Sem Biden na disputa, só Michelle Obama venceria Trump, diz pesquisa

Caso Joe Biden desista da candidatura, Michelle Obama é o único nome democrata capaz de vencer Donald Trump nas eleições de novembro nos Estados Unidos, segundo pesquisa eleitoral da Reuters em parceria com o Ipsos, divulgada ontem.

O levantamento mostra que a ex-primeira-dama venceria Trump por 50% a 39%, caso disputasse a eleição. Michelle, no entanto, já declarou diversas vezes que não pretende concorrer ao cargo.

Segundo a pesquisa, nenhum dos outros nomes cotados para substituir Biden no pleito conseguiriam vencer o candidato republicano em um confronto hipotético.

A atual vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, ficou atrás de Donald Trump, com 42% a 43% das intenções de voto respectivamente.

Já o governador da Califórnia, Gavin Newsom, aparece três pontos percentuais atrás do republicano. Enquanto o democrata surge com 39%, o republicano aparece com 42%.

Outro nome ventilado para substituir Biden, a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, recebeu 36% de apoio contra 41% de Trump.

Além disso, o levantamento aponta que um em cada três democratas acreditam que Joe Biden deve desistir da eleição após o desempenho questionável no debate contra Trump.

Apesar das críticas, o atual presidente dos Estados Unidos afirma que não pretende desistir da disputa. Publicamente, o Partido Democrata tem expressado apoio a Biden. Contudo, existem rumores na mídia norte-americana de que a sigla discute substituir o atual candidato após a enxurrada de críticas após o embate com Trump.

Com informações do Metrópoles.

O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, saiu na frente no primeiro turno das eleições parlamentares realizado ontem (30), com 33% dos votos, informou o Ministério do Interior francês. Já a Nova Frentre Popular, de esquerda, ficou com 28% dos votos. O bloco centrista do presidente Emmanuel Macron atingiu 20%.

O pleito teve recorde de participação em 40 anos e a concretização do favoritismo do grupo político de Le Pen. Antes mesmo da divulgação dos resultados, Macron sugeriu uma aliança ampla entre “candidatos republicanos e democráticos” para o segundo turno das eleições, que acontecem em 7 de julho. Já Marine Le Pen pediu aos franceses que deem a maioria absoluta no Parlamento à sua sigla no segundo turno. Com informações do G1.

Pelo sistema político da França, semipresidencialista, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalizão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente – este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo.

Caso o presidente e o primeiro-ministro sejam de partidos políticos diferentes, a França entrará em um chamado governo de “coabitação”, o que ocorreu apenas três vezes na história do país europeu e que pode paralisar o governo de Macron. Isso porque, neste caso, o premiê assume as funções de comandar o governo internamente, propondo, por exemplo, quem serão os ministros. O segundo turno acontece no dia 7 de julho.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, em novembro de 2024, poderia impulsionar a direita no Brasil, ou, mais especificamente, um possível retorno de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, à Presidência da República.

Em entrevista ao UOL, publicada neste domingo (30), Eduardo destacou que “se os Estados Unidos, que são o farol da região, mudarem, vai asfaltar o caminho para muita coisa”. A aproximação de Eduardo com Trump começou em 2018, antes da eleição presidencial de seu pai. Foi a partir daí que, segundo o parlamentar, a direita brasileira se uniu a expoentes da direita global, como o presidente da Hungria, Viktor Orbán. Com informações do Poder 360.

Na avaliação do filho do ex-presidente, o avanço da direita nos EUA e na Europa está vinculado à agenda verde e práticas ESG (Ambiental, Social e Governança), que não atenderiam aos anseios da população. Para Eduardo, no Brasil, além da agenda verde, as pautas de costumes são o elo entre os apoiadores e Jair Bolsonaro. “O meio aglutinador [da direita global] não é o meramente econômico”, afirmou.

Eduardo também mencionou a possibilidade de reversão da inelegibilidade de seu pai com uma eventual mudança no comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Com qualquer outro [ministro], será uma composição muito mais balanceada do que foi Benedito Gonçalves (…). Do que foi Alexandre de Moraes e o pessoal que não deixou meu pai nem fazer live dentro de casa”, declarou.

Para 41% dos brasileiros, a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos seria o melhor resultado para o Brasil, segundo pesquisa AtlasIntel, divulgada na edição deste sábado (29) do GPS CNN.

A porcentagem de brasileiros que preferem a reeleição do presidente democrata Joe Biden é de 39%. Pela margem de erro do levantamento, de um ponto percentual para mais ou para menos, há, no limite, empate técnico entre as duas opções.

Para 13,4% dos brasileiros, não faria diferença a vitória do ex-presidente conservador ou do atual mandatário americano. Já 6,6% não sabem como avaliar qual seria o melhor desfecho da eleição americana para o Brasil.

A pesquisa AtlasIntel ouviu 4.885 brasileiros entre 26 e 28 de junho, por meio do método Atlas RDR. O nível de confiança do levantamento é de 95%.

O levantamento foi realizado em meio à expectativa pelo primeiro debate entre Biden e Trump, promovido pela CNN na última quinta-feira (27). A performance do atual presidente foi alvo de contestações em relação à sua saúde.

(Da CNN)

Eleitores da França vão às urnas neste domingo (30) no primeiro turno das eleições parlamentares antecipadas. A votação poderá derrubar a aliança centrista do presidente Emmanuel Macron e deixá-lo ver os restantes três anos do seu mandato presidencial em uma estranha parceria com a extrema direita.

A votação começou às 8h (3h de Brasília) e encerram no mesmo dia, às 20h (15h de Brasília). No sábado, eleitores dos territórios franceses votaram.

O processo de dois turnos, com o próximo marcado para 7 de julho, terminará com a eleição dos 577 membros da Assembleia Nacional. A eleição acontece de forma distrital.

O pleito foi convocado três anos antes do necessário e três semanas depois de o partido Renascença de Macron ter sido derrotado pelo Reunião Nacional (RN), de extrema direita, o partido de Marine Le Pen, nas eleições para o Parlamento Europeu no início deste mês.

Minutos depois da derrota humilhante, Macron disse que não podia ignorar a mensagem enviada pelos eleitores e tomou a decisão “séria e pesada” de convocar eleições antecipadas – as primeiras em França desde 1997.

Possível governo de “coabitação”

Qualquer que seja o resultado, Macron se comprometeu a permanecer no cargo até as próximas eleições presidenciais na França, em 2027.

A Assembleia Nacional é responsável pela aprovação de leis internas – desde pensões, impostos, imigração e educação – enquanto o presidente determina a política externa, europeia e de defesa do país.

Quando o presidente e a maioria no parlamento pertencem ao mesmo partido, as coisas funcionam bem. Caso contrário, o governo poderá parar – uma perspectiva que poderá assombrar Paris enquanto se prepara para acolher os Jogos Olímpicos no próximo mês.

Mais recentemente, a França teve um governo deste tipo – conhecido como “coabitação” – quando o presidente de direita, Jaques Chirac, convocou eleições antecipadas e foi forçado a nomear um socialista, Lionel Jospin, como primeiro-ministro, que permaneceu no cargo durante cinco anos.

Eleição de dois turnos

O primeiro turno de votação elimina os candidatos mais fracos antes do segundo turno, no próximo domingo (7). Somente aqueles que obtiverem mais de 12,5% dos votos dos eleitores registrados poderão concorrer ao segundo turno.

Frequentemente, isso é travado entre dois candidatos, mas às vezes três ou quatro. Alguns candidatos optam por desistir nesta fase para dar aos aliados uma melhor chance de vitória.

A maioria dos eleitores escolherá um dos três blocos: a aliança de extrema direita liderada pelo RN; a Nova Frente Popular (NFP), uma coligação de esquerda recentemente formada, que inclui o grupo radical de esquerda La France Insoumise; e o conjunto centrista de Macron.

O bloco RN é liderado por Jordan Bardella, o líder do partido de 28 anos escolhido a dedo por Le Pen, que se esforçou para polir a imagem de um partido historicamente dominado pelo racismo e antissemitismo que proliferou sob a liderança de décadas de seu pai, Jean-Marie Le Pen.

Até recentemente, a perspectiva de um governo de extrema direita era impensável. No passado, os partidos da oposição realizaram casamentos de conveniência em uma tentativa de impedir o RN – sob o seu nome anterior, Frente Nacional – de entrar no governo. Agora, dentro de algumas semanas, Bardella poderá se tornar o primeiro-ministro da França – e o mais jovem da Europa em mais de dois séculos.

À esquerda, um grupo de partidos anteriormente turbulentos se uniu recentemente para formar a Nova Frente Popular – uma coligação destinada a ressuscitar a Frente Popular original que impediu os fascistas de ganharem o poder em 1936. A ampla aliança inclui figuras mais radicais como Jean-Luc Mélenchon, três vezes candidato presidencial e líder do partido La France Insoumise, bem como líderes moderados como Raphael Glucksmann, da Place Publique.

Entretanto, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, – que só foi nomeado para o seu cargo por Macron em janeiro – representa a aliança centrista Ensemble de Macron. Attal teria sido um dos últimos membros do círculo íntimo de Macron a saber que uma eleição antecipada era iminente.

A votação será encerrada às 20h (15h de Brasília). As primeiras bocas de urna começam a ser divulgadas assim que as urnas fecham. Já os resultados completos são esperados na segunda-feira (1º).

(Da CNN)

Do Blog do Ney Lopes

O “New York Times” teve permissão para observar sessões da Suprema Corte dos Estados Unidos (equivalente ao nosso STF), cujo trabalho é realizado longe dos olhos do público e sem câmeras de TV. Os juízes americanos desfrutam de garantias constitucionais, como a vitaliciedade e a irredutibilidade de salários enquanto estiverem no cargo. Atualmente, cada membro da Suprema Corte recebe um salário de $298,500 anuais, ou seja, $24,875 por mês (cerca de R$ 137,310), além de outras condições para o exercício de suas funções.

Os nove juízes da Suprema Corte se posicionam atrás de um banco de mogno em forma de asa, com lugares designados de acordo com a antiguidade. Os juízes juniores ocupam as extremidades, enquanto o presidente do tribunal fica na cadeira central. A disposição dos assentos é ajustada quando um novo juiz entra ou um antigo se retira. Além disso, todas as cadeiras combinam entre si.

A cerimônia no tribunal é meticulosa. Às 10h, um “marechal” (correspondente a um policial federal americano) inicia as sessões com o tradicional grito “Oyez, oyez, oyez”. Os advogados se sentam às mesas em cada lado de um púlpito de madeira para suas apresentações. As luzes no púlpito indicam o tempo restante para suas argumentações. Canetas de pena branca são colocadas nas mesas durante as sessões, um costume desde os primeiros dias do tribunal.

Os juízes entram juntos na sala do tribunal através das pesadas cortinas de veludo vermelho atrás da bancada. As sessões do tribunal, que começam todos os anos na primeira segunda-feira de outubro, incluem sustentações orais, admissão de novos membros na Ordem dos Advogados e, posteriormente, o anúncio das decisões.

Somente a pandemia do coronavírus rompeu a tradição, levando o tribunal a transmitir ao vivo áudios das argumentações, mas as opiniões ainda são ritualisticamente preservadas e só podem ser ouvidas presencialmente.

Membros da mídia selecionados sentam-se em bancos encostados nas colunas de mármore, a certa distância do plenário.

Os frisos de mármore na sala do tribunal, que medem 12 metros de altura, têm sido motivo de controvérsia. Entre as figuras esculpidas ao longo da história está o profeta Maomé, um tema sensível que causou discordância com líderes islâmicos nos anos 1990, uma vez que o Islã desencoraja fortemente representações do profeta.

Os argumentos orais e anúncios de decisões são abertos ao público, que ocupa bancos e cadeiras vermelhas. Os assentos são limitados, levando os espectadores interessados a formar filas do lado de fora da corte.

A Suprema Corte dos Estados Unidos mantém um tecido institucional marcado pelo sigilo, permitindo que poucos testemunhem suas deliberações internas ou seu trabalho cotidiano.

Em tempo: qualquer semelhança com o STF brasileiro é pura coincidência.

Por Marcelo Tognozzi*

Depois do debate da última quinta-feira (27) contra Donald Trump, Joe Biden tem 2 frentes de luta: a 1ª, claro, é contra o próprio Trump e os republicanos; e a 2ª, dentro do seu Partido Democrata, onde cresce a certeza de que ele não terá condições de vencer a eleição em novembro. 

A reportagem mais importante do Político, maior audiência nos Estados Unidos quando o assunto é poder, mostrou os bastidores de articulações dentro do partido para substituir Biden. “O movimento é real”, escreveu o colunista Jonathan Martin.

O presidente tomou uma surra de Trump, transmitida ao vivo para o mundo todo pela CNN. Pesquisa feita imediatamente após esse 1º duelo mostrou que 67% dos norte-americanos consideraram Trump vencedor, contra 33% que acharam Biden o melhor da noite. Impossível não notar que a senilidade do atual presidente passou do ponto e que ele tem dificuldades reais, como perda da agilidade de raciocínio e de mobilidade.

Foi de dar pena, porque o presidente perdeu para ele mesmo. Poucos políticos conseguiram forçar a mão e continuar no poder depois dos 80 anos. O maior símbolo de virilidade senil foi Enrico Dandolo. Aos 90 anos, então doge de Veneza, liderou suas tropas em 1204 durante a 5ª Cruzada, ocupou Constantinopla e passou a controlar o comércio com o Oriente. Ele ainda encontrou energia para comandar uma campanha contra os búlgaros antes de morrer de causas naturais em 1205.

Biden dá mostras de que não vai aguentar o tranco de uma eleição tensa, estressante, com um adversário que, mais do que vencer, quer vingança pela derrota de 2020. Pobre Joe. Virou uma espécie de tio Paulo, o idoso cadeirante e sem vida levado pela sobrinha ao banco para pedir empréstimo como se vivo estivesse. 

No dia seguinte ao debate, o site 538 publicou pesquisa do Instituto Ipsos feita pouco antes do embate televisionado em que elencou as principais preocupações do eleitorado dos EUA. 

A inflação e o aumento do custo de vida estão em 1º lugar, com 53% das menções. Em seguida vem a imigração (37%) e a polarização na política (26%). Abaixo dos 20%, estão assuntos como clima, aborto, violência, impostos, saúde e conflitos externos ou terrorismo. E o que Trump e Biden discutiram no debate? Justamente os temas que menos preocupam os norte-americanos, mas que são o combustível da polarização da campanha, como a derrubada da jurisprudência Roe vs Wade e a crise migratória. 

Vendo os 2 debatendo na TV, não há quem não se pergunte como a democracia dos Estados Unidos chegou a esse ponto de não produzir renovação política, dando looping e voltando ao passado de 2020 com os mesmos personagens de agora disputando a eleição. Não é possível que os partidos Democrata e Republicano não invistam na formação de novos quadros capazes de disputar o poder com chances reais de vitória.

Na Europa, essa renovação política está em pleno curso –especialmente na França, onde o presidente Emmanuel Macron, 46 anos, está ameaçado de perder as rédeas do governo para Jordan Bardella, 28 anos, pupilo da líder da direita Marine Le Pen, com perspectiva iminente de se tornar o primeiro-ministro mais jovem da história da França. 

Na Espanha, os líderes dos principais partidos políticos têm menos de 65 anos. Lá, como nos Estados Unidos, a polarização come solta, com a diferença de que os personagens são menos rodados na administração pública. 

Ainda temos muita água para passar debaixo da ponte até 5 de novembro, dia da eleição norte-americana. Em 4 meses, tudo pode acontecer, inclusive nada. Vamos ver se prospera a operação que começa a ser montada dentro da cúpula Democrata para substituir Joe Biden, porque, pelo que sabemos até aqui, ainda não combinaram com ele a renúncia. Será uma corrida contra o relógio. Algo inédito nos últimos 100 anos. 

O mais incrível foi ler a reportagem do espanhol El Mundo sobre os chineses se divertindo com o debate na rede social Weibo, versão chinesa do X. Um dos comentários mais populares foi o seguinte: “Há um ancião que tenta convencer as pessoas de que não está louco e outro ancião que tenta convencer o público de que não está senil”. 

O post campeão de audiência no Weibo lembrava da piada dos 2 velhinhos no bordel, ambos apaixonados pela mesma profissional e competindo para provar quem é o mais bonitão e forte. Se na China virou comédia, imagine o que não rolou na Rússia e na Coreia do Norte.

*Jornalista

Miguel Gutierrez, ex-CEO da Lojas Americanas, foi preso na manhã desta sexta-feira, 28, em Madri, na Espanha. Ele foi alvo da Operação Disclosure, da Polícia Federal, e tinha mandado de prisão preventiva expedido pela pela Justiça brasileira desde quinta-feira 27. Como não foi encontrado, deve seu nome incluído na lista da Interpol. As informações são do site da revista Veja.

Gutierrez tem cidadania espanhola e estava no país desde o ano passado, seu nome foi incluído na difusão vermelha, a lista de foragidos internacionais da Interpol. Ainda não está definido se ele sexta enviado ao Brasil ou se ficará preso na Espanha, uma vez que o país não extradita seus cidadãos.

Além de Gutierrez, Anna Saicali, ex-diretora do grupo, também foi incluída na lista vermelha. Ambos são acusados de terem participado e encobertado o rombo de R$ 25,2 bilhões na Americanas, o maior caso de fraude contábil do Brasil.

A difusão vermelha é um sistema que permite que a ordem de prisão para pessoas no exterior seja divulgada entre países integrantes da Interpol, para que eles possam, assim, cumprir o mandado e deslocar os alvos às devidas jurisdições. Os mandados de busca e apreensão e prisão preventiva dos dois ex-executivos foram expedidos ontem.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a Polícia Federal afirmou que Gutierrez se desfez de bens, entre imóveis e veículos, e enviou valores a fundos offshore em paraísos fiscais. Gutierrez tem cidadania brasileira e espanhola e estava morando na Espanha após a divulgação da fraude na Americanas.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (Republicano) foi considerado por 67% dos eleitores norte-americanos o vencedor do debate presidencial contra o atual mandatário, Joe Biden (Democrata). Segundo pesquisa da CNN divulgada nesta sexta-feira (28), só 33% consideraram Biden o vencedor do embate de quinta-feira (27). As informações são do site Poder360.

O levantamento foi encomendado ao SSRS (redefining research). Foram entrevistados 565 eleitores registrados. A margem de erro é de 5 pontos percentuais para mais ou para menos. Apesar de 2/3 declararem Trump o vencedor, o debate não mudou a opinião de grande maioria do eleitoral. Para 81% dos norte-americanos, o embate na CNN não influenciará em seus votos em 5 de novembro. Só 5% disseram ter mudado de ideia, enquanto 14% estão “reconsiderando”.

Em temas mais espinhosos, Trump se saiu melhor ao abordar imigração, economia e política externa, segundo os eleitores questionados. Já Biden se sobressaiu na defesa à proteção federal ao aborto e da democracia.

O saldo total foi negativo para Biden. A visão favorável dos norte-americanos em relação ao democrata caiu de 37% para 31% depois do debate. Já Trump manteve sua avaliação estável –oscilou de 40% para 43%, dentro da margem de erro.

Este 1º debate entre Trump e Biden foi realizado antes da oficialização da candidatura de ambos pelos partidos Republicano e Democrata, respectivamente. Os nomes serão confirmados nas convenções nacionais dos partidos, marcadas para julho e agosto.

Regras

Nos EUA, as regras eleitorais são diferentes do que há no Brasil na hora de definir quem é o candidato a presidente. A lei brasileira dá poder total à legenda para escolher um nome em uma convenção nacional. Já no sistema norte-americano, isso é feito apenas depois de o próprio candidato ter obtido apoios em cada 1 dos 50 Estados.

Pela norma dos EUA, os interessados em concorrer a presidente precisam disputar localmente o endosso nos 50 Estados, por meio de um complexo sistema de eleições prévias locais. Biden já obteve esses apoios para ter seu nome incluído nas cédulas na disputa de 5 de novembro. Isso significa que se torna mais difícil a decisão do Partido Democrata de tentar trocar o candidato a esta altura. Além de ter de convencer Biden a deixar a corrida presidencial, seria necessário reconquistar os apoios estaduais para o novo eventual candidato à Casa Branca.

Uma escolha que poderia parecer natural seria a da atual vice-presidente, Kamala Harris, política liberal de 59 anos e que fez carreira na Califórnia. Só que Harris é vista por parte dos eleitores como excessivamente de esquerda. Tem apresentado em pesquisas uma popularidade menor do que a de Joe Biden. Ou seja, os democratas têm pouco tempo, muitas incertezas e nenhum nome ainda claramente habilitado para ser candidato a presidente no lugar de Biden em novembro.

Depois de estarem frente a frente, quatro anos atrás, e enfrentarem na disputa das eleições americanas em 2020, os dois principais nomes da eleição norte-americana, Jon Biden, o atual presidente dos Estados Unidos e o ex-presidente Donald Trump disputam novamente o pleito na eleição deste ano.

Com os dois trocando acusações durante a campanha, será a primeira vez neste ano que Biden e Trump se enfrentarão em um debate neste ano. A transmissão será da CNN dos Estudos Unidos, às 22h (horário de Brasília). A expectativa é que o embate durante cerca de 90 minutos.

Alguns assuntos deverão ser tema de fortes discussões entre os candidatos, como a guerras internacionais da Ucrânia e Rússia, além do confronto entre Israel e Hamas. Outros pontos que podem ser colocados à mesa, serão as questões pessoais como a condenação de Trump e o filho de Biden, além das políticas internas do país: a inflação e imigração.

As eleições americanas estão previstas para acontecer no dia 5 de novembro.