ousado – e talvez o mais marcante). A parte frontal ganhou nova grade, para-choque e faróis.

Internamente, de novidade, um baita conjunto de áudio Bose com dois tweeters de 1 polegada, dois alto-falantes de 6,5 polegadas de longo alcance nas portas dianteiras, outros dois de 5,25 nas portas traseiras, um amplificador e um woofer de 4,5 polegadas, ambos na área do porta-malas.

O retrovisor (com tela de LCD) interno é inteligente, que usa câmeras para reproduzir as imagens da traseira do veículo. Isso elimina pontos cegos ou interferência dos apoios de cabeça do banco traseiro, por exemplo.

Não é um carro de luxo, embora tenha bom acabamento: o controle de bancos é manual, por exemplo, e o volante não traz regulagem de profundidade. O freio de estacionamento, por sua vez, é acionado por pedal. O velocímetro, creiam, ainda é analógico. Mas, noves fora, esses descuidos, demais itens fazem uma compensação (como o sistema de som e o pacote de segurança).

O sistema de recarga da linha 2023 também mudou e foi posto na parte frontal. Além da ChadeMo, usada para carga rápida, o Nissan Leaf ganhou entrada tipo 2, o padrão europeu, de sete pinos, mais comum nos pontos de recarga no Brasil.

Eficiência energética – O conjunto de motor do Leaf tem uma boa eficiência energética, oferecida por meio de baterias de íon-lítio de 40 kWh – que entregam 150cv (110 kW) e torque de 32,6 kgfm, com emissão zero. A Nissan garante que a economia é significativa no processo de recarga/abastecimento. Em um levantamento da própria empresa no Brasil com dados médios de mercado para o custo do litro de gasolina e do quilowatt-hora (kWh), a redução de custos de recarga/abastecimento pode chegar a 75% ao se rodar com um Leaf em comparação com um automóvel de tamanho similar com motor a combustão.

Mas a autonomia ainda é baixa: até 272 quilômetros, dependendo do comportamento do motorista, das condições das vias, principalmente estradas. É o preço por ter sido o pioneiro?

Segurança – O modelo vem com o Nissan Intelligent Safety Shield, que engloba alerta inteligente de mudança de faixa, assistente inteligente de frenagem de emergência, controle inteligente de velocidade, sistema de advertência de ponto cego, visão 360° inteligente com detector de movimento e por aí vai. Sem falar nos seis airbags, controles de estabilidade e tração, freios ABS com distribuição de força e sistema Isofix de cadeiras infantis.

Campanha ousada – Recentemente, a Nissan fez uma promoção que tirava até R$ 62,7 mil do valor de tabela (R$ 298.490). A campanha “Leaf é VIP” ofertou apenas 30 unidades com o desconto de 20%. Talvez por isso, o hatch médio tenha sido o mais vendido do Brasil em janeiro. (Veja a lista logo abaixo). Também há pouco, o modelo atingiu a marca de 1.000 unidades vendidas nas 57 concessionárias da marca japonesa.

1. Nissan Leaf – 80 unidades

2. Audi A3 – 32 unidades

3. Chevrolet Cruze Sport6 – 25 unidades

4. BMW i3 – 9 unidades

5. BMW Série 1 – 5 unidades

6. Mercedes-Benz Classe A – 2 unidades

Ficha técnica

  • Potência: 147 cavalos
  • Torque: 32,6 kgfm instantâneo
  • Direção: assistência elétrica
  • Velocidade: 150 km/h
  • Aceleração de zero a 100 km/h: em 7,9 segundos
  • Autonomia: 272 quilômetros
  • Carregamento: em recargas rápidas, 40 minutos para 80% da bateria, em carregador Wallbox, oito horas para carga completa, em tomada convencional doméstica, em 20 horas
  • Dimensões: 4,48 metros de comprimento, 1,79 metro de largura, 1,56 metro de altura, 2,70 metros de entre-eixos
  • Porta-malas: 435 litros

Curiosidades

O Leaf é produzido em três países (Japão, EUA e Reino Unido) e é comercializado em mais de 50 mercados pelo mundo. A que vem ao Brasil é a britânica.

Ele foi o primeiro veículo elétrico a ser produzido em série, introduzido no Japão e nos Estados Unidos em 2010, e é o carro “verde” global mais vendido no planeta, com mais de 600 mil unidades – não computando os comercializados somente na China.

Na primeira geração, o Leaf chegou a circular em frotas de táxis no Rio de Janeiro e em São Paulo de 2013 a 2016, sem oferta para o público. A segunda geração foi apresentada em 2017, e em 2019 começou a ser vendida no Brasil.

Fórmula E em São Paulo – E a primeira corrida de veículos totalmente elétricos está confirmada para 25 de março, em São Paulo (e no Sambódromo do Anhembi, a casa do Carnaval paulistano). É a corrida mais sustentável do planeta. Vinte e dois pilotos representando 11 equipes irão disputar posições roda a roda no novo circuito – e dois deles são brasileiros (Lucas Di Grassi, da Mahindra Racing, e Sérgio Sette Câmara, da NIO 333). Os ingressos para a corrida em São Paulo já estão à venda pelo site da Eventim. O circuito tem extensão de 2,8km, com a largada dentro do Sambódromo. Ao todo, serão 3 longas retas conectadas por chicanes desafiadoras, curvas abertas e fechadas, uma velocidade que pode chegar a 322km/h.

BMW X1 nas lojas – A nova geração do SUV compacto da marca alemã acaba de ser apresentada aos clientes. A linha 2023 tem preços entre R$ 297 mil e R$ 345 mil e tem três versões com duas opções de motorização. O modelo é líder isolado há seis anos nessa categoria compacta de SUV premium (foram 3.479 unidades emplacadas em 2022, com 37,18% do segmento). O X1 terá o programa BSI gratuito pelo período de três anos ou 40.000km (o que ocorrer primeiro). O BSI oferece serviços de manutenção com cobertura mundial na rede de concessionárias autorizadas, sem custo adicional dos serviços cobertos. O motor da versão sDrive18i GP é um 1.5 turbo de três cilindros de 156cv e 23,4kgfm (com gasolina, é capaz de fazer 11,4 km/litro na cidade e 13,5 km/litro na estrada). Nas configurações sDrive20i X-Line e sDrive20i M Sport vem o 2.0 turbo que entrega 204cv e 30,6kgfm. A transmissão é automatizada de dupla embreagem e 7 marchas.

Commander: 40 mil nas ruas – Em pouco mais de um ano de produção, o Jeep Commander fabricado em Goiana, Pernambuco, chega à marca de 40 mil unidades – e sendo líder absoluto do segmento D-SUV (grandes). O modelo tem duas opções de motorização: a 1.3 turboflex T270 com 185cv de potência e 27,5kgfm de torque (com câmbio automático de 6 marchas) e a 2.0 turbodiesel TD380 com 170 cv e 38,7 kgfm de força (9 marchas).

O veloz chinês Haval – A Great Wall Motor chegou ao Brasil para surpreender e traz de cara o novo Haval H6 GT, uma versão esportiva do SUV cupê médio. O modelo já está em pré-venda. Ele será oferecido com um motor 1.5 turbo a combustão e dois propulsores elétricos (a autonomia oferecida por ambos será de 170km). Com isso, vai entregar uma potência combinada de 393cv e 77,7 kgfm de torque para as quatro rodas. Ele acelera de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. É mais rápido do que o Porsche Macan e bem econômico: faz até 27,5 km/l na estrada. A versão esportiva do híbrido plug-in cupê foi criada exclusivamente para o Brasil. O preço não foi ainda anunciado.

Duas rodas: produção cresce – As razões são claras: carros caros, combustíveis, idem – e transporte público ruim e desemprego em alta. Por isso, o brasileiro tem recorrido mais do que nunca às motocicletas para viver – e sobreviver. Assim, a produção delas em Manaus só tem crescido. Em janeiro deste ano, por exemplo, foi de 122.867 unidades, volume 46,7% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado e 44,4% maior que os números de dezembro. A Abraciclo, associação dos fabricantes, diz que este foi o melhor resultado para o mês de janeiro desde 2014, quando 146.557 motocicletas saíram das linhas de montagem.

Himalayan 2023 custa R$ 23 mil – A moto aventureira média da Royal Enfield ganhou algumas alterações na parte elétrica, mais equipamentos na mecânica e agora passa a custar R$ 23 mil. Agora, ela tem comunicação CAN Bus entre a central eletrônica e os módulos e ganhou um novo estator e um regulador de voltagem revisado e reposicionado no chassi para dar suporte à nova arquitetura eletrônica.

Gasto familiar com gasolina – O quanto, de fato, o combustível pesa no orçamento mensal das famílias? Para responder essa questão, a Veloe, hub de mobilidade e logística, fez uma parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a tradicional Fipe. E com o chamado indicador de poder de compra de combustíveis (IPCC) chegaram à seguinte conclusão: o tanque de combustível com 55 litros de gasolina comum corresponde a 6,8% da renda média domiciliar nacional. Já foi de 9,3% – o que demonstra que, quando esse indicador diminui, o produto fica mais barato em relação à renda. A Veloe também vai acompanhar uma série de itens de impacto para o setor de transporte e logística – além dos preços médios dos combustíveis. Em janeiro, o monitor registrou preços médios nacionais por litro abastecido de R$ 5,108 para gasolina comum; R$ 5,246 para gasolina aditivada; R$ 3,919 para etanol hidratado; R$ 5,143 para o GNV; R$ 6,424 para o diesel comum; e R$ 6,502 para o diesel S-10.

Álcool ou gasolina? A escolha do tipo de combustível pode depender de diversos fatores. Para mapear e identificar como funciona esse processo decisório, a Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento, realizou uma pesquisa inédita com recorte do público masculino da região Sudeste para identificar quais são os tipos de combustíveis mais utilizados – além dos motivos das preferências para cada abastecimento. O novo estudo mostra que a gasolina comum ainda é a principal fonte de abastecimento (43%), seguida da aditivada (20%) e o etanol comum (17%). Um dos fatores determinantes para a preferência está relacionada ao maior rendimento do veículo com o combustível, mesmo com os entrevistados identificando que o preço do etanol comum é mais atrativo.

Em comparação com o ano de 2021, 66% dos condutores escolhiam o etanol como combustível. No entanto, com a redução dos preços, tanto do etanol como da gasolina, nos últimos tempos, esse percentual caiu para 59%. Apesar de os brasileiros colocarem o preço do combustível como segunda opção, optando pela melhor qualidade e rentabilidade para o veículo, o estudo comprova que, ainda assim, o dinheiro preocupa os motoristas. A pesquisa indica que 55% dos proprietários de carros e motos fazem cálculos sobre a rentabilidade do combustível antes de realizar o abastecimento. Outro ponto de destaque foi o fato de 37% dos entrevistados terem optado por vender seu veículo próprio devido ao alto custo do combustível.

Quase sete em cada 10 entrevistados dizem possuir um automóvel com motor flex, que possibilita o abastecimento com mais de um tipo de combustível. Quando isolado por carrocerias, 31% são proprietários de modelos SUVs, 27% de hatches e 26% optam pela carroceria sedã. A maioria (45%) dos respondentes que recebe acima de 20 salários mínimos ou entre dez e 20 salários mínimos opta por modelos SUV e a última opção para esse público é o modelo hatch. Em contrapartida, os entrevistados que recebem entre quatro e dez salários mínimos optam primeiramente pelos veículos hatch (40%). A pesquisa sobre o uso de combustíveis ouviu 2.102 pessoas.

As chuvas e o espaço para frear – As chuvas ainda castigam diversas regiões do país neste início de ano. Dirigir em vias molhadas – principalmente nas estradas – pode ser perigoso e uma condução segura do veículo sob essa condição demanda alguns cuidados especiais com os pneus. Sob chuva, é importante reduzir a velocidade e manter-se distante do veículo à frente. Afinal, em uma pista molhada o motorista necessita de três vezes mais espaço para frear em comparação com uma pista seca.

Os pneus possuem indicadores de desgaste máximo em seus sulcos principais, os chamados TWI (tread wear indicators) que, se estiverem nivelados com as barras ou blocos dos pneus, apontam que ele já atingiu sua profundidade mínima. Um detalhe importante: mesmo que apenas um dos lados do pneu atinja esse nível ele já é considerado desgastado, comprometendo totalmente a segurança ao dirigir.

Também é importante observar a profundidade dos sulcos dos pneus. A partir desse momento, o desempenho no molhado já não é mais o mesmo de um pneu novo e, portanto, é necessária ainda mais atenção.

“Um estudo que realizamos apurou que pneus novos, com 100% de sua capacidade de dispersão, podem dar vazão a até 30 litros de água por segundo a uma velocidade de 80 km/h. Mas, quando os sulcos atingem o limite legal de 1,6 mm essa capacidade cai para 55%, o que impacta direta e negativamente a dirigibilidade e a segurança”, alerta Rafael Astolfi, gerente sênior de serviços técnicos ao cliente da Continental Pneus Américas.

Pneus que apresentem profundidades de sulco iguais ou inferiores a 1,6 mm não só deixam o motorista sujeito a multas como aumentam a probabilidade de acidentes em razão da menor capacidade de drenagem da água e do comprometimento tanto da frenagem como da tração.

Por isso, a revisão dos pneus, especialmente nessas épocas, é fundamental para evitar acidentes graves. É essencial não descuidar da pressão, do alinhamento da suspensão e do balanceamento do conjunto roda/pneu e, claro, checar o estado do estepe para que possa ser utilizado em uma eventual emergência.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Golpe do IPVA: saiba como se proteger

Só duas coisas são inevitáveis na nossa existência aqui na terra: a morte e o pagamento de impostos. Pois bem: milhões de brasileiros donos de veículos começam a pagar o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), tributo anual calculado sobre o valor de mercado dos automóveis. Procure a secretaria de Fazenda do seu estado, planeje, poupe e se prepare.

Anotadas as datas, fiquem atentos: mesmo que o IPVA possa ser quitado online, tornando a transação bem mais prática, a bandidagem cibernética criou muitos esquemas de fraudes digitais, como os golpes do phishing e do boleto falso. Márcio D’avila, consultor técnico e especialista em segurança digital da CertiSign, e Victor Mahon, CBO e sócio da Zapay, ajudaram a coluna De bigu com a modernidade a criar um plano de proteção, digamos assim.

1. Phishing

Neste golpe, as vítimas recebem um e-mail, SMS ou mensagem de WhatsApp fingindo serem do Detran ou algum órgão regulador. Ao clicar no link, a vítima é direcionada a um site falso, mas muito parecido com o original. E aí ao inserir os dados, as informações são roubadas ou ainda a vítima pode ser induzida a realizar o pagamento ali mesmo por meio de QRCodes ou boletos fraudulentos. “Esse golpe é muito comum, mas fácil de ser evitado. Antes de acessar algum link, é sempre importante verificar se na mensagem há erros de digitação, pontuação e se o domínio do e-mail é realmente da instituição ou empresa. Também é importante antes de navegar e inserir dados em um site confirmar se ele é autêntico e se está seguro com um certificado SSL/TLS. Essa confirmação é feita com um clique no cadeado no navegador, onde é possível ver as informações sobre o site em questão”, explica.

2. Boleto falso

Os fraudadores podem enviar boletos falsos pelos Correios ou por e-mail informando sobre uma nova via de pagamento ou, ainda, de um erro na transação. Nestes casos, a fatura costuma ser bem parecida com a original, mas possui os dados da conta bancária de quem está aplicando o golpe. “Então, a dica sobre isso é: faça sempre o pagamento diretamente nos sites dos órgãos oficiais e autorizados, como bancos credenciados”, complementa.

3. Redes sociais e ligações

Também é preciso ter muito cuidado nas redes sociais e ao telefone. Criminosos também criam perfis falsos em nome de órgãos oficiais e realizam ligações para tentar capturar dados e estimular o pagamento de boletos falsos. A isca, muitas vezes, são descontos para a quitação de multas e regularização do veículo. A comunicação tem sempre um tom de urgência, com uma vantagem muito boa para a vítima-alvo. “A orientação é nunca fornecer o seu número de cartão de crédito, senha de conta bancária e informações pessoais ou financeiras a alguém que entre em contato com você, a menos que você esteja absolutamente certo de que essa pessoa é legítima”, reforça Victor Mahon, CBO e sócio da Zapay.

City Cargo: o minielétrico de carga – O mercado de carros de passeio 100% elétricos no Brasil emplacou 7.230 unidades em 2022. A JAC foi vice-líder, com 894 unidades (12,4% de participação). Agora, a marca chinesa administrada por Sergio Habib traz um novo (e diferente) modelo: o JAC E-JS1 City Cargo, capaz de transportar até 1.200 litros de volume (ou 400 kg). O alvo? Laboratórios, frota de serviços para empresas que prestam atendimento públicos como telefonia e energia, além de entregas de encomendas e outras aplicações urbanas. Habib, presidente do Grupo SHC e da JAC Motors Brasil, diz que ele vale para laboratórios de exames clínicos que realizam as coletas no domicílio, por exemplo, ou frotas contratadas para atendimento de serviços públicos, como empresas de energia elétrica – você só necessita de um técnico e mais algumas poucas ferramentas –, bem como de telefonia ou saneamento. E isso sem contar o aclamado “last mile” (última milha, em tradução literal, que é aquele nicho de veículos que retiram mercadorias dos centros de distribuição e as entregam nas casas/nos comércio dos clientes). Essa versão “furgoneta” é, segundo a JAC, especialmente e imediatamente vantajosa no custo por km rodado para rotas diárias a partir de 120 km. A família E-JS1 agora é composta por três versões: JAC E-JS1, modelo 100% elétrico mais acessível do Brasil, JAC E-JS1 EXT, que é a versão aventureira, e JAC E-JS1 City Cargo.

Versões e preços
JAC E-JS1, automóvel 100% elétrico mais barato do Brasil: R$ 146 mil;
JAC E-JS1 City Cargo: R$ 160 mil;
JAC E-JS1 EXT, versão aventureira do E-JS1: R$ 165 mil

Com esse lançamento, a família 100% elétrica da JAC Motors passa a contar com 16 modelos. São 4 automóveis de passeio, 1 picape, 5 vans e 6 caminhões.

Elétricos: chegamos aos 100 mil – E por falar em carro eletrificado, ambientalmente sustentável, vale registrar: o mercado brasileiro, que registrou crescimento de 41% em 2022 na venda destes veículos, acaba de quebrar a marca dos 100 mil (híbridos e elétricos) circulando nas ruas e estradas, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétricos (ABVE), o mercado nacional já conta com mais de 100 mil veículos eletrificados (híbridos e elétricos). Apenas no ano passado, esse mercado registrou um total de 49.245 unidades comercializadas, 41% a mais do que em 2021.

Primeira picape elétrica da Ram – A marca norte-americana Ram, pertencente a Stellantis, acaba de confirmar que sua primeira picape elétrica a bateria será conhecida como Ram 1500 REV. “Começamos uma revolução no ano passado, quando convidamos os consumidores para o início de nossa jornada de eletrificação, reunindo seus comentários sobre exatamente o que eles estão procurando em uma picape elétrica”, disse Mike Koval Jr., CEO da Ram. A produção da nova Ram 1500 REV começará no próximo ano. O veículo será formalmente revelado ao público nos próximos meses.

Lexus NX 350h: mais segurança – A linha 2023 do SUV da marca de luxo japonesa pertencente à Toyota chega disponível em três versões (Dynamic, Luxury e F-Sport). Essa última ganha iluminação ambiente com novas cores e sistema de som Mark Levinson de 7.1 canais, com 23 caixas de som distribuídas por 16 locais em toda a cabine (incluindo dois alto-falantes de 40mm instalados no teto), que geram o equivalente a 2.400 watts de potência. Também vem com um novo retrovisor digital, que auxilia o motorista, principalmente no período noturno, e proporciona mais segurança e comodidade. As versões Dynamic e Luxury ganham novos itens de suporte para estacionamento. A linha 2023 do modelo, precursor entre os utilitários esportivos premium no mundo, já está disponível na rede de concessionárias da marca, com preços a partir de R$ 364.790 (a Dynamic). A Luxury custa R$ 400.290; a F-Sport, R$ 437.090.

Lembram dos trólebus? E se voltassem? – O Recife já teve um sistema de transporte público elétrico muito interessante, eficiente, invejado: eram os trólebus que saíam da Caxangá ou da Macaxeira, por exemplo, e iam até a Dantas Barretos. Inaugurado em 1960, o programa tinha inicialmente 65 veículos Marmon Herrington, importados dos Estados Unidos. O lobby do diesel desgraçadamente venceu – e temos o que temos.

Pois bem: e que tal se o transporte público voltasse a ter a eletricidade como motor? Em várias partes do mundo a eletrificação veicular já é uma realidade. Afinal, as aplicações vão muito além do transporte individual. Euclides Lourenço Chuma, membro sênior do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), organização profissional técnica dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade e pesquisador do CNPq na Universidade de Linköping, na Suécia, avalia as possibilidades para o cenário brasileiro. Ele defende que os veículos elétricos são uma boa opção para o transporte público.

“Mesmo em grandes extensões urbanas, como a região metropolitana de São Paulo, é possível implementar um sistema de ônibus movidos a eletricidade com a tecnologia atual”, reforça ele. “Isso traria diversos benefícios para a população”. Como exemplo, cita a redução nas emissões de CO2 e a melhoria da qualidade do ar da cidade, que contribuiriam para evitar a formação das chamadas bolhas de calor. “Sem falar na diminuição significativa da poluição sonora, já que motores elétricos são totalmente silenciosos”, afirma Chuma.

Os 70 anos do Jeep CJ-3B – Lançado nos Estados Unidos em janeiro de 1953, o Jeep CJ-3B acaba de completar 70 anos. O modelo foi também o primeiro Jeep a ser fabricado pela Willys-Overland do Brasil, já a partir de 1954. Algumas unidades de versões anteriores já haviam chegado ao país como CKD (peças para montagem) antes disso, mas coube ao CJ-3B integrar as primeiras peças nacionais ao longo dos seus anos de produção aqui no Brasil. O CJ-3B – CJ de “Civilian Jeep” (Jeep civil) – foi uma evolução dos modelos já produzidos até então para clientes civis e não militares. Nascida em 1945 com o CJ-2A, a família CJ foi composta por veículos para uso em qualquer terreno de carroceria compacta, produzidos e vendidos pela Jeep até a década de 1980. O CJ-3B começou a ser vendido no Brasil em 1954. Montado em São Bernardo do Campo (SP) pela Willys-Overland do Brasil, ele trouxe como diferenciais das gerações anteriores a grade frontal e o capô mais elevados para poder acomodar o novo motor de quatro cilindros Hurricane, da Willys, gerando o apelido “cara de cavalo”.

Dentre as muitas aventuras proporcionadas pelo CJ-3B ao longo dos seus 70 anos, vale lembrar uma realizada por três escoteiros em 1955, com a Operação Abacaxi. Eles saíram de São Paulo com destino ao Canadá para participar do Jamboree, encontro mundial de Escotismo. Uma viagem incrível, que acabou sendo ampliada até o Alasca a bordo do CJ-3B. Entre a ida e a volta, os três aventureiros rodaram cerca de 73 mil quilômetros em pouco mais de um ano, passando por 19 países e vivendo histórias incríveis. Os nomes desses aventureiros: Hugo Vidal, Charles Downey e Jan Stekly. O CJ-3B, que também teve uma versão militar, o M606, foi produzido nos Estados Unidos até 1968, com cerca de 155 mil unidades fabricadas. Além disso, o CJ-3B foi um pioneiro “carro mundial”, fabricado sob licença em países como Japão, Índia, França, Espanha e Turquia.

Nova Tiger Sport 660 Touring – A fabricante britânica Triumph acaba de apresentar a linha 2023 da motocicleta Tiger Sport 660 Touring para os consumidores brasileiros, focando em acessórios que, em outros mercados, costumam ser opcionais. Por exemplo: ela traz top box traseiro da marca Givi com capacidade para transportar até 47 litros de carga (cabem dois capacetes). O preço sugerido é de exatos R$ 62.873,73, com opções de duas cores (vermelha e azul) e um importante auxílio de condução: o quickshifter é acessório que permite as trocas de marcha sem a necessidade de acionar o manete da embreagem. O modelo traz de série freios ABS, controle de tração e painel de instrumentos digital com tela TFT. O motor é um tricilíndrico de 660cm³ de 81cv de potência e 6,5kgfm de torque, com câmbio de seis marchas.

Carnaval e carro na praia: fique ligado – Todo mundo aqui no Nordeste conhece alguém que vai pegar o carro e se mandar para uma praia, certo? Por isso, durante e depois de pegar a estrada, o motorista deve tomar algumas precauções fundamentais com o veículo. A NGK, multinacional japonesa especialista em sistema de ignição, listou a pedido do Bigu cinco importantes recomendações:

1) Fazer uma boa lavagem no veículo logo ao retornar do litoral, incluindo a parte inferior do carro;

2) Não aplicar óleo ou vaselina na parte inferior do automóvel: além de agredir as borrachas, os produtos permitem que a sujeira e partículas grudem no veículo;

3) Evitar a utilização de querosene, óleo em spray e óleo diesel no motor, pois se trata de uma área muito quente do carro e, como são produtos inflamáveis, podem provocar um acidente;

4) Fugir de combustível com preço muito baixo e solicitar sempre a nota fiscal de abastecimento;

5) No retorno da viagem, observar se o veículo apresenta falhas ou aumento do consumo de combustível e, em caso positivo, pedir ao mecânico de confiança para realizar uma avaliação do carro.

Segundo Hiromori Mori, consultor de assistência técnica da NGK do Brasil, antes de pegar estrada, o condutor precisa verificar o funcionamento dos itens de segurança, como pneus (estado e pressão), além da iluminação e da documentação do motorista e do veículo. “Durante a viagem, é fundamental examinar as lâmpadas de alerta que, na maioria dos veículos, têm duas cores: amarelas ou âmbar, que indicam ser necessária uma verificação, mas não impedem o funcionamento do automóvel; e vermelhas, que ordenam interromper imediatamente o passeio para checagem”, descreve Mori. “Após a viagem, é a hora de identificar se há falhas ou ruídos anormais no carro.”

Como o ambiente com maresia é mais agressivo ao veículo, a manutenção preventiva deve ser ainda mais criteriosa. “Os principais componentes prejudicados pela maresia são os metálicos, uma vez que não possuem uma camada de proteção, como suportes, parafusos e peças de alumínio, e a borracha, que sofre agressão química e ressecamento”, aponta Mori. “Já os cabos de ignição merecem uma atenção especial e devem ser verificados e substituídos quando necessário, porque o sal contido na maresia facilita a condutividade elétrica.”

Para moradores de regiões litorâneas, Mori recomenda providenciar uma inspeção anual de itens da carroceria e estruturais com um profissional qualificado. “Ao notar problemas de pontos de corrosão, eles devem ser tratados para não afetar as peças estruturais e, consequentemente, a segurança do veículo.”

Fazer manutenção ou alugar? – E por falar em carro e carnaval, confira um interessante e curioso levantamento da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), feito com apoio da Mundo Automotivo – DMS Automotive: cinco diárias de locação de um veículo popular ficam, via de regra, mais em conta do que a soma dos gastos de manutenção necessários para pegar a estrada. Claro, veja que o trabalho tem ‘um lado’ mais interessado, mas analise: a economia a favor de quem vai viajar com carro alugado no Carnaval, ou demais feriados prolongados ao longo do ano, pode chegar a 20%, mesmo sem incluir trocas de pneus e/ou de bateria. Os preços médios levados em conta no levantamento foram: troca de óleo (R$ 100 a R$ 170); filtros de óleo, de combustível e de ar (R$ 75 a R$ 115); fluido de freio (R$ 65 a R$ 135); pastilhas (R$ 90 a R$ 130); palhetas (R$ 115 a R$ 180); lâmpadas de farol (R$ 30 a R$ 70, cada uma); alinhamento e balanceamento (R$ 170 a R$ 180) – serviço que inclui rodízio dos pneus.

A maioria desses itens implica na segurança da viagem e, se negligenciados, fazem crescer os riscos de acidentes e de prejuízos. “O certo é que a preparação de um veículo para pegar a estrada certamente envolverá algum gasto extra que o proprietário precisa levar em consideração”, diz o presidente da ABLA, Marco Aurélio Nazaré. “Já no caso da locação, os carros são entregues 100% revisados, num ótimo custo-benefício”.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.