Uma exceção para a decana de Arcoverde

No blog, há 18 anos, adotei um critério: não postar absolutamente nada sobre candidaturas de vereador. Não há nisso nenhum viés preconceituoso, diga-se de passagem. Simplesmente, porque são milhares de postulantes. Só no Recife, passam de dez mil. Impossível atender tamanha demanda, até porque o blog iria virar plataforma do parlamento municipal. E não criei este espaço para isso.

Mas abro uma exceção para um registro único: a tentativa da minha amiga e conterrânea de Arcoverde, Célia Galindo, de buscar seu décimo mandato consecutivo. Esta guerreira, aliás, foi personagem da série Fenômenos Eleitorais, que fiz nas eleições de 2014, apontando exemplos de superação na vida pública e na política.

Decana da Câmara de Arcoverde, Casa que já presidiu, Célia também me honrou e me emocionou bastante com o título, de sua autoria, que me transformou em Cidadão Honorário de Arcoverde. A honraria me foi entregue em 2017. De lá para cá, criei tantas raízes com a cidade do cardeal, que fico com a impressão que meu umbigo foi enterrado por lá.

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – A ditadura assassina e corrupta do Safadão Maduro na Venezuela produziu, nos últimos 10-12 anos, desde o final do regime de Hugo Chavez até os tempos presentes, uma diáspora de 7,7 milhões de migrantes, numa população de 28 milhões de escravizados. Incrível a capacidade do regime e dos psicopatas comunistas de destruir uma Nação.

Significa uma tragédia humanitária superlativa. O regime é sustentado pelas ditaduras comunistas da China e da Rússia, no Exterior, e pelo terror das milícias e dos coronéis sanguessugas da PDVSA. Maduro e criminosos de guerra da mesma laia são psicopatas em potência máxima de periculosidade.

Aliado por afinidades ideológicas com o ditador Safadão, o guru da seita vermelha se confessou assustado com as ameaças de Maduro sobre o risco de um banho de sangue, caso as oposições vençam as eleições neste 28 de julho. Assustadora é a continuidade da ditadura. Esta é uma briga de comadres. No fundo, no fundo, as mundiças das seitas vermelhas se entendem.

O Itamaraty enviou um anão diplomático como observador das eleições no País. O anão diplomático possui zero grau Fahrenheit de credibilidade para falar sobre a tirania comunista. Dirá que a Venezuela exerce a soberania para prender e assassinar opositores. A questão humanitária vai além da soberania das nações.

Em outubro do ano passado, o Governo do presidente Joe Biden assinou o Acordo de Barbados (América Central), com o ditador venezuelano, no objetivo de garantir eleições livres e democráticas em troca de concessões na área de petróleo. O Safadão ofereceu como garantia um fio do bigode. Mas, o bigode estava podre. Como era previsível, o ditador desonrou o acordo e dobrou a meta de repressão do regime.

Durante a vigência do acordo a PDVSA lucrou 740 milhões de dólares, um valor irrelevante em termos de indústria petrolífera. Serviu para distribuir com os asseclas.

Em junho de 2013 o Papa globalista Francisco abençoou o herege Nicolas Safadão, sob o testemunho dos espíritos sacrossantos do Vaticano. O Papa hoje distribui água benta e reza uma Ave Maria para desejar que os venezuelanos vão para o céu quando morrerem depois dos castigos terrestres. Mais de 30 milhões de nativos da Venezuela hoje vivem no inferno, passando fome e perseguições, segundo Nossa Senhora de Coromoto, a Santa padroeira da Venezuela.

O que faz a suntuosa ONU diante das hecatombes humanitárias na Ucrânia, na Palestina, na Venezuela, na Ásia, no Oriente? Com um orçamento de 3,59 bilhões de dólares, as Nações Unidas fazem o papel de escoteiros para atravessar velhinhas no trânsito. Os discursos eloquentes, blábláblá, entram por um ouvido e saem pelo outro na cabeça dos criminosos de guerra, de Putin, Maduro, dos terroristas do Hamas.

Se Zeus quiser, e os eleitores também, noves fora as fraudes, o ditador Safadão Maduro será derrotado nas urnas e levará uma surra de enxofre.

Periodista, escritor e quase poeta*

Por Roberto Morais*

Magno,

quando você escreve sobre o Sertão e nossas queridas Afogados, Tabira e Ingazeira e, mais especialmente, sobre nossos amigos de infância e adolescência, me parece o soneto de Fernando Pessoa citado por Zé Paulo Cavalcanti, ontem, na crônica semanal dele no jornal “O Poder”.

Diz mais ou menos assim: “As pancadas do sino da minha aldeia batem em mim e deixam mais distante o passado, e mais presente a saudade”.

É isso que sinto quando leio suas crônicas sobre os nossos amigos que estão indo! Como Antônio Martins Morais (eu nem sabia que ele era Morais!). O conheci, como tantos outros daquela época, início dos anos 60, quando fui seminarista no pré-seminário Dom Vital, ainda hoje vizinho à casa de Bombinha. Antônio , o vi jogar no Bac várias vezes. Era craque!

Com ele, convivi até a juventude com outros amigos de Tabira, também muito amigos dele, por toda a década de 70. Quando ia de férias para Tabira e frequentava as festas do ACAI e ele, o Grêmio Lítero Social Tabirense. Era um amigo, um boêmio, um sonhador.

E você o homenageou com uma bela crônica! Peço licença pra fazer das suas palavras as minhas próprias.

Advogado, filho de Ingazeira*

Por Erik Simões para o Diario de Pernambuco*

Como bom pernambucano, sensível aos problemas sociais e estando coordenador do Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça do nosso Estado, iniciei em abril do ano passado, após as tragédias ocorridas no Edifício Leme e no Conjunto Beira-Mar, em parceria com a Desa. Joana Carolina, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, uma série de reuniões formais e informais para conversarmos e encontrarmos soluções para os gravíssimos problemas criados com a construção dos prédios-caixão.

Participaram das reuniões a Advocacia-Geral da União, o Estado de Pernambuco, os municípios de Olinda, Paulista, Recife e Jaboatão dos Guararapes, os Núcleos de Conciliação, o Núcleo 4.0, os Ministérios Públicos Estadual e Federal, a Caixa Econômica Federal, o Conselho Curador do Fundo de Compensação de Variações Salarias – FCVS, a Secretaria do Patrimônio da União, o Instituto de Tecnologia de Pernambuco, a Sulamérica Seguros, atual Traditio, a Caixa Seguradora, o Tribunal de Contas do Estado, Escritórios de Advocacia, dentre outros.

Como as tratativas não evoluíam, o TJPE e o TRF-5 apresentaram proposta de Mediação Institucional, abrindo-se prazo para apresentação de emendas. Após o acolhimento de algumas sugestões, o texto final foi apresentado, mas não foi aceito, pois persistia a transferência de responsabilidades entre alguns dos entes responsáveis ou envolvidos. A última reunião formal ocorreu no dia 20 de dezembro de 2023.

Publiquei neste renomado jornal, em 04 de janeiro do corrente ano, artigo intitulado Prédios-Caixão: Problemas Sem Solução?, concluindo-o da seguinte forma: ¨Dessarte, oremos para que a solução chegue antes da próxima tragédia, que se aproxima com a chegada do inverno; que nossos governantes, parlamentares e, em especial, a Caixa e o Conselho Curador do FCVS, tenham vontade política e a sensibilidade para resolverem em definitivo e com brevidade esta calamidade que se arrasta por décadas e, por fim, para que todos os prédios-caixão sejam recuperados ou deixem de existir, pois até o momento eles sepultam a esperança, a dignidade, os sonhos e as vidas da nossa população.

Em audiência com a Governadora do Estado, Raquel Lyra, a mesma destacou que o Estado de Pernambuco não tem responsabilidade direta sobre o problema, mas, como Governadora, tinha todo interesse em participar da solução. Da mesma forma, destaco a atuação do Senador Humberto Costa, presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, que teve participação decisiva na construção do acordo, assim como os Secretários Estaduais, os Ministros de Estado, a Presidência da República, além dos nominados Entes públicos e privados.

Em 11 de junho deste ano, foi celebrado o Acordo-Base entre a União, a Caixa Econômica Federal, o Estado de Pernambuco, a Confederação Nacional das Seguradoras e os Ministérios Públicos Estadual e Federal, contando com a nossa ciência e da citada desembargadora, estabelecendo-se parâmetros para adoção de medidas administrativas e sociais que irão beneficiar as pessoas atingidas, com a demolição de 133 prédios, neste ano, que se encontram interditados judicialmente e com elevado risco de desabamento, além da demolição de outras 298 edificações com menor risco, no próximo ano. Os pontos mais importantes foram a elevação do valor das indenizações, que subiu de pouco mais de trinta mil reais, para cento e vinte mil reais; as doações de alguns milhões de reais das citadas Seguradoras para custear as demolições, além da possibilidade de inclusão das pessoas em programas sociais e a utilização dos terrenos onde os imóveis eram localizados, que serão doados ao Estado de Pernambuco, para construção de novos empreendimentos habitacionais ou outra destinação social.

Enche-nos de alegria saber que nossa proposta de Mediação serviu como lastro para elaboração dos termos do Acordo-Base, como registrado no seu próprio texto; que conseguimos juntar todos os envolvidos para dialogar em uma mesa de negociação, jogando luz sobre o seriíssimo problema, que teve ampla cobertura da imprensa. Ressalto que o primeiro edifício selecionado foi demolido recentemente, com todas as pessoas atingidas aceitando as condições do acordo e sendo indenizadas de forma justa e imediata. Desta forma, encerra-se para eles o sofrimento de quem nutriu o sonho da casa própria, mas teve de conviver por décadas com o pesadelo causado pelos prédios-caixão, podendo cada um, com suas respectivas famílias, recomeçar suas vidas.

Resta-nos a esperança de que todos os imóveis com elevado risco de desabamento sejam demolidos antes que ocorram novas tragédias; que quase todos os mutuários, ex-mutuários, ocupantes legitimados, promitentes adquirentes e/ou gaveteiros aceitem as propostas apresentadas e encerrem suas demandas judiciais de forma amigável e imediata, na certeza de que a continuação das ações pode se estender por anos ou décadas, além de não se prever qual o resultado final da demanda, com seu inevitável desgaste emocional.

Por fim, resta-nos parabenizar todos os envolvidos, ficando a lição de que uma sentença ou acórdão podem pôr fim ao processo, mas que a conciliação ou mediação normalmente encerram o litígio, o desentendimento. Ademais, quando as partes têm interesse em solucionar seus problemas de forma autocompositiva basta sentarem à mesa, assumindo suas parcelas de responsabilidade, superando possíveis divergências políticas, com bom senso, sentimento elevado, despidos de vaidades e com interesse em resolver a questão, que o desentendimento quase sempre desaparece, com a construção da solução elaborada pelas próprias partes, pondo fim ao conflito, pacificando a sociedade, que é o maior objetivo dos que fazem a Justiça pernambucana.

Desembargador do TJPE, coordenador geral do Núcleo de Conciliação*

O nome da Professora Alcineide para disputar a Prefeitura de Ingazeira, no Sertão pernambucano, será confirmado durante convenção do PSDB, que será realizado no próximo sábado (27). Júnior de Argemiro também será confirmado como candidato a vice na chapa liderada por Alcineide.

A convenção será realizada no Sítio Macambira, com previsão de iniciar às 10h.

Pernambuco Meu País chega, hoje, a Bezerros. Conhecida como Terra dos Papangus, a cidade é rica culturalmente não apenas pelo carnaval, que tem na figura de Lula Vassoureiro outra legítima expressão das melhores tradições carnavalescas pernambucanas, mas também pelo grande J. Borges, cordelista e gravurista de talento reconhecido internacionalmente.

Tudo isso seria motivo mais do que suficiente para incluir Bezerros na rota do festival criado pelo Governo do Estado. Mas não é bem assim. A população que dá vida à folia no município, que vive o dia a dia na cidade e na zona rural vai ficar longe das atrações do Pernambuco Meu País, que preferiu montar seu palco em Serra Negra.

A serra atrai turistas e as pessoas que têm casa por lá devido ao friozinho gostoso e áreas verdes ainda existentes. É reduto de uma elite social e econômica com renda suficiente para pagar ingressos de shows de artistas como os que estão participando do festival da governadora, que a oposição batizou de Festival Racreche, criado apenas para concorrer com o tradicional FIG, o Festival de Inverno de Garanhuns.

É verdade que Preta Gil sumiu da lista das atrações de hoje, mas não faltou dinheiro para substituí-la apressadamente por The Fevers. 
Quando apresentou o Pernambuco Meu País, Racreche discursou para a mídia e os áulicos de plantão enaltecendo o compromisso de democratizar o acesso da população a shows que são realizados muito mais no Recife e Região Metropolitana do que em outros municípios.

Bezerros, por enquanto, é o melhor exemplo de que o discurso não passa de conversa fiada. Quem vai aproveitar os espetáculos sem gastar com ingressos hoje, sábado e domingo são os privilegiados de sempre. O povão fica na base do município, e, apesar do mau estado da rodovia, a elite sobe a serra.

Curtir artistas que nunca foram e dificilmente irão a Bezerros, lá na base do município, continuará a ser um sonho para a enorme maioria da população.

“Caro Magno,

Lendo a sua coluna de hoje, tratando da criação de um festival criado pela governadora para concorrer com o de Garanhuns, informo que o batismo com a frase ‘Pernambuco Meu País’ não é original.

Trata-se de uma reprodução já existente, de mais de 10 anos, do restaurante Recanto Paraibano, localizado no bairro do Parnamirim, infelizmente não patenteada. Um vexame copiar e não ter imaginação própria.

Mas isso é próprio do desgoverno que Pernambucano vivencia. Quem quiser tirar a dúvida, basta ir ao restaurante para conferir.

Rogério Mota
Recife”.

Por José Adalbertovsky Ribeiro, periodista, escritor e quase poeta*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Na temporada de 1998 aconteceu um festival de sofrência no reino de Pindorama. Venceu a cantiga “Eu não presto, mas eu te amo”, interpretada pelo “Dinossauro Vermelho”. O “Lobo Mau” ficou em segundo lugar. O Dinossauro e o Lobo Mau trabalham com a mesma moeda, a cara e a coroa da polarização. Eles se amam pelo avesso, nos tapetes dos poderes.

Eles combinaram: “Eu falo mal de você e você fala mal de mim. Assim vamos continuar na vitrine sem dar vez a ninguém, até os tempos infindos. Se o Dinossauro ficar gagá feito Biden será substituído por um poste tipo o Radar. Se o Lobo Mau for impedido pela arbitragem, haverá uma marionete. Assim tá combinado, do jeito que o diabo gosta.

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A torcida organizada do Dinossauro é comandada pelos devotos da seita vermelha. O Lobo Mau lidera os rebanhos da seita do gado. Quando as duas torcidas se encontram, o pau canta, barbaramente ou democraticamente. Ao lembrar a Grécia Antiga, os bárbaros juram por Zeus que frequentavam a escolinha do Professor Platão e aprenderam as lições sobre democracia relativa e regulamentação das redes sociais.

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Um parêntese: sexta maior população do mundo, quinta maior extensão territorial do planeta e nona ou oitava economia no ranking internacional, o Brazil, considerado emergente, é polo geopolítico estratégico nos cenários globalizados, noves fora todas as mazelas que infelicitam a nossa Nação. “Gigante pela própria natureza”, este é apenas um refrão ufanista.

OoO

Há décadas e décadas o Brazil vive patinando com um crescimento econômico medíocre e em meio a bate-bocas ideológicos. Nos anos 1980 transcorreu a década perdida da estagnação econômica, sufocada pela inflação, desagregação social, aumento da pobreza e favelização, disseminação do populismo e das demagogias políticas.

OoO

Naquela época os “Tigres Asiáticos” — Cingapura, Coréia do Sul, Hong Kong e Taiwan — davam curso ao grande salto desenvolvimentista iniciado na década de 1960, com crescimento na faixa de 10 % ao ano, na base de políticas econômicas liberais, educação, disciplina, baixos impostos e estado de bem estar social.

OoO

Na mesma região na Ásia e com territórios mais ou menos equivalentes, a Coréia do Sul, democracia capitalista, exibe um PIB de 1,6 trilhão de dólares, e a Coréia do Norte, ditadura comunista, tem um Pibizinho de menos de 100 bilhões de dólares. Os comunistas coreanos fabricam bombas atômicas para ameaçar os capitalistas, mas são incapazes de fabricar geladeiras para os 26 milhões de habitantes. Geladeiras e rock ‘n’ roll são artefatos subversivos.

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Por que o Brazil não decola? Não decola porque não é passarinho nem avião. Os tigres asiáticos decolaram pelo impulso da livre iniciativa, planos de voo de estabilidade institucional, honestidade nas relações de mercado, mão-de-obra competente e bem remunerada.
O Brazil também não decola por conta da corrupção nos ares e em todos os andares, engrenagens dos poderes montadas para favorecer a concentração de renda nas mãos das elites e das castas parasitárias, penalidades para quem produz e sustenta os sanguessugas do poder.

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No ritmo da inércia, este reino de Pindorama vai continuar patinando com voo de galinha e as próximas gerações vão continuar dançando punk, discutindo teologias socialistas e fazendo passeatas de protesto. Comunista-raiz detesta o rock, por ser um ritmo imperialista. Se você gostar de Elvis Presley, será chamado de reacionário da direita. Se adorar a musa Madonna, nem pensar, será um bicho da ultradireita nos caminhos da perdição. Arriba, galera! Até breve!

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Aprendi um ditado de antigamente: “O soldado é superior ao tempo”. Simbolicamente, o soldado não usa guarda-chuva. O bom soldado não tem medo de chuva, nem de trovoada, nem de relâmpago, nem de aguaceiro. Não tem medo de lobisomem, nem de assombração. Não abre nem para o trovão azul.

Lembrei-me deste ditado ao ler declaração do senador Mourão, general quatro estrelas do Rio Grande do Sul, de que meter os peitos para ajudar os flagelados das chuvas seria desvio de função. Ele é um velhinho de 70 anos cansado das guerras que não combateu. Está mais preparado para soprar bola de sabão, jogar bola de gude, cantar cantigas de ninar para os netinhos, contar histórias da Carochinha para os anciãos da terceira idade e jogar gamão.

General é valente por natureza, ou de nascença. Em sendo gaúcho, é tri valente, como se diz nos Pampas. Nasce com a faca nos dentes. Gaúcho de fronteira, Leonel de Moura Brizola era um coração valente. Tinha coragem cívica e patriótica. Viveu 82 anos e nunca alegou fadiga de material nem ferrugem nos ossos para deixar de lutar pelas causas da nacionalidade. O sonho do Briza era ser presidente da República, mas não estava escrito nas estrelas.

Ao exercer o ofício de periodista e por conta da minha idade avançada, às vezes cometo desvio de função e não entendo bem se vivemos numa República ou Monarquia. Aquele bicho barbudo é rei ou presidente? Também não lembro o nome do guru da seita vermelha que nos governa. Se não me engano o sobrenome dele é Silva, de uma tradicional família da freguesia de Caetés. Casou-se pela décima vez com um jovem formosa e continua em lua-de-mel ao redor do mundo desde que assumiu o mandato. A meta dele é dobrar a meta das viagens extraordinárias do escritor Júlio Verne ao redor do mundo.

Sociedades solidárias fazem a diferença. Confiança entre os cidadãos, honestidade, cultura de filantropia, princípios éticos — esses valores somam-se e impulsionam o desenvolvimento das sociedades. A soma das partes é maior que o todo.

A Bíblia revela que o patriarca Abraão viajou para o outro lado do espelho “farto de viver”. Eis o ideal. O ideal é viver para captar o som divino do universo nas canções de Cole Porter, Paul McCartney, Mozart, Billie Holiday, Janis Joplin, Valdir Azevedo, Pixinguinha, Luís Gonzaga, Michael Jackson do Pandeiro, ler as palavras de Machado de Assis e as poesias de Manuel Bandeira, cantar os Salmos de Salomão. Zeus me livre de ser chamado de um velho borocochô.

O papaizinho aqui, com 75 luas na cabeça, ou 57, pois a ordem dos fatores não altera o produto, fico sentado no trono da minha choupana com a boca escancarada cheia de implantes de titânio esperando a namorada chegar para exercer meus ofícios, apesar do aviso do general-senador de que namorar nesta idade é praticar desvio de função. Mas, aquela ingrata farrapou. E agora, José? A culpa é de Mourão.

*Periodista, escritor e quase poeta

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé, dizia o ditado. Bons tempos quando as montanhas visitavam Maomé. Hoje se Pindorama não vai à guerra, a guerra vem a Pindorama. Esta terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira cruz, exporta montanhas de ferro, montanhas de soja, de sal-gema, rios de suco de laranja, enxames de bois, florestas de madeiras com e sem leis. Importa containers de cocaína dos Andes, violência das fronteiras, arsenais de armas e munições da Europa e das Américas.

Estas terras brasilis exportam em grande escala know how de corrupção. Preparem seus corações! Em tempos de paz, vírgula, vamos importar guerras nas próximas temporadas. Entre um bombardeio e outro contra os irmãos da Ucrânia, o criminoso de guerra Vladimir Putin resolveu exportar guerra sob a forma de gás natural, petróleo, trigo. O custo de reconstrução da Ucrânia será pago pelo mundo. O PIB dos vermelhos, de 1,86 trilhões de dólares, é menor do que do Brazil, de 2,17 trilhões de dólares.

A Rússia é uma potência atômica. Estas terras auriverdes são uma potência mundial em matéria de roubalheira. O PIB da corrupção é incalculável. Aliás, toda ditadura é corrupta e assassina por natureza. Vide bula Putin e seus magnatas, o terrorista Nicolas Maduro e seus comparsas.

O comissário de coração, unhas e dentes comunistas, o guabiru do mensalão e do Petrolão, foi perdoado de todos os pecados cabeludos, e está com ficha limpa para ser eleito uma das excelências do Congresso Nacional, possivelmente presidente da Câmara dos Deputados. Se derem bobeira, irá implantar o parlamentarismo comunista, pois a caterva vermelha não brinca em serviço.

Bons tempos, a seleção canarinha era campeã do mundo. Pelé matava no peito, amaciava a pelota, driblava um, dois, três, disparava o canhão e o goleiro não via nem o azul. Hoje a seleção não ganha nem para o Íbis. (Com todo respeito pelo time do pássaro preto). Em compensação, no Estado da Baía da Guanabara, o maior guabiru dos esgotos cariocas desde os tempos de Pedrálvares Cabral roubou até o Pão de Açúcar aos pés do Cristo Redentor e hoje desfila em carro de Bombeiro e sirenes ligadas como herói nacional.

O mundo financiará a reconstrução da devastada Faixa de Gaza. A reconstrução do Rio Grande do Sul é nosso dever de casa.

O periodista, blogueiro e escritor Magno Martins é um renascentista. Foi nascido e criado na Galáxia de Gutenberg, em meio aos linotipos de chumbo. Renasceu há 18 anos nas nuvens de silício da Internet, vitorioso como sempre. Ainda hoje flutua entre os dois mundos com suas botas de sete léguas.

O empresário Eduardo de Queiroz Monteiro é um ninja. Junto com a família e seus colaboradores, lidera, impulsiona e engrandece o primordial legado do patriarca Armando Monteiro Filho, um nobre na ampla expressão da palavra. Eduardo tem a nobreza de gestos e ações.

A festa em louvor dos 18 anos do Blog e 26 anos da Folha foi um cântico de louvores a quem bem merece.

PLANETA PALAVRA – “Números são infinitos – Palavras são mais infinitas que números!”. Meu novo livro (o quarto), edição primorosa da CEPE Editora, foi impresso e publicado. São crônicas das épocas pré e pós anistia, diretas-já, crônicas atuais, quase poesias e digressões filosóficas. Falta marcar a data de lançamento.

*Periodista, escritor e quase poeta