Vermelhão perdoa os regimes xexeiros

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – O cacique da tribo dos devotos de peles vermelhas tem sido criticado nas redes sociais, e nas redes antissociais, por fazer turismo internacional em hotéis de luxo às custas dos pagadores de impostos. Isto é o de menos. O turismo internacional é apenas amostra-grátis. Nessas viagens ele e a costela dele, a deslumbrada, conseguem torrar apenas alguns milheiros de dólares, em regabofes e hospedagens. As canetadas antes, durante e depois dos piqueniques, aí são outros quinhentos, ou são outros milhões de quinhentos.

Independente do turismo internacional, o regime de Cuba acumula um calote de mais de 500 milhões de dólares com o BNDES, desde os tempos da ditadura de Fidel e Raul Castro. Cuba, Venezuela e Moçambique são países xexeiros. Não por acaso os países xexeiros adotam o regime socialista, ou assemelhado. Comunistas são xexeiros por natureza e de nascença. Fidel Castro era conhecido na zona portuária em Havana como um grande xexeiro.

O governo do Brazil é uma bodega que emprestou dinheiro a países socialistas e levou calotes homéricos. O bolivariano Hugo Chavez e seu sucessor o tirano Nicolas Maduro acumularam dívidas de mais de 700 milhões de dólares. Moçambique passou um xexo de mais de 120 milhões de dólares no BNDES. Os milongueiros da Argentina vão no mesmo caminho. O cacique de pele vermelha prometeu abrir uma linha de crédito de 600 milhões de dólares para exportações. Esta é a crônica de um calote anunciado.

O cacique de pele vermelha costuma criticar a ONU por conta da inoperância diante dos conflitos globais. Propõe mudar o Conselho de Segurança da ONU e a geopolítica mundial, modéstia à parte. Com que roupa? Depende de pertencer ao clube das superpotências econômicas ou militares e ter um PIB na casa dos trilhões de dólares. Os senhores das armas não pedem licença a ninguém, nem à ONU nem ao Papa, para decretar guerras contra nações soberanas e exterminar criaturas. No caso da guerra da Rússia contra a Ucrânia, o cacique propõe o “diálogo”, o diálogo da guilhotina com o pescoço.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, condena a agressão da Rússia contra seus irmãos ucranianos. “Boric é um presidente de esquerda que nos orgulha de ser de esquerda”, opina o ex-senador Roberto Freire, do Partido Cidadania. Certamente não dirá o mesmo em relação à caterva do cordão encarnado, usufrutuária do poder nesta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira cruz.

Ah que saudades do Papa anticomunista João Paulo II! na década de 1980 ele foi lá e ajudou a desmontar o abominável Muro de Berlim. O Papa globalista de hoje cumpre silêncio misericordioso diante das atrocidades do ditador comunista da Nicarágua, o facínora Daniel Ortega.

Quando o cacique de pele vermelha fala em multilateralismo, o objetivo é confrontar o império capitalista e democrático dos Estados Unidos da América e aliar-se ao neo czar russo Vladimir Putin, e também ao império da China Continental, que lança seus tentáculos de poder nas Américas através do projeto bilionário da nova Rota da Seda.

*Periodista, escritor e quase poeta   

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Olha só quem aflorou no recinto, o filósofo The Gaule! francês-pernambucano da gema, banhado nas águas azuladas do Rio Sena e batizado nas ondas azuis e branco do Rio Capibaribe. Perguntei ao filósofo: o que dizer do Centrão e das emendas do Orçamento secreto e das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito (CPMIs) que rolam no Congresso Nacional? O Centrão é um troço muito sério e as emendas do Orçamento secreto fazem parte fazem  parte da governabilidade relativa. A democracia relativa no Brazil é movida pelas jabuticabas do Orçamento secreto, explicou.

Estas são invenções brasileiras: a democracia relativa e o Orçamento secreto assemelham-se a um pé de jabuticabas verde-amarelas. Na edição original de Brás Cubas, filho espiritual de Machado de Assis, havia um paiol de batatas. Nas batalhas do dia a dia, o vencedor tinha direito ao arsenal de batatas. Na democracia relativa, a vida é um paiol de jabuticabas. Ao vencedor, as jabuticabas das emendas secretas.

E por falar na teoria da relatividade… Teje preso, criminoso de guerra Vladimir Putin, sentenciou o Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, na Holanda. Isto, porque nosso País é signatário do tratado internacional de Haya. Mas, em sendo a democracia relativa, o tratado é relativo, segundo os devotos do cordão encarnado.

Ou seja, para os amigos do peito, o tratado é letra morta. Neste caso, o autor de crimes contra a humanidade na guerra da Ucrânia pode vir tranquilo participar da Cúpula do G20 no Brazil, próximo ano, sem risco de ser enjaulado. Aproveita para dançar um pagode russo com as pastorinhas do cordão encarnado nas boates de Brasília e praticar seu esporte favorito, de teleguiar mísseis para estourar os miolos dos seus irmãos soviéticos da Ucrânia.

Ser chamado de criminoso de guerra ou genocida é a pecha mais infamante que se pode atribuir a um ser humano. São demônios em forma de gente.

Exemplos: o genocida do Líbano, Muamar Khadadi, foi condenado no Tribunal da Holanda por crimes contra a humanidade e atrocidades de guerra em 2011. Preso por crimes de guerra, o carrasco Slobodan Milosevic morreu na prisão em Haia no ano 2000. Mesmo ser possuir arsenais de guerra nem ogivas nucleares, o Tribunal de Haia desfruta de respeito e credibilidade perante a comunidade internacional.

Perguntei ao meu amigo Ruy Barbosa, “Águia de Haya”, o que dizer sobre a sentença do Tribunal. “De tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a ter vergonha de ser honesto”. Ruy Barbosa, meu amigo do peito, pediu para eu avisar ao carrasco Vladimir Putin que se ele vier ao Brazil no próximo ano e der bobeira poderá ser enjaulado num camburão da Interpol. Te liga, bicho!

Hasta la vista, magníficos leitores, paraibanos, pernambucanos, gregos e troianos!

*Periodista, escritor e quase poeta   

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA –  Pintados de urucum vermelho de guerra e reunidos em torno dos seus umbigos, os caciques da tribo do cordão encarnado decretaram, em nome de 215 milhões de brasileiros: o guru vermelho deve ser ungido para o quarto mandato. Depois, quando estiver com a idade de Matusalém, irá dobrar a meta do tri e perpetuar-se no poder, até virar múmia. Será o faraó Dom Luís Ramsés I.

URSAL – União da Repúblicas Socialistas da América Latina, mais que uma sigla, é um projeto de poder globalista. O mega projeto geopolítico abaixo da Linha do Equador é compensar em conquistas o espaço perdido no Leste Europeu depois da debacle da União Soviética.

A criação de uma moeda alternativa também faz parte do projeto globalista/socialista. Mas, com que roupa? Com quais reservas monetárias? A moeda da Argentina é uma ficção, mas o lobby ideológico bilateral funciona. A Casa de Misericórdia da Moeda vai fazer um empréstimo, a bem dizer, uma doação de 600 milhões de dólares a título de financiamento de exportações para a Argentina. Esta é a crônica de um calote anunciado.

Retóricas anti-imperialistas não pagam exportações, não geram renda nem financiam projetos de investimentos. Exportadores vivaldinos vão mamar os recursos dos cofres nacionais. O BNDES não tem dinheiro para ampliar e expandir o Metrorec – Recife sucateado, mas desde já está garantida a grana para financiar as ditaduras comunistas decadentes da América Latina.

O Papa, chefe de Estado do Vaticano, casa e batiza até fazer a viagem final ao Planeta Eternya. Do alto da minha condição de ex-coroinha do Instituto São Vicente de Paulo e frequentador da Capelinha da Jaqueira, sugiro ao Papa globalista Francisco penitenciar-se publicamente, por lavar as mãos diante das perseguições e torturas cometidas pelo herege comunista Daniel Ortega contra padres e bispos da Nicarágua.

Guru supremo da seita do cordão encarnado, o barbudo verde-amarelo anuncia: “He-Man, eu tenho a força, pelos poderes de Grayskull! Unidos venceremos a semente do bolsonarismo”. E flameja sua espada para enfrentar a boiada. Mas, o castelo de Grayskull no Planalto Central também está ocupado pelos guerreiros do Centrão. “Eu também tenho a força.”, anuncia imperador do Centrão com sua espada cravejada de diamantes do Orçamento secreto.

Dão Pedro II reinou durante 49 anos no tempo do Império. Getúlio Vargas governou por 19 anos, incluindo os 15 anos da ditadura do Estado Novo, de 1930 a 1945. A mulher que estocava ventos desgovernou durante 6 anos, tempo suficiente para quebrar a economia, promover a maior recessão da história da República e gerar um contingente de 13 milhões de desempregados, mais que a população de escravos da ilha-presídio de Cuba.

Reza a proverbial sentença: as esquerdas não esquecem jamais e não aprendem jamais. Os energúmenos Hugo Chavez e Nicolas Maduro faliram a Venezuela e massacram o País desde 1999. Conservado em formol, o faraó da seita vermelha em Pindorama segue na trilha dos caudilhos latino-americanos, de perpetuar-se no poder. Opinião pública, contra ou a favor, é apenas uma metáfora, que o digam as vozes dos regimes falidos. Arriba, magníficos leitores, paraibanos, pernambucanos, gregos e troianos!

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA –  O que dizer do estilo MM1 Marco Maciel e MM2 Mogno Martins? São dois gladiadores, cada qual na sua arena de vida, Mogno vindo das ribeiras do Pajeú e MM nascido na foz do Capibaribe.  Maciel era um faquir, se alimentava apenas dos fluidos da política. Na definição do seu padrinho político general-presidente Ernesto Geisel, era um espartano, cumpria os preceitos da austeridade na vida e na política. O estilo é o homem, reza a sentença clássica.

Este é o perfil de MM desenhado por Mister Mogno no seu livro sobre o espartano-pernambucano MM. Mister MM deu na veneta  escrever um livro sobre MM e foi bem sucedido. A viagem através do livro de Mister MM é informativa, ilustrativa e cativa seus leitores. O bom periodista, o bom repórter e o bom escritor há de ser um escafandrista e ter o faro de um perdigueiro, além naturalmente de ter empatia pelo objeto do seu trabalho.

O magnífico escritor e blogueiro tem o faro de perdigueiro em busca de notícias. E mais, nos palacetes onda mora em Afogados da Ingazeira, na terra do Cardeal Arcoverde e no bangalô da Rua do Futuro nesta terra dos altos coqueiros, possui um arsenal de botas de sete léguas e de escafandros para suas missões de trabalho. Munido com esses equipamentos ele começou a empreitada (ou empeleitada, como dizem os matutos) para escrever o livro sobre o magro MM. Andou em muitas terras com as botas de sete léguas, mergulhou nas fontes, auscultou com estetoscópio os corações auriverdes, e eis que resultou este belo testemunho sobre o Marco de Pernambuco.

Hay que ser também um garimpeiro para lavrar nestas terras. Por ser muito reservado, o magro sempre foi conhecido por render poucas notícias na Imprensa. Fazia mais o estilo do Conselheiro Acácio, de Eça de Queiroz, centrado no óbvio, quase o ululante, de Nelson Rodrigues. Mãos à obra. O magnifico escritor também possui um submersível para navegar em águas profundas e resgatar tesouros submersos.

O lançamento do livro de Magno na Academia Brasileira de Letras, sacrário da intelectualidade nacional, presentes familiares, amigos e admiradores, vivificou o personagem da biografia e ensejou celebrações em torno de Maciel. Rendo mil louvores ao projeto vitorioso de Magno.

Hoje de alma leve, lembro o lançamento do meu livro-biografia do deputado Inocêncio Oliveira em Serra Talhada, em julho do ano passado, ocasião em que o evento foi boicotado por uma falsa cerimonialista a mando de uma megera recifense movida por maldade e mesquinhez, revoltada por não ter tido destaque no meu livro. Inocêncio estava esquecido e a homenagem só aconteceu em função do meu livro. Sempre credor da minha admiração e respeito, sentimentos que considero recíprocos, Inocêncio contou com belas homenagens durante o lançamento anterior na Assembleia Legislativa, noves fora o boicote em sua terra natal Serra Talhada.

A magnifica biografia de Maciel escrita por Magno segue trajetória de sucesso em todo o País.

*Periodista, escritor e quase poeta  

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – O genial Nelson Rodrigues decretou, monocraticamente, que subdesenvolvimento não se improvisa, é obra de séculos. O Brazil cultiva, in secula secolorum, no dia a dia, o legado do subdesenvolvimento.  Exemplo, o ensino em geral é uma fábrica de injustiças e desigualdades, sobretudo o ensino superior gratuito, um dogma das esquerdas irracionais.

O subdesenvolvimento é um gatinho dorminhoco deitado em berço esplêndido que não gosta de pegar no serviço. Miau!

Isto não se aplica à maioria da população trabalhadora e sacrificada na vida que se vira como pode.

A abertura de faculdades de Medicina e criação de novas vagas estavam proibidas no País pelo Ministério da Educação a pretexto de controlar a qualidade de ensino e a formação dos profissionais de saúde. Falso. O verdadeiro objetivo é atender ao lobby das entidades corporativas para manter as reservas de mercado, sempre elitizar e preservar os privilégios do setor, às custas do sacrifício da sociedade.

As elites do Brazil, todíssimas elas, de modo consciente ou não, fizeram opção preferencial pelo subdesenvolvimento. Está escrito nas entrelinhas institucionais (as entrelinhas falam mais que as linhas). De tal modo são perpetuados seus  privilégios, às custas do sacrifício da maioria da população. Há 50 anos e 60 anos os falsos iluminados discutem os mesmos problemas, de políticas sociais, investimentos, pobreza, desemprego, moradia, na toada da cantiga da perua, de pior a pior. Daqui a mais 50 anos as peruas e os perueiros continuarão entoando a mesma ladainha.

A ilha caribenha de Cuba, com uma população de 11 milhões de escravos (um pouco mais que Pernambuco), produz charutos e médicos em escala industrial. Os charutos Cohiba e Romeo y Julieta são consumidos pelos burgueses que se comprazem em queimar dinheiro e por intelectualóides vermelhos que aspiram os vapores comunistas. Médicos e charutos cubanos fazem parte da pauta de exportação para financiar a ditadura comunista. Vai pra Cuba, bicho, ou pra Venezuela!

Com mais de 200 milhões de viventes, o Brazil cultiva centenas de milhões de toneladas de grãos, de ferro e proteínas animais para exportação. As universidades, sobretudo na área humanística, fabricam milhares de cérebros adeptos das teorias socialistas/comunistas e globalistas. Com verbas orçamentárias bilionárias, porque as universidades não fabricam toneladas de médicos, a exemplo de Cuba? As entidades corporativas impõem a reserva de mercado para manter seus privilégios. O Brazil manufatura poucos contêineres de médicos, por ser esta uma mercadoria de uso restrito das forças de elite.

O sistema de cotas, programas Fies e Prouni apenas mitigam as injustiças de raiz do ensino superior. O doutor de consultório e o engenheiro da Petrobras não são mais inteligentes nem mais habilidosos que os caixas de supermercados e mestres de obras de construção. A questão é de oportunidade e de mobilidade social.

A parasitagem das castas da República prolifera desde a Corte de João VI, cujas cabeças estavam infestadas, por dentro e por fora, com piolhos,lêndeas e chatos quando aqui aportou em 1808 vindo fugida de Portugal. Ainda hoje os chatos importunam a República.

A corrupção é um vírus sistêmico e jamais será erradicado. Faz parte do DNA do reino de Pindorama.

JOSÉ PAULO CAVALCANTI FILHO – Nos tempos tenebrosos de agora, ouve-se a voz altiva, lúcida e vigorosa do jurista José Paulo Cavalcanti Filho, ao publicar o artigo “Supremo Torpor”. Ouve-se também o silêncio pusilânime das elites que não fazem jus ao nome. Zé Paulo honra a consciência crítica desta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira Cruz.

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – O dia 24 de agosto assinala 71 anos do falecimento do estadista Agamenon Magalhães, falecido em 1952. O deputado Luciano Duque fará um pronunciamento na Assembleia Legislativa para evocar a memória de Agamenon. Ao lado de personalidades de todo o Estado ele participa de um movimento para a construção de um memorial do estadista em Serra Talhada. 

O deputado Luciano Duque é uma das lideranças políticas mais promissoras das novas gerações de Serra Talhada. Como parte desse movimento, meu livro “Agamenon Magalhães – Uma estrela na testa e um mandacaru no coração”, editado pela Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco em 2001 e reeditado em 2012, deverá contar com uma terceira edição. A futura edição irá contar com depoimento de Luciano Duque, parente de Agamenon por sua origens familiares, sobre o ilustre filho de terra. E mais, de um descendente direto de Agamenon. 

Apresento a seguir resumo da apresentação do meu livro sobre o estadista Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães. Lá vou eu: “Figura exponencial do cenário político em Pernambuco até a metade do século passado e com projeção nacional, Agamenon Magalhães foi deputado estadual, deputado federal constituinte em 1932, Interventor (no regime do Estado Novo), governador, ministro do Trabalho, Indústria e Comércio e ministro da Justiça no Governo Getúlio Vargas. Anticomunista, foi um dos articuladores da Justiça do Trabalho no Governo de Getúlio.

Ministro da Justiça, aprovou o Código Eleitoral para a realização de eleições livres, inclusive com o pioneiro voto feminino. 

Sob o signo do mandacaru Agamenonicamente, ele sonhou e viveu nas quatro estações da vida e da realidade brasileira: do marasmo da República Velha aos clarões da Revolução de 1930, das tempestades do Estado Novo à primavera da Redemocratização de 1946. Conheceu auroras e crepúsculos.

À moda do Imperador Júlio Cesar poderia dizer: vim, vi e venci!

Ele praticou na política a lição dos romanos: Non ducor, duco, não sou conduzido, eu conduzo! Conduziu a emoção de líder do seu tempo. “Eu não tenho medo da guerra. Eu tenho medo da seca”. Filho primogênito do juiz Sérgio Nunes Magalhães e d. Antonieta Godoy Magalhães, nasceu no dia 5 de novembro de 1893, no lugarejo de Vila Bela, hoje município de Serra Talhada.

A paisagem política onde Agamenon nasceu para o mundo e encarnou na política era a chamada República Velha, ou a Primeira República, que vingou desde a Proclamação em 1889 até a Revolução de 1930. Eis o Brasil pós o reino da Escravidão, sob o impacto da revolução industrial do começo do século XX e ainda impregnado do mandonismo dos coronéis, das oligarquias rurais e urbanas, do colonialismo cultural europeu e da cultura dos bacharéis”.

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Gotham City é aqui. Esta é uma sociedade criminogênica, os crimes são gerados por geração espontânea. Um dado sintomático deve ser sempre lembrado: acontecem a cada ano de 40 mil a 50 mil mortes violentas nesta Terra de Santa Cruz, a terra da verdadeira cruz. No comparativo, na guerra da Rússia contra a Ucrânia estima-se em torno de 20 mil mortos em um ano. O criminoso de guerra Nicolas Maduro já produziu 7 milhões de refugiados na Venezuela, numa população de 28 milhões de habitantes, em nome da “revolução bolivariana. A memória do general libertador Simon Bolívar está sendo ultrajada.

O império de Gotham City está infestado de malfeitores. Depressa, chamem o Batman e seus escudeiros os Lanternas Verdes, Guardiães da Galáxia, para combater os Homens das Trevas. Os Lanternas Verdes são movidos pela energia dos anéis de esmeralda de Saturno. Os Cavaleiros das Trevas irradiam a Kryptonita vermelha para exterminar seus inimigos. A batalha dos Lanternas Verdes contra os Cavaleiros das Trevas provoca incêndios na floresta encantada dos poderes sob as barbas do Chapeuzinho Vermelho.

A síndrome do coração partido, na língua dos cardiologistas, afeta as legiões dos barbas de fogo e dos barbas azuis nos campos de batalha naval, aérea e terrestre.

Sorria, seu bolso está sendo compartilhado pelos meliantes de Gotham City. A taxa Selic do seu cartão de sobrevivência foi fixada em 500 por cento ao ano. A internet é território livre de golpistas e estelionatário. Em meio a toda parafernália de tecnologia, os crimes cibernéticos se multiplicam sem solução. Os hackers invadem sua conta bancária. A política é um campo minado. Cuidado, o lobo mau está de olho em você! Os príncipes desta República monarquista de Gotham City duplicaram a meta dos próprios salários e os Zé Manés irão pagar a conta.

As majestades habitam nas cavernas e nas catedrais do poder. Ora, direis, no império da modernidade não existem cavernas, e sim palácios suntuosos. E eu vos direi: quem não conhece as cavernas do poder não conhece o reino de Gotham City e de Pindorama.

Os Homens das Trevas vestem-se de escarlate ou carmesim. O traje de batalha é o vermelho urucum de guerra. Também adotam a tática do mimetismo, ou camuflagem, assim no modo de fariseu com pele de bom samaritano. Criaturas de boa fé costumam dizer que o bem sempre vence. Oh ilusão de ótica! O chip do Homo Sapiens possui um erro de fabricação desde os tempos primevos do nascimento de Caim e do julgamento de Barrabás. O anuncio da absolvição de Barrabás ainda hoje ecoa no Planalto e nas planícies,  na terra e nos céus. Proclamado inocente, Barrabás desfila em carro de bombeiro nas ruas de Gotham City sob aplausos da multidão amestrada.

Assim caminha a humanidade adâmica.

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

O meu Brazil é com Z porque eu nasci no tempo do Império. Dizem que o S entre duas vogais tem o som de Z. Eu vou direito no Z. Sou um libertário das regras gramaticais.

MONTANHAS DA JAQUEIRA –  Todas as guerras são iguais, porém diferentes. Existem guerras entre nações e guerras de nações contra si mesmas. A Rússia está em guerra contra a Ucrânia. O Brazil está em guerra contra o Brazil. O serviço de meteorologia prevê rajadas de metralhadoras, tempestades de calibre 9 milímetros e tiros de misericórdia nos peitos, nas cabeças e nos cérebros do Brazil. O sangue escorre nas veias, nas ruas e nos ares. Na guerra do Brazil contra o Brazil todos são soldados, soldados dos batalhões e soldados na batalha diária pela sobrevivência.

O governadorzinho de um grande Estado confessou estar “extremamente satisfeito” com a operação policial que resultou no extermínio de um policial das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar e 16 moradores na cidade de Guarujá. Uma curiosidade: o nome das tropas das tropas de choque é uma homenagem ao militar e político Rafael Tobias de Aguiar, vivente no século 19, marido da virtuosa senhora Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, amante do Imperador Dão Pedro I. Domitila era uma lady extremamente amorosa. Tobias Aguiar era um marido extremamente manso. Os soldados da Rota são extremamente ferozes.

As chacinas se repetem com dezenas de mortos no Rio de Janeiro e na Bahia. O massacre do Carandiru, em 1992, que resultou na execução de mais de 100 detentos, fez escola.

Em Moscow o czar Vladimir Putin ficou extremamente satisfeito quando um míssil russo explodiu num prédio residencial em Kiev e estourou os miolos de dezenas de ucranianos. Os senhores das armas e das guerras, em Guarujá, em Moscow e Washington e na Síria são filhos de Caim. Russos e ucranianos são irmãos das raízes soviéticas, assim feito Caim e Abel eram irmãos. 

A guerra começou nos tempos primevos quando Caim lançou uma bomba atômica no peita de Abel. E nunca mais houve paz no seio da humanidade adâmica. Caim soprou no ouvido do cientista Oppenheimer a fórmula da fissão nuclear (bombardeio dos átomo para gerar energia) e assim foi construída a bomba atômica. Elvis vive! Caim vive! Oppenheimer vive!

O massacre de Carandiru, a operação em Guarujá, a chacina em Jacarezinho e tantas outras foram feitas em nome da lei e da ordem. No passado o extermínio dos índios aconteceu em nome do avanço da civilização. As torcidas organizadas agridem, depredam e vandalizam em nome da paixão pelo futebol. O nome disto é barbárie. Os novos bárbaros se arvoram de civilizados porque nasceram depois da descoberta da pólvora e assistem televisão. Haverá novas chacinas, está escrito no sangue dos herdeiros da escravidão.

A multidão é manada e Matrix comanda os corações: vistam-se todos de cor-de-rosa, consumam pipocas de isopor e assistam ao filme da Barbie. Na próxima temporada todíssimos os femininos, masculinos e neutrinos irão obedecer ao comando para comer capim. Be happy! E sejam felizes! A multidão solitária que navega na onda da Barbie é a mesma multidão anestesiada que se comporta como manada e elege nossos governantes. Não venham reclamar de voto de cabresto.

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – O brasileiro cordial, de que falava o sociólogo Buarque de Holanda, nunca existiu, nem na Colônia, nem no Império, nem na República. Só existiu na cabeça dele. O Brazil vem da abominável escravidão negra de 350 anos, do massacre de Canudos, do extermínio dos índios, da degola dos cangaçeiros de Lampião. A guerra do Paraguai (1864-1870), junto com Argentina como parte da Tríplice Aliança, foi também um massacre inominável. Desde a Corte parasitária de Dom João VI, este sempre foi o reino das conchamblanças e do jeitinho.

A história oficial não conta: acontece no advento da República (1896-1897) o massacre mais vergonhoso e mais violento desta Nação, quando mais de 20 mil sertanejos desvalidos foram mortos e esquartejados e tiveram suas malocas incendiadas por tropas republicanas. Os beatos eram mansos e carentes, subjugados pelo sofrimento da vida. Precisavam de paz e pão. Os fazendeiros eram truculentos e os religiosos de ofício eram intolerantes.

Fugidos da fome/seca do mandonismo dos fazendeiros e sob as bênçãos do beato messiânico Antônio Conselheiro, penitentes do Arraial de Canudos foram acusados de fanatismo pela Igreja Católica e de conspirar contra o regime republicano por não pagarem impostos. A República foi pacificada na bala, reinou a paz dos cemitérios. Mas, o Arraial de Canudos ainda hoje sangra e a escravidão é um traço indelével na consciência nacional.

Os beatos eram mansos e carentes, subjugados pelo sofrimento da vida. Precisavam de paz e pão. Os fazendeiros eram truculentos e os religiosos de ofício eram intolerante. Tempos depois o jornalista Assis Chateaubriand escreveu uma resposta a Canudos, baseado no exemplo construtivo do empreendedor Delmiro Gouveia: a pacificação pelo trabalho e educação. Ocorre que o exemplo do visionário Delmiro foi aniquilado pelo capitalismo predatório dos trustes e pelo governo arbitrário de Sigismundo Gonçalves. O arbítrio deitou raizes na sociedade brasileira.

Não por acaso ocorrem de 40 mil a 50 mil mortes violentas a cada ano nesta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira Cruz. O homem de Neandertal das cavernas continua presente nas torcidas organizadas, nos estádios, no trânsito, nos gabinetes, palácios e palacetes e até nas catedrais.

A conciliação nacional não será alcançada com pedradas nem com vinganças. Com esses ingredientes haverá mais bois de fogo. A virtude dos vitoriosos é serem magnânimos, se lhes permite a ambição de poder. As fogueiras das vaidades e ambições de poder estão acesas. Estes são tempos de intolerância, de radicalizações e incertezas.

O ministro José Múcio Monteiro é criatura da paz e do bem, além de competente, vacinado contra coronavírus, gripe, pólio, hepatite e bois de fogo. É um guerreiro da boa paz.

Se é para extirpar, que sejam extirpados os tumores da intolerância e das radicalizações. Extirpar milhões de cérebros dos opositores do cordão azul seria missão impossível para o brincante-mor do cordão encarnado, nem que fosse com anestesia raquidiana, nem peridural, nem anestesia geral nem na base da lobotomia. Esta Nação precisa de bandeira branca, não de revanchismos nem de vinganças, para trabalhar, para lavrar, para amar e ser feliz.

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Existe um livro cujo título se tornou uma legenda: “1968, o ano que não terminou”, do jornalista Zuenir Ventura. Refere- se à edição do AÍ-5, em 13 de dezembro de 1968. Guardo na retentiva da memória a revogação do AI-5 em 13 de outubro de 1978, através de emenda constitucional assinada pelo general-presidente Ernesto Geisel. O tiro de misericórdia no regime de arbítrio civil-militar de 1964 foi dado pela lei da Anistia, de número 6.683, sancionada pelo general-presidente João Figueiredo em 28 de agosto de 1979.

No calendário das esquerdas ortodoxas o ano 1968 prolongou-se até 1985, com a eleição de Tancredo Neves-Ribamar Sarney para a Presidência da República em 15 de janeiro de 1985.

A história se repete. O ano 2022 acabou, porém continua. Não há previsão de quando irá acabar, ou se irá ficar parado no tempo e no espaço. O serviço meteorológico antevê relâmpagos, incêndios e trovoadas nos corações auriverdes, nos planaltos, nos palanques, planícies, palácios e choupanas.

O ano 2022 começou precisamente naquele dia em que o urucum vermelho foi exumado das catacumbas em Curitiba para ser eleito presidente da República. Os eventos que se seguiram foram apenas para cumprir tabela. O capitão fez o papel apenas de figurante nesses eventos, mesmo tendo a ilusão de ser protagonista.

Durante os quatro anos do campeonato Brasileirão, pra cima e pra baixo do pescoço tudo era canela.  O time dos Zé Manés jogou sob impedimento. Cartão amarelo! Cartão vermelho! Tá expulso! O goleiro foi expulso e o time jogou desfalcado. Os locutores profetizavam a vitória por goleada dos Urucuns Vermelhos. A margem de erro era de 50 por cento, para menos. Os bandeirinhas vermelhos aplicaram vários pênaltis contra os Zé Manés.

Ao final do jogo, o pisca-pisca do placar eletrônico informou que os Urucuns venceram por meio gol, por 0,5 gol. E a mundiça vermelha delirou, delirou! Naquele momento o cérebro do tangedor de gado congelou e ainda hoje não caiu a ficha.

O capitão dos Zé Manés foi proibido de apitar durante oito anos porque reuniu-se com diplomatas estrangeiros. Se tivesse se reunido com ditadores latinos e caribenhos, seria abençoado até pelo Papa, que é do time dos globalistas, tipo um Messi no Vaticano.

O guru do cordão encarnado ficou com cérebro congelado desde as eleições de 2002, quando o mar vermelho vestiu a pele de cordeiro e começou a invadir o coração desta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira cruz.

Coitado do Brazil! A ilusão dos Zé Manés entra em campo no estádio vazio. Estão jogando sem bola, ao Deus-dará.

*Periodista, escritor e quase poeta