Milei — Tango é ritmo de pecados e sofrências

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Desde a década de 1940 o fantasma do peronismo acalenta e assusta os argentinos. Peron e Evita desfilam emoções na Calle Flórida, a Rua das Flores em Buenos Ayres. Elvis vive! Peron is alive! Dizem os milongueiros. A Argentina travou a catraca do tempo há 80 anos. Costeleta de cantor de tango, o libertário Javier Milei anuncia uma batalha para aposentar o fantasma do mito Juan Domingo Peron e bailar na cadência do liberalismo econômico.

O tango é o ritmo do pecado e das sofrências. Peron, Evita, Carlos Gardel, Astor Piazola, Maradona e Milei todos nasceram com um bandoneon na testa, assim como os sertanejos são dados à luz com uma sanfona branca de Luís Gonzaga no coração. E os paraibanos de fé nascem com as poesias de Augusto dos Anjos na ponta da língua. Ou com um pandeiro de Jackson na palma da mão.

A Argentina viveu tempos gloriosos nas três primeiras décadas do século passado. Situava-se entre as Nações mais prósperas e com elevada qualidade de vida no comparativo com países do Primeiro Mundo. Na década de 1940 aconteceu o advento do peronismo, em torno da liderança carismática do coronel Juan Domingo Peron. O peronismo mudou desde sempre a história da Argentina.

Luzes na ribalta: o comandante Peron entrega seu coração nas mãos da ex-dançarina Eva Duarte, Evita. “Peron-Peron, Evita-Evita”, ovacionam as multidões. O casal protagoniza uma história de amor, poder e tragédia. Romeu e Julieta redivivos dançam um tango na Argentina. A partir da década de 1940 o peronismo acende paixões e incendeia corações no Reino do Rio da Prata e cercanias.

Peron e Evita estão para Carlos Gardel assim como o liberal excêntrico Javier Milei sugere a dissonância musical de Astor Piazola. Toca o bandoneon das paixões do azul-celeste!

O filme “Evita”, estrelado pela diva Madonna e o ator Antônio Banderas, fala de paixões e da criação do mito Peron. “Multidão solitária” é uma expressão em inglês – lonely crowd — serve para ilustrar as raízes do peronismo no meio das multidões solitárias. Evita era chamada de “Santa Evita”.

A música-tema do filme – “Don’t cry for me Argentina” — na voz da diva Madonna, é um canto de amor à musa Evita. Também é um canto de lamento diante das desventuras do peronismo. Os vendedores de ilusões insuflam a ideia de que a riqueza das nações está ao alcance da mão na linha do horizonte, como dádiva de um milagreiro, ao atender às súplicas das multidões solitárias.

Tantas multidões foram às ruas, houve tantos protestos, para que? Para nada. Se a prosperidade das nações dependesse de multidões nas ruas, a Argentina seria hoje uma superpotência mundial. De populismo em populismo, muda Argentina! Muda para pior. Os indigentes e pobres de hoje estão na fila do pão e da sopa.

A bordo de suas costeletas excêntricas, Javier Milei abraça o bandoneon para compor um novo tango argentino em ritmo liberal.

Hasta la vista, magníficos e magnânimos leitores, gregos e troianos!

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Corredores humanitários são desumanos por natureza. Apenas são menos trágicos que os palcos das guerras. Humanismo seria a garantia de permanecer em suas casas, livres dos bombardeios mortíferos. Esta é uma condição inviabilizada na Faixa de Gaza pelos terroristas do Hamas.
Durante séculos e séculos a natureza decretou a seca no seminário nordestino. As estradas e os caminhões pau-de-arara eram considerados corredores humanitários para os flagelados fugirem da seca.

A guerra das nuvens contra o solo do semiárido mudou a geopolítica, a cultura e os costumes do Nordeste e do Brazil. O reinado soberano Luís Gonzaga floresceu sob o signo do mandacaru, a luta pela sobrevivência do sertanejo e o símbolo de esperança da asa branca. O gênio Cândido Portinari pintou o quadro “Os retirantes” com as lágrimas dos sertanejos. A tecnologia, as obras hídricas estruturadoras, as barragens e adutoras, a irrigação e a transposição de bacias mitigaram o fenômeno das secas no Nordeste.

As explosões de bombas e mísseis chamam a atenção para a tragédia humanitária dos refugiados de guerras. Os números e as cifras são de dezenas de milhões, na Ucrânia, na Palestina, na Síria, na Venezuela, nas sucursais e nas franquias do inferno. O continente africano é o maior exportador de refugiados por conta das epidemias de corrupção e de doenças, guerrilhas de ditadores e tiranos tribais.

Criado sob inspiração do Tribunal de Nuremberg, o atual Tribunal Penal Internacional, ou Tribunal de Haia, revela-se impotente para punir crimes contra a humanidade. Exemplo representativo é o genocídio de Camboja, perpetrado pelos comunistas do Kmer Vermelho, sob o comando do psicopata Pol Pot. Em quatro anos, de 1975 a 1979, foram executados cerca de 2 milhões de cambojanos em nome da utopia socialista/comunista. Preso e destronado do poder, em 1982 o desgraçado retornou às trevas com 72 chifres de belzebu na cabeça. Este foi considerado um dos maiores genocídios desde a Segunda Guerra Mundial.

Em meio ao bombardeio da corrupção, brasileiros procuram abrigos e corredores humanitários para se defender desse flagelo. O vírus da corrupção contaminou geral, nas planícies e nos planaltos, as células dos fidalgos e dos plebeus. Prefeiturinhas sem recursos sequer para tratar o lixo em aterros sanitários promovem shows milionários com artistas safadões e usam a galera como escudos humanos para ficar impunes.

Os bandoleiros operam nos túneis subterrâneos da corrupção e usam milhões de brasileiros como escudos humanos.

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Árabes e judeus são descendentes da mesma raiz, dos filhos de Abraão, segundo os textos bíblicos. Os árabes vieram de Ismael, os judeus nasceram do ramo de Isaque, da tribo de Judá. Rebentos amados dos filhos de Abraão, hoje são primos apartados entre os degredados filhos de Adão e Eva. Ao final da jornada neste vale de sonhos e lágrimas, os viventes de bom coração retornam ao seio de Abraão e as almas malfazejas vão purgar seus pecados nos abismos da perdição.

A epopeia dos judeus vem da Antiguidade e dos tempos bíblicos. Os hebreus foram escravizados no domínio da Babilônia. Moisés fez a abertura do Mar Vermelho como um corredor humanitário para libertar os hebreus da escravidão e conduzi-los à Terra Prometida, Canaã, um reino de fartura e liberdade. O Mar Vermelho das ditaduras continua a escravizar nações, almas e mentes.

Em contraste com os desertos circundantes, Canaã era a terra prometida porque lá havia rios de leite e mel. Por analogia temos o delírio do beato Antônio Conselheiro no Arraial de Canudos: o mar vai virar sertão, o sertão vai virar mar, haverá rios de leite e montanhas de cuscuz. Antônio Conselheiro, o nosso Moisés, foi trucidado pelas tropas legalistas da República em nome da ordem e progresso e da bondade cristã.

O compositor italiano Giuseppe Verdi compôs a ópera Nabuco para historiar a libertação dos escravos hebreus durante o império babilônico do Rei Nabucodonosor. “O coro dos escravos hebreus”, na voz de uma dezena de cantantes, tornou-se uma música-símbolo do nacionalismo italiano por evocar a ocupação austríaca no norte da Itália em 1842..

“Va pensiero” – vá pensamento sobre as asas douradas”, “oh minha pátria, tão bela e perdida”, “lembra-nos o destino de Jerusalém, traga-nos um ar de triste lamentação” e vai por aí. Esta é uma das mais belas e comoventes passagens do cancioneiro universal. A melodia do “Va pensiero” é celebrada como hino não oficial da Itália.

“A toda ação corresponde uma reação em sentido oposto e de igual intensidade”, diz a 3a Lei da Física. Isto, se os manipuladores do Enem ainda não revogaram as Leis do cientista Isaac Newton. A cada ação dos terroristas do Hamas corresponde uma ação de extermínio das forças de defesa de Israel.

Indefesos, na busca de corredores humanitários ou na iminência de serem exterminados, milhões de palestinos são projetos humanos descartáveis nas mãos dos terroristas, dos senhores das guerras e das armas.

O que fazer com milhões de seres humanos deserdados da vida, sem casa, sem emprego e sem destino? Significa o fracasso humanístico, social e existencial de uma região do planeta, o triunfo da barbárie. Ressoa a sentença cruel do evangelista Mateus: “Eu não vim para trazer a paz, eu vim para trazer a espada”.

Assim caminha a humanidade adâmica.

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Zerar ou não zerar o déficit no Orçamento da União – eis a questão, falsa questão. Dizem que o ministro Radar está sob bombardeio, na Faixa de Gaza do Palácio do Planalto. Ledo engano. Os gladiadores das tribos de peles vermelhas se entendem até pelo avesso. Os bombardeios são fogos de artifício. Luzes na ribalta! Não haverá déficit zero, nem hoje, nem amanhã. A discussão serve apenas para entreter a plateia.

Um parêntese: partidos, entidades e governos de esquerda recusam-se a identificar o Hamas como sendo um grupo terrorista. Desprovida de senso de humanidade, essa gente assim revela seu perfil fanatizado na guerra da barbárie contra a civilização.

Do alto do seu castelo no Monte Sinai em Brasília, à semelhança dos profetas, o cacique da tribo dos índios de pele vermelha dispara mísseis na caixa dos peitos do presidente do Banco Central para que sejam libertados os juros da taxa Selic. O crescimento da economia é sempre refém da taxa Selic.

Ok cacique, você venceu. O Comitê de Política Monetária do Banco Central – Copom reduziu os juros da taxa Selic em 0,50 % para 12.25 % ao ano. Essa taxa funciona para regular a dívida pública. Beleza. Dá licença um aparte: a taxa Selic é uma ficção interbancária. Quem manda é o sistema financeiro. Os juros do cartão de crédito ou para empréstimos continuam em torno de 200 % ao ano.

Ainda bem que o Brazil está em paz, a “Pax Brasilis”, de compromisso perante as Nações Unidas na construção de um mundo de paz. Isto significa… blábláblá lero-lero. Em vista de ser este “um povo ordeiro, pacífico e de índole cristã”, a cada ano mais de 40 mil almas vão para o céu ou para o purgatório “de susto, de bala ou vício”. “A luta continua”, dizem os combatentes. Faz parte da “Pax Brasilis” para consumo interno.

As tropas do governo estão deflagrando uma ofensiva por terra, ar e mar e subterrâneos, em portos, aeroportos e estradas, no território de Gaza, aliás, no Estado do Rio de Janeiro e no Estado de São Paulo,  para derrotar os terroristas que subjugam a população, incendeiam ônibus e trens e espalham o pânico nas comunidades. A operação de guerra tem o apelido de Garantia da Lei e da Ordem – GLO.

Em tempos de paz e amor nesta capitania da Nova Lusitânia ocorreram 1.722 homicídios no primeiro semestre deste ano 2023, incluindo feminicídios, latrocínios e lesões seguidas de morte. Nos tempos infames da escravidão na Colônia e no Império, os seres humanos negros eram supliciados no Pelourinho com chibatadas, pés e mãos amarrados. Os 350 anos de escravidão deixaram marcas indeléveis no sangue da gente brasileira. Os crimes contra a humanidade do Holocausto, dos campos de extermínio, dos Gulags, da escravidão negra e da inquisição jamais serão redimidos.

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

O inferno está vazio, todos os demônios estão aqui”. William Shakespeare

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Senhores das guerras negociam a criação de corredores “humanitários” nas fronteiras da Ucrânia e Faixa de Gaza. São rotas de fuga para os nativos abandonarem suas casas, destruídas ou sob a mira de bombardeios, empregos e afazeres, para viverem ao léu em países estrangeiros. Eis a nova Escolha de Sófia: ser bombardeado em sua Pátria ou ser um morto-vivo sem Pátria, sem teto, sem chão e sem sustento.

Haverá Corredores humanitários na Faixa de Gaza da Rocinha, no Complexo da Maré, no Recôncavo Baiano, na Cracolândia, no Coque, na Faixa de Gaza do Congresso Nacional, Complexo da Maré, nas Faixas de Gaza das bocas de fumo, do Cotel e da Cova da Onça.

Os maiores corredores humanitários do mundo são as águas do Oceano Atlântico no entorno da ilha-presídio de Cuba. Naquela penitenciária a céu aberto, 11 milhões de criaturas sonham em renegar a distopia igualitária para viver no império capitalista. O corredor é vigiado por tubarões comunistas e patrulheiros ideológicos. Tubarões e patrulheiros são tão ferozes quanto. Os tubarões que navegam nas praias de Piedade, Candeias e Boa Viagem apenas se vingam porque invadiram o habitat deles em Suape, onde os bichinhos costumavam namorar e dar cambalhotas.

A Faixa de Gaza da Ucrânia no Rio de Janeiro está sob bombardeio de milícias públicas e privadas, mísseis, metralhadoras e fuzis. Bombardeios e chacinas deixam dezenas de mortos nas periferias, na linha amarela, na linha vermelha e aos olhos piedosos do Cristo Redentor.

Inventaram o apelido de Cidade Maravilhosa. Falso. Na Corte Imperial de Dão João VI era a cidade dos parasitas, dos piolhos e lêndeas na cabeça dos nobres e nas sinecuras dos poderes. Virou a cidade da malandragem, dos traficantes e bicheiros, da navalha na carne, da corrupção em todos os poderes. Inaugurada em 1923, a Câmara de Vereadores ganhou o nome de “Gaiola de ouro” por ser construída tijolo sobre tijolo na base da corrupção. A cidade e o Estado do Rio de Janeiro são ingovernáveis. Eis uma mistura de Gotham City, a cidade delinquente do Batman, com Sodoma e Gomorra.

A ditadura na Venezuela bate recordes em repressão e crueldades. São 6 milhões de refugiados nas fronteiras do País, eis o legado maldito da dupla de ditadores terroristas Hugo Chavez/Nicolas Maduro. Desde 1999 no poder os socialistas reduziram a escombros uma nação antes próspera e edificante. A ONU é uma ficção diplomática. O Papa globalista mantém-se silente diante do terror na Venezuela e da perseguição da ditadura comunista contra bispos e padres na Nicarágua.

Diante das pressões dos EUA e da tragédia na economia, o terrorista Maduro acena com concessões liberalizantes nas eleições do próximo ano. Tudo indica tratar-se de uma farsa para legitimar a ditadura e ganhar dinheiro com o petróleo. Dialético esperançoso e criatura de boa fé, ex-senador Roberto Freire (Cidadania) aposta no potencial eleitoral da pré-candidata Maria Corina Machado para unir as oposições e confrontar-se com o facínora Nicolas Maduro. Deve ser lembrado que os ditadores não têm nenhum pudor em fraudar eleição e cometer quaisquer crimes para se manter no poder. Claro que Maduro vai fraudar e ganhar a próxima eleição para se perpetuar no poder. E não tem protesto internacional que dê jeito. Esta é uma guerra da civilização contra a barbárie.

Arriba, Magníficos leitores!

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA –  O Papa João Paulo II (1978-2005) já foi considerado a maior autoridade moral e líder espiritual do século 20. Pelé reinou como o atleta do século, soberano do reino dos gramados de futebol. Os Beatles elevaram as sonoridades musicais à dimensão dos gênios. O século 20 também foi o século da penicilina e das vacinas. Einstein e o Doutor Sabin, da vacina antipólio, fazem parte da galeria dos Mahatmas, as Grandes Almas, segundo a filosofia do Hinduísmo. As Grandes Almas redimiram em larga medida as misérias da humanidade no século 20, graças  a Zeus.

Os humanos do século 20 foram campeões de todas as etnias na pele de Pelé. A consciência crítica da humanidade enfrentou e venceu as tiranias totalitárias da Europa com as mãos e os gestos do Papa peregrino João Paulo II. Diante de Pelé, todos os jogadores do mundo são pernas de pau.

Nascido na Polônia e testemunha dos horrores do nazismo, Karol Wojtyla/ Papa João Paulo II exerceu protagonismo na missão histórica para fazer desmoronar o muro de Berlim, uma das construções mais infames da humanidade, e implodir o totalitarismo comunista no Leste Europeu. Ainda hoje a caterva vermelha sente saudades do maldito muro de Berlim.

Os gênios mantêm conexão direta com as esferas celestiais. Mozart, Sebastian Bach e Cole Porter mantinham conexão direta com as esferas celestiais. “Amado Deus, solicito a gentileza de mandar para mim uma nova canção”, costumava dizer Paul McCartney quando estava sonhando. Assim foi composta a música Yesterday. Assim também Pixinguinha escreveu a música Carinhoso, por inspiração divina. Os Deuses e os Anjos escolhem seus eleitos. Roberto Carlos recebeu um sopro divino na hora do Angelus e compôs a canção Nossa Senhora. Rolou no automático, ele nem sabia que estava compondo.

O mundo foi dormir no século 20 e acordou no século 21 com excesso de tecnologia e escassez de Grandes Almas. A intelijumência campeia. Nos tempos recentes, o Papa João Paulo II foi o primeiro sem segundo em matéria de estadistas iluminados no reino da Santa Sé. Diante dele os globalistas/socialistas de hoje apenas acendem luzes efêmeras nas janelas do Vaticano.

Aqueles e aquelas que ontem defendiam vacinas para salvar vidas, hoje defendem o assassinato de fetos no ventre de gestantes, em nome de uma ideologia nefasta. A junção de espermatozoide masculino e de um óvulo feminino gera o milagre da vida.  Só as almas perversas, emanadas das trevas, ignorantes ou tenebrosas, defendem o assassinato  de fetos humanos, a vida brotando em flor. O abortismo é uma teoria satânica.

Gandhi, uma Grande Alma, um Mahatma, libertou a Índia do colonialismo inglês. O Brazil está dominado por almas miúdas e medíocres, almas liliputianas e pecaminosas. O Brazil está em guerra consigo mesmo e somente as Grandes Almas, os Mahatmas, poderão exorcizar as trevas desta Terra de Vera Cruz, a  terra da verdadeira Cruz.

*Periodista, escritor e quase poeta 

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

Dedico esse artigo ao meu colega o escritor russo Leon Tolstoi, autor de Guerra e Paz, um clássico da literatura universal

MONTANHAS DA JAQUEIRA – O chip original do Homo sapiens contém um erro de fabricação: foi corrompido pela serpente no DNA da humanidade quando Adão e Eva foram expulsos do Paraíso. Ao conspirar contra a obra do Criador, a serpente seduziu Eva e implantou a maldade no coração de Caim. Abel foi morto com um tiro no peito e nunca mais houve paz na humanidade adâmica. O chip do Homo Sapiens tem a falha do pecado original. O chip de Jesus Cristo é a quintessência da perfeição divina.

Os senhores das guerras, ditadores, tiranos, torturadores, estupradores e assassinos perversos possuem o veneno das serpentes no coração. Gengis Khan, Hitler, Stalin, Fidel Castro, Nicolas Maduro, Vladimir Putin, Daniel Ortega, Mao Tse-tung, Pol-Pot et caterva vierem da parte de Lúcifer, dos Anjos Caídos expulsos do Paraíso.

A obra do Criador é perfeita, mas a espécie humana foi corrompida pelo pecado. Reza o livro do Gênesis sobre  “A corrupção do gênero humano”: “Viu o Senhor que a maldade humana havia se multiplicado na terra, e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração. Então se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra e isso lhe pesou no coração”.

Foi decretado o dilúvio para lavar os pecados da humanidade. Mas, o diabo já estava solto. Os Anjos caídos vieram da revolta de Lúcifer contra o Criador.

O escritor russo Leon Tolstoi escreveu o livro Guerra e Paz, sobre as tragédias humanitárias neste vale de lágrimas, de sonhos e corrupção. As tragédias começaram na guerra entre Caim e Abel.

Para que serve a Organização das Nações Unidas – ONU? O Conselho de Segurança é formado por representantes das cinco potências econômicas ou com poder de fogo atômico: Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China. Uma resolução só pode ser aprovada se houver consenso entre os cinco. Se houver um veto, nada feito. Significa a lógica das negativas. Nunca haverá consenso entre os senhores das guerras.

Existem 6 milhões de refugiados da ditadura da Venezuela, numa população aterrorizada de 30 milhões de habitantes. Qual a providência da ONU? Zero, blábláblá. Recentemente, o tirano genocida Nicolas Maduro foi recepcionado em Brasília pelo guru do cordão encarnado com tapete vermelho, beijos, abraços e cafuné.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR solicita, piedosamente, doações dos corações generosos para atender aos refugiados do mundo. Através da UNICEF, a bilionária ONU também pede doações para ajudar as crianças carentes.

Uma instituição cujo orçamento para 2024 está projetado em U$ 3,3 bilhões de dólares, com recursos dos 193 países-membros, pedir donativos à sociedade, isto parece surreal. Eis a sinecura mais suntuosa, mais imponente, mais cara e mais inútil deste planeta. Em matéria de retórica, é imbatível. A ONU alimenta 41 mil funcionários que produzem relatórios caríssimos,  cheios de boas intenções, sobre a fórmula do círculo quadrado.

*Periodista, escritor e quase poeta   

Fui ver, ontem, a estreia de Meu Nome é Gal, que conta a história de Gracinha, como era conhecida uma das maiores vozes da história da música brasileira antes de se tornar Gal Costa. O filme já estava em andamento quando Gal morreu em novembro de 2022, aos 77 anos. Minha expectativa era grande, mas seu resultado ficou aquém de alguém com a importância de Gal Costa na cultura brasileira.

Com uma vida tão rica de histórias e experiências, é claro que não seria possível mostrar a trajetória completa de Gal em um longa-metragem. Por isso, “Meu nome é Gal” é centrado num recorte dos primeiros anos de sua carreira, quando ainda era Maria da Graça Costa Penna Burgos, Gracinha, para os íntimos. Ela deixa a Bahia aos 20 anos e vai para o Rio em 1966 para tentar a sorte como artista.

Acolhida por outros cantores como Caetano Veloso (Rodrigo Lellis), Gilberto Gil (Dan Ferreira), Maria Bethânia (a codiretora do filme, Dandara Ferreira) e a atriz Dedé Gadelha (Camila Márdila). Namorada de Caetano, Gracinha vai dando lugar a Gal Costa. O filme mostra os envolvimentos amorosos de Gal, sua relação com a mãe, Mariah (Chica Carelli), e sua consagração durante a Tropicália, no início da ditadura no país.

Há diversos elementos que tornam “Meu nome é Gal” frustrante. O primeiro deles está no fato de que grande parte dos eventos ocorridos entre 1966 e 1971 são mostrados de forma corriqueira e sem maior impacto para o público. As histórias são contadas de maneira tão apressada que um espectador mais distraído não vai notar a passagem de tempo da trama, ou perceber que os personagens deixam uma cidade para ir até outra.

Um exemplo disso é quando Gal e seus amigos deixam o Rio e vão para São Paulo num dado momento: só quem for bem atento verá a diferença. Outro problema é que o roteiro, escrito por Lô Politi (também codiretora), nunca consegue criar situações que potencializam a voz única de Gal. As cenas das gravações de músicas como “Baby” e “Coração vagabundo” nunca evidenciam de forma contundente as qualidades como intérprete, por mais que os outros personagens fiquem repetindo diversas vezes como a voz dela é incrível.

Quando ela canta “Divino Maravilhoso” durante um festival, por exemplo, esse momento especial parece um dia como outro qualquer. Edição, trilha ou roteiro não potencializam as performances da cinebiografia. Para piorar, o filme tem problemas graves na parte técnica. A pior delas é notada nos momentos musicais do longa.

Há partes da história que parecem destacar mais a presença de Caetano Veloso e de Gilberto Gil. Gal fica menos relevante do que seus amigos, como se fosse uma convidada ilustre de um show que deveria ser estrelado pela cantora. A produção é ambientada no fervor da Tropicália e mostra o cenário cultural brasileiro da época.

Gal Costa foi a principal voz feminina do Tropicalismo, mas, para isso, precisou se libertar das amarras de uma timidez que quase a impediu de seguir sua vocação inequívoca. Com sua presença, sua atitude, seu corpo e sua voz, Gal Costa transformou a música brasileira em toda uma geração, principalmente de mulheres.

Mas vale a pena ver, pelo talento, a história e as belas músicas de Gal!

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Alô alô humanóides! Matrix: positivo operante. Sua mente está sob controle remoto. Um super cérebro eletrônico manipula suas ideias. Matrix reproduz a alegoria da caverna de Platão. Você é prisioneiro das sombras da caverna, dos a duendes de pele vermelha. É proibido pensar com seus próprios botões eletrônicos. Liberte-se se for capaz.

Matrix cibernética veio da alegoria da caverna de Platão na Antiguidade. A civilização é uma caverna com luzes, sombras e escuridão. O Brazil é uma caverna relativa, segundo o cacique de pele vermelha. Tateamos nas trevas da ignorância em busca do sol da liberdade. A democracia são as luzes de libertação da caverna.

Pintados de urucum vermelho de guerra, os patrulheiros do cordão encarnado decretaram o monopólio da verdade. Fora do cordão encarnado não há salvação. A Pátria amada está infestada de sanguessugas, carcarás e lobisomens. Os patrulheiros ideológicos insuflam guerras entre os prisioneiros da caverna.

Nestes tempos politicamente corretos e de ascensão do globalismo, vírus mutante do marxismo-leninismo, convém evocar alguns lances em torno do ditador Joseph Stalin e do teórico Leon Trotsky, figuras emblemáticas da revolução bolchevique nas décadas de 1920-1940 na Rússia Soviética. Eles amavam o comunismo e se odiavam, em disputa pelo poder. Trotsky acusou Stalin, ditador feroz, de prostituir o marxismo. Expulso da Rússia, refugiou-se no México para escapar da perseguição do seu inimigo implacável. Mas, foi localizado e assassinado com golpes de picareta na cabeça por um indivíduo chamado Ramon Mercader, a mando de Stalin, em 21 de agosto de 1940, assim como um pedreiro destrói um muro com sua marreta. Naquele dia Stalin foi dormir feliz e de consciência tranquila como revolucionário comunista.

Reencarnação do demônio Asmodeus, Stalin viajou para o inferno, nas asas da besta-fera, no dia 5 de março de 1953. Ainda hoje os devotos das trevas cultivam estátuas do maledeto nos jardins botânicos dos seus corações.

El hombre que amava a los perros – O homem que amava cachorros, livro do escritor cubano Leonardo Padura, relata a trama do assassinato de Trotsky.

O leão Trotsky personifica, entre outros personagens, o espírito russo-soviético de guerras e tragédias, na história, na literatura e na política. Trotsky era um exportador de revoluções. A cabeça dele era um vulcão em erupção. O vulcão Brazil, em erupção permanente, faz lembrar o lema trotskista. O globalismo socialista de hoje é um vulcão com pele de cordeiro.

O Arquipélago Gulag, do escritor Alexander Soljenitsin, publicado em 1973, registra a tragédia da revolução bolchevique e os extremos da maldade humana nos campos de concentração stalinista, à semelhança dos campos de extermínio nazistas. Regimes totalitários se equivalem em atrocidades, fracassos e tragédias humanitárias. A história revela que a utopia igualitária nas mãos da vermelha se transforma em distopia. Zeus nos proteja!

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

Dedico este artigo ao meu colega o repórter Pero Vaz de Caminha, que relatou em reportagem de 1º de maio de 1500 o achamento desta Terra de Vera Cruz

MONTANHAS DA JAQUEIRA –  Senhores e senhoras, caldeirões e caçarolas, esta é a escolinha do marco temporal  indígena, politicamente correto. Rebobinemos o tempo. O sonho de consumo dos indigenistas utópicos é voltar aos tempos inocentes de Pero Vaz de Caminho e dominar todas as léguas desta Terra de Vera Cruz, quando se dizia: “Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem”.

O reino de Pindorama foi descoberta pelo argonauta português Pedrálvares em 22 de abril de 1500. História alternativa: foi descoberta pelo detonauta espanhol Vicente Pinzon em 26 de janeiro de 1500 ao aportar no Cabo de Santo Agostinho.

Nas ondas politicamente corretas, o reinado ainda está sendo descoberto pelos povos indígenas. Vide bula os desencontros em torno da legislação sobre o marco temporal.

Constituição de 1988 estabelece que as terras dos índios são aquelas ocupadas pelos indígenas até a promulgação da Carta Magna. Os revolucionários de agora querem retroceder no tempo e no espaço até a carta do repórter Pero Vaz de Caminha. Faz parte da dialética revolucionária do conflito entre classes.

Fazendeiros e produtores rurais estão em conflito com os povos primitivos. Famílias de fazendeiros protestam que podem ser expulsas de suas propriedades. Vidas que não são de índios também importam. Indígenas são insuflados por ONGs alienígenas com interesses escusos.

Nos tempos da colonização havia as expedições chamadas de “Entradas” e “Bandeiras”. Os bandeirantes exterminavam e escravizavam os índios em nome da ordem e progresso. As Entradas tinham o selo do governo. Os padres jesuítas faziam a cabeça dos índios para eles rezarem a Missa em latim e cobrirem suas “vergonhas”, pois diziam que andar nu era pecado. Num desses lances, ano 1556, ao fazer uma trilha na floresta, o bispo Dom Pero Fernandes Sardinha deu bobeira e foi capturado pelos índios antropófagos caetés.  Os índios cozinharam Dom Sardinha num caldeirão fervente e o piedoso prelado foi comido, literalmente, pelos caetés famintos. Dizem que o nome Sardinha motivou a comilança.

Raposo Tavares e Borba Gato são dois entre os mais lendários bandeirantes do Brazil. Fundaram vilas e povoados, desbravaram grotões, escravizaram índios e cometeram crueldades. O Estado de São Paulo rodovia esses personagens com o nome da Rodovia dos Bandeirantes. Impossível reescrever a história. O que pode ser feito é reinterpretar a história, a história das civilizações, todas as civilizações, é feita de crueldades.

Os bandeirantes também exploravam riquezas no Interior do País. Imaginemos a ferocidade dessas expedições no trato com os povos indígenas e pobres nos grotões do Brazil. Este é o legado nada virtuoso da civilização brasileira. De caso pensado, eu não me ufano de ser brasileiro. Ainda assim e assado, o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda fala no protótipo do “homem cordial” brasileiro. O sociólogo esqueceu de combinar as fantasias com a realidade.

Arriba, magníficos leitores, pernambucanos, paraibanos, gregos e troianos!

*Periodista, escritor e quase poeta