Publicidade digital cresce 35%, aponta pesquisa

O número de anunciantes únicos em canais digitais no Brasil aumentou 35% de 2020 a 2023, segundo um estudo do IAB Brasil, com base em dados da Kantar Ibope Media. O setor que teve a maior alta na quantidade de empresas que anunciam no digital no período foi o de higiene e beleza (56%). Em seguida vêm viagem e turismo (54%) e automotivo (50%).

Segundo o IAB, organização norte-americana de negócios de publicidade, o aumento reflete a aceleração digital provocada pela pandemia. “Durante os 2 anos de subsequentes fechamentos e reaberturas econômicas, quando mais empresas foram levadas a operar em modelos remotos ou mais restritos de atuação, o número de anunciantes veiculando peças nos canais digitais cresceu 35%”, diz a pesquisa.

Segundo o estudo, o movimento mostra “como o ecossistema digital esteve ligado à sobrevivência de muitos negócios” e também ao surgimento de novos projetos empreendedores.

Leia abaixo outros destaques da pesquisa: 21% compraram comida ou bebida on-line pela 1ª vez durante a pandemia; 27% realizaram uma chamada de vídeo com amigos pela 1ª vez durante a pandemia; 71% dizem que a internet é a principal fonte de entretenimento; 80% dizem que quando necessitam de informação, o 1º lugar que procuram é a internet; 63% afirmam que compras on-line tornam a vida mais fácil.

O estudo foi realizado com base em 3 diferentes estudos da Kantar Ibope Media: Audience Measurement, com análise de audiências de rádio e televisão, Consumer Intelligence, sobre as movimentações das categorias de consumo massivo, e Advertising Intelligence, de monitoramento publicitário. Ao todo, 24.576 pessoas foram ouvidas nos 3 levantamentos de 2019 a 2024.

O Sextou de amanhã homenageia a compositora e cantora Diana, que morreu no último dia 21, aos 67 anos, no Rio de Janeiro. Ela é autora de sucessos entre os anos 60 e 80, entre os quais “Por que brigamos?”, “Foi tudo culpa do amor” e “Ainda queima a esperança”. Para este tributo, entrevistei a cantora e compositora Bárbara Eugênia, que gravou canções de Diana.

Em 2013, Bárbara ganhou o Prêmio Multishow de Versão do Ano pela regravação de “Por que brigamos?”, sucesso do disco azul da cantora Diana, homenageada por Bárbara em um tributo em março de 2014. O show, realizado no Teatro Paulo Autran, em São Paulo, contou com a participação de Fernando Catatau (da banda Cidadão Instigado) e de Karina Buhr.

Com Diana, Bárbara também gravou em 2014 vídeos para a TV Folha. Juntas, elas cantaram as canções “Por que brigamos?” e “Completamente Apaixonada”. Bárbara hoje mora em Portugal e, quando estava no Brasil, se notabilizou na novela Velho Chico com a canção Coração, do seu segundo disco, em 2013.

O Sextou vai ao ar na próxima sexta-feira, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife.

Herdeiro de uma família de políticos do interior da Paraíba, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) teve uma carreira meteórica ao ser eleito para a Câmara pela primeira vez em 2010, aos 21 anos, idade mínima para o cargo. Hoje, em seu quarto mandato, aos 34, é visto por colegas como um nome de bom trânsito nos diferentes partidos da Casa.

Médico por formação, sua facilidade no trato pessoal é uma característica que, segundo parlamentares, fez seu nome ganhar força para suceder Arthur Lira (PP-AL). Em fevereiro, por exemplo, conseguiu reunir os três principais nomes cotados à época para disputar a presidência da Câmara — Elmar Nascimento (União-BA), Antonio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP) —, em uma tentativa de consenso. O convescote foi marcado “de surpresa” e à revelia dos pré-candidatos, para “pregar uma peça”, segundo os parlamentares contaram na ocasião.

Sua atuação ao longo dos mandatos o credenciou como representante do Centrão. Fez parte das bases aliadas dos governos de Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro. Embora se diga independente, aproximou-se da gestão de Lula após o petista levar Silvio Costa Filho, seu colega de partido, para o Ministério dos Portos e Aeroportos.

Impeachment e CPI

O histórico de Motta, contudo, o coloca como algoz do PT no Congresso. Em 2016, por exemplo, votou a favor do impeachment de Dilma. Na ocasião, o deputado fazia parte da “tropa de choque” do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, desafeto dos petistas e responsável por dar a largada no processo de impedimento da ex-presidente. Como O GLOBO revelou à época, uma assessora de Cunha foi a real autora de um requerimento em que Motta pedia informações ao então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

A amizade de Motta com Cunha também se estendeu para a filha do ex-presidente da Câmara. Antes de ser deputada federal, Dani Cunha (União-RJ) chegou a trabalhar como assessora de marketing de Motta.

Questão em reunião

A ligação com Cunha foi, inclusive, alvo de questionamentos ao deputado na reunião que teve ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Segundo interlocutores do parlamentar, Motta negou que o bom relacionamento com o ex-deputado implique em apoio incondicional.

Após a saída de Dilma, Motta aderiu ao governo de Michel Temer, votando contra o pedido de abertura de investigação que atingia o emedebista e a favor de pautas caras à gestão, como a PEC do Teto de Gastos e a Reforma Trabalhista de 2017, ambas criticadas por petistas até hoje.

Em 2015, o parlamentar presidiu a CPI da Petrobras e criticou no documento final o trabalho da força tarefa da Lava-Jato e o “excesso” de acordos de delação premiada. O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi o único político indiciado.

Com a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência da República, Motta mais uma vez adotou uma postura contrária à agenda petista.

Em sua atuação na Câmara, Motta foi o relator, por exemplo, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do “Orçamento de Guerra”, voltado para os gastos emergenciais do governo na pandemia. O deputado também foi relator da medida provisória (MP) que permitiu a renegociação de dívidas de estudantes junto ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Além da proximidade com Cunha e Lira, Motta também é aliado próximo do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro. Quando saiu do MDB, em 2018, o parlamentar chegou a negociar a filiação ao PP, mas preferiu ir para o Republicanos para ter o controle do diretório no estado. Se tivesse entrado no PP, o parlamentar teria que disputar influência com o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

O líder do Republicanos tem como sua base eleitoral a cidade de Patos (PB). O município de 103 mil habitantes é há séculos administrado pela família Wanderley, oriunda da época da ocupação do Nordeste por tropas holandesas no século XVII.

Emendas para o pai

O pai do deputado, Nabor Wanderley (Republicanos), é o atual prefeito e busca a reeleição. Antes dele, seus antepassados também já comandaram a cidade, mas nenhum alcançou a relevância nacional de ocupar um cargo como presidente da Câmara, posto para o qual Motta agora desponta como um dos favoritos.

Como deputado, Motta destinou recursos de emendas para a prefeitura do pai, inclusive do extinto orçamento secreto, mecanismo criado no governo Bolsonaro em que parlamentares trocavam o envio dos recursos por apoio no Congresso.

Dos R$ 130 milhões de emendas de relator aos quais o parlamentar teve acesso, segundo documentos apresentados por ele próprio ao Supremo Tribunal Federal, R$ 22 milhões foram para a prefeitura hoje comandada por Nabor. O dinheiro foi repassado entre 2020 e 2021. Além disso, ele enviou R$ 6,1 milhões para a cidade na modalidade de “emenda Pix”, na qual o dinheiro cai direto na conta do município, que pode usá-lo como bem entender. Procurado para comentar o envio de recursos para a cidade do pai, Motta não se manifestou.

Do Jornal O Globo.

A empresa de internet via satélite americana Starlink anunciou que vai cumprir a ordem de bloquear a rede social X no Brasil, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A Starlink também pertence a Elon Musk, dono do antigo Twitter que vem travando uma disputa contra a justiça brasileira.

No domingo (1), a empresa havia dito que não cumpriria a ordem de bloqueio. Mas nessa terça-feira (3), decidiu voltar atrás, de acordo com comunicado público. No informe, a empresa disse que a ordem será cumprida independentemente do tratamento ilegal da Starlink com o congelamento de seus ativos.

A empresa também anunciou que iniciou um processo legal na suprema corte dos Estados Unidos, explicando a alegada ilegalidade da ordem dada pelo STF, que congelou as finanças da companhia e a impediu de realizar transações financeiras.

No Brasil, a Starlink também foi atingida pelas decisões do ministro Alexandre de Moraes, por fazer parte do mesmo grupo empresarial que controla a rede social X. Como a X não tem representação comercial no Brasil, Moraes bloqueou as contas da Starlink para garantir o pagamento de multas impostas pelo descumprimento de decisões anteriores.

Da Agência Brasil

Depois da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (4), o Senado Federal aprovou por ampla maioria o projeto de lei “Combustível do Futuro”. Entre os legados da expansão do biodiesel, estão a descarbonização, a agregação de valor à produção agropecuária e às exportações, a promoção da agroindustrialização do Interior e a atração de cerca de R$ 250 bilhões em investimentos.

O mesmo irá ocorrer com outros biocombustíveis, a exemplo do etanol, do diesel verde e do biometano. Agora, o projeto nº 528/2020 retornará à Câmara dos Deputados, já que sofreu modificações em sua tramitação no Senado.

O presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel do Congresso Nacional (FPBio), deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), já manteve conversas com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), sobre o retorno da pauta àquela Casa. “A nova votação na Câmara deverá ser ágil e, assim, o projeto logo poderá ir à sanção da Presidência da República”, diz o parlamentar. Segundo ele, o projeto consolida o trabalho político conduzido pela FPBio nos últimos anos para dar maior segurança jurídica e previsibilidade para o setor de biodiesel. Alceu Moreira estima que as novas regras para os biocombustíveis irão proporcionar entre R$ 200 bilhões e R$ 250 bilhões de investimentos no país no curto e médio prazo.

O deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) foi ao encontro de Arthur Lira (PP-AL) nesta quarta-feira (4), na residência oficial da presidência da Câmara dos Deputados.

O líder do União Brasil estava irritado com a postura do presidente da Casa Baixa, que não anunciou apoio à sua candidatura para sucedê-lo em 2025. Lira tem esperado mais tempo do que o prometido antes de tomar uma decisão.

Antes de ir à residência de Lira, Elmar teve uma reunião nesta manhã com integrantes do União Brasil e do PL na sede do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, no centro de Brasília. O deputado baiano quer assegurar o apoio da principal sigla da oposição, que conta com mais de 90 deputados.

O encontro com Lira foi realizado depois do anúncio da desistência da candidatura de Marcos Pereira (Republicanos-SP) à eleição na Câmara. O movimento do presidente do Republicanos tem o objetivo de alavancar o nome de Hugo Motta (Republicanos-PB), líder do partido na Casa Baixa.

Motta mantém relação de amizade com Lira, apesar de não ter a aproximação quase fraternal de Elmar. O deputado alagoano quer unir os líderes do Centrão para emplacar o seu sucessor e manter o poder na Câmara. 

Apesar de deixar claro nos bastidores desde o início do ano a preferência por Elmar, o presidente da Casa Baixa sabe que o nome enfrenta resistência de alguns deputados, que o veem ríspido no trato do dia a dia.

Além disso, Elmar é do grupo rival de Rui Costa na Bahia. Terá um caminho truncado sem a aprovação do PT estadual para a sua candidatura.

Marcos Pereira, por outro lado, é bem-visto pelo governo, mas era vetado pelo PL de Jair Bolsonaro. Assim, mudou a conjectura da disputa e se retirou do imbróglio para ser o fiador da candidatura de Hugo Motta –que não enfrenta resistência nem do PL nem do governo, e ainda mantém boa relação com Lira.

Depois de entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (4), Pereira disse que vai procurar Lira para costurar o apoio à candidatura do líder do Republicanos.

O presidente da Câmara quer conversar novamente com Lula e com Bolsonaro antes de tomar uma posição oficial, pois tem receio de não conseguir os votos necessários para eleger o sucessor e perder influência, como foi com Rodrigo Maia.

Do Poder360

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), afirmou nesta quarta-feira (4) que vai se candidatar à Presidência se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) morrer. A declaração foi dada durante sabatina organizada pelo portal de notícias UOL e pelo jornal Folha de S. Paulo.

“Com a morte do Lula, se Lula morre, porque ninguém dura para sempre, eu viro candidato a presidente. Nem o Tarcísio [de Freitas] vai dar conta, porque ele apoiou o cara errado, e o Bolsonaro vai estar inelegível”, declarou Marçal. Ao dizer que o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) apoiou o “cara errado”, ele se refere ao seu adversário, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

Em 2022, Marçal tentou concorrer ao cargo de presidente da República, mas teve a candidatura barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). À época, ele foi lançado pelo Pros (Partido Republicano da Ordem Social), que estava sendo chefiado pelo então presidente da sigla, Marcus de Holanda.

No entanto, o então ministro da Corte Eleitoral, Ricardo Lewandowski, devolveu a presidência do Pros a Eurípedes Jr,. da ala que apoiava a candidatura de Lula. Eurípedes então decidiu retirar o nome de Marçal para declarar apoio ao petista.

Durante a sabatina, Marçal fez diversas críticas ao governador Tarcísio de Freitas. Segundo ele, Tarcísio é uma “criatura feita pela transmissão de voto do Bolsonaro”. O governador foi ministro da Infraestrutura durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

O empresário disse que Tarcísio terá um “problema muito sério” em 2026, se continuar fazendo críticas a ele. “Eu tenho representado essa frente de conservadorismo. Ela não tem dono, mas eu sou um representante forte aqui na cidade de São Paulo. Então, um recado para o governador: é melhor você defender o banana, sem falar do homem de ferro”, declarou, utilizando os termos “banana” para se referir a Ricardo Nunes, e “homem de ferro” para falar de si mesmo.

Marçal disse ainda ter ajudado Tarcísio em sua campanha pelo governo de São Paulo, em 2022, e que acreditou nele quando “ninguém acreditava”.

Em agosto, o governador falou em um aumento da rejeição eleitoral contra Marçal. Além disso, o empresário também trocou farpas com Bolsonaro.

Do Poder360

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o encerramento de três processos administrativos abertos pela Comissão de Ética Pública, órgão vinculado à Presidência da República, contra o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

A decisão foi proferida na Petição (PET) 12956, apresentada pelo próprio Campos Neto, que alegou que a comissão instaurou os procedimentos apesar de a Procuradoria-Geral da República (PGR) já ter analisado os mesmos fatos e considerado que não houve a prática de crimes.

Os processos administrativos analisam suposto conflito de interesses de Campos Neto em manter uma conta offshore no exterior. Ao avaliar o caso no âmbito criminal, a PGR informou ao Supremo que o presidente do BC demonstrou junto às autoridades competentes o cumprimento dos requisitos previstos na legislação. Por essa razão, as apurações da Procuradoria foram arquivadas.

Em sua decisão, o ministro Toffoli verificou que a PGR, a quem caberia pedir a abertura de uma ação penal, concluiu que não havia nenhuma infração penal nem indício válido de sua existência. Nessa hipótese, é necessário trancar os procedimentos administrativos em questão, que abarcam os mesmos fatos.

Ele citou um precedente (RCL 55458) em que o STF ressalta que o processo penal exige maior rigor e precisão dos fatos apurados. Assim, se for atestado que não ocorreram infrações na esfera criminal, essas conclusões devem obrigatoriamente repercutir na esfera cível, sob pena de ruptura da coerência do sistema de Justiça.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a condenação de Hélio Rodrigues Ramaccioti, perito que teria mentido no laudo investigativo do acidente aéreo que vitimou, em 2015, Thomaz Alckmin, filho do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).

O perito já havia sido condenado em 1ª instância, em março deste ano, por falso testemunho ou falsa perícia após decisão da juíza Carolina Hispagnol Marchi, da comarca de Carapicuíba.

A defesa de Ramaccioti recorreu à decisão, mas teve o pedido negado na última quarta-feira (28) pelo desembargador Marcelo Gordo, da Justiça paulista, que manteve a pena em regime aberto. Na decisão, Gordo afirmou que as “falsidades apontadas” pelo investigador, assim como “outros equívocos da investigação criminal, quase fizeram mudar os rumos do inquérito”, o que, segundo o magistrado, acarretou no indiciamento indevido de pessoas.

O processo aponta que o Ministério Público de São Paulo (MPSP) analisou as fotografias tiradas do acidente e constatou que, ao contrário do que o réu afirmou na investigação, o painel de controle havia sido danificado e as chaves próximas não estavam em posição adequada para voo, a exemplo das chaves LG Pump, que estavam na posição de emergência.

Duas falsidades em relação ao modelo e à certificação da aeronave também foram detectadas. Além disso, o processo diz que “houve inserção de informações sobre exames dos quais o acionado não participou, o que foi descoberto porque, realizada uma comparação entre o laudo emitido pelo réu e o laudo elaborado pela Aeronáutica, constatou-se que o primeiro era cópia deste, consoante tabela formulada indicando as coincidências da redação.

A decisão mostra que, em depoimento, Ramaccioti alegou “não ter proferido qualquer informação equivocada ou desprovida de base técnica e científica — assim como não o fez em 27 anos de atuação como perito criminal e engenheiro.

O desembargador questionou em decisão o fato de um perito experiente, como Ramaccioti, fazer “afirmações não condizentes com a verdade e não logrou apresentar explicações plausíveis”. Além disso, o magistrado também relatou que testemunhas identificaram uma postura refratária do perito ao ser questionado sobre seu trabalho.

Em nota enviada ao Metrópoles pela defesa de Helio Rodrigues Ramaciotti nesta terça, seus advogados afirmam que a atual decisão “desafia não só a evidência dos autos, a palavra dos diversos especialistas ouvidos no processo, mas, sobremaneira, o laudo convergente do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão máximo e composto por experts da Força Aérea Brasileira, cuja conclusão foi idêntica”.

A defesa diz ainda que ” há inúmeros recursos possíveis a serem apresentados, onde se buscará Justiça e o reconhecimento da plena inocência de nosso cliente”.

Cinco mortos

O acidente ocorreu no dia 2 de abril de 2015, em Carapicuíba, no interior de São Paulo. Além de Thomaz Alckmin, no helicóptero da empresa Seripatri estavam o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, Erick Martinho e Leandro Souza. Todos morreram.

Do Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino prorrogou por 72 horas o prazo para que a Controladoria-Geral da República (CGU) finalize a apresentação de provas técnicas relacionadas à análise das emendas parlamentares RP8 (emendas de comissão) e RP9 (emendas de relator). A decisão foi tomada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 854), que trata do orçamento secreto.

O pedido para prorrogação do prazo foi feito pelo Poder Executivo. A tarefa está em fase de consolidação final de dados pela área técnica e está relacionada aos dez municípios que receberam o maior volume de emendas por habitante no período entre 2020 e 2023.

Rastreabilidade

A partir de informações constantes no Portal Siga Brasil, além de outras bases de dados disponíveis, os técnicos da CGU vão responder às seguintes questões: qual foi a tramitação dessas emendas nos executivos federal e municipal? Em que estágio se encontram as obras ou ações para as quais os recursos das emendas foram destinados? E, por último, quais os procedimentos ou regras de rastreabilidade, comparabilidade e publicidade foram usados em cada um dos municípios beneficiados?

Cumprimento de determinações

Para o ministro, a prorrogação do prazo não causa prejuízo à razoável duração do processo. Em seu entendimento, a CGU tem demonstrado diligência no cumprimento das determinações do Tribunal com objetivo de erradicar a prática do orçamento secreto.

A decisão também determina que, após a entrega do relatório pela CGU, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o autor da ação (PSOL) se manifestem no prazo de 10 dias.

No início do mês passado, durante audiência de conciliação, o ministro Flávio Dino definiu regras de transparência para acabar com o orçamento secreto e deu prazo de 30 dias, que encerra agora, para que Executivo e Legislativo apresentem informações sobre a destinação das emendas.