Julgamento do golpe pode consolidar ou derrubar Tarcísio como sucessor de Bolsonaro em 2026

Por Bela Megale
Do Jornal o Globo

O governador Tarcísio de Freitas terá a chance de se consolidar de vez como a opção de Jair Bolsonaro para disputar a Presidência, ou se afastar da disputa de 2026. É essa a leitura entre aliados e auxiliares do ex-presidente sobre o depoimento de Tarcísio no Supremo Tribunal Federal (STF).

O governador foi um dos 15 indicados pelo capitão reformado para falar em sua defesa no julgamento da tentativa de golpe.

A avaliação do grupo de Bolsonaro é que as declarações de Tarcísio, a depender da maneira como ele enfatizará a defesa do ex-presidente, serão a principal oportunidade para o governador se consolidar como seu sucessor na próxima eleição presidencial.

Mesmo com Tarcísio afirmando que pretende concorrer à reeleição do Palácio dos Bandeirantes, aliados do governador avaliam que, se o governo Lula estiver mal avaliado e a economia abalada, o governador vai se dedicar para ser o candidato de Bolsonaro ao Palácio do Planalto. O ex-presidente foi declarado inelegível pelo tribunal eleitoral e não poderá concorrer até 2030.

Os depoimentos de defesa, no entanto, podem não ter o resultado esperado pelo capitão reformado e seus aliados. Diferentemente do julgamento que aceitou a denúncia, que foi exibido na televisão, essas oitavas acontecem de maneira privada. Tarcísio de Freitas e os outros indicados serão ouvidos pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes e, só depois, o material será juntado ao processo.

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas viagens para Rússia e China. Eles embarcam nesta terça-feira e voltam na semana que vem.

Em Moscou, na Rússia, Lula e Alcolumbre participam, a convite de Vladimir Putin, da celebração dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha de Hitler na Segunda Guerra.

Eles emendam a agenda internacional em uma visita à China, onde participam da Cúpula entre China e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em 12 e 13 de maio. As informações são do Jornal O Globo.

Durante as agendas no país asiático, Lula também terá um encontro bilateral com o presidente Xi Jinping. A reunião acontece em meio ao acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, causada pela imposição de tarifas mútuas.

Segundo a assessoria do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), não há previsão de ida dele às agendas.

O projeto de lei complementar (PLP) 177 de 2023 que prevê o aumento do número de deputados federais no Brasil entrou na pauta de votações da Câmara dos Deputados nesta semana com um requerimento de urgência que pode acelerar a tramitação do texto.

O PLP é uma resposta à exigência do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso vote lei, até 30 de junho deste ano, para redistribuir a representação de deputados federais em relação a proporção da população brasileira em cada unidade da federação (UF).

O STF acatou uma ação do governo do Pará que apontou omissão do Legislativo Federal em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional. O Pará argumentou que teria direito a mais quatro deputados desde 2010. A atual distribuição dos 513 deputados federais foi definida em 1993. As informações são da Agência Brasil.

O Artigo 45 da Constituição define que o número de deputados “será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta deputados”.

Em sua decisão, o STF determina que, caso o Congresso não atualize a representação parlamentar por Estado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá fixar, até 1º de outubro de 2025, o número deputados para a legislatura que começará em 2027. O TSE deverá usar os dados do Censo de 2022.

Mais deputados
No projeto de lei de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), proíbe-se a redução do número de deputados para menos de 513, além de vetar que qualquer estado perca representação. Com isso, a correção do número de representantes por unidade da federação teria que ocorrer via aumento de parlamentares.

“Se necessário, deveremos aumentar o número de deputados da nossa Câmara, que mesmo se ocorrer em número de cerca de 3%, em nada significará, levando em conta um aumento de população e de eleitores, em média no país, superior a 240% [entre 1994 e 2022]”, diz o relatório da deputada Cunha.

Censo 2022
Apesar do STF indicar que a representação por UF deve ser feita com base no último censo de 2022, o projeto de lei complementar até então apresentado determina novo recenseamento com participação compulsória das famílias para definir o número total da população.

“[O censo de 2022] trouxe várias inconsistências que prejudicaram alguns estados e muitos municípios. Não parece crível, a quem vive no Rio de Janeiro, a redução da população em determinadas áreas do Estado, onde sabemos as dificuldades de acesso a população real, em função do domínio das áreas mais carentes”, disse a autoria do projeto.

O relator designado para o projeto foi o deputado Damião Feliciano (União-PB), que poderá apresentar alterações em relação ao projeto de autoria da deputada Dani Cunha.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou a demissão de Cida Gonçalves (foto em destaque) do Ministério das Mulheres. A ministra foi indicada para a Esplanada dos Ministérios dentro da cota da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja. No lugar dela, assume a ex-ministra do Desenvolvimento Social Márcia Lopes. A nova titular da pasta tomou posse nesta segunda-feira (5).

Cida Gonçalves tem sido alvo frequente de críticas, inclusive de nomes dentro do próprio PT. Na avaliação de petistas, a ministra não tem feito entregas dentro do governo Lula, apesar de a pasta ter sido afetada com cortes no orçamento. Além disso, pesam contra Cida denúncias de assédio moral e racismo feitas por servidores do ministério. As informações são do Metrópoles.

Na última sexta-feira (2), a então ministra se reuniu com Lula, no Palácio do Planalto, em um encontro no qual ficou acertada sua saída. A exoneração de Cida e a nomeação de Márcia Lopes devem ser publicadas no Diário Oficial da União (DOU) ainda nesta segunda.

Quem é Cida Gonçalves
Natural de Clementina, no interior de São Paulo, Aparecida Gonçalves é especialista em gênero e em enfrentamento à violência contra mulheres.

Apesar de ser de São Paulo, Cida construiu carreira política em Mato Grosso do Sul, onde foi coordenadora de movimentos populares de mulheres. Ela também coordenou o processo de articulação e fundação da Central dos Movimentos Populares no Brasil.

Márcia Lopes
Formada em serviço social, a nova ministra é professora aposentada da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Foi secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social durante os primeiros mandatos de Lula e, em 2010, na gestão Dilma Rousseff (PT), assumiu a titularidade da pasta.

Ex-vereadora de Londrina, Márcia Lopes concorreu à prefeitura da cidade em 2012 e, nesse pleito, ficou em terceiro lugar. Em 2022, fez parte da equipe de transição do governo Lula na área de assistência social.

Por Rudolfo Lago – Correio da Manhã

Na edição de sexta-feira, mostrávamos aqui, numa entrevista com o líder do PDT, Mário Heringer, como era a forte a resistência no partido quanto à possibilidade de saída do governo do então ainda ministro da Previdência, Carlos Lupi. Dizia Heringer: “Não dá para ficar com alguém que no primeiro sacode te joga para fora do caminhão”.

Bem, como se viu, essa capacidade de resistência não se mostrou muito grande. Lupi está fora do governo. Oficialmente, não foi jogado para fora do caminhão. Numa saída negociada, ele mesmo pulou da boleia. Os próximos passos agora serão ver até onde irá o restante do discurso de rebeldia do líder do PDT, que pregava a saída do governo caso Lupi fosse “defenestrado”. Talvez não muito longe.

A linha que Lupi pregava, de poder se defender dentro do governo, tinha se tornado insustentável. Lupi resistira inicialmente à demissão de Alessandro Stefanutto do comando do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). E devia resultados concretos quanto aos desvios.

O assunto provoca uma sangria difícil de estancar no governo. Já jogava suspeitas contra o irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Frei Chico, vice-presidente de um dos sindicatos investigados, o Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical.

Chegou-se, assim, a um salto negociado para que Lupi saísse do caminhão. O PDT mantém o Ministério da Previdência. Com um nome da confiança de Lupi, que era o secretário-executivo do ministério: Wolney Queiroz. Essa solução, avalia o governo, deverá estancar as insatisfações do PDT. Se elas estancarão a sanha oposicionista, porém, é outro tema. No caso, há duas apostas do governo: a primeira relaciona-se ao perfil de Queiroz. A segunda sobre qual seja de fato o foco da oposição na sua estratégia política. Terá a oposição condições de, ao mesmo tempo, pressionar pela anistia ao 8 de janeiro e fustigar o governo com a Previdência?

Na semana passada, a oposição conseguiu o número de assinaturas necessárias para instalar uma CPI do INSS. Mas há uma fila de outros 12 pedidos anteriores na Câmara. A oposição tentará esta semana transformar essa CPI em mista como forma de evitar tal fila.

Vem daí a primeira aposta, no perfil de Wolney Queiroz. O pernambucano Wolney Queiroz foi deputado federal. Foi líder da Oposição ao governo Jair Bolsonaro em 2022. Mas tem muito bom trânsito com a maioria dos líderes do Centrão no Congresso Nacional.

Avalia-se que esse perfil possa neutralizar o avanço da CPI. Embora, por outro lado, a oposição já o comece a atacar pela proximidade com Lupi. Se Lupi sabia dos desvios, e nada fez, argumenta a oposição, Wolney, como segundo da pasta, também sabia.

A segunda aposta está no foco da oposição. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), resiste a pautar a urgência para o projeto de anistia. Tendo de gastar energia nisso, a oposição conseguirá ao mesmo tempo viabilizar a CPI? Respostas virão esta semana.

A Fundação João Mangabeira realiza, no próximo dia 14, às 19h, na Sede Nacional do PSB (SCLN 304, Bloco A, Asa Norte – Brasília/DF), um evento especial que une cultura, política e memória democrática.

Na ocasião, serão inauguradas as atividades da Livraria Luso-Brasileira “Miguel Arraes & Mário Soares”, espaço dedicado à produção intelectual de referência para o pensamento progressista. Em seguida, ocorre o lançamento do livro “Em defesa dos ideais do Socialismo Democrático”, de autoria de Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB e do Conselho Curador da FJM.

A presença de Márcio França, presidente da Fundação João Mangabeira, está confirmada. O evento é aberto ao público e deve reunir lideranças políticas, intelectuais, militantes e cidadãos interessados nos caminhos da democracia e do socialismo.

O presidente Lula decidiu mudar o comando do Ministério das Mulheres. A ministra Cida Gonçalves será substituída por Márcia Lopes – ex-ministra do desenvolvimento no 2º mandato de Lula. A troca deve ser oficializada hoje ou, no mais tardar, na terça (6). O Planalto atribui a decisão à avaliação de que falta produtividade.

“Inércia e falta de protagonismo num ministério tão importante” são dois dos motivos para a mudança, segundo fonte do Planalto ouvida pelo blog da Andréia Sadi. Mas não é só isso. A troca também tem relação direta com a tentativa de Lula de recuperar o apoio do eleitorado feminino, mirando a eleição presidencial de 2026.

Uma pesquisa Quaest divulgada em 2 de abril apontou que, pela primeira vez, a desaprovação do governo Lula entre as mulheres superou a aprovação. A desaprovação oscilou seis pontos para cima, no limite da margem de erro, e chegou a 53% (eram 47% em janeiro). Já a aprovação caiu seis pontos e está em 43% (antes era 49%).

Outra fonte do Planalto afirmou que Lula já manifestava descontentamento com os resultados do ministério há algum tempo. “[Lula] avaliava que a pauta estava apenas direcionada ao combate à violência contra a mulher, o que é muito importante (e mesmo aí as ações eram insuficientes), mas que faltava cuidar de outras pautas, como a geração de renda, emprego, formação e capacitação”.

Patrícia Raposo – Folha de Pernambuco

A pernambucana Dix Aeroportos, subsidiária do Grupo Agemar, está expandindo sua presença no setor aeroportuário brasileiro com um investimento total de R$ 230 milhões. As iniciativas vão da retomada emergencial da gestão em terminais turísticos do Ceará até obras de modernização em polos estratégicos da Região Norte e em Fernando de Noronha.

Desde quarta-feira (30), a Dix Aeroportos voltou a controlar os aeroportos cearenses de Jericoacoara e de Aracati – que atende Canoa Quebrada –, em regime de administração emergencial. A empresa já havia gerido esses equipamentos, mas, ao fim do contrato anterior, a Superintendência de Obras Públicas do Ceará (SOP) optou por firmar novo acordo com a Infraero. Com o distrato, a SOP busca aprimorar a eficiência operacional e ampliar a conectividade aérea desses destinos.

A gestão emergencial vigora enquanto o governo prepara a licitação definitiva, prevista para ocorrer em até um ano. O CEO da Agemar, Manoel Ferreira, assegura que a empresa irá participar do futuro certame.

A concessão emergencial foi oficializada pelo Governo do Ceará, com publicação no Diário Oficial do Estado em 15 de abril, por dispensa de licitação via SOP, e abrange serviços no valor de R$ 12.178.576,32.

Paralelamente, a empresa avança em projetos mais robustos na Região Norte. Em agosto de 2022, a Dix Aeroportos arrematou o Bloco Norte II – formado pelos aeroportos do Pará e do Amapá – por R$ 125 milhões, num ágio de 119,78%, em leilão promovido pelo governo federal.

Em Belém, a companhia investe quase R$ 150 milhões na modernização e ampliação do terminal, com entrega prevista para agosto, a fim de atender ao público da COP30. O escopo inclui reestruturação de áreas de check-in, expansão de lojas e desenvolvimento de espaços comerciais, incluindo um hotel em parceria com um grupo empresarial do Pará.

Margem Equatorial

Outro projeto estratégico é o aeroporto de Macapá. Com aporte estimado entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões, as obras englobam melhorias na pista e ampliação dos espaços internos de embarque e check-in. Segundo Manoel Ferreira, o fluxo de passageiros deve ser impulsionado pela exploração da Margem Equatorial, nova fronteira petrolífera da Petrobras.

Fernando de Noronha

Em Fernando de Noronha, a Agemar iniciou a modernização do terminal de passageiros, ampliando-o de 1.300 m² para 3.000 m², com conclusão prevista para dezembro de 2026 e investimento de até R$ 40 milhões. “O aeroporto atende cerca de 330 mil passageiros por ano, mas a expansão busca oferecer mais conforto, já que o crescimento é limitado pelas restrições ambientais da ilha”, afirmou o empresário.

A assistente social Márcia Lopes, ex-titular da pasta do Desenvolvimento Social, confirmou neste domingo (5) que aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o comando do Ministério das Mulheres. Segundo ela, a posse está marcada para a tarde desta segunda-feira (6), em Brasília. “Ele me convidou para assumir o Ministério das Mulheres e eu aceitei. Amanhã à tarde eu devo assinar o termo de posse. Estou indo pra Brasília logo cedo”, disse Márcia, que vive em Londrina (PR).

A nova ministra substituirá Cida Gonçalves, cuja saída já era esperada desde o início do ano. Filiadas ao PT, Cida e Márcia mantiveram diálogo sobre a transição da pasta. Na última sexta-feira (3), a ministra se reuniu rapidamente com Lula no Palácio do Planalto, encontro que, segundo sua assessoria, tratou de ações como a implementação da lei de igualdade salarial. Márcia Lopes é irmã de Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula e atual secretário nacional de Economia Solidária. Ela já integrou o governo no segundo mandato do petista, tendo comandado o Ministério do Desenvolvimento Social em 2010. As informações são do jornal O Globo.

A troca no Ministério das Mulheres integra o processo de reforma ministerial conduzido por Lula de forma gradual ao longo do ano. Além dessa mudança, há expectativa de alteração na Secretaria-Geral da Presidência, hoje ocupada por Márcio Macêdo, e da ampliação do espaço do PSD na Esplanada. A bancada do partido pressiona o Planalto por um ministério de maior relevância, insatisfeita com o comando do Ministério da Pesca, entregue a André de Paula.

Desde janeiro, Lula já promoveu trocas em seis pastas: Secom, Saúde, Relações Institucionais, Comunicações, Previdência e agora Mulheres. A mais recente mudança, antes de Márcia Lopes, ocorreu na Previdência, após a saída de Carlos Lupi, do PDT, envolvido em investigações sobre descontos indevidos em aposentadorias. O também pedetista Wolney Queiroz assumiu o lugar. A recomposição da Esplanada é vista como tentativa do presidente de realinhar forças no Congresso e garantir governabilidade.

Do jornal O Globo

O deputado Rogério Correia (PT-MG) encaminhou à Mesa Diretora da Câmara, hoje, um pedido para uma ação de busca e apreensão no gabinete do também deputado Delegado Caveira (PL-PA), depois que ele exibiu duas armas em seu gabinete nesta semana. Na ocasião, o parlamentar posou segurando uma pistola calibre .40 ao lado do vereador bolsonarista Zezinho Lima (PL-PA), que segurava um fuzil de 5.56 mm.

Caveira, que se apresenta como policial civil licenciado, é um dos autores do projeto que proíbe o uso de armamentos por agentes que integram a segurança presidencial e de ministros de Estado. O episódio em seu gabinete, no entanto, foi denunciado por Correia como uma violação do regimento interno da Casa.

“O ingresso de armas nas dependências da Câmara, especialmente armas de guerra, está condicionado ao acautelamento prévio das armas junto ao Departamento de Polícia Legislativa, nos termos do artigo 2º do Ato da Mesa nº 103/2019, tampouco há notícia de autorização excepcional concedida pela autoridade competente”, diz o documento apresentado pelo parlamentar petista.

Além da publicação nas redes, Correia também afirmou que as armas foram “ostensivamente exibidas a assessores e visitantes, sem qualquer registro prévio ou autorização formal da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados”. Ainda de acordo com o deputado, o porte de armas de fogo de uso restrito nas dependências do Congresso “além de violar as normas de segurança da Casa, configura afronta à Mesa e todos os Deputados, sendo incompatível com o regular funcionamento da Casa Legislativa sob a égide do Estado Democrático de Direito”.

A representação solicitou, além da busca e apreensão no gabinete do Delegado Caveira imediata, a comunicação do fato à Corregedoria Parlamentar, a análise da infração administrativa ou disciplinar no Conselho de Ética da Casa e a apuração, em caso de crime, com o envio de cópias para a PGR.

Ao GLOBO, Rogério Correia afirmou que a atitude gera um clima de insegurança na Casa, acirrado pelas disputas internas e pela polarização.

— A entrada com esse procedimento tem como objetivo fazer cumprir o regimento interno. Não se pode andar armado lá, mas, pelo que nós estamos vendo, não tem nada detectando se o deputado está entrando armado ou não. Ele não poderia fazer isso. O clima na Câmara de Deputados hoje é muito acirrado, então eles fazem ofensas e ameaças. Eles são policiais treinados, com uso de arma e agindo livremente na Câmara desse jeito. É um risco para todos, tem que ser tomada atitude urgente contra essa tal bancada da bala bolsonarista e, no meu entendimento, de ideologia neofascista — disse o Correia.

Procurado, Delegado Caveira não se manifestou até a última atualização desta matéria. O espaço segue em aberto.