De bigu com a modernidade

Metade dos motoqueiros brasileiros não tem CNH 

O que se vê nas ruas, principalmente no interior do país, e que poderia ser meramente apenas uma ‘sensação’, virou estatísticas – prova cabal da irresponsabilidade de donos de motos e dos gestores das polícias militares, das guardas municipais e dos órgãos de Trânsito. Um estudo da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) aponta que, dos 34,2 milhões pilotos de motocicletas, motonetas e ciclomotores registrados no Brasil, 17,5 milhões não possuem habilitação na categoria: ou 53,8% do total – segundo dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Isso significa que essas criaturas não sabem as regras básicas para pilotar. Esse aumento indiscriminado, sem fiscalização, tem consequências: estudo do Ministério da Saúde revela que mais de 1,2 milhão de pessoas foram hospitalizadas devido a acidentes de moto em 2023. O estado de São Paulo lidera a estatística triste, registrando 259.552 vítimas no último ano. Minas Gerais e Bahia seguem na sequência, com 127.099 e 78.679 internações, respectivamente. 

Pior que o fenômeno cresceu depois dos negócios com veículos compartilhados, como o aluguel de motocicletas ou motonetas, por exemplo, ou serviços piratas de mototáxis. Isso significou um aumento absurdo no total de motos nas vias brasileiras: de 18 milhões, em 2013, para incríveis 32 milhões em 2023, num pulo de 78% em uma década. E há mais dados: 41% dos emplacamentos de veículos, hoje, são de motocicletas, nos anos 2000, representavam pouco mais de 23%. O estudo do Senatran revela que 80% das motocicletas, motonetas e ciclomotores pertencem a condutores do sexo masculino – a maioria na faixa etária de 40 a 49 anos, seguida por aqueles de 50 a 59 anos. O percentual desse tipo de transporte em relação ao total de veículos por estado ajuda a explicar esse desatino: as regiões Norte e Nordeste usam mais motocicletas. Os estados com os maiores percentuais são Maranhão (59,7%), Piauí (55,1%), Pará (54,5%), Acre (53,1%) e Rondônia (51,2%). Essa predominância se dá devido a fatores econômicos (principalmente este), geográficos e culturais

O que mata os motociclistas

√ O Data SUS, do governo federal, revela que 119.735 deles morreram entre 2012 e 2021 no país. São 33 que morrem todos os dias, deixando famílias, amigos e todas as possibilidades e bons momentos que uma vida pode oferecer.

√ O Detran do Distrito Federal mostra os principais fatores associados aos sinistros fatais envolvendo motocicletas.

    a) uso de álcool ou substâncias psicoativas foi o principal fator de risco nos sinistros envolvendo motocicletas. Dos casos analisados, em cerca de 27,5% algum dos envolvidos havia consumido bebida alcoólica ou utilizado drogas.

    b)  perda de controle do veículo, o excesso de velocidade, utilizar o celular enquanto dirige, desrespeitar as sinalizações, não utilizar setas e não manter uma distância segura do veículo à frente. 

    c)  Fator vias, como não realizar a manutenção periódica nos veículos, ter o governo abandonado boa parte com mau estado de conservação e/ou sem sinalização, a falta de acostamentos e até mesmo a falta de passarelas.

Motos: recorde de vendas – A Abraciclo, associação que reúne os fabricantes de motos, bicicletas etc, divulgou que a indústria brasileiro está comemorando um recorde de vendas no ano, registrando o melhor agosto de sua história desde 2012. O Polo Industrial de Manaus produziu, por exemplo, 163.960 unidades no mês passado – numa expansão de 11,4% sobre julho e volume bem próximo ao de agosto de 2023. No geral, a produção nos primeiros oito meses do ano atingiu 1.179.161 motocicletas, alta de 12,1% em relação a idêntico período de 2023.

Novidades para NXR 160 Bros – A Honda acaba de apresentar a linha 2025 também para a aventureira NXR 160 Bros. O modelo de entrada das aventureiras recebeu atualizações de visual, equipamentos, ciclística e uma revisão mecânica. Agora, passa a ser oferecida em duas versões, a CBS e a ABS. A primeira, com sistema de freios com acionamento combinado, tem preço público sugerido de R$ 20.490, enquanto a segunda, com freio ABS na dianteira apenas, sai por R$ 21.390 – ambas não incluem custos de frete.É a primeira vez que o modelo ganha sistema de freio antitravamento. E todas as versões passam a contar com faróis e lanterna com lâmpadas de LED. E mais: passam a vir de série com um novo painel de instrumentos digital, que incorpora funções como indicador de marcha, marcador de consumo médio, nível de combustível, conta-giro e os hodômetros total e parcial (trip A e B). A Honda também equipou sua moto com uma saída USB tipo C, mas a porta para carregamento está instalada na carenagem do farol. 

Peugeot 208 ganha novo visual – A Peugeot apresentou nesta sexta-feira o novo 208 – que ganha também mais versões, aposentando de vez o veterano motor aspirado 1.6 de 120 cv. As mudanças estéticas ( principalmente por conta da grade dianteira) estão em linha com com a reestilização na Europa no ano passado. Isso inclui novo logotipo  e alterações no conjunto óptico com novos faróis de led e a assinatura luminosa da chamada “garras do leão”. O modelo é produzido na fábrica de El Palomar, na Argentina. São quatro versões:  Active, Style, Allure e GT (somem as Like, de entrada, e Griffe, de topo de linha). O modelo segue, nas versões de entrada, com o motor 1.0 de 75 cv associado a câmbio manual de cinco marchas. Nas demais, o 1.0 turbo (T200) de 130 cv acoplado a transmissão automática CVT de sete velocidades, ambos a gasolina. Boas coisas surgiram nas questões de conveniências, conforto e segurança – como uma uma tela de 10 polegadas sensível ao toque com integração CarPlay, Android Auto e Bluetooth sem fio, carregador por indução de 15 W e, a depender da versão, ar-condicionado digital e pacote ADAS de recursos semiautônomos.

Confira versões e preços

Peugeot 208 Active 1.0 MT – R$ 76.999

Peugeot 208 Style 1.0 MT – R$ 88.999

Peugeot 208 Allure 1.0 Turbo CVT – R$ 98.999

Peugeot 208 GT 1.0 Turbo CVT – R$ 114.999

Audi anuncia pré-venda do novo Q7 – A marca alemã pertencente à Volkswagen começou em suas 40 concessionárias a pré-venda do novo Q7, utilitário de luxo que ganhou visual renovado, mais tecnologias e espaço na cabine para até sete passageiros. O veículo tem preço inicial sugerido de R$ 691.990 e é equipado com um motor 3.0 TFSI V6 com 340 cavalos de potência e torque de 50,0 kgfm. A transmissão Tiptronic possui oito velocidades e há ainda tração integral quattro, que permite ao modelo enfrentar com desenvoltura qualquer tipo de terreno. O conjunto mecânico proporciona ao novo Q7 um desempenho esportivo: a aceleração de 0 a 100 km/h é realizada em apenas

Territory e a partida remota – A Ford iniciou a venda do Territory 2025, SUV médio que recentemente passou por uma renovação. Oferecido na versão de topo Titanium, ele se destaca por ter bom espaço interno e conforto – e conteúdo caprichado de itens de tecnologia e conveniência. Como novidade, o modelo agora traz chave com função de partida remota. Ao custo de R$ 212 mil. A nova função de partida remota permite acionar o ar-condicionado e a ventilação do banco do motorista pela chave, preparando o veículo para estar na temperatura ideal no momento da partida.

Novo SUV da Volkswagen – A marca alemã divulgou na quinta-feira uma imagem do novo modelo de SUV que será fabricado na fábrica de Taubaté (SP) no ano que vem (um compacto). O mote do anúncio é o Rock in Rio, patrocinado pela empresa. O SUV é resultado dos R$ 16 bilhões em investimentos anunciados até 2028. Segundo a Volkswagen, o modelo faz parte da programação de 16 novos produtos durante o ciclo de investimentos. A imagem divulgada, porém, mostra poucos detalhes do modelo. Coberto por uma redoma luminosa de LED e camuflado, o futuro SUV mostra apenas assinatura luminosa e silhueta lateral. Há quem estime que ele custará entre R$ 120 mil e R$ 150 mil.

Novo Kicks começa a ser produzido no México – A Nissan confirmou o início da produção do Novo Nissan Kicks nas suas fábricas de veículos e motores no complexo da marca em Aguascalientes, no México. A partir daí, essa unidade industrial abastecerá o mercado local e também outros países da região. Já os clientes brasileiros, e também de outros mercados, serão atendidos pelo Complexo Industrial da Nissan, em Resende, no Rio de Janeiro. Mas a data do início da produção do Novo.

Nissan Kicks brasileiro não foi revelada, mas será certamente no ano que vem. O que já se sabe é que o novo carro vai conviver com o modelo atual.

As versões do Citroën Basalt – Já se sabia no meio automotivo que o novo modelo da marca francesa pertencente à Stellantis chega até outubro. Agora, a Autoesporte revela que serão três versões – uma delas com o motor 1.0 Firefly presente em vários carros da Stellantis, como nos Fiat Argo e Cronos, Citroën C3 e Peugeot 208.

Prius recordista – E o sedã Toyota Prius, já de quinta geração, que não é vendido por aqui no Brasil, acaba de entrar no livro dos recordes. Ele cruzou os Estados Unidos da costa oeste até a costa leste, saindo da prefeitura de Los Angeles e chegando até a prefeitura de Nova York. O motorista foi Wayne Gerdes, um jornalista experiente, por sinal, que conseguiu uma média de consumo de combustível de 39,6 km/l. O valor é superior ao declarado pelo fabricante, que é de 24,3 km/l. O trajeto foi 5.188,7 quilômetros. Durante a travessia, ele enfrentou elevações de até 2.100 metros e atravessou o deserto de Mojave, onde as temperaturas chegaram a mais de 40ºC.

Venda de usados – O comércio de veículos usados em agosto registrou uma queda nas últimas semanas, de -2,9%. Foram 1,1 milhão de unidades – 898  mil automóveis e 158,6 mil comerciais leves. Mas isso garante um crescimento de 3,74% sobre o mesmo período do ano passado.  No acumulado de 2024, foram 7,6 milhões de unidades, quase 9% a mais do que as 6,9 milhões entre janeiro e agosto de 2023. Com 19,53% de participação, a Volkswagen manteve-se à frente entre as montadoras, com Chevrolet (18,59%), Fiat (18,56%), Ford (8,58%) e Toyota (5,69%) completando o top 5.

Financiamento de carros – E os brasileiros continuam se valendo de empréstimos para comprar veículos. Em agosto, a quantidade de carros (novos e usados) a prazos chegou a 631 mil veículos – uma alta de 14,8% em relação ao mesmo mês de 2023. A B3 mostra que foram 4,6 milhões de unidades financiadas nos primeiros oito meses de 2024 – uma elevação significativa de  22,9% em relação a idêntico período do ano passado (874 mil unidades a mais).

Recall para freios de modelos Fiat – Fique atento: a partir do próxima 16 de setembro, a marca italiana  começa um chamamento público para corrigir falhas nos modelos Argo, Cronos, Pulse, Mobi e Strada. Todos precisam revisar o freio de estacionamento – e, pior, possivelmente trocá-lo, já que ele pode não ter o funcionamento correto. É isso: mesmo com o carro devidamente estacionado e este freio acionado, ele pode se mover e acabar colidindo com um objeto que estiver ao seu redor. A Strada ainda precisa de verificação e instalação de parafusos na parte superior da carroceria. Para mais informações sobre os recalls da Fiat, os donos dos carros envolvidos podem contatar a marca pelo telefone 0800 707 1000, iniciar uma conversa via WhatsApp pelo telefone 31 2123-6000 – ou acessar o site oficial da montadora.

Fique atento aos sinais de desgaste – Os sistemas de freio, discos e tambores são peças essenciais no veículo e operam em regime de alta temperatura – principalmente quando são exigidos com muita frequência. O atrito do disco com a pastilha de freio faz diminuir a velocidade e parar o veículo por completo. “Se o disco estiver abaixo da espessura mínima recomendada, o atrito somado à alta temperatura pode acarretar alterações em sua superfície causando empeno e, às vezes, trincas”, afirma Leandro Leite, coordenador da Assistência Técnica Fremax.

O que acontece quando o disco e o tambor de freio estão comprometidos – Segundo Leite, é importante os motoristas ficarem atentos aos indícios de que a troca deve ser efetuada. “Quando o disco de freio apresenta faixas porosas ou degrau no local de trabalho da pastilha, pode ser necessário acionar o pedal com mais força para ocorrer a frenagem. Neste caso, o disco de freio deve ser substituído. O mesmo deve ser analisado para os tambores de freio, caso estes possuam sulcos profundos, devem ser substituídos”, comenta. A trepidação ao acionar o freio também pode indicar que os discos estão danificados. “Os discos podem sofrer empenamento por atuar em altas temperaturas. As trincas causadas por choques térmicos também provocam esse efeito. Nesta ocasião, os discos devem ser trocados junto com as pastilhas”, comenta o profissional.

Revisão preventiva ajuda a identificar problemas – Leite destaca ainda que a vida útil dos discos e tambores de freio deve ser observada mesmo se os componentes não estiverem apresentando defeito. “O freio é acionado o tempo todo e sofre desgaste constante. A recomendação é fazer inspeções a cada 10.000 km ou de acordo com as orientações do fabricante. Não se deve aguardar o aparecimento de algum defeito para a troca do disco e do tambor”, aconselha. Na hora da manutenção, também há necessidade de avaliar outros componentes periféricos, como o flexível, pinça, cilindros de roda e o nível e o tempo de troca do líquido de freio. Leite explica que rodar com discos e tambores desgastados podem provocar acidentes, haja vista que pode ocorrer quebra em uma frenagem de emergência. Para evitar essa situação, é importante fazer as inspeções periódicas e efetuar a substituição no momento certo.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

A GM e os R$ 5,5 bilhões para dois híbridos flex

A General Motors confirmou na quinta-feira (5) que investirá R$ 5,5 bilhões em suas fábricas paulistas para produzir no Brasil modelos híbridos flex. E um deles deverá ser lançado já no ano que vem. A empresa pretendia pular direto dos carros a combustão para os 100% elétricos, mas depois compreendeu que os consumidores – e a estrutura do país, claro – não estavam preparados. De qualquer forma, o Brasil será o primeiro mercado mundial da GM a ter híbrido flex da GM. E a ofensiva local para esse perfil permanece, claro. Os diretores da empresa dizem que serão investidos em dois tipos de motores híbridos – e o foco será no do tipo híbrido leve, o MHEV. 

Esses são assim chamados porque têm apenas um motor que, na verdade, é pequeno gerador elétrico com tensão de 48V que substitui o alternador – e é usado apenas para algumas funções auxiliares. A base deverá ser algum propulsor a combustão – o 1.0 ou 1.2 turbo de três cilindros – já produzido e usado por aqui no Tracker, Onix e Montana. O primeiro, aliás, deverá ter a primazia de lançamento. Afinal, quase 50% dos carros vendidos no Brasil atualmente são SUVs. Um novo SUV deve surgir, para ocupar o espaço de entrada na linha Chevrolet. 

Argentino, mas de olho no Brasil – A Stellantis anunciou que vai investir US$ 385 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) na fábrica de Córdoba, na Argentina, para produzir uma nova família de veículos – boa parte deles destinada ao Brasil. Ainda não há informações sobre quais modelos, mas devem ser da marca Fiat (a Stellantis é dona desta, da Jeep, da Peugeot, da Citroën e da Ram, por exemplo). 

A retomada da indústria automobilística – A produção de veículos em agosto voltou ao patamar pré-pandemia. Segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, as montadoras puseram no mercado 259.613 veículos, numa alta de 5,2% em relação a julho e de 14,4% na comparação com agosto de 2023. “É o maior volume desde outubro de 2019”, disse ele. No acumulado de janeiro a agosto já foram produzidas 1,64 milhão de unidades, expansão de 6,6% sobre o total de 1,54 milhão do mesmo período do ano passado. A Anfavea reúne as empresas que têm fábrica no Brasil. O executivo atribui o fenômeno à reação consistente do mercado interno e à quantidade expressiva de lançamentos nesta segunda metade do ano. Juntando veículos leves e pesados, o Brasil fechou agosto com 237,4 mil emplacamentos – 14,3% a mais que no mesmo mês de 2023. Foi o melhor mês em 2024 em média diária de vendas, com 10,8 mil unidades.

Mais empregos – Com vendas e produção em alta, as montadoras também seguem ampliando o nível de emprego em suas fábricas. Só neste ano foram abertas 5,9 mil vagas, com o efetivo passando de 98,9 mil trabalhadores em dezembro para 105,8 em agosto. Com relação a julho, houve 1,2 mil contratações.

Caminhões –  A Anfavea também considera que as vendas de pesos pesados, principalmente caminhões, estão voltando à normalidade. Em agosto, os fabricantes do segmento produziram 13.101 unidades – uma alta de 10% em relação a julho (11.909 unidades) e de 36,1% na comparação com o mesmo mês de 2023, com apenas 9.623 unidades fabricadas. É o melhor mês desde 2022.

Elétricos – O comércio de carros eletrificados também tem crescido. Até agosto, as vendas totais – elétricos (BEV), híbridos plug-in (PHEV), híbridos convencionais (HEV) e micro-híbridos (MHEV) – chegaram a 109.291 unidades. Isso significa um crescimento de 122,7% em relação ao mesmo período de 2023. Os elétricos (BEV) lideraram as vendas, com 40.993 unidades – numa elevação de incríveis 595,39% comparado ao ano anterior. Os híbridos plug-in (PHEV) também tiveram bom desempenho, com 36.243 unidades vendidas no acumulado do ano – ou 124,7% em comparação com 2023.

E vai crescer mais – Um estudo inédito da Anfavea e da Boston Consulting Group – chamado  “Avançando nos caminhos da descarbonização automotiva no Brasil” – mostra que a partir de 2030 mais de 50% das vendas de veículos por aqui serão de híbridos e elétricos. O trabalho é resultado de 13 meses de produção, mais 5 mil pessoas ouvidas e interlocução com países, indústria, academia e consumidor.

Adeus ao E-208 – E por falar em carros elétricos, o Peugeot E-208 GT( lançado no Brasil em setembro de 2021) saiu de linha no nosso mercado. A informação foi confirmada ao Inside EVs Brasil por Rafael Filon, chefe de marketing de produto da Peugeot para a América do Sul. A Peugeot focará em apenas um veículo de passeio elétrico e um comercial elétrico: no caso, o E-2008 e o E-Expert, respectivamente.

A Volvo e os 100% elétricos – A marca sueca hoje pertencente à chinesa Geely pretendia chegar a 2030 sem ter mais carros híbridos ou a combustão, claro, no seu portfólio. Recuou – e espera que pelo menos 10% das vendas sejam híbridos leves. Isso em razão de quase todo o mundo estar taxando a importação (sim) dos veículos chineses. E mais: apenas 26% dos veículos vendidos no mundo são 100% elétricos. A Volvo tem no Brasil dois híbridos plug-in (XC60 e XC90) e três elétricos (EX30, XC40 e C40).

Recorde da Stellantis – A empresa global dona da Fiat, Jeep, Ram etc encerrou agosto com recorde em dose dupla. Na América do Sul, foram produzidos 88.709 veículos produzidos. Só no Polo Automotivo de Betim foi alcançado o maior volume de veículos desde 2021, quando a empresa foi criada, pelo segundo mês consecutivo, com 45,5 unidades fabricadas na planta mineira. Líder do mercado automotivo na região, a Stellantis alcançou a marca de 68,6 mil unidades vendidas no Brasil – representando um aumento de 3,1 mil emplacamentos em comparação com o mesmo período do ano anterior, e participação de 30,7%. De janeiro a agosto, a companhia comercializou mais de 456 mil unidades, com 29,8% de market share no acumulado do ano. 

Fiat – Com o resultado de 16,4 mil unidades emplacadas, a picape Strada registrou o maior volume de emplacamento desde seu lançamento,em 1998. Em agosto, a marca garantiu o 1º lugar no ranking, com 22,1% de participação no mercado e 49.428 unidades emplacadas. Isso representa 13,3 mil unidades à frente do segundo colocado no mês. A Fiat teve três dos seus modelos no ranking geral dos 10 mais vendidos do país: a Strada em primeiro lugar, o Argo na quarta posição, com 7.768 unidades vendidas, e a Toro alcançou a décima posição do ranking, com 5.549 unidades. 

Jeep – Com 11.213 unidades emplacadas em agosto, a Jeep conquistou 5% do mercado total neste mês e já soma 77.235 emplacamentos em 2024.  O Jeep Commander liderou a categoria dos SUVs grandes de 7 lugares em agosto, com 1.673 vendas. O modelo já conta com 10.445 emplacamentos nos oitos meses do ano. Vale ressaltar, que as novas versões do Jeep Commander com motor Hurricane superaram os 35% das vendas do modelo em agosto. Já o Jeep Renegade continua avançando e ocupa a quarta posição no segmento SUVs médios, com 5.517 unidades comercializadas em agosto.

Ram – A marca registrou no mês de agosto 2.463 picapes vendidas no país. Já no acumulado do ano, a Ram comercializou 19.930 unidades, um crescimento de 214% em relação ao mesmo período do ano passado e alcançou uma participação de 1,3%, considerando o mercado total de veículos de passeio e comerciais leves. 

BYD Pro por R$ 182.800 – A BYD lançou na quinta-feira (5) o Yuan Pro no Brasil. É o SUV elétrico mais barato da marca chinesa. Ele tem versão única e é equipado com um motor de 177cv (ou 130 kW) de potência e 29,5 kgfm de torque. A marca informa que ele acelera de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos e atinge a velocidade máxima de 160 km/h. A bateria Blade tem 45,1 kWh de capacidade e fornece autonomia de 250 km pelo padrão Inmetro. No entanto, garante a BYD, pode alcançar entre 320 e 350 km com uma carga. Visualmente, o SUV se caracteriza pelos para-choques robustos, faróis estreitos de LEDs, colunas escurecidas, maçanetas embutidas, lanternas integradas, spoiler de teto e proteções plásticas nas caixas de rodas. Mede 4.310 mm de comprimento, 1.830 mm de largura, 1.675 mm de altura e um entre-eixos de 2.620 mm. No interior, quadro de instrumentos digital com tela de 8,8 polegadas. O sistema de entretenimento, em tela giratória, tem 12,8 polegadas.

As opções da Neta – A mais nova empresa chinesa no Brasil, a Neta Auto, confirmou no meio da semana que começará suas operações no Brasil com três veículos elétricos: modelos Neta Aya, Neta X e Neta GT. E promete ter 30 lojas até o final do ano. O Aya foi lançado na China em 2020 e reestilizado em 2023. Mede 4.070 mm de comprimento, 1.690 mm de largura e 1.540 mm de altura, com 2.420 mm de entre-eixos. O porta-malas leva 355 litros. No Brasil, terá motor elétrico de 95 cv de potência e 15,3 kgfm de torque, com aceleração de 0 a 100 km/h em 12 segundos. A bateria de 40 kWh garante 263 km de autonomia pelo Inmetro. O X é maior, com 4.530 mm de comprimento, 1.866 m de largura, 1.626 mm de altura e 2.771 m de entre-eixos – e com porta-malas de 508 litros. O motor elétrico gera 163cv de potência e 21,4 kgfm de torque. O cupê Neta GT está à venda na China desde o ano passado. E vem em duas versões: uma com tração traseira com 231 cv e outra com tração AWD com 394cv. Dados de fábrica indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos nesta segunda opção. A autonomia chega até 580 km.

Audi traz o Q6 e-tron – A marca alemã Audi começou a trazer para os consumidores brasileiros o Q6 e-tron, um inédito (para o país) modelo elétrico. As versões Performance quattro e Performance Black quattro têm preços a partir de R$ 530 mil na venda direta. O modelo nasceu sobre a Plataforma Elétrica Premium (PPE), desenvolvimento compartilhado com a Porsche com promessa de redução de custo, mais eficiência e aprimoramentos em desempenho. Em ambas as versões, o Q6 e-tron tem conjunto um de baterias de íon lítio com capacidade de 100 kWh, o que gera potência combinada de 387cv e 54,5kgfm de torque. A marca informa que o SUV é capaz de fazer de 0 a 100 km em 5,9 segundos e acelerar até 210 km/h (máxima limitada eletronicamente). Pela classificação do Inmetro, a autonomia é de 411 quilômetros.

A indiana Tata no Brasil? – O site Automotive Business trouxe na semana uma informação relevante: a gigante indiana Tata Motors está negociando uma fábrica no Brasil – mais especificamente com o governo de São Paulo. A fonte é o secretário de desenvolvimento do estado de São Paulo, Jorge Lima. O governo paulista oferece, segundo ele, um parque de fornecedores desenvolvido – e próximo das áreas que concentram outras montadoras. A Tata é conhecida por criar o Nano, o “carro mais barato do mundo”.

Mais etanol na gasolina – O Senado aprovou um projeto de lei que cria a possibilidade de aumentar a quantidade de etanol na gasolina comum para até 35%. Ainda falta a Câmara, em segunda votação, aprovar a medida. O PL, conhecido como “combustíveis do futuro”, ainda prevê o aumento do biodiesel no diesel e cria regras sobre temas como combustíveis de aviação, biometano, diesel verde, combustíveis sintéticos e até mesmo a estocagem de gás carbônico. E como fica? A margem de mistura de etanol à gasolina passará de 22% a 27%, podendo chegar a 35%. Hoje, é de 18% a 27,5%. 

Diesel no Nordeste: preço cai – A mais recente análise do índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de abastecimento, revelou que o preço médio do litro da gasolina foi comercializado a R$6,46 no Nordeste no acumulado de agosto – um aumento de 1,73% ante ao de julho. O etanol também aumentou, sendo encontrado a R$ 4,89, após aumento significativo de 2,52%. Em contrapartida, os dois tipos de diesel registraram baixa na região. Enquanto o preço médio para o litro do S-10 foi de R$ 6,22, com redução de 0,16%, o tipo comum foi comercializado a R$ 6,17, após queda de 0,96%.

Palhetas de para-brisa: fique atento ao barulho – Um estudo recente da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) revelou que mais de 30% dos veículos brasileiros circulam com limpadores de para-brisa em mau estado de conservação. Isso pode desencadear uma série de problemas para o motorista. Primeiro, há a redução da visibilidade: palhetas desgastadas não removem a água e a sujeira do para-brisa de maneira eficaz, especialmente em condições climáticas mais adversas, aumentando o risco de acidentes. Outro problema é que o barulho constante dos limpadores avariados pode causar cansaço e irritação ao motorista, afetando sua concentração na direção. Além disso, existe a possibilidade de danificar o para-brisa do veículo, levando à necessidade de reparos ou troca completa. Para evitar esses contratempos e garantir uma direção mais segura e confortável, Leonardo Salomé, CEO da Autoimpact, empresa líder no desenvolvimento de palhetas automotivas, dá algumas dicas:

  • Verifique e troque os limpadores regularmente: inspecione as palhetas a cada seis meses ou no checklist da troca de óleo. Observe se estão desgastadas, rachadas ou deformadas.
  • Escolha palhetas de qualidade: opte por marcas reconhecidas no mercado que desenvolvam limpadores com materiais duráveis e tecnologia de ponta.
  • Confira a condição do para-brisa: pequenos trincados comprometem a limpeza eficaz.
  • Analise a pressão do braço: a desregulagem impede o bom funcionamento do sistema limpador do veículo.
  • Mantenha o para-brisa limpo: acúmulo de poeira e outros detritos reduzem a vida útil das palhetas.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Honda Biz, a namoradinha do Brasil 

Na história da indústria motociclística brasileira, a Honda Biz merece um capítulo especial. Foram 4,7 milhões de unidades produzidas de março de 1998 até julho de 2024 – o que coloca o modelo no 2º lugar entre as motos preferidas no Brasil desde sempre. Porém, não é na frieza do número recorde, inferior apenas ao da campeã Honda CG, mas no papel que ela desempenhou – e ainda desempenha – na popularização do uso da motocicleta no país. Agora, a Honda Biz, linha 2025, chega cheia de novidades. Primeiro, o novo motor – focado na redução do consumo de combustível e das emissões de gases. O novo propulsor monocilíndrico de 123,9 cm³, de duas válvulas, usa a mesma arquitetura do motor usado na Biz 125 anterior, mas com diferença no diâmetro e curso do pistão. Agora medem de 50 x 63,12 mm, respectivamente, enquanto no motor anterior as medidas eram de 52,40 x 57,90 mm. O sistema de injeção eletrônica, segundo a empresa, está ajustado para o uso exclusivo de gasolina – e na Biz 125 EX o sistema se vale da tecnologia que permite o uso de etanol ou gasolina, e os números de potência e torque não se alteram com o uso de um ou outro combustível: 9,53 cv a 7.500 rpm e 1,03 kgfm a 6.000 rpm. 

Uma das principais mudanças na Biz 2025 está na frenagem, com a eliminação do pedal de freio. Agora o modelo tem uma alavanca no punho esquerdo, integrada ao sistema de frenagem Combined Brake System (CBS), enquanto a alavanca no punho da direita comanda exclusivamente o freio dianteiro, que é a disco na Biz 125 EX e a tambor na Biz 125 ES. Preços? Biz 125 EX, R$ 14.970; Biz 125 ES, R$ 12.000. A linha 2025 tem um painel novo, totalmente digital, que varia na aparência e quantidade de informações de acordo com a versão. Na 125 EX o painel é do tipo blackout e, em ambos, além de hodômetro parcial/total, velocímetro e nível do combustível, foi introduzido o indicador de consumo e de marcha engatada. Outra diferença entre as Biz 2025 é o sistema de iluminação, com a 125 EX equipada com luzes de posição frontais em LED.

Ford começa a pré-venda da F-150 – A versão atualizada da picape Ford F-150 (da 14ª geração) já está em pré-venda no Brasil. O modelo ganhou melhorias e ajustes no design, na tecnologia e no pacote de equipamentos, além de ter nova estratégia de preço. A entrega está prevista para outubro e novembro. A F-150 é líder de vendas nos Estados Unidos há 47 anos consecutivos e chega ao Brasil em duas versões, a Lariat e a Lariat Black, ambas com motor V8 e diferentes apenas no estilo de acabamento. A Lariat, de perfil mais clássico e elegante, vem com vários itens cromados. Já a Lariat Black, como diz o nome, traz peças em preto brilhante de apelo esportivo. Elas são iguais também no preço, de R$ 520 mil – o mesmo cobrado no modelo anterior Platinum. A nova F-150 vem de série com o pacote off-road FX4, composto por protetores metálicos e suspensão com tunagem especial para fora-de-estrada, e tanque estendido de 136 litros com autonomia de mais de 1.000 km. Também oferece cinco anos de garantia sem limite de quilometragem. O motor é um V8 5.0 de 405 cv e torque de 56,7 kgfm, que acelera de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos e tem a melhor relação peso/potência do mercado, de 5,89 kg/cv. O consumo é de 6,3 km/l na cidade e 8,6 km/l na estrada.

Salvem as peruas – O tão aguardado BMW M5 Touring renovado foi apresentado durante o Monterey Car Week, na Califórnia, nos Estados Unidos. Com visual musculoso e bastante esportivo, o modelo tem, pela primeira vez na história, um conjunto de propulsão híbrido. Chamado de M Hybrid, esse sistema une um motor V8 de 4,4 litros e um motor elétrico integrado à transmissão M Steptronic de oito velocidades. Juntos, esses motores geram uma potência total de 727cv e 1.000 Nm de torque, que levam o novo BMW M5 Touring de 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos. A velocidade máxima padrão é de 250 km/h, mas pode ser aumentada para 305 km/h caso o modelo esteja equipado com o pacote M Driver opcional. Não há previsão de venda do novo BMW M5 Touring no Brasil.

Novidades no Mercedes-Benz GLB – O modelo GLB 2025 chega ao Brasil com algumas mudanças, sendo a principal delas o motor. Agora, o SUV premium de sete lugares deixa de lado o 1.3 turbo de 163 cv da Renault e ganha o 2.0 turbo híbrido leve (com um alternador de 48V) de 190 cv e 30,6 kgfm de torque. Parte de R$ 369.900. Já o GLA 220 (que substitui o GLA 200) também será vendido em duas versões: Progressive (R$ 369.900) e AMG Line (R$ 399.900), ambas agora trazem tração integral. As duas configurações são equipadas com câmbio automático de oito marchas. Segundo a Mercedes, o GLB com motor 2.0 turbo vai de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos e chega a velocidade máxima de 214 km/h. A opção AMG 35, com 306 cv, segue no portfólio por R$ 559.900. O design reestilizado manteve para-choque e grade frontal levemente redesenhados. Além disso, os faróis dianteiros e as lanternas traseiras agora são de LED. Mas, para manter a identidade de cada veículo, as linhas de acabamento são diferentes.

BYD lança Yuan Pro – O novo SUV 100% elétrico da BYD no mercado brasileiro, o Yuan Pro, será apresentado oficialmente neste dia 5/9, em São Paulo, mas já  é possível realizar uma pré-compra com uma super vantagem: 1 ano de seguro grátis da Porto Seguro. Além disso, o comprador vai receber um carregador wallbox de 7kWh de cortesia. O SUV 100% elétrico Yuan Pro é um modelo com perfil jovem que atende os desejos e necessidades de uma geração que é interessada em carros que possuam tecnologia de ponta e design bonito – embora isto seja subjetivo. O preço não foi divulgado. 

O sucesso global da BYD – E por falar na chinesa, um estudo da empresa global de inteligência de mercado ABI Research mostra que a BYD já é a principal montadora de veículos elétricos do mundo, superando a até então imbatível Tesla. O site AutoIndústria conta que, para chegar a essa conclusão, o trabalho partiu de nove critérios de inovação e implementação – que incluem, por exemplo, tecnologia de baterias, desenho da plataforma, cobertura de diferentes segmentos de veículos e participação nas vendas de eletrificação. BYD e Tesla se destacaram como líderes globais de mercado. A montadora chinesa à frente, com vantagem elevada em integração vertical e no número de modelos que oferece em diferentes segmentos. A Tesla, em contrapartida, lidera em autonomia de veículos, inovação de plataforma e capacidades de carregamento rápido. O estudo sublinha também que marcas ainda pouco conhecidas no ocidente, como as chinesas Zeekr, XPeng e GAC Aion, já têm forte desempenho em inovação.

Mais uma chinesa no país – O começo das vendas dos carros da chinesa Zeekr deve acontecer no mês que vem. Aliás, o primeiro lote de seus veículos já desembarcou por aqui. Os modelos são o crossover 001 e o SUV compacto X, que derivam de uma mesma plataforma de outras marcas do grupo Geely, como a Volvo — Lotus, Smart, Lynk & Co. A Zeekr divulgou em nota que eles concorrerão no segmento premium – como os próprios Volvo, como o elétrico EX30. A marca foi criada há apenas três anos em Zhejiang, China, e com centros de desenvolvimento local e na Suécia, e já vendeu 300 mil veículos em três dezenas de mercados. 

Kia EV5 custa R$ 400 mil – O SUV elétrico da marca coreana acaba de chegar ao Brasil, mirando rivais alemães (promete até mais autonomia). Chamada Land, a versão única promete concorrer com o BMW iX1 e o Mercedes-Benz EQA, ambos nessa faixa de preço. 

Hilux SRX de volta ao mercado – A Toyota confirmou na semana passada que a versão SRX voltou ao catálogo da marca, depois de quatro meses de ausência. Custa R$ 324.690. Assim, agora são oito versões no portfólio: Chassi, Cabine Simples, Power Pack, SR, SRV, SRX, SRX Plus e GR-Sport. De acordo com a Toyota, o retorno dessa opção acontece por demandas do mercado e por apelo de seus clientes. O motor é o mesmo do restante da linha: 2.8 turbodiesel com 204 cv e 50,9 kgfm – com tração 4×4, câmbio automático de 6 marchas e bloqueio do diferencial traseiro e controle de descida e subida. 

Stellantis oferece bolsas em Pernambuco – Atenção estudantes de engenharias. Para formar novos profissionais para a indústria automotiva, a Stellantis, o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) vão realizar a terceira rodada do Programa de Residência Tecnológica. As inscrições estarão abertas até o próximo dia 27. São 75 vagas na edição deste ano, sendo 45 com bolsas – ofertadas exclusivamente para os primeiros colocados em cada linha de atuação. As aulas terão início em outubro. O curso de pós-graduação Lato Sensu é gratuito e realizado pela UFPE, sendo destinado aos profissionais formados em engenharia, que tenham inglês em nível avançado ou fluente. A programação conta com três especializações: Engenharia de Sistemas de Controle de Propulsão para a Indústria Automotiva (Controls), Engenharia de Sistemas de Calibração dos Módulos de Propulsão para a Indústria Automotiva (Calibration) e Desenvolvimento de Software para o Setor Automotivo (Software). Cada área contará com 25 vagas e os 15 primeiros colocados receberão uma bolsa no valor total de R$ 24 mil. A formação tecnológica tem duração de seis meses, sendo que os selecionados terão cinco meses de aulas teóricas remotas, com um mês de formação prática que pode ser presencial ou remota.

“O objetivo do programa é formar profissionais com o mais alto nível de conhecimento. É uma oportunidade para pessoas com vontade de aprender e de trabalhar”, afirma o gerente de Engenharia Avançada da Stellantis, Toshizaemom Noce, um dos idealizadores do programa. Segundo ele, as duas primeiras turmas do curso foram um sucesso,  com contratação de 90% dos participantes interessados em trabalhar na empresa: “Neste ano, conseguimos ampliar o número de vagas para a terceira turma e criar mais oportunidades para quem deseja entrar no mercado automotivo”.

Menos CNHs no país – O número de novas carteiras de motorista emitidas caiu 3,5% no Brasil em 2023. Foi a 1ª queda desde a pandemia, que criou uma demanda reprimida pela 1ª habilitação. Antes da Covid-19, no entanto, as emissões já caíam no país, como reflexo de menor interesse pela Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Paulo Guimarães, CEO do Observatório Nacional de Segurança Viária, explicou os fatores para essa redução no país. No ano passado, os Detrans emitiram 2,7 milhões de PPD (Permissão Para Dirigir), nome oficial da 1ª habilitação. Em 2022, foram 2,8 milhões. Os dados são da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito), do Ministério dos Transportes, e foram obtidos pelo portal Poder360 via Lei de Acesso à Informação (LAI). O total de novas carteiras tiradas bateu recorde no Brasil em 2014, com quase 3 milhões de novas CNHs. Desde então, desaba. Em 2019, antes da pandemia, foram 2 milhões de emissões. Em 2020, pelas restrições da Covid, atingiu o menor valor histórico: 1,1 milhão. Se recuperou nos dois anos seguintes, mas agora retomou a tendência de queda.  “A mobilidade é muito dinâmica. Vai se alterando ao longo do tempo. Surgiram novos modais, novas tecnologias que ajudam a ter esse desinteresse pela 1ª habilitação”, afirmou Paulo Guimarães.

Troca de óleo e a perda do prazo – Recente levantamento do Estadão Mobilidade mostra que, entre os problemas mais comuns que afetam carros no Brasil, estão aqueles relacionados a falhas ao superaquecimento, pane elétrica e câmbio. Isso é provocado, no geral, por fatores como a falta de lubrificação dentro dos padrões recomendados pelos fabricantes, principalmente no que diz respeito ao prazo para a renovação do óleo, conhecida popularmente como “troca de óleo”. 

Responsáveis por reduzir atritos, desgastes e ruídos, além de contribuir para o controle de temperatura e para a manutenção da limpeza interna no motor, os lubrificantes são itens essenciais para o funcionamento dos veículos na atualidade, tanto aqueles movidos à combustão, quanto híbridos. Para garantir um bom desempenho, no entanto, é preciso estar atento ao prazo de validade, conforme destaca José Cesário Neto, coordenador de capacitação e suporte técnico dos Lubrificantes Mobil – referência em performance no mercado.

“Para garantir o bom funcionamento dos sistemas que integram o veículo, a troca do lubrificante, seja ele óleo de motor, transmissão ou até mesmo a relubrificação graxa, e fluído de arrefecimento, deve ser realizada com frequência pré-determinada seguindo as recomendações do fabricante automotivo.  A periodicidade correta está descrita no manual do proprietário do veículo, seja em quilômetros ou por tempo”, explica.

Conforme aponta o especialista, a validade dos lubrificantes é determinada pelos fabricantes automotivos e varia de acordo com os fatores “tempo”, de 06 meses a 01 ano, e “quilometragem”, de 5.000 Km a 10.000 Km rodados. Há ainda alguns indicativos que devem ser considerados, como alteração no nível de óleo, mudança na cor e na viscosidade do produto, emissão de fumaça excessiva pelo escapamento e comprometimento de potência.

A perda do prazo para a realização da troca pode ocasionar o desgaste de peças, a deterioração de retentores de borracha e acúmulo de resíduos no motor, o que, em estágios avançados, pode levar a danos catastróficos. Além disso, sem a lubrificação adequada, outros riscos são comuns, como o consumo excessivo de combustível, perda de potência ou rendimento e superaquecimento, causando uma pane ou uma possível parada do motor.

A renovação do óleo dentro do período recomendado pelo fabricante é uma das principais medidas para garantir que a vida útil do motor seja prolongada. Além dela, ganham destaque ações como fazer a troca de filtros com frequência, evitar sobrecarga, realizar manutenção preventiva e utilizar produtos de marcas que prezam pela qualidade. Use, portanto, uma linha de óleos de alto desempenho que contribui o aumento da vida útil de motores e para a proteção contra o desgaste, a formação de borras, oxidação e corrosão do motor em condições críticas de operação, oferecendo viscosidade e fluidez em uma ampla faixa de temperaturas.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

CNH: psicotécnico em cada renovação? 

A Câmara dos Deputados começou a analisar um projeto de lei, o nº 4111/23, que obriga a realização de exames psicológicos para motoristas em cada renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Hoje, essa obrigatoriedade é exigida apenas na primeira obtenção. Nas renovações, é necessário apenas um exame médico e o pagamento de taxas. Até agora, só motoristas profissionais –  como os de ônibus e carretas – são submetidos ao exame psicotécnico mais de uma vez. Mas essa exigência é necessária mesmo? O autor do PL, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), acredita que sim. “Aumenta a segurança nas estradas”, diz ele. Afinal, defende, a condição psicológica dos condutores pode variar consideravelmente ao longo dos anos, o que justifica avaliações regulares. Já o deputado Hugo Leal (PSD-RJ), relator do projeto, recomenda a aprovação com base na segurança pública. “É notória a elevação no número de brigas e acidentes de trânsito ligados ao estado psicológico dos motoristas”, diz ele.

Amarok renovada – A Volkswagen trouxe, enfim, a Amarok reestilizada ao Brasil – mantendo a opção única do motor V6 turbodiesel, em três versões, e preços que variam entre R$ 310 mil e R$ 351 mil. De novidade visual, destaque para a dianteira. Agora os faróis são fullLEDs – e com um filete de LED interligando-os pela grade. Por sinal, todas as peças da dianteira são novas, como capô e para-lamas. As rodas ganharam novo desenho. A traseira ganhou lanternas com acabamento escurecido. Finalmente, por dentro, novos materiais e combinações. A central multimídia com tela de 9″ já é usada na Saveiro, linha 2025, com espelhamentos Apple CarPlay e Android Auto sem fios. Há um bom pacote de assistentes de condução – com aviso de saída de faixa, de colisão frontal, alerta de pedestres, monitoramento de tráfego e indicador de limite máximo de velocidade. Reforçando: são só alertas, sem intervenção em caso de emergência. Ainda em relação à segurança, 6 airbags. 

Hyundai Palisade – A marca coreana Hyundai começa agora em setembro a vender no Brasil o SUV de grande porte Palisade, na versão Signature. Ele tem 4.995 mm de comprimento, 1.975 mm de largura e 1.750 mm de altura – e altura em relação ao solo de 203 mm, com 2.900 mm de entre-eixos. A configuração de bancos permite levar oito ocupantes: 2 na frente, 3 na fileira central e 3 na última fileira. O motor é 3.8 V6 a gasolina, capaz de produzir 295 cv e 36kgfm de torque – e transmissão automática de 8 marchas com tração integral. As duas versões fazem 7,3 km/litro na cidade e 9,9 km/litro na estrada, segundo o Inmetro. Ele custará R$ 450 mil na pré-venda, com garantia de 5 anos sem limite de quilometragem. 

Hyundai Ioniq 5 – E por falar em Hyundai, o Ioniq 5 será o próximo lançamento da marca coreana no Brasil. Airton Cousseau, presidente e CEO da Hyundai Motor Brasil, disse que ampliar a oferta para todos os estilos de clientes era uma prioridade. “Nas concessionárias da Hyundai, os clientes encontrarão modelos que conquistaram o mercado nacional, como o HB20 e o Creta, lado a lado com o Palisade, e, em breve, o Ioniq 5, nosso SUV 100% elétrico”, disse ele. O Ioniq 5 é baseado na plataforma dedicada E-GMP, o modelo pode contar com sistema elétrico de 800 volts e função de carregamento externo.

Chega a nova Ducato – A Fiat revelou na semana passada a linha 2025 da Ducato, alterando principalmente o catálogo de configurações – com a opção da versão para passageiros Luxo (R$ 329 mil.), que se soma às Comfort de 19 lugares e Executivo de 17 lugares. Ela tem 16 lugares e a primeira fileira de bancos traseiros vem com três assentos, não quatro como na que lhe deu origem. A linha começa na Cargo (R$ 250 mil), vai para a MaxiCargo (R$ 256 mil), Multi (R$ 270 mil), Comfort (R$ 320 mil) e Executivo (R$ 330 mil). A motorização não muda: o motor 2.2 turbodiesel entrega 140 cv de potência, com 34,7 kgfm de torque. Novidade: o propulsor ganhou um sistema start-stop. O câmbio é manual de 6 marchas. O consumo oficial médio é de 10 km/l (9,5 km/l nas Minibus) em uso urbano e de 9,9 km/l na estrada (9,8 km/l e 9,3 km/l nas Minibus Comfort e Executivo, respectivamente). A Fiat garante que é até 13% mais eficiente que o anterior. 

Preços e versões da BMW R 12 no Brasil – A motocicleta BMW R 12 está oficialmente lançada no Brasil. Ela chega equipada com um motor boxer de 1.170 cilindradas, que entrega 95 cv de potência e 110 Nm de torque. O câmbio é de seis marchas. O tanque de combustível tem 14 litros de capacidade, sendo 3,5 litros de reserva. A nova BMW R 12 tem 2,20 m de comprimento, 0,83 m de largura, 1,1 m de altura e 1,52 m de entre-eixos. O banco do piloto tem altura de 0,75 m e o modelo pesa 227 kg em ordem de marcha. O visual aposta nas linhas de uma motocicleta clássica, mas com pilotagem confortável e em posição relaxada, graças ao banco baixo e o guidão largo. O design é limpo e as linhas harmônicas, com uma pegada retrô-moderna. O escapamento com saída dupla e traseira curta dão o tom de esportividade típico das motos da BMW Motorrad. As rodas são de 19 polegadas na dianteira e 16 polegadas na traseira. Três versões estão disponíveis no Brasil: R 12, R 12 Cruiser e R 12 Option 719. Preços de lançamento: R$ 89.900; R$94.900; e R$105.900, respectivamente.

Usados batem recorde – O mês passado foi o melhor do ano para a venda de carros usados. As concessionárias brasileiras obtiveram o maior retorno sobre o investimento do ano, atingindo a média de 84%, bem acima dos 78% obtidos em julho. Nos meses anteriores, o indicador ficou ao redor de 70%. Na liderança da rentabilidade, destaca-se a marca Peugeot, com 121%, seguida pela Hyundai 119% e Honda 117%. Ainda se destacam a Caoa Cherry (116%) e Citroën (103%). Os dados são do Estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados powered by Auto Avaliar (PVU),  “O mês foi marcado pela boa rentabilidade e velocidade no giro de estoque. O crescimento do número de avaliações e captações foi da ordem de 10% sobre o mês anterior. O percentual é recorde dos últimos 12 meses”, afirma Fábio Braga, Country Manager da MegaDealer, ao lembrar que os dados de julho reforçam o fenômeno de crescimento do mercado já percebido nos meses anteriores, principalmente em junho. O período foi marcado pelo aumento da velocidade do giro de estoque, que caiu para a média de 34 dias, o menor do ano. Já a margem bruta média subiu para 11% ante 10,8% do mês anterior e o tíquete médio de venda alcançou R$ 81.168. Dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) destacam que, em julho, foram comercializados 1,08 milhão de carros e comerciais leves usados, alta de 20% sobre julho de 2023 e de 13% sobre junho de 2024. 

Vendas na primeira quinzena de agosto – E como foram os primeiros quinze dias de emplacamentos no Brasil em agosto. Os dados registrados mostravam uma liderança confortável da picape Fiat Strada , com 7.597 unidades, abrindo mais de 1,6 mil unidades de vantagem sobre o VW Polo, com 5.980. O Hyundai HB20 (3.874) e o Chevrolet Onix (4.945) completam o pódio. Entre os SUVs, o Chevrolet Tracker (3.137) completa o top 5 com vantagem pequena sobre um Kicks (2.891).

Versa, o mais rentável de julho – No mês passado, o Nissan Versa foi o campeão no quesito maior ROI (retorno sobre o investimento). O modelo, que no mês anterior não aparecia no ranking dos 10 mais rentáveis, permaneceu no estoque, em média, por apenas 27 dias, seu preço médio foi de R$ 77,633 mil e a margem de 10,9%. Já o Toyota Yaris Sedan saiu da décima para a segunda colocação, com giro médio de 31 dias e margem de 12,3% para um preço médio de R$ 87 mil. Na terceira posição está o Toyota Yaris Hatch, antes líder de rentabilidade. O preço médio ficou em R$ 86 mil, margem de 11,1% e giro de 28 dias. O Fiat Cronos, que em junho figurou na primeira posição, não ficou entre os Top 10 do mês de julho. Os dados são do Estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados powered by Auto Avaliar (PVU),

O fenômeno das autopeças chinesas – O site AutoIndústria fez um levantamento curioso sobre como anda a “invasão chinesa” nesse segmento específico de autopeças – usado, claro, para abastecimento do mercado de reposição. A Neta, lembra a AutoIndústria, só começa a venda de carros 100% elétricos vindos da China aqui em setembro, mas já anunciou que tem um Centro de Distribuição de Peças em São Bernardo do Campo, SP, com 75 mil itens já estocados. A BYD, por sua vez, já tem um centro de distribuição em Cariacica, no Espírito Santo – com capacidade para mais de 370 mil peças – e ainda em fase de expansão. O fato é: as compras na China atingiram US$ 357,5 milhões, com alta de 49% sobre os US$ 240,2 milhões importados de lá no mesmo mês de 2023. No acumulado dos sete primeiros meses, a expansão está em 20,4%, de US$ 1,72 bilhão para US$ 2,07 bilhões. Até maio, o crescimento era de 15%. A participação da China nas compras internacionais de autopeças chegou a 19% em julho e está em 17,6% em 2024. Há um ano o índice era de 15%.

O Nordeste e o roubo de cargas – No primeiro semestre de 2024, o Sudeste foi a região com o maior índice de roubo de cargas, representando 80,6% do total de prejuízos. Em 2023, a região também registrou o maior número de sinistros da modalidade, abrangendo 82,8% das ocorrências anuais. O Nordeste ficou em segundo lugar, com 15,8% de prejuízo – um aumento de 10% se comparado ao primeiro semestre de 2023. É o que aponta o estudo Análise de Roubo de Cargas, da nstech, empresa de software para cadeia de suprimentos. Os dados, obtidos pelas três gerenciadoras de risco do grupo – BRK, Buonny e Opentech – indicam que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais somam, juntos, 81,4% dos prejuízos. O ponto de atenção vai para o Maranhão, que saltou de 0,4% em 2023 para 7,5% em 2024, ocupando assim a quarta posição do ranking. As quintas-feiras (18,1%), as segundas-feiras (17,3%) e as sextas-feiras (16,8%) foram os dias de maior sinistralidade. As madrugadas e as noites foram os períodos mais críticos, representando 58,9% dos prejuízos. As madrugadas concentraram 31,1% dos sinistros, apresentando aumento em relação ao mesmo período de 2023 (20%), enquanto as noites totalizam mais de um quarto dos prejuízos (27,8%), com aumento de 4,7% em comparação ao último ano.

Betim na era Stellantis – A fábrica de Betim (MG) bateu em julho seu recorde ao registrar mais de 43 mil veículos produzidos desde que sua controladora, a Stellantis, foi fundada, em 2021. A picape Strada foi a líder, com 15,7 mil unidades produzidas. A unidade também é responsável pela produção de outros modelos da marca, como o Argo, Mobi, Pulse e Fastback – além dos comerciais leves Fiorino e Peugeot Partner Rapid. A fábrica tem 48 anos.

Transmissão automática: dicas para manutenção preventiva – O câmbio automático caiu na graça dos brasileiros. Alguns dos modelos que já saem com esse câmbio de fábrica têm batido recordes de venda no país. Por isso, esse sistema tem despertado a curiosidade de todo mundo – e a Nakata produziu uma pequena cartilha sobre ele. Por exemplo: suas principais características e até se é possível modificar um câmbio manual para um automático. E, claro, sobre as necessidades de manutenção e cuidados básicos por parte dos proprietários. Mas, em primeiro lugar, é importante relembrar o papel principal de um sistema de transmissão: fazer com que a força do motor seja levada até as rodas do carro. É com essa pressão (torque) que as rodas finalmente giram e o veículo se movimenta. Quando o carro tem transmissão automática, e o condutor não precisa fazer a troca de marchas de maneira manual, o próprio veículo “nota” que é preciso fazer isso. Por isso, não precisa ter uma embreagem. A transmissão automática só é possível pela utilização das chamadas engrenagens planetárias. Esses componentes se encaixam ao redor de outras engrenagens, como se estivessem em órbita em volta delas. Para evitar confusões entre os conceitos, vale lembrar que também existe uma transmissão conhecida como automatizada, uma mistura entre o modelo automático e o manual. Nesse modelo, o sistema é muito semelhante à transmissão automática em termos de condução. Contudo, o câmbio manual está presente pela própria caixa de câmbio. A diferença em relação aos modelos puramente manuais é que no sistema automatizado há alguns atuadores hidráulicos que proporcionam o acesso à embreagem.

Remoção e instalação – Uma questão que gera muita discussão entre mecânicos e amantes de carros é a seguinte: é possível instalar o câmbio automático em veículos com transmissão manual? A resposta é: geralmente sim, mas há alguns fatores que devem ser levados em conta. Contudo, esse processo não é barato e requer um nível de conhecimento técnico elevadíssimo. A quantidade de componentes que precisa ser substituída vai levar o custo da operação a um nível que o torna inviável. É melhor vender o modelo com câmbio mecânico e comprar outro modelo que já saiu de fábrica com o equipamento.

Reparo de transmissão automática – De modo geral, a manutenção em carros com transmissão automática é rara. Isso não significa, claro, que alguns problemas mais avançados não possam surgir. Os mecânicos precisam ter atenção a relatos de vazamentos por parte dos clientes. Eles são ocasionados principalmente por uma lubrificação deficiente. Utilizar um câmbio que não esteja adequadamente lubrificado gera sérios problemas, como o desgaste de engrenagens. Ele afeta borrachas de vedação e retentores. Outro problema que pode ser relatado é a sensação de que o veículo está “patinando”, como se estivesse deslizando por um terreno cheio de lama — mesmo que a via esteja em condições normais. Nesse caso, o câmbio não transmite o torque necessário para as rodas. Por fim, outro detalhe que deve estar no radar do mecânico é a presença de ruídos. Esses barulhos sinalizam que uma peça está encostando em outra, mas sem a lubrificação necessária para que isso ocorra. Em casos mais graves, um componente interno se rompeu e está solto, se chocando com outros. Por isso, vale a pena checar essa possibilidade.

Cuidados e orientações – Por todas as vantagens citadas até aqui, é natural que os clientes estejam cada vez mais interessados em utilizar veículos com transmissão automática. Os próprios dados do mercado brasileiro apontam isso: mais de 60% dos veículos comercializados no país são equipados com o câmbio automático.  Um detalhe é que esse dado também se estende aos seminovos, não apenas aos veículos novos. Contudo, mesmo com toda essa preferência, é importante conscientizar os clientes em relação ao fato de que um carro com câmbio automático não está totalmente imune a problemas.

Alguns hábitos que causam desgaste e que todo condutor deve evitar são os seguintes:

engatar a ré com o carro já em movimento:

utilizar a posição Park (P) com o carro já em movimento;

posicionar o câmbio na posição neutra (N) com o carro ainda em movimento;

deixar a mão no câmbio por um longo período.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

Picapes Ram ganham séries especiais

A Stellantis acaba de lançar no mercado duas séries especiais de picapes Ram. A primeira é a Rampage batizada de Rebel Ignition, para celebrar o primeiro ano da caminhonete no país. Ela conta com uma série de diferenciais estéticos internos e externos e tem preço sugerido de R$ 287 mil. É inspirada na 1500 TRX Ignition Edition dos Estados Unidos e tem carroceria exclusivamente na cor laranja e pintura preto no teto, rodas, maçanetas e retrovisores. Vem também com adesivos únicos sobre o capô e nas laterais, bem como capota marítima e santo-antônio preto. O motor é o conhecido 2.0 turbo Hurricane a gasolina com 272 cv de potência e 40,8 kgfm de torque. A transmissão é sempre automática de 9 marchas com tração 4×4 que distribui automaticamente a força entre os dois eixos e conta com reduzida. Do ponto de vista de equipamentos, traz bancos em couro preto e suede com costuras laranjas e a logo ‘Rebel’ bordada no encosto dos bancos dianteiros e tapetes pretos de borracha com bordas elevadas. Entre os equipamentos de série, a Rebel Ignition ganha itens que em outras versões são apenas opcionais, como o sistema de som Harman Kardon de 9 alto-falantes com subwoofer de 6”, com 360 watts de potência, comandos elétricos no banco do passageiro com 12 ajustes e luzes ambiente em LED. 

Já a 2500 Rodeo Edition homenageia os 77 anos do primeiro rodeio oficial realizado no país, em 1947 em Barretos, cidade do interior de São Paulo – e, por isso, é limitada a 77 unidades. Custa R$ 470 mil. Como destaque, um assento extra entre motorista e passageiro, aumentando a capacidade do modelo para transportar até seis ocupantes. Esse encosto pode ser baixado, servindo como apoia-braços com porta-objetos e porta-copos. A 2500 Rodeo Edition vem apenas na cor branca. Baseada na versão Laramie, é equipada com o motor turbodiesel 6.7 com 377 cv de potência e 1150 Nm de torque, aliado a transmissão automática de seis velocidades e tração 4X4 com reduzida. Oferece também uma capacidade de reboque para até 7,6 toneladas – que permite o deslocamento de trailers com facilidade, visto que a picape possui diversas tecnologias que tornam essa tarefa mais simples, como o controle eletrônico do freio do reboque e os retrovisores multifuncionais, que podem ser estendidos eletricamente aumentando o campo de visão para além do trailer.

GMW: o que  vem por aí em 2025 – A marca chinesa GWM, que já tem no Brasil os modelos Haval e Ora 03 em várias versões, promete novidades para breve: o utilitário esportivo Tank 300, por exemplo, estará à venda ainda no primeiro semestre do ano que vem. Oferece força de 4×4 legítimo – com modos de condução off-road na areia, lama e rocha – e luxo, tecnologia e desempenho. Híbrido plug-in com motor 2.0 turbo de 408 cavalos de potência acoplado à transmissão automática de 9 velocidades, faz de 0 a 100 km/h em apenas 6,8 segundos. Também virá o Wey 07, que pretende ser uma alternativa para o segmento de luxo para seis ocupantes. Também é híbrido plug-in, mas só virá no segundo semestre do ano que vem.

Ora 03 especial – E por falar em GWM, a marca lançou uma série limitada do Ora 03 GT, em parceria com a marca de roupas Approve – que tem como dono o influencer e empresário Leo Picon, irmão de Jade Picon. A versão do hatch custa R$ 189 mil. Quem comprar uma unidade ganha cinco peças exclusivas da Approve. São apenas 200 unidades disponíveis. O Ora 03 GT é equipado com um motor elétrico dianteiro de 171 cv de potência no total. O torque é de 25,5 kgfm. Com esse conjunto, o hatch elétrico consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 8,2 segundos. Já a velocidade máxima é de 160 km/h, limitada eletronicamente. Com a bateria de 63 kWh, o modelo tem autonomia de até 319 km, segundo o Inmetro. 

Wrangler e picape Gladiator renovados – A Jeep começou a enviar aos concessionários da marca a versão Rubicon renovada dos Jeep Wrangler e da picape Gladiator. Ambos ganharam nova grade dianteira com molduras metálicas e acabamento preto, cor que também segue no teto e nas caixas de rodas que, por sua vez, ganhou novo desenho. Já o interior ganhou nova central multimídia em tela sensível ao toque de 12,3 polegadas. Os modelos, fortes no quesito off-road, trazem um conjunto de recursos desde bloqueio eletrônico do diferencial e tração 4×4 super reduzida. A versão Rubicon também conta com câmera frontal, trilhos de aço que protegem cabine, caixa de roda e ganchos de reboque. O Wrangler tem motor Hurricane 2.0 a gasolina com 272 cv e 40,0 kgfm de torque associado a câmbio automático de 8 marchas. A picape Gladiator é equipada com motor 3.6 V6 que gera 284 cv e 34,7kgfm de torque.

Novo Lexus RX 450h+ – A marca de luxo japonesa Lexus, vinculada à Toyota, apresentou o RX 450h+, primeiro híbrido plug-in dela no Brasil. O SUV custa R$ 610 mil. Vem para concorrer com modelos já consolidados da BMW, da Porsche e da Mercedes-Benz. O modelo tem motor 2.5 aspirado a gasolina, de ciclo Atkinson, que entrega 187 cv e 23,6kgfm. Os outros dois motores elétricos são síncronos, sendo um no eixo dianteiro com 182 cv e 27 kgfm e um no eixo traseiro com 54 cv e 12,1 kgfm. A potência combinada é de 308 cv. O torque total não foi revelado. A marca de 0 a 100 km/h é feita em 6,2 segundos. O câmbio é transeixo e a tração integral.

Fábrica da Troller – A planta de utilitários esportivos da Troller, que está desativada desde 2021, quando a Ford, dona da marca, encerrou sua trajetória no Brasil, voltará a produzir carros. Ela está localizada em Horizonte, a 45 km de Fortaleza, capital cearense. Quem vai fazê-la funcionar novamente será Comexport, empresa de comércio exterior que investirá R$ 400 milhões, gerando 250 empregos diretos numa primeira fase. São 127 mil metros quadrados, onde serão fabricados seis veículos, incluindo elétricos e a etanol, para terceiros. Não há informações sobre marcas e modelos. 

Carros a prestação – E os brasileiros continuam recorrendo a empréstimos bancários para comprar veículos. A Anef, a associação das empresas financeiras das montadoras, mostra que, no primeiro semestre de 2024, comparando com os mesmos seis meses do ano anterior, houve um crescimento de 33,2% no total de recursos liberados para financiamentos de veículos. Isso significa R$ 127,3 bilhões pedidos de empréstimo, frente aos R$ 95,5 bilhões registrados em 2023. O Crédito Direto ao Consumidor foi o principal responsável por essa elevação, alcançando quase que a totalidade dos financiamentos, com 126,6, bilhões. O Leasing, por sua vez, correspondeu a R$ 624 milhões, sendo que R$ 620 milhões foram financiados por pessoas jurídicas. 

Quem assina carro? – Um levantamento da Turbi, empresa que oferece o serviço de aluguel e assinatura de carros em formato 100% digital, aponta que somente 50% do público que atualmente assina um automóvel não têm um carro à disposição para uso. De acordo com a pesquisa, outros 31% dos assinantes têm um veículo à disposição em casa, mas que não é próprio, e 19% já o têm, mas ainda optam pela assinatura de um segundo automóvel. Para o CRO da Turbi,Luiz Bonini, os dados mostram que a assinatura de carros contempla mais do que apenas quem não tem um carro na garagem, mas também àqueles que demandam mais de um veículo à disposição – seja para evitar possíveis conflitos de agenda para o uso de um único veículo ou também para aqueles que não desejam arcar com custos fixos de um segundo carro próprio”, explica. 

De acordo com o levantamento, o público predominante nas assinaturas a partir de um mês tem entre 30 a 40 anos (52%), seguidos pelos de 41 a 50 (25%) e por aqueles com idades entre 20 a 30 (14%), destacando as gerações X e Y como as principais consumidoras deste serviço. “Hoje em dia, cada vez mais pessoas deixam de comprar carros para fazer uma assinatura. Este serviço vem se destacando por oferecer uma alternativa que elimina diversas despesas, como impostos e manutenção, garantindo maior segurança e comodidade para quem deseja um carro para usar no dia a dia”, aponta o CRO da Turbi. Recentemente, a Turbi criou uma calculadora para ajudar os consumidores a avaliar as vantagens financeiras na assinatura, com mais de 170 modelos que estão entre os mais vendidos no Brasil atualmente. “Decidimos trazer uma plataforma para apoiar na decisão entre compra de um 0km ou assinatura e contribuir para a educação financeira de quem deseja ter um carro na garagem. Afinal, percebemos que, mesmo com a expansão do serviço, o tema ainda é visto com algum preconceito e falta de conhecimento sobre suas vantagens econômicas e também sobre a conveniência e suporte oferecidos por uma assinatura, que eliminam as dores de cabeça durante o processo.”, finaliza Luiz Bonini.

Gasolina acima dos R$ 6 – O litro da gasolina aumentou ao longo do mês de agosto e começamos o segundo semestre com média acima de R$ 6 para o combustível –  preços mais altos em todo o País. O preço do etanol também subiu e o litro foi encontrado numa média de R$ 4,16, após incremento de 1,96% ante à primeira quinzena do mês. No levantamento por região, todas registraram aumento no valor dos dois combustíveis, com destaque para o Norte, que liderou o ranking das maiores médias e a alta mais expressiva para a gasolina. Por lá, a gasolina ficou 2,16% mais cara e fechou a R$ 6,62, e o etanol foi encontrado a R$ 4,79, após aumento de 3,01%, ante aos primeiros quinze dias de julho. A região Sul registrou o aumento mais significativo para o etanol, de 3,08%, fechando a R$ 4,35. Quase todos os estados e o Distrito Federal registraram aumento no valor dos combustíveis, em relação à primeira quinzena. O aumento mais expressivo para a gasolina, de 4,13%, foi registrado no Ceará, que fechou o mês com o preço do litro a R$ 6,56. Já o Amazonas comercializou o etanol a R$ 4,57, com uma alta de 6,03%, a maior entre os demais estados. 

Palheta de para-brisa: o que saber – Em períodos chuvosos, nada mais relevante do que as palhetas do para-brisas, certo? Mas, quais cuidados elas precisam no dia a dia? Leonardo Salomé, CEO da Autoimpact, empresa líder no segmento de palhetas automotivas, dá dicas importantes para garantir a visibilidade perfeita nas estradas, mesmo com o clima mais ameno.

1. Verificação frequente – Assim como outros componentes do carro, as palhetas do para-brisa também precisam de verificação periódica. O ideal é verificar o estado delas a cada seis meses – ou incluí-las no checklist da troca de óleo. “É importante observar se há sinais de desgaste, como rachaduras, deformidades ou ressecamentos. Se você notar qualquer um desses indicadores, chegou o momento de efetuar a troca dos limpadores”, explica Salomé.

2. Troca preventiva – Palhetas desgastadas podem causar diversos problemas, como ruídos, trepidações, formação de névoa e, em casos mais críticos, comprometimento total da capacidade de limpeza. “Isso pode prejudicar a sua visibilidade na estrada, colocando em risco a sua segurança e a de outras pessoas. Por isso, é importante trocar os limpadores preventivamente, mesmo que eles ainda aparentam estar em boas condições”.

3. Qualidade em primeiro lugar – Investir em palhetas de qualidade é fundamental para garantir uma boa experiência, principalmente em períodos mais chuvosos e frios. “É importante assegurar que o produto escolhido tenha sido desenvolvido com as melhores tecnologias, atendendo aos padrões de fábrica das montadoras. Isso irá proporcionar uma maior durabilidade, eficiência na limpeza e visibilidade impecável em todas as condições climáticas”, ressalta o CEO da Autoimpact.

4. Cuidado com o ressecamento – O frio do inverno pode ressecar a borracha dos limpadores, deixando-as mais rígidas e propensas a rachaduras. “Para evitar problemas, é importante manter as palhetas sempre limpas, sem acúmulo de detritos. Você pode fazer isso usando um pano úmido ou uma solução de água e detergente neutro”, diz o especialista.

5. Reservatório do esguicho – Mantenha o reservatório do limpador sempre cheio e com aditivo de boa qualidade. Existem produtos desenvolvidos especificamente para remover as principais impurezas do para-brisa. No inverno, além de garantir a efetividade da limpeza, eles auxiliam a evitar o congelamento da água.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

Novo Blazer elétrico chega com autonomia de 481km 

A Chevrolet começa uma nova fase no Brasil com os veículos 100% elétricos. Na quinta-feira (1º), apresentou o SUV Blazer EV, produzido no México. Ele chega às lojas em setembro, quando, por sinal, o preço será divulgado. O Blazer EV chega em versão única, a RS, de visual mais esportivo. Vem com motor traseiro com 347cv e 44,9kgfm de torque e bateria de 102 kWh. Isso garante um 0 a 100 km/h em 5,8 segundos, com máxima de 190 km/h limitada eletronicamente. A autonomia, segundo avaliação do Inmetro, é de 481cv. A marca quer que ele concorra com modelos premium elétricos como o BMW iX3 e o Porsche Macan. O Blazer EV é o primeiro modelo no Brasil com a plataforma Ultium – base elétrica que chega, na recarga, aos 22 kW em corrente alternada (AC) e 190 kW em carga alta (DC), com tempo melhores que a média das tradicionais. 

O modelo vem equipado com boa lista de equipamentos. A começar pelo sistema de som Bose e um sistema multimídia – com o Google Built-In e aplicativos dedicados na tela de 17,7″. O pacote de segurança inclui alerta de colisão com frenagem automática para carros, pedestres e bicicletas, alerta de tráfego cruzado dianteiro e traseiro e alerta de ponto-cego com função de alerta de abertura de portas. Não precisa de chave nem de botão (a ignição é automática, basta pressionar o pedal). Também não é necessário parear um smartphone para projetar aplicativos na tela do veículo, pois a sincronização de dados feita previamente é automática. O carro é capaz de reconhecer compromissos da agenda, sugerir o trajeto e indicar um ponto de recarga, caso a energia da bateria seja insuficiente. 

BYD e Uber: 100 mil elétricos – A marca chinesa BYD e a Uber vão se unir para um ambicioso projeto. Os planos de ambas, segundo acordo assinado na semana passada, prevê a oferta, com facilidades para aquisição de impressionantes 100 mil veículos para os motoristas parceiros da plataforma de mobilidade. Hoje, os motoristas da Uber estão adotando veículos elétricos cinco vezes mais rápido do que os donos de carros particulares. Mas a própria BYD reconhece que o preço dos elétricos e a disponibilidade de financiamento são ainda as principais barreiras para uma mudança mais rápida. O pacote avalia vários incentivos. Como, por exemplo, descontos em carregamento, na manutenção e no seguro. Além, claro, de financiamento e leasing com condições que melhor atendam as demandas dos motoristas em cada país. Os planos afetam vários países, incluindo o Brasil – que deverá ter pelo menos 10 mil deles no programa.

Chega o Dolphin Mini 2025 na China – E por falar em BYD, a marca apresentou na quinta-feira (1º) a linha 2025 do subcompacto 100% elétrico Dolphin Mini – que ganhou pequenas alterações no visual e no acabamento. Mas, na China. Por enquanto, o modelo fica inalterado por aqui. A dianteira nada mudou. Na traseira, foi tirada a inscrição “Build Your Dreams” – substituída pelo logo “BYD”. 

Novos Mercedes-Benz elétricos – A marca alemã Mercedes-Benz acabou de trazer ao Brasil novos modelos 100% elétricos: o EQE 350+, nas versões sedã e SUV, e o EQS 450 4Matic, somente SUV. Preços? R$ 650 mil, R$ 700 mil e R$ 940 mil, respectivamente. Além do luxo e um avançado sistema de entretenimento, os MBs elétricos têm um caprichado pacote de segurança e auxílio à condução, como alertas de detecção de distração, frenagem de emergência, sensores de leitura de faixa e de limite de velocidade. A conectividade é outro fator de destaque, na qual o dono consegue, pelo celular, abrir e fechar as portas, detectar eventuais batidas e tentativas de furto, além de receber atualizações de softwares online e agendar manutenções de forma totalmente automática. O EQE 350+ tem motor elétrico na traseira e gera 292cv, 44cv a mais em relação ao antecessor. Com bateria de íons de lítio com capacidade de 96 kWh (7kWh a mais) promete autonomia de 421 km pelo Inmetro. O EQS 450 4Matic, por sua vez, substituiu o EQS 450+. A maior novidade é a presença do sistema de tração integral. O carro traz dois motores que, juntos, geram 360 cv e torque de 800 Nm. A capacidade energética da bateria é de 118 kWh, o que promete autonomia de até 470 km.

Nissan, Honda e Mitsubishi se unem – As três empresas anunciaram na quinta (1º) que assinaram um memorando de entendimento para discutir em conjunto o contexto para os próximos sistemas de eletrificação e inteligência dos seus veículos. A Nissan e a Honda estão trabalhando para acelerar ainda mais as iniciativas com o objetivo de atingir a neutralidade de carbono e uma sociedade com um nível zero de acidentes de trânsito. Já estão sendo conduzidas discussões em grande escala em torno das áreas de colaboração, como tecnologias ambientais, tecnologias de eletrificação e desenvolvimento de softwares. A participação da Mitsubishi Motors vai  agregar novos conhecimentos e forças, além de contribuir para novas sinergias que só podem ser geradas pelas três empresas, bem como novas oportunidades de negócio.

Emplacamentos de caminhões crescem – Os licenciamentos do segmento de caminhões alcançaram 11 mil unidades, o melhor desempenho do ano, segundo balanço divulgado pela Fenabrave. Esse volume significa altas de 14,7% em relação a junho (9,6 mil) e de 36,8% sobre o mesmo mês do ano passado, quando anotou 8,1 mil emplacamentos. Segundo avaliação da federação que reúne os distribuidores de veículos, o resultado foi impulsionado pelo maior número de dias úteis em relação a junho – 23 dias ante 20 -, e também pela força de novos compradores. “O mercado segue com bons resultados e há ligeiro aumento nas compras de caminhões para locação, atividade que vem ganhando espaço no país”, observa Andreta Jr., presidente da Fenabrave. Com volume parcial de julho, as vendas de caminhões acumularam 66,5 mil unidades emplacadas, aumento de 13,9% na comparação com o volume anotado há um ano, de 58,4 mil licenciamentos.

Frota cresce 40% em 10 anos – O Brasil está, aos poucos, se tornando um país de motocicletas, não de carros. Segundo levantamento da AutoIndústria a partir de dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a frota nacional de motocicletas já chegou a 33,96 milhões de unidades. Isso significa um número equivalente a 28% dos veículos que circulam no Brasil. A frota atual é 40% maior do que há dez anos. Algumas regiões, em particular, cresceram acima dessa média. É o caso dos sete estados do Norte, que, somados, avançaram 52,5%, a maior variação positiva do período. Hoje, a região conta com 3,4 milhões motos registradas. O Sudeste, porém, segue como a detentora do maior número de motocicletas registradas. São quase 12,8 milhões de unidades, 37%, que rodam por São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O Nordeste tem o segundo maior número de motos, 9,8 milhões, seguido pelo Sul, com quase 4,6 milhões, e pelo Centro-Oeste, cuja frota está próxima de 3,39 milhões, pouca coisa a menos do que o Norte. O crescimento de motos nas ruas guarda, em certa medida, relação também com o maior número de pessoas autorizadas a conduzir veículos motorizados de duas e três rodas. A Abraciclo, a associação dos fabricantes, apurou que as carteiras de habilitação cresceram também 39% em dez anos, para 39,2 milhões. A faixa etária com maior número de motociclistas, 53,5%, está entre 31 e 50 anos. Apesar de responderem por ainda 24,7% dos habilitados, o número de mulheres com a CNH na categoria A aumentou 60% em uma década, quase o dobro da variação dos homens, de 33,3%, que atingiram 29,5 milhões de habilitados.

CNH para menores de 18 anos? – O projeto de lei 314/23 está tramitando na Câmara dos Deputados para reduzir de 18 anos para 16 anos a idade mínima para obter a Permissão para Dirigir. O autor da proposta, o deputado Roberto Duarte (Republicanos-AC), lembra que maiores de 16 anos já podem votar e participar ativamente da vida política nacional. Diante disso, ele considera “incongruente que ainda perdure a proibição de que jovens de 16 anos venham a conduzir carros ou motocicletas”. Pelo texto em análise, segundo a Agência Câmara, ao candidato aprovado será conferida a Permissão para Dirigir, válida por dois anos. Para os maiores de 18 anos, a permissão continuará a ser válida por um ano, como ocorre hoje. A Carteira Nacional de Habilitação será entregue ao condutor ao término do prazo da Permissão para Dirigir, desde que, no período, ele não tenha alcançado a contagem de pontos estipulada no Código de Trânsito para a suspensão do direito de dirigir. O código prevê a suspensão do direito de dirigir sempre que o infrator atingir, no período de 12 meses: 20 pontos, caso constem duas ou mais infrações gravíssimas na pontuação; 30 pontos, caso conste uma infração gravíssima na pontuação; 40 pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na pontuação. “O jovem que não demonstrar bom comportamento no trânsito deverá aguardar a maioridade para voltar a dirigir”, destaca o parlamentar. Ainda segundo a proposta, os adolescentes portadores de Permissão para Dirigir estarão sujeitos às disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A Câmara já analisa outro projeto que autoriza maiores de 16 anos, desde que emancipados, a obter habilitação de motorista.

Transporte de crianças em veículos – O Ministério da Saúde mostra que os acidentes de trânsito são a principal causa de morte de crianças entre 0 e 14 anos de idade no Brasil. Em média, três crianças nesta faixa etária perdem a vida todos os dias no trânsito – e outras 29 são hospitalizadas devido a estes acidentes. O único modo de garantir a segurança no transporte de bebês e crianças em carros é fazer o uso de dispositivos de retenção veicular infantil – que podem ser o bebê conforto, a cadeirinha ou o assento de elevação. Para ajudar a diminuir esses números, a Zapay, fintech de tecnologia e pagamento de débitos veiculares, bolou uma pequena cartilha com algumas informações para conscientizar motoristas e pais ao transportarem os pequenos.

Nova Lei da Cadeirinha – Embora a utilização dos equipamentos de retenção infantil seja obrigatória desde 2008 para o transporte de crianças em automóveis, de acordo com a Resolução Contran 277/2008, ela foi atualizada em 2021 com o novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Na legislação anterior, apenas crianças de até sete anos e meio de idade precisavam usar a cadeirinha. Agora, a cadeirinha é obrigatória para crianças de até 10 anos de idade que não tenham atingido a altura mínima de 1,45m. Porém, vale lembrar que as cadeirinhas devem ser adequadas para a idade, peso e altura das crianças. É importante lembrar que a lei prevê que a cadeirinha infantil esteja no banco de trás do veículo e com o cinto de segurança. Os bancos e cintos de segurança dos veículos protegem adequadamente apenas pessoas com mais de 1,45 metro de altura, por isso é indispensável que as crianças com altura inferior sejam transportadas com um assento de elevação. Dessa forma, o cinto de segurança realmente pode proteger.

Crianças em motos – A lei proíbe que crianças menores de 10 anos ou que não sejam capazes de cuidar da própria proteção sejam transportadas neste tipo de veículo, pois não é possível assegurar a locomoção segura dessas crianças nessa fase em motocicletas, motonetas ou ciclomotores.

Cadeirinha ideal para cada idade – Para os recém-nascidos, é necessário ter o bebê-conforto para viagem no veículo. Segundo o Contran, estes são os tipos adequados de dispositivo de retenção para crianças a partir de 1 ano de idade:

  • Bebê conforto ou conversível para crianças com até um ano de idade ou com peso de até 13 kg, conforme limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo.
  • Cadeirinha para crianças com idade superior a um ano e inferior ou igual a quatro anos ou com peso entre 9 a 18 kg, conforme limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo.
  • Assento de elevação para crianças com idade superior a quatro anos e inferior ou igual a sete anos e meio ou com até 1,45 m de altura e peso entre 15 a 36 kg, conforme limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo.
  • Cinto de segurança do veículo), para crianças com idade superior a sete anos e meio e inferior ou igual a dez anos ou com altura superior a 1,45m.

Algumas exceções – Além disso, crianças maiores de quatro e menores de sete anos e meio, excepcionalmente, podem ser transportadas utilizando cinto de segurança de dois pontos sem o dispositivo denominado ‘assento de elevação’, quando o veículo, originalmente, só tiver estes cintos. Crianças menores de 10 anos podem ser transportadas no banco dianteiro de carros com air bag usando dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura. Para isso, é preciso respeitar a regra: o dispositivo de retenção deve estar posicionado no sentido da marcha do veículo. É importante relembrar que o banco do passageiro dotado de airbag deve ser ajustado em sua última posição de recuo ao transportar crianças, exceto que haja outras instruções específicas do fabricante do veículo. O uso correto das cadeirinhas e demais dispositivos de retenção reduz em 71% o risco de morte causada por acidente de trânsito, segundo estudos de entidades ligadas à segurança no trânsito, portanto, é de suma importância observar as orientações da legislação para preservar a vida das crianças. Além disso, o descumprimento das regras resulta em multa gravíssima para o condutor do veículo, no valor de R$ 293,47 e adição de sete pontos à CNH.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

Acidentes com motos impactam 1,2 milhão de brasileiros

O Brasil comemorou ontem (27) o Dia do Motociclista. Por isso, vale lembrar nesse texto a presença de veículos de duas rodas nas estradas, ruas e avenidas – que tem crescido ano após ano. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a quantidade de motos nas ruas brasileiras passou de 18 milhões, em 2013, para 32 milhões em 2023 – um salto de 78% em dez anos. Não por acaso, os acidentes com motos são motivo de tanta preocupação no país. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), são registrados, em média, 77 acidentes com motos por dia nas rodovias federais. Dados do Ministério da Saúde do Brasil contabilizam que mais de 1,2 milhão de pessoas foram hospitalizadas em 2023, em decorrência de acidentes envolvendo motos. Esse número representa um aumento de 32% nos últimos dez anos.

Adicionalmente, 29% a 47% dos acidentes de trânsito com motocicletas estão ligados a força de frenagem insuficiente ou queda por frenagem incorreta, segundo alguns estudos. E o que fazer? Usar, claro, mais tecnologias para auxiliar na condução de motos. Com elas, muitas perdas de vida poderiam ter sido evitadas. Há muita tecnologia e soluções disponíveis por aqui que contribuem para oferecer mais segurança e conforto aos condutores de veículos de duas rodas. Como exemplo, o Sistema Antibloqueio de Frenagem (ABS), que impede o travamento das rodas e melhora a estabilidade da motocicleta, o que pode ajudar a salvar vidas. Dados do World Health Organization e Highway Loss Data Institute estimam que o ABS reduz de 34% a 42% dos acidentes fatais de trânsito.

Legislação na América Latina – No Brasil, em 2014, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tornou obrigatório o uso do ABS nas duas rodas para motos de 300 cilindradas ou mais e em pelo menos uma das rodas para veículos menores que 300 cilindradas. Neste último caso, o fabricante pode optar ainda pelo Sistema de Frenagem Combinada das Rodas (CBS – Combined Braking System). Já a Argentina e o Chile tornaram obrigatório, em 2024, o uso do ABS para motos com cilindrada maior que 250 e 150, respectivamente. A Colômbia, por sua vez, vai se igualar a outros 35 países, passando a exigir o ABS para motos com cilindrada maior que 150, a partir de outubro de 2025, e maior que 125, a partir de abril de 2027.

Saiba como prolongar a vida útil das motos 

E já que estamos falando de motociclistas, vale a pena falar da manutenção delas. Usamos, aqui, uma lista de cinco ações, elaboradas pela Motul, para prolongar a vida útil do veículo.

1- Realize verificações de rotina: manter um acompanhamento regular das condições da motocicleta é essencial. Verificações frequentes podem identificar necessidades de reparos antes que problemas maiores ocorram. Isso inclui verificar o nível de óleo, a lubrificação e folga da corrente, a pressão dos pneus e o nível de combustível.

2- Mantenha a manutenção em dia: mesmo que a moto não apresente defeitos aparentes, é preciso realizar serviços e checagens periodicamente de forma preventiva. A manutenção regular ajuda a evitar surpresas desagradáveis e mantém a motocicleta em condições ideais de funcionamento.

3- Respeite o modo de uso: é comum que motociclistas subestimem as condições de uso de suas motos. O uso severo, como trânsito frequente, longas jornadas de trabalho, estradas de terra, uso esporádico ou atividades esportivas exige uma manutenção mais rigorosa. Nessas condições, recomenda-se a troca de óleo com maior frequência, independentemente do lubrificante utilizado.

4- Utilize lubrificante compatível: o uso de lubrificantes que atendam ou superem as especificações da montadora, como normas API e JASO, contribui para a prevenção de problemas. É importante respeitar a viscosidade SAE indicada para garantir a máxima proteção e eficiência do motor.

5- Opte por combustível de alta qualidade: abastecer com combustível de boa procedência é importante para manter o desempenho e a durabilidade da moto. Combustíveis de qualidade ajudam a evitar o acúmulo de sujeira e depósitos, mantendo o sistema de alimentação em condições ideais.

Pontos-chave da manutenção – Para que todas as ações listadas acima sejam cumpridas, o motociclista deve, em primeiro lugar, ajustar sua mentalidade. Um erro comum é acreditar que a manutenção é responsabilidade exclusiva do mecânico. O motociclista desempenha um papel vital na manutenção diária de sua moto. Verificações simples devem fazer parte da rotina, assegurando o bom funcionamento e evitando problemas maiores. Neste contexto, a troca de óleo não só protege contra o desgaste, mas também reduz o atrito interno do motor e mantém um alto poder de limpeza. “Além dos lubrificantes, manter o sistema de alimentação de combustível em dia é crucial para a economia de combustível. Produtos auxiliares, que aumentam a octanagem da gasolina e limpam o sistema, podem ser usados para melhorar a eficiência e reduzir o consumo”, afirma Rafael Recio, gerente de produtos da Motul.

Ducati cria selo de qualidade – A Ducati quer dar mais transparência e segurança às vendas de suas motos seminovas no Brasil, criando o Ducati Approved, um programa de garantia para as usadas. O Approved é oferecido a motocicletas com menos de 5 anos de utilização e menos de 100 mil km de rodagem e que sejam aprovadas nas 35 verificações técnicas realizadas por profissionais da marca. São observadas as condições do motor, freios, chassi, suspensão, eletrônica e dispositivos tecnológicos, além do desgaste de peças deslizantes e consumíveis — caso necessário, apenas peças originais serão utilizadas na reposição — e do cumprimento das manutenções programadas. O Ducati Approved envolve ainda apólice de seguro que cobre a motocicleta por 12 ou 24 meses enquanto os custos de peças sobressalentes e mão-de-obra são cobertos pelo concessionário.

O reposicionamento do Renegade – A linha 2025 do Jeep Renegade – primeiro modelo fabricado no Polo Automotivo Stellantis de Goiana (PE), com mais de meio milhão de unidades vendidas – acaba de chegar às concessionárias. Equipado com o motor mais potente da categoria, com 185 cv, a partir de 6 airbags desde a versão de entrada, ele é o único SUV a oferecer tração 4X4 no seu segmento. E, agora, conta com 5 anos de garantia de fábrica em todas as versões. No geral, a linha 2025 traz novidades como novas versões, edição limitada e até novas cores. Com a gama ainda mais completa, o modelo passa a cobrir 95% do seu segmento e parte de R$ 115.990, na versão 1.3 turbo. Configurada de série com Jeep Traction Control +, controles de estabilidade e tração, seis airbags, faróis e lanternas full LED, a versão está a partir de R$115.990, o que permite um valor ainda mais atraente para o público PCD, por R$ 99.719.  Com o Pack Tech, que possui frenagem autônoma de emergência, detector de fadiga, monitoramento de mudança de faixa, câmera de ré, central multimídia de 7”, conectividade sem fio Android Auto e Apple Carplay, a Jeep oferece a versão no mesmo valor que a já era ofertada anteriormente por R$ 118.290. A versão para clientes PCD com o Pack Tech chega por R$ 102.900. O novo line up traz seis opções (1.3 turbo, Altitude, Longitude, Night Eagle, Sahara e Trailhawk ) além de uma versão especial, a Willys, limitada a 500 unidades até o fim do ano.

Confira todos os preços:

Clientes PCD: 1.3 Turbo: R$ 99.719  

1.3 Turbo: R$ 115.990 

Altitude: R$ 147.990 

Longitude: R$ 165.990 

Night Eagle: R$ 170.990 

Sahara: R$ 173.990 

Trailhawk: R$ 173.990 

Willys: R$ 179.990 

O sedã Mercedes-Benz 300 digital – A Mercedes-Benz brasileira já pôs nas lojas o sedã Classe E reconfigurado. Isso inclui uma nova lista de equipamentos de série, principalmente no aspecto de conexão digital. Ele é, por exemplo, o primeiro veículo da marca a oferecer, no Brasil, o pacote de serviços Mercedes me Connect. Com ele, o automóvel estará sempre “online”, trazendo mais comodidades para o condutor. Por meio de um aplicativo de celular, o condutor poderá abrir e fechar as portas, detectar eventuais batidas e tentativas de furto, determinar zonas máximas de uso em um serviço e valet, por exemplo, receber atualizações de softwares online e agendar manutenções de forma totalmente automática e digital. O motor é 4 cilindros que gera 258 cv em conjunto com o sistema eletrificado híbrido leve de 48V. O preço sugerido é de R$ 578.900.

Modelos CLA e GLA – E por falar em Mercedes-Benz, a empresa acaba de anunciar a chegada ao nosso mercado das novas versões do modelos CLA e GLA: as CLA 200 Progressive e GLA 200 Progressive. Elas custam R$ 295.900 e R$ 339.900, respectivamente. Ambas levam o motor 1.3 turbo com sistema micro-híbrido associado. O propulsor entrega 163 cv de potência e 27,5 kgfm de torque. O câmbio é sempre automatizado de dupla embreagem e 7 marchas. A marca destaca a aceleração de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e velocidades máximas de 210 km/h no GLA e 8,4 segundos e 229 km/h no CLA.

Novidades no Citroën C3 – A linha 2025 já chegou às lojas com pequenas, mas significativas mudanças. Uma, por exemplo, diz respeito à chave: agora ela passa a ser do tipo canivete, dobrável. Outra relevante: o foco agora será apenas no 1.0 aspirado flex – embora, valha lembrar, esteja programada a chegada do motor 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 kgfm, com câmbio automático do tipo CVT, que já é usado em outros modelos das Fiat, Pulse, Strada e Fastback.

Baterias para rodar até 1 mil km? – A Svolt, subsidiária da GWM, acaba de mostrar na China algumas baterias inovadoras. A linha short blade, como foi batizada, viria para “revolucionar o segmento de dispositivos de armazenagem de energia para veículos”. Entre elas, a bateria de carregamento ultrarrápido Svolt 6C, de níquel-cobalto-manganês (NCM). Segundo a empresa, sua recarga integral demanda apenas 5 minutos para autonomia de até 600 km. Há ainda variações com capacidade total de armazenagem de 100 kWh a 120 kWh e alcance máximo de mais de 1.000 km. O outro lançamento para veículos elétricos começará a ser fabricado em dezembro: a Svolt 5C, também short blade, do tipo fosfato de ferro-lítio (LFP). A Svolt diz que ela reduz o tempo de carregamento de 10% a 80% para 10 minutos e possui vida superior a 3.500 ciclos. “Com isso, seria capaz de rodar mais de 1 milhão de quilômetros”, calcula a fabricante.

Consórcio de veículos – Pelo menos 1,61 milhão de novas cotas de consórcio de veículos foram vendidas no primeiro semestre deste ano. Isso significa um aumento de 2,5%, com volume movimentado de R$ 91,6 bilhões em crédito – ou 15,6% superior aos R$ 79,3 bilhões do mesmo período do ano passado. Balanço da Abac, associação das administradoras, mostra que há no sistema 8,42 milhões de participantes ativos no segmento de veículos, sendo 55,2% nos de grupos de veículos leves, 35% nos de motocicletas e 9,8% nos de pesados. No período, foram contemplados 759,4 mil consorciados nos grupos de veículos em geral, crescimento de 7,8%. Com isso, foram liberados R$ 37,9 bilhões em cartas de crédito, 24,8% mais do que o disponibilizado um ano antes (R$ 30,4 bilhões).

Stock Car: sai sedã, entra SUV – Vem aí uma grande novidade na Stock Car do ano que vem: os SUVs vão substituir os sedãs após 45 anos de história. Na família Chevrolet, por exemplo, o Tracker sucede o Cruze de competição, após oito anos e cinco títulos somados. Obviamente, a história dos modelos da marca, que vem desde 1979, também inclui Opala, Omega, Vectra, Sonic e Astra. O Tracker da Stock Car fará sua primeira aparição neste domingo (28), na prova da sexta etapa da Stock Car Pro Series, no Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna. É o primeiro dos três SUVs, de marcas diferentes, a ser mostrado. Além da Chevrolet, o campeonato ganhará modelos da Toyota, da Mitsubishi e de uma quarta montadora – que ainda não fechou contrato. 

Ultrapassagem perigosa e a suspensão da CNH – Está tramitando na Câmara dos Deputados um projeto de lei para mudar o Código de Trânsito Brasileiro e classificar como infração gravíssima as ultrapassagens perigosas ou condução imprudente. “Ultrapassagem perigosa ou direção irresponsável”, como define a proposta, é qualquer manobra que, ao desrespeitar as normas de trânsito, coloque em risco iminente a segurança viária, a vida ou a integridade física de pessoas. “Essa prática em locais proibidos, em alta velocidade ou sem a devida precaução, coloca em risco não apenas a vida do condutor, mas também de todos os usuários da via, incluindo passageiros de outros veículos e pedestres que possam estar nas proximidades”, argumenta o deputado Clodoaldo Magalhães (PV-PE). A multa prevista para a infração é pesada, de R$ 2.934,70 – o que equivale a dez vezes o valor da multa gravíssima. Além disso, há a suspensão do direito de dirigir por 12 meses e a adição de sete pontos na carteira de habilitação. Em caso de reincidência dentro de um ano, a suspensão será dobrada. O projeto também prevê que condutores punidos por essa infração não poderão dirigir em rodovias ou estradas pelo período mínimo de dois anos, contados da data da infração.

Trânsito em grandes cidades: como se deslocar – O aumento da frota de veículos no tráfego urbano e os desafios enfrentados pelos motoristas e passageiros exigem cuidados para garantir a segurança. Dados do Ministério dos Transportes mostram que, nos primeiros 11 meses de 2023, só em São Paulo, foram contabilizados 9,43 milhões de veículos pelas ruas da capital. Portanto, seguir algumas orientações simples podem fazer toda a diferença para ter um trajeto seguro e confortável no seu dia a dia. Daniil Sergunin, CEO e cofundador da Rhino – uma empresa de mobilidade urbana que oferece experiência de deslocamento premium aos seus passageiros, com carros blindados e motoristas treinados – separou 5 dicas para circular nas grandes cidades. 

Confira: 

Escolha rotas seguras – Utilize aplicativos de navegação confiáveis para planejar suas rotas e para realizar as suas viagens. Opte por caminhos que tenham menos tráfego e ofereçam condições mais seguras de dirigibilidade. Priorize vias bem iluminadas e com menor incidência de incidentes de trânsito.

Use cinto de segurança – Nunca subestime a importância do cinto de segurança. Antes de iniciar a viagem, seja como motorista ou passageiro, certifique-se de que todos os ocupantes do veículo estejam devidamente protegidos pelo cinto de segurança. Essa simples precaução pode salvar vidas em caso de colisões ou freadas bruscas.

Atenção aos limites de velocidade – Respeite rigorosamente os limites estabelecidos em cada via. O excesso de velocidade aumenta o risco de acidentes e compromete a segurança de todos os ocupantes do veículo. Mantenha uma condução segura e responsável, e priorize a segurança. 

Mantenha distância – Mantenha uma distância segura em relação aos demais veículos ao seu redor. Uma distância adequada permite reações rápidas em situações de emergência, como frenagens bruscas ou mudanças repentinas de direção. 

Permaneça atento e concentrado – Evite distrações ao volante e mantenha-se sempre atento às condições do trânsito. Evite o uso de dispositivos eletrônicos enquanto estiver dirigindo. Esteja preparado para reagir rapidamente a qualquer imprevisto que possa surgir durante o trajeto.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

Rentabilidade dos carros usados bate recorde

O ticket médio de venda dos carros usados no Brasil atingiu o valor de R$ 81.908,00, o maior registrado desde julho de 2022 (R$ 82.041), de acordo com os dados do Estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados powered by Auto Avaliar (PVU). O levantamento mostra bom momento positivo vivido pelo mercado. E mais: o giro do estoque recuou para 35 dias, o menor desde dezembro de 2023, e a margem bruta praticamente se manteve, atualmente em 10,8%. “O que estamos presenciando é uma dinâmica aquecida de mercado, apresentando rápido giro de estoque, manutenção da boa margem média bruta e ticket médio crescente”, avalia Fábio Braga, gerente da MegaDealer. Para se ter uma ideia, em junho do ano passado o giro do estoque era de 48 dias e a margem bruta de 10,6%.

Segundo os dados da Anfavea, no mês de junho quase 1 milhão de carros e comerciais leves usados (958 mil precisamente) foram comercializados, 11% acima do mesmo mês do ano anterior, e 9% acima de maio de 2024. A mesma tendência positiva foi sentida na plataforma Auto Avaliar, que registrou recorde mensal de veículos avaliados. Ao todo, foram realizadas 217.532 avaliações, contra 206.862 em maio. O retorno sobre o investimento (ROI) das concessionárias ficou em 78%, crescimento de 0,4 ponto percentual em relação a maio. O número também é o maior do ano.  O destaque ficou com a Hyundai (116%), seguida pela Honda (96%)e Nissan (90%).

Tragédia ambiental – Fábio Braga ressalta que os números de junho seriam ainda mais positivos se não fossem os efeitos da tragédia ambiental do Rio Grande do Sul. “Com exceção ao mercado gaúcho, é possível perceber um aumento gradual da convicção dos brasileiros em apostar nos veículos usados de maior valor”, afirma, ao lembrar que é preciso prestar atenção ao comportamento do mercado no Sul diante da substituição de estoques de usados perdidos nas inundações, gerando reposição oriunda de outros estados. “O impacto da disponibilidade de estoque de novos, devido à quebra de produção das fábricas afetadas pela falta de peças por questões logísticas, são temas relevantes para os próximos meses”, completa. Entre as redes de concessionárias que tiveram a maior taxa de conversão (avaliação versus captação), seis marcas se destacaram, ficando acima da média de 18%: Citroën (22%), Fiat e Chevrolet (21%), Jeep (20%), Hyundai e Nissan (19%). Já a Caoa Chery (7%), Toyota (11%) e Ford (12%) apresentaram as menores taxas de conversão.

Yaris na liderança – O Toyota Yaris Hatch reassumiu a liderança de carro com maior rentabilidade de junho, depois de ficar em segundo lugar em maio, atrás do Fiat Cronos. No mês passado, o modelo registrou preço médio de R$ 85 mil, margem de 11,3% e giro médio de 28 dias. O segundo lugar no ranking ficou com o Hyundai Creta, que registrou preço médio: R$106 mil, margem de 10,3% e giro médio de 30 dias. A terceira ocupação no ranking ficou com o Nissan Kicks: preço médio de R$ 96 mil, margem de 10,3% e giro médio de 30 dias. O Fiat Cronos, destaque em rentabilidade durante maio, caiu da primeira para a quarta posição em junho. A amostra do estudo engloba 2.707 concessionárias de 23 diferentes marcas conectadas na plataforma Auto Avaliar. Com presença em sete países, a Auto Avaliar atende, atualmente, 4.200 concessionárias e mais de 38.000 lojas independentes e realiza US$ 1,4 bilhão de vendas anualmente.

Combustível: tudo fica mais caro – A mais recente análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de abastecimento, revelou que todos os combustíveis registraram aumento nos postos de abastecimento do Nordeste na primeira quinzena de julho. O preço médio do litro do etanol fechou o período a R$ 4,68, com aumento de 0,86% ante o consolidado de junho. Já o diesel comum e o S-10 foram, ambos, encontrados a R$ 6,21, após aumentos de 3,33% e de 2,14%, respectivamente. O preço da gasolina também subiu na região. Com o aumento de 0,97%, o litro do combustível foi encontrado, em média, a R$ 6,22. “O aumento identificado em Sergipe para o diesel comum (9,56%), na Bahia para o diesel S-10 (3,80%) e no Maranhão para a gasolina (2,33%) foram os maiores de todo o país”, destaca Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. 

De cada 10 elétricos, nove são chineses – Os brasileiros compraram no primeiro semestre deste ano 31,1 mil veículos leves totalmente elétricos. Destes, quase 27 mil pertencem a quatro marcas de origem chinesa — BYD, GWM, JAC e, por meio de parceria com o Grupo Caoa, a Chery. Outros 2,1 mil são da Volvo, integrante do Grupo Geely, também chinês. Em suma: segundo levantamento do portal AutoIndústria a partir de dados da Fenabrave, mais de 29,1 mil veículos, ou 93% de todos os elétricos vendidos no período, ou foram montados na China ou têm capital chinês em sua origem. Só os modelos da BYD responderam por 22,4 mil licenciamentos, 72% do total, enquanto a GMW, com 3,7 mil, por 11,8%. A marca “não-chinesa” que mais vendeu elétricos no Brasil de janeiro a junho foi a Renault, que negociou 613 unidades, seguida da BMW, com 467 veículos, Peugeot, 345 licenciamentos, e Ford, 161.

BYD King faz até 44,2 km/litro – E por falar em elétricos, mais um feito da chinesa BYD no mercado brasileiro: segundo o Inmetro divulgou na semana passada, o sedã BYD King chega a fazer até 44,2 km/litro quando está usando a combinação do motor a combustão com o elétrico. A autonomia no modo elétrico, na versão mais cara, chega a 80km, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). A versão GS, com o motor 1.5 e baterias de 18,3 kWh, faz 44,2 km/litro na cidade e 36,7 km/litro na estrada. Considerando somente o motor a combustão, o sedã registrou 16,8 km/litro e 14,7 km/litro, respectivamente. A versão GL, de entrada e que usa baterias de 8,3 kWh, o Inmetro aponta para um rendimento de 43,3 km/litro no ciclo urbano e 32,7 km/litro no ciclo rodoviário.

Blazer elétrica terá autonomia de 481 km – A Chevrolet acaba de divulgar mais detalhes sobre a versão elétrica do SUV Blazer. O modelo terá baterias de 102 kWh e vai garantir autonomia de 481 km, já no padrão do Inmetro. Com isso, será o segundo carro elétrico com tanto alcance – atrás somente do BMW iX xDrive 50, que roda 528 km com uma carga. Isso será possível, segundo a General Motors, em função da configuração de baterias – a mais completa disponível para o modelo, composta por 12 módulos com capacidade total de 102 kWh. Para o Chevrolet Blazer EV, a velocidade de recarga é de até 22 kW (AC) e 190 kW (DC). Essa velocidade de recarga é 3,5 vezes maior quando comparada a veículos elétricos de gerações anteriores. A versão que será vendida aos brasileiros é a RS – de design esportivo, com rodas de 21 polegadas, faróis e lanternas com assinatura de LED e interior escurecido. O motor elétrico gera 347cv e tem tração nas rodas traseiras.

A chinesa da Stellantis – E para ainda ficar no assunto dos elétricos, uma novidade importante: a gigante Stellantis também vai usar uma marca chinesa para entrar no mercado brasileiro. É a Leapmotor. Até o vice-presidente já foi nomeado: é o executivo Fernando Varela, vice-presidente da Região Andina & América Central da Stellantis. Segundo ele, a Leapmotor oferece uma linha de veículos elétricos inovadores e de alta qualidade, que se encaixam perfeitamente na crescente demanda por soluções de mobilidade sustentável na América Latina”.

O Mercedes-AMG de 680cv – A marca alemã acaba de anunciar a chegada ao Brasil do Mercedes-AMG C63 S E Performance, um sedã de luxo que usa um motor 2.0 híbrido plug-in de 680cv e vai de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos. O preço? Simplesmente R$ 906.900. Só o motor a combustão entrega 476 cv de potência e 55,5 kgfm no torque. Ele, por sinal, usa tecnologia derivada dos carros de Fórmula 1 para melhorar a resposta desde a marcha lenta, reduzindo o turbo lag, e é assistido eletricamente. No eixo traseiro, um motor elétrico que entrega 95cv continuos, mas vai até 204 cv e 32,6 kgfm (entregue durante 10 s). O Mercedes-AMG C63 S E Performance tem câmbio automático de nove marchas e a velocidade máxima é limitada a 280 km/h.

Limite de pontuação da CNH – Para alguns parlamentares, é preciso mudar as regras de trânsito sempre – nem que seja para pior. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), por exemplo, quer dobrar o limite de pontuação da CNH de 40 para 80 pontos anuais. A atual lei, do artigo 262 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), já aumentou o limite de 20 para 40 pontos, em 2021. Mas a deputada quer reduzir ainda mais as suspensões de CNH para motoristas que atingirem o novo limite, exceto ao cometer uma infração gravíssima, quando o limite de 40 cai para 30. Ao cometer duas infrações gravíssimas, o limite cai para 20. Zambelli afirma, em sua justificativa, que essa mudança é devido ao excesso de números de radares de velocidade nos grandes centros urbanos, fazendo que muitos motoristas e profissionais percam suas devidas CNH. 

O pão, o álcool e o bafômetro – Você sabia que se comer duas fatias do pão Visconti, por exemplo, pode ser pego pelos bafômetros? Pois, é: a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) realizou um estudo curioso, que mostra que 10 populares marcas de pão de forma contêm teor alcoólico suficiente para afetar testes etílicos. A Visconti, por sinal, liderou com 3,37% de teor alcoólico. O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) também fez testes comprovando essa possibilidade. A legislação brasileira permite até 0,04% de álcool no sangue quando estiver dirigindo, e o pão pode facilmente ultrapassar esse limite. Por exemplo, duas fatias de algumas marcas analisadas contêm aproximadamente 0,44 gramas de álcool. Esse fenômeno é resultado do processo de fermentação, onde os açúcares da massa se transformam em etanol. Mas, ao contrário do álcool da cerveja, que pode ficar no corpo por até 12 horas, o encontrado no pão não dura mais do que 3 a 5 minutos no organismo. 

Transporte escolar e avaliação dos itens da suspensão – A manutenção regular dos veículos é crucial para evitar paradas inesperadas no trânsito e prevenir acidentes. Por isso, os motoristas de veículos de passeio devem dedicar atenção especial e realizar inspeções periódicas. Já os condutores de veículos de transporte, como vans escolares, que são responsáveis pelo transporte diário de estudantes para as escolas, devem ter cuidados redobrados. Além dos possíveis transtornos de viagem e acidentes, a falta de manutenção adequada pode afetar o desempenho dos alunos, causando atrasos na chegada ou até mesmo ausências nas atividades escolares. Para evitar problemas durante o transporte escolar, Nakata fez uma pequena cartilha recomendando alguns cuidados de manutenção (atenção, gestores municipais). É essencial, por exemplo, verificar preventivamente todo o sistema de suspensão do veículo a cada 10 mil km ou, sempre que o carro mostrar sinais de desgaste, em qualquer momento.

Sinais de problemas na suspensão – “Forte ruído pode apontar desgaste das buchas, folga na bieleta, pivôs e terminais folgados e coxins danificados; assim como instabilidade na direção pode indicar amortecedor desgastado”, comenta Leandro Leite, coordenador de assistência técnica e garantia da Nakata. Outros indícios de comprometimento do sistema de suspensão são pneus com desgaste escamados, motivado por amortecedor danificado; falta de estabilidade em curvas; vazamento de óleo no amortecedor; perda de contato do pneu com o solo ao passar por irregularidades; perda de altura do veículo por molas arriadas. “Caso as molas quebrem, pode afetar os pneus e comprometer a segurança do condutor e dos passageiros, além de danificarem outras peças da suspensão”, adverte.

 Itens que devem ser revisados – Segundo Leite, todos os componentes do sistema de suspensão devem ser avaliados: amortecedores, molas, buchas, bandeja, barra estabilizadora, bieleta e kit completo do amortecedor – batente, coifa e coxim. Além da manutenção preventiva, o coordenador de assistência da Nakata lembra, ainda, que, além das revisões preventivas e previstas pelo fabricante, condutores de veículos de transporte escolar devem realizar semestralmente, conforme trata o art. 136 do Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503, de 1997), inspeção para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança do veículo.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Vem aí um novo Chevrolet – A fábrica da General Motors em Gravataí, no Rio Grande do Sul, vai receber R$ 1,2 bilhão para a modernização da linha de montagem. O dinheiro servirá para a renovação da dupla Onix e Onix Plus e a chegada de um novo modelo, em 2026 – em um segmento, segundo o presidente da GM na América do Sul, Santiago Chamorro, “inédito”. Esta é uma das ações da primeira fase do pacote de R$ 7 bilhões que serão aplicados de 2024 a 2028, marcando o período de maior transformação da empresa no Brasil. Já há, claro, muitas especulações: esse terceiro modelo de Gravataí, conhecido como Projeto Carbon, seria um SUV compacto abaixo do Tracker, com desenvolvimento 100% brasileiro. Virá para concorrer com Fiat Pulse e Renault Kardian. Este novo carro será lançado em 2026 no Brasil e posteriormente exportado para toda a América Latina. “A escolha de Gravataí é estratégica por ser uma fábrica preparada para a produção em alto volume”, explica Chamorro. A fábrica da GM em Gravataí iniciou suas atividades em 20 de julho de 2000 e já soma mais de 4,7 milhões de unidades produzidas.

Novo e-2008 ganha mais potência – O recém apresentado 2008, principal lançamento da Peugeot na América do Sul em 2024, está prestes a desembarcar no país, possivelmente no mês que vem. A princípio, na versão eletrificada, o e-2008, com novo trem de força e com potência máxima aumentada em 15%, passando de 136 cv para 158 cv, com torque de 26,0kgfm. Segundo a marca, o sistema de propulsão garante agora até 261 km de autonomia, segundo o Inmetro, e o carregador monofásico de 11kW permite redução no tempo de carregamento  (80% em até 30 minutos, desde que estações de 100 kW. Isso é três vezes mais rápido que a versão anterior. O preço não foi divulgado. A chegada do novo e-2008, dizem os diretores, é um movimento disruptivo, sendo o primeiro veículo a ostentar no Brasil a mais atual identidade da marca francesa, com uma bela grade body color que ostenta o novo logotipo Peugeot e nova nova assinatura luminosa, caracterizada pelas três garras verticais integradas e faróis Full LED. Aliás, a traseira ganhou lanternas em LED que reinterpretam as três garras de maneira elegante – assim como as luzes de ré e os piscas, também em LED. Mas o que chama a atenção é o pacote de auxílio à condução e de segurança, a começar das câmeras de alta definição para assistência ao estacionamento. Ele vem, por exemplo, com freios com ABS e distribuição eletrônica de frenagem, cintos de segurança de três pontos para todos os passageiros, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, seis airbags (dois dianteiros, dois laterais e dois de cortina) e freio de mão com acionamento elétrico. O Driver Assist inclui alertas de ponto cego e de colisão, frenagem de emergência automática, reconhecimento automático de sinalização de velocidade, detector de fadiga, piloto automático inteligente e alerta e correção de permanência em faixa.

Novo SUV da BYD – A marca chinesa lançou na quarta-feira o BYD Song Pro DM-i, um SUV híbrido plug-in que fica abaixo do Song Plus. Ele tem duas versões, a GL e a GS, e vem com preços de, respectivamente, R$ 189.800 e R$ 199.800. Vai concorrer com modelos como Honda HR-V e Toyota Corolla Cross. A garantia é de seis anos, sem limite de quilometragem. As baterias, por sua vez, são garantidas por oito anos, sem limite de quilometragem. O Song Pro DM-i tem motor 1.5 aspirado a gasolina, combinado com um propulsor elétrico, e tração dianteira. O conjunto entrega 235cv e 43kgfm de torque na versão GS, que é equipada com baterias de 18,3 kWh e tem 110 km de autonomia no modo 100% elétrico. A configuração de entrada GL tem baterias de 12,9 kWh. A aceleração de zero a 100 km/h é de 7,9 segundos na versão topo de linha. A BYD informa que a autonomia combinada é de até 1,1 mil quilômetros. Isso significa um consumo médio de 22,7 km/l.  O Song Pro DM-i tem seis airbags e sistemas de  assistência à condução, como frenagem automática de emergência com alerta de colisão e controle de velocidade de cruzeiro adaptativo. 

Novo Mini a combustão – Os elétricos estão em alta, mas mesmo as marcas clássicas premium ainda apostam nos motores a combustão. É o caso da Mini, que acaba de lançar o Cooper no Brasil. O modelo remodelado chega em duas versões de acabamento, a Exclusive e a Top, com motor 2.0 turbo de 204 cv, e 30,6 kgfm de torque e preços entre R$ 240 mil e R$ 270 mil. Vem com transmissão de dupla embreagem de sete marchas e faz de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos, com velocidade máxima de 240 km/h.

O Defender com motor BMW – A Land Rover anuncia a chegada ao mercado do Defender mais potente e rápido já produzido em série em toda a história. Batizado de Defender Octa, o modelo sai de fábrica equipado com motor 4.4 V8 biturbo micro-híbrido de origem BMW e entrega números impressionantes de desempenho e performance. Segundo o site Motor1, são, ao todo, são 635 cv de potência, 76,4 kgfm de torque (com pico de 81,5 kgfm) e aceleração de 0 a 100 km/h realizada em apenas 4 segundos. Não há previsão de chegada para o Brasil. 

Venda de picapes – O comércio do segmento de picapes cresceu pouco no 1º semestre: foram emplacadas 34.065 unidades, ou 3,6% a mais do que há um ano (32.870). Porém, em relação a maio as vendas caíram quase 5%. Em relação às pequenas, a queda foi maior. Fiat Strada (7.551) e VW Saveiro (3.182), por exemplo, tiveram seus piores resultados em 2024, com retrações de pelo menos 16% no período. Já entre os modelos intermediários, liderado pela Fiat Toro (4.780), apenas a Chevrolet Montana (2.349) vendeu menos do que em 2023. A Ford Maverick (323) vendeu pouco, mas registrou seu melhor desempenho desde que foi lançada. Levantamento do Motor1 também mostra que, entre as médias, destaque para a Ranger: com 3.026 emplacamentos, mais do que o dobro de 2023, a representante da Ford conquistou seu novo recorde de vendas e reduziu um pouco a sua desvantagem em relação à líder Toyota Hilux (3.895). O desempenho também fez com que ultrapassasse a Chevrolet S10 (2.197) no acumulado de 2024. 

O sucesso dos hatches – Esse segmento, incluindo os compactos, de entrada, encerrou junho com 64.831 emplacamentos, segundo dados da Fenabrave. Isso significa quase 30% dos 202.474 veículos registrados no Brasil em junho. Entre os mais populares, recuo de 18% frente ao mesmo período de 2023. O Fiat Mobi (6.007) manteve a vantagem sobre o Renault Kwid (4.520). No geral, chama a atenção o desempenho do HB20, com crescimento de mais de 50% na comparação com o ano passado. Com isso, o modelo da Hyundai assumiu a liderança e, de quebra, foi o modelo mais vendido no país pela 1ª vez desde o seu lançamento em 2012. Mas a disputa foi acirrada: o Polo (9.683), vice, ficou apenas 77 unidades atrás. 

Importados – A venda de automóveis e comerciais leves importados, pelas empresas associadas à Abeifa, chegaram no primeiro semestre deste ano a 44,9 mil unidades. Isso significa um crescimento de 235,3% sobre o mesmo período do ano passado, quando registrou 13,4 mil emplacamentos. O volume representou 23,2% de todos importados vendidos no mercado interno, de 193,4 mil licenciamentos. Das vendas das associadas da Abeifa, 41,4 mil foram de eletrificados. 

Fábrica da Fiat em Betim – A planta de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas, completou 48 anos de existência – e hoje é uma das maiores do grupo Stellantis em todo o mundo. Ela foi inaugurada em 9 de julho de 1976 para produção do emblemático Fiat 174. Desde então, produziu mais de 17,5 milhões de veículos. Além do Brasil, a fábrica abastece outros 37 países mundo afora e já exportou mais de 4 milhões de unidades. Ao todo, o Betim reúne mais de 120 fornecedores e ocupa uma área de 2,2 milhões de metros quadrados, sendo mais de 900 mil metros quadrados de área construída. A fábrica emprega 16 mil pessoas, o que representa metade da força de trabalho da empresa em toda a América do Sul. Agora, se prepara para abrigar a nova linha de motores dos lançamentos da Stellantis na região, especialmente os equipados com a tecnologia Bio-Hybrid.

O melhor ano, desde 2012 – Os fabricantes de motocicletas estão eufóricos no país. Desde 2012, a produção não tinha tido um desempenho tão bom. Foram, no total, 868.076 unidades no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 13,5% em comparação ao mesmo período de 2023, segundo a Abraciclo. Somente em junho, foram 106.273 motocicletas, um aumento de 11,5% em relação ao mesmo mês de 2023. As categorias mais vendidas no vareja foram Street (48,5%), Trail (18%) e Motoneta (17,7%).

Honda Tornado 300 – A linha 2025 da Tornado acaba de chegar ao mercado – e é um dos principais lançamentos do ano. O preço da XR300L Tornado é de R$ 27.690, sem incluir o frete. A nova trail, que vai conviver com a Sahara, traz um conjunto totalmente novo, embora a base seja a mesma da Sahara – e é variante mais off-road. 

A robótica e indústria automotiva – Uma nova pesquisa global encomendada pela ABB Robótica e conduzida pela Automotive Manufacturing Solutions (AMS) concluiu que, embora a automação seja considerada crítica para o futuro da indústria automotiva, muitas empresas na cadeia de fornecimento ainda não aproveitaram os benefícios oferecidos pela robótica e digitalização. Quase todos os entrevistados (97%) acreditam que a automação e a robótica transformarão o setor automotivo nos próximos cinco anos, com um número semelhante (96%) prevendo que o software, a digitalização e o gerenciamento de dados serão igualmente significativos. Quando perguntados sobre o ritmo dos investimentos, a maioria acreditava que os novos OEMs, fabricantes de produtos originais, geralmente mais baratos, e as startups estavam bem à frente da curva, investindo “muito bem” (38%) ou “bastante bem” (28%), seguidos pelos OEMs antigos, que, segundo 31%, estavam adotando a automação “muito bem”. No entanto, apenas 7% acreditavam que os fornecedores de Nível 2 estavam fazendo o investimento necessário, e os fornecedores de Nível 3 estavam mais atrás, com apenas 3%. “Tradicionalmente, a automação tem sido vista como algo reservado apenas aos maiores fabricantes”, diz Joerg Reger, diretor administrativo da linha de negócios automotivos da ABB Robótica. “Mas a realidade é que o abrangente portfólio da ABB, que abrange tudo, desde robôs colaborativos (cobots), grandes robôs industriais e robôs móveis autônomos alimentados por IA, todos alimentados por soluções de software líderes, pode enfrentar os desafios enfrentados até mesmo pelos menores produtores. A automação pode tornar as empresas menores mais resilientes, flexíveis e eficientes.”

Mitos e verdades sobre hábitos ao volante – Motoristas acabam criando costumes e alguns são considerados infrações. Mexer no celular enquanto o sinal está vermelho, e isso parece óbvio, é um deles. “Muitas pessoas acham que podem manusear o aparelho enquanto estão esperando o semáforo abrir, quando, na verdade, isso também é proibido. O ideal e indicado pelo Detran é que o condutor estacione em local permitido e, só assim, faça uso do seu celular”, explica Roberson Alvarenga, CEO da Help Multas e especialista em direitos do trânsito. Conheça, então, cinco hábitos populares entre os motoristas e descubra se podem ou não gerar multas:

Pode comer enquanto dirige? – Não. Segundo o Código Brasileiro de Trânsito, o indivíduo deve manter as duas mãos ao volante. “Se você costuma beber ou fumar, saiba que esta pode ser uma infração considerada média, passível de multa no valor de R$ 130,16 e quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação. Dirigir com apenas uma mão enquanto mantém o braço apoiado na janela é um ato bastante recorrente e que se enquadra nesta infração. Já se você estiver dirigindo e comendo na direção do veículo, estará cometendo a infração leve prevista pelo Art 169 do CTB que é dirigir sem atenção e os devidos cuidados, com valor de R$ 88,38. Ambas as infrações se não cometidas nos últimos 12 meses anteriores poderão ser convertidas para a penalidade de advertência, aponta Roberson.

Som muito alto no carro dá multa? – Sim. É comum pessoas gostarem de ouvir música muito alta, mas quando se está dentro do carro e o som for possível ouvir do lado externo do veículo, independentemente do volume, perturbando o sossego público, o motorista será autuado por infração grave, no valor de R$ 195,23, mais cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Se o condutor estiver na Permissão do Direito de Dirigir, poderá ter a CNH cassada por esta infração.

O pet precisa usar cinto de segurança? – Sim. No art. 65 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB), consta que é obrigatório o uso de cinto de segurança não apenas para a pessoa ao volante como para o passageiro em todas as vias brasileiras, exceto situações regulamentadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).  “Inclusive, quem carregar seus pets no banco traseiro também deve usar o acessório – neste caso, próprio para os animais de estimação ou fixando a caixa ou bolsa de transporte a ele”, orienta o especialista. 

Dirigir descalço é permitido? – Não há proibição legal sobre dirigir descalço e, sim, com calçado que não se firme aos pés. Segundo o art. 252, IV do CTB, é proibido dirigir usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa o uso dos pedais, como chinelo de dedo, tamancos ou outro calçado que não tenha as tiras presas atrás dos calcanhares. “Normalmente, confundem-se dirigir de chinelo com dirigir descalço. Se o motorista for flagrado dirigindo o veículo com o calçado irregular, irá receber uma multa considerada infração média, cujo valor é de R$130,16 e mais quatro pontos na CNH”, completa. 

A “pane seca” é uma infração? – Sim. Aqueles que ficarem sem gasolina durante um trajeto, seja ele a trabalho, lazer ou viagem, estarão cometendo uma infração média e terá que desembolsar R$ 130,16 da multa e receberá quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação. “O condutor sempre deve checar se há ou não combustível o suficiente antes de sair com seu carro ou moto antes”, revela o CEO.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

Saiba como anda a esportiva Rampage R/T

A versão R/T da Ram Rampage, a mais potente das picapes 100% brasileiras, até chegou ao mercado no ano passado cheia de recursos – mas tinha muitos opcionais e acessórios, encarecendo-a. Agora, a linha 2024 traz de série vários equipamentos então vendidos à parte – como a iluminação ambiente em LED, bancos do motorista e do passageiro elétricos e som premium Harman Kardon de 10 alto-falantes e 360 watts de potência. E isso a deixou bem mais requintada. Este colunista testou o modelo por mais de 2 mil quilômetros, nas boas – e caras – pedageadas de São Paulo e Goiás. Veja como anda a mais esportiva também exportada para a Argentina e o Chile. O modelo, convenhamos, é muito confortável – embora tenha menos espaço físico do que as tradicionais Chevrolet S10, Toyota Hilux ou Ford Ranger. E ainda tem acabamento superior às picapes rivais. Mas a cabine tem, com certeza, o interior mais premium possível entre as concorrentes, com acabamento acima da média, semelhante ao adotado por modelos como o Commander – da qual herda, por sinal, alguns equipamentos, como os freios a disco na traseira etc.

Esta versão, para reforçar o pacote de (muito) boas conveniências, veio, por exemplo, com capota rígida elétrica – um mimo extra de R$ 12.195 que transforma a caçamba em um porta-malas inviolável, que pode ser pode ser aberta e fechada a distância. Nela, estão todos os equipamentos básicos, digamos assim, para um carro de mais de R$ 300 mil: piloto automático adaptativo, assistente de faixa, frenagem de emergência e sete airbags e controles de estabilidade e de descida e assistente de partida em rampa. O ar-condicionado é automático de duas zonas. O freio de estacionamento é eletrônico, com retenção automática, o tal do Auto Hold. O que seria opcional em outros modelos, como espelhos com rebatimento elétrico, retrovisor interno fotocrômico e até câmera de ré, são básicos em todas as versões. Sem falar dos sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, do sensor de chuva e do acendimento automático dos faróis.

Conjunto de motor – Bem, mas em estradas boas, chamou mais a atenção o conjunto de motor de câmbio. Até o barulho que os dois escapes proporcionam nas aceleradas marcou o teste. Afinal, é a versão mais esportiva da turma – que inclui a Rebel (diesel ou gasolina), Laramie (diesel ou gasolina). A R/T tem, sob o capô, um motor 2.0 Hurricane 4 a gasolina. Ele gera potência de 272cv e torque de 40,8 kgfm. Segundo a marca, garantem uma aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 6,9 segundos – e 220 km/h de velocidade máxima. No caso, o câmbio é automático de 9 marchas e a tração 4×4 permanente – só há, na verdade, apenas um botão para que seja acionada a reduzida. 

Por falar nisso, a versão é tão confortável, num nível de automóvel, que nem parece que ela tem, além do 4×4 (sem bloqueio de diferencial, claro), ângulos de entrada e de saída maiores do que as concorrentes. São, por exemplo, 25,7 cm de vão livre do solo, 25° de ângulo de ataque, 24,5° de saída e 23,1° de ângulo de transposição de rampas. O câmbio, por sinal, é suave, sem trancos – e ainda há a possibilidade, bem legal, de se usar as aletas atrás do volante – e haja, então, acelerações fortes, vigorosas e barulhentas. E principalmente quando a teclinha R/T no painel frontal é acionada, elevando as RPMs.A suspensão é firme, mas sem ser dura, tratando bem os ocupantes em buracos e lombadas – e ainda segura firme nas curvas e inclinações. A direção elétrica, progressiva, dá respostas diretas, agradáveis – passando segurança (e prazer) ao condutor. 

O sucesso dos SUVs e outras novidades do primeiro semestre

Cinco em cada dez automóveis vendidos no Brasil são utilitários esportivos, segundo dados da Fenabrave, a federação dos distribuidores de veículos brasileira. Isso significa uma participação de mercado de 49,7%, contra os 45,5% de 2023. Nos seis primeiros meses de 2024,  conforme dados levantados pelo site Autoo, o Volkswagen T-Cross lidera com 31.519 unidades. O site lembra que o SUV da marca alemã foi o primeiro do segmento médio, entre os mais vendidos, a receber novidades. Passou a ter retoques no desenho e uma nova central multimídia entre as principais mudanças. Em seguida, ainda levando em conta as vendas dos seis primeiros meses do ano, vem o Hyundai Creta (30.531), que terá mudanças ainda neste semestre, adotando o mesmo visual aplicado em outros mercados emergentes, como o da Índia. Depois, em terceiro lugar, vem o Chevrolet Tracker (28.865), outro que vai mudar, mas apenas no primeiro semestre de 2025.

Ainda segundo o levantamento do Autoo, o mercado geral trouxe algumas surpresas nesse período. A picape Fiat Strada, por exemplo, teve mau desempenho em junho, com 7.551 emplacamentos – perdendo para o Volkswagen Polo, que vendeu 9.683 unidades e acabou o semestre como o carro mais vendido do Brasil. Foram 57.864 unidades contra 56.601 da picape da marca italiana, que ficou na segunda colocação. Em relação ao mês de junho, a liderança ficou, no entanto, com o Hyundai HB20, com 9.760 vendas. No acumulado do ano, ficou em terceiro o Chevrolet Onix, com 43.603 emplacamentos. O Fiat Argo fecha os cinco primeiros com 39.624 unidades vendidas. 

Confira os 10 carros mais vendidos no primeiro semestre

PosiçãoModeloTotal
Volkswagen Polo57.862
Fiat Strada56.601
Chevrolet Onix43.603
Hyundai HB2042.696
Fiat Argo39.624
Fiat Mobi32.240
VW T-Cross31.519
Hyundai Creta30.531
Onix Plus29.907
10°Chevrolet Tracker28.865

Eletrificados mostram força – Os 14.396 emplacamentos em junho (o terceiro melhor mês da série histórica) fizeram o primeiro semestre de 2024 registrar um total de 79.304 veículos leves eletrificados vendidos no Brasil. Esse total representa um aumento expressivo de 146% sobre os 32.239 do primeiro semestre de 2023 e de 288% sobre os 20.427 do primeiro semestre de 2022. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) prevê que 2024 terminará com um novo recorde de mais de 150 mil veículos eletrificados vendidos no ano, o que significaria um crescimento em torno de 60% sobre os 93.927 de 2023. Os eletrificados incluem todas as tecnologias: BEV 100% elétricos, PHEV híbridos elétricos plug-in, HEV flex e a gasolina (não plug-in) e os micro-híbridos MHEV, com baixa grau de eletrificação.

Volvo: carregador, só para carro da marca – A Volvo vai começar a cobrar agora em julho pelo carregamento de carros híbridos plug-in e elétricos de outras marcas em seus mais de mil eletropostos. Serão duas taxas: uma de conectividade de R$ 2,50 (para usar o carregador) e mais R$ 4 a cada kWh abastecido. Os donos de modelos da da marca, claro, não precisam pagar nada. Motivo: muitas vezes os clientes da marca encontravam os carregadores lotados e com veículos de outras fabricantes (75% do uso são de veículos “não-Volvo”, provavelmente BYD). A Volvo tem 52 pontos de recarga rápida espalhados em quatro regiões do Brasil: Sudeste com 23 instalações, Centro-Oeste e Sul com sete, cada, e Nordeste, com 13. A Volvo diz que mais de 19 mil quilômetros de rodovias estão conectados e que, com os 101 carregadores prometidos, a cobertura aumenta para 33.650 km.

Chinesa GAC anuncia US$ 1 bi para o Brasil – A montadora chinesa GAC divulgou por meio do seu site mundial a intenção de investir US$ 1 bilhão para construir uma fábrica de veículos e um centro de pesquisas no Brasil. Esse dinheiro seria usado nos planos para estabelecer fábricas, centro de pesquisa e desenvolvimento e depósitos para peças de reposição. A empresa produz automóveis a gasolina, elétricos, híbridos e híbridos plug-in e décadas de experiência em joint ventures com empresas como a Honda e a Toyota.

GWM lança serviço de assinatura – A GWM Brasil acaba de lançar o seu novo serviço de aluguel de automóveis, o Assinatura GWM. Ele segue diversas facilidades para o cliente como permitir, por exemplo, a assinatura do veículo pelo próprio site oficial da marca. Além disso, a montadora trouxe parceiros especializados no setor de locação para cuidar de toda a parte operacional, os quatro maiores do Brasil: Localiza, Unidas, Movida e LM. Inicialmente, a opção está disponível para a linha Haval H6, líder de vendas no mercado de veículos eletrificados em junho. Os planos têm preços a partir de R$ 4.389 para o Haval HEV2. O cliente tem a opção de escolher entre planos de 12, 24, 36 ou 48 meses, com quilometragem mensal de 1.000, 1.500, 2.000, 2.500 ou 3.000 km. Ao finalizar a seleção, o sistema disponibilizará a opção dos quatro parceiros de operação, o que permitirá ao cliente a escolha da operadora que seja mais conveniente para sua região ou com a qual já tenha uma relação de confiança. A previsão é que, dentro de 60 dias, o Assinatura GWM também esteja disponível para a linha Ora. Esse valor coloca o Haval H6 na mesma faixa de preços de carros menores equipados apenas com motores a combustão e com menor nível de equipamentos, o que é outro diferencial muito importante para o consumidor brasileiro interessado em conhecer a nova tecnologia dos modelos eletrificados. A GWM será responsável pela maioria das interfaces com o cliente, como a captação no site ou na concessionária, entrega do veículo e manutenção. E ela garante que enquanto o prazo de entrega nos planos disponíveis no mercado varia, na média, entre 70 e 90 dias, no Assinatura GWM ele será, em média, de 10 a 15 dias.

Novo BMW X2 no Brasil – A BMW acaba de apresentar no Brasil a nova geração do X2 no Brasil. São duas versões: uma a combustão, com motor 2.0 turbo de quatro cilindros, e outra elétrica (a iX2 xDrive30 M Sport). Ambas vêm com o pacote M Sport e têm preço de R$ 388.950 e R$ 443.950, respectivamente. Na versão a combustão, o 2.0 turbo é capaz de entregar 204 cv de potência e 30,5 kgfm de torque. O câmbio, por sua vez, é automatizado de sete marchas e a tração integral. Com esse conjunto, a velocidade máxima é de 231 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 7,3 segundos. A configuração elétrica faz o o X2 render 230 cv de potência e 50,3 kgfm de torque. Para o final do ano, a marca alemã vai trazer do X2 xDrive35i M Sport com motor 3.0 de seis cilindros.

Nordeste tem o etanol mais caro do país – A mais recente análise do índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de abastecimento, revelou que o preço médio do litro do etanol comercializado a R$ 4,64 na região Nordeste no fechamento de junho foi o mais caro de todo o país, registrando também o aumento mais expressivo ante a primeira quinzena, de 0,43%. O litro da gasolina foi encontrado a R$ 6,16, com preço estável. Já o diesel comum e o S-10 apresentaram aumento de 0,67% e 0,50%, fechando a R$ 6,01 e R$ 6,08, respectivamente. “Estados como Pernambuco ocupam o topo do ranking dos aumentos mais expressivos de todo o país para o etanol e para a gasolina. Além disso, em Sergipe foi encontrado o litro do etanol pela média mais cara. Como resultado, o combustível foi considerado mais econômico para abastecimento somente na Bahia e no Piauí”, diz Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. 

Bajaj inaugura fábrica em Manaus – A montadora de motos indiana Bajaj inaugurou oficialmente na semana passada, em Manaus, no Amazonas, a primeira fábrica da marca fora da Índia, com capacidade para 20 mil motos por ano. Ela já produz a Dominar 400, principal produto da marca no mercado brasileiro e a expectativa é de que já a partir de julho 1,5 mil unidades saiam da linha de montagem mensalmente. A Bajaj tem 21 concessionárias e quer ultrapassar 30 até o fim deste ano — e já negociou 7,5 mil unidades. A fábrica localizada no Polo Industrial de Manaus tem 150 funcionários diretos e indiretos e opera em regime de CKD, quando se monta os kits e componentes trazidos da Índia. 

BMW R12 brasileira – As vendas no mercado brasileiro começam em setembro, mas desde o fim de junho que a BMW R 12 está sendo fabricada na unidade industrial do grupo alemão em Manaus, no Amazonas. Nesta nova geração, a R 12 tem motor boxer que entrega 95cv a 6.500. Seu tanque é no formato clássico de gota, que junto com o assento e o amplo paralama da roda traseira criam um design clássico de uma Cruiser. A R 12 também conta com rodas de 19” e 16” e fornece uma posição de pilotagem muito confortável. Com sete anos de existência, a planta amazonense acumula produção de mais de 100 mil motocicletas.

Sahara 300 tem recall – A Honda anunciou essa semana a convocação dos donos de todas as versões do modelo Sahara 300, ano/modelo 2024, para substituição da fiação principal da motocicleta. A campanha envolve 24.369 unidades e o atendimento aos clientes terá início neste 8 de julho. Segundo a Honda, em algumas unidades pode ocorrer o desligamento repentino do motor por rompimento do filamento do fusível principal. “Essa ocorrência, em situação de tráfego em velocidade, poderá causar queda, danos materiais, lesões graves e até fatais aos ocupantes da motocicleta e/ou a terceiros”, explica o comunicado da empresa.

Estacionar em frente à rampa de acesso pode ser infração gravíssima – A Comissão de Constituição e Justiça aprovou, essa semana, um projeto que define como infração gravíssima estacionar na frente das rampas de acesso para pessoas com deficiência ou de mobilidade reduzida (PL 1211/2019). A proposta é do senador Fabiano Contarato (PT-ES) e foi relatada pela senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), por sinal cadeirante.

Férias e aluguel de carros: quais cuidados tomar? – Julho, mês das aguardadas férias escolares, geralmente é marcado por viagens em família. Segundo um levantamento realizado pela empresa de viagens CVC, o setor de turismo terá um aumento de 10% em comparação ao mesmo período no ano passado. A  agência de viagens Decolar, por exemplo, registrou um crescimento de 107% na procura por pacotes em relação a 2023. Na maior parte dos casos, esses roteiros são feitos de carros – e preferencialmente alugados. Mas quais são as orientações para acertar na hora da locação? A gerente comercial do V1 Aluguel, serviço de locação de carros 100% digital, Thaís Augusta, traz algumas dicas para você não vacilar na hora de escolher o veículo mais apropriado para a sua viagem.

Evite alugar carros no aeroporto – Para quem vai viajar de avião e pretende alugar um carro no destino, a locação no aeroporto pode parecer uma boa pedida. Entretanto, há taxas adicionais que costumam encarecer o serviço. “É importante realizar uma pesquisa com antecedência e determinar se vale a pena a economia de tempo ao locar o carro no aeroporto. Principalmente devido às filas que se formam por conta da alta demanda nos aeroportos, além das taxas e preços mais altos”, explica.

Escolha o veículo mais apropriado – Optar pelo carro mais em conta nem sempre vai suprir as necessidades da viagem. Por isso, vale analisar quantas pessoas irão viajar, por quanto tempo o veículo será utilizado e por onde ele passará: serão estradas de terra ou ruas asfaltadas, por exemplo? É importante ter isso definido com antecedência para poder escolher o carro ideal para sua viagem.

Acompanhe a vistoria – Um erro comum dos motoristas é não ler a descrição do veículo e suas características, resultando em gastos imprevistos. Antes de sair da locadora com o automóvel, verifique se há riscos e marcas, se o estepe, macaco e chaves de roda estão no veículo, e não deixe de levar uma cópia da inspeção. Embora o cotidiano corrido em que vivemos hoje pode tornar mais difícil a vistoria presencial, a gerente comercial afirma que é um passo imprescindível. “Estar presente para verificar item por item e se o veículo condiz com o que foi contratado é de suma importância. Assim, o motorista evita qualquer desentendimento em relação ao automóvel que utilizará durante sua viagem.”

Use pacotes de proteção – A contratação das proteções têm um impacto significativo no conforto durante a viagem, uma vez que as coberturas incluem eventos adversos como furtos, incêndios, acidentes de trânsito e afins.

Viaja com criança? Leve a cadeirinha – Item obrigatório para o transporte de crianças de até quatro anos de idade, a cadeirinha pode pesar no contrato de locação. Portanto, o ideal é levar uma cadeirinha própria.

Cancelamento gratuito – Para quem procura economizar, o cancelamento gratuito é ideal. Realizar uma  pesquisa a cada duas semanas, com a mesma data e local de retirada, pode revelar valores mais baixos. Tudo depende da temporada e da demanda corrente.

Tanque cheio – Enquanto algumas locadoras oferecem a opção de devolver o veículo com  tanque cheio ou vazio, o mais recomendado é optar pelo tanque cheio. “Para muitos, o cálculo e planejamento para entregar o veículo com o tanque vazio são difíceis. O mais indicado é optar pela devolução com o tanque cheio “, afirma.

Quilometragem – Com opções de quilometragem livre ou controlada, alguns motoristas ficam em conflito: economizo optando pela controlada, mas limito o quanto posso rodar no dia, ou pago um pouco mais e ando de carro sem limite diário? Por isso, o planejamento é muito importante, uma vez que o usuário sabe o quanto irá se deslocar e quais pontos turísticos quer conhecer.

Aluguel de carros online Para maior conforto, agilidade e tranquilidade, a locação de veículos por meios digitais é ideal. Na maioria das locadoras digitais, o usuário realiza tudo pelo aplicativo — cadastro, documentação, local de retirada do veículo — e, em questão de minutos, já está dirigindo. “Outra opção que traz maior conforto para o usuário é a entrega do veículo onde ele está, facilitando ainda mais seu deslocamento”, diz Thaís Augusta.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.