Teresa Leitão diz que tempo do “estágio probatório” de Raquel Lyra já passou

A senadora Teresa Leitão (PT) avalia que o governo de Raquel Lyra (PSDB) “demorou a engatar”. Para ela, agora que as políticas básicas de saúde, educação e segurança estão tendo os seus primeiros contornos, mas com “alguns percalços”.

A petista reforça que o tempo do “estágio probatório” de Raquel já passou e que, a partir deste momento, a governadora será mais exigida. “Tá comprovado que a transição foi longa demais, e já passou. Agora ela tem que se assumir como governadora de fato, eleita para o futuro. Não precisa ficar o tempo todo olhando para o retrovisor”. 

Em entrevista ao blog da Renata Gondim, Teresa Leitão destacou que, mesmo a governadora insistindo que pegou o Estado com dificuldades da gestão Paulo Câmara, as ações do atual governo demonstram o contrário.

“Por exemplo: o Estado deve estar com muita liquidez, senão, não teria conseguido o empréstimo junto a Caixa Econômica Federal”, diz Teresa, se referindo ao empréstimo de R$ 1,7 bilhão conseguido pela governadora Raquel Lyra neste mês. A assinatura aconteceu no Palácio do Planalto, no dia 12 de julho, juntamente com o presidente Lula (PT).

“Acho positivas algumas iniciativas que ela teve junto ao Governo Federal. Iniciativas de reestruturação ou de estruturação do Estado, como as intervenções nas rodovias e BRs. Mas agora eu acho que o que a população quer são ações mais efetivas”, pontua a senadora.

Da Folha de São Paulo

O Congresso Nacional retoma os trabalhos nesta terça-feira (1º) em meio às negociações do presidente Lula (PT) para fechar um acordo com o centrão que lhe garanta uma base sólida na Câmara dos Deputados.

As conversas já levaram o deputado Celso Sabino (União-PA) para o Turismo e devem conduzir os também deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para o primeiro escalão de Lula.

A possível adesão de PP e Republicanos, aliada à consolidação do apoio da União Brasil, levaria o governo a contar formalmente com 374 dos 513 deputados, número mais do que suficiente para aprovar emendas à Constituição (308) —mas esse é um cenário ainda completamente incerto, por dois motivos.

O primeiro é o fato de o centrão não ter ainda firmado com Lula os termos do acordo, que além do comando de ministérios envolvem também uma profusão de cargos de segundo e terceiro escalões e melhorias na gerência das bilionárias emendas parlamentares.

O segundo, não menos relevante, é que mesmo que Lula faça uma reforma ministerial a contento de PP, Republicanos e União Brasil, certamente haverá dissidências nessas legendas, além das previstas nos dois outros partidos de centro e de direita considerados mais alinhados, o MDB e o PSD.

Membros do centrão ouvidos pela reportagem sob reserva demonstraram otimismo quanto ao acordo. Entendem que, mesmo com possíveis dissidentes, o governo caminha para estreitar laços com a Câmara e consolidar uma base com margem de manobra.

Eles lembram, entre outros pontos, que o governo recentemente fez acenos ao setor do agro, por exemplo com o novo Plano Safra, o que pode ajudar a diminuir a resistência na principal bancada do Congresso, a ruralista, e também na dos evangélicos.

As pautas de costume e de segurança pública, por outro lado, são avaliadas como as mais sensíveis para essa possível nova base, que pode enfrentar um grande número de dissidentes.

Com isso, o governo deve continuar a enfrentar o cenário do primeiro semestre, em que contou com maior boa vontade do centrão para projetos da área econômica de agrado do mercado e do empresariado, mas sem muito espaço para temas historicamente caros à esquerda.

Lula derrotou Bolsonaro em 2022 pela margem mais estreita da história —50,9% dos votos válidos contra 49,1%— e, além disso, viu a base de esquerda reunir apenas cerca de 130 das 513 vagas na Câmara.

No Senado, a situação é mais confortável, tendo em vista o maior alinhamento do petista ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o apoio de parlamentares influentes, como Renan Calheiros (MDB-AL), Jader Barbalho (MDB-PA) e Davi Alcolumbre (União-AP).

Tanto é assim que um possível acordo com PP e Republicanos visa a Câmara, e não o Senado, já que por lá a maior parte das dez vagas dos dois partidos são de bolsonaristas que dificilmente vão aderir, como Ciro Nogueira (PP-PI), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Damares Alves (Republicanos-DF) e Cleitinho (Republicanos-MG).

As conversas com PP e Republicanos, que compuseram a base de apoio de Bolsonaro, visam atrair, principalmente, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, e Marcos Pereira, vice-presidente da Câmara e presidente do Republicanos.

No caso de Lira, a indicação de Sabino ao Turismo também o contempla, tendo em vista a ligação fina entre ambos, apesar de o ministro ser do União Brasil. Fufuca e Silvio Costa Filho também são próximos a Lira.

O presidente da Câmara também será contemplado caso o centrão consiga emplacar a ex-deputada Margarete Coelho no comando da Caixa Econômica Federal.

Além de atuar como advogada para Lira em ações que ele tenta censurar reportagens, Margarete foi escalada para relatar alguns dos principais projetos em tramitação na Câmara desde 2021.

Lira e Lula entabularam uma relação desde as primeiras horas após a vitória do petista sobre Bolsonaro.

Sem o apoio do chefe do Centrão, dificilmente o governo conseguiria aprovar suas prioridades econômicas do primeiro semestre -a Reforma Tributária, o novo arcabouço fiscal e a volta do voto de qualidade para o governo nas disputas no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).

Além do empenho de Lira, pesou a favor dessas propostas a articulação política do ministro Fernando Haddad (Fazenda), até aqui considerada exitosa pelos principais líderes do centrão.

O caso do Republicanos é mais delicado. O partido é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, que há algum tempo tem tratado Lula e o PT como rivais, além de abrigar em seus quadros o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, um dos cotados para a disputa presidencial de 2026.

As negociações com o centrão criaram, também, por tabela, um foco de insatisfação nos partidos de esquerda e de centro que compuseram a campanha de Lula e que agora se sentem escanteados.

Embora uma rebelião nessas siglas seja considerada, por ora, improvável, há um sentimento generalizado de que estão sendo colocados em segundo plano na ocupação dos cargos e discussões de governo.

Economia novamente no foco

Assim como no primeiro semestre, a agenda prioritária do governo no Congresso deve ser na área econômica.

O Senado vai começar a analisar a reforma tributária e o projeto de mudança no Carf, aprovados pela Câmara, além de dar início à tramitação da chamada “MP das bets”, a medida provisória que prevê a taxação de 18% para as apostas esportivas.

A Câmara irá se debruçar inicialmente na votação do novo arcabouço fiscal do governo, que ela havia aprovado, mas que sofreu alterações no Senado e, por isso, voltou para análise dos deputados.

Lira já afirmou ter intenção de colocar para andar a reforma administrativa, que remodela as regras do funcionalismo mas que, assim como a tributária, é marcada por idas e vindas nas últimas décadas.

O governo, porém, tem outros objetivos mais imediatos na pauta de Haddad, entre eles o projeto de taxação dos super-ricos, que deve ser enviado ao Congresso em agosto.

Deputados apostam que, apesar de uma resistência inicial até de Lira ao projeto dos super-ricos, ele deve ter o apoio de grande parte da população, o que torna difícil que tenha muita oposição na Câmara.

A pauta ambiental, em que o governo sofreu derrotas no primeiro semestre, agora se concentra na Câmara, com a tramitação dos projetos sobre licenciamento, agrotóxicos e marco temporal das terras indígenas.

Paralelamente à agenda legislativa, a volta do Congresso também trará de volta ao trabalho quatro CPIs em funcionamento, a do 8 de janeiro, a do MST, a do escândalo de fraude nas apostas esportivas e a do caso das lojas Americanas.

Embora governos sejam, em tese, sempre contra a instalação de CPIs, a gestão Lula não teve forças no primeiro semestre para barrá-las.

Da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na terça-feira (1°) as sessões de julgamento após o recesso de julho. O segundo semestre na Corte será marcado por julgamentos decisivos, entre eles, a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, a legalidade do juiz de garantias e do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Também estão previstas a posse de Cristiano Zanin, no início de agosto, e a aposentadoria da ministra Rosa Weber, em outubro.

Início dos trabalhos

Na primeira sessão, os ministros vão retomar o julgamento sobre o uso da tese de legítima defesa da honra para justificar a absolvição de condenados por feminicídio.

Em junho, antes do recesso, a maioria de votos foi formada para proibir que a tese possa ser utilizada como argumento de defesa dos advogados do réu ou para justificar absolvição pelo Tribunal do Júri, sob pena de anulação. Faltam os votos das ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia.

A Corte julga uma ação protocolada pelo PDT em 2021 para impedir a absolvição de homens acusados de homicídio contra mulheres com base no argumento de que o crime teria sido cometido por razões emocionais, como uma traição conjugal, por exemplo.

Porte de drogas

Na quarta-feira (2), a Corte retoma o julgamento que trata da descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. A descriminalização começou a ser analisada em 2015, mas o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.

O caso trata da posse e do porte de drogas para consumo pessoal, infração penal de baixa gravidade que consta no Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). As penas previstas são advertência sobre os efeitos das drogas, serviços comunitários e medida educativa de comparecimento a programa ou curso sobre uso de drogas.

Até o momento, os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Gilmar Mendes votaram todos a favor de algum tipo de descriminalização da posse de drogas.

Zanin

Na quinta-feira (3), Cristiano Zanin será empossado no cargo de ministro do Supremo. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprovado pelo Senado, Zanin tem 47 anos e vai ocupar a cadeira deixada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em maio deste ano.

Juiz de garantias

Um dos primeiros julgamentos com participação de Zanin será o da constitucionalidade do juiz de garantias. Trata-se de mecanismo no qual o magistrado responsável pela sentença não é o mesmo que analisa as cautelares durante o processo criminal. A retomada do julgamento está prevista para 9 de agosto.

Terras indígenas

Ainda neste semestre, o Supremo deve retomar o julgamento sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Em junho, o ministro André Mendonça pediu vista do processo, que deve ser devolvido para julgamento no prazo de 90 dias. Na sessão na qual a análise foi suspensa, a presidente do Supremo, Rosa Weber, cobrou do ministro a devolução do processo para julgamento antes de sua aposentadoria.

Rosa Weber

Em outubro, a ministra Rosa Weber completará 75 anos e deverá se aposentar compulsoriamente. Com a abertura da vaga, o presidente Lula poderá fazer nova indicação para a Corte, a segunda em seu atual mandato.

Um áudio vazado enviado pelo ex-prefeito Romério Guimarães está dando o que falar em São José do Egito, Sertão pernambucano.

Endereçado ao petista Edui, e depois compartilhado com outros nomes, Romério comenta na gravação sobre a volta de Patrícia de Bacana, vereadora do município, ao bloco do prefeito Evandro Valadares. Entre outras coisas, o ex-prefeito fala também da desunião da oposição em São José do Egito e chama o ex-deputado José Marcos de Lima de caduco. As informações são do blog do Nill Júnior.

“Pra mim não foi novidade nenhuma Patrícia de Bacana estar lá de novo, porque na realidade ela nunca saiu de lá. Aí João de Maria com essa confusão na Câmara também” , disse, sobre o imbróglio jurídico da Câmara.

E continuou: “a oposição prega a união mas não se une. Zé Marcos caducando e dizendo que é candidato em todo canto só pra atrapalhar o processo”. 

O ex-prefeito bateu também nos vereadores da oposição. “Aí tem os Dudu, Maurício do São João, Albérico, que ficam alimentando essas besteiras de Zé Marcos e tomando café na [fazenda] Melancia dia de domingo. Eu não me passo pra isso. Não vou”.

Ele conclui afirmando que o que resta é o PT se organizar e lançar candidatura própria. “Pra ser oposição de verdade em São José, porque o resto é barca furada. Dá tempo de se unir, se organizar e enfrentar essa batalha. Seja quem for o candidato da oposição, sendo contra Evandro, pode contar comigo”.

A fala não foi bem recebida e pode isolar ainda mais Romério. Neste domingo (30), os vereadores da oposição participaram de uma espécie de “café desagravo” com o ex-deputado Zé Marcos. 

Confira:

O advogado Cristiano Zanin assume como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima quinta-feira (3), no lugar do ministro Ricardo Lewandowski. A sessão está marcada para às 16h e deve durar cerca de 15 minutos. O ritual é ministrado pela presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, que abre a solenidade. Em seguida, haverá execução do Hino Nacional brasileiro.

A solenidade prevê que o ministro mais antigo da Corte, Gilmar Mendes, e o mais novo, André Mendonça, devem conduzir o ministro ao plenário, onde acontece o juramento de cumprir a Constituição. As informações são do portal iG.

Em seguida, haverá leitura do Termo de Posse. Depois que a presidente do STF e Zanin assinarem o termo de posse é que ele será efetivamente declarado ministro por Rosa Weber.

Advogado formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Cristiano Zanin Martins ganhou notoriedade por ter participado da defesa do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a Operação Lava Jato.

Formado em 1999,  Zanin é especialista em direito processual civil e chegou a lecionar na Faculdade Autônoma de Direito (FADISP), em São Paulo.

Advogado da família de Lula desde 2013, o paulista atuou durante as investigações da Lava Jato de forma conjunta com os advogados criminalistas José Roberto Batochio e Luiz Felipe Mallmann de Magalhães na defesa do petista.

No quinto dia da greve dos rodoviários, iniciada no meio da semana, a reportagem da Folha de Pernambuco acompanhou a movimentação em diversos terminais de ônibus da Região Metropolitana do Recife, neste domingo (30). A categoria decidiu por manter a greve e aguarda o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6)  julgar o dissídio dos rodoviários na próxima segunda-feira (31).

No Terminal Cais de Santa Rita, no bairro de São José, a circulação de passageiros esteve abaixo do normal, assim como o número de ônibus. Quem precisou de transporte, precisou ter paciência na espera. Estou aqui faz três horas esperando pelo ônibus Três Carneiros Baixo, e até agora não apareceu nenhum”, reclamou o comerciário João Batista, de 69 anos.

“Está precário e difícil para todo mundo. A gente quer vir trabalhar, vir fazer as atividades e não pode. Está sendo difícil. De 40 minutos até 1 hora esperando ônibus. Ontem esperei uma hora e tive que pegar três ônibus na Agamenon para o Metrô e de lá peguei outro ônibus para poder chegar em casa. Gastei uma hora e meia e foi difícil demais pra mim. A gente que precisa chegar em casa ou que precisa trabalhar está sendo prejudicado”, comentou a enfermeira Lourdes Costa, 67 anos.

Alguns passageiros se sensibilizaram com a categoria dos rodoviários. “A gente entende. Eles [os rodoviários] têm família. Eles não estão fazendo nada de errado, não. Estão fazendo certo, mais do que certo e eu estou do lado deles. Eles têm o direito deles e são pais de família”, apoiou o aposentado Manoel Bezerra Vasconcelos, de 80 anos.

No Terminal Integrado Joana Bezerra, na região central do Recife, a reportagem registrou um movimento tranquilo na manhã de hoje, mas muitos passageiros enfrentaram uma longa espera pelo seu ônibus.”Vou para Olinda e a situação está precária. Sobre essa greve aí, está horrível. A locomoção das pessoas está péssima, estou aqui há 50 minutos esperando”, denunciou Katywcha Silva, 34 anos, que trabalha com serviços gerais.

Situação semelhante no Terminal Integrado Xambá, em Olinda. Apesar do pouco fluxo de passageiros e ônibus, pessoas reclamaram da espera. “Está nos afetando porque no final de semana já demora e como está com a greve a gente não sabe mais que horas vem. Já faz 20 minutos que a gente está aqui, mas não sabe se ele vai demorar e não tem previsão”, comentou a doméstica Rosa Maria, 47 anos.

Pleitos da categoria

Os rodoviários reivindicam o retorno financeiro no valor de R$ 200 pela dupla função de motorista e cobrador (hoje essa taxa é de R$ 135); reajuste de 5% no salário, para além da inflação; pagamento de tíquete alimentação no valor de R$ 500; além do não desconto dos dias de atividades paradas, por conta da greve.

Seis empresas de transporte escolar de Salgueiro, no Sertão Central de Pernambuco, ameaçam paralisar as atividades caso não recebam o pagamento dos meses de maio, junho e julho. Elas afirmam que estão há quase quatro meses sem receber da prefeitura e que isso está colocando em risco a sobrevivência dos negócios.

A Prefeitura de Salgueiro afirma que está em dia com os pagamentos, mas que as empresas não estão fornecendo os documentos necessários para a liberação dos recursos. As informações são do blog do Nill Júnior.

As empresas negam as acusações e afirmam que já forneceram toda documentação exigida.

A situação está provocando uma crise no transporte escolar de Salgueiro. Os pais dos alunos estão preocupados com a possibilidade dos filhos não terem como ir para a escola. A prefeitura garante que está trabalhando para resolver a situação e que tomará as medidas necessárias para garantir o transporte dos estudantes.

Se confirmada, a paralisação das atividades das empresas de transporte escolar de Salgueiro terá um impacto negativo na vida de milhares de pessoas. Os pais dos alunos terão que encontrar outra forma de levar e buscar os filhos na escola. Isso poderá causar transtornos e prejuízos para a vida familiar e profissional.

O vice-prefeito de Olinda, Marcio Botelho (PP), foi feito refém durante um assalto a sua casa, no bairro de Jardim Atlântico. Além dele, outras cinco pessoas foram rendidas e ficaram presas em dois quartos dentro do imóvel por cerca de 40 minutos, enquanto objetos de valor eram recolhidos.

A Polícia Civil está investigando o caso e a Polícia Militar disse ter feito diligências próximo ao local, mas ninguém foi preso. As informações são do G1.

Em entrevista ao site, Botelho disse que estava na área externa da casa com um pedreiro, trocando o motor de um portão eletrônico, por volta das 11h20 do sábado (29).

“Estávamos precisando abrir e fechar o portão várias vezes. Numa dessas, os caras devem ter passado e visto”, conta.

Inicialmente, o político e o pedreiro foram rendidos por um homem armado, que os obrigou a entrar na casa, onde estavam a mãe de Botelho, um sobrinho do vice-prefeito e um vidreiro que fazia medições na sala da família. Em seguida, dois outros assaltantes entraram na residência.

“Eles estavam armados, encapuzados, com luvas e jaquetas”, afirma o político. Segundo Marcio, os três estavam com uma pistola e dois revólveres.

Botelho diz que os cinco ficaram trancados num quarto no primeiro andar da casa. Enquanto eles estavam lá, um entregador de correspondência chegou no imóvel. Ele também foi rendido e mantido em outro cômodo, localizado no térreo. “Dele, não levaram nada”, disse o vice-prefeito.

Segundo o político, vários objetos de valor da casa foram levados. Dentre os itens roubados estava uma pistola, registrada no nome de Botelho. Um celular também foi levado e outros dois aparelhos foram jogados na piscina.

“Quando a gente escutou que não tinha mais barulho, olhei pela varanda do meu quarto. A gente ficou acenando para o prédio ao lado, onde tinha um vizinho na área de serviço. Ele colocou uma escada aqui na varanda e eu desci”, contou o vice-prefeito de Olinda.

Botelho encontrou as chaves em cima da mesa da casa e retirou as demais pessoas do quarto.

Após passar pelo episódio, o político defendeu a aplicação de políticas públicas de segurança e fez um apelo à governadora Raquel Lyra (PSDB) para que ela contrate mais profissionais para as polícias.

“A sensação é de insegurança. Pernambuco e Olinda, principalmente, está abandonada com a segurança pública. A Polícia Civil está sucateada e a Polícia Militar sem efetivo. A gente não vê passar uma viatura aqui”, afirmou o político.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que o caso foi registrado pela 7ª Delegacia Seccional de Olinda como uma ocorrência de roubo em residência. “Um inquérito policial foi instaurado e outras informações serão repassadas em momento oportuno”.

A Polícia Militar destacou, também em nota, que o 1º Batalhão tomou conhecimento do assalto e que equipes foram enviadas para o local, mas os suspeitos haviam fugido. A PM confirma que várias diligências foram realizadas na região, mas ninguém foi preso.

Parlamentares governistas que integram a CPMI do 8 de Janeiro decidiram rifar o general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, em troca do depoimento de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.

A ideia de deputados e senadores da base do governo é concordar com o pedido de bolsonaristas para ouvir G. Dias, mas, em troca, pedir que a oposição aceite marcar a oitiva de Torres. As informações são da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.

“Vamos concordar com o depoimento do Saulo e do G. Dias. Em troca, a situação vai pedir o Anderson Torres”, explicou à coluna um deputado governista.

O Saulo em questão é Saulo Moura da Cunha, ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele era o responsável pelo órgão no dia dos ataques do 8 de Janeiro.

O depoimento do ex-diretor acontecerá na terça-feira (1º), dia em que a CPMI retoma os trabalhos após o recesso. Saulo será a primeira testemunha ouvida pela comissão a pedido dos bolsonaristas.

Acabei de gravar o Sextou desta semana com um pernambucano porreta: o cantor e compositor Marron Brasileiro, que acaba de chegar de mais uma temporada de shows no Rio de Janeiro. Incrível, inexplicável como um artista com tantos sucessos seja esquecido nas grades de grandes eventos de peso em Pernambuco.

Mas não é só ele. Isso acontece também com o talentoso Nando Cordel, com agenda cheia no Sul e Sudeste. Marron Brasileiro tem canções que ficaram eternizadas e nunca são esquecidas, independentemente do período do ano. Ao longo da carreira, passou por importantes bandas, a principal foi a Versão Brasileira, que fez um sucesso estrondoso na década de 90.

O diferencial do artista está em seu público, afinal, sempre foi reconhecido por ser um cantor das multidões. As composições e melodias possuem influências nítidas dos ritmos pernambucanos como caboclinho, maracatu, coco, ciranda, forró e MPB. A valorização do toque da terra não é à toa. Apaixonado pelo Estado natal, Marron Brasileiro sempre buscou trazer para o público carnavalesco poesia, amor e fervor para não deixar ninguém parado. 

No total, o artista possui seis discos gravados, quatro do período que fazia parte da banda Versão Brasileira e outros dois gravados em carreira solo. Durante a estrada, Marron compôs canções que marcaram época. Foi através de parcerias importantes com cantores regionais e de nível nacional que fez com que ele se projetasse e se consolidasse transformando-o em um artista multifacetado. Dentre as parcerias mais importantes na carreira, podemos destacar a banda Pimenta Nativa, Ivete Sangalo, Margareth Menezes, Reginaldo Rossi, Calypso, Fafá de Belém, Limão com Mel, Edilza, Almir Rouche, Gustavo Travassos, André Rio, Nena Queiroga, Geraldinho Lins, Waldonis, Petrúcio Amorim, entre outros.

O primeiro sucesso de Marron Brasileiro no mercado radiofônico foi uma canção chamada “A cor do pecado”, interpretada por Reginaldo Rossi. Não demorou muito e no ano de 1983, o segundo sucesso estourou nas rádios, que foi a composição “A deusa de Itamaracá”. Em seguida, “Nas ondas do desejo” se popularizou e passou a ser uma das mais tocadas nos bailes carnavalescos do estado e nas quadrilhas juninas. Daí por diante, vieram as canções “Arrea a Lenha”, “É tanto amor”, “Galera do Brasil”, “Gostoso te amar”, “Deusa do Mercado São José”, “Fica pra depois” e “Só quero com você”.

E a música pernambucana cruzou fronteiras, pois Marron Brasileiro realizou turnês na Espanha, Chile, Paraguai, Argentina e Cuba. 

Participou de apresentações no Morro da Urca, no Rio de Janeiro, Foz do Iguaçú, onde se apresentou no Congresso Internacional de Solidariedade a Cuba, foi convidado a compor canções exclusivas para a trilha do seriado “Uma Mulher Vestida de Sol”, da Rede Globo, com direção de Luiz Fernando Carvalho – uma adaptação da obra do escritor pernambucano Ariano Suassuna. Também participou de grandes festividades como o Recifolia, Galo da Madrugada e da festa de reinauguração do Marco Zero, principal ponto turístico do estado de Pernambuco, na década de 90.