Em meio à crise interna que atinge o Solidariedade em João Pessoa, um grupo de suplentes de vereadores anunciou, ontem, o rompimento político com o deputado estadual e presidente estadual da legenda, Eduardo Carneiro, e declarou apoio ao prefeito Cícero Lucena (PP), contrariando a nova linha de oposição adotada pelo parlamentar. A decisão ocorre poucos dias após Eduardo Carneiro oficializar o rompimento com a gestão municipal, em razão da exoneração de indicados do partido em cargos da Prefeitura.
Entre os nomes, estão Dema Macedo, primeiro suplente do partido com quase 3 mil votos, e o radialista Jonildo Cavalcanti, também suplente e presidente do diretório municipal do Solidariedade na capital. “Não podemos entrar em uma disputa que não representa a vontade da maioria dos que estão na ponta, trabalhando nas comunidades. Cícero tem sido parceiro das bases e merece nosso apoio”, declarou Dema Macedo.
O cantor e compositor Novinho da Paraíba lançou ontem (11) o clipe de “O Velho Pega”, em parceria com o também paraibano Amazan. A música traz a marca do forró bem-humorado e irreverente que consagrou os dois artistas, unindo tradição e leveza nordestina. Autor de sucessos como “Solidão no Peito” e “Gosto de Você”, Novinho soma mais de duas décadas de carreira, já tendo cantado ao lado de artistas como Dominguinhos e Luiz Gonzaga. Amazan, por sua vez, é conhecido por hits como “Benedita Aparecida” e “A Cabritinha”, e reforça a irreverência da nova faixa.
A deputada federal e ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, (PT) desembarcou em Fortaleza por volta das 16h40min de ontem (11), e foi recepcionada pela militância que encheu o saguão do Aeroporto Pinto Martins. A retorno ocorre após integrar missão humanitária que tentava chegar à Faixa de Gaza, mas foi interceptada por Israel.
“A nossa ida lá, acima de tudo, é o respeito à vida, porque vidas palestinas importam. A nossa luta é uma luta humanitária. E uma missão humanitária não quer saber onde as pessoas estão sofrendo e o que estão sofrendo e porque estão sofrendo. Ela quer simplesmente livrar do sofrimento, porque toda a vida humana deve ser respeitada, como a natureza, como os animais devem também ser respeitados. Então, a nossa atitude foi muito mais uma obrigação moral do meu tempo”, disse a deputada em entrevista coletiva. As informações são do jornal O Povo.
“Independentemente do que entenda, quem entenda, quem quer entender, mas eu sei que os revolucionários, como diz o Che Guevara, são movidos por grandes sentimentos de amor. E eu acho que eu fui movida por um grande sentimento de amor. Amor à vida, amor à humanidade, amor aos palestinos e as palestinas que eu nem conheço, mas eu sei que eles estavam precisando de alguém que olhasse para eles. Então, todos os olhos em Gaza”, complementou.
Luizianne chegou ao Brasil na última quinta-feira (9), quando desembarcou no aeroporto de Guarulhos (SP), encerrando a missão humanitária que integrava rumo à Faixa de Gaza e que foi detida por forças israelenses.
Após chegar ao País, a deputada seguiu para Brasília, onde tinha compromissos antes do retorno à Capital. Luizianne estava como observadora internacional da flotilha humanitária, que levaria alimentos e medicamentos a palestinos.
Na capital cearense, Luizianne mencionou a demora para serem retirados do presídio em que ficou detida.
“Presidente Lula foi o primeiro presidente no mundo que caracterizou [o que acontece em Gaza] como genocídio. Isso custou que Israel tirasse o embaixador de Brasília e o Brasil tirou o embaixador de Israel. Nós só tivemos contato com funcionários da embaixada lá. Inclusive, isso provocou a nossa demora. Nós fomos um dos últimos a sair do presídio de segurança máxima por conta disso”, revelou.
Questionada se tinha passado por algum tipo de tortura, Luizianne disse: “Na hora que a gente chegou no porto, todos nós ficamos por mais de uma hora de quatro pés, como diz aqui no Brasil, com a cabeça no chão. Eu estou com o joelho ferido até hoje. Com cotovelo no chão, segurando o passaporte na frente e com a cabeça no chão por mais de uma hora”, contou. Segundo ela, essa “foi uma imagem que o ministro da Segurança Nacional de Israel fez questão de mostrar para toda a população israelense”.
A recepção da ex-prefeita em Fortaleza contou com a presença de correligionários como o deputado federal José Airton Cirilo; a deputada estadual Larissa Gaspar; os vereadoras professora Adriana Almeida, Mari Lacerda e Dr. Vicente; o presidente do PT Fortaleza, Antônio Carlos; e os superintendentes no Estado do Ibama, Deodato Ramalho, e do Detran, Waldemir Catanho. Lia de Freitas, primeira-dama do Ceará, também recebeu Luizianne.
A deputada disse que haverá, no próximo dia 14, uma audiência pública na Câmara Federal puxada pelo deputado João Daniel (PT-SE), que discutirá o papel do Brasil na reconstrução de Gaza. Para ela, a missão por Gaza ainda não terminou.
“Eu vou estar envolvida em todos esses processos, porque sendo representante da Liga Parlamentar Internacional, que o presidente é do Iemen, então é uma liga que agrega gente do mundo inteiro e que, agora que tudo isso que aconteceu, deu uma força maior para que a liga agora começasse a fazer em todo mundo ações pra gente conseguir conter o genocídio em Gaza. Aí parece que está dando certo, né? Foram 31 dias que movimentaram o mundo, a Europa parou. Então, nós temos que seguir esse exemplo porque no dia que nós tivermos precisando, a gente vai querer que todo mundo se mobilize para vir ajudar a gente aqui”, explicou.
A ex-vereadora de Ipubi e ex-diretora da União dos Vereadores de Pernambuco (UVB), Ana Abrantes, denunciou, ontem (10), possíveis fraudes no uso das cotas de gênero em candidaturas políticas no Estado. O caso teve início em Ipubi, no Sertão do Araripe, onde uma candidata do Partido Progressistas (PP) teria concorrido ao cargo de vereadora nas eleições de 2024 sem realizar campanha, divulgar propostas ou aparecer em atividades públicas. A suspeita levou à abertura de um processo judicial por abuso de poder econômico e irregularidades na aplicação das cotas femininas.
Segundo Ana, a prática tem se repetido em diversas regiões, distorcendo o propósito da legislação eleitoral que busca garantir a representatividade feminina. “Infelizmente, muitas mulheres são colocadas nas chapas apenas para cumprir a cota. Elas acabam sendo usadas como massa de manobra, sem guia eleitoral, sem propostas e, muitas vezes, sem nem aparecer nas redes sociais”, afirmou. O advogado Geraldo Alencar, que acompanha o caso, destacou que 17 pontos já foram reconhecidos como indícios de fraude e abuso de poder. O julgamento, atualmente em andamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), será retomado na próxima quarta-feira, com cinco votos pendentes.
Ana também citou supostas irregularidades envolvendo o PP em Petrolina, onde, segundo ela, houve alteração de votações já decididas. A ex-vereadora defende uma fiscalização mais rigorosa por parte da Justiça Eleitoral e do Ministério Público, além de medidas que assegurem uma participação feminina efetiva. “As cotas de gênero são um avanço, mas quando usadas de forma indevida, tornam-se um retrocesso. A política precisa de mulheres atuantes, e não de nomes lançados apenas para preencher números”, concluiu.
O ex-candidato a prefeito de Santa Luzia, Netto Lima (MDB), anunciou ontem (10) apoio ao projeto de candidatura do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), ao governo da Paraíba. O encontro ocorreu durante agenda de Cícero no Sertão, onde ele tem dialogado com lideranças políticas e comunitárias sobre o futuro do estado.
Netto Lima, que ficou em segundo lugar na disputa pela Prefeitura de Santa Luzia em 2024, com 4.345 votos — o equivalente a 43% do eleitorado — destacou a importância de construir uma frente ampla em torno de Cícero. O nome de Netto, inclusive, tem ganhado força no Vale do Sabugi como possível pré-candidato a deputado federal.
Cícero Lucena agradeceu o gesto e ressaltou que seu projeto de candidatura ao Governo do Estado nasce do diálogo com as diversas regiões e de um sentimento coletivo de continuidade do desenvolvimento. “Recebo com alegria o apoio de Netto Lima, uma liderança importante e respeitada em Santa Luzia. Estamos construindo um projeto que não é apenas político, mas de compromisso com as pessoas, com o interior e com o futuro da Paraíba”, destacou Cícero.
Praticamente nada mudou no cenário ainda amplamente desfavorável para a governadora Raquel Lyra (PSD) emplacar a reeleição nas eleições que se aproximam. Para fechar o calendário eleitoral de 2026 falta menos de um ano, mas a vantagem do pré-candidato do PSB, João Campos, se mantém no mesmo patamar. Na soma total, 31 pontos.
Mas quando se comparam os números por região, a dor de cabeça da governadora aumenta. Na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, onde se concentra 46% do eleitorado do Estado, a diferença é discrepante: 46 pontos percentuais, 61% para 15%. Como tirar tamanha diferença no Interior, se nas cidades só existem duas forças antagônicas, e uma delas estará no palanque de João?
Ilustro com o caso de Caruaru, terra em que a governadora foi prefeita. Com apoio do prefeito Rodrigo Pinheiro (PSD), ela tende a ser majoritária, mas as oposições transferem, no mínimo, 30% dos votos para o adversário de Raquel, que terá no seu palanque lideranças como os ex-prefeitos Zé Queiroz e Tony Gel.
Isso sem contar que João tem ainda o chamado voto da gratidão, daquele eleitor que admirava Arraes, bisavô dele, e o pai Eduardo. Perfil de eleitor que sempre votou em candidatos de esquerda e que enxerga João com as legítimas credenciais para dar continuidade aos legados de Arraes e Eduardo.
Há ainda o fator Lula. Pernambuco é um Estado extremamente lulista. Sempre foi e não será diferente na eleição que se aproxima, levando-se em consideração que o presidente está recuperando a sua popularidade, apontado em todas as pesquisas como franco favorito a conquistar o seu quarto mandato.
Pelo andar da carruagem, um palanque dois para Lula em Pernambuco, armado por Raquel, está descartado. A não ser, como disse o senador Humberto Costa, que a governadora saía do muro e assuma que seu candidato será Lula. Raquel está filiada ao PSD, de Gilberto Kassab, que já lançou a candidatura do governador do Paraná, Ratinho Júnior.
Mas não deve assumir também o candidato do seu partido. Orientada pelos seus marqueteiros, a governadora tende a adotar o muro na disputa presidencial, como fez na eleição passada. Teve votos de lulistas e bolsonaristas que não queriam Marília Arraes governadora. Deu certo, mas em política a história só se repete na primeira vez como tragédia. Na segunda, como farsa.
SEM RESULTADO – Há um ano, exatamente quando viu João Campos despontando em todas as pesquisas, a governadora Raquel Lyra inverteu as suas prioridades e também mudou a agenda, concentrando-se no Interior. Tudo porque percebeu que a Região Metropolitana, onde o adversário reina absoluto, está minada. Mais movimentos que pudessem refletir nas pesquisas e contagiar o humor sairiam do interior para a capital. Pelo menos até agora, segundo os números da pesquisa do Opinião, a estratégia não deu em nada. A não ser que Raquel imagine que adesão de prefeito resolve eleição.
Um clássico que depende do tempo – Mesmo sem reagir, a governadora Raquel Lyra e o prefeito João Campos tendem a travar o duelo do século, segundo analistas políticos dos mais variados perfis. Tudo porque, segundo eles, Raquel está com a máquina nas mãos, dinheiro em caixa sobrando, contraído por meio de empréstimos e obras em andamento que podem lhe dar visibilidade. A pedra no meio do caminho da gestora se chama tempo. O ano praticamente acabou e Raquel só pode participar de inauguração de obras até abril, espaço muito exíguo, até pelos atropelos que vem tendo com licitações no Tribunal de Contas.
O estilo atrapalha – Em reserva, até os próprios aliados da governadora reclamam do seu estilo de governar, sem ouvir ninguém, sem dar autonomia aos secretários e sem fazer nenhum tipo de esforço na relação com os políticos no dia a dia, especialmente os deputados estaduais. “Ela é inflexível, só faz o que passa pela sua cabeça”, revela um deputado da própria base do Governo na Alepe. Para ele, João é simpatia, Raquel antipatia. “Até quando quer ser simpática, não consegue convencer e agradar”, resume o mesmo parlamentar.
Raquelzista juramentado – O deputado Luciano Duque, do Solidariedade, partido de Marília Arraes, virou um raquelzista empedernido. Subiu à tribuna ontem para fazer um discurso batendo na oposição. “É incompreensível que nós temos uma Assembleia Legislativa onde estamos há mais de 100 dias para votar um empréstimo quando a Câmara de Vereadores do Recife passou uma semana”, disse, referindo-se a mais um pedido de autorização de empréstimo à Casa feito por Raquel.
O amor é lindo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), disse, ontem, após a videoconferência com o presidente Lula, que pode vir ao Brasil no futuro. A declaração foi dada a jornalistas na Casa Branca depois de ser questionado sobre a conversa sobre o tarifaço que teve pela manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Em algum momento, eu irei [ao Brasil]”, afirmou Trump. Segundo o republicano, Lula também concordou em visitá-lo nos EUA. A princípio, a próxima oportunidade de encontro entre os líderes será na Malásia, às margens da cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), no final deste mês, sugestão dada por Lula.
CURTAS
JOGOU A TOALHA – Aliado de primeira hora da governadora, Danilo Simões, filho da ex-prefeita de Afogados da Ingazeira, Gisa Simões, entregou, ontem, de forma irreversível, a sinecura que ganhou de Raquel depois de perder a eleição de prefeito. Tantos quanto ele surrupiam o erário sem dar uma hora de trabalho.
REELEIÇÃO COMPLICADA – O que corre nos bastidores da política no Piauí é que o senador Ciro Nogueira (PP) teria um cenário sombrio para a reeleição, daí a razão de passar a ser o maior defensor da candidatura de Tarcísio de Freitas para presidente, sonhando em ser o seu vice. Ronaldo Caiado, concorrente de Tarcísio no bloco da direita, disse que Ciro sofre de ansiedade vergonhosa.
UMA BAGATELA- O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reservou R$ 6,5 bilhões para pagamento de emendas ao Congresso nas últimas duas semanas. Nesse período, foi articulada a votação na Câmara da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês. O projeto foi aprovado de forma unânime na Casa na quarta-feira passada com o apoio de todos os deputados presentes. A liberação das emendas voltou a acelerar no fim de setembro, depois de ficar quase estagnada em agosto.
Perguntar não ofende: Trump vai suspender o tarifaço de 50% depois do balacobaco com Lula?
Diante do aumento dos casos de intoxicação por metanol, que já ultrapassam 200 registros no Brasil, sendo 16 confirmados, uma tecnologia inovadora desenvolvida por pesquisadores do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) ganhou destaque.
O método, capaz de identificar a presença de metanol em bebidas, vem chamando a atenção de autoridades e pode se transformar em uma política pública de prevenção. Garantir a qualidade das bebidas destiladas é o foco dos pesquisadores. Foi criada uma tecnologia de ponta, que consiste em um método rápido e barato para saber se alguma delas está contaminada com metanol.
A tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da UEPB chamou a atenção do Ministério da Saúde. No último sábado, a reitora da instituição, a professora Celia Regina, a vice-reitora, Ivonildes Fonseca, a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, professora Nadja Oliveira, além dos pesquisadores responsáveis pela tecnologia, se reuniram com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha e com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para tratar do assunto, e discutir propósitos sobre os avanços das pesquisas voltadas à identificação de metanol em bebidas alcoólicas comercializadas no Brasil.
A reunião, realizada de maneira remota, marcou um passo significativo na busca por soluções científicas para um grave problema de saúde pública: a adulteração de bebidas com substâncias tóxicas, como o metanol, que vem sendo responsável por intoxicações e mortes em diversas regiões do país.
Segundo a reitora Célia Regina, o encontro foi uma oportunidade para estabelecer uma parceria sólida entre a UEPB e o Governo Federal, com vistas à aplicação prática dos resultados das pesquisas. “Essa união de esforços busca enfrentar de forma técnica, científica e eficaz um grave problema de saúde pública, que tem vitimado pessoas em diversas partes do nosso país”, afirmou. Clique aqui e confira a matéria na íntegra.
Vítima de um mal súbito, o prefeito de Jaçanã, Uady Farias (União), de 65 anos, faleceu na noite de ontem (4) enquanto participava de um compromisso em evento esportivo que acontecia na cidade.
Ele estava em seu quarto mandato à frente da Prefeitura e antes já tinha sido vereador por dois mandatos. Farias chegou a ser socorrido, mas não resistiu e faleceu. As informações são da Tribuna do Norte.
Nas redes sociais, a governadora Fátima Bezerra (PT) e a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) lamentaram o falecimento e se solidarizaram com amigos e familiares.
Um trecho do texto postado no perfil oficial da Prefeitura de Jaçanã informou que “Uady foi mais que um gestor público — foi um líder comprometido com o bem-estar da população, especialmente dos mais humildes”. O velório de Uady Farias acontece desde o início da madrugada no Ginásio Batistão e o sepultamento será neste domingo (5), às 16h, na cidade de Coronel Ezequiel.
O entardecer na belíssima e histórica Juazeiro, na Bahia, cidade-irmã de Petrolina, neste sábado de fim de semana entre terras pernambucanas e baianas. A vida de quem viaja muito é cansativa, mas proporciona momentos inesquecíveis.
Pesquisadores em Campina Grande, na Paraíba, desenvolveram uma forma rápida de identificar a contaminação por metanol. Garantir a qualidade das bebidas destiladas é o foco dos pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba. Eles criaram um método rápido e barato para saber se alguma delas está contaminada com metanol.
O equipamento emite luz infravermelha na garrafa, que pode estar lacrada. A luz provoca uma agitação nas moléculas, e um software recolhe os dados, interpreta as informações e identifica qualquer substância que não faz parte da composição original da bebida, desde o metanol até a adição de água, para fazer o produto render mais. A pesquisa começou analisando cachaça, mas pode ser usada para outros destilados. As informações são do Jornal Nacional
“Essa metodologia foi capaz de, além de identificar se a cachaça estava adulterada com compostos que são característicos da própria produção, ou se foi feita alguma alteração fraudulenta como água ou algum outro composto”, afirma David Fernandes, autor do artigo.
O método detecta adulterações em poucos minutos, sem produtos químicos, com até 97% de acerto. A pesquisa começou em 2023 e, em 2025, os pesquisadores publicaram dois artigos sobre o método na revista “Food Chemistry”, uma das principais dedicadas à química e bioquímica dos alimentos.
Além de facilitar as análises em laboratórios, o equipamento pode ser utilizado por órgãos controladores. Mas, para isso, os pesquisadores estão tentando meios de produzir o método em grande escala e já estão desenvolvendo um novo mecanismo de segurança: um canudo que muda de cor ao entrar em contato com o metanol.
“A gente está desenvolvendo uma solução em que vai ter um canudo impregnado com a substância química, que ao contato com o metanol, ela vai mudar de cor. Isso vai fazer com que o usuário também tenha uma segurança de, quando estiver consumindo a bebida, de que a bebida não tem o teor de metanol”, diz Nadja Oliveira, pró-reitora de pós-graduação da UEPB.