Brasil deu asilo a ex-primeira-dama do Peru por razões humanitárias, diz Mauro Vieira

O governo brasileiro concedeu asilo diplomático à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, e ao filho dela, de 14 anos, por razões humanitárias, segundo anunciou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Heredia é esposa do ex-presidente Ollanta Humala, condenado a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro em um caso ligado à construtora brasileira Odebrecht e ao governo do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. Humala foi preso após a sentença, na última terça-feira (15), enquanto Nadine se abrigava na Embaixada do Brasil em Lima.

De acordo com Vieira, a decisão levou em conta o estado de saúde de Heredia, que passou por uma cirurgia de coluna recentemente, e a necessidade de proteger o filho menor de idade, que ficaria desamparado com a prisão do pai. O governo peruano concedeu salvo-conduto imediato para que mãe e filho pudessem deixar o país e concordou com o transporte por meio de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que os trouxe para Brasília na quarta-feira (16). As informações são do g1.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o presidente Lula foi informado previamente sobre a decisão. Agora, o Brasil analisará a possibilidade de conceder o status de refugiados a Heredia e ao filho, processo que será conduzido pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça. Enquanto isso, ambos receberam registros provisórios emitidos pela Polícia Federal.

O advogado brasileiro de Humala, Marco Aurélio de Carvalho, afirmou que Nadine Heredia tem câncer e já havia tentado obter autorização para tratamento médico no Brasil durante o processo judicial, mas o pedido foi negado por ainda estar em curso. A sentença, após três anos de investigação e julgamento, foi lida nesta semana em um tribunal peruano, sem a presença da ex-primeira-dama, que respondia em liberdade.

O caso de Nadine Heredia se soma ao histórico de ex-líderes peruanos envolvidos em escândalos de corrupção. Seu marido, Ollanta Humala, cumpre pena em uma base policial especial que também abriga os ex-presidentes Alejandro Toledo e Pedro Castillo. Alberto Fujimori, outro ex-líder preso por corrupção, esteve no mesmo local até ser libertado em 2023.

A concessão do asilo está respaldada na Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954, da qual o Brasil é signatário. O tratado permite que países concedam asilo a pessoas perseguidas por motivos políticos, mesmo sem a obrigação de justificar publicamente sua decisão. A embaixada brasileira mencionou a convenção durante as negociações com o governo peruano para garantir a saída segura de Heredia e seu filho.

Da CNN Brasil

Para 50% dos brasileiros, as políticas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prejudicam a economia do Brasil, segundo pesquisa Ipsos-Ipec divulgada hoje.

Os índices dos que acreditam que as decisões do republicano não estão afetando negativamente o Brasil e dos que não sabem ou não responderam estão empatados, com 25% cada.

O levantamento ouviu 2.000 pessoas com 16 anos ou mais em 131 municípios brasileiros entre os dias 3 e 7 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.

No último dia 2, Trump anunciou uma lista de países que seriam cobrados com tarifas recíprocas. O presidente definiu um patamar de 10% como base — que a princípio seria aplicado a 126 parceiros comerciais dos EUA — e taxas maiores para nações específicas.

Diversas autoridades internacionais reagiram à política. Dias após o anúncio inicial, em 9 de abril, Trump decidiu limitar suas tarifas recíprocas a 10% por um prazo de 90 dias, exceto para a China.

No caso chinês, uma sequência de reações entre os dois países levou a uma tarifa de 145% aplicada pelos EUA, enquanto o governo chinês declarou tarifa de 125% aos produtos americanos.

Governo Trump é positivo ou negativo para o Brasil?

A pesquisa também mediu a percepção dos brasileiros sobre a atuação do governo dos Estados Unidos como um todo, não apenas em relação às políticas comerciais. Nesse caso, 49% dos entrevistados dizem a considerar negativa para o Brasil; 29% como positiva; 2% como indiferente e 20% não sabem ou não responderam.

Os entrevistados foram questionados se consideravam a entrada do governo Trump positiva ou negativa para o Brasil, de modo que as respostas “indiferente” foram espontâneas. Veja:

Governo Trump para os americanos

Em relação a como os brasileiros avaliam a gestão de Donald Trump para os próprios americanos, a pesquisa mostra que 21% dos entrevistados acham que o republicano está fazendo um péssimo governo.

Já os que avaliam como bom ou regular estão empatados em 19%. Outros 9% consideram ruim a administração e 8%, ótima. Não sabem ou não responderam são 24%.

Da Agência Brasil

A guerra tarifária criada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, pode gerar oportunidades para o agronegócio brasileiro. Mas o setor industrial precisa de atenção, avaliam especialistas. Pablo Damaceno, integrante do Conselho Regional de Economia do Pará e Amapá, acredita que no momento em que os Estados Unidos se fecham, o Brasil, enquanto exportador de commodities como carne, grãos e minérios, pode ganhar espaço. Na avaliação de Pablo Damaceno, o risco é de inflação interna enquanto as exportações crescem.

“Países do Brics tendem a importar, principalmente a China. De certa forma, o Brasil pode se precaver aplicando políticas públicas como linhas de crédito específicas a esses segmentos que podem ser beneficiados. Ou seja, impulsionando a produção para que o abastecimento interno não seja prejudicado.”

Por outro lado, o professor da Escola de Relações Internacionais da FGV, Pedro Brites, chama a atenção para o setor industrial, que segundo ele pode ter problemas se perder espaço no mercado americano.

“A gente está falando de aço, de metal, de peças e também de aeronaves, por exemplo. Então, dentre os parceiros brasileiros mais relevantes, os Estados Unidos se destacam por absorver esse tipo de produto. Acho que para o Brasil isso também é difícil você reverter, ou seja, conseguir pensar em outros mercados no curto prazo que pudessem absorver esses produtos de forma imediata.”

Alguns especialistas alertam para o risco de uma entrada grande de produtos industrializados e veículos que iriam para os Estados Unidos e acabariam desviados para o Brasil. Pablo Damaceno, no entanto, não acredita nessa hipótese.

“Até porque há uma tendência contrária, vamos dizer assim, à globalização com essas tarifas sendo elevadas. Caso isso venha a ocorrer, que eu não acredito, eu acho muito pouco provável, o Brasil pode, sim, se defender aumentando também tarifas de proteção específicas para esses segmentos aí de indústria automobilística.”

Já Pedro Brites acredita que a entrada de produtos no mercado brasileiro é uma preocupação legítima, mas ele é contra o uso de tarifas. O ideal é buscar acordos.

“Pelo tamanho da população brasileira, ou seja, o peso demográfico do Brasil, então, isso é uma preocupação legítima. Eu acho que o Brasil pode adotar medidas de proteção, como tentar construir acordos comerciais com esses parceiros que eventualmente possam vir a ameaçar as cadeias produtivas brasileiras. Mas eu não acredito muito em medidas protecionistas similares a que o Trump está adotando, porque isso pode gerar um efeito em cadeia em outros setores.”

A China é vista como a principal saída para o Brasil, mas Pedro Brits afirma que é preciso ter cuidado para o país não ficar muito dependente do parceiro asiático. Por isso, o país deve continuar buscando novos mercados como a União Europeia e outros países asiáticos.

Os empresários pernambucanos Raphael e Taffarel Gadelha, fundadores da startup de educação tecnológica Dulino, estão em missão na China, integrando uma comitiva de empresários brasileiros em busca de referências globais em inovação e impacto social. A viagem tem foco estratégico: trazer soluções que possam impulsionar o novo modelo de educação 7.0, que já começa a transformar a realidade de escolas públicas brasileiras.

Fundada em 2013, a Dulino rompeu com a lógica tradicional de ensino e desenvolveu uma metodologia baseada no “aprender fazendo”, com forte uso de tecnologia e estímulos criativos. “A lógica que nos move é simples, mas provocadora: temos escolas do século 19, professores no século 20 e alunos vivendo no século 21. A conta não fecha. Lápis e papel perderam espaço para tablets, celulares, óculos de realidade virtual e computadores. A tecnologia é aliada da educação, não inimiga”, afirma Raphael Gadelha, CEO da empresa.

O modelo 7.0 incorpora atividades práticas, ferramentas digitais, gamificação e rotinas adaptadas que incluem alunos neurodivergentes, como crianças com TEA e TDAH. As experiências conduzidas por redes parceiras já apresentam resultados significativos na evolução cognitiva, emocional e comportamental dos estudantes.

“Estamos aprendendo com a China, que é uma referência global em soluções educacionais com base tecnológica. Nosso objetivo é tropicalizar essas ideias, sem abrir mão da nossa identidade e da realidade das escolas brasileiras”, explica Taffarel Gadelha.

Com atuação consolidada em Pernambuco e Bahia, a startup agora acelera sua expansão nacional, levando o modelo 7.0 para outras redes públicas e privadas que buscam alinhar seus currículos às competências exigidas pelo século 21. A proposta da Dulino é tornar a escola um espaço dinâmico, inclusivo e conectado à realidade dos estudantes.

Para os irmãos Gadelha, investir em educação pública inovadora é um passo essencial para o crescimento do país. “Quando transformamos a escola, transformamos a economia. Formamos cidadãos mais preparados, mais criativos e mais humanos”, resume Raphael.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prestes a abandonar as tentativas de mediação entre Rússia e Ucrânia caso não haja sinais concretos de avanço nas negociações. O alerta foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, hoje, durante uma coletiva em Paris. “Não vamos continuar com esse esforço por semanas e meses a fio. Então, precisamos determinar muito rapidamente agora — e estou falando de questão de dias — se isso é viável nas próximas semanas”, declarou o secretário, após reuniões com autoridades europeias e ucranianas.

Rubio afirmou ainda que o presidente continua interessado em um possível acordo de paz, mas que os Estados Unidos têm outras prioridades e não pretendem manter o foco indefinidamente em negociações estagnadas. “Se for viável, estamos dentro. Se não, então temos outras prioridades para focar também”, disse ele, reforçando a urgência por respostas concretas. As informações são do g1.

Do outro lado, o Kremlin reagiu às declarações com cautela. O porta-voz Dmitry Peskov afirmou que houve avanços nas conversas até agora, inclusive com o cessar-fogo no Mar Negro, embora haja acusações de violações por ambas as partes. “Os contatos são bastante complicados porque, naturalmente, o tema não é fácil”, disse Peskov, destacando que a Rússia segue comprometida com o processo.

Trump havia prometido durante a campanha eleitoral que encerraria a guerra entre os dois países em até 24 horas após assumir a presidência. A retórica, no entanto, foi suavizada após sua posse, com uma nova previsão de resolução até abril ou maio. À medida que os entraves diplomáticos se multiplicam, a paciência da Casa Branca parece estar se esgotando.

A frustração com a falta de progresso reflete não apenas nas declarações do secretário de Estado, mas também no contexto mais amplo das relações internacionais dos EUA. Segundo Rubio, o cenário atual envolve uma lista crescente de desafios geopolíticos que exigem atenção urgente. A indefinição do conflito no Leste Europeu pressiona Washington a rever suas prioridades.

Além disso, as relações entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se deterioraram nos últimos meses. A tensão aumentou quando os EUA iniciaram conversas com Moscou sem consultar Kiev. O mal-estar se agravou após uma visita oficial à Casa Branca, em que Zelensky e Trump protagonizaram um bate-boca que levou ao encerramento antecipado da reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (17) que o governo norte-americano está conversando com a China sobre a questão das tarifas. Segundo Trump, o país asiático teria encontrado com os EUA para dialogar.

Em conversa com jornalistas na Casa Branca, o republicano disse acreditar que “nós faremos um acordo com a China”.

Trump se recusou a dizer se falou diretamente com o presidente chinês Xi Jinping, mas disse a repórteres que autoridades governamentais que se reportam a Xi entraram em contato “várias vezes”. As informações são da CNN Brasil.

Questionado sobre um prazo para sair um acordo, Trump disse que os EUA teriam “muito tempo” para discutir, e que pode avançar com algo nas próximas três ou quatro semanas.

O último movimento do governo norte-americano foi sinalizar que a cobrança sobre os produtos chineses pode chegar até 245%.

“Se as tarifas forem altas demais, as pessoas não vão comprar”, disse Trump a jornalistas no Salão Oval.

O presidente dos EUA acrescentou que adiaria um acordo sobre o TikTok até que a questão comercial com a China fosse resolvida.

O presidente dos EUA indicou que não estaria mais inclinado a subir novamente as tarifas. Ademais, apontou que as tarifas americanas sobre produtos chineses podem não aumentar mais e podem até diminuir daqui pra frente.

O Vaticano disse, ontem, que o Papa Francisco não celebrará a missa de Páscoa no domingo, na Praça São Pedro. O motivo da ausência do pontífice são questões de saúde. Francisco delegou o arcipreste emérito da Basílica Vaticana e vigário emérito para a Cidade do Vaticano, cardeal Angelo Comastri, para a solenidade.

As demais celebrações da Semana Santa foram distribuídas entre integrantes do Vaticano. A Missa Crismal de quinta-feira Santa será comandada pelo cardeal italiano Domenico Calcagno. A liturgia da Paixão de sexta-feira Santa será conduzida pelo cardeal Claudio Gugeroti, atual prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais. Já o cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, irá presidir a liturgia da noite do Sábado.

O papa ficou internado no hospital Gemelli, em Roma, por 38 dias por causa de uma bronquite que evoluiu para pneumonia dupla. Essa condição é especialmente séria para o pontífice, que já teve uma parte do pulmão removida. Retornou ao Vaticano em 23 de março depois da mais grave crise de saúde de seus 12 anos de papado.

O presidente Donald Trump disse, nesta segunda-feira (14), que acredita que o Irã está intencionalmente atrasando um acordo nuclear com os Estados Unidos e que deve abandonar qualquer iniciativa para desenvolver uma arma nuclear ou enfrentará um possível ataque militar às instalações atômicas de Teerã.

“Acho que eles estão nos incentivando”, disse Trump a repórteres depois que o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, se encontrou em Omã no sábado com uma alta autoridade iraniana.

Tanto o Irã quanto os Estados Unidos afirmaram no sábado que mantiveram conversas “positivas” e “construtivas” em Omã. Uma segunda rodada está marcada para sábado (19), e uma fonte próxima ao planejamento disse que a reunião provavelmente será realizada em Roma. As informações são da CNN Brasil.

A fonte, falando à Reuters sob condição de anonimato, disse que as discussões visam explorar o que é possível, incluindo uma estrutura ampla de como seria um possível acordo.

“O Irã precisa se livrar do conceito de uma arma nuclear. Eles não podem ter uma arma nuclear”, disse Trump.

Questionado se as opções dos EUA para uma resposta incluem um ataque militar às instalações nucleares de Teerã, Trump disse: “Claro que sim”.

Trump disse que os iranianos precisam agir rápido para evitar uma resposta dura porque “eles estão bem perto” de desenvolver uma arma nuclear.

Os EUA e o Irã mantiveram conversas indiretas durante o mandato do ex-presidente Joe Biden, mas elas fizeram pouco ou nenhum progresso.

As últimas negociações diretas conhecidas entre os dois governos foram sob o então presidente Barack Obama, que liderou o acordo nuclear internacional de 2015, posteriormente abandonado por Trump.

O escritor Mario Vargas Llosa, vencedor do Nobel da Literatura em 2010, morreu, ontem, em Lima, no Peru. A morte foi anunciada pelo filho, Álvaro. A causa não foi informada.

“É com profundo pesar que anunciamos que nosso pai, Mario Vargas Llosa, faleceu hoje em Lima, cercado pacificamente por sua família”, escreveu nas redes sociais.

“Sua partida entristece seus parentes, amigos e seus leitores ao redor do mundo, mas nos consola saber que ele teve uma vida longa, múltipla e frutífera, e deixa atrás de si uma obra que o sobreviverá”, completou.

“Agradecemos de coração o carinho e o apoio recebidos e pedimos que sejam respeitadas nossas instruções. Não haverá nenhuma cerimônia pública. No momento da despedida final, nossos pensamentos estarão com todos que o leram e o admiraram. Após o adeus em família, seus restos, conforme sua vontade, serão cremados”.

Nascido na cidade de Arequipa, no sul do Peru, em 28 de março de 1936 em uma família de classe média, foi educado por sua mãe e seus avós maternos em Cochabamba (Bolívia) e depois no Peru.

Após seus estudos na Academia Militar de Lima, obteve uma licenciatura em letras e, ainda muito jovem, deu seus primeiros passos no jornalismo.

Instalou-se em 1959 em Paris, onde se casou com sua tia Julia Urquidi, 10 anos mais velha, e exerceu várias profissões: tradutor, professor de espanhol e jornalista da Agence France-Presse.

Anos depois, separou-se de Urquidi e se casou com sua prima-irmã e sobrinha de sua ex-esposa, Patricia Llosa, com quem teve três filhos e 50 anos de relação.

Vargas Llosa se divorciou de Patricia após iniciar em 2015, com quase 80 anos, um romance com uma figura conhecida do mundo madrilenho, Isabel Preysler, ex-mulher do cantor Julio Iglesias.

Por Ney Lopes

Do Blog do Ney Lopes

A Argentina, após atravessar sérias crises políticas e econômicas, continua a enfrentar desafios como a eliminação de subsídios e a demissão de funcionários públicos. No entanto, a pobreza recuou e o país teve um segundo semestre de 2024 mais positivo.

O maior desgaste se concentra na eliminação de subsídios para serviços básicos, como luz, água e transportes públicos; na demissão de milhares de funcionários públicos; na diminuição do reajuste de salários, aposentadorias e pensões; no congelamento de obras públicas; na desestatização e privatização de empresas estatais; e no “choque econômico” do primeiro semestre de 2024, que fez o PIB argentino cair 1,7% em relação a 2023.

Por outro lado, a pobreza recuou em 2024; no terceiro trimestre, a atividade econômica avançou 4,3%; no quarto trimestre, avançou 1,4%; e a economia do país teve um segundo semestre mais positivo.

Algumas das medidas do governo argentino incluem a abertura da economia para mais exportações e importações, além da eliminação de uma lei que limitava os aumentos de preços em produtos da cesta básica.

O peso se fortaleceu no país e o real caiu no Brasil. Isso faz com que o paraíso do baixo custo de vida tenha desaparecido. Uma onda de brasileiros deixa a Argentina, porque é “inviável” para eles a permanência no país.

A moeda argentina caiu 54%, com o objetivo de conter a inflação, que chegou a 211%. No momento, o grande enigma para a economia argentina é que, enquanto o peso se fortalecia ao ser desvalorizado em ritmo inferior ao da inflação, o dólar oficial ficou defasado em relação ao custo de vida, perdendo grande parte de seu poder de compra.

Como resultado, surgiu um novo fenômeno para os argentinos: a inflação em dólares, que chegou a 70% e vem encarecendo os alimentos. O país está entre os que propuseram reduzir tarifas e barreiras não tarifárias em linha com a estratégia de reciprocidade promovida pelo governo Trump.

Argentina, juntamente com a Índia, o Vietnã e Israel, expressaram sua disposição de apoiar a política dos Estados Unidos, relaxando suas próprias restrições comerciais.

Nota-se que Milei quer tirar vantagem do bom relacionamento que tem com Trump. Com certeza, só terá sucesso caso os Estados Unidos saiam ganhando A lógica egoísta de Trump é inflexível. Só cede se ganhar alguma coisa.