De bigu com a modernidade

Os 20 seminovos mais procurados (e valorizados) em 2022

A Mobiauto, start-up do segmento automotivo e um dos três maiores marketplaces de carros usados do país, acaba de fazer um levantamento que mostra os melhores negócios, sob o ponto de vista financeiro, de todo o mercado de usados do país. A pesquisa aponta os vinte veículos mais acessados na plataforma durante o ano passado, o que já é uma ótima pista para quem quer se nortear em relação a bons negócios. Além disso, os pesquisadores apuraram cotações de mercado em dezembro de 2021 e repetiram a checagem um ano depois, compondo o percentual de variação de preços. Na média desses campeões de vendas, a equipe de estatística da Mobiauto calculou uma depreciação de 2,45%. Cada um desses veículos foi verificado nas mais variadas versões de acabamento, com anos-modelos de 2019 a 2022, o que compôs um total de 227 automóveis pesquisados. E os campeões? A Renault faz “barba e cabelo”. O modelo mais valorizado da pesquisa, considerando a média das versões, foi o Logan 2019, com valorização de 6,37% no decorrer de 2022. Veja a lista dos dez mais.

Por essa tabela, observa-se o predomínio de duas marcas: Volkswagen (quatro modelos) e Hyundai (três). E é de chamar a atenção a composição dos tipos de veículos, com larga vantagem aos hatches compactos, que colocaram seis exemplares entre os dez mais. São mais três sedãs e uma picape. Já o veículo mais valorizado do Brasil em 2022 foi o Renault Sandero Authentique 1.0 12V SCe 2019, que aumentou seu preço em 11,16%. Curiosamente, essa versão nem existe mais nos showrooms de zero km da rede autorizada da marca. O único modelo com motor 1000 remanescente da família é o Sandero S Edition, como uma série especial de “despedida”. Em 2023, só o Stepway permanecerá em produção.

A lista de versões mais valorizadas denota um perfil mais eclético, embora repita uma característica em relação à anterior: a solidez da Hyundai. Ela é dona de metade dos modelos que mais ganharam preços entre o Top Ten.

E qual a explicação?

O que deixou os pesquisadores da Mobiauto perplexos, no entanto, foi que os resultados positivos colhidos pela dupla de compactos da Renault só ocorreram com os modelos 2019. Enquanto o Logan deste ano aumentou a cotação em mais de 6%, o 2020 perdeu cerca de 5%. E os mais novos foram ainda piores. Como explicar isso?

O consultor automotivo Sant Clair Castro Jr., CEO da Mobiauto, foi buscar a explicação em seus registros exatamente um ano atrás. “Ambos são veículos com vendas expressivas para locadoras. Em dezembro de 2021, algumas empresas colocaram uma grande quantidade de unidades desses dois veículos à venda, o que achatou momentaneamente as cotações pelo excesso de ofertas. Quando você parte de uma base baixa, com seus preços bem inferiores aos dos concorrentes, a recuperação acaba acontecendo”, opina. Ele lembra que tanto Logan como Sandero, nos demais anos-modelos, já tiveram performances bem diferentes. “É o que eu chamo de soluço mercadológico”.

Exportações de automóveis crescem 27,8% – Um balanço divulgado pela Associação Nacional dos Veículos Automotivos (Anfavea) mostra que as exportações de veículos somaram 480,9 mil unidades, ou 27,8% em relação a 2021. A entidade projetava uma alta de 22%. No entanto, mesmo com esse crescimento expressivo, a instituição prega que é preciso investir em infraestrutura para continuar progredindo. Segundo Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, ainda é necessário aguardar pelas novas medidas anunciadas pelo novo governo Luiz Inácio Lula da Silva. As previsões para o ano em curso apontam para uma redução de 2,9% nas exportações, devido aos impactos da Argentina, mas a Anfavea estima que a exportação total será de 467 mil unidades. Mesmo assim, a produção tem apresentado resultados positivos, atingindo 2,37 milhões de unidades em 2022, com alta de 5,4% em relação ao ano anterior. Além disso, as expectativas para a produção automobilística este ano é um crescimento de 2,2%.

Harley-Davidson trará mais quatro novos modelos – A Harley-Davidson começou a celebrar seu 120º aniversário com boas notícias para os apaixonados pela marca de Milwaukee (EUA). A linha 2023, por exemplo, tem como destaque o modelo CVO Road Glide Limited Anniversary e mais cinco edições limitadas – principalmente em relação à estética, com pintura, acabamentos premium e detalhes exclusivos. Também foram apresentadas a novíssima custom esportiva Nightster Special, atualizações da performance cruiser Breakout, que se juntam à recém-apresentada Sportster S e à Low Rider ST na lista de lançamentos que chegam ao Brasil em 2023.

A edição superpremium CVO comemorativa vem com pintura vermelha aplicada sobre uma base negra e terá apenas 1.500 exemplares para distribuição global (30 para o mercado brasileiro). E virá com número de série gravado a laser no console do tanque de combustível. A pintura especial do 120º aniversário, em um esquema diferente, será oferecida em outros cinco modelos Harley-Davidson de produção limitada, com cores e combinações de design inspiradas nas primeiras motocicletas Harley-Davidson. Cada uma apresenta um tipo clássico de pintura vermelha reluzente como cor base.

Essa linha comemorativa e de produção limitada estará disponível para pré-venda ainda em janeiro e será oferecida da seguinte forma:

· Ultra Limited Anniversary (produção de 1.300 unidades globalmente, sendo 12 para o mercado brasileiro)

· Street Glide Special Anniversary (produção de 1.600 unidades globalmente, sendo 6 para o mercado brasileiro)

· Road Glide Special Anniversary (produção de 1.600 unidades globalmente, sendo 6 para o mercado brasileiro)

· Fat Boy 114 Anniversary (produção de 3.000 unidades globalmente, sendo 30 para o mercado brasileiro)

· Heritage Classic 114 Anniversary (produção de 1.700 unidades globalmente, sendo 18 para o mercado brasileiro)

A nova Breakout 2023 chega com um estilo mais brilhante em seu característico perfil chopper. Além de novidades no design, apresenta o powertrain Milwaukee-Eight 117 V-Twin, maior conjunto de torque e cilindrada em um motor Harley-Davidson oferecido de fábrica.

A nova Nightster Special, segundo a marca, vai iniciar um novo capítulo na história da Sportster. É uma motocicleta totalmente nova, que combina a silhueta clássica da Sportster com o desempenho do novo motor Revolution Max 975T e uma série de itens de tecnologia. De porte médio, ela traz uma série de atualizações de design, conveniência e tecnologia. A Nightster Special estará disponível em breve para pré-venda e tem preço sugerido a partir de R$ 111.900.

Novo motor

O V-Twin Revolution® Max 975T, de 60 graus, refrigerado a líquido, foi ajustado para produzir alto torque em baixas rotações e fornecer aceleração e potência robusta na faixa intermediária de rotação. Para minimizar o peso total da motocicleta, o motor é integrado ao veículo como elemento central do chassi.

Ficha Técnica

Cilindradas: 975 cc

Potência do motor: 90 cv a 7.500 rpm

Torque máximo: 9,7 kgfm a 5.000 rpm

Os balanceadores internos ajudam a reduzir a vibração do motor para aumentar o conforto do motociclista e aumentar a durabilidade do veículo. Os balanceadores são calibrados para produzir vibração suficiente e fazer a motocicleta se sentir “viva”.

Kawasaki faz recall – A fabricante Kawasaki Motores do Brasil está convocando os donos das motocicletas Z1000 e Z1000 R Edition modelo 2022 a agendar uma visita a uma das concessionárias autorizadas Kawasaki para substituição da alça do assento do garupa. Nelas, por um problema de resistência abaixo do especificado, a alça pode quebrar ao receber uma tração vertical, podendo gerar desequilíbrio no passageiro e causar um acidente fatal. Os agendamentos estarão disponíveis a partir de 23/01/2023 e o tempo estimado para a realização do reparo gratuito é de aproximadamente 1 hora e 30 minutos. Para mais informações, ligue 0800-773-1210, das 9h às 17h.

Rodovias: pontos críticos aumentam 50% – Em 2022, foram registrados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) 2.610 pontos críticos nas rodovias brasileiras. ‘Ponto crítico’ são aqueles velhos problemas na infraestrutura, que tanto interferem na fluidez dos veículos quanto oferecem riscos à segurança dos usuários, aumentando de forma significativa a possibilidade de acidentes. Sem falar que ainda eleva os custos do transporte. Esse quantitativo é 50% maior do que o identificado em 2021 (1.739 ocorrências). São problemas graves, que se multiplicam a cada ano e se concentram, majoritariamente, em rodovias sob gestão pública, segundo a publicação Transporte Rodoviário, lançada pela CNT nesta terça-feira (17). O estudo, que traz a série histórica da Pesquisa CNT de Rodovias de 2012 a 2021 e é complementado por uma edição do Radar CNT do Transporte, com a atualização dos dados relativos a 2022.

Minas Gerais, como sem sido visto nas últimas análises estatísticas, foi a unidade da Federação que mais se destacou quanto a quedas de barreira (123) e erosões na pista (182). Já o Pará teve o maior registro de buracos grandes (291). De qualquer forma, os governos, por mais desinformados que estejam, sabem onde estão localização, quantidade, tipo e densidade de pontos críticos registrados nas rodovias federais e estaduais do país – assim como as condições de sinalização.

A série histórica apresentada nas publicações evidencia o panorama da degradação da malha rodoviária brasileira: em 2012, o usuário encontrava, em média, um ponto crítico a cada 372,4 quilômetros percorridos; em 2022, passou a se deparar com uma ocorrência a cada 44 quilômetros. Em geral, as rodovias estaduais públicas destacaram-se negativamente quanto à densidade de pontos críticos. Em 2021, por exemplo, se sobressaíram as rodovias CE-183, PA-447 e MA-303, com, respectivamente, 4,83, 4,29 e 3,23 pontos críticos a cada 10 quilômetros pesquisados – sendo todos esses casos trechos com ocorrências de buracos grandes.

Além da série histórica, a CNT ainda apresenta, no estudo, as características e causas do surgimento dos pontos críticos. E, claro, as ações que julga necessárias para solucioná-los, que contemplam medidas emergenciais a serem adotadas quando surge um ponto crítico e orientações gerais de como corrigi-lo.

Nordeste: etanol já subiu 4,75% em janeiro – O mais recente Índice de Preços Ticket Log (IPTL) mostra que a região Nordeste apresentou, na primeira quinzena do ano, o maior aumento do país no preço médio do litro do etanol. Segundo o levantamento, o combustível registrou acréscimo de 4,75% e foi comercializado a R$ 4,43.  Já a gasolina foi encontrada a R$ 5,37, após aumento de 1,74%. O diesel, por sua vez, foi comercializado a R$ 6,78, o tipo comum, após recuo de 0,80%; o S-10 foi encontrado a R$ 6,86, após baixa de 0,58% no valor médio. “A Bahia apresentou o maior aumento do país para o diesel comum, S-10 e para o etanol. Já a Paraíba foi o estado que registrou o menor valor para a gasolina em todo o território nacional, encontrada a R$ 4,93, enquanto o Ceará apresentou o maior aumento para o mesmo combustível, de 7,25%, que foi comercializado a R$ 5,76”, comenta Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

Fiat Argo ganha câmbio CVT – Disponível nas versões Drive e Trekking, nova transmissão com três modos de condução e sete velocidades completa o portfólio do modelo e expande ainda mais a cobertura de mercado na categoria. O Argo já se consolidou como um dos veículos mais vendidos do Brasil (ficou com a 3ª posição em 2022) e já possui mais de 385 mil unidades comercializadas desde seu lançamento. Em cinco anos de mercado, ele ganhou novas versões, cores e tecnologia. Agora, traz como novidade a combinação do câmbio CVT de sete velocidades com a potência de 107 cv do motor Firefly 1.3, o que resulta em eficiência e desempenho competitivos para a categoria. Com consumo de até 13,9 km/l, ele é um dos veículos automáticos mais econômicos do segmento. A transmissão CVT oferece três modos de condução: automático, manual e sport, que é voltado para quem busca uma condução ágil. Assim, a central eletrônica promove uma série de ajustes para tornar o veículo ainda mais responsivo. O retorno do motor fica mais ágil ao simples toque no acelerador e as marchas são alongadas. Além disso, as trocas são feitas em rotações mais altas, característica típica de uma direção mais esportiva.

Preços

Linha completa do Fiat Argo para todo o país

  • Entry 1.0:  R$ 78.590
  • Drive 1.0:  R$ 81.990
  • Trekking 1.3: R$ 89.990
  • Drive 1.3 Automático: R$ 90.990
  • Trekking 1.3 Automático: R$ 96.990

Enfim, o Jimny de 4 portas – A Suzuki enfim mostrou ao mundo, num evento em Nova Déli, na Índia, o novo Jimny de 4 portas. A A HPE Automotores, detentora dos direitos de produção e venda da Suzuki no Brasil negocia a vinda dele, mas ‘a longo prazo’. As principais mudanças são nas dimensões. O atual mede 3,45m de comprimento; o estreante, 3,98m. O entre-eixos ganhou 34cm e foi para 2,59m. Algo pouco valorizado nas versões anteriores, o sistema de som muda: tem agora 9 polegadas e pareia com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. E tem até câmera de ré. A marca também apresentou um novo SUV, o Fronx. E apresentou um conceito, o eVX – um SUV 100% elétrico que deve ser comercializado globalmente a partir de 2025.

Honda Civic híbrido – A montadora japonesa, que havia descontinuado a produção do sedã Civic brasileiro, agora decidiu importá-lo da Tailândia. A 11ª geração custa R$ 245 mil. É versão única, sem opcionais, e faz parte do pacote de quatro lançamentos da marca para 2023. Destaque para a segurança: ele vem com a nova versão do Honda Sensing, de auxílio à condução, com novidades no piloto automático adaptativo e no assistente de faixa e na frenagem automática de emergência e farol-alto automático. Além disso, tem airbags frontais, laterais e de cortina, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, lembrete de objetos no banco traseiro e monitor de atenção do motorista.

Financiamento de veículos – As vendas financiadas de veículos em dezembro de 2022 somaram 483 mil unidades, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número, que inclui autos leves, motos e pesados em todo o país, representa um crescimento de 5,6% em relação a novembro do ano passado. No entanto, registra uma queda de 3,8% na comparação com dezembro de 2021. No segmento de autos leves, a alta foi de 6,3% em relação ao mês anterior. Comparado com dezembro de 2021, o número de financiamentos caiu 7,4%. Já o financiamento de veículos pesados teve crescimento de 18,8% na comparação com novembro e recuo de 1%, considerando o mesmo período de 2021. O segmento de motos oscilou positivamente em 0,3% no número de financiamentos em relação a novembro, com 103 mil unidades, e cresceu 9,4% na comparação com dezembro de 2021.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Analfabeto deve ter CNH? Ministro de Lula acha que sim

Está tramitando na Câmara dos Deputados um projeto de lei (o 2675/22) que propõe alterar o Código de Trânsito Brasileiro e assim garantir que analfabetos tirem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O autor da iniciativa legislativa é o deputado federal licenciado André de Paula (PSD-PE), hoje titular do Ministério da Pesca e Aquicultura. André de Paula concorreu ao Senado nas eleições de 2022, na chapa de Marília Arraes (Solidariedade), e ficou em terceiro na disputa. Teve apenas 12,7% dos votos. O deputado disse à Agência Câmara de Notícias que a regra atual – vetar o acesso de analfabetos à CNH – é inconstitucional. Para ele, a Constituição garante igualdade de tratamento para todos.

Atualmente, só pode obter o documento quem é penalmente imputável (tem mais de 18 anos), sabe ler e escrever e possui documento de identificação. “Se o mesmo [analfabeto] é cidadão para votar, para trabalhar, para casar e constituir família, e, como pedestre, para cumprir as normas de trânsito na travessia das ruas, deve também ter o direito de conduzir veículo automotor”, diz Paula.

Ele também rebate o argumento de que o motorista precisa saber ler os sinais de trânsito para dirigir com segurança. “Qualquer motorista cauteloso, mesmo analfabeto, entende a ordem contida em uma placa ‘Pare’ ou ‘Estacionamento Proibido’. A ordem ou comando normativo ali contido dispensa a linguagem escrita e sua respectiva leitura”, afirma André de Paula. O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Venda de SUVs: a moda se consolida – Quase 25% dos brasileiros que foram às concessionárias no ano passado comprar um carro levaram para casa um SUV (sigla para utilitário-esportivo). Foram 470 mil automóveis e comerciais leves emplacados, segundo dados da Fenabrave, a federação que agrega os revendedores – sendo ¼ de SUVs. O Chevrolet Tracker foi, pela primeira vez, o mais emplacado desse maior e mais competitivo segmento. O Tracker somou 70,8 mil emplacamentos no acumulado (+40%). É sua melhor marca histórica e o terceiro ano consecutivo de ascensão. Isso vem ocorrendo desde a chegada da nova geração do veículo, em 2020, quando passou a ter também maior disponibilidade, com o início da produção local. Recentemente o modelo atingiu a marca de 250 mil unidades feitas no Brasil O Tracker teve nota máxima em segurança pelo Latin NCAP.

Com a ascensão do Tracker, vieram as naturais e festejadas mudanças de posição. Mas a Jeep conquistou a liderança de SUVs no geral – e pelo sétimo ano consecutivo. A marca emplacou 137.444 veículos em 2022, o equivalente a 20% das vendas e 7% de participação de mercado entre todos os veículos vendidos no Brasil. Mas perdeu mercado nos compactos: o Jeep Renegade deixou de ser líder e vendeu 51.399 unidades – perdendo para o T-Cross, da Volkswagen, e para o Hyundai Creta. Já o médio Compass (63.564) foi bem, superando o Toyota Corolla Cross (42.506 ) e o VW Taos, lá embaixo,  com 11.737.

Os 15 SUVs mais vendidos

  • 1°) Chevrolet Tracker – 70.806
  • 2°) Volkswagen T-Cross – 65.341
  • 3°) Jeep Compass – 63.564
  • 4°) Hyundai Creta – 62.651
  • 5°) Jeep Renegade – 51.398
  • 6°) Fiat Pulse – 50.522
  • 7°) Toyota Corolla Cross – 42.506
  • 8°) Volkswagen Nivus – 39.463
  • 9°) Nissan Kicks – 38.983
  • 10°) Renault Duster – 22.690
  • 11°) Jeep Commander – 22.355
  • 12°) Honda HR-V – 15.404
  • 13°) Toyota SW4 – 13.718
  • 14°) Volkswagen Taos – 11.737
  • 15°) Caoa Chery Tiggo 8 – 10.439

SUVs grandes – O Commander foi o grande destaque desse caro e específico segmento. O modelo foi o primeiro Jeep projetado e desenvolvido no Brasil. Em seu primeiro ano completo de vendas, o Commander emplacou 22,4 mil unidades em 2022, com uma participação de 35,2%. O modelo liderou sua categoria em todos os meses do ano passado. Ele é produzido no Polo Automotivo de Goiânia. Em outubro, atingiu a marca de 30 mil unidades.

GM se recupera e promete mais – A marca norte-americana Chevrolet, puxada pelas vendas do Onix e do Tracker, foi a que mais cresceu em 2021. E o resultado é atribuído à adoção da nova família de veículos – que trará novidades como a picape Nova Montana, já agora em fevereiro, uma versão especial da S10, que chega logo na sequência, e a Silverado, esperada para o segundo semestre.

A marca foi a que mais cresceu em volume de vendas, totalizando 291 mil unidades – num incremento de 50 mil unidades e crescimento de 20% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o mercado de automóveis e comerciais leves ficou praticamente estagnado no Brasil ao registrar 1,96 milhão de unidades, mostrando que a indústria automotiva ainda enfrenta imprevisibilidade no fornecimento de componentes.

A Chevrolet também vai focar nos elétricos. O Bolt EUV estreia em breve no país e será responsável pela transição para uma futura geração de veículos já equipados com a avançada tecnologia Ultium, como o Blazer EV e o Equinox EV. Estes dois SUVs de zero emissão já estão confirmados.

E os importados? – Os emplacamentos de veículos importados registraram alta de 26,3% em dezembro de 2022. Mas não foi suficiente para fechar o ano com desempenho positivo. Segundo dados da Abeifa, associação que reúne 11 importadores, a queda no acumulado de 2022 foi de 16,9%. No acumulado do ano, com 55.690 unidades, as associadas à Abeifa representam 2,84% do mercado interno brasileiro (1.957.511 veículos emplacados).

Elétricos e híbridos – A Volvo Car Brasil se consolida como a marca que mais vende veículos híbridos e elétricos no país. Foram 5,2 mil vendidos em 2022 – o que lhe garante 28,7% de participação no segmento dos recarregáveis via tomadas. E a Volvo é a liderança absoluta entre os carros 100% elétricos (BEV), com participação de 30,2%. Na categoria de híbridos plug-in (PHEVs), a marca também assume a liderança detendo 27,7%. O carro elétrico mais vendido do país foi o XC40 Recharge Pure Electric: em 2022, esteve todos os meses na liderança dos elétricos, com 22,7% do mercado, que representa 1.770 unidades vendidas.

A linha da Caoa Chery teve emplacadas 6.840 unidades em 2022. E o Tiggo 8 PRO Plug-in Hybrid superou modelos de marcas renomadas do mercado e liderou o ranking na categoria híbridos plug-in, com 1.940 veículos comercializados. Apresentado em junho, o modelo foi o primeiro híbrido plug-in a chegar ao mercado nacional com dois motores elétricos que, combinados com o motor a combustão 1.5 turbo a gasolina, entregam 317 cv de potência máxima e 56,6kgfm de torque. Trouxe, ainda, a tecnologia de transmissão DHT, que torna muito mais eficaz a gestão dos três motores.

Honda mantém liderança – Nesse mercado, a japonesa Honda teve em 2022 um crescimento de 17% nos emplacamentos em comparação ao ano anterior. Foram 1 milhão de unidades comercializadas, no melhor resultado desde 2014. Isso significa, no geral, que a demanda por motocicletas segue aquecida, com elas cada vez mais protagonistas – seja para uma solução de mobilidade mais conveniente e econômica, geração de renda ou lazer. Obviamente, o principal destaque nos emplacamentos é a linha CG 160, com mais de 382 mil unidades, ou seja, 37% do total de vendas da Honda no ano. A segunda posição é ocupada pela Honda Biz, comercializada nas versões Honda Biz 110i e Honda Biz 125, com 195 mil unidades. Completam o ranking os modelos NXR Bros 160, líder de vendas no segmento trail, com 142 mil unidades, e a Pop 110i, com 128 mil.

E as elétricas? – O comércio de motos e scooters elétricos em 2022 impressionam: o crescimento chegou a incríveis 346%. Em todo o ano, foram emplacadas 7,2 mil – incluindo os scooters. E aqui quem domina não é Honda ou outras marcas tradicionais. A Voltz Motors, recém-chegada a Manaus (AM), emplacou 4.546 unidades. Ela produz os modelos EV1 e EVS.

O supercarro da BYD – O SUV de luxo off-road U8 e o supercarro U9, ambos 100% elétricos, são os primeiros automóveis BYD de sua nova submarca premium Yangwang. Esses modelos usarão a nova plataforma de altíssima tecnologia e4, voltada à segurança e desempenho. Ela é inédita, de propulsão independente de quatro motores elétricos, e será produzida na China. Só para comprar: em ao powertrain dos veículos de combustível convencional, a plataforma e4 é capaz de ajustar com precisão a dinâmica das quatro rodas graças ao controle independente dos quatro motores. A plataforma e4 pode atingir 20.500rpm e oferecer uma potência superior a 1.100 cavalos.

Check-up de início do ano – Freios, pneus, bateria, escape e outras peças e estruturas são essenciais para o bom funcionamento de um carro. Para evitar prejuízos e acidentes, é de extrema importância que o automóvel seja seguro para motorista e passageiros e para quem trafega nas mesmas vias. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), de janeiro a agosto de 2022, mais de 150 mil motoristas foram multados por conduzir veículos em mau estado de conservação ou reprovados na avaliação de inspeção de segurança veicular.

O problema pode ser ainda maior. Em outra pesquisa do Instituto Scaringella Trânsito, falhas relacionadas à manutenção dos pneus, freios, amortecedores, níveis de óleo e de água, funcionamento de luzes e até mesmo o cinto de segurança causam 30% dos acidentes nas estradas. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os carros devem estar em conformidade com todas as exigências da lei, em um estado que não coloque a vida de pessoas em risco.

Para isso, o serviço de revisão e check-up, quando feito no prazo correto, evita danos ao automóvel e possíveis acidentes. A manutenção preventiva ajuda também no momento da revenda, já que veículos bem cuidados, estética e mecanicamente, atraem compradores com mais facilidade. A revisão é uma bateria de testes que diagnosticam a saúde do carro.

“Nesse momento, é observado o estado de conservação e funcionamento de todos os componentes e sistemas, sejam mecânicos ou elétricos. Existindo falhas ou problemas que possam se agravar no futuro, a oficina responsável fará a substituição preventiva de algumas peças”, explica o gerente comercial da Ford Slaviero, Rogério Lechinski. Ele aconselha que é melhor investir em revisões programadas do que se deparar com gastos maiores em uma manutenção corretiva.

O ideal é levar para a revisão a cada 12 meses ou 10 mil quilômetros. Todavia, esse prazo cai para a metade nos casos de veículos com uso mais severo, isto é, os que rodam constantemente em trânsito lento. “É importante destacar que os planos de manutenção definem prazos específicos também para a troca de determinados componentes, como as velas de ignição”, comenta o gerente.

Saiba quais itens não podem ficar de fora do check-up

Escape – Um sistema de escapamento defeituoso pode significar baixa eficiência de combustível, potência reduzida e, às vezes, ventilação inadequada dos gases tóxicos que o motor produz.

Direção e suspensão – Peças de direção soltas, amortecedores ou molas danificadas, montagens ou buchas quebradas ou gastas, e o veículo balançando ou saltando, podem indicar problemas.

Pneus – Para evitar um pneu furado, é necessário um técnico treinado para inspecionar o alinhamento e os pneus. A inspeção também pode revelar desalinhamento, que diminui a vida útil dos pneus e reduz a eficiência do combustível.

Freios – O sistema de freios é um dos recursos de segurança mais importantes. Mas, como muitas outras peças, ele pode superaquecer caso não tenha sido reparado há algum tempo. É imprescindível certificar que o sistema esteja em ótimo estado.

Itens menores – Apesar de não configurarem problemas estruturais, é preciso atentar para alguns outros mecanismos do carro que podem causar falhas no futuro. Na hora da revisão, o técnico pode verificar os níveis de fluido, como óleo do motor; velas de ignição e filtros de óleo; combustível e ar; carga da bateria; sistema do ar-condicionado; faróis e limpador de para-brisa.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Venda de usados em Pernambuco cai 10,7%

A Fenauto, a federação que reúne os vendedores de veículos seminovos e usados do país, registrou uma queda no comércio de carros seminovos e usados de 12% no ano passado, ante ao mesmo período de 2021. Os dados incluem automóveis, motos, caminhões e ônibus. Em Pernambuco, a queda foi um pouquinho menor, 10,7%. Aliás, todos os estados nordestinos registraram queda. As vendas em Sergipe desabaram 16,1%; na Bahia, 14,5%. Ainda em Pernambuco, uma preocupação: o setor de veículos pesados (o que denota uma estabilidade ou elevação na produção comercial, industrial e da construção civil) teve um péssimo desempenho, registrando queda de 18,6%.

O comércio de motos no estado, principalmente as populares usadas para entregas ou transporte ao trabalho, ficou estável para baixo (-1,9%). Em relação aos índices nacionais, o presidente da Fenauto, Enilson Sales, considera o resultado bom. “A economia sofreu com a guerra na Ucrânia, o aumento dos juros, maior restrição ao crédito e ao cenário político nas eleições presidenciais”, comentou. “Agora, com as primeiras ações do novo governo, em 2023, esperamos que a economia volte a se equilibrar”.

E as de eletrificados, como vão? – Por falar nisso, as vendas de carros eletrificados no Brasil (híbridos, híbridos plug-in e elétricos) bateram novo recorde em 2022, com 49.245 emplacamentos – ou 41% na comparação com 2021, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Com isso, a quantidade de eletrificados nas ruas já passa das 125 mil unidades. Os 10% elétricos já tem 17% de participação, com 8.460 unidades; os híbridos, têm 62% de participação (30.439) e híbridos plug-in chegam a 21% de participação.

Carros novos: os feras de 2022 – A picape pequena Fiat Strada foi mesmo o xodó dos brasileiros no ano passado e foi para as garagens de 112.456 consumidores. O Hyundai HB20 (com 96.255) ficou em segundo lugar no ranking dos mais vendidos. O Chevrolet Onix fechou o ano em terceiro (85.252), mas vale reforçar que o Onix Plus, sedã, chegou às 75.243 unidades vendidas. Em seguida, ficaram o Fiat Mobi (72.756), o finado VW Gol (72.606). Entre os SUVs compactos e médios, se destacaram o Chevrolet Tracker (70.672), Volkswagen T-Cross (65.191), Jeep Compass (63.467) e Hyundai Creta (62.572). Por fim, o Jeep Renegade (51.318) e o Fiat Pulse (50.483). Entre as marcas, a Fiat manteve a liderança do segmento de carros e comerciais leves, com 21,97% do mercado. Logo atrás, vem a GM, com 14,89%.

Confira o ranking das 10 marcas, em volumes:

1º Fiat – 429.014

2º Chevrolet – 291.037

3º Volkswagen – 271.013

4º Toyota – 191.109

5º Hyundai – 187.651

6º Jeep – 137.337

7º Renault – 123.009

8º Honda – 56.622

9º Nissan – 53.586

10º Peugeot – 41.463

Diesel no Nordeste: recuo no fim do ano – O mais recente Índice de Preços Ticket Log (IPTL) apontou que, no fechamento de dezembro, o Nordeste apresentou os maiores recuos do país no preço médio do litro do diesel. Segundo o levantamento, o tipo comum teve recuo de 3,42%, no comparativo com novembro, e foi comercializado a R$ 6,84, enquanto o diesel S-10 foi encontrado a R$ 6,90, após baixa de 3,33% no valor médio. A gasolina foi encontrada a R$ 5,28, com recuo de 1,64%, já o etanol foi o único combustível a registrar aumento, sendo comercializado a R$ 4,23, com alta de 1,24% – o maior aumento entre todas as regiões do país.

Novo Mustang Dark Horse – A Ford acaba de revelar mais detalhes do novo Mustang 2024 de sétima geração que começa a ser vendido nos EUA no segundo semestre de 2023. Ela avança na potência e na tecnologia. O destaque é o inédito Mustang Dark Horse, primeira série de alto desempenho da linha em 21 anos, desde o lançamento do Mustang Bullitt em 2001. Edição não-Shelby mais potente de todos os tempos, o Dark Horse é equipado com um motor Coyote V8 5.0 de quarta geração com 500cv de potência e 57,8 kgfm de torque. Ele é o V8 naturalmente aspirado mais potente da história.

GWM Brasil trará SUV cupê – A Great Wall Motor Brasil confirmou a estreia do Haval H6 GT ainda neste trimestre no mercado brasileiro. O modelo estilo cupê será vendido em configuração única, com motorização híbrida plug-in: um motor 1.5 turbo e dois elétricos, um em cada eixo, com tração integral. O Haval H6 GT será capaz de acelerar de 0 a 100 km/h abaixo dos 5 segundos. A autonomia somente em modo 100% elétrico será na faixa de 170 km.

Brasil: 30 anos de Corolla, Hilux… – Em 1992, o então presidente da República, Fernando Collor, abriu comercialmente o Brasil. Chamava os carros brasileiros de carroças – e eram mesmo. Por isso, o setor automobilístico começou a trazer modelos de tudo quanto é lugar. No Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em 1992, a Toyota trouxe diversos modelos – alguns já reconhecidos internacionalmente, como o sedã Corolla, a picape Hilux, o SUV SW4 e o sedã de luxo e topo de linha Camry. Trinta anos depois, a marca vendeu 2 milhões de unidades. O Corolla, ou “Coroa de Flores”, em latim, se tornou por aqui um sucesso de vendas. Vinha do Japão, com um motor quatro cilindros 1.8L 16V com 115 cavalos e transmissão manual de cinco velocidades. A Hilux desembarcava no Brasil com motorização quatro cilindros, diesel, nas opções de cabine simples e dupla. Proveniente da combinação das palavras em inglês “high” (alto) e “luxury” (luxo), a picape atendeu desde então aos mais variados perfis de consumidores ao oferecer a motorização 2.4L, com 83 cavalos, e a 2.8L, com 88 cavalos, nas opções de tração 4×2 e 4×4.

Harley-Davidson Sportster S no Brasil – Confirmado: a motocicleta Sportster S chega às 19 concessionárias da marca no primeiro semestre de 2023. A pré-venda do modelo já começou, por sinal. A Sportster S é Sport Custom nova, feita para inaugurar uma nova era de alta performance na linha. O motor, por exemplo, é o Revolution Max 1250T V-Twin de 121 cavalos. Tem chassi rígido e leve e suspensão para garantir uma pilotagem responsiva – e intuitiva. Ela chega com preço sugerido de R$ 126 mil.

Estilo – De perfil, a Sportster S é baixa, com o tanque de combustível e a seção traseira emoldurando o motor como a peça central predominante. O pneu dianteiro, enorme, remete ao para-lamas de uma bobber clássica. Na parte traseira, o escapamento alto e o assento solo compacto são inspirados na H-D XR750. Os grossos garfos invertidos e os pneus de perfil largo acentuam seu lado esportivo de alto desempenho.

Desempenho – O motor foi ajustado para produzir um torque superior em baixas rotações, com uma curva que permanece plana: o motor fornece forte aceleração desde o início com potência vigorosa nas rotações intermediárias.

O uso de materiais leves ajuda a alcançar uma relação peso-potência ideal. Com o tanque de combustível de 11,8 litros cheio, a Sportster S pesa apenas 228 quilos. 

Pilotagem – A moto é equipada com três modos de condução pré-programados (Sport, Road e Rain). Eles controlam eletronicamente as características de desempenho e o nível de intervenção tecnológica. Dois modos Custom podem ser usados para criar um conjunto de características de desempenho que atenda às preferências pessoais ou para situações especiais.

Instrumentos – Uma tela TFT redonda de 4,0 polegadas de diâmetro exibe toda a instrumentação e infotainment gerados via Bluetooth com o dispositivo móvel e fone de ouvido do capacete do motociclista. Vai da música às chamadas recebidas e efetuadas e à navegação, fornecida pelo aplicativo Harley-Davidson. A iluminação é totalmente em LED.

A nova Honda Africa Twin – A marca japonesa anunciou que a nova Africa Twin já começou a ser montada no Brasil, na linha de Manaus (AM) – e essa iniciativa fecha o portfólio todo nacional. A novidade é a inclusão do câmbio automático de dupla embreagem com 7 velocidades (DCT), tecnologia que vinha direto do Japão. As outras mudanças são visuais, secundárias – como cores e detalhes no grafismo. O motor, usado em todas as versões, é o motor bicilíndrico de 1.084 cm³ de capacidade, capaz de entregar 99,3cv e 10,5 kgfm e transmissão mecânica ou DCT automática de 6 velocidades.

Confira os novos preços da Honda Africa Twin 2023

  • CRF 1100L (preto fosco ou branco): R$ 81.100
  • CRF 1100L DCT (preto fosco ou branco):R$ 88.100
  • CRF 1100L Adventure Sports ES (branco): R$ 102.130
  • CRF 1100L Adventure Sports ES DCT (branco):R$ 109.130

Mercado 2023: 10 desafios e tendências – O avanço da ciência de dados e o cenário de incertezas econômicas devem ditar o ritmo do mercado automotivo brasileiro em 2023. Ainda por influência da pandemia de Covid-19, disrupções na cadeia produtiva devem ser preocupações para gestores. Além disso, a produção deve ficar abaixo da capacidade produtiva instalada, mas provavelmente em números maiores que os deste ano. Por outro lado, o avanço da eletrificação da frota e a chegada dos veículos autônomos evidenciam a tecnologia como principal direção do segmento, fator importante também para conhecimento e personalização do cliente. Nesse sentido, destaca-se a importância de as empresas terem uma boa capacidade de análise das informações coletadas para gerar insights — um grande diferencial para revendedores e montadoras em 2023. Ferramentas de CRMs (Customer Relationship Management, termo em inglês para definir a gestão do relacionamento entre empresas e clientes), computação em nuvem e integradores de dados podem ganhar escala nas diversas pontas da indústria. Também no próximo ano, a qualificação do processo de supply chain deve demandar maior previsibilidade de demanda e política de estoques. Por isso, confira os principais desafios que surgirão para o setor automotivo em 2023:

  • Impactos na produção por conta de disrupções na cadeia de valor iniciadas por questões sanitárias e intensificadas por tensões geopolíticas globais;
  • Tomada de decisão de investimento em meio a um cenário de incertezas;
  • Manutenção da rentabilidade do negócio, com queda de margem, aumento dos custos financeiros e recuperação lenta e desbalanceada de estoques;
  • Novo perfil de experiência de compra do consumidor.

Já as grandes tendências que devem direcionar o caminho do setor no próximo ano são:

  • Maior eletrificação da frota (híbridos, plug-in híbridos e a bateria), ainda que não de maneira uniforme por conta das particularidades de cada região do país;
  • Chegada de novas empresas no mercado nacional;
  • Avanço da participação das vendas diretas e dos canais de comércio online;
  • Personalização de produtos e serviços a partir do avanço do uso de dados, como, por exemplo, a customização do mercado de seguros automotivos;
  • Manutenção do crescimento do segmento duas rodas;
  • Envelhecimento da frota devido à queda do número de novos veículos em circulação nos últimos três anos, impactando oficinas e mercado de peças.

Hoje, o mercado automotivo é muito globalizado, com cadeias de produção complexas e ciclos de investimento longos, sendo o Brasil inserido em maior ou menor grau nesse contexto. Nossa indústria ainda produz volumes inferiores da sua capacidade produtiva instalada e, apesar da fabricação aumentar em relação a 2022, devemos ficar aquém de períodos pré-pandêmicos. Questões macroeconômicas e de diminuição do poder de compra serão intensificadas, levando os veículos a um status de produtos “premium”.

Com isso, as motos continuam sendo uma alternativa mais acessível para grande parte da população. Já a categoria de veículos utilitários esportivos, os chamados SUVs, deve ter competição intensificada no país com a entrada de novos players, principalmente os asiáticos. Vendas diretas crescem e passam a ser uma alternativa para as montadoras em meio a esse contexto, com locadoras e empresas necessitando atualizar as frotas. (*Por Alexandre Ribas, diretor para soluções da indústria de bens duráveis da Falconi)

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Transporte público ruim? Quem tem um Mobi é rei

O Fiat Mobi é um hatch compacto bem simples, com motor acanhado e acabamento para lá de espartano. Das duas versões à venda, a Trekking é mais bonitinha, mais completinha – embora alguns itens e equipamentos pareçam vintage, tipo as alavanquinhas de plástico internas usadas para abrir o porta-malas e o tanque de combustível (ficam no assoalho do lado esquerdo do banco do motorista). Claro, facilitam a vida no dia a dia, mas são estranhas, são. Bem, a versão Trekking, testada pela coluna De bigu com a modernidade, tem preço-base de R$ 70.490. Mesmo assim, é o quinto carro mais vendido do Brasil: até novembro, já registrava 65,5 mil emplacamentos. Claro que há o fenômeno locadoras, principais clientes de modelos mais populares – que compram com desconto e os vendem pelo preço de mercado.

O público-alvo do Mobi é aquele consumidor que não tem muito dinheiro e tenta se livrar do péssimo serviço público de transportes, como é o da Região Metropolitana do Recife, por exemplo. É também uma opção daquele que se queixa também da queda de qualidade de atendimento dos motoristas de aplicativos – e no Recife eles são essencialmente amadores, convenhamos. A versão testada é cheia de adesivos, rodas de liga-leve escurecidas e muitas outras conveniências para a vida urbana. Por exemplo: a direção é hidráulica, bem dura nas manobras de estacionamento, mas o ar-condicionado funciona muito bem (até pelo tamanho do interior) e os vidros dianteiros são elétricos – e com travas idem. E o sistema multimídia de 7’’ vem até parelhamento do celular via Android e Apple Car.

Pegando como exemplo a unidade testada, o preço sobe um pouco: caso o cliente opte pela cinza strato, terá que gastar mais R$ 1,2 mil. O Pack Top, por R$ 3,8 mil, vale o quanto pesa – por comodidade, segurança etc.  Ele inclui faróis de neblina, volante com regulagem de altura e cintos dianteiros com regulagem de altura. O Trekking avaliado também tinha outros mimos, digamos assim: controle do sistema de som por meio de botões no volante (que é multifuncional), retrovisores externos elétricos que rebaixam na hora da marcha-ré, alarme antifurto (e som de trava e aberturas muito alto).

Ainda sobre as questões relativas à segurança, vale destacar a oferta dos controles de estabilidade e de tração e o assistente de partida em rampa. Abrir o minúsculo porta-malas de 215 litros, só com a chave em mãos. No fim, baseando-se na aba Monte o seu, no site da Fiat, ele chega aos R$ 75.490. E ainda tem a lista de acessórios oferecida pela Mopar, empresa da própria Stellantis, que é para lá de caprichada: tem de acendedor de cigarro com a velha resistência por R$ 110.65 a um bagageiro tubular por R$ 3.719,30 – que suporta, por sinal, só até 50kg de carga.

Mesmo tendo só cara de aventureira, a versão já ‘se saiu bem’ naqueles buracos que começam a surgir com as chuvas nessa época do ano – em que se nota logo a qualidade do ‘asfalto-sonrisal’ usado por empreiteiras brasileiras sob anuência do gestor público. O modelo de apenas 3,57m de comprimento tem uma altura de solo de 19cm (54mm a mais em relação à de entrada) e uma suspensão bem ajustada – e isso ajuda. É, enfim, um carrinho bem ‘acolhido’ nas ruas: fácil de manobrar, de se estacionar, de se locomover em ruas estreitas.

Motor e economia – Outra razão usada como base de argumentos para as vendas do Mobi é o baixo consumo de combustível, fruto de um motor mirradinho, mas eficiente, e para pouco peso total (969 kg). O conjunto leva um 1.0 de quatro cilindros de 75 cv e apenas 9,9 kgfm, com câmbio manual de cinco marchas. Por sinal, é o quatro cilindros mais antigo da Fiat – e que, por questões ambientais, teve que ser calibrado no começo do ano.

Desta forma, o hatch perdeu em potência (pouquíssima, na verdade) e leva uma eternidade para uma ultrapassagem (faça seus cálculos de tempo e distância com muito cuidado) e só chega aos 150km/h. Mas, ganhou em consumo – até 7,9%. Se você tiver um pé leve, e como o tanque tem capacidade para 47 litros, és capaz de rodar até 700 km com apenas um tanque de combustível.

Aliás, é sempre bom reforçar: o comportamento do motorista influi, e muito, nas medidas de consumo. Por isso, fiquemos com os dados oficiais: 9,6 km/l (cidade) e 10,4 km/l (estrada) com etanol e de 13,5 km/l e 15 km/l, respectivamente, com gasolina. De qualquer forma, como só se dá conselhos a quem não os pede, como diz a comunidade judaica, fica a dica: somando todas as ‘queixas’ feitas no texto e comparando-as com os elogios e reconhecimentos, pode comprar essa versão sem medo.

Adeus, camaradas – Há uma semana, na véspera do Natal, os trabalhadores da Volkswagen em Taubaté, no interior de São Paulo, encerraram a produção do velho e amado Gol – que por quatro décadas ajudou a fazer a história de milhares de brasileiros como Margarida Diva Moraes, pernambucana moradora de João Pessoa. A servidora aposentada do Banco do Brasil já teve um Fiat 147 e um VW Fusca, mas desde o início da década de 1990 só compra Gol. “Tem manutenção fácil e não dá muitos problemas”, conta ela. O substituto do carro preferido de Margarida será o Polo Track, que custa na faixa dos R$ 80 mil e mesmo na versão básica, a chamada pé-duro, traz quatro airbags, controle de estabilidade, assistente de partida em rampas, bloqueio eletrônico de diferencial, vidros dianteiros elétricos, ar-condicionado, direção elétrica e travas elétricas e rodas são de 15’’. Mas não é somente o Gol que sai das prateleiras e das memórias, boas ou ruins, dos consumidores brasileiros – que, no fundo, têm agora mais referência e, assim, se tornaram mais exigentes, ou pela legislação ambiental mais rigorosa. A marca alemã também deixou de fabricar o Voyage, sedã nascido do Gol.

Das marcas de luxo, deixaram de ser fabricados modelos como o BMW X2. Ele havia chegado aqui em 2018 e se foi como chegou: sem festas nem velas. O sedã S60, da Volvo, fez algum sucesso e foi vítima também da marca, que decidiu focar os esforços de venda nos SUVs – e ainda mais, elétricos e híbridos. Com isso, se foi também o S90.

Na linha popular, a Caoa Cherry deu fim a dois (ou três, dependendo do ponto de vista): o Tiggo 2, o sucessor Tiggo 3x e o sedã Arrizo 6. A Hyundai foi na mesma linha: tirou da linha o HB20X (o hatch que queria ser aventureiro) e o ix35 2018. A Renault sumiu com o Sandero – e só manteve uma variante dele, também ‘aventureira’ e com nome próprio: o Stepway. A Suzuki, por sua vez, só oferece a linha importada (do Japão) do Jimny (a Sierra).

Motos: o que vem por aí – E como será 2023 no mercado das motos – seja para o trabalho ou lazer? A Webmotors fez um levantamento. Da BMW, a novidade será a S 1.000 RR – um das esportivas mais vendida no Brasil. Será uma repaginação, com mudanças na mecânica. A Ducati, por sua vez, virá com boas opções: Desert X, Diavel V4, Streetfighter V4 e Panigale V4R. A Harley-Davidson, com a Sportster S – já em fevereiro ou março – e a Nightster (no segundo semestre). A Honda, com as CB 300F Twister (já apresentada oficialmente), ADV160, Forza 350, CB 750 Hornet, XL 750V Transalp. A

Suzuki, com a V-Strom 800 DE e a GSX-8S. A Triumph, com a Street Triple 765.

A Royal Enfield, que acaba de inaugurar uma linha de montagem em Manaus (AM) trará a Scram 411, a Hunter 350, a Super Meteor 650 e a Himalayan 411.

KTM e os modelos 2 tempos – A KTM, fabricante de motocicletas off-road de alto desempenho, confirmou a abertura de reserva dos modelos 2 tempos das linhas de Enduro e Motocross 2023. Entre os destaques, a KTM 250 SX. Ela tem motor com partida elétrica e entrega 53cv. E usa tecnologia de injeção de combustível eletrônica e válvula de potência eletrônica, garantindo potência mais suave e melhor tração. O modelo também conta com tecnologia de dois mapas selecionáveis, capazes de regular a explosão de energia.

Carros e vida urbana: como será 2023? – A mobilidade urbana será impactada por diversas frentes nos próximos anos, especialmente no que diz respeito à tecnologia, à inovação e a novas formas de se mover pelas cidades. Segundo um estudo da Liga Insights Mobilidade, até o ano de 2030 estima-se que o mercado global de mobilidade crescerá cerca de 75%, atingindo valor de US$ 26,6 trilhões. Para 2023, com a chegada do 5G em boa parte dos municípios com população superior a 500 mil habitantes já no mês de janeiro, por exemplo, deve influenciar usuários de aplicativos e de transporte público, além de pedestres e motoristas. E o setor ainda deve seguir tendências nas formas de pagamento e modo de utilização.

“Nós já vemos uma grande movimentação e mudança de hábitos que dizem respeito ao setor da mobilidade. Em 2023, que marca também o ampliamento da cobertura do 5G, devemos ver se enraizar ainda mais algumas tendências, como o maior uso de aplicativos de transporte e delivery”, comenta Alécio Cavalcante, co-CEO da Ubiz Car, startup de mobilidade urbana presente em diversas cidades do Brasil.

1 – Pagamentos digitais – As formas de pagamento devem se diversificar no ano que vem, tanto no transporte público quanto nos aplicativos de mobilidade urbana, graças à tecnologia e às novas soluções disponíveis. “A tendência é que se amplie a margem de possibilidades facilitadoras para os transeuntes, como o pagamento via QR Codes no transporte público, algo já existente em São Paulo, e os pagamentos via Pix em viagens por aplicativo”, aponta Alécio.

2 – Maior conectividade – Segundo o Ministério das Comunicações, enquanto o 4G consegue conectar até dez mil dispositivos por quilômetro quadrado simultaneamente, o 5G suporta até um milhão, possibilitando, assim, maior conectividade. “O 5G vai melhorar os fluxos de trânsito, uma vez que com uma melhor e mais veloz comunicação entre motoristas e centrais de controle, aplicativos de mobilidade vão oferecer sempre as melhores rotas, evitando engarrafamentos”, ressalta o co-CEO.

3 – Veículos autônomos – De acordo com levantamento da consultoria inglesa Ernst & Young, espera-se que os carros autônomos representem 75% do total de veículos vendidos no mundo em 2030. “Já são muitas as marcas que investem no desenvolvimento de carros que não necessariamente precisam de um motorista, e essa é uma forte tendência para o futuro. Mesmo que não tenhamos uma frota relevante de veículos autônomos no ano que vem, vamos ouvir falar muito desse assunto e suas consequências a partir de agora”, destaca Cavalcante.

4 – Mais delivery – Outra crescente que devemos ver em 2023 é o uso de serviços de delivery, o que impacta diretamente na quantidade de veículos em circulação. “Essa é uma tendência que se enraíza nos hábitos de consumo desde a pandemia. Antes, era utilizado mais restritamente para pedidos de restaurantes. Hoje, já vem sendo usado para pedidos em mercados, farmácias e demais estabelecimentos, tendo uma porção de aplicativos que oferecem esse serviço”, avalia o executivo.

5 – Menos carros próprios – De acordo com estudo realizado pela startup Loft, especialista no processo de compra e venda de imóveis, o Brasil é o país líder dentre os que mais utilizam aplicativos para se deslocar e pedir entregas, com destaque às cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. “As gerações que estão em sua juventude agora já não querem tanto o carro próprio, seja por causa dos custos com gasolina, seguro, mecânico, como também pelas opções facilitadoras que existem hoje em dia, que seriam a grande gama de apps de mobilidade disponíveis”, diz Alécio.

Frota mais sustentável – O Radar Autos, levantamento do Data OLX Autos que reúne informações de monitoramento e tendências do setor automotivo, mostra que a venda e produção de automóveis e comerciais leves novos registrou crescimento de 13,9% e 5,5%, respectivamente, em novembro, quando comparado com o mês passado. A de seminovos e usados caiu levemente. Mesmo assim, dados da Fenabrave apontam que a quantidade de carros usados comercializados em novembro é quatro vezes maior.

Mas o interessante é constatar que, presentes nas ruas brasileiras desde 2003, os veículos flex atingem hoje quase 47 milhões de unidades – o que representa 40% da frota total nacional. A adesão a automóveis com combustível mais sustentável tem crescido ao longo desse período. Segundo a Renavam, houve alta de 110% desse segmento nos últimos 10 anos. O número de veículos elétricos ou híbridos, tecnologia mais recente, aumentou nos últimos dois anos, mas o estoque ainda não ultrapassa 0,1% do total.

Rally da Chapada Diamantina – E a 2ª Edição do Rally da Chapada Diamantina, o maior de aventura da Bahia, vai mostrar desta vez (explorar) os belíssimos Vale do Capão e Fazenda Pratinha – dois dos principais destinos de lazer de baianos e turistas na região. Agora, os amantes do automobilismo terão uma prova maior, com mais obstáculos: as dificuldades começam pelo percurso do Vale do Capão, com estradas de chão, buracos e declives. ”Para o participante que vai com um veículo 4×2, os desafios serão moderados. Já quem for a bordo de um 4×4 tem o privilégio de passar, mais facilmente, em vários trechos da prova, mas o trajeto é maior e com mais dificuldades”, adianta o piloto Roberto Cunha, hexacampeão brasileiro de Rally 4×4. Ele é responsável pelo roteiro da prova. Diferentemente da primeira edição, essa prova terá dois percursos para os corredores – sendo que o maior será realizado por quem estiver com um veículo de tração 4×4. A inscrição já está aberta e custa R$ 200 com direito a duas camisas e brindes. Basta acessar o site www.rallydachapada.com.br.

O Vale do Capão fica num dos mais famosos destinos da cidade de Palmeiras e é uma pequena vila recuada e habitada por cerca de 3 mil pessoas numa espécie de buracão – rodeado de montanhas e vales (daí o nome). O ponto de largada da competição fica distante 30km da sede da cidade de Palmeiras, que celebra, no fim de semana da prova, 132 anos de emancipação política. Palmeiras, aliás, é uma cidade rica em atrações turísticas: é nela que está o principal cartão postal da Chapada Diamantina, o Morro do Pai Inácio (local da nossa primeira edição do Rally da Chapada). Por lá também está a famosa Cachoeira da Fumaça e as também nem tão famosas, mas tão belas quanto, Cachoeira da Angélica, da Purificação e do Riachinho. A trilha das Águas Claras é outro destino de Palmeiras que também abriga um dos trekkings mais bonitos do mundo, o Vale do Pati – que faz parte do Parque Nacional da Chapada.

A prova – A largada será realizada às 9h do dia 14 de janeiro de 2023, um sábado, no Vale do Capão. O destino, após 158 km de percurso, entre estradas de chão e a BR-242, é a Fazenda Pratinha – em Iraquara, onde os participantes desfrutarão após a prova de uma espécie de Day Use no local.

Sem CNH, pena maior – A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que aumenta as penas previstas no Código de Trânsito Brasileiro para condutor não habilitado, com habilitação vencida ou recém-habilitado que cometeu infração grave. Esses motoristas serão proibidos de iniciar o processo de habilitação por um período como penalidade, além das outras penas previstas em lei: multa e retenção do veículo.

O texto aprovado é o substitutivo da deputada Christiane de Souza Yared (PP-PR), que junta propostas do PL 1188/21 e do PL 1205/21, apensado. “O projeto vai sanar inconsistências entre as penalidades previstas em lei”, explicou ela à Agência Câmara. A proposta estabelece que o motorista recém-habilitado que cometer infração no primeiro ano de carteira – quando a licença é provisória – só poderá reiniciar o processo de habilitação após decorridos os prazos das penalidades. Atualmente, o motorista pode reiniciar todo o processo na data em que receberia a habilitação, um ano após a habilitação provisória.

No caso do motorista não habilitado que for pego dirigindo, além de multa e retenção do veículo já previstas em lei, a pessoa ficará proibida de requerer a habilitação durante seis meses. Já o condutor que estiver com a carteira vencida terá o documento retido, além das penalidades já previstas de multa e retenção do veículo.

Férias e carro alugado – Você decidiu o destino das férias, as acomodações, passeios e agora só falta escolher onde alugar um carro. Então, fique atento às dicas de Rafael Gomes, gerente nacional de Rent a Car da Unidas.

1. Alugue com antecedência – Não deixe para a última hora. Reservar é sempre a melhor opção. É importante se programar para encarar a demanda do final de ano e de férias: obviamente, e você sabe disso, essa é uma época muito concorrida. Ao optar pela locação, o cliente tem a flexibilidade de escolher o horário exato que vai pegar o veículo, o que torna o processo mais simples e ágil.

2. Escolha a categoria – Tenha em mente o destino da viagem para escolher o tipo de veículo que se encaixa melhor ao seu roteiro. Além disso, devem ser levados em consideração a quantidade de pessoas que irão viajar, número de bagagem, distância e tipo de estrada que será percorrida. Existem diversas categorias de carros: econômico, intermediário, executivo, SUV, utilitários e adaptados. Veja qual será a melhor opção para o seu roteiro.

3. Pesquise a melhor opção – Uma vez decidido alugar um veículo para viajar, é hora de começar a procurar a locadora, com melhor preço e variedade de veículos. Mesmo que seja tentador alugar a opção mais barata, verifique se ela atende às suas necessidades e roteiro. Além disso, quanto mais tempo você fica com um carro alugado, menor é o custo da diária.

4. Não se preocupe com a manutenção – Para viajar de carro, é essencial checar o estado do veículo, como motor, pneus, faróis etc. Para encarar as estradas, todos os sistemas devem estar funcionando 100%. Ao optar pela locação, o cliente tem a segurança de receber um veículo com as manutenções em dia. Afinal, ninguém quer enfrentar uma pane mecânica no meio do caminho.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

A valorização dos carros híbridos

A Mobiauto já havia desmistificado durante o período crônico da pandemia aquela “regra” do mercado brasileiro de seminovos que apontava para uma acentuada desvalorização dos importados de luxo. A empresa resolveu selecionar agora uma pequena, mas extremamente estratégica, fatia dentre esses modelos estrangeiros: os híbridos seminovos. Pelo que se conhecia, os importados perdiam rapidamente suas cotações. Startup do segmento automotivo, a Mobiauto mostrou que “não”. Eles já não perdem valor, inclusive porque, ancorados diretamente nos preços em dólar, esses importados viram seus preços de novos serem majoritariamente reajustados, o que puxou as cotações de seminovos também para cima.

Mas e os híbridos? De cara, o mercado de seminovos assusta-se com eles. Não é errado ficar receoso com o custo de manutenção oneroso, em razão da complexidade eletrônica desses modelos, que utilizam módulos sofisticados para gerenciar a propulsão do motor a combustão, a do elétrico… e a forma como as duas interagem.

Ainda que esse custo de manutenção pareça mais alto que modelos convencionais, movidos apenas por motores térmicos, o fato é que essa realidade ainda não se aplica. Na pesquisa da Mobiauto, os dez modelos com maior volume de negociações no segmento de usados foram pesquisados, com unidades ano/modelo 2018 a 2022: BMW i3, 530e e X5, Ford Fusion, Lexus NX 300 e UX 250H, Toyota Corolla, Corolla Cross e RAV4, e Volvo XC60. Haveria diversos outros modelos a serem incluídos na pesquisa, mas a movimentação desses carros no mercado de seminovos é bem tímida.

A Mobiauto apurou que, na média, esses dez veículos tiveram uma variação negativa de preços, no recorte de julho a setembro de 2021 versus os mesmos meses de 2022, de somente 0,42%.

“Poucas semanas atrás, nós fizemos uma pesquisa com os modelos hatches aventureiros do mercado nacional, enfatizando a variação de preços de Chevrolet Onix Activ, Fiat Uno Way etc. Bom, esses carros ganharam 3,61% no último ano. Ora, isso dá uma diferença média de cerca de 4% em relação aos híbridos, o que não é ruim”, compara Sant Clair Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto, que coordenou a pesquisa.

Dos dez modelos pesquisados, considerando alguns ano-modelos do mesmo veículo, a pesquisa apurou vinte cotações. Curiosamente, nove deles tiveram variações positivas, isto é, valorizaram no último ano. O campeão foi o Ford Fusion, que aumentou sua cotação em 16,79%! Veja o ranking dos nove modelos que se valorizaram de um ano pra cá.

Outro ponto mencionado por Sant Clair Castro Jr. diz respeito à variedade de opções listadas na pesquisa. “Você encontra modelos da Toyota, que é a marca com maior número de opções entre os melhores colocados, bem como importados de altíssimo luxo, caso da BMW, e até modelos fora de linha, que é até o campeão da pesquisa, o Ford Fusion”, diz Castro Jr.

“Quando modelos tão diversificados apresentam percentuais tão próximos, isso nos ensina que a compra de um carro híbrido seminovo, no Brasil, não tem ocorrido por essa característica técnica. E sim por outros atributos”, opina o consultor. Por essa razão, os híbridos estão indo bem.

Energia solar e veículos urbanos – A Câmara dos Deputados tenta aprovar uma política de mobilidade urbana que usa metrôs, trens, trólebus, veículos leves sobre trilhos (VLT) e monotrilhos alimentados por energia solar. Um Projeto de Lei 6123/19, do deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), em tramitação na Comissão de Viação e Transportes, propõe incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos para quem usá-la. Para atender aos requisitos legais de adequação orçamentária e financeira das medidas, o texto prevê a maior incidência da Cide-combustíveis sobre o óleo diesel e a gasolina.

O relator da proposta na comissão, deputado Franco Cartafina (PP-MG), afirmou que a medida trará benefícios significativos para os usuários e para as cidades brasileiras. “Ao dispor sobre a incidência tributária no transporte urbano sobre trilhos, o projeto torna efetiva a priorização do transporte público, que é indispensável para a garantia da mobilidade urbana, especialmente em grandes centros”, disse ele à Agência Câmara de Notícias.

Pelo projeto aprovado, a eletromobilidade contará com alíquota zero das contribuições ao PIS e Cofins incidentes sobre a energia elétrica consumida. O segmento também poderá ser incluído no regime tributário Reporto, que assegura a suspensão de diversos impostos incidentes sobre máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens.

E o transporte cicloviário? – A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta para incluir o transporte cicloviário na lei que trata da política nacional de mobilidade urbana. “A proposta busca garantir meios que proporcionem melhoria na qualidade de vida ao oferecer ao transporte cicloviário prestígio e atenção”, diz o deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), relator do substitutivo da Comissão de Viação e Transporte ao Projeto de Lei 2764/15, do Senado. “É uma condição essencial para o progresso das políticas públicas de uso da bicicleta nas cidades”, ressalta.

O substitutivo prevê a adoção de ciclovias ou ciclofaixas em projetos e obras de construção, ampliação ou adequação do sistema viário urbano, assim como da infraestrutura exigida (bicicletários, paraciclos e sinalização). Cidades com mais de 500 mil habitantes deverão prever a implantação gradual dessas medidas.

Ficarão excluídas das obrigações as cidades com relevo acidentado, impróprios para o uso de bicicletas, ou as vias cuja localização, característica histórica, função na hierarquia viária ou dimensões impeçam as obras necessárias.

A versão original da proposta, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), delegava aos municípios a responsabilidade pela oferta de bicicletas públicas de uso compartilhado, que pudessem ser usadas por qualquer pessoa, por tempo determinado, gratuitamente ou mediante um pagamento módico.

Modais de transporte – Outra iniciativa interessante nesta questão de mobilidade urbana é a que trata do Estatuto da Cidade e da lei que institui o Programa Bicicleta Brasil. O Projeto de Lei 3598/19, do Senado, incentiva a prática do ciclismo e promove a integração de modais no transporte urbano e mantém nas diretrizes do PBB a conscientização da sociedade quanto aos efeitos da utilização do automóvel nas locomoções urbanas, em detrimento do transporte público e de alternativas não motorizadas. “A ideia é promover o desenvolvimento do ciclismo como forma de transporte individual e a integração dos modais de transporte urbano para garantir efetiva mobilidade na cidade”, disse a senadora Leila Barros (PDT-DF), autora do texto.

Wrangler 2023: ótimo, mas nada de novo – A Jeep apresentou a linha 2023 do SUV Wrangler sem nenhuma mudança – ou mesmo sequer acréscimo de equipamentos (para quem gosta de SUV valente, isso já é excelente). Até os preços das versões Sahara (2 e 4 portas) e Rubicon, que vão de R$ 457 mil a R$ 482 mil, ficaram estáveis. Pelos valores cobrados, claro, o Wrangler tem um caprichado pacote de equipamentos: controles de estabilidade e tração, computador de bordo com tela TFT de 7 polegadas, faróis e lanternas em LED, frenagem automática de emergência, controle de cruzeiro adaptativo, câmera frontal off-road e por aí vai. A Rubicon, por sua, vez, vem com seletor de tração com reduzida e o sistema Off-road+, que troca alguns parâmetros do acelerador, controle de tração e as trocas de marcha são baseadas no terreno. O motor é um 2.0 turbo a gasolina com 272cv e 40,7kgfm de torque e transmissão automática de 8 marchas.

Ford: fuga e aumento de lucros – A montadora norte-americana Ford, uma das mais tradicionais de todos os tempos em todo o mundo, deu um cavalo-de-pau no pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil: fechou fábricas, demitiu funcionários e passou a ser apenas importadora. Agora, anuncia que “reencontrou a lucratividade na América do Sul”: no acumulado de janeiro a setembro, os lucros somaram US$ 300 milhões. Vale lembrar: a companhia vinha fechando no vermelho desde 2013 – e por problemas de gestão, principalmente.

O que mudou? Seus executivos passaram a se concentrar em segmentos com bom desempenho na região, como é o caso das picapes, e no enxugamento do portfólio. “São cinco trimestres consecutivos de lucro e um portfólio focado em picapes, SUVs, veículos comerciais e ícones, como o Mustang,” comenta o presidente da Ford, Daniel Justo. E ele acaba de anunciar para o mercado brasileiro 10 novidades ao longo do ano que vem. A Maverick híbrida e a F-150 (esta, a grandona que briga com Ram e Chevrolet Silverado) estão na lista, claro. A primeira, com motor 2.5 a gasolina e outro elétrico, terá autonomia para 800km.

A veterana Ranger vai ganhar uma nova geração. Produzida na Argentina, terá motores diesel adequados às exigências legais e ambientais. A van/furgão Transit virá com uma opção automática. E, por fim, chegará mais para o fim de 2023 a E-Transit, com propulsão 100% elétrica e autonomia de 317km. Em relação aos esportivos, destaque o Mustang Mach-E – provavelmente com 465 cv e autonomia de até 480 km.

GT de US$ 1,7 milhão – E por falar em Ford, o superesportivo GT, que havia ganho recentemente a última série especial feita para as ruas, agora teve apresentada nos Estados Unidos a sua versão final preparada exclusivamente para as pistas.  Considerado o modelo mais radical já criado na linha, o Ford GT Mk IV 2023 tem motor EcoBoost biturbo especialmente projetado – e com mais de 800cv, transmissão de corrida, carroceria alongada de fibra de carbono e suspensão exclusiva.

As 67 unidades do Ford GT Mk IV serão construídas artesanalmente em Ontário, no Canadá. Esse número é uma homenagem ao ano em que o carro original venceu as 24 Horas de Le Mans. O modelo tem preço a partir de US$ 1,7 milhão (ou mais de R$ 9 milhões) e os interessados podem se inscrever pelo site da marca. O anúncio dos clientes selecionados será feito no primeiro trimestre de 2023, assim como o início das primeiras entregas. Quem se habilita?

A chegada da Bajaj – A fabricante de motos indiana Bajaj anunciou esta semana sua chegada oficial ao país, com a inauguração de uma rede de concessionárias de cinco pontos. De cara, três modelos de motocicletas à venda: Dominar 400, Dominar 200 e Dominar 160. Os preços já estão definidos: a 160 custará R$ 18.680; a 200, R$ 19.637; e a 400 – R$ 24.200. Esta última, topo de linha no desembarque da Bajaj ao mercado nacional, é uma Sports Tourer, embora seu conjunto estilístico a insira no segmento de naked´s. Ela motor arrefecido a líquido de um cilindro, com 373,3 cm3, sistema de injeção eletrônica e ignição DTSi e rende 40 cv de potência e 3,569kgfm de torque. O tanque é de 13 litros.

Com uma história de 75 anos, a Bajaj foi fundada na Índia por Jamnalal Bajaj, o “quinto filho de Gandhi”. Hoje é uma empresa global, que figura na lista internacional da Forbes como uma das 100 companhias mais inovadoras do mundo. São mais de 40 empresas pertencentes ao grupo, que emprega 36 mil pessoas em todo o mundo. A Bajaj fatura US$ 4,13 bilhões e é a terceira maior montadora de motocicletas do planeta, com capacidade produtiva em torno de 7 milhões de unidades por ano em suas quatro unidades fabris espalhadas pela Índia. No segmento de triciclos, os mundialmente conhecidos “tuk-tuk´s”, a Bajaj é a maior fabricante do planeta.

Preços do seguro de automóvel – Não é mole, não: a TEx, insurtech especializada em soluções online para o mercado segurador, acaba de divulgar que o Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA) teve redução de 3,1% em novembro – no quarto mês consecutivo sem alta. Mesmo com a queda, o índice apresenta aumento de 23,5% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Para Emir Zanatto, CEO da TEx, a queda de 3,1% do valor do seguro em novembro demonstra que o mercado está no início de uma redução de preços. “A tendência pode se confirmar nos próximos meses se não houver aumento dos índices de roubo e furto”, explica o executivo. Seguindo o índice geral, o IPSA por gênero sofreu queda em ambos os sexos. Para o masculino houve queda de 4,4%, já no feminino a redução foi de 1,7%.

A região onde o segurado reside é um fator muito importante na precificação do seguro – e isso, desgraçadamente, está diretamente ligado às taxas de roubo e furto. “Rio de Janeiro, Fortaleza e Curitiba ficaram estáveis. Enquanto Belo Horizonte teve aumento de 2%”, diz Zanatto. Vejam a cidade de São Paulo, por exemplo: o seguro na zona leste é 64,7% superior à região central. Já na capital fluminense, a zona norte segue com o maior índice, sendo 84,8% maior na comparação com a zona sul.

Dicas para economizar no seguro – E por falar em proteção para o seu carro, que tal prestar atenção a alguns detalhes na hora de escolher – ou renovar – o seu? Como todo mundo sabe, é um serviço importante para o automóvel – e que muitos motoristas escolhem não contratar especialmente por causa do custo: a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg) revela que apenas 30% da frota de automóveis no Brasil possui seguro. É uma falha grave: ele cobre as despesas necessárias e imediatas em casos de sinistro (quando o bem segurado sofre um acidente ou prejuízo material) ou mesmo de roubo. E ainda oferece métodos de pagamento bastante flexíveis. Por isso, a Zapay, startup de tecnologia voltada a esse segmento, traz quatro dicas para ajudar você a economizar na hora de contratar esse serviço.

1. Seja um bom motorista – As seguradoras conseguem analisar o seu histórico de motorista e usam essa informação para calcular o valor que será cobrado do seguro. Portanto, evite se envolver em sinistros e multas, pois isso vai ajudar a economizar um bom dinheiro. 

2. Busque várias opções – O segredo para encontrar um bom seguro para o seu veículo é ter muitas opções. Pesquise todas as informações sobre as coberturas e faça cotações para saber o orçamento mais compatível com a sua renda. Outra dica importante é reduzir as três melhores opções e negociar com as seguradoras para descobrir se alguma está disposta a cobrir a oferta da concorrência.

3. Tenha calma para escolher – Leve em consideração o seu perfil como motorista e o seu estilo de vida. O ideal é ter um pacote com a maior cobertura de assistências possível, para evitar qualquer prejuízo financeiro no futuro. Portanto, pese na balança as suas necessidades e se organize financeiramente para a contratação do seguro.

4. Reflita sobre a franquia – É o valor adicional a ser pago pelo segurado em situações em que ele próprio foi responsável pelo dano ao carro. Pensando nisso, se não for necessário pagar a franquia, o motorista sairá economizando no preço do seguro. Tudo depende do quanto você utiliza o seu veículo e do seu estilo de direção. Afinal, se a franquia for necessária em algum momento, essa dica não irá compensar.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Eletrificação será liderada por aplicativos

As empresas de transporte por aplicativo e os seus motoristas parceiros devem ser um dos principais líderes para a adoção de carros elétricos, segundo estudo inédito da McKinsey sobre o futuro da mobilidade sustentável no Brasil. Os dados mostram que, até 2040, pelo menos 85% da frota de veículos por aplicativo deve ser elétrica, número quatro vezes superior ao estimado para os carros de uso pessoal (21%). Os dados corroboram a visão da 99, empresa de tecnologia voltada à mobilidade urbana e conveniência, ao liderar a Aliança pela Mobilidade Sustentável, que reúne 11 empresas com o objetivo de impulsionar a infraestrutura para veículos sustentáveis no Brasil.

A expectativa é de que em 2040 as receitas com veículos elétricos atinjam US$ 65 bilhões. São esperados 11 milhões de automóveis eletrificados em circulação no Brasil – representando 20% de toda a frota. Segundo a pesquisa da McKinsey, os veículos elétricos têm sintonia com o modelo de negócio do transporte por aplicativo por duas razões: a alta rodagem e previsibilidade das áreas de deslocamento; e a utilização do veículo majoritariamente nos centros urbanos, permitindo a otimização do uso em relação aos pontos de recarga.

Fomentar a expansão das estações de carregamento está entre as metas da Aliança pela Mobilidade Sustentável, que quer ajudar a criar 10 mil pontos públicos de carregamento em todo o Brasil até 2025. A McKinsey prevê que o país tenha 12 mil pontos de recarga nos próximos três anos. “Os dados do estudo mostram que estamos no caminho certo. Sabemos que o futuro da mobilidade elétrica depende de uma união de esforços de diferentes players do mercado e é esse trabalho que estamos realizando com a Aliança”, comenta Thiago Hipólito, diretor de Inovação da 99 e Líder do DriverLAB, um centro especialmente focado em novas soluções para condutores.

A pesquisa da McKinsey revela ainda que, para quem faz uso intenso do carro, como é o caso dos motoristas de aplicativo, o Custo Total de Propriedade (TCO) do veículo elétrico deve se tornar equivalente ao do automóvel à combustão muito antes daqueles que utilizam o carro para fins pessoais.

Considerando os veículos de entrada, por exemplo, com valores abaixo de R$ 200 mil, essa equivalência deve ocorrer já em 2023 para quem roda mais de 150 quilômetros por dia. Para aqueles que dirigem cerca de 30 quilômetros por dia, a equiparidade deve ser atingida somente em 2030.

“Hoje a economia que o motorista de aplicativo tem com o uso do carro elétrico chega a 80% em relação ao modelo por combustão, quando analisamos os custos com combustível e manutenção”, avalia Thiago Hipolito. “Mas sabemos, no entanto, que esse automóvel ainda tem um valor de aquisição muito alto para o motorista”. Por isso, foi fundada a Aliança. Junto com montadoras, empresas de locação e instituições financeiras, ela vai pensar soluções para tornar o acesso aos veículos elétricos mais fácil, além de promover a infraestrutura necessária para que nossos parceiros rodem em suas viagens.

Entre as ações da Aliança em prol da democratização do veículo elétrico está a parceria entre a 99 e a Movida para disponibilizar 50 carros elétricos para serem alugados por motoristas parceiros da plataforma em São Paulo. Com a opção de locação facilitada mais a redução com o custo de combustível, a economia do condutor pode chegar a mais de 25% ao mês se comparado com um modelo tradicional. Além disso, a iniciativa visa reduzir a emissão de CO2 gerada diariamente pelo trânsito paulistano, promovendo melhoria na qualidade do ar e na saúde.

Ram Yellowstone Edition – A marca Ram, do grupo Stellantis, acaba de lançar uma edição especial da picape grande 3500. Chamada de Yellowstone Edition, e limitada a apenas 100 unidades, ela homenageia a série de televisão homônima e traz apenas uma combinação de cores, com acabamento diferenciado – como pintura em dois tons (na cor preta e com marrom nos para-choques, para-lamas e na parte inferior da carroceria). Há, também, a logo da série na porta da caçamba e portas dianteiras – e um adesivo do “Y” amarelo alusivo ao Yellowstone Dutton Ranch, de John Dutton, interpretado por Kevin Costner. Ela é resultado de uma parceria entre a Ram e a Paramount+ apenas para o Brasil e custa R$ 555 mil. A base é a Limited Longhorn. Vale lembrar: o conjunto mecânico tem motor 6.7 turbodiesel com 377cv e torque de 117,3kgfm e câmbio automático de seis marchas.

Jetta GLI e Taos: mais segurança – E mais um carro brasileiro ganha assistências semiautônomas. Desta vez, o Jetta GLI da linha 2023. O sedã, que tem motor 2.0 TSI de 231cv de potência e 35,7 kgfm de torque, ganhou o pacote, agora com nove itens de série. Além do controle de cruzeiro adaptativo e frenagem autônoma de emergência, passa a ter assistente de mudança de faixa, de condução ativo (mantém o carro na faixa de rodagem), assistente traseiro de saída (detecta outros veículos cruzando a traseira e emite alertas), detector de ponto cego e detector de pedestres + frenagem autônoma. Preço: R$ 221.380. A linha 2023 do SUV médio Taos também ganhou alguns equipamentos: o ar-condicionado agora é digital (em todas as versões) e, na topo de linha, duas assistências extras à condução. Preços? De R$ 180 mil a R$ 209 mil (Highline). Na versão Comfortline, o pacote de segurança – com controle de cruzeiro adaptativo, detector de pedestres e frenagem autônoma de emergência – é opcional e custa R$ 5.650.

Série ‘especial’ do HB20 – A Hyundai anunciou uma versão diferenciada, digamos assim, do HB20 tanto do sedã quanto do hatch (acima da Limited para a opção com câmbio manual e da Comfort com câmbio automático). Ela vem em quatro configurações (com motor 1.0 aspirado e câmbio manual ou 1.0 turbo automático de 6 marchas) e não há muito de relevante em relação às demais, ao não ser faróis em LED, painel de instrumentos digital e interativo e chave presencial. Ou partida remota do motor pela chave e abertura do porta-malas por aproximação nas mais caras. Os preços variam de R$ 87 mil a R$ 112 mil.

Vem aí o novo furgão Ducato – A Fiat confirmou que o novo Ducato chega ao Brasil no primeiro semestre do ano que vem. O utilitário da marca pertencente ao grupo Stellantis terá mudanças no design e novas versões. A Fiat é líder há mais de dez anos nesse segmento. O modelo atual custa a partir dos R$ 188 mil e usa motor 2.3 turbodiesel de 130cv e 32,6 kgfm de torque.

Dia do mecânico: quer bombas nas redes? – O próximo dia 20 é dedicado àquele ou àquela que sempre resolve as broncas do nosso carro (ou moto, lancha, bicicleta…). Bem, o mecânico entende de tudo isso, mas será que domina a arte de vender, de se mostrar – algo tão necessário para sua vida profissional no mundo digital? A Nakata, fabricante de autopeças de reposição, acaba de lançar o e-book Oficina legal está na rede social – que mostra diversas formas de o profissional interagir com consumidores nas redes sociais. O livreto dá dicas para atrair e fidelizar clientes para o negócio, por exemplo. Oferece ferramentas para incrementar os resultados financeiros da oficina – apresentando o antes e o depois do conserto, usando textos, imagens e vídeos, numa oportunidade para se sobressair perante seus concorrentes. São 37 páginas de dicas para ganhar visibilidade com as postagens e, claro, a confiança dos consumidores. Mande um zap para o 61.9.9217-0533 e enviaremos um exemplar.

Gasolina: alta no Piauí e em Pernambuco – O preço do litro da gasolina nos postos no Brasil apresentou, na primeira quinzena de dezembro, redução de 0,81% em comparação com novembro – com valor médio de R$ 5,207. Enquanto o Distrito Federal fechou o período em R$ 4,969, com o litro da gasolina 4,62% abaixo da média nacional. Os dados são do tradicional levantamento feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, com base em transações realizadas entre os dias 1º e 14 de dezembro em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os estados do Brasil.

A leve redução na quinzena vem após o primeiro aumento mensal, registrado em novembro, após quatro meses de quedas. Entre junho e setembro a Petrobras reduziu quatro vezes seguidas o valor da gasolina para as distribuidoras. Além disso, o ciclo de queda dos preços dos combustíveis foi alimentado pela limitação do ICMS sobre esses produtos nos estados, instituída pela Lei Complementar 194/22, de 24 de junho.

Os dados da primeira quinzena de dezembro mostram que os estados brasileiros que registraram alta da gasolina foram Piauí (5,76%), Pernambuco (1,56%) e Maranhão (0,68%). Por outro lado, os estados que registraram maior queda foram Bahia (-3,81%) e Sergipe (-2,38%), além do Distrito Federal (-4,70%)

Financiamento de carros e motos – As vendas financiadas de veículos em novembro somaram 457 mil unidades, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número, que inclui autos leves, motos e pesados em todo o país, representa um aumento de 2,5% na comparação com novembro de 2021. Foi o maior patamar do ano em termos de média de financiamentos por dia útil pelo segundo mês consecutivo. Em novembro deste ano, foram financiados 22,9 mil veículos por dia. O segmento de motos foi o único que registrou alta, oscilando 0,1% no número de financiamentos em relação a outubro, com 103 mil unidades, e crescendo 11,4% na comparação com novembro de 2021.

Motos: 5 dicas para conservar a sua – Além das revisões periódicas, certos cuidados diários são necessários para aumentar a vida útil dos componentes e preservar o bom desempenho de uma moto, garantindo segurança, desempenho e boa aparência para o veículo de duas rodas. Por isso, a Motul, multinacional especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, elenca cinco cuidados para manter a motocicleta sempre nova, com aspecto conservado e segura para pilotagem. Confira, abaixo, as recomendações da empresa:

Cheque os pneus – É importante ficar atento à existência de rachaduras, pregos ou qualquer material pontiagudo que esteja alojado nos pneus. Caso a moto não seja utilizada com frequência, vale conferir se os pneus não estão ressecados antes de dar a partida. Além desses pontos de atenção, o estado de degradação também merece cautela, pois pneus carecas podem prejudicar a segurança do motociclista, principalmente em pistas molhadas. “Uma calibragem maior do que a indicada pelo fabricante faz com que o pneu se desgaste mais no centro. Em contrapartida, uma calibragem mais baixa leva o pneu a se desgastar nas bordas. Os pneus possuem marcações de desgaste (TWI) e, se os sulcos já estiverem muito baixos, precisam ser trocados imediatamente porque são eles que garantem a aderência em piso molhado. Lembrando que a calibragem deve ser feita com os pneus sempre frios”, afirma Rafael Recio, gerente de Produto e Suporte Técnico da Motul Brasil.

➠ Tenha cuidado com os cabos – Eles pedem um cuidado redobrado porque estão envolvidos em sistemas importantes da moto. A indicação é que eles sejam lubrificados a cada 10 mil quilômetros – ou como indicado no manual do proprietário. “Para os cabos a Motul recomenda o uso do EZ Lube, que lubrifica o componente e ajuda a protegê-lo da corrosão”, explica Recio. O especialista lembra que é importante observar se existe algum dano aos cabos, principalmente em motocicletas que enfrentam condições adversas, como trilhas.

Fique atento à corrente – Ela faz parte do sistema de transmissão da moto que transfere a força do motor para as rodas. Para ter um funcionamento adequado é preciso que todos os itens envolvidos – como a regulagem e a tensão – estejam em harmonia. Outro ponto é em relação à limpeza e lubrificação do item: o contato com a sujeira proveniente do pavimento, seja ele asfalto ou terra, pode ressecar e danificar o conjunto, o que torna indispensável a boa limpeza e lubrificação semanalmente. O Motul C1 Chain Clean é ideal para limpeza de todos os tipos de corrente (com ou sem retentor).

➠ Limpe a moto – A atenção com a estética é essencial para manter a moto com o visual de nova. Para garantir isso é pertinente evitar lavadoras de alta pressão, pois a força da água pode arranhar a motocicleta e danificar algumas peças. O melhor método para cuidar dos componentes da moto é utilizar panos, baldes e produtos específicos.

➠ Faça inspeção – O costume de inspecionar a moto em busca de irregularidades é a melhor forma de mantê-la sempre em suas melhores condições. Muitos cenários podem ser prevenidos em casa, mas, se não cuidados, podem acarretar em problemas maiores e mais custosos. Vale sempre conferir com frequência o nível do óleo do motor e respeitar o intervalo de troca. O uso da moto em condições severas – como praticado por pessoas que realizam entregas – aumenta a necessidade de manutenção periódica e revisão do veículo, que são fundamentais para a segurança dos motoristas e também dos componentes. “O aconselhado é que a revisão da moto seja feita de acordo com o plano de manutenção determinado pelo fabricante, cuja frequência de serviços necessários pode variar de acordo com o modelo e tipo de uso”, aponta Recio.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Picapes: saiba o que vem por aí em 2023

Nunca se vendeu tantas picapes no Brasil, embora elas estejam presentes no dia a dia há décadas, sempre com vocação rural ou para transporte urbano de cargas. Agora, elas viraram bichos urbanos. Há 10 anos, vendia-se 10 ou 11 a cada 100 carros. Agora, são 17. O carro mais vendido do país é uma picape (a Fiat Strada).

E o que 2023 promete? O grupo Stellantis anunciou que a Fiat – que tem uma história de 20 anos nesse setor específico de picapes – vai lançar um modelo médio no segundo semestre. Ele vai se juntar à Strada e à Fiat Toro, que estreou o chamado conceito de Sport Utility Pick-up (SUP.

Vai concorrer no segmento de D-picapes (média) com Toyota Hilux, Chevrolet S-10, Nissan Frontier etc. Ela está em fase final de desenvolvimento nos centros técnicos de Engenharia da Stellantis no Polo Automotivo em Betim (MG). Com a nova picape, a Fiat cobre quase todo o segmento de caçambas (em que a marca já vendeu mais de 2,1 milhões de unidades).

As picapes médias representam quase 40% de todo o segmento. A picape era, originalmente, uma Peugeot – também do grupo Stellantis. Foi revelada no México há dois anos como Landtrek (com motor 1.9 turbodiesel de 150 cv e 35,6 kgfm de torque ou 2.4 turbo a gasolina de 210 cv e 32,6 kgfm.

A marca norte-americana confirmou até os preços da nova Montana (divulgados por esta coluna no domingo passado). A pré-venda já está aberta e as primeiras unidades serão entregues em fevereiro. A versão LTZ sai por R$ 134.490; a Premier, por R$ 140.490. O motor é um 1.2 turbo de três cilindros, de 133 cv e 21,4 kgfm de torque.

Para combater a Ram 1500, do segmento das grandes picapes e também do grupo Stellantis, vêm por aí a Ford F-150 – que nem chegou e já está sendo reestilizada lá fora – e a Chevrolet Silverado, que virá dos Estados Unidos, onde é líder de vendas da marca.  A Silverado está prevista para outubro do ano que vem, com o bruto motor V8, mas a gasolina.

Ainda sobre a Chevrolet, outra novidade: a S10 (que já tem a oferta de cinco configurações no Brasil) vai ganhar mais uma versão. Com isso, a Chevrolet terá representantes com volumes nas três mais importantes categorias de picapes.

Spin menos poluente – O monovolume Spin, da Chevrolet, ganhou atualizações no conjunto mecânico para se adequar às novas leis ambientais. O modelo – que há 10 anos domina esse segmento de sete lugares – já havia adotado medidas para as versões automáticas e agora normaliza para as que têm câmbio manual de 6 marchas.

Tudo passa pelo motor – um 1.8 flex com até 111 cv e 17,7 kgfm -, transmissão e distribuição de combustível. A GM garante que significa uma redução média da emissão média de gases em até 43%. Agora, a linha tem oito configurações – sendo que duas delas foram lançadas recentemente: a LT automática com sete assentos, para atender principalmente quem trabalha com o transporte de passageiros, e o retorno da versão intermediária LTZ em configuração de cinco lugares. Os preços começam em R$ 100,5 mil e vão até R$ 131.490 (versão Activ com 7 lugares).

208 e 2008 ganham série especial – A marca francesa Peugeot, pertencente ao gigante Stellantis, começou a vender uma série especial chamada Roadtrip do hatch 208 e do SUV compacto 2008. O primeiro, baseado na configuração Active (com motor 1.6 e câmbio automático 6 marchas) custa R$ 100 mil. Ele terá painel de instrumentos digital (i-Cockpit 3D), teto panorâmico, carregador de smartphones por indução, câmera de ré e revestimento interno mesclando couro, tecido e Alcantara. Já o 2008 Roadtrip, que tem como base a versão Style (motor 1.6 com câmbio automático), é vendido por R$ 107 mil.

SUVs: Jeep líder em 2022 – Os últimos dados de novembro sobre a produção, venda e emplacamentos de veículos mostram que a Jeep, com sede em Goiana (PE), manteve a liderança entre os SUVs com 20,7% de participação de mercado. Foram 13.311 unidades vendidas. A marca foi líder do segmento mais importante do mercado em todos os meses de 2022, algo inédito. No acumulado do ano, a Jeep já conta com 123.773 unidades comercializadas e 20% de participação entre os SUVs no país.

Quebra-molas e buracos: fonte de energia? – A BMW está prestes a desenvolver uma tecnologia fenomenal: para aumentar a autonomia dos carros elétricos, ela quer recarregar as baterias usando um sistema de superalternador gerada pelos movimentos da suspensão. Quer dizer: quanto mais buracos e quebra-molas, mais energia. A BMW poderia usar Pernambuco como laboratório. A BR-232 deve ser a maior rodovia com pista dupla em linha reta da América Latina com mais quebra-molas.

Uma estrada de acesso a Triunfo (via Flores), no interior do estado, tem tantas crateras que carregaria qualquer BMW em 20 minutos. Reclamações à parte, o troço funciona assim: hoje, as montadoras usam freios regenerativos, que produzem energia toda vez que são acionados. Agora, o portal CarBuzz encontrou registros de patente de um novo sistema de suspensão que usa o movimento vertical das rodas ao passar por buracos ou quebra-molas.

CNH falsificada: multa vai quintuplicar- A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que aumenta as multas para quem falsificar ou adulterar carteira de habilitação (CNH) ou documento de veículo (CRLV). A iniciativa vale também para quem informar endereço falso para registro, licenciamento ou habilitação. O Projeto de Lei 1664/19, do deputado Lincoln Portela (PL-MG), altera o Código de Trânsito Brasileiro e estabelece que as multas – de natureza gravíssima e no valor de R$ 293,47 – sejam multiplicadas por cinco (R$ 1.467,35) no caso de falsificação de documento e por três (R$ 880,41) em razão de falsa declaração de domicílio. Segundo a Agência Câmara, o relator na comissão, o deputado Bosco Costa (PL-SE), disse fazer sentido aumentar as punições administrativas, já que as condutas descritas podem ser enquadradas como crimes. “A multa atual tem baixo poder de desestimular a prática das infrações. Além disso, são condutas que afetam o bem-estar de toda a sociedade em questões relacionadas à segurança do trânsito, proteção de bens patrimoniais e arrecadação tributária”, disse Costa.

Vai ter DPVAT? –  Lembra do DPVAT, aquele seguro obrigatório para os donos de veículos que foi cobrado até 2020? Pois bem: como era um poço de escândalos, ele foi suspenso em 2021 e em 2022. E no ano que vem, será cobrado novamente? Logo agora, com mudança de governo? Ninguém sabe. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) informou oficialmente ao Portal de Trânsito que, até o momento, não há decisão. Mas ressaltou que a tendência é a de que não haja cobrança. O DPVAT foi criado em 1974 para amparar as vítimas de acidentes de trânsito, independentemente do responsável. Ele oferece coberturas para três naturezas de sinistros: por morte, invalidez permanente assim como reembolso de despesas médicas. O dinheiro arrecadado é partilhado entre (45%) Ministério da Saúde, como forma de custear o atendimento médico-hospitalar dessas vítimas, educação (5%) para prevenção e restante (50%) para o pagamento das indenizações.

Mais uma BMW brasileira – A fábrica do BMW Motorrad em Manaus já começou a produzir a F 900 R, motocicleta roadster que estreia no portfólio da fábrica em duas versões: Sport e Sport+. O modelo faz parte das estratégias dos investimentos de R$ 50 milhões na fábrica manauara anunciados em outubro e é o primeiro dos sete lançamentos previstos até 2025. Desenvolvida do zero, a nova BMW F 900 R, cuja chegada à rede de concessionários deve ocorrer em janeiro, conta com um motor de dois cilindros de 895cm3 de cilindrada, que rende 85cv de potência e torque de 8,8kgmf. Outros destaques são os itens de série, como ajustes de pré-carga, de retorno do amortecedor traseiro, de manetes de freio e de embreagem, bem como freios BMW ABS.

A motocicleta tem design esportivo, usa um nova granulação para diversos componentes de acabamento (resistentes ao desgaste e o assento padrão vem dois materiais, costura decorativa e bordado com um “F 900”. As duas versões dispõem de computador de bordo, conector USB, tecnologia LED no farol dianteiro, nos indicadores de direção e na lanterna traseira e um painel TFT colorido de 6,5 polegadas personalizável (o piloto seleciona as informações mais importantes para exibição), além de dois modos de pilotagem: rain (chuva) e road (estrada). É possível a conexão com o smartphone do cliente via Bluetooth, para navegação, com utilização do app BMW Motorrad Connected. O usuário também pode fazer ligações e reproduzir música, por meio de um capacete com sistema de comunicação BMW. 

Viagem de fim ano: 5 dicas importantes – É de praxe: chegou o período de descanso, festas, hora de visitar parentes e você pega o carro para viajar. Por isso, vale relembrar alguns cuidados até meio óbvios – elencados aqui pelos especialistas do aplicativo Zul+. Confira:

1- Planeje – Se possível, escolha um horário em que o fluxo de veículos seja menor para fazer a viagem. Com um grande número de carros nas rodovias, mais congestionamentos e, consequentemente, mais estresse. Antes de sair de casa, verifique em aplicativos de navegação qual o trajeto ideal para chegar ao seu destino. Os apps sugerem as melhores opções de acordo com o trânsito naquele momento.

2- Check-up – Fazer a revisão do veículo é fundamental para uma viagem segura. Verifique a condição dos freios e dos pneus (inclusive do estepe, macaco e chave de roda), o funcionamento dos faróis e luzes de freio e os níveis de óleo e da água do radiador. E não esqueça das palhetas do limpador de para-brisa, que ressecam com o tempo e assim prejudicam a visibilidade na chuva, comum nessa época do ano.

3 – Documentação – É importante checar se a papelada do veículo está regularizada e se tributos como IPVA e multas estão quitados. Dirigir sem a regularização do licenciamento pode acarretar em infração e até na apreensão do carro. E se tem uma hora que ninguém quer essa “dor de cabeça” é durante as férias.

4- Segurança – Mais do que uma exigência da legislação de trânsito, o uso correto do cinto de segurança é fundamental para garantir a tranquilidade de todos os ocupantes do veículo. Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), em caso de acidentes, o equipamento evita o risco de lesões em até 70% e o de mortes em 40%.

5 Crianças – Elas devem ser acomodadas nos equipamentos de segurança adequados. Altura, peso, idade e data de validade são fatores a serem avaliados no momento da compra e utilização desses equipamentos. Todos eles devem passar por inspeção do Inmetro.

  • Bebê conforto: crianças de 0 a 1 ano ou com peso inferior a 13 quilos;
  • Cadeirinha: de 1 a 4 anos ou até 18 quilos;
  • Assento de elevação: crianças de 4 a 7 anos e meio ou com até 1,45m de altura e 36kg;
  • Banco traseiro com cinto: entre 7 e meio e 10 anos e quem já atingiu 1,45m.

6- Pedágios – Ganhar tempo durante as viagens e chegar logo ao destino é o sonho de quem viaja. Afinal, assim sobra mais tempo para a diversão e o descanso. Uma saída para driblar o trânsito nas estradas é instalar tags de pedágio.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Compra de carros: entenda o consumidor

A Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento automotivo, fez uma pesquisa interessante para identificar tendências e hábitos de consumo no mercado de veículos novos e seminovos no Brasil. O levantamento mapeia a jornada do consumidor e os impactos da classe social e do gênero entre os compradores de carros nos últimos anos. Diante da pergunta “essa foi a compra do seu primeiro carro?”, 61% dos entrevistados afirmaram que “sim”, enquanto 39% responderam que “não”. Entre pessoas com rendimento entre quatro e dez salários mínimos, as taxas percentuais mudam para 85% (sim) e 15% (não), respectivamente. Já para os consumidores com renda entre dez e 20 salários mínimos, a variação fica entre 60% (sim) e 40% (não) e, entre aqueles que possuem rendimento acima de 20 salários mínimos, os números somam 45% (sim) e 55% (não). “Os resultados da pesquisa mostram a renda como um diferencial para o ingresso dos consumidores no mercado automotivo, sinalizando a importância do financiamento e do consórcio”, observa Cris Rother, CMO da Webmotors.

Tempo para troca – Sobre o tempo previsto para a troca de carro, pouco mais de um terço dos entrevistados pretende realizar a mudança “em mais de três anos” (36%). Por outro lado, 30% dos respondentes preferem fazer isso “em até dois anos” e 17% “em até um ano”. Quando o assunto é o bolso do consumidor, 50% de quem têm renda entre quatro e dez salários mínimos declaram ter a intenção de realizar a substituição do veículo comprado “em até dois anos” – a maior taxa de troca no menor prazo, na comparação com o detectado entre os demais estratos sociais. Para os consumidores com renda acima de 20 salários mínimos, a previsão de troca também é maior no período “de até dois anos”, mas somente para 38% dos entrevistados. Já para aqueles com rendimento entre dez e 20 salários mínimos, a maior concentração de previsão de troca fica “em mais de três anos” (55%).

Mulheres – Há uma significativa diferença no comportamento entre homens e mulheres. “De acordo com o estudo, o público feminino que pretende mudar de carro em até um ano é 10% maior do que o masculino. Já o total de homens que desejam trocar de veículo em até três anos é 10% maior em relação às mulheres”, compara Rother. “Esses números contrariam o senso comum de que os homens são consumidores mais assíduos de carros do que as mulheres”, conclui Rother. Quando questionados sobre as motivações para comprar o seu primeiro carro, os entrevistados apontaram, sobretudo, a “necessidade” (30%), a “realização de um sonho” (22%) e a “comodidade” (18%).

No recorte por estrato social, esses números mudam consideravelmente. Entre as pessoas com rendimento entre quatro e dez salários mínimos, “realização de um sonho” é o motivo principal para 30% dos entrevistados. Para quem tem renda entre dez e 20 salários mínimos, a “necessidade” aparece como a maior razão da compra (39%).

Já na opinião de consumidores com renda acima de 20 salários mínimos, há um empate triplo entre “necessidade”, “realização de um sonho” e “liberdade” – as três opções foram apontadas, igualmente, por 23% dos entrevistados dessa camada social. Ainda segundo a “Jornada do Consumidor”, a opção de pagamento à vista na primeira compra é a mais praticada entre as pessoas ouvidas (39%), seguida da escolha de consórcio (19%) e do financiamento com entrada em dinheiro (17%).

Meio digital – No que se refere à busca de informações para tomada de decisão sobre a compra, a internet situa-se no topo das opções dos consumidores (71%), independentemente da classe social ou do gênero. Familiares (53%) e amigos (51%) são, respectivamente, a segunda e a terceira opções mais utilizadas. “A força do meio digital tende a aumentar cada vez mais, seja na pesquisa, no test-drive virtual e até mesmo na operação de pagamento”, estima Rother.

Montana: de R$ 134,5 mil a R$ 140,5 mil – A nova Chevrolet Montana enfim chegou – ou não: a pré-venda começou na última quinta-feira (1º), na verdade, mas as primeiras unidades só serão entregues em fevereiro. Mas, pelo menos, já tem preços. A versão LTZ sai por R$ 134.490; a Premier, por R$ 140.490. O motor é um 1.2 turbo de três cilindros, de 133 cv e 21,4 kgfm de torque. A empresa diz que há uma calibração específica para a picape, com faixa de rotação mais baixa para reduzir ruídos na cabine e as emissões de poluentes. A Montana faz, oficialmente, 11,1 km/litro e 13,3 km/litros com gasolina. Com etanol, 7,7 km/litro e 9,3 km/litro. A picape tem 4,72 metros de comprimento, com uma caçamba para 874 litros. No pacote de equipamentos de série, seis airbags de série, controles de estabilidade e tração, sistema de som JBL com quatro alto-falantes e subwoofer, rodas de liga leve de 17 polegadas, alerta de ponto cego etc.

Carros com interior vegano – É sério: as marcas BMW e Mini terão interiores veganos em seus carros a partir do ano que vem. Isso significa que não serão usados quaisquer material proveniente de origem animal em seus revestimentos. A redução das emissões de CO2 ao longo de todo o ciclo de vida de um veículo é o objetivo central do BMW Group no caminho para a neutralidade climática, que deve ser alcançada até 2050. A seleção de materiais tem um papel fundamental a desempenhar para atingir esse objetivo. A substituição de matérias-primas de origem animal contribui significativamente para o aumento da sustentabilidade na produção de veículos. A medida também tem como objetivo diminuir em até 85% a emissão de CO2 na atmosfera. O BMW Group ressalta, ainda, que a demanda por interiores 100% livres de materiais de origem animal tem crescido em todo mundo, especialmente na China, Estados Unidos e Europa. A troca dos materiais não irá afetar em nada a qualidade e requinte, tradicionais nos interiores dos carros do BMW Group. O uso de materiais ecologicamente corretos no interior já faz parte de alguns veículos, como no BMW i3 e no BMW iX, e se estenderá para o restante dos modelos.

A Volvo Cars foi a primeira a anunciar que seus novos carros elétricos seriam livres de couro de origem animal. Pelo menos 25% do material utilizado em novos carros Volvo já são compostos por conteúdos reciclados e naturais.

Combustíveis: preços voltam a subir – O preço do litro da gasolina nos postos no Brasil apresentou, em novembro, aumento de 1,78% em comparação com o mês anterior, com valor médio de R$ 5,250, segundo levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. Entre os meses de junho e setembro a Petrobras reduziu quatro vezes seguidas o valor da gasolina para as distribuidoras. Além disso, o ciclo de queda dos preços dos combustíveis foi alimentado pela limitação do ICMS sobre esses produtos nos estados, instituída pela Lei Complementar 194/22, de 24 de junho. Apenas cinco estados apresentaram queda: Amazonas (-2,28%), Amapá (-0,67%), Espírito Santo (-0,37%), Roraima (-0,03%) e Paraíba (-0,02%). Por outro lado, os estados que registraram maior aumento foram Paraná (7,38%), Goiás (5,40%) e Santa Catarina (4,29%). Considerados os preços médios praticados nos estados, o maior valor foi registrado no Acre, a R$ 6,151; já o menor valor médio foi de R$ 5,004, no Rio Grande do Sul. Entre as capitais, o valor médio do combustível em novembro foi de R$ 5,181, o que representa um aumento de 1,56% em relação ao mês anterior. Campo Grande (R$ 4,888), Porto Alegre (R$ 4,921) e João Pessoa (R$ 4,948) foram as capitais com os preços mais baixos no mês. Já os maiores valores médios foram encontrados em Boa Vista (R$ 6,117), Belém (R$ 5,636) e Salvador (R$ 5,603).

Recall Fiat – A marca italiana está convocando donos de Fastback, Pulse e Toro para um recall na bomba de alta pressão. Os veículos envolvidos são fabricados em 2022 e de motores tanto 1.0 quanto 1.3 turbo. Motivo: há possibilidade de quebra do parafuso de fixação da bomba de alta pressão, que faz parte do sistema de injeção direta. Em casos extremos pode ocorrer o vazamento do combustível e gerar um incêndio. Os donos devem agendar o recall na própria concessionária. Para checar mais detalhes, basta entrar no site da Fiat. Pela mesma razão, a Jeep também está convocando donos do Renegade, Compass e Commander equipados com o 1.3 turbo flex T270.

Óleo do motor da moto: quando trocar?

O óleo é uma peça vital de qualquer máquina. Ele é responsável, entre outras coisas, por reduzir o atrito e, assim, evitar o desgaste das peças. Descuidar da troca de óleo, usar um produto inferior ou incorreto tem resultado certo e complicado: consertos muito caros, tempo perdido e redução da vida útil do motor. Ele é o componente mais importante para que o motor funcione bem durante um longo período, mas que, muitas vezes, não recebe a importância devida. Por isso, a dúvida sobre o intervalo ideal para realizar a troca do óleo de motor é recorrente e a resposta correta para essa pergunta é muito simples: é preciso obedecer às recomendações do fabricante, seja por tempo ou pela quilometragem rodada. E é fundamental utilizar o óleo com as especificações recomendadas no manual. Se a resposta para essa dúvida é tão simples, por que ela é tão comum entre os proprietários?

Recomendações – Primeiramente, é fundamental usar um óleo que se encaixe nas especificações da fabricante da moto e para o seu modelo específico. Lembrando que essas informações sempre estarão no manual do proprietário. Caso não o tenha, consulte uma oficina de confiança ou uma concessionária. Fique atento a alguns pontos importantes:

Grau de viscosidade: 10W30, 10W40, 15W50, 20W50 – Em alguns casos, pode existir mais de uma opção de viscosidade indicado, consequentemente, mais opções para escolha. Utilize apenas a viscosidade recomendada pelo fabricante.

Mineral, semissintético ou sintético? – Neste caso, vale a mesma regra dos tópicos anteriores: nunca escolha uma tecnologia abaixo da recomendada. Caso o fabricante exija um óleo mineral, fique tranquilo para utilizar esse ou fazer um upgrade para um semissintético ou sintético. Um bom exemplo desse upgrade é o nosso Motul 5000 4T 20W50, com a tecnologia HC-Tech, um semissintético API SL e JASO MA2 ideal para motos de baixa e média cilindrada que pedem óleo 20W50. A tecnologia está em constante evolução, dessa forma, é possível escolher o melhor para cada caso e para cada tipo de uso. Sempre há uma especificação, com o tipo de moto e com a condição de uso (off-road, rodoviário, urbano ou pista).

Outra recomendação importante que aparece em todos os manuais é checar com frequência o nível de óleo. Cada fabricante recomenda um intervalo para essas checagens, como, por exemplo, toda vez antes de pilotar. Para usos menos intensos e com a manutenção da moto em dia, checar uma vez por semana é o suficiente. Nunca rode com nível de óleo baixo ou alto demais e sempre cheque o nível dele com a moto nivelada em piso plano para evitar uma medição enganosa.

Tempo ou quilometragem? – Todo o manual do proprietário indica um prazo por tempo ou por quilometragem para a troca do óleo e ela deve ser feita assim que algum dos dois casos acontecer, sempre. Ou seja, mesmo que tenha rodado pouco, é necessário trocar o óleo caso chegue o vencimento por tempo. Pois, mesmo que a moto não tenha rodado muito, o óleo se degrada e perde as suas características. Isso ocorre mesmo que ele esteja parado no cárter, por conta da contaminação que ocorre pelo combustível, fuligem, ácidos e outras alterações geradas na combustão durante o funcionamento do motor. Esses contaminantes aceleram a degradação, mesmo que o óleo esteja sem uso. Além disso, o contato com o ar e a umidade presentes dentro do cárter, ajudam a acelerar sua oxidação e degradação. Quanto mais contaminantes, mais rápido o óleo perde suas características e não consegue mais exercer as funções necessárias no motor, como proteger contra corrosão e o desgaste, além de poder causar um aumento no consumo de combustível. Durante o uso, o óleo sofrerá com outros fatores, como a variação de temperatura de trabalho, mais contaminação e grande esforço mecânico, que ocasionarão diversos fenômenos de degradação do óleo.

Altas temperaturas – Fazem com que tudo aconteça mais rápido para o óleo, como aceleração de todas as consequências, e é uma das responsáveis para a formação de borra e verniz, prejudiciais a toda lubrificação.

Cisalhamento – Enquanto faz seu trabalho, o óleo sofre com os esforços entre as peças em movimento do motor, anéis, pistões, camisas, virabrequim, engrenagens do câmbio e cames do comando no cabeçote, já que as moléculas se quebram e não exercem mais sua função.

Contaminação – Um filtro de ar mal instalado, obstruído por poeira ou combustível adulterado, contribui com a entrada de contaminantes no motor e que podem atingir o óleo. Esses contaminantes aceleram o envelhecimento e atuam como um abrasivo, aumentando o desgaste do motor. Quanto mais tempo o óleo trabalha, mais o óleo se contamina, mais ele é cisalhado e mais borra é formada. Chega-se a um ponto em que ele não possui mais a capacidade de lubrificar e desempenhar o seu papel. Portanto, precisa ser trocado. Vale lembrar que apenas completar com óleo novo, não é o ideal, pois, dessa forma, os contaminantes continuarão acumulados. Também é importante ressaltar que nos casos que houver filtro externo, este deve ser substituído a cada troca de óleo. Os filtros internos devem ser limpos conforme a recomendação do fabricante.

Intervalos – Afinal, por que cada moto possui um intervalo de troca diferente? Existem variações que vão desde 3.000 km ou 6 meses, até 12.000km ou um ano. Essa diferença se dá por conta do projeto da moto e da especificação do lubrificante. Em geral, por conta da sua tecnologia envolvida e o seu desempenho, um óleo sintético tende a ser recomendado para conseguir intervalos de troca mais longos, pois ele suporta temperaturas de trabalho mais altas, mais esforços mecânicos e níveis de contaminação mais altos. Quantidades maiores de óleo no cárter também ajudam. Se há mais óleo, a contaminação nesse cárter estará mais diluída se comparado à mesma quantidade de contaminação em um cárter pequeno que comporta menos óleo.

Por último e não menos importante, o intervalo deve ser observado de acordo com a condição de uso da motocicleta. Em geral, existe um plano de manutenção para uso normal e outro para uso urbano, sendo que para uso severo é normal que o intervalo seja reduzido pela metade. (Por Rafael Recia Nakazato, engenheiro de Aplicações da Motul)

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

A linha 2023 da Hilux e da SW4

A Toyota Hilux ganhou uma versão chamada Conquest para completar o portfólio da picape média mais vendida do país. Ela foca clientes que buscam um visual off-road mais imponente. Já a SW4 GR-Sport, principal novidade do SUV para essa linha, recebeu 20 cavalos a mais de potência, elevando o prazer de condução, com mais esportividade e performance.

Desde janeiro deste ano, a Hilux emplacou quase 34 mil unidades, reafirmando a liderança no segmento de picapes médias por meio de sua durabilidade, qualidade e confiabilidade junto aos consumidores.

No portfólio da Hilux, a Conquest é mais uma opção. A nova versão ganhou visual mais agressivo, graças ao para-choque dianteiro com desenho exclusivo, nova grade frontal, molduras nas caixas de roda, retrovisores e maçanetas na cor preta, rodas de liga leve de 18 polegadas com desenho inédito, faróis de LED com máscara negra bem como santantônio com a identificação “Conquest” e separador de carga na caçamba exclusivos, que aumentam a praticidade, acomodando cargas dos mais variados tamanhos, facilitando o cotidiano dos usuários.

Já no interior, a nova versão Conquest é equipada com luz ambiente nas portas e novo acabamento em preto, o que proporciona ao motorista e aos ocupantes um ambiente mais moderno e exclusivo. A partir da versão SR, todas as versões da Hilux 2023 ainda contam com sistema de ar-condicionado de duas zonas automático e digital. A central trabalha com controles individuais na parte dianteira e traseira, garantindo ainda mais conforto e comodidade aos passageiros.

Motor e transmissão – A Hilux 2023 traz o turbodiesel 2.8L 16V, que gera 204 cv de potência e torque de 42,8 kgfm a 3.400 rpm nas versões com transmissão manual e 50,9 kgfm a 2.800 rpm nas versões com transmissão automática. Segundo o Inmetro, os modelos equipados com transmissão automática apresentam consumo de 10,1 km/l no percurso urbano e de 11,3 km/l no percurso rodoviário. Já na versão GR-Sport, a Hilux é equipada com o mesmo motor turbodiesel 2.8L 16V, 4 cilindros em linha, mas com uma configuração do motor de turbocompressor de geometria variável (TGV) e intercooler (1GD) que entrega 224 cv de potência e 55,0 kgfm de torque. Todo esse conjunto de força é acoplado a uma caixa transmissão automática de seis velocidades sequencial.

Segurança – Desde a versão de cabine simples, destinada ao trabalho, a Hilux 2023 já vem dotada com – além de outros itens mais regular no mercado, assistência de subida (HAC), controle eletrônico de estabilidade, controle eletrônico de tração e luz de frenagem emergencial automática. A partir das versões SRX, SRX Limited, Conquest e GR-Sport ainda adicionam o sistema Toyota Safety Sense, que dispõe de sistema de pré-colisão frontal e de mudança de faixa, por exemplo.

Versões e preços

GR-SportR$ 354.790 
ConquestR$ 339.190 
SRX LimitedR$ 337.990 
SRXR$ 325.490 
SRVR$ 290.690 
SRR$ 273.090 
STD Power PackR$ 244.390 
Cabine SimplesR$ 228.490 
ChassiR$ 220.690 

Linha SW4 – Tem como novidade a atualização da versão GR-Sport, que ganhou 20 cv, com o turbocompressor de geometria variável (TGV) e o intercooler (1GD), assim como na picape Hilux. Por dentro, algumas renovações: detalhes escurecidos, iluminação ambiente, com LEDs nos apoios para os pés, console central, painel e portas.

Além disso, todas as versões incorporam o sistema de monitor de visão 360º, que vai agregado no modo de exibição do display, como suporte ao motorista na identificação de movimentos ao redor de todo o veículo. O SUV, na linha 2023 vem, de série, com ar-condicionado automático digital de duas zonas.

O propulsor que equipa o SUV é diesel 2.8L 16V, gera 204 cv de potência e torque de 50,9 kgfm a 2.800 rpm, e está sempre acoplado a uma transmissão automática sequencial de seis velocidades. A GR-Sport tem motor mais potente, de224 cv de potência e 55,0 kgfm de torque.

Segurança

Todas as versões do Toyota SW4 são dotadas do sistema Toyota Safety Sense. Com isso, o modelo é equipado com:

➨Sistema de pré-colisão frontal

➨Sistema de aviso de mudança de faixa

➨Controle adaptativo de cruzeiro

➨Controle de estabilidade

➨Controle de tração

➨Controle de tração ativo

➨Assistência de descida)

➨Assistência de partida

➨Controle de oscilação de reboque

➨ABS com freio eletrônico – distribuição de força

➨Assistência à frenagem de emergência

➨Luzes de freio de emergência

➨Âncoras Isofix® (x2) com amarração superior (x2)

➨Todas as versões ainda contam com cintos de segurança de três pontos para todos os bancos, com pré-tensionador e limitador de força para o condutor e passageiro dianteiro. Além de sete airbags, sendo dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelho para o motorista.

SW4

Preços e versões

VersãoPreço R$ 
GR-SportR$ 437.890 
DiamondR$ 423.890 
SRX 7 lugaresR$ 384.690 
SRX 5 lugaresR$ 378.190

Peugeot e-2008: SUV elétrico por R$ 260 mil – A Peugeot acaba de pôr nas revendas o SUV elétrico, o e-2008. É o terceiro por aqui: antes, haviam chegados o Hatch e-208 e o furgão e-Expert. Vai custar R$ 260 mil e terá o mesmo conjunto junto propulsor do e-208: são 136cv de potência (100 kW) e 26,5 kgfm de torque.

Com seu torque imediato, é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos – embora com aceleração final limitada a 150 km/h, como forma de preservar a carga das baterias, que garantem autonomia de 345km. No entanto, em relação ao conjunto de baterias, é necessário o consumidor ter um carregador especial: na tomada doméstica, carregá-lo leva 25 horas (veja quadro).

A configuração única é a GT. Ela é recheada de equipamentos de conforto e segurança. Faróis full-LED com iluminação diurna, painel de instrumentos digital, central multimídia de 10” com Android Auto e Apple CarPlay, seis airbags, controles de estabilidade e tração, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, controle de cruzeiro adaptativo, sensor de ponto cego, frenagem automática de emergência e por aí vai.

Arrizo 6 híbrido já está à venda – A versão Pro Hybrid do sedã da Caoa Chery chegou às concessionárias da marca por, no mínimo, R$ 160 mil. Ele vem da China e usa uma tecnologia leve, de 48V – o que, na verdade, é apenas gerador/motor que substitui o alternador convencional. A energia é armazenada na bateria de 48V que auxilia no aumento do torque e potência gerados pelo motor a combustão – e que proporciona 10cv e 4,1kgfm para esta versão. O modelo desenvolve 160cv de potência e 25,5kgfm de torque combinados.

HAN: sedã 100% elétrico na pista – O BYD HAN EV faz história no Brasil. Entre os dias 18 e 20 de novembro, tornou-se o primeiro veículo elétrico a participar de uma competição oficial da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). O modelo esteve entre os 55 carros que participaram da primeira edição do Friends Internacional Hill Climb, em Santa Catarina. O evento consistiu na subida da Serra do Rio do Rastro, reunindo veículos que se desafiam na velocidade e nas curvas de uma das estradas mais espetaculares do mundo. O modelo da BYD foi destaque na prova. Superou carros das mais diversas categorias, terminando na 13ª colocação geral.

Durante o evento, a bateria Blade do modelo dirigido pelo experiente piloto Cacá Clauset precisou ser recarregada em apenas duas oportunidades. “Recarreguei a bateria com um carregador portátil de 7kv/h na tomada do hotel. Gastei aproximadamente 20% de bateria em cada subida. No sábado, cheguei no hotel com 60% e no domingo, cheguei ao final da subida com 81%”, comentou o piloto. Ainda segundo o piloto, o desempenho do veículo chamou muita atenção. “Acelerar um carro elétrico é algo que é até difícil explicar em palavras. Ainda mais um que tem 494 cavalos e torque instantâneo. Mesmo competindo com carros de mais de 1.000 cavalos, nenhum era mais rápido que ele [HAN EV] na largada. Os zero a cem em menos de quatro segundos deixaram o público que estava assistindo de boca aberta. Acho que ninguém ali tinha vivido essa experiência visual. Um carro sem fazer barulho sumindo de suas vistas em um piscar de olhos”, acrescentou.

Motos de motocross: há novidades – A KTM, uma das maiores fabricantes de motocicletas esportivas off-road e street de alto desempenho da Europa, começou a vender no Brasil as motocicletas de motocross. Desenvolvida especialmente para pilotos radicais, digamos assim, a linha de motocross ficou mais moderna e projetada para o holeshot, a linha MX 2023 passou por grandes mudanças comparado com sua versão anterior. Os modelos utilizam as tecnologias inovadoras quickshifter, controle de tração, controle de largada, com opções de mapeamento aprimoradas. Apresenta motores com partida elétrica, injetáveis menores, mais compactos e levemente rotacionados. Todos os pontos de contato do piloto foram aperfeiçoados para permitir movimentos mais rápidos, fáceis e naturais, com melhor aderência e controle, mesmo em situações extremas. A novidade é a KTM 250 SX-F, agora nacional, que chega com preço sugerido de R$ 65 mil. 

Motos BMW: sete modelos até 2025 – Aos seis anos de existência, a fábrica de motocicletas do BMW Group em Manaus receberá um investimento de R$ 50 milhões entre 2022 e 2025, para incremento em todas as áreas produtivas — qualidade, produção, logística e expedição. O investimento na planta, responsável pela produção de modelos Motorrad, também prevê aumento de 25% na capacidade produtiva, 20% na mão de obra direta e 50% na área útil da planta. Parte do investimento também será destinada à produção de sete novos modelos até 2025.  “O investimento de R$ 50 milhões na planta Manaus ratifica a nossa aposta acertada no Brasil, onde montamos a primeira fábrica da BMW Motorrad dedicada à produção de motocicletas fora da Alemanha”, diz Jefferson Dias, diretor-geral da planta de Manaus.

“O mercado brasileiro é o sexto maior para a BMW Motorrad no mundo. E a fábrica de Manaus é responsável por 99% do volume da marca no Brasil”, diz Julian Mallea, CEO da BMW Motorrad Brasil. “Até 2025, sete novos modelos serão produzidos localmente, sendo quatro totalmente novos. Um deles será lançado esse ano ainda.”

Com o investimento, a capacidade de produção vai subir de 15 mil para 19 mil motos por ano, num aumento de 25% na unidade fabril, que hoje produz oito modelos.

Moto esportiva exige cuidado especial – A Motul, multinacional especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, recomenda cinco cuidados essenciais com motos de alta cilindrada – aquelas utilizadas para práticas esportivas ou viagens de longa distância, que enfrentam condições extremas de alta rotação e velocidade, além de elevada temperatura de trabalho, longos trajetos e grande exigência mecânica.

Confira: 

  • Faça a manutenção em dia – Qualquer veículo exige manutenção periódica em dia. E o condutor deve se atentar aos componentes fundamentais para o bom desempenho de uma moto, como sistemas de transmissão, conjunto de freios, suspensões (dianteira e traseira) e sistema de arrefecimento. Os pequenos cuidados de limpeza e lubrificação periódica também são importantes e podem garantir que a corrente e outras peças atendam a vida útil esperada, bem como facilitar a identificação de reparos necessários. O manual do proprietário é a melhor referência quanto aos intervalos corretos de manutenção.
  • Utilize os produtos adequados e siga as instruções dos fabricantes – Motos de alta performance precisam de confiabilidade para entregar desempenho e controle. Ao usar os produtos adequados e seguir as instruções dos fabricantes, é possível evitar, mesmo em condições severas, a perda de rendimento da motocicleta durante todo o intervalo de troca.
  • Opte pelos aditivos – O uso de aditivos, como os adicionados ao óleo usado imediatamente antes da troca, pode contribuir para melhorar e equalizar a compressão dos cilindros, assim como aumentar a economia de combustível, reduzir o consumo de óleo, intensificar o desempenho do motor e restringir suas emissões.
  • Prefira combustível de qualidade – O uso de combustível de qualidade contribui para a extração do melhor desempenho das motos de alta cilindrada. Cuidados periódicos, como a utilização de aditivos específicos, podem auxiliar na economia de combustível e na redução das emissões de gases, além de restaurar o desempenho do motor e sua confiabilidade, melhorar o conforto de condução, facilitar a partida a frio e evitar a corrosão.
  • Faça a troca de óleo – O período de troca é determinado pela montadora e consta no manual do proprietário. Esse intervalo de troca se dá diante da quilometragem rodada ou do fator tempo, o que ocorrer primeiro. Em relação à quilometragem, a troca tem relação direta com o tipo de pilotagem da moto. A substituição do óleo usado depende de como a moto de alta cilindrada é utilizada. Em cenários como estradas ou cidades ou em competições, o desempenho e a utilização são distintos. No manual, sempre existem planos distintos de manutenção para cada condição de pilotagem e uso, com intervalos de troca específicos para cada situação.
  • Intervalo – Em relação a esse intervalo, alguns fabricantes de motocicletas determinam um prazo de seis meses ou um ano para a troca, ainda que o veículo não tenha atingido a quilometragem determinada. Caso o intervalo para troca de óleo seja estendido, é possível que a lubrificação da moto não ofereça mais a proteção esperada, acarretando na perda de propriedades que podem trazer riscos à pilotagem e danos às peças da moto.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Celular ao volante: multa dobrada? – A senadora Maria do Carmo Alves (PP-SE) apresentou um projeto de lei (PL 2699/2022) para dobrar o valor da multa para quem for pego usando o telefone celular ao volante. Essa prática irresponsável já é a terceira maior causa de mortes no trânsito no Brasil, ficando atrás apenas do excesso de velocidade e da embriaguez ao volante.

O Código de Trânsito Brasileiro diz que o motorista deve estar atento durante todo o tempo em que estiver conduzindo um veículo, tendo os cuidados necessários para manter a sua segurança e a de todos. O uso do celular ao dirigir não é previsto como crime de trânsito, mas é classificado como uma infração administrativa gravíssima, que prevê a pena de multa no valor de R$ 293,47.

Além disso, essa infração soma sete pontos no registro da Carteira Nacional de Habilitação do motorista. Segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, quase mil brasileiros são flagrados por dia usando o aparelho enquanto dirigem. E  mesmo que o veículo esteja parado durante o sinal vermelho o motorista é proibido por lei de utilizar o telefone celular. O projeto de lei apresentado pela senadora Maria do Carmo pretende dobrar o valor da multa por uso do celular ao volante. Ela acredita que isso vai gerar melhorias significativas para o trânsito brasileiro.

O uso do celular já é a terceira causa de morte no trânsito. “Acredito que o agravamento da pena tende a  diminuir o uso do celular ao volante e, consequentemente, o número de acidentes nas ruas e nas estradas brasileiras”, disse a senadora à Agência Senado.

Os riscos de se envolver em sinistros de trânsito aumentam em até 400% quando o motorista manuseia mensagens de texto e sobem mais 23 vezes quando as mensagens são digitadas. Essa infração é particularmente muito perigosa e é uma das mais cometidas hoje em dia. 

Nova Montana em pré-venda – O leitor Maciel Bezerra, de Triunfo (PE), cobra mais informações sobre a nova Montana. Pois bem: a partir de dezembro o consumidor pode fazer uma pré-reserva da picape. Basta entrar no site da montadora (onde foi posta até uma foto da traseira) e fazer um cadastro. A Chevrolet trata o veículo como superpicape, com destaque para a caçamba -um dos princípios que nortearam o projeto da Nova Montana. Ela terá  um sistema especial de vedação da cobertura da área de carga – o que permite ao consumidor usá-la como um porta-malas gigante. A General Motors também promete inovar nas dimensões, com uma relação entre altura, largura e comprimento que permite acomodar vários itens.

JAC só terá elétricos – A marca chinesa administrada no Brasil pelo empresário Sérgio Habib vai, 10 anos depois de presença no Brasil, abandonar a venda de carros a combustão por aqui. Vai se concentrar somente em modelos elétricos. Em 2019, já prometia ‘pelo menos’ quatro modelos 100% elétricos. A partir de agora, é a primeira e única a abrir mão daqueles movidos por motores a combustão.  “A mobilidade elétrica não era somente um argumento de marketing da JAC Motors e que estávamos levando a sério esse novo business”, explica Habib, presidente do grupo. Hoje, a empresa tem 15 veículos no Brasil: 4 automóveis de passeio, 1 picape, 4 vans e 6 caminhões. 

Representando somente 0,3% do mercado total de carros de passeio no país, os automóveis 100% elétricos foram responsáveis por 5.850 unidades emplacadas de janeiro a outubro deste ano. Vice-líder nas vendas de carros de passeio 100% elétricos, a JAC Motors emplacou 792 unidades nos primeiros dez meses do ano. Já entre os caminhões, a JAC Motors é líder disparada desse mercado de veículos 100% elétricos. “Conquistamos essa liderança praticamente com dois produtos, que são o iEV1200T com 7,5 e 8,5 ton de PBT. Mas nossa família de caminhões 100% elétricos passa a atuar, agora, em segmentos novos, o que nos garante ótimas perspectivas para 2023”, comenta Habib, referindo-se à linha de modelos agora composta por versões com PBT de 7,5 ton, 8,5 ton, 9,5 ton, 12,5 ton, 18,0 ton e 26,0 ton, todos 100% elétricos.

Eletropostos nas rodovias – Em boa parte do país, circular de uma cidade a outra, mesmo que sejam relativamente próximas, com trechos de 300km – média da autonomia dos modelos elétricos à venda -, ainda é muito difícil. Na região Sul do país, foi necessário o envolvimento de quatro empresas – a Zletric, a Nissan, a Movida e a rede de postos SIM – para garantir que os moradores locais donos de veículos elétricos possam viajar sem sustos. 

Os postos de recarga interligam os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São dez pontos com carregadores rápidos e semirrápidos em locais estratégicos. Todos estão localizados em postos da Rede SIM – e isso garante conveniência e segurança, sempre com uma distância de até 200 km entre eles. O investimento do projeto Rota Sul é 100% privado, com investimentos de R$ 2,4 milhões.

Os motoristas do Distrito Federal, por sua vez, ainda têm poucos pontos – e a largada veio no ano passado, com pontos no restaurante Jerivá, na BR-060: são dois em cada sentido Brasília-Goiânia, abertos permanentemente, com capacidade para atender até três carros simultaneamente. 

No Sudeste, outra iniciativa conta com a Volvo Cars – que criou corredores elétricos por 3,2 mil quilômetros ligando São Paulo a Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Uberlândia (MG), Baixada Santista e litoral norte do estado de São Paulo. Cada um dos pontos pode recarregar dois veículos simultaneamente.

Em relação ao Nordeste, uma iniciativa importante foi tomada pela Neoenergia, concessionária dona da maioria das empresas estaduais do segmento. Ela criou o primeiro corredor de mobilidade elétrica do Nordeste, com mais de 1000 km de extensão, conectando seis capitais da região: Salvador (BA), Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife (PE), João Pessoa (PB) e Natal (RN).

Multistrada V2S chega ao Brasil – Modelo da Ducati ganha mais ergonomia, redução de peso (- 5kg), atualizações do motor e uma série de upgrades. E vem na versão completa: rodas raiadas, malas laterais, quickshift, pacote eletrônico completo e 937cm3 de cc – com potência de 113cv. A Multistrada V2S recebeu também atualizações importantes em relação ao modelo Multistrada 950, como altura do assento mais baixa, novos espelhos retrovisores, rabeta e assento, design da tampa do motor e esquema de cores. O motor é uma evolução do Testastretta 11°, que disponibiliza 10kgmf de torque máximo. Robusto, tem longos intervalos de manutenção, com as mudanças de óleo a cada 15.000km e a verificação da folga das válvulas a cada 30.000 km. A Multistrada V2S está equipada de série com um pacote de eletrônica de vanguarda, que inclui ABS, garantindo elevado grau de segurança na frenagem, mesmo em curva, e o Vehicle Hold Control, que torna fácil a partida em terrenos com muita inclinação. O pacote opcional leva uma suspensão eletrônica especial, faróis full-LED equipados com função que otimiza a iluminação da estrada baseada na inclinação da moto e tela de alta resolução TFT colorido de 5” com uma interface intuitiva e retroiluminação dos comandos. O preço? R$ 97 mil. 

Motos: dicas para economizar – As motocicletas, às vezes nem é preciso reforçar, são uma excelente opção tanto para transporte individual quanto para uso profissional – e principalmente nos grandes centros urbanos. Por isso, aí, sim, vale lembrar, que a correta manutenção delas garante economia e segurança ao usuário. Os cuidados vão desde uma simples calibragem de pneus, que afeta o consumo de combustível e segurança, até a inspeção das velas e itens de manutenção preconizados pelo fabricante. Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK do Brasil, multinacional japonesa especialista em sistemas de ignição, destaca cinco dicas de revisão na moto para ajudar o motociclista a identificar pequenas falhas no funcionamento, manter a segurança e economizar combustível:

  1. Substituir as velas conforme a recomendação do fabricante da motocicleta – O adiamento da troca pode forçar o sistema de ignição e provocar aumento no consumo de combustível, bem como danos em outros componentes;
  2. Evitar jatos de água sob alta pressão no sistema de ignição – Ela é condutora de eletricidade e pode gerar falhas e oxidação em seus componentes;
  3. Evitar o uso de produtos químicos agressivos que agridem o metal e as borrachas durante a lavagem da motocicleta – Isso pode levar a uma degradação das borrachas, além de oxidação manchas nos metais e falhas no sistema de ignição;
  4. Ao inspecionar ou trocar as velas de ignição, observar o aspecto da queima e presença de uma fuligem negra – Essa situação indica uma mistura rica de ar / combustível, sendo necessário revisar o sistema de alimentação;
  5. Aplicar a vela correta para sua motocicleta: Faça uma pesquisa rápida para encontrar o produto correto para sua motocicleta. E lembre que a vela deve ser instalada com o torque de aperto especificado pelo fabricante.

“Os motociclistas profissionais devem ter um cuidado ainda mais rigoroso, uma vez que utilizam a motocicleta em condições mais severas como o uso diário da motocicleta e as altas distâncias percorridas em um único dia”, alerta Mori. “Nesses casos, o consumo de combustível elevado, uma eventual falha do equipamento e a falta de manutenção constante impactam diretamente no custo e na rentabilidade da moto e podem, inclusive, gerar danos físicos ao motociclista. 

É importante lembrar também, segundo o especialista da NGK, que os pneus das motos interferem diretamente no consumo de combustível e segurança. Um cuidado que vale ser ressaltado diz respeito ao desenho da banda de rodagem – parte da borracha do pneu que está em contato direto com o solo. “Há pneus específicos para cada motocicleta – no caso de modelos esportivos, por exemplo, a borracha é mais macia. Além disso, alguns desenhos da banda de rodagem podem consumir mais combustível do que outros”, compara Mori. 

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.