Orçamento de 2025 propõe R$ 38,9 bilhões para emendas impositivas

O projeto de lei do Orçamento de 2025 destina R$ 38,9 bilhões para emendas parlamentares impositivas. O valor é 3,46% maior que o proposto pelo governo para o Orçamento de 2024, mas 26,6% inferior aos R$ 53 bilhões aprovados pelo Congresso, ao incluir emendas de comissão.

No início do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha vetado R$ 5,6 bilhões em emendas de comissões permanentes. O Congresso, no entanto, derrubou o veto e restituiu R$ 4,2 bilhões desse valor. No total, as emendas somam R$ 52 bilhões neste ano.

Recursos do Orçamento cuja destinação cabe a deputados e senadores, as emendas parlamentares costumam ser aplicadas nos estados e nos redutos eleitorais de origem dos congressistas. Tradicionalmente, o governo controla o ritmo de liberação das emendas, mas o controle do Executivo diminuiu com o aumento da participação das emendas impositivas, cuja execução é obrigatória e que atualmente ocupam quase a totalidade das emendas parlamentares.

Acordo entre Poderes

Ao menos desde 2015, o Congresso vem ampliando seu domínio sobre o Orçamento da União. Na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, por exemplo, foram inseridos mais de R$ 49,2 bilhões em emendas. Há dez anos, em 2014, esse valor era de R$ 6,1 bilhões. Na Procuradoria-Geral da República (PGR) tramitam mais de uma dezena de investigações sobre suspeitas de desvios no repasse dessas verbas.

Com dificuldade em rastrear os recursos liberados por meio das emendas Pix, modalidade criada em 2019 que revela o nome do parlamentar beneficiado, mas dispensa a destinação específica a um projeto ou programa, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu, em agosto, as transferências de praticamente todas as emendas parlamentares ao Orçamento.

No último dia 20, os Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – anunciaram um acordo que aumenta a transparência na liberação das emendas. Ficou acertado que as emendas parlamentares deverão respeitar critérios de “transparência, rastreabilidade e correção”, com informações de quem indica e para onde vai o dinheiro. O acordo está previsto para sair nesta semana.

Da Agência Brasil

O ataque de Pablo Marçal (PRTB) ao colunista do UOL, Josias de Souza, no debate Gazeta/MyNews de ontem (1º), com candidatos à Prefeitura de São Paulo, revela a necessidade de se ter direito de resposta também aos jornalistas, avaliou o colunista Tales Faria, no UOL News, nesta segunda (2).

Josias questionou Marçal sobre uma fala do candidato ao Flow Podcast , quando disse que “no processo eleitoral, você precisa ser um idiota. O empresário respondeu que “o jornalismo tem militância poderosa”. “Queria ser nobre, Josias, mas você não é nobre no seu jornalismo”, completou Marçal.

“Há uma questão que precisa ser pensada para os próximos debates. O sujeito agride o Josias; deveria estar na regra: se agrediu jornalista, o jornalista terá direito de resposta. Se fosse dado esse espaço ao Josias, tenho certeza de que ele desmancharia Marçal com educação e inteligência, com a técnica que tem. Tem que haver isso dentro dos debates, já sabendo que há essas figuras. No geral, um jornalista pode ter direito de resposta”, afirmou Faria.

Tales ressaltou que Marçal repetiu Bolsonaro sobre o tratamento hostil à imprensa. Para o colunista, os próximos debates precisam estabelecer regras para que os jornalistas se defendam quando forem atacados pelos candidatos.

“Se não, fica fácil para Marçal, que faz como Bolsonaro fazia quando montava o cercadinho e batia nos jornalistas, cercado por bolsonaristas. Se alguém retroceder, corre o risco de levar uma paulada no meio do caminho. O que os jornalistas tiveram que fazer? Abandonar o cercadinho. Mas não dá para abandonar um sujeito que está disputando o primeiro lugar nas pesquisas em uma eleição. Terá que haver regras para responder a esse sujeito quando ele vier com esse tipo de ataque”, complementou.

Do UOL

Por Juliano Muta
Do Blog da Folha

O senador Humberto Costa (PT) disse acreditar que o presidente Lula irá se engajar na campanha à reeleição do prefeito João Campos no Recife. Durante a abertura do Fórum Nordeste 2024, o parlamentar avaliou as estratégias do seu partido nas principais cidades pernambucanas.

“O PT é um partido que tem compromissos políticos com as decisões que assumem. Nós decidimos, já desde o início do processo, o apoio à candidatura de João Campos. Como tal, nós vamos participar por entendermos que é o melhor para o Recife, inclusive”, comentou.

“A partir dessa semana começam as atividades da campanha majoritária e vamos todos estar participando dessas atividades, defendendo a candidatura de João. Acredito que ele [Lula] virá. Nós vamos discutir, nesses próximos dias, quais são as cidades que ele irá participar diretamente de manifestações, comícios nas próprias cidades. Portanto, nós estamos defendendo que Recife esteja nessa lista”, destacou o senador.

“Estamos defendendo também que Jaboatão e Olinda serão duas cidades importantes para contarem com a presença do vermelho”, disse Humberto Costa.

Por Juliano Muta
Do Blog da Folha

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), durante a abertura do Fórum Nordeste 2024, nesta segunda, no Recife, comentou sobre a atuação do seu aliado e correligionário no comando da Prefeitura do Recife e o cenário favorável para sua reeleição.

“João Campos herdou dos pais, Eduardo e Renata, essa vocação de servir. Precisamos da nova geração e o futuro começa hoje e se chama juventude. João Campos fez um ótimo mandato. Então, o importante para ganhar a eleição é fazer um bom mandato. João Campos fez um belíssimo trabalho e quem planta colhe a confiança da população”, destacou Geraldo Alckmin.

“Ele tem todo o futuro e começa muito bem, com uma boa experiência, já amadureceu rapidamente. Então, ele está de parabéns pelo trabalho. Eu peço licença à população do Recife para dar o meu depoimento sobre ele. Um jovem com energhia, maturidade e competência”, frisou o vice-presidente da República, que em um compromisso fora da agenda oficial, se reuniu com João Campos em um almoço em seu gabinete.

O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou, há pouco, em discurso no Fórum Nordeste, que acontece no Recife, numa promoção do Grupo EQM, que o país deve ter logo a Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD) para a indústria. Informou que a proposta já foi aprovada pelo Congresso.

“Agora, vamos ter a LCD para a indústria. É mercado, não é dinheiro público, é mercado. Você vai ter um crédito de 1% mais barato”, disse Alckmin. Alckmin afirmou que a reforma trará alívio à indústria ao mesmo tempo que vai impulsionar a economia do país.

“A indústria brasileira está supertributada. A indústria de transformação representa 15% do PIB e paga mais de 30% da carga tributária. A reforma vai simplificar e vai desonerar completamente investimento e exportação, porque acaba com a cumulatividade”, disse Alckmin.

Ele continuou: “Estudos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que em 15 anos a reforma tributária, por si só, pode levar ao crescimento do PIB de 12% em 15 anos. É uma reforma que traz eficiência econômica.”

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de derrubar no Brasil a rede social X, de Elon Musk, conta com respaldo do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

“O ‘x’ da questão é que o Elon Musk precisa cumprir a lei. Não é porque é bilionário que não precisa cumprir a lei”, afirmou.

Ele também defende Moraes, que foi seu secretário de Justiça no Governo de São Paulo, da acusação de ter agido fora do rito no inquérito das fake news, após a revelação de mensagens de seus assessores, e aponta uma “dívida de gratidão” da democracia com o magistrado.

“Alexandre de Moraes, a sua firmeza, salvou a democracia. Como ministro da Suprema Corte e presidindo o Tribunal Superior Eleitoral, enfrentou [os ataques às urnas eletrônicas]. É inacreditável questionar a urna eletrônica. Você tem um filho eleito vereador, o outro filho eleito deputado federal, o outro filho eleito senador, o pai eleito presidente da República, e a urna eletrônica não vale mais? É o contrário. Entendo que a democracia brasileira tem uma dívida de gratidão com o Poder Judiciário, especialmente com o ministro Alexandre de Moraes”, afirmou.

Da Folha de São Paulo.

Na primeira semana após o início do horário eleitoral gratuito, o Datafolha divulgará pesquisas sobre a corrida eleitoral pela prefeitura de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE), todos na próxima quinta-feira (5). Serão os únicos três levantamentos publicados pelo instituto nesta semana.

Das nove capitais do Nordeste, seis terão pesquisas divulgadas nesta semana: Maceió (AL), Fortaleza (CE), Salvador (BA), São Luis (MA), João Pessoa (PB) e Aracaju (SE). Os levantamentos serão publicados entre segunda-feira (2) e quinta-feira (5).

Do Brasil de Fato

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou o uso de câmeras corporais nas fardas dos policiais. Em evento promovido pela XP, no sábado (31), Caiado disse que “nenhum policial vai usar câmera” no Estado.

“Câmeras nos policiais, as facções batem palmas de pé, porque realmente o policial não vai ali criar provas contra ele mesmo”, declarou o governador durante debate sobre segurança pública na 14ª edição da ExpertXP, em São Paulo.

A declaração do governador se deu depois de o ministro dos Transportes de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Renan Filho, defender o uso dos equipamentos. Em resposta, Caiado disse que “não se governa da maneira que o Brasil está indo”. Segundo ele, o país não quer “encarar o problema” da criminalidade.

“Ou se enfrenta a facção e a bandidagem, ou não se governa esse país e ele será amanhã ocupado pela criminalidade nos cargos da Presidência e nos governos de Estado”, afirmou.

Câmeras em policiais

Até outubro de 2023, o Brasil já tinha mais de 30.000 câmeras sendo utilizadas por policiais e guardas municipais. Os equipamentos são usados em fardas dos agentes das forças de segurança para gravar ações e proteger tanto os cidadãos quanto os próprios policiais.

As imagens servem para que os centros de comando possam acompanhar as ações em tempo real, evitando situações de uso indevido da força, truculência ou até mesmo corrupção por parte dos agentes.

Segundo relatório elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), a avaliação do uso de câmeras corporais na Polícia Militar do Estado de São Paulo é positiva. O estudo indicou que o uso dos equipamentos reduziu em 57% o número de mortes decorrentes de intervenção policial na área das unidades em que a tecnologia é utilizada, quando comparado com a média do mesmo período antes da implementação da medida.

Do Poder360

Neste período eleitoral, o poeta Jessier Quirino relembrou um dos seus grandes poemas: o “Comício de Beco Estreito”. Composto em 1999, sendo publicado e gravado em 2001, no livro Prosa Morena, a obra trata exatamente como funciona as eleições no País.

Vale a pena conferir

Uma falha em uma subestação de distribuição de energia da Eletrobras, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, deixou cerca de 3 milhões de pessoas sem luz na cidade e em bairros do centro e zona norte da capital paulista por duas horas na tarde desse sábado (31).

A empresa informou, por meio da assessoria, que a subestação foi religada e está operando, “tendo sido restabelecido o fornecimento ao sistema interligado nacional. Os times técnicos estão no local e as causas do desligamento estão sendo investigadas e serão informadas posteriormente”, disse.

A interrupção ocorreu às 17h31 de sábado (31), segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), afetando o fornecimento de cerca de 870 MW, interrompendo as cargas da distribuidora Enel para as subestações Norte e Miguel Reale.

Assim que identificou a situação, o ONS informou ter sido iniciada ação conjunta com os agentes para restabelecer a energia. A recuperação do serviço se deu por fases, começando às 17h33. Às 19h58, foi concluída a recomposição das cargas de toda a rede. O Operador também irá investigar as causas.

Em nota divulgada no sábado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a falha foi registrada em sistemas de transmissão e distribuição de São Paulo. Segundo a agência, o ocorrido será fiscalizado para identificação das causas e apuração de responsabilidades.

A Enel informou que 8% dos clientes em São Paulo foram afetados, um total de 650 mil ligações de energia da distribuidora. Parte deles voltaram a ter luz a partir do fornecimento de outras subestações, antes da retomada da distribuição pela Eletrobras.

Consultado sobre impactos e medidas, o governo estadual não se manifestou. As prefeituras de São Paulo e Guarulhos não retornaram contato da reportagem até o momento.

Da Agência Brasil