Anistia é ato do parlamento e “ninguém tem que se meter”, diz Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se posicionou contra articulações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre anistia para os condenados pelo 8 de Janeiro. A declaração aconteceu durante manifestação em Brasília, nesta quarta-feira (7).

“A anistia é um ato político e privativo do parlamento brasileiro. O parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada: tem que cumprir a vontade do parlamento, que representa a vontade da maioria do povo brasileiro”, defendeu Bolsonaro, em ato pró-anistia em Brasília. As informações são da CNN Brasil.

O STF e a cúpula do Congresso articulam viabilizar propostas alternativas ao PL da Anistia, como a modulação de condenações para penalizar em mais anos organizadores e financiadores dos atos. O governo se mostra contrário tanto ao projeto principal, como à proposta alternativa.

A manifestação desta quarta foi organizada pelo pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e aliado e Bolsonaro Silas Malafaia. A presença do ex-presidente era incerta até o início desta tarde, quando ele anunciou sua presença pelas redes sociais.

O ex-presidente ficou internado em uma UTI no Hospital DF Star durante 21 dias, após uma cirurgia no intestino, e tinha indicação médica para não comparecer à manifestação.

Senadores e deputados, como Nikolas Ferreira (PL-MG), Eduardo Girão (Novo-CE), Hélio Negão (PL-RJ), Zucco (PL-RS) e Caroline de Toni (PL-SC), estiveram presentes e fizeram discursos pedindo por anistia e reforçando compromisso com o tema no Congresso Nacional.

Alguns aproveitaram o momento para cobrar que os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e Davi Alcolumbre (União-AP), se posicionem.

Por Blog da Folha

Cotado para disputar o governo do estado nas eleições do próximo ano, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), segue fazendo gestos para a superfederação formada por União Brasil e o Progressistas.

O gestor recifense é aliado do grupo dos Coelho, que comanda o União Brasil. Contudo, tudo mudou quando a sigla formou uma federação com o PP, que está na base da governadora Raquel Lyra (PSD).

Recentemente, ele fez elogios ao presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte, e apoiou os progressistas na eleição suplementar de Goiana.

“Conversa muito boa com o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, e com o deputado federal Fernando Filho sobre o Brasil, Pernambuco e o Recife, os desafios que precisam ser superados, além de alianças que estamos fortalecendo em todo o nosso país”, afirmou João Campos.

O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu quatro mil pessoas em Brasília nesta quarta-feira. O número é um cálculo feito com base em imagens aéreas pelo grupo de pesquisa “Monitor do debate político” do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, da Universidade de São Paulo (USP), e pela ONG More in Common. A margem de erro do levantamento é de 480 pessoas para mais ou para menos.

A contagem foi realizada no horário considerado ápice da manifestação, às 16H30, a partir de fotos aéreas analisadas com o auxílio de inteligência artificial. O número registrado no ato desta quarta-feira corresponde a 10% do público reunido na Avenida Paulista, em São Paulo, há um mês (44.9 mil). As informações são do Jornal O Globo.

Durante a manifestação em Brasília, Bolsonaro afirmou que a eventual concessão de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro é um ato “privativo do Parlamento”.

— Anistia é um ato político privativo do Parlamento brasileiro. O Parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada. Tem que cumprir a vontade do Parlamento, que representa a vontade da maioria do povo brasileiro — afirmou Bolsonaro.

Também estiveram presentes a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Marcos Pontes (PL-SP) e Magno Malta (PL-ES), assim como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

A oposição chegou a reunir na Câmara assinaturas para apresentar um requerimento para acelerar o andamento do projeto da anistia. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), no entanto, barrou a iniciativa, em uma tentativa de construir uma solução alternativa.

Outro assunto citado na manifestação foi o caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 14 anos de reclusão. Ela foi citada em discurso por Michelle, que gradeceu ao ministro Luiz Fux, que votou para que a cabeleireira tivesse uma pena de um ano e seis meses. Foi Débora que pichou “perdeu, mané” na estátua da “A Justiça”, que fica em frente à Corte

— Eu tenho um agradecimento ao ministro Luiz Fux, que foi sensato em seu voto a favor de Débora — disse Michelle.

O avanço da proposta para o aumento do número de cadeiras na Câmara dos Deputados, que prevê a mudança do número de parlamentares na Casa de 513 para 531, agrava uma dificuldade de acomodação de todos os parlamentares no plenário, que possui apenas 376 assentos. Caso o texto seja aprovado no Senado Federal, 155 deputados ficariam em pé durante as sessões com lotação.

O Plenário da Câmara dos Deputados tem 374 assentos com poltrona, uma para pessoa com deficiência (PCD) e uma poltrona de mobilidade reduzida.

A proposta foi aprovada no plenário da Câmara na terça-feira e deve custar R$ 64,6 milhões. Foram 270 votos a favor e 207 contra. O valor, no entanto, não representaria um aumento de gastos porque poderá ser pago a partir do remanejamento de recursos já previstos no orçamento, segundo o relator do projeto, Damião Feliciano (União-PB). As informações são do Jornal O Globo.

Com o aval da maioria dos deputados, a proposta agora vai para o Senado, sob protestos de representantes do PSOL e do Novo, partidos cujas bancadas votaram unanimemente contra o texto, mesmo estando em campos opostos no espectro político. A bancada do PL também teve a maioria contrária ao texto (21 a favor e 91 contra), enquanto o PT ficou dividido entre os que apoiavam a proposição (36) e os que discordavam dela (69).

A matéria é polêmica na Casa e coloca deputados de um mesmo partido em posições opostas. Parlamentares do Rio de Janeiro, por exemplo, foram favoráveis à proposta para não perder cadeiras. Já os deputados de São Paulo foram contrários porque o estado não teria o número de parlamentares ampliado. Isso porque, a Constituição estabelece que cada estado só pode ter no máximo 70 cadeiras. Se a regra não existisse, o estado já poderia acumular 116 vagas para deputados.

O prefeito de São José do Egito, Fredson Brito, esteve reunido nesta quarta-feira (7) com a governadora Raquel Lyra no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Também participaram do encontro o deputado estadual Gustavo Gouveia e o presidente da Amupe, Marcelo Gouveia. Na ocasião, Fredson apresentou uma série de demandas prioritárias para o município, como pavimentação de vias, construção de um novo mercado público, melhorias na saúde e apoio à agricultura familiar.

Segundo o prefeito, a reunião foi produtiva e demonstrou abertura do Governo do Estado para o diálogo com os municípios. “Agradeço à governadora pela receptividade, ao deputado Gustavo Gouveia pela atenção e ao presidente da Amupe, Marcelo Gouveia, pela articulação e compromisso com os municípios pernambucanos”, declarou Fredson.

A governadora Raquel Lyra afirmou que os pleitos serão analisados com atenção. “Vamos trabalhar para viabilizar os pleitos apresentados, pois reconhecemos a importância de cada ação para melhorar a vida do povo egipciense”, afirmou.

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) participam de um ato na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na tarde deste desta quarta-feira (7). A convocação foi feita pelo ex-presidente, que também acompanha a manifestação que pede a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro no centro da capital.

A concentração começou por volta das 16h, na antiga Funarte, e os manifestantes caminham no Eixo Monumental (Via S1) até a Avenida José Sarney, próximo ao Congresso Nacional. O trânsito fica bloqueado durante a manifestação.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participa do ato. Bolsonaro esteve internado por três semanas após cirurgia para desobstruir o intestino e recebeu alta no último domingo (4). Com informações do g1.

O trânsito na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, sofreu alterações. Segundo a Polícia Militar, a interdição começa as 16h e acontece da Torre de TV até o Congresso, mas pode ter mudanças no decorrer do dia.

O bloqueio atinge três faixas da S1 (sentido Torre de TV – Esplanada Ministérios), a Avenida José Sarney e a retorno na altura do Ibero Americano. A liberação das vias vai depender do andamento do evento.

Bolsonaro é réu por tentativa de golpe
No mês passado, a Primeira Turma do STF decidiu por unanimidade tornar réus o ex-presidente Bolsonaro e mais 20 aliados por tentativa de golpe em 2022. Os cinco ministros votaram para aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Agora, os acusados passarão a responder a um processo penal — que pode levar a condenações com penas de prisão. Esses oito nomes compõem o chamado “núcleo crucial” da tentativa de ruptura democrática, segundo a PGR.

Maioria dos brasileiros é contra anistia
Pesquisa Quaest divulgada neste domingo mostra que 56% dos brasileiros são contrários à anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2022, enquanto 34% defendem que o grupo seja solto (ou porque a prisão nem deveria ter ocorrido, ou porque já está preso há tempo demais). O restante (10%) não sabia ou não respondeu.

O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, considerou as respostas das 2.004 pessoas entrevistadas, entre 27 e 31/03. O nível de confiabilidade é de 95%, e a margem de erro, de 2 pontos.

Sempre ao final de cada podcast Direto de Brasília, parceria deste blog com a Folha de Pernambuco, o registro do convidado comigo e com o produtor Manoel Guimarães. Ontem, foi a vez do senador e presidente nacional do PT, Humberto Costa, que chegou aos nossos estúdios em Brasília na companhia dos jornalistas Alberto Lima e Roberto Stuckert.

A estreia do podcast, em 3 de abril, teve como convidado o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Na sequência, participaram o ex-presidente Jair Bolsonaro; o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante; o ex-presidente nacional do PT e atual candidato à presidência da sigla, Rui Falcão; e, por fim, o senador pernambucano Humberto Costa, segundo vice-presidente do Senado e presidente nacional do PT até julho.

Por Blog do Tales Faria

A conta é simples: cada deputado tem direito hoje a destinar R$ 37,3 milhões em emendas ao Orçamento para obras e outras atividades de interesse nas suas bases eleitorais. Isso só com as emendas individuais, sem contar os outros tipos de emendas.

Se multiplicarmos esse valor pelos 18 deputados a mais que a Câmara aprovou nesta terça-feira, 06, isso significa que o rombo pode se multiplicar: 18 vezes R$ 37,3 milhões.

Resultado a decisão de ontem assombra o bolso do contribuinte com um aumento de R$ 671,4 milhões no déficit do Orçamento federal, se os deputados continuarem não abrindo mão do que acreditam ter direito. É agiram em relação ao fundo partidário e ao fundo eleitoral.

Poderá ser, então, um aumento de R$ 671,4 milhões em emendas. Além dos R$ 64 milhões que a área técnica da Câmara já calculou como gastos de gabinete e outras despesas a serem acrescidas pelos 18 novos deputados. Aí tungada pula pra R$ 735,4 milhões.

Mas não para por aí. O número de deputados federais é a base para a definição dos deputados estaduais em cada unidade da federação. Virão mais 30 deputados estaduais aí pelo país. O número total sobre de 1.059 para 1089, com o valor correspondente.

Tudo sairá do nosso bolso. Um absurdo!

A ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados avançou mais uma etapa nesta quarta-feira (7). O ministro Alexandre de Moraes agendou os depoimentos das testemunhas de acusação, listadas pela Procuradoria-Geral da República, e também as indicadas pelas defesas de Mauro Cid, do ex-presidente da República e dos demais réus.

De acordo com despacho do ministro, as testemunhas elencadas pelas PGR serão ouvidas no dia 19 de maio. São elas:

  • Éder Lindsay Magalhães Balbino, dono de uma empresa que teria auxiliado na produção de um material com suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas;
  • Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor que teria elaborado planilhas que supostamente foram utilizadas por Anderson Torres para mapear a movimentação de eleitores no segundo turno das eleições de 2022;
  • Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal, que teria atuado para dificultar o deslocamento de eleitores nas eleições de 2022;
  • Ibaneis Rocha Barros Júnior, governador do Distrito Federal;
  • Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército;
  • Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica.

No dia 22 de maio, serão ouvidas as testemunhas listadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Entre os convocados, está o ex-comandante do Exército general Júlio Cesar de Arruda, que estava à frente da instituição no dia 8 de janeiro; e o ex-assessor de Bolsonaro Luís Marcos dos Reis.

Nos dias 30 de maio e 2 de junho, serão ouvidas testemunhas indicadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, entre as quais:

  • Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo
  • Amauri Feres Saad, advogado;
  • Gilson Machado, ex-ministro do Turismo;
  • Ricardo Peixoto Camarinha, médico cardiologista que acompanha Bolsonaro;
  • Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário de Tecnologia do TSE;
  • Eduardo Pazuello (PL-RJ), deputado e ex-ministro da Saúde
  • Rogério Marinho (PL-RN), senador.

O presidente estadual do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira, reagiu, hoje, às declarações do senador e presidente nacional do PT, Humberto Costa, de que o partido não acha necessária a criação da CPI do INSS. Humberto fez a afirmação durante o podcast ‘Direto de Brasília’, meu programa em parceria com a Folha de Pernambuco, ontem.

Segundo Anderson, Humberto foi participante ativo de todas as CPIs contra o governo Bolsonaro. No entanto, agora é contra a CPI para investigar quem roubou os aposentados do INSS. “Dois pesos e duas medidas. Quem ontem se sentiu na condição de investigar e julgar, não pode fazer diferente hoje. Mas isso é um problema de consciência e coerência dele, dos petistas e seus aliados”, afirmou.

Anderson reforçou sua posição sobre o tema: “Defendo que esse assunto, que prejudicou milhões de aposentados, seja apurado e investigado, e que os seus responsáveis sejam punidos. O liberal ainda defende que é importante ressarcir os aposentados lesados, e indagou: “É o povo brasileiro que deve pagar essa conta? Ou as associações que desviaram os recursos?”.