María Corina afirma que proposta de Lula para uma nova eleição na Venezuela é uma “falta de respeito”

A líder opositora da Venezuela, María Corina Machado, qualificou, nesta quinta-feira (15), como “uma falta de respeito” a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que haja uma nova eleição na Venezuela. Ela ressaltou que a oposição correu riscos no processo eleitoral e concluiu: “As eleições já aconteceram”.

“Vamos para uma segunda eleição, se não gostam dos resultados, vamos para uma terceira? Uma quarta? Uma quinta? Até que Maduro goste dos resultados? Aceitariam isso em seus países? Que se o resultado não é satisfatório, repetem as eleições?”, questionou Corina em coletiva a um grupo de jornalistas, da qual a CNN participou.

A ex-deputada disse que a oposição participou do pleito “com as regras da tirania”, correndo riscos, que venezuelanos foram presos e houve mortes registradas. “Considerar não conhecer o ocorrido em 28 de julho para mim é uma falta de respeito com os venezuelanos que deram tudo e expressaram a soberania popular. A soberania popular se respeita e as eleições já aconteceram”, rebateu.

A líder opositora também descartou a proposta de Lula sobre a formação de um governo de coalizão. “Tem que ter muito cuidado, porque os exemplos aos quais se faz referência são nos quais teve diferenças de ordem política de grupos em conflito, mas grupos democráticos ou pelo menos não envolvidos em atividades criminosas, e este não é o caso”, disse.

Da CNN

Mais de duas semanas após as eleições na Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira não reconhecer a declaração de vitória de Nicolás Maduro nas eleições, proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral no dia seguinte à votação, declarando que o venezuelano “sabe que está devendo” uma explicação ao mundo. Lula afirmou também que, se Maduro tiver “bom senso”, poderia convocar novas eleições no país — proposta que lhe foi sugerida pelo assessor especial da Presidência, Celso Amorim. Segundo o brasileiro, uma das sugestões é criar um “governo de coalizão” com a oposição venezuelana.

“Ainda não (reconheço que Maduro ganhou a eleição). Ele sabe que está devendo uma explicação para o mundo. Ele sabe disso” — “, afirmou Lula durante entrevista à Rádio T, em Curitiba.

Lula afirmou ainda que se o presidente venezuelano tiver “bom senso” ele poderia convocar novas eleições, com participações de olheiros internacionais. A ideia de sugerir a Maduro realizar uma nova eleição para tentar pacificar o país havia sido defendida pelo assessor internacional da Presidência, Celso Amorim, mas é a primeira vez que o presidente brasileiro defende publicamente. Lula afirmou, contudo, ser preciso discutir melhor para não tomar uma decisão “precipitada” sobre o assunto.

“O Maduro tem seis meses do (atual) mandato ainda. Se ele tiver bom senso, ele poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral supra partidário que participe todo mundo e deixar que entre olheiros do mundo inteiro. O que eu não posso é ser precipitado e tomar uma decisão. Um governo de coalizão com oposição pode ser saída”, completou o presidente brasileiro.

O Brasil tenta junto com Colômbia e México a abertura do diálogo entre o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, e o presidente Nicolás Maduro, declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Segundo afirmou Amorim nesta semana, a ideia de nova eleição, que funcionaria como uma espécie de segundo turno, ainda é embrionária e ainda não foi discutida com os outros países envolvidos.

Nesta semana, Lula fez um novo contato com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e com o do México, Andrés Manuel López Obrador, para tratar sobre o tema. Embora não tenha dado detalhes sobre a conversa, Lula afirmou que tentaram encontrar uma saída para o impasse nas conversas.

Amorim afirmou que levou a sugestão a Lula após ouvir outros atores internacionais. Na hipótese de haver um “segundo turno”, ele defendeu que a União Europeia suspenda as sanções em vigor e envie observadores para a eleição.

Desde que ouviu a sugestão, Lula tem considerado o assunto e chegou a tratar sobre o tema na última reunião ministerial, realizada na semana passada. Na ocasião, afirmou que Maduro deveria ter tido, ele próprio, a iniciativa de chamar uma nova eleição no país, segundo pessoas presentes no encontro. Embora afirmem que o assunto não é discutido formalmente dentro do governo, auxiliares de Lula admitem que um novo pleito poderia ser a solução para o conflito no país. Essa é a primeira vez que Lula fala publicamente sobre o assunto.

Integrantes do primeiro escalão dão como certo que a posição do Brasil no conflito pode impactar negativamente na popularidade de Lula, justo em um momento em que as últimas pesquisas Genial/Quaest e Ipec mostram o primeiro aumento da popularidade do petista em 2024.

Do Jornal O Globo.

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, disse nesta segunda-feira (12) que o candidato oposicionista Edmundo González assumirá como novo presidente do país em 10 de janeiro, quando termina o atual mandato do presidente Nicolás Maduro.

“González será o novo chefe de Estado e novo comandante das Forças Armadas venezuelanas, e isso dependerá do que todos nós fizermos, os venezuelanos dentro e fora do país. Depende que essa força, organização convicção e compromisso que empregamos nos últimos meses e que teve vitória contundente se mantenha forte e crescendo. E por isso sei que em 10 de janeiro teremos um novo presidente”, disse Corina Machado em entrevista a um canal de televisão.

A fala acontece em tom de pressão a Maduro em meio ao impasse na Venezuela após a eleição de 28 de julho. O dia 10 de janeiro é a data marcada para que o vencedor do pleito assuma o novo mandato, mas a perspectiva para essa cerimônia está incerta já que ambos os lados reivindicam a vitória.

O resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), alinhado a Maduro, é contestado pela oposição e pela comunidade internacional. Segundo o CNE, Maduro foi reeleito com 52% dos votos, mas as atas eleitorais  – documentos que registram os votos e os resultados em cada local de votação do país e que comprovariam o resultado – não foram divulgadas. O órgão alega que o seu sistema foi hackeado.

Em contrapartida, a oposição diz que seu candidato, Edmundo González, venceu as eleições com 67% dos votos e apresenta como prova um site criado pelos próprios opositores com mais de 80% das atas digitalizadas, às quais o grupo teve acesso por meio de representantes que compareceram à grande maioria dos locais de votação. Alguns países como os EUA e a União Europeia anunciaram que consideram González como vencedor da eleição.

Desde a eleição, María Corina Machado diz que Maduro foi derrotado e pede que ele deixe o poder. “Estamos em um momento totalmente distinto. O mundo inteiro sabe que Maduro perdeu, que foi derrotado de maneira avassaladora e que hoje pretende permanecer no poder com a maior fraude da história deste hemisfério. Isso significa que não tem nenhuma legitimidade”, afirmou em entrevista.

Corina Machado também pediu para que a pressão sobre Maduro realizada pela população venezuelana e a comunidade internacional não pare e que force o presidente a parar com a repressão. O presidente colocou as Forças Armadas nas ruas para coibir protestos contra o governo que tomaram o país.

Duas semanas após a eleição, Maduro não parece estar diminuindo o ritmo da repressão. Além de chamar seus opositores de fascistas e golpistas em suas falas públicas, Maduro pediu aos poderes venezuelanos nesta segunda (12) para agir “com mão de ferro”. O presidente já havia dito também que Corina Machado e González “têm que estar atrás das grades” – eles estão escondidos desde o fim do pleito.

Uma reportagem de domingo (11) do jornal americano “The Wall Street Journal” disse que os EUA estariam negociando uma possível anistia a Maduro caso ele deixe a presidência da Venezuela. Nesta segunda-feira (12), a porta-voz da Casa Branca negou que os EUA tenham feito uma oferta de anistia a Maduro desde a eleição venezuelana. (Leia mais abaixo)

Na semana passada, a oposição venezuelana se disse disposta a dar garantias de proteção ao presidente venezuelano caso ele aceite fazer uma transição gradual de poder. Maduro descartou a possibilidade de negociação e pediu que a líder oposicionista María Corina Machado se entregasse à Justiça.

Os Estados Unidos estão tentando negociar a concessão de uma espécie de perdão político ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em troca de que ele aceite deixar o poder, segundo uma reportagem do jornal “The Wall Street Journal” deste domingo (11).

Washington quer oferecer também garantias de que não perseguirá Maduro caso ele aceite reconhecer a vitória que a oposição alega ter tido nas eleições venezuelanas.

No entanto, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse nesta segunda-feira (12) que os EUA não fizeram uma oferta de anistia para Maduro.

“Desde as eleições, nós não fizemos nenhuma oferta específica de anistia a Maduro ou a outros políticos. Não fizemos esse tipo de oferta a ele”, afirmou Karine Jean-Pierre.

A fala da porta-voz do governo americano, de que não houve oferta, não exclui necessariamente a possível existência de negociações por uma anistia, como noticiado pelo “The Wall Street Journal”. Nas falas dos representantes também há o acréscimo do termo “após as eleições” ao dizer que não houve oferta. Segundo fontes ouvidas pelo jornal americano, os EUA haviam feito uma oferta de anistia a Maduro em negociações secretas realizadas no ano passado em Doha, no Catar.

Os Estados Unidos acusam Maduro de conspirar com aliados para levar cocaína aos EUA e, em 2020, ofereceram uma recompensa de US$ 15 milhões (cerca de R$ 82,5 milhões) por informações que facilitassem a prisão do presidente venezuelano. Caso a negociação para Maduro deixar o poder seja bem-sucedida, Washington cancelaria a recompensa, diz o “The Wall Street Journal”.

Do g1

O Departamento de Justiça dos EUA acusa Maduro e mais 14 pessoas ligadas a ele de tráfico de drogas, narcoterrorismo, entre outros crimes, e ofereceu US$ 15 milhões em recompensa por informações que levassem às prisões. Caso a negociação pela anistia siga adiante, Washington cancelaria a recompensa, segundo o Wall Street Journal.

Os EUA já fizeram uma oferta de anistia a Maduro durante conversas secretas em Doha no ano passado, mas o ditador se recusou a discutir acordos em que ele teria de deixar o cargo, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Uma pessoa próxima ao regime disse ao WSJ que a posição de Maduro não mudou por enquanto.

Na sexta-feira (9), o ditador descartou a possibilidade de negociar com a oposição e disse que María Corina Machado, a quem ameaça de prisão, deveria se entender com a Justiça, alinhada ao chavismo. A líder opositora, que está escondida, havia dito que estava disposta a negociar a transição, oferecendo salvo-conduto para que Maduro deixasse o poder.

A oposição ofereceu garantias também aos militares ao pedir pelo fim da repressão aos protestos. A resposta das Forças Armadas, no entanto, foi a reafirmação de lealdade ao regime, que entregou a elas o controle de setores estratégicos do país em troca de apoio.

A oposição afirma que Edmundo González Urrutia venceu a eleição com 67% dos votos e publicou cópias das atas que comprovariam a fraude eleitoral do chavismo. Ele desafiou Maduro nas eleições como candidato opositor.

Do Estadão

Por José Adalbertovsky Ribeiro, periodista, escritor e quase poeta

MONTANHAS DA JAQUEIRA – O petróleo é uma droga alucinógena da pesada. Produz delírios de poder. A PDVSA funciona como uma imensa Cracolândia venezuelana para atender aos viciados em drogas derivadas do óleo de pedra O ditador Nicolas Maduro se embriaga com petróleo, cheira pedras de petróleo e injeta o óleo de pedra nas veias. O coração e o sangue do ditador são pretos feito carvão. O intestino do miserável possui um cano de escape que produz o efeito estuda no meio ambiente. Em seus delírios de poder, quer invadir a província de Essequibo para consumir mais drogas petrolíferas.

Os capachos da ditadura fazem fila na PDVSA para consumir as drogas derivadas do óleo negro. O refino de drogas na Cracolândia da Venezuela trabalha a todos os vapores malignos.

Os moradores de rua que frequentam a Cracolândia em São Paulo fumam as pedrinhas apenas com fins recreativos, para tirar uma onda. Merecem tratamento médico e compaixão humana. O padre esquerdista trata os maconheiros e viciados em crack com amor e carinho, e também com verbas das ONGs.

A Venezuela hoje é uma república quase chinesa sustentada pelos dólares da Rota da Seda. Falar em República Bolivariana significa ultrajar a memória do general Simon Bolívar, um guerreiro em prol da libertação da América da colonização espanhola. A pacificação da República venezuelana chinesa passa pelas mãos do ditador Xi Jinping e pela Praça da Paz Celestial de Pequim.

O energúmeno Maduro assinou uma penca de acordos bilionários com o Império da China para tentar a permanência no poder. Os acordos fazem parte das trilhas da nova Rota da Seda. Os exames de laboratório revelam que nas atuais CNTP – Condições Naturais de Temperatura e Pressão -será impossível pacificar a Venezuela e soerguer a economia para cumprir os acordos. Quem vier depois de Maduro irá honrar os contratos, eu juro por Buda.

O infeliz Maduro deverá ser castrado por um veterinário para que não se reproduzam novos Madurinhos e seja dedetizado o País. Os sanguessugas terão que arranjar outra lavagem de roupa.

O anão diplomático do Itamaraty, vermelho até a massa cinzenta do cérebro, faz vista grossa diante das fraudes e perseguições maduristas aos opositores, e trabalha em favor da ditadura. De tal modo cumpre a pauta de ultraesquerda do Foro de São Paulo, do qual o guru da seita do cordão encarnado é um dos fundadores, ao lado do energúmeno Fidel Castro, com licença da palavra.

A Cracolândia madurista está dando um salto mortal olimpíadas paraolímpicas da tirania e da fraude. Foi proclamada campeã inconteste na América do Sul. Ditaduras de direita são biodegradáveis. Desde Pinochet na década de 1970 já caíram todas na América Latina.

Ora, direis, comunismo é fantasma do passado. Eu vos direi: eles se fazem de defunto pra pegar o coveiro. Comunismo é um vírus mutante. Que tal os regimes da Nicarágua, Coreia do Norte, Cuba e Venezuela? Arriba, galera!

A líder opositora venezuelana, María Corina Machado, rechaçou a possibilidade da realização de novas eleições e ofereceu as atas eleitorais em poder da oposição a quem as queira revisar, segundo destacou em entrevista publicada neste domingo (11), pelo jornal espanhol “El País”. Machado frisou que o resultado das eleições presidenciais de 28 de julho “não é negociável” nem a “soberania popular” que, segundo afirma, deu seu apoio majoritário ao candidato da oposição, Edmundo González Urrutia.

“Na cabeça de quem se pode realizar outra eleição? Aqui já houve uma, nos termos do regime, com uma campanha absolutamente desigual. Fomos sob seus termos, com suas máquinas, com suas atas… As atas que temos são documentos oficiais (…) o mundo sabe que arrasamos”, assegurou a opositora venezuelana.

Nesta linha, ressaltou que “o desafio é fazer com que (o presidente Nicolás) Maduro entenda que sua melhor opção é aceitar os termos de uma transição negociada”, solução com a qual “muitos países, muitos governos estão alinhados”.

“Acredito que é uma posição que une todos os países do mundo quando dizem que devemos ter uma verificação imparcial das atas”, afirmou, acrescentando que as que estão nas mãos da oposição “estão à disposição para que, quem quiser analisá-las, verificá-las, possa fazê-lo”, lembrando que para isso dispõem de uma “base de dados aberta”.

Na opinião da opositora, “já podemos falar de transição”, mas não tanto “de negociação”.

“Para que haja negociação é preciso que ambas as partes queiram. Estamos decididos, com quatro condições. Primeiro, uma negociação que se baseie no respeito pela soberania popular do 28 de julho”, declarou.

“É uma negociação para a transição, não para a partilha do poder ou de outras ideias que surgiram”, comentou, garantindo que a oposição está “disposta a dar garantias, salvos-condutos e incentivos (a Maduro e ao chavismo), sobre os quais não vou entrar em detalhes porque é obviamente inconveniente fazê-lo e seria objeto da própria negociação”.

Paralelamente, opinou que a tarefa é “deter a repressão” que Maduro exerce sobre a sociedade civil.

“Se há uma coisa que devo pedir à comunidade internacional é que esta não tenha recebido a denúncia como ela merece. Estamos falando que Maduro se vangloria diariamente de ter mais de 2.000 detidos, estão retirando testemunhas eleitorais das suas casas, buscando os que foram voluntários no dia das eleições”, denunciou.

Por fim, Machado comentou que não descarta uma possível prisão dela ou de González Urrutia. “Na Venezuela tudo é possível, sinto que no seu desespero Maduro escolheu o caminho mais perigoso, entrincheirando-se, cercando-se de um alto comando militar. Acho que é um grande erro da sua parte e um enorme risco para os venezuelanos”, lamentou a líder opositora.

Da Jovem Pan

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela iniciará uma “perícia” das provas coletadas durante um recurso solicitado pelo presidente Nicolás Maduro para “certificar” sua vitória nas presidenciais de 28 de julho, após a qual emitirá uma decisão de caráter inapelável, disse a presidente da corte neste sábado (10).

“Esta sala eleitoral continua com a perícia iniciada em 5 de agosto de 2024 a fim de produzir a sentença definitiva que dê resposta ao presente recurso”, disse a magistrada Caryslia Beatriz Rodríguez, à frente do Supremo e da sala eleitoral.

O que a corte determinar “terá caráter de coisa julgada por ser este órgão jurisdicional a máxima instância no tema eleitoral, razão pela qual suas decisões são inapeláveis e de cumprimento obrigatório”, ressaltou Rodríguez durante um pronunciamento ao qual foram convocados representantes do corpo diplomático.

O TSJ, acusado pela oposição de favorecer o governo com suas sentenças, pediu o comparecimento dos candidatos após aceitar um recurso de Maduro, em meio a denúncias de fraude, para que a máxima corte certifique o processo eleitoral. Outros oito candidatos minoritários também foram convocados.

A Sala Eleitoral do TSJ convocou o presidente, reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, e seu principal adversário, Edmundo González Urrutia, a quem Maduro ameaçou com a prisão ao acusá-lo de liderar um golpe de Estado juntamente com a líder opositora María Corina Machado.

González Urrutia não atendeu à convocação da máxima corte, considerando que ao se apresentar poria em risco sua liberdade e os resultados das eleições de 28 de julho, que garante ter vencido com 67% dos votos.

“Se eu for à Sala Eleitoral (do Tribunal Supremo de Justiça) nestas condições estarei em absoluta vulnerabilidade pela indefensabilidade e violação do devido processo, e porei em risco não só minha liberdade, senão, o que é mais importante, a vontade do povo venezuelano”, ressaltou o opositor de 74 anos em um comunicado postado nas redes sociais em 8 de agosto.

A oposição publicou em um site na internet cópias de mais de 80% das atas que assegura que provam sua vitória, mas o chavismo tacha o material publicado de fraudulento.

Da Carta Capital

A vice-presidente dos EUA e candidata presidencial democrata Kamala Harris lidera as intenções de voto contra o ex-presidente republicano Donald Trump em três estados que podem ser determinantes nas eleições de novembro. A democrata tem vantagem de quatro pontos no Wisconsin, Pensilvânia e Michigan, de acordo com a pesquisa do New York Times e Siena College divulgada neste sábado (10).

Entre os prováveis eleitores dos três estados, Harris tem 50% e Trump 46%. O levantamento foi feito do dia 5 ao dia 9 de agosto.

A margem de erro de amostragem entre os prováveis ​​eleitores foi de mais ou menos 4,8 pontos percentuais em Michigan, mais ou menos 4,2 pontos na Pensilvânia e mais ou menos 4,3 pontos em Wisconsin, acrescentou o relatório. No total, 1.973 prováveis ​​eleitores foram entrevistados para essas pesquisas.

O presidente democrata dos EUA, Joe Biden, encerrou sua tentativa de reeleição em 21 de julho e endossou Kamala Harris depois de um desempenho desastroso no Debate da CNN contra Trump no final de junho.

Da CNN

Por Marcelo Tognozzi*

Acendeu o sinal amarelo na campanha de Donald Trump. Pouco mais de 2 semanas depois da renúncia de Joe Biden e da chegada de Kamala Harris à disputa pela Casa Branca, os números e os ânimos mostram que a vice-presidente tem chances concretas de vencer a eleição em 5 de novembro.

Ela é muito mais do que uma mulher filha de um negro jamaicano e uma indiana. Foi procuradora-geral da Califórnia, eleita com voto popular e, depois, senadora. Não começou ontem na política.

O agregador de pesquisas fivethirtyeight.com mostra Harris à frente com vantagem de 2,1 pontos percentuais sobre Trump.

Os dados indicam queda na rejeição ao nome da vice-presidente e, hoje, a diferença entre os que a apoiam (42,9%) e aqueles que a rejeitam (48,5%) é de só 5,6 pontos percentuais.

No caso de Trump, embora sua rejeição também esteja em queda, porém com menor velocidade, a diferença entre os que o apoiam (43,4%) e aqueles que o rejeitam (51,6%) é de 8,2 pontos percentuais.

Voto popular nunca foi sinônimo de vitória automática nos Estados Unidos, porque o presidente é escolhido num colégio eleitoral formado por delegados do partido em cada Estado. O vencedor leva tudo, ainda que por 1 voto apenas de diferença. Kamala Harris concentrou sua campanha nos últimos 15 dias nos chamados swing states, aqueles que balançam ora para o lado dos republicanos, ora para os democratas. É nesses Estados que se esconde a chave da vitória que, para acontecer, depende de pelo menos 270 delegados. 

Hoje, projeções do metaculus.com, site em que são reunidas previsões de especialistas, indicam que o Partido Democrata teria os cobiçados 270 votos. Também que os swing states são 9, dos quais:

  • 4 tenderiam a votar no Partido Republicano – Arizona, Nevada, Georgia e Carolina do Norte;
  • 3 penderiam para o Partido Democrata – New Hampshire, Virginia e Minnesota; e
  • 3 estão em aberto – Wisconsin, Pensilvania e Michigan.

Em 5 de agosto, o New York Times publicou uma reportagem mostrando que a troca de Biden por Harris acabou em dor de cabeça para a equipe de Trump. Matthew Dowd, estrategista-chefe da campanha de George W. Bush em 2004, entende que uma campanha curta dá vantagem a Harris, porque a poupa do desgaste de ficar meses no sol e na chuva, com sua vida revirada por dentro e por fora das redes sociais e os adversários pressionando por todos os lados.

“Os republicanos passaram anos atacando Biden e fizeram o mesmo com Hillary Clinton”, lembra Dowd. Mas com Harris isto não aconteceu. Provavelmente porque a subestimaram ou porque ela passou os últimos anos sem protagonismo algum.

Harris não passou pelas primárias, escapando dos ataques dos democratas que desejavam a vaga de candidato a presidente. Quando entrou na disputa já era consenso e a proximidade eleitoral acabou inibindo contestações abertas sobre sua escolha. Afinal, a troca de Biden por Kamala virou uma questão de sobrevivência para o partido.

Diante deste cenário, a campanha de Trump está sendo obrigada a rever todo seu planejamento e recalibrar os ataques. Se antes o adversário era senil, agora estão tendo de encarar uma elétrica Kamala Harris, de 59 anos. Maquiavel dizia que a sorte, como mulher, é sempre amiga dos mais jovens, “porque são menos cautelosos, mais afoitos e com maior audácia a dominam”. A frase está no livro “Maquiavel, o poder: história e marketing”, escrito em 1991, por meu amigo José Nivaldo Júnior, um dos mais competentes consultores políticos do Brasil.

Harris parece ter embarcado no espírito maquiavélico do livro de José Nivaldo. Tem ocupado todos os espaços possíveis na mídia dos Estados Unidos, criando uma onda a seu favor que, claro, acabou refletindo nas pesquisas de opinião. Ela conseguiu –ou conseguiram– diminuir até o impacto da tentativa de assassinato de Trump.

Faltando pouco mais de 80 dias para a eleição, a disputa tende a pegar fogo, porque o país está completamente dividido e polarizado.

O vice de Kamala Harris, o governador de Minnesota Tim Walz, é conhecido por suas atitudes mais tolerantes em relação à cultura woke e a um tratamento menos rígido aos que cumprem pena nas penitenciárias do seu Estado. Sua mulher, Gwen Whipple, tem um trabalho de educação e ressocialização de presos.

Walz pode ser definido como um político de centro-esquerda, ex-militar da Guarda Nacional, ex-professor e ex-treinador de futebol da escola onde dava aulas. Quando tinha 31 anos, em 1995, foi preso por dirigir bêbado e em alta velocidade. Diante do juiz, renunciou ao seu emprego na escola e deixou de treinar o time de futebol. Deu a volta por cima e acabou eleito governador de Minnesota. 

Mas seu problema na campanha não é o passado, mas o presente. No ano passado, ele sancionou uma lei tornando Minnesota um lugar de referência para procedimentos de troca de sexo em crianças. Aqui, pode estar a principal fraqueza de Walz e certamente Trump irá provocar Harris para que explique aos norte-americanos conservadores, maioria do eleitorado, porque apoia esse tipo de iniciativa.

Embora reconheça que Kamala Harris surfa na onda da novidade, o consultor republicano Mike Murphy lembra que mesmo antes do fatídico debate Trump-Biden, os norte-americanos já davam claros sinais de insatisfação com a economia. “Isso continua sendo um perigo para Harris”, sinaliza Murphy. 

Com as previsões de uma recessão batendo às portas dos Estados Unidos, as complicações no Oriente Médio, o impasse na guerra na Ucrânia, a crise na Venezuela e o empoderamento da China, o cenário eleitoral fica ainda mais instável. Kamala Harris, uma vice discreta, quase decorativa, durante os últimos 3 anos e meio, tem diante de si o enorme desafio de provar ser capaz de liderar a maior economia do planeta. Vamos ver até onde ela chega. Trump terá força e criatividade para matar no peito e virar o jogo?

*Jornalista

Um ataque de um míssil russo atingiu um supermercado em Kostiantinivka, cidade ucraniana na região de Donetsk, na linha de frente da guerra, nesta sexta-feira, matando pelo menos nove pessoas e ferindo outras dezenas, disseram autoridades.

O bombardeio causou um incêndio que foi contido, afirmou o ministro do Interior, Ihor Klimenko. Nuvens de fumaça preta saindo do prédio destruído podiam ser vistas em imagens e vídeos postados pelas autoridades.

“Os terroristas russos atingiram um supermercado comum e uma agência dos correios. Há pessoas sob os escombros”, disse o presidente Volodimir Zelenski no X.

Os serviços de emergência continuavam trabalhando em meio aos destroços em busca de sobreviventes, declarou Zelenski.

O governador da região, Vadim Filashkin, afirmou inicialmente que a Rússia usou artilharia, mas depois declarou que o ataque foi feito por um míssil ar-superfície X-38.

A Nova Poshta, maior empresa privada de correios da Ucrânia, disse que seu escritório de cargas no supermercado foi danificado no ataque.

“Todos os nossos funcionários estão vivos. Um colega sofreu uma concussão —ele está recebendo toda a ajuda necessária”, afirmou a empresa no X.

Casas, lojas e dezenas de carros também foram danificados no ataque, de acordo com a postagem do ministro do Interior no Telegram.

Kostiantinivka fica a apenas 13 quilômetros da linha de combate ativa no leste da Ucrânia. Partes da região de Donetsk que se mantêm sob controle de Kiev são regularmente atacadas por bombardeios e ataques aéreos russos.

Com informações da Folha de São Paulo.