Suprema Corte da Venezuela impede líder da oposição de concorrer nas eleições

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela confirmou a proibição da líder da oposição, María Corina Machado, de ocupar cargos públicos por 15 anos. A decisão aumenta os obstáculos para a oposição nas eleições e favorece a permanência do ditador Nicolás Maduro no poder. Além de Corina Machado, Henrique Capriles, outra figura proeminente da oposição, também teve confirmada sua inabilitação por 15 anos. Enquanto isso, Leocenis García e Richard Mardo tiveram suas inabilitações canceladas. A medida do TSJ é criticada por políticos e ativistas venezuelanos, que a consideram uma tentativa do regime de enfraquecer a oposição, retirando suas principais figuras do cenário político.

A decisão baseia-se em alegações de que María Corina Machado teria participado de um esquema de corrupção vinculado a Juan Guaidó, durante o período de 2019 a 2023, quando este foi reconhecido como presidente interino por parte da oposição e de outros países. A decisão também levanta preocupações sobre a violação do Tratado de Barbados, assinado entre o governo e a oposição, que buscava garantir eleições livres e justas em troca do relaxamento de sanções dos Estados Unidos. As informações são do Estadão.

Além disso, a situação política na Venezuela se intensifica com a prisão de colaboradores de María Corina Machado por supostas conspirações. O procurador-geral do país, Tarek William Saab, indiciou líderes regionais da sua campanha por envolvimento em uma suposta conspiração contra o governo.

Apesar das pressões, a oposição reafirma sua intenção de manter a rota eleitoral, considerando a decisão do TSJ como um obstáculo, mas sem abandonar a via democrática. O enfraquecimento do regime de Maduro é percebido como a principal razão para sua postura mais defensiva e agressiva contra os opositores. A Constituição venezuelana e a inabilitação de mais de 1.400 cidadãos para cargos públicos desde 2002 levantam questões sobre a legalidade dessas sanções administrativas. 

A Noruega, envolvida nas negociações entre Maduro e a oposição, propôs um mecanismo de revisão das inelegibilidades, mas as recentes decisões do TSJ indicam uma falta de avanço nesse processo. A crise política e as ameaças de reversão de medidas pelos Estados Unidos intensificam a instabilidade interna no país, enquanto Maduro declara que os acordos assinados com a oposição estão “mortalmente feridos”.

Em meio à guerra entre Israel e o Hamas, Itália, Estados Unidos, Austrália e Canadá suspenderam o financiamento da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos, a UNRWA, após a acusação de Israel de que agentes do órgão estariam envolvidos no ataque do Hamas em região próxima à Faixa de Gaza em 7 de outubro. O Ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, declarou em seu perfil no X (antigo Twitter), que o país suspendeu o apoio à UNRWA “após o ataque atroz a Israel”, sem direcionar a suspeita do Estado governado por Benjamin Netanyahu. 

Já a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, disse estar profundamente preocupada com as acusações. “Estamos conversando com parceiros e suspenderemos temporariamente o desembolso de financiamento recente”, escreveu a política na mesma rede social. As informações são da Veja.

Hussein al-Sheikh, secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), lamentou a suspensão do apoio à agência da ONU e disse que isso provoca grandes riscos de ajuda política e humanitária. “Apelamos aos países que anunciaram a cessação do seu apoio à #UNRWA para que revertam imediatamente a sua decisão, o que implica grandes riscos de ajuda política e humanitária, pois neste momento específico e à luz da contínua agressão contra o povo palestiniano, precisamos do máximo apoio a esta organização internacional e não interromper o apoio e a assistência a ela”, disse al-Sheikh.

Em um comunicado oficial, o Hamas acusou Israel de fazer uma campanha de incitamento contra as agências da ONU que prestam assistência aos palestinos na Faixa de Gaza. Na última sexta-feira (26), a UNRWA negou que exista um conluio entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Hamas. “Enfatizamos a importância do papel destas agências na prestação de socorro ao nosso povo e na documentação dos crimes da ocupação”, afirmou o órgão.

Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, avisou que o país tentará impedir a UNRWA de operar em Gaza após a guerra.

Por Marcelo Tognozzi*

Meu pai tinha um livro chamado “Mil Dias” de Arthur M. Schlesginger Jr, vencedor do Pulitzer de 1966. Eram 2 volumes que ficavam bem no centro da sua estante de livros. O “Mil Dias” conta a biografia de John Kennedy durante seu período na Casa Branca. Eu era um moleque de 8, 9 anos, olhava aqueles volumes e imaginava que, pela grossura dos exemplares, cada página devia corresponder a 1 dia.

Mais de 3 décadas depois, fui entender o significado de 1.000 dias de governo na política norte-americana. Eles são um marco. Depois deles é campanha. Se o governante fez o dever de casa com competência, estará a um passo da reeleição. Do contrário, acabará às portas de uma aposentadoria dourada, coberta de pequenas glórias.

Neste ano, teremos eleições nos Estados Unidos e tudo indica que o presidente Biden não terá vida boa até novembro, quando os norte-americanos irão às urnas decidir seu destino político. É o que mostra pesquisa publicada no site FiveThirtyEight comparando os 1.000 dias de Biden com os presidentes que estiveram na Casa Branca nos últimos 78 anos, começando por Harry Truman (1945-1953).

Biden tem uma rejeição crescente. De abril de 2023 a janeiro deste ano, ela cresceu quase 7 pontos e chegou a 55,7% em 24 de janeiro. Biden chegou aos seus 1.000 dias com apenas 38,8% de aprovação. Nem Jimmy Carter, com 53,8% de aprovação no seu milésimo dia, registrou performance tão ruim. Carter foi derrotado por Reagan. Truman, que chegou a ter 36,1% de aprovação, acabou se reelegendo.

Biden está pior que Bush pai, que tinha 46,3% de aprovação nos 1.000 dias, e Trump (42,8%), que não foram reeleitos. Exceto Kennedy, assassinado em 22 de novembro de 1963, os demais ex-presidentes ganharam um 2º mandato.

Nas principais pesquisas listadas pelo FiveThirtyEight neste janeiro, todas mostram a popularidade de Biden em queda, com aumento das avaliações negativas variando de 10% a 22%. No pior cenário, Biden tem 35% de aprovação e 57% de desaprovação. No melhor, tem 55% de rejeição e 44% de aprovação.

Aos 81 anos (em novembro completará 82), o atual presidente norte-americano dá sinais claros de limitações em função da idade. Tem problemas de locomoção e cometido gafes em série, como chamar o Camboja de Colômbia, confundir a seleção neozelandesa de rúgbi com um grupo militar britânico ou terminar um discurso em Connecticut com a frase “Deus salve a rainha”, sem que o evento, o local ou sua fala tivessem qualquer ligação com a Sua Majestade, que morreria 3 meses depois.

Para piorar ainda mais o inferno de Biden, pesquisa publicada no fim de 2023 registrou que 70% dos norte-americanos acreditam que a política econômica de Biden prejudicou a economia do país. Só 14% viram alguma melhora.

Há fatos que têm incomodado e até revoltado eleitores norte-americanos, como o empobrecimento da Califórnia e outros Estados como Pensilvânia, onde há leis que permitem cidadãos roubarem mercadorias de lojas e supermercados sem serem incomodados pela polícia. O resultado tem sido o esvaziamento econômico com empresas mudando para o Texas ou a Flórida, onde esse tipo de tolerância não existe.

Outro problema é a política externa de Biden, principal financiador da Ucrânia na guerra contra a Rússia, cujos resultados são tão ruins quanto a memória do presidente, que trocou o nome do presidente Volodymyr Zelensky e insiste em chamá-lo de Vladymyr. Há também uma atuação tímida no conflito do Essequibo e na guerra do Oriente Médio.

O establishment norte-americano não conseguiu matar Donald Trump como fizeram no Brasil com o ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje impedido de disputar eleições. Trump se prepara para receber a indicação do Partido Republicano depois de vencer as primárias de New Hampishire e desidratar um por um dos seus adversários internos. Será muito, muito difícil mesmo, barrar sua candidatura nessa altura do campeonato.

Nos últimos 3 anos, Trump sofreu muita pressão e muito lawfare, com parte do judiciário norte-americano movido a militância política. Foi superexposto na mídia, que o submeteu a todo tipo de constrangimento, dando voz a qualquer um que o acusasse de qualquer coisa: de envolvimento com prostitutas até sonegação de impostos. Todo esse esforço de desconstrução de imagem não encontrou guarida no eleitor estadunidense médio que, seja pelas trapalhadas do presidente ou pelos excessos contra Trump, rejeita Biden e os democratas.

Pela 1ª vez em muitas eleições, o presidente é o único candidato competitivo dos democratas. Isso indica a necessidade de uma autocrítica e reposicionamento, como se deu depois que Reagan governou 8 anos e Bush pai, 4. Ou seja, levaram 12 anos para se recuperar da derrota de Carter.

Para ganhar a eleição em novembro, Biden precisa pôr em prática uma lição que Carter tentou aprender, mas não foi capaz. A crise do seu governo é de confiança. Quando o eleitor diz que a economia vai bem, mas esse mérito não é do governo, é porque ele confia mais nos agentes econômicos do que no presidente. Parodiando James Carville, marqueteiro de Bill Clinton: é a confiança, estúpido.

Em 15 de julho de 1979, Carter fez um longo discurso em rede nacional. Falou sobre suas viagens ao interior e repetiu frases ouvidas dos eleitores. Destaco 2 delas: “Você não vê mais o suficiente as pessoas”; e “Não fale conosco sobre política ou a mecânica do governo, mas sobre a compreensão do nosso bem comum”.

Adiante, ele admite que os Estados Unidos viviam uma crise de confiança, a qual passava pelo choque do petróleo e o encarecimento da energia nos anos 1970.

Mas mesmo reconhecendo o problema, Carter não soube propor uma solução que seduzisse o eleitorado e restaurasse a confiança perdida. No ano seguinte, foi derrotado por Reagan. Se Biden tiver tempo e disposição para consertar isso, pode virar o jogo. Se não conseguir, acabará com pequenas glórias e uma aposentadoria dourada igual a de Jimmy Carter.

*Jornalista

Do blog do Ney Lopes

Parece ficção, mas a lei dos Estados Unidos, país mais avançado do mundo, não proíbe que um candidato a presidente da República, considerado penalmente culpado, possa fazer campanha e, se ganhar, exercer o cargo mesmo na prisão.

Na eleição de 5 de novembro deste ano há um caso típico. O republicano Donald Trump é alvo de diversos processos em diferentes esferas judiciais. Mesmo assim, ele deu todas as indicações de que seguirá em frente, independentemente do que aconteça.

Trump tem uma vida pessoal tumultuada. Fatos e curiosidades lançam luz por trás das manchetes que envolvem seu nome. Vejamos alguns detalhes e episódios que lhe rendem seguidores leais e críticos fervorosos.

Foi o quarto dos cinco filhos de Fred Trump, construtor civil de sucesso, cuja empresa respondeu na justiça por abusar do programa de garantia de empréstimo, superestimando os custos de seus projetos de construção. Trump foi co-proprietário de três grandes concursos de beleza de 1996 a 2015: Miss Universo, Miss EUA e Miss Teen USA.

Dorme apenas quatro horas por noite. Foi para a escola militar aos 13 anos, quando o seu pai decidiu enviá-lo, porque sentiu que o jovem Donald precisava de mais disciplina e foco em sua vida. Quando se trata de jantar, as principais escolhas de Donald Trump são bifes e massas. Tem amor por fast food.

Ele evitou o alistamento para o serviço militar no Vietnã cinco vezes, sendo quatro vezes na faculdade e uma vez alegou que sofria de esporas ósseas nos pés.

Trump acredita em lema de vida bastante existencial. Diz que “ por mais triste que pareça, a vida é o que você faz enquanto espera a morte, então é melhor se divertir”.

Já foi processado mais de 3.000 vezes pelos seus parceiros de negócios, funcionários, empreiteiros e bancos. Desde a década de 70, mais de 20 mulheres acusaram-no de má conduta sexual.

Teve três afiliações políticas. Foi democrata de 1987 a 2009, independente em 2011-2012 e atualmente republicano.

Fabricado na China, o papel higiênico Donald Trump é comercializado como um “presente político único”, macio e ultra absorvente.

Ele tem uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, em reconhecimento às suas contribuições para a indústria do entretenimento. Trump sempre demonstrou estilo pessoal incomum. É intensamente preocupado em demonstrar seu sucesso e realizações para os outros.

Mostra temperamento exaltado com tendência a retaliar duramente aqueles que, em sua opinião, o traíram ou o trataram injustamente. Trouxe esse perfil para a política.

Ultimamente, como pré-candidato, tem deixado de acusar o democrata Biden de senilidade, pelo fato de ele próprio demonstrar falhas na percepção de nitidez mental.

A rival Nikki Haley observou que ele “ficou confuso” ao confundi-la com a deputada Pelosi várias vezes durante um discurso, acusando que ela era “responsável pela segurança” no Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021.

Trump pretende voltar à presidência americana trazendo consigo a memória de ter comandado ataque armado ao Congresso do seu país e com a dúvida de que poderá aproximar-se da Rússia, pela sua amizade com Putin.

Realmente, é uma sombra, não apenas para o seu país, mas para o mundo.

Em resposta a uma carta enviada pelo presidente americano Joe Biden, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou Biden para uma visita ao Brasil “preferencialmente neste primeiro semestre”.

No texto da carta, o presidente brasileiro destaca o contexto dos 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos e afirma que, em função disso, “gostaria muito de convidá-lo para visitar o Brasil, preferencialmente neste primeiro semestre” para que os dois possam “celebrar a ocasião no mais alto nível e dar continuidade ao aprofundamento de nossa parceria”.

Poucos parágrafos depois, chegando ao fim da carta, Lula volta a dizer que “gostaria muito de contar com a sua presença no Brasil”.

Troca de cartas

A mensagem do presidente do Brasil para Joe Biden foi enviada em 23 de janeiro. Antes disso, em 17 de janeiro, Biden escreveu para Lula. Como noticiou o blog da Natuza Nery, em sua carta, Joe Biden chama Lula de “amigo” e diz que há muito a ser feito pelos dois presidentes.

A carta enviada pelo governo americano também diz que eles estarão “lado a lado para garantir que a democracia continue triunfando”. Na mensagem, o presidente Joe Biden expressou concordância com o discurso de Lula no aniversário dos ataques golpistas de 8 de janeiro.

Ao reforçar a insistência para o convite da visita de Biden no primeiro semestre, o governo brasileiro considera que seria o momento oportuno para Lula reforçar o apoio a ele em um ano de eleições nos Estados Unidos, com o presidente americano enfrentando uma dura campanha pela reeleição.

Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia último dia 17, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que o Brasil e os Estados Unidos estarão “lado a lado para garantir que a democracia continue triunfando”.

Biden chama Lula de amigo e diz que há muito a ser feito pelos dois mandatários. O presidente americano expressou concordância com o discurso de Lula no aniversário dos ataques golpistas de 8 de janeiro. As informações são do blog da Natuza Nery.

“Meu amigo, ainda temos muito a realizar. Como você afirmou com tanta razão em seu discurso marcando o triste aniversário da tentativa de golpe de Estado no Brasil, a democracia nunca está pronta, precisa ser construída e cuidada todos os dias’.”

Os ataques golpistas ao Brasil aconteceram em 8 de janeiro de 2023, dois anos após os ataques ao Capitólio dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021.

Ambos os casos guardam muitas semelhanças. Nos EUA, os golpistas não aceitavam a derrota do ex-presidente Republicano Donald Trump para o atual presidente. No Brasil, os eleitores favoráveis a Jair Bolsonaro também não aceitavam a derrota do capitão reformado para Lula. O questionamento do resultado das eleições, nos dois países, se deu pela tentativa de deslegitimar as eleições alegando fraude.

No último dia 23, Lula escreveu a Biden e o convidou para vir ao Brasil. O petista ressalta, em sua carta, a boa relação entre os dois países no momento e o aniversário de 200 anos das relações diplomáticas entre os dois Estados.

Nos bastidores, a reportagem apurou que a intenção de Lula é fazer um gesto no momento em que Biden está em um processo de sucessão, e ele fez esse gesto por diversos motivos. Biden enfrentará uma dura campanha para conquistar sua reeleição em novembro deste ano. O presidente americano tem ido bem nas primárias do partido, mas sua ausência nas prévias Democratas têm preocupado eleitores.

O Brasil e os EUA mantém relações diplomáticas desde 1824, quando o então presidente americano, James Monroe, reconheceu a independência do Brasil. A primeira missão diplomática (Legação) dos EUA no Brasil foi instaurada em 1825, no Rio de Janeiro. O representante americano em terras brasileiras foi Condy Raguet. Ele se apresentou ao imperador Dom Pedro I em outubro daquele ano.

Levou 80 anos para que a legação tivesse o seu status elevado para Embaixada. Em 1 de janeiro de 1905, David E. Thompson foi nomeado embaixador dos EUA no Brasil.

O presidente Lula (PT) fez uma carta convidando, há poucos dias, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para vir ao Brasil. Na carta, Lula ressaltou a boa relação entre os dois países atualmente, a relação diplomática entre o Brasil e os EUA, que completa 200 anos. Então, Lula está chamando Biden para a celebração desse bicentenário.

Nos bastidores, o blog da Natuza Nery apurou que a intenção de Lula é fazer um gesto no momento em que Biden está em um processo de sucessão, e ele fez esse gesto por diversos motivos.

Primeiro, porque ele reconhece todos os gestos feitos por Biden. Assim que as urnas declararam Lula presidente em 2022, Biden, os EUA e a Casa Branca, reagiram muito rapidamente, dando a nota de parabéns. Isso, naquele momento crítico, foi considerado super importante a eleição brasileira ter este reconhecimento rápido dos EUA.

Biden enviou Jake Sullivan, conselheiro nacional de segurança americana, no período de transição, para se encontrar com o governo. O encontro que aconteceu em 5 de janeiro de 2023 e a conversa entre Lula e Sullivan durou uma hora.

Ainda, Biden teve uma resposta rápida aos ataques golpistas de 8 de janeiro em Brasília. Então, houve ali vários gestos que Lula, segundo interlocutores, apreciou muito. E, no momento em que o Biden está nesse processo de sucessão, o presidente achou que, eventualmente, uma vinda dele ao Brasil com a agenda ambiental e de crescimento da economia via energia renovável, o Brasil acredita que é um gesto importante, caso o presidente americano aceite o convite.

Por hora, segundo o blog apurou, não há nenhuma sinalização de que Biden vem ao país, até porque ele está imerso no debate eleitoral americano. Já há, inclusive, uma ou outra sinalização de que essa visita neste momento seria difícil. De qualquer maneira, Lula achava que tinha que fazer esse gesto. O convite está feito.

Por Márcio Accioly

Um escândalo de graves proporções está se desenrolando nos EUA, com a gravação de conversa entre o presidente do Partido Republicano no Arizona, Jeff Dewitt, e a candidata ao Senado por aquele estado, Kari Lake. Dewitt perguntou a Lake quanto ela desejaria ter em dinheiro para desistir de sua popularíssima candidatura. Foi Kari Lake quem gravou e divulgou a conversa. Jeff Dewitt já renunciou. Kari Lake é firme apoiadora de Donald Trump e atuou como jornalista por vários anos no estado do Arizona.

A candidata é pessoa preparadíssima, respeitada e íntegra. Está sendo cotada, inclusive, como candidata a vice-presidente de Donald Trump, mas resiste à ideia. O fato é que não há melhor nome, pois Kari Lake, ao longo de curtíssima carreira política, tem demonstrado ser correta e leal, coerente com o que prega. No último pleito, foi candidata a governadora do Arizona e teve a eleição roubada. É pessoa valorosa de excelente caráter, coisa rara entre os humanos.

Tudo isso nos leva a refletir acerca do pesado momento de crise que o mundo atravessa. Os EUA transmitem a impressão de margear possível guerra civil. A (des) administração Joe Biden abriu a fronteira sul do país e milhões de migrantes já ingressaram no território norte-americano, disparando índices de criminalidade. A esquerda, no comando administrativo, está disposta a tudo para permanecer. Os opositores correm sério risco.

Se Donald Trump assumir a Presidência dos Estados Unidos, no próximo ano, o sistema político mundial será submetido a transformação impensável. A esquerda sabe disso e luta ferozmente para a manutenção de cenário que solapa as bases da civilização ocidental. Estamos num impasse. A chamada elite mundial (Bill Gates, Jeff Bezos, Klaus Schwab, George Soros, Mark Zuckerberg e outros), pretende comandar a população mundial com vacinas, chips, imposições e manipulação pela mídia. A imprensa mente.

Quando a tentativa de aterrorizar e impor medo crescente não conseguir funcionar, eliminar-se-ão milhões de pessoas (como está sendo feito, agora, com a “vacina”), para que tudo seja encaminhado de volta à “normalidade”. É ciclo do qual só será possível escapar pela conscientização e mobilização de todos, em violenta reação. Não existe meio termo: é questão de vida ou morte. Os que se submeterem, aceitando as imposições, serão escravizados e eliminados na primeira falha. Simples assim. O mundo sempre foi louco.

Por Dirac Cordeiro

Em 2007, publicamos o artigo “Model of Combined Prevision: “An Application of the Monthly Series of Dengue Notifications in the State of Pernambuco” na revista “Internacional Communications in Statistics – Simulation and Computation” sobre a incidência da dengue em Pernambuco e simulações de sua trajetória em função da população variável do mosquito transmissor Aedes Aegypti. Na época o cenário traçado pelo modelo apoiou-se numa extrapolação dos resultados das previsões obtidas. A resposta das previsões aceita pelos testes estatísticos adequados foi a baixa possibilidade (quase zero) de erradicar a doença nos próximos 10 anos.

Sabe-se que a dengue é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes Aegypti, que também é o vetor transmissor da febre amarela. Qualquer uma dessas epidemias está diretamente ligada à concentração do mosquito transmissor, ou seja, quanto mais desses insetos, mais doenças far-se-ão presentes.

A primeira grande epidemia se deu em 1920 no Rio de Janeiro atingindo, posteriormente, todo o território nacional. Numa grande campanha realizada no ano de 1955 pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) conseguiu-se erradicar o Aedes Aegypti não somente no Brasil, mas na maioria dos países do continente americano. Entretanto, por falta de recursos, a referida campanha não foi completa; sendo assim, o mosquito continuou presente nas ilhas caribenhas, especialmente, nas Guianas e na Venezuela, voltando a se espalhar para o Brasil, a Bolívia e Colômbia.

Na década de 1970, o Brasil figurava com um surto de dengue em suas principais cidades, provavelmente vindo do Caribe em pneus contrabandeados. No ano de 2002, o Rio de Janeiro e Pernambuco foram notificados como os Estados líderes da doença, tendo o primeiro o maior índice de ocorrências e óbitos. Já em Pernambuco, o número de casos notificados em 1998 foi espantoso, representando cerca de 1,5% da população dos 14 municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR).

Vale ressaltar que essa região possui uma alta densidade populacional, além de um grande percentual de domicílios sem rede de esgoto e água encanada, restando à população usar reservatórios e pequenos recipientes no seu dia a dia. A única garantia para o fim da dengue é a total ausência do vetor transmissor.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que há maior probabilidade de ser deflagrada uma epidemia quando os índices de infestação predial – número de imóveis amostrados com focos positivos de Aedes Aegypti sobre o total de imóveis inspecionados – estiverem acima de 5%. No entanto, não existe um limite inferior no qual se possa afirmar que não ocorrerão surtos de dengue. 

Para explicar o comportamento da série das notificações da dengue no Estado de Pernambuco, elaboramos um modelo matemático, representado pela combinação de outros três modelos clássicos de séries temporais. A decomposição da série temporal das notificações da dengue no período de 1995 a 2001 sugeriu que entre as componentes relevantes e explicadoras do comportamento da série destaca-se a componente sazonal.  Após análise dos resultados das estimativas das notificações feita pelo modelo obteve-se à seguinte conclusão: no futuro havendo um desequilíbrio entre as componentes estacionais e sazonais da série, a probabilidade de uma nova explosão das notificações seria grande, gerando provavelmente uma epidemia mais grave que as anteriores.

Neste ano 2024 estamos convivendo com alguns casos de microcefalia de recém-nascidos. Alguns cientistas médicos sugerem que essas ocorrências são decorrentes de infecções provocadas pelo mosquito.  É urgente que os sanitaristas brasileiros proponham um plano “Dengue” para erradicar essa doença de todo o território nacional.

Estamos há mais de 50 anos convivendo como um “bando de gente” sem saber o que fazer e tentando não ser o próximo notificado.  Não resta dúvida de que as instituições públicas necessitam informar e esclarecer a população que existe um risco de epidemia desse agravo, uma vez que demandará muito tempo para que essa doença possa ser erradicada totalmente do Brasil.

Segundo o Portal Folha de Pernambuco, com base nos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Informações de agravos de Notificações (Sinan online), o Brasil bateu recorde de mortes por dengue no ano de 2023 (Agência Brasil 27/12/23). Vale salientar, que em todos os estados da federação, a taxa de variação das notificações é positiva. Esta tendência é preocupante, em virtude do alerta da OMS: “o Brasil é o país com mais casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões registrados em 2023”. Mudanças climáticas (efeito sazonal) podem levar à proliferação de vetores, convergindo novamente, para um estado epidêmico. (Agência Brasil 2023).

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, hoje, o compartilhamento de provas com a Controladoria-Geral da União (CGU) de investigações que atingem o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. Com isso, a CGU terá acesso a dados de:

  • inquérito que apura atuação de milícia digital contra a democracia
  • inquérito que apura o vazamento de dados de operações sigilosas em curso perante a Polícia Federal
  • inquérito que investiga a conduta dos autores intelectuais e incitadores dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023
  • apuração sobre fake news contra as instituições
  • apuração sobre possível interferência da PRF nas Eleições de 2022
  • apuração sobre adulteração de cartões de vacina de Bolsonaro e aliados
  • apuração sobre a entrada de joias doadas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro e tentativas de reavê-las
  • apuração sobre a utilização indevida de ferramenta na ABIN

A CGU acionou o Supremo para ter acesso a dados das investigações. O objetivo é avaliar se há indícios de que servidores públicos atuaram nesses casos.

“Em se confirmando o envolvimento de agentes públicos federais, esses podem ter incorrido em faltas graves passíveis de apuração e punição disciplinar por violarem os deveres e proibições nos termos da Lei n.° 8.112/90 e normas correlatas”, disse a CGU.

No pedido ao STF, o ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, afirmou que o “compartilhamento revela-se fundamental para possibilitar a esta CGU — por intermédio da Corregedoria-Geral da Unido, na condição de Órgão Central do Sistema de Correição do Poder Executivo federal —, a adoção das providências cabíveis para a promoção da responsabilização administrativa dos agentes públicos federais envolvidos”.

Moraes atendeu em parte ao pedido da CGU. Não serão repassados dados que possam interferir nas diligências ainda pendentes.

“O Supremo Tribunal Federal já se manifestou no sentido de inexistir óbice à partilha de elementos informativos colhidos no âmbito de inquérito penal para fins de instrução de outro procedimento contra o mesmo investigado”, escreveu Moraes.

O ministro rejeitou o pedido da CGU para ter acesso a uma delação premiada. Segundo Moraes, o compartilhamento, “neste momento processual, se revelaria absolutamente prematuro, em razão da pendência de finalização das diversas diligências determinadas”.