Morre o prefeito de Belo Horizonte

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), faleceu, há pouco, após sucessivas internações em decorrência da fragilização em sua saúde. Ele deixa sua companheira há 52 anos, a primeira-dama Mônica Drummond, além de dois filhos e quatro netos. As informações são do portal O Globo.

Em nota, a prefeitura lamentou a morte. “Fuad Noman dedicou décadas de sua vida ao serviço público, sempre pautado pelo compromisso com a ética, o diálogo e o bem-estar da população de Belo Horizonte. Economista por formação, com sólida trajetória na administração pública, Fuad ocupou importantes cargos no Governo Federal, Governo de Minas Gerais e na Prefeitura de Belo Horizonte, sempre deixando marcas de competência, responsabilidade e sensibilidade social”, diz o posicionamento.

Fuad estava internado no hospital particular Mater Dei, em Belo Horizonte, desde o dia 3 de janeiro, quando apresentou um quadro grave de insuficiência respiratória. Ao longo dos quase três meses hospitalizado, chegou a deixar a UTI, e passar períodos sem ventilação mecânica, mas na noite desta terça-feira, sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ser reanimado.

Desde que ganhou as eleições, esta havia sido a quarta hospitalização: o prefeito também teve pneumonia, neuropatia, sinusite e diarreia, quadros que o levaram à breves internações por se tratar de um paciente idoso e recém-curado de um câncer.

Dois dias antes de dar entrada no hospital pela última vez, Fuad tomou posse como prefeito de Belo Horizonte remotamente, uma vez que foi impedido de estar presencialmente na solenidade por recomendação médica. O vice-prefeito Álvaro Damião (União) leu uma mensagem enviada por Fuad na qual ele agradecia aos médicos pelo tratamento do câncer e também pelos atendimentos recentes, projetando estar “pronto para essa nova batalha do segundo mandato”. Esta, contudo, foi sua última aparição pública.

A morte de Fuad Noman pega de surpresa a população de Belo Horizonte, que havia o elegido para mais quatro anos de gestão. A legislação eleitoral prevê que o vice e interino desde janeiro, Álvaro Damião (União Brasil), assuma normalmente o posto.

O voo da GOL 1745 de Recife com destino a Brasília teve que pousar de emergência em Salvador, após uma passageira perder a consciência por uma parada cardiorrespiratória.

Três médicos estavam no voo, entre eles o cardiologista cabroboense Dr. Lucas Novaes, o qual nos informou que a paciente sofreu uma parada cardíaca em assistolia/atividade elétrica sem pulso, secundária a uma hipoglicemia severa. Os médicos iniciaram protocolo de ressuscitação cardio-pulmonar com equipamentos de suporte da aeronave e, após as medidas associadas à administração de glicose endovenosa, a paciente voltou a circulação espontânea e pôde ser transferida para o Hospital Edgar Santos em Salvador-BA.

O cardiologista estava no voo rumo a Rio Branco, onde está atuando mensalmente como médico hemodinamicista e cardiologista, e relatou que a intervenção rápida e a presença do grupo de médicos foram essenciais para evitar o óbito da paciente. Ele também alertou sobre os riscos para pacientes idosos e diabéticos de hipoglicemia como causa de parada cardiorrespiratória e consequentemente óbito.

O deputado estadual de Pernambuco, Júnior Tércio (PP), se envolveu em uma confusão no início do ato pró-anistia promovido neste domingo (16), em Copacabana, no Rio de Janeiro. No vídeo gravado pela equipe do portal Metrópoles, o parlamentar tenta dar um soco na mão de um dos seguranças que o contém e logo em seguida avança com o dedo em riste. “Eu sou deputado, rapaz! Eu sou deputado!”, gritou Tércio. A discussão aconteceu durante a chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são do Blog Cenário.

É possível perceber que o deputado estadual e a esposa, a deputada federal Clarissa Tércio (PP), são impedidos de seguir para a área onde Bolsonaro estava. O vídeo acaba mostrando Clarissa ao lado do marido, tentando conversar com outros seguranças que buscaram acalmar Júnior Tércio.

Sobre o ocorrido, o Blog Cenário entrou em contato com a assessoria do parlamentar e aguarda retorno. O espaço segue aberto.

Do jornal O Globo

O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Praia de Copacabana, hoje, contou com a participação de 18,3 mil manifestantes, segundo cálculo feito com base em imagens aéreas pelo grupo de pesquisa “Monitor do debate político” do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, da Universidade de São Paulo (USP), e pela ONG More in Common. Isso significa que a mobilização foi bem menor do que a de outros atos do bolsonarismo no Rio. A margem de erro do levantamento é de 2,2 mil pessoas para mais ou para menos.

Em 7 de setembro de 2022, também na Praia de Copacabana, o mesmo grupo de pesquisadores da USP e do Cebrap calculou um encontro de 64,6 mil manifestantes, um patamar que é cinco vezes maior do que neste domingo. Já em abril do ano passado, foram 32,7 mil participantes.

— Essa foi uma manifestação pequena para os padrões de mobilização do bolsonarismo — afirma Ortellado.

Veja manifestação de 2022

Na avaliação do pesquisador, no entanto, ainda é preciso haver mais manifestações com esse patamar menor de mobilização para afirmar que a oscilação é sinal de enfraquecimento político do bolsonarismo no Rio. De acordo com ele, o conflito entre os organizadores sobre o apoio ou não ao pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ter atrapalhado a convocação.

— Essa foi uma manifestação cuja mobilização foi muito tumultuada — afirmou.

Além disso, ele defendeu que oscilações desse tipo são normais. Ortellado afirmou que as manifestações contra a então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, também chegaram a registrar públicos menores e depois voltaram a crescer.

Veja manifestação de 2024

Para o cálculo deste domingo, foram tiradas fotos da praia de Copacabana em quatro diferentes horários (10:00, 10:40, 11:30 e 12:00), totalizando 66 fotos. O pico do encontro foi ao 12h, quando o grupo selecionou seis fotos que cobriam toda a extensão da manifestação, sem sobreposição.

Depois disso, um software é usado para identificar e marcar automaticamente as cabeças das pessoas. Usando inteligência artificial, o sistema localiza cada indivíduo e conta quantos pontos aparecem na imagem. Segundo os pesquisadores, esse processo garante uma contagem precisa, mesmo em áreas densas.

O método atualmente possui uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação de indivíduos. Na contagem de público, o erro percentual absoluto médio é de 12%, para mais ou para menos, em imagens aéreas com mais de 500 pessoas.

Veja o público das manifestações bolsonaristas:

  • 18,3 mil em 16/03 de 2025 – O ato deste domingo mirou na anistia aos presos do 8 de Janeiro e ocorre após a denúncia de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.
  • 45,7 mil em 7/09 de 2024 – Protesto de apoiadores de Bolsonaro na Av. Paulista, em São Paulo. O ato pediu o impeachment de Alexandre de Moraes e teve público abaixo do esperado.
  • 32,7 mil em 21/4 de 2024- Ato em Copacabana no feriado de Tiradentes. Foi marcado por falas de cunho religioso e ataques a Lula.
  • 185 mil em 25/02 de 2024 – Ato na Av. Paulista. Evento foi em apoio a Bolsonaro, em meio às investigações da PF por suposta tentativa de golpe.
  • 32,6 mil em 7/09 de 2022 – Manifestação na Av. Paulista convocada por Bolsonaro para impulsionar a campanha à reeleição ao Planalto.
  • 64,6 mil em 7/09 de 2022 – Manifestação em Copacabana, no Rio. O ato em homenagem ao Bicentenário da Independência virou evento de campanha à reeleição.

Do jornal O Globo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reúne, na manhã de hoje, apoiadores na praia de Copacabana em ato pela anistia dos envolvidos no 8 de janeiro de 2023. Entre as presenças esperadas estão os filhos do ex-mandatário, Eduardo e Flávio, e os governadores do Rio de Janeiro e São Paulo, Cláudio Castro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se ausentou por ter passado por uma cirurgia estética há duas semanas e ainda estar com pontos. Apesar de ausente, a filha mais velha de Michelle, Letícia, e seu irmão de consideração, Eduardo Torres foram à manifestação.

Castro e Tarcísio irão discursar. A lista de oradores prevê o próprio Jair Bolsonaro, seu filho Flávio, o líder nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, o pastor Silas Malafaia e a vice-presidente do PL Mulher, Priscila Costa, que representa Michelle no evento. Entre os parlamentares, discursarão o senador Magno Malta (PL-ES) e os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Rodrigo Valadares (União-SE), relator do PL da anistia.

A movimentação no bairro, em função da manifestação, começou logo cedo. Comerciantes posicionados nas ruas próximas ao evento oferecem, principalmente, bandeiras do Brasil e roupas verdes e amarelas. As cores também aparecem nos leques vendidos por ambulantes, que aproveitam a atual mania nacional e chamam atenção através do som produzido com eles. Apoiadores de Bolsonaro, que chegam a pé, saem do metrô ou em excursões de ônibus, também trazem seus próprios apetrechos.

A anistia para os réus do oito de janeiro é o principal mote da manifestação, que reúne familiares dos envolvidos, à exemplo dos parentes de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como “Clezão”. Ele faleceu em novembro de 2023, após um mal súbito no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Sua defesa havia pedido a conversão da pena em prisão domiciliar, mas a análise ainda não havia sido feita pelo STF. Com tom religioso, louvores bolsonaristas são tocadas junto a comparações dos réus com Jesus Cristo, que foi crucificado.

Pouco antes do ato, em entrevista à imprensa, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) subiu o tom contra o ministro Alexandre de Moraes.

— Não tenho dúvida que esse é um passo importante (a manifestação) para nós começarmos a derrotar o alexandrismo, que é o que ele está fazendo. Algo inimaginável há poucos anos no Brasil, que um ministro da Suprema Corte fosse rasgar a Constituição desse jeito, fosse inventar o seu próprio Código Penal e condenar as pessoas injustamente por vinganças.

Já no trio elétrico, antes do início do ato, o líder da oposição, Zucco (PL-RS), puxou gritos de “Lula ladrão”.

— Não tem STF, esquerda, nós somos a maioria — disse o deputado, entre aplausos.

Também antes do ato, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, tocou os jingles de Bolsonaro das eleições de 2022 na sanfona.

Cartazes com os nomes dos condenados são exibidos, com pedidos de liberdade. No caso de Nubia Tavares, sentenciada a 17 anos, a frase escolhida foi “Ainda estou aqui”, em alusão ao filme sobre o período da ditadura militar que ganhou o Oscar de melhor longa estrangeiro este ano.

Apesar da concentração em torno da anistia, referências ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Elon Musk também foram feitas pelos apoiadores.

A manifestação em Copacabana é a quarta convocada por Bolsonaro desde que deixou a presidência e a quarta organizada pelo pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. No ano passado, Malafaia realizou outras passeatas em apoio ao ex-mandatário.

A estrutura do ato de hoje é a mesma da manifestação de abril do ano passado: os carros de som estão na altura da rua Bolívar com a Avenida Atlântica e até o tema se repete. O pedido de anistia para os envolvidos no 8 de janeiro também fez parte do discurso de Bolsonaro em 2024.

Ao lado de Valdemar

A manifestação deste domingo é o primeiro grande evento com Bolsonaro e o dirigente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

— Estamos muito animados (com o reencontro). Hoje mesmo vou para Brasília para fazermos uma reunião e discutir tudo — afirmou Valdemar.

Em seu discurso, Valdemar afirmou que “tem fé” na participação de Bolsonaro nas próximas eleições e focou na questão econômica.

— A gasolina está cara? A carne está cara? Então, volta Bolsonaro!

Por serem investigados no inquérito da trama do golpe, os dois passaram um ano e um mês sem contato, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes revogou as medidas cautelares contra Valdemar na última terça-feira, permitindo sua ida à manifestação.

Em abril do ano passado, o presidente do PL veio ao Rio, mas discursou antes do início do ato e ficou em um hotel diferente do Bolsonaro.

Do Metrópoles

O deputado estadual Gil Diniz (PL) “lançou” o presidente da Assembleia Legislativo de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), como candidato ao Governo do Estado durante a eleição da Mesa Diretora da Casa neste sábado (15), na qual Prado foi reeleito para a presidência.

Ao proferir seu voto para a recondução do correligionário ao comando da Alesp, o parlamentar bolsonarista defendeu o nome de Prado para a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, “excluindo” o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) do pleito.

“Hoje voto no deputado André do Prado para a Presidência dessa casa, mas num futuro não muito distante para governador do estado de São Paulo”, disse Diniz.

Questionado, o presidente da Alesp desconversou e afirmou que Tarcísio deve ser candidato à reeleição ao governo paulista. O deputado, no entanto, não negou que tenha intenção de integrar a chapa do governador e disse que as conversas serão feitas em 2026.

“O deputado Gil Diniz se empolgou. Ele sempre faz esses comentários, é um grande amigo meu. Me sinto honrado quando um parlamentar dá uma notícia dessa. Porém, isso não me envaidece em nada. Temos que ter pés no chão. Fui eleito para ser presidente da Assembleia pelos próximos quatro anos. Essa conjuntura política de sucessão para governador, vice-governador e outros cargos será discutida no ano de 2026”, disse André do Prado.

O Metrópoles mostrou que o deputado, que é pupilo do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, tem se articulado de olho nos postos mais altos do governo paulista. Segundo aliados, André do Prado tem ventilado o próprio nome para ser o vice de Tarcísio.

“Nós do PL seremos protagonistas com certeza, é o maior partido do Estado de São Paulo e do Brasil. Estaremos na mesa de discussão nos próximos dois anos. Hoje temos o governador Tarcísio, que deve ser o candidato à reeleição. E depois, o restante das vagas será discutida com a aliança que é formada por vários partidos no momento oportuno. Seria muita audácia da minha parte já falar em sucessão nesse momento”, afirmou Prado neste sábado.

Nos bastidores, o deputado já alertou na Alesp que pretende aprovar projetos de interesse do governo neste ano, com ainda mais rapidez para não deixar pendências para o ano que vem – e, com isso, reforçar a Tarcísio que ele é merecedor de sua confiança.

O Fator

Prefeito do Recife e próximo presidente nacional do PSB, João Campos fez um pedido aos correligionários de Minas Gerais: a eleição de ao menos dois candidatos a deputado federal no ano que vem. A solicitação está ligada à avaliação de que é preciso melhorar o desempenho da sigla no Estado. Em 2022, nenhum concorrente à Câmara dos Deputados pelo PSB mineiro venceu a disputa nas urnas.

Apesar da meta de Campos, lideranças do PSB em Minas, que desde 2023 é presidido pelo deputado estadual Noraldino Júnior, acreditam ser possível superar o objetivo e eleger mais de dois deputados federais. O último representante da sigla na bancada federal mineira foi Vilson da Fetaemg, entre 2019 e 2022.

As conversas de Campos com os diretórios estaduais do partido compõem o processo de transição que vai alçá-lo ao comando nacional do partido.  A eleição para oficializar o prefeito do Recife como presidente da agremiação acontecerá em junho. Ele substituirá Carlos Siqueira.

Recentemente, o PSB de Minas viveu um momento de dissonâncias internas. Noraldino foi escolhido, em fevereiro, para liderar um dos blocos tidos como de apoio ao governador Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa. Militantes do partido não concordaram com o movimento.

Do Blog da Folha

Depois de focar no Carnaval do Recife, da noite de abertura na quinta-feira (27) até a noite dedicada ao brega, na última sexta (7), o prefeito da capital pernambucana, João Campos (PSB), aceitou o convite do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), para mostrar que também tem samba no pé. Prestigiou, na Marquês de Sapucaí, o desfile das escolas campeãs, na noite de sábado.

Nas redes sociais, o prefeito de Recife misturou um dos mais fortes ritmos pernambucanos ao tradicional samba do Rio de Janeiro. “Muito frevo e muito samba no pé. Aqui a gente veste a camisa da cultura brasileira pra fazer bonito antes, durante e depois do Carnaval”, registrou.

“O desfile é das campeãs, mas estamos juntos e misturados pra celebrar a força de uma tradição que diz muito sobre o nosso país”, reforçou o pessebista em postagem conjunta com o prefeito do Rio.

O encontro aconteceu dois dias antes de a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, sair do PSDB e filiar-se ao partido de Paes, o PSD. O evento está programado para segunda-feira (10), à noite, no Recife Expocenter, no bairro de São José, Centro da capital.

Provocações

Desde o fim de 2023, o prefeito João Campos provocou Eduardo Paes pelas redes, registrando que o réveillon do Rio de Janeiro é o maior do Brasil, mas que o Recife está chegando junto.

“Bora fazer uma virada histórica! Um abração, meu velho!”, escreveu, ao anunciar a programação da virada de ano na capital pernambucana, e marcando o prefeito do Rio. Paes respondeu dizendo que sonhar não custaria nada.

A brincadeira continuou este ano no Reinado de Momo. O prefeito do Recife afirmou, durante o café da manhã do Galo da Madrugada, que capitais como São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro se esforçam para fazer a melhor festa. 

“A turma até tenta, mas tem uma dificuldade grande em passar o Recife”, projetou João Campos

Na noite do último sábado, João Campos estava com a namorada, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), e Eduardo Paes, com a primeira-dama do Rio, Cristine Paes. Portelense de coração, o prefeito do Rio desfilou mais uma vez na Terça-Feira Gorda (4). A escola este ano homenageou o cantor e compositor Milton Nascimento.

Da Folha de S.Paulo

A relação entre Tarcísio de Freitas (Republicanos) e seu principal aliado político em São Paulo, Gilberto Kassab, presidente do PSD e secretário estadual de Governo, está desgastada.

A avaliação entre aliados do governador é que Kassab se expôs demais nas articulações para as eleições do ano que vem, contrariando o esforço de Tarcísio para se manter afastado publicamente do calendário eleitoral.

O governador vem dizendo, segundo relatos, que o presidente do PSD se vende como proprietário de uma influência no governo que ele não tem. No mês passado, o desprestígio ficou evidente durante um evento de Tarcísio com 600 prefeitos, em que o nome de Kassab foi omitido.

Tarcísio havia convidado os prefeitos paulistas recém-eleitos para um encontro no Palácio dos Bandeirantes, para transmitir a mensagem de que o governo está aberto a parcerias. Embora estivesse no palco, em meio aos demais secretários, o aliado não foi citado no discurso do governador.

Como secretário de Governo, é sua pasta que deve ser procurada para viabilizar convênios e parcerias com prefeituras.

O desgaste teve início depois das eleições municipais, nas quais Kassab saiu fortalecido. Seu partido levou 205 das 645 prefeituras paulistas e, segundo aliados, ele passou a buscar de forma mais enfática o posto de vice em uma chapa de reeleição de Tarcísio.

Até meados do ano passado, Kassab defendia que Tarcísio tentasse a reeleição em 2026, com ele como vice. O plano era que, em 2030, Tarcísio saísse para disputar a Presidência e Kassab assumisse o governo estadual, um projeto visto como seu grande objetivo político. O governador sempre evitou discutir a ideia em público, embora afirme que tentará a reeleição.

Já neste ano, contudo, o cenário eleitoral mudou. A queda de popularidade de Lula (PT) e a denúncia e a possibilidade de prisão de Jair Bolsonaro (PL) por liderar a tentativa de golpe levaram diversas lideranças políticas a apostar em uma candidatura presidencial de Tarcísio — o que desagrada Kassab.

Deputados estaduais e federais paulistas usam clichês como queimar a largada para descrever o momento atual de Kassab, que sempre foi considerado um habilidoso articulador político. Eles apontam que, agora, são nulas as chances de ele conseguir se manter como opção de vice, mesmo que Tarcísio tente a reeleição.

O apoio dado a Tarcísio em 2022 havia trazido recompensas a Kassab e o deixado em posição favorável. Além de chefiar a Secretaria de Governo, pasta responsável por liberar recursos para prefeituras, sua sigla ficou com secretarias estratégicas como Saúde, Habitação e Educação.

Foi com esse poder, na interpretação de uma série de deputados ouvidos pela Folha, que Kassab venceu em tantas cidades. Os prefeitos avaliaram que, no PSD, teriam mais facilidade de acesso aos cofres estaduais para seus projetos locais.

Contudo, tanto espaço criou atritos entre Tarcísio e os demais partidos já na largada do governo. PP, PL e Republicanos reivindicavam fatias da gestão sob controle do PSD e até legendas como União Brasil e PSDB pediam espaço.

Tarcísio, até aqui, defendia o aliado, destacando que Kassab lhe abriu uma série de portas na campanha. Aos interlocutores o governador ainda se refere ao aliado como uma pessoa que “comprou seu projeto”, que joga com o restante da equipe e por quem tem gratidão.

Mas, após o resultado das eleições municipais do ano passado, Tarcísio deu aval a aliados para conterem o crescimento de Kassab.

No fim do ano passado, após movimentações do PL e do Republicanos, a base governista na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) cortou de R$ 2,2 bilhões para R$ 900 milhões a verba da Secretaria de Governo.

Com a medida, segundo um deputado envolvido na articulação, se precisar de mais recursos, a secretaria terá de recorrer à Casa Civil, pasta controlada por Arthur Lima, braço direito de Tarcísio que, segundo aliados, tem uma disputa de poder com Kassab — algo que ambos negam.

Já no mês passado, Kassab criou um embaraço involuntário para Tarcísio, o que também contribuiu para o momento de desgaste.

Durante uma palestra em um banco de investimentos, comentando a queda de popularidade de Lula, Kassab chamou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de “fraco” e disse que o PT perderia a eleição. A declaração foi interpretada como um indicativo de uma possível candidatura de Tarcísio ao Planalto.

Aliados bolsonaristas de Tarcísio questionaram se o próprio governador estava se movimentando nesse sentido, algo que ele nega enfaticamente. Na semana seguinte, Kassab teve de recuar. Ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que era muito cedo para avaliar as chances de Lula e negou até que quisesse ser vice em São Paulo.

À Folha Kassab não comentou o desgaste com Tarcísio, mas negou que tenha usado sua influência no governo paulista para crescer e procurou destacar o perfil “de centro” do PSD, partido que nasceu quando o secretário era prefeito de São Paulo, não sendo “nem de esquerda, nem de direita”.

“As filiações ao PSD em São Paulo, como tem acontecido em todo o Brasil, não têm relação com minha participação no governo”, disse Kassab, em nota.

Ele disse que sua secretaria trabalha “sem preferência a prefeitos deste ou daquele partido”. “Somos um partido que se orgulha em ocupar o centro da política, com propostas e convicções, que não busca aderir a todos os governos a qualquer custo”, afirmou Kassab. Ele disse que pretende apoiar o governador do Paraná, Ratinho Junior, que se coloca à Presidência.

No texto, Kassab disse ainda que a candidatura de Tarcísio em 2022 também era de centro.

“A apuração [da Folha] é precisa ao afirmar que não tenho influência no governo e sobre o governador. Jamais disse isso”, continua Kassab.

Ele disse que Tarcísio “vai liderar o processo eleitoral em 2026, com total autonomia na definição das chapas”.

Do jornal O Globo

O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, absolveu o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) por ter dito, em entrevista coletiva no segundo turno das eleições municipais, que o Primeiro Comando da Capital (PCC) teria orientado voto no deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) em presídios. O psolista foi derrotado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), aliado do governador, no pleito.

O magistrado rejeitou a acusação de uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político por entender que Tarcísio “não se utilizou de qualquer aparato do Estado durante a realização da entrevista coletiva, que, conforme consta dos autos, não fora por ele convocada, tampouco tem sua prática vedada”. Decidiu ainda que os elementos trazidos pelos advogados de Boulos não demonstram “qualquer conduta dos réus capaz de viciar a vontade do eleitor”.

O juiz eleitoral concordou ainda com a manifestação do Ministério Público Eleitoral de que a alegação de Tarcísio sobre o suposto “salve” do PCC estaria embasada em uma notícia do site “Metrópoles”, divulgada no dia anterior, por meio de documentos obtidos por fonte anônima do governo do Estado, e que ele foi instado a falar sobre o assunto por jornalistas por conta disso. “Não se verifica qualquer iniciativa do representado de trazer à baila o assunto. Somente respondeu ao questionamento que lhe foi feito”, declarou o MP.

“Com efeito, o que se verifica, em verdade, é uma manifestação inerente ao exercício da liberdade de expressão e de informação, especialmente protegidas pelo texto constitucional”, escreve o juiz.

A ação judicial foi movida por Boulos e pela sua coligação, formada ainda pelo PT, contra Tarcísio de Freitas, Ricardo Nunes e o vice da chapa, Ricardo Mello Araújo (PL). O deputado argumentou que o governador se aproveitou do cargo para interferir no resultado da eleição por meio de uma suposta “ação de inteligência”. A entrevista ocorreu no colégio Miguel Cervantes, na Zona Sul da capital paulista, onde Tarcísio havia depositado o seu voto.

A sentença ainda deve ser analisada por instâncias superiores, pois cabe recurso. Procurada, a assessoria de Boulos não retornou o contato.