Joe Biden diz que Lula quer se encontrar com ele para discutir questão climática

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer se encontrar com ele em breve para discutir sobre questões climáticas. 

“Lula do Brasil quer se reunir comigo em breve porque vocês sabem que há mais carbono absorvido do ar na Amazônia do que todo o carbono admitido nos Estados Unidos anualmente. Adivinhem só, eles estão tendo problemas”, disse Biden na sexta (28), em evento de campanha. As informações são do jornal O Tempo.

Na quinta-feira (27), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Biden fez convite a Lula para ambos realizarem um evento conjunto sobre a “defesa do trabalho decente”. O evento, segundo explicou Padilha, deve fazer parte da programação prevista para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorre nos Estados Unidos. O Brasil tem a tradição de fazer o discurso de abertura da assembleia.  

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostra que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu R$17,2 milhões por meio de Pix de janeiro a julho deste ano. Segundo o Coaf, as movimentações, classificadas como atípicas, “provavelmente” têm relação com uma campanha de arrecadação feita por apoiadores de Bolsonaro para pagar multas dele à Justiça.

As informações foram enviadas para a CPI dos Atos Golpistas do Congresso como parte da análise da movimentação financeira do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. O Coaf considerou que as movimentações dos dois estão relacionadas. Bolsonaro não é investigado pela CPI. As informações são do G1.

Em nota, a defesa do ex-presidente afirma que os valores “são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita”.

A análise das movimentações do ex-presidente vai de maio do ano passado a julho deste ano. Neste período, Bolsonaro movimentou R$ 39,9 milhões. A conta recebeu quase R$ 20 milhões e saíram dela outros R$ 20 milhões.

Ainda segundo o relatório do Coaf, de 1º de janeiro a 4 de julho deste ano, o ex-presidente da República recebeu quase 770 mil depósitos via Pix, que totalizaram R$ 17,2 milhões. O conselho identificou que R$ 17 milhões foram investidos em renda fixa.

A movimentação foi na conta pessoal de Bolsonaro, aberta em junho de 2020, no Banco do Brasil.

A Coaf afirmou também que os lançamentos “provavelmente” têm relação com uma vaquinha feita por apoiadores para pagar multas dele à Justiça.

A campanha foi anunciada no dia 23 de junho. Parlamentares e ex-integrantes do governo divulgaram amplamente a chave Pix de Bolsonaro dias antes das postagens pedindo doações ao ex-presidente. A Justiça de São Paulo tinha bloqueado mais de R$ 370 mil de Jair Bolsonaro pelo não pagamento de multas durante a pandemia por não ter usado máscara em diversas ocasiões.

Ainda no fim de junho, o ex-presidente afirmou que já tinha recebido o suficiente para pagar todas as multas que recebeu em processos judiciais e eventuais punições novas e que o valor seria divulgado em breve.

O advogado tributarista Tiago Conde explica que não há nenhuma irregularidade em receber doações. Quem recebe o dinheiro fica com a responsabilidade de pagar o ITCMD, que é o imposto de transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos.

A alíquota varia de estado para estado, de acordo com a origem da doação e não de quem recebeu. Vai de 4 a 8% sobre o valor doado. E só é cobrado quando ultrapassa determinados valores, dependendo do estado. Em São Paulo, por exemplo, o imposto é cobrado de doações acima de R$ 85.650 por pessoa.

“Quem recebe o dinheiro deve pagar o ITCMD. Mas, se ele não pagar, quem doou tem uma chamada responsabilidade solidária. Também pode ser lá questionada pelo estado. E o estado pode buscar aquele que doou pra fazer o pagamento”, explica Conde.

O ex-presidente terá que declarar o valor recebido no Imposto de Renda do ano que vem, listando o CPF de cada um dos doadores.

Nota da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro:

“A defesa do Presidente Jair Bolsonaro tomou ciência, na data de hoje, do vazamento de informações bancárias de seu cliente, contidas em relatório emitido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

A ampla publicização nos veículos de imprensa de tais informações consiste em insólita, inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário, espécie, da qual é gênero, o direito à intimidade, protegido pela Constituição Federal no capítulo das garantias individuais do cidadão.

Para que não se levantem suspeitas levianas e infundadas sobre a origem dos valores divulgados, a defesa informa que estes são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita.

Por derradeiro, a defesa informa, ainda, que nos próximos dias tomará as providências criminais cabíveis para apuração da autoria da divulgação de tais informações”.

Um incêndio atingiu um apartamento no 26º andar de um edifício na Rua Irmã Lúcia, Em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. De acordo com moradores do prédio, a atriz e apresentadora Maísa Silva estava no apartamento. A equipe da TV Globo registrou a atriz, aparentemente sem ferimentos, chorando na frente do edifício.

Sete pessoas estavam no local quando as chamas tiveram início, por volta das 10h. Três amigas, dentre as quais Maísa, conseguiram sair do imóvel. Uma babá retirou um dos filhos dos proprietários do apartamento, que é um jovem com deficiência, carregando ele no colo.

Outros dois jovens permaneceram dentro do apartamento, aguardando a liberação dos bombeiros para sair de um dos quartos, já que havia fogo e fumaça na sala, por onde eles teriam que passar.

Por volta das 11h30, os dois foram resgatados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma das pessoas foi levada para um hospital particular na Zona Norte da cidade. Um cachorro também foi resgatado.

Em entrevista à TV Globo, o major Serafim, do Corpo de Bombeiros, disse que havia muitas chamas no imóvel e que a equipe teve, inclusive, dificuldade de controlar o fogo.

Ainda de acordo com o major, os dois jovens que ficaram presos no apartamento estavam bem quando foram retirados, mas, por uma questão de verificação de segurança, os dois foram encaminhados para hospitais.

“Tentaram se proteger no último cômodo, no quarto mais afastado das chamas. E isso ajudou. Eles foram entregues à equipe do Samu conscientes, acordados”, afirmou o representante dos bombeiros.

Em entrevista à TV Globo, o síndico, identificado como Luís, disse que o incêndio teria iniciado após um curto-circuito no ar-condicionado de um dos quartos. Segundo ele, o imóvel tem uma sala no meio e quartos nas laterais.

Nem mesmo um estabelecimento público que promete total segurança foi capaz de impedir uma violência tão cruel. Uma criança de 2 anos foi vítima de estupro em uma casa abrigo localizada no Grande Recife, na última quarta-feira (26). O caso, tratado com sigilo, está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco.

A informação foi confirmada à coluna Segurança, do Jornal do Commercio, pela Secretaria Estadual da Mulher, que é responsável pelas casas abrigo. 

“A Secretaria da Mulher informa que, ao receber denúncia sobre suspeita de abuso a uma criança de 2 anos, dentro de uma casa de acolhimento onde sua mãe estava abrigada, tomou imediatamente todas as medidas cabíveis”, disse a assessoria da pasta, por meio de nota oficial. 

O boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia do Cabo de Santo Agostinho. 

“A Polícia Civil instaurou inquérito, que tramita em segredo de Justiça. Mãe e criança estão em um novo local com assistência jurídica feita pela equipe da Secretaria da Mulher, completou o texto. 

As assessorias da Polícia Civil e da Secretaria de Defesa Social (SDS) também foram procuradas, mas não se pronunciaram sobre o caso. 

Por meio de suas redes sociais, a deputada estadual Delegada Gleide Ângelo comentou sobre o crime, que classificou como inadmissível. “Isso demonstra o que já venho dizendo sobre o amadorismo e incompetência como a política de mulheres vem sendo conduzida em Pernambuco. Onde as mulheres vão buscar proteção? Pede medida protetiva, é assassinada. É abrigada na Casa Abrigo e seu filho é estuprado”, explanou.

O que é casa abrigo?

Casa abrigo é um local – mantido pelo governo do Estado – para onde mulheres vítimas ou ameaçadas de violência doméstica são encaminhadas para que possam viver durante determinado período, enquanto reúnem condições para retomar a rotina com segurança.

Em geral, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o tempo de acolhimento nas casas abrigo é de até 90 dias. Mas o prazo pode ser ampliado.

Servidores que trabalham com escutas de mulheres em delegacias, defensorias, Ministério Público ou unidades da Justiça podem indicar a mulher vítima de violência para as casas abrigo.

A triagem também pode ser feita por especialistas dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e dos Centros de Referência de Assistência em Saúde (Cras).

Em Pernambuco há quatro casas abrigo: duas localizadas no Grande Recife e outras duas no Sertão.

Queixas de estupro de crianças crescem em Pernambuco

De acordo com estatísticas da Secretaria de Defesa Social (SDS), 410 queixas de estupro contra crianças de até 11 anos foram somadas pela polícia no primeiro semestre de 2023. Desse total, 216 casos foram registrados no Recife, ou seja, mais da metade. 

Além disso, houve aumento de 5,1% no número de denúncias de estupro em Pernambuco, se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 390 casos. 

Alvo de dois pedidos de cassação no TRE do Paraná, Sergio Moro pode ter acumulado uma fatura quatro vezes maior que o teto de despesas fixado pela Justiça Eleitoral para a pré-campanha ao Senado pelo Paraná em 2022. As ações movidas por PT e PL contra o ex-juiz da Lava-Jato listam contratações que, se confirmadas na tramitação dos casos, superam os R$ 19 milhões. O limite a ser gasto no período era de R$ 4,4 milhões.

A disparidade entre o estipulado pelo TSE e o orçamento mencionado pelos acusadores de Moro aconteceu porque, segundo eles, o senador transportou para a disputa do Legislativo a lógica financeira criada para tentar emplacar seu nome à Presidência da República, corrida da qual ele desistiu em março de 2022, quando trocou de partido. As informações são do colunista Lauro Jardim, de O GLOBO. 

Convocados pelo Judiciário a colaborar com a produção de provas, o Podemos, antiga sigla de Moro, e o União Brasil, a atual legenda, serão responsáveis por entregar contratos e mais documentos para a verificação dos valores levantados pelos autores das ações.

Os maiores montantes são referentes a serviços de marketing político. Teria sido firmado, de acordo com as ações, um contrato de R$ 2 milhões com a D7 Produções Cinematográficas, do marqueteiro Pablo Nobel, para a produção de vídeos para internet e inserções partidárias na TV.

Depois, outro compromisso de R$ 14,8 milhões teria sido feito com a 2022 Comunicação SPE, também de Nobel, para o gerenciamento de imagem, discursos e conteúdos ligados à candidatura de Moro ao Legislativo.

Também constam nas ações termos para contratar advogados: PT e PL indicam que R$ 1 milhão foram fechados com o escritório Vosgerau & Cunha (de Luis Felipe Cunha, eleito primeiro suplente de Moro) e R$ 188 mil com a SS Advocacia de Uziel Santos, coordenador de campanha. Outros R$ 30 mil teriam sido empenhados junto à FCL Law & Trading, empresa dedicada a estudos jurídicos.

E ainda teriam sido negociados valores, segundo os processos, para solicitar campanhas eleitorais (R$ 663,5 mil para a Einstein Tecnologia) e consultoria (R$ 360 mil à Bella Ciao Assessoria Empresarial, também de Cunha, envolvida na elaboração de um plano de governo).

Além desse orçamento, os partidos que acusam Moro de abuso de poder econômico e de caixa dois também esperam que as provas do Podemos e do União Brasil indiquem outros gastos. Incluindo aqueles envolvidos nas viagens feitas pelo então pré-candidato à Nova York, a países da Europa e a destinos nacionais para a divulgação da pré-candidatura. E outros ligados a compras de roupas, acessórios e outros itens que o Podemos teria bancado.

A ordem para que as provas sejam adicionadas ao caso foi proferida em 13 de junho, mas, até aqui, não foi cumprida. O TRE do Paraná até agora não intimou o Podemos e o União Brasil a cumprir a determinação.

O sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) Maurício Júnior, o Mauricinho, até tentou esconder sua relação com os acusados de executar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, só que uma captura de tela (print) de uma conversa comprometedora por WhatsApp acabou revelando que ele vazou informações da investigação para os suspeitos. Entre eles, o ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos.

O apartamento de Mauricinho no condomínio Viva Viver, no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, foi alvo de um mandado de busca e apreensão na última segunda-feira (24), em uma operação do caso Marielle. As informações são do site Metrópoles.

No mesmo dia, a Polícia Federal (PF) prendeu o ex-bombeiro Maxwell Corrêa, suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora. Outros seis mandados de busca foram cumpridos na ocasião.

Segundo a PF, Mauricinho é suspeito de vazar detalhes da investigação para os executores do crime.

A polícia não descarta que o sargento da ativa tenha mais informações sobre os assassinatos e os vazamentos de outras operações.

Cerveja com Ronnie Lessa

Mauricinho entrou no radar dos investigadores do caso Marielle ainda em 2019, pouco antes de completar um ano do assassinato.

Em janeiro de 2019, o Setor de Inteligência da Polícia Civil flagrou um encontro entre Mauricinho e Ronnie Lessa, além do também policial Pedro Bazzanella, no Bar Resenha, na Barra da Tijuca.

Horas antes desse encontro, Bazzanella e Élcio de Queiroz haviam dado depoimentos sobre o caso Marielle na Delegacia de Homicídios. Antes e depois dos depoimentos, eles se encontraram com Lessa no bar, sendo que Mauricinho participou da última conversa.

Para a inteligência da Polícia Civil, esse encontro tinha o objetivo de manipular os depoimentos.

Essas evidências fizeram com que os endereços de Mauricinho fossem alvo de mandados de busca e apreensão em março daquele ano, na Operação Lume, a mesma que prendeu Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, os ex-policiais acusados de executar a vereadora.

Acontece que Mauricinho ficou sabendo dessa operação na noite anterior, por meio de um amigo conhecido como Jomarzinho, filho de um delegado da Polícia Federal.

Com essa informação em mãos, Mauricinho não só avisou os possíveis alvos, como Ronnie Lessa, mas também ficou longe dos dois endereços em que a polícia iria cumprir os mandados contra ele.

Um dia depois da operação, o sargento Mauricinho compareceu voluntariamente na Divisão de Homicídios do Rio e entregou um celular Android para os investigadores. Só que o celular pelo qual ele vazou a operação não era esse, e sim um aparelho da marca Apple.

Print não some

Às 23h do dia 11 de março, um dia antes da Operação Lume, Mauricinho recebeu uma sequência de mensagens por WhatsApp de Jomarzinho, o filho do delegado da PF. “Recebi um informe agora que vai ter operação Marielle amanhã”, dizia trecho das mensagens.

Mauricinho então teria tirado um print da conversa pelo seu Iphone a fim de enviar a informação para os envolvidos no crime, segundo a PF.

O sargento usava o aplicativo Confide, que destrói as mensagens após serem lidas, assim como os suspeitos Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.

Embora a mensagem tenha sido destruída, a polícia conseguiu comprovar que Lessa entrou no aplicativo Confide um minuto depois de Mauricinho dizer que passaria a informação para a frente. De acordo com a PF, esse foi o momento em que o vazamento acabou repassado para Ronnie Lessa, que, em seguida, informou Élcio.

O print da conversa foi parar na “nuvem” do Iphone de Mauricinho. A “nuvem” é uma tecnologia que permite acesso remoto a armazenamento de arquivos. Assim, mesmo a captura de tela sendo excluída e destruída, ela continuou intacta na “nuvem”, que foi acessada pela PF.

O prefeito de Olinda, Professor Lupércio, e a secretária municipal de Educação, Edilene Soares, receberam o prêmio de destaque no Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco, o Idepe 2023. A cerimônia, que aconteceu nesta sexta-feira (28), foi realizada na Faculdade de Ciências da Administração da UPE (FCAP), localizada na Madalena, Recife. 

O reconhecimento se deu pelo 2º lugar, no 5º ano do Ensino Fundamental, entre os municípios mais bem avaliados em Pernambuco.

O Prêmio Idepe é uma iniciativa do Governo de Pernambuco que busca reconhecer e valorizar as escolas, municípios e Gerências Regionais de Educação (GREs) que se destacaram nos indicadores educacionais do Estado em 2022. 

Para a secretária Edilene Soares, esse prêmio representa um momento de felicidade e de responsabilidade. Esse sentimento foi reforçado pelo prefeito Professor Lupércio. “Essa é uma conquista dos alunos, professores e todos os que fazem a nossa rede de ensino. Nosso esforço conjunto é para promover um futuro ainda mais promissor”, concluiu o gestor municipal.

Professores

Ainda nesta sexta, o Professor Lupércio deu posse aos candidatos convocados na primeira etapa do concurso público para professores da Rede Municipal de Ensino de Olinda. A cerimônia foi realizada no auditório do Centro Universitário Barros Melo (UniAeso), no bairro de Jardim Brasil II. 

Após três audiências de conciliação sem sucesso entre os sindicatos patronal e dos empregados, o Tribunal de Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), no Recife, vai julgar o dissídio coletivo dos rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) nesta segunda-feira (31).

A categoria, que reúne motoristas de ônibus, está em greve desde a meia-noite da última quarta-feira (26). As informações são da Folha de Pernambuco.

De acordo com o TRT-6, que havia mediado as audiências, o agendamento do dissídio “foi feito de acordo com o tempo de análise do processo pela desembargadora relatora”.

A relatora, escolhida aleatoriamente pelo sistema automático do tribunal, é a presidente do TRT-6, Nise Pedroso.

A audiência será realizada na sede do tribunal, localizada no Cais do Apolo, região central do Recife, às 9h. Nela, todos os 19 desembargadores se reunirão e vão dar seus votos para decidir, de forma conjunta, o que deve ser feito. 

Na última quarta, em decisão proferida pelo corregedor do TRT-6, desembargador Fábio Farias, o tribunal determinou retorno de 60% da frota de ônibus em horários de pico e 40% nos demais períodos, sob risco de multa de R$ 30 mil por dia. Os ônibus transportam cerca de 1,8 milhão de passageiros na RMR.

A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes renovou a parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Instituto Maurício de Sousa para desenvolver o programa “Um por Todos e Todos por Um!” pela ética e cidadania na rede municipal de ensino. O objetivo é despertar nos estudantes o senso de cidadania, de ética, de participação e de responsabilidade, tendo a escola como núcleo principal de desenvolvimento das ações. A ideia é que haja uma troca de experiências entre os estudantes e educadores, a partir do processo de ensino-aprendizagem.

A ação é voltada para estudantes do Ensino Fundamental e dispõe de materiais indicados para os anos iniciais (1º ao 5º ano). Além disso, serão distribuídos materiais complementares como vídeos e histórias que podem ser usados pelo educador. 

O coordenador do Núcleo da CGU em Pernambuco, Abelardo Lopes, destacou a importância de mais uma parceria com a Prefeitura do Jaboatão. “Tenho certeza que iremos desenvolver boas práticas junto aos alunos de Jaboatão”, disse o coordenador. 

O controlador do município, Carlos Montarroyos, explicou que o órgão vem dando todo o suporte. “A cidadania é muito importante na formação dos estudantes. A Controladoria, inclusive, já mantém um projeto intitulado Escola Cidadã na rede municipal de ensino. Essa parceria só vem reforçar essa ação”, comentou o controlador. 

O secretário Executivo de Educação do Jaboatão, Reginaldo Araújo, disse que a secretaria já desenvolveu um projeto-piloto do programa na Escola Doutor Luiz Gonzaga Maranhão. “Essas ações devem ser replicadas para que possamos refletir, junto com a comunidade escolar, os temas propostos. Todos nós temos que agir com responsabilidade e ética, inclusive, no ambiente escolar”, pontuou.

Por Marcelo Tognozzi*

Os maiores derrotados na eleição espanhola do último domingo (23) foram os institutos de pesquisa. 

As previsões publicadas pelos principais veículos de comunicação indicavam uma vitória do PP (de centro-direita) – o qual dependeria dos votos da direita conservadora do Vox para conseguir maioria de 176 deputados e formar um novo governo. A tendência da centro-esquerda comandada pelo PSOE, unida à esquerda radical do partido Sumar, era de derrota na eleição.

A realidade das urnas mostrou que nada era o que estava parecendo ser. As pesquisas falharam mais uma vez, como falharam nos Estados Unidos em 2020 e no Brasil no ano passado. O resultado foi um empate, que pode acabar em uma nova eleição no fim do ano. Um impasse, porque a centro-direita não consegue negociar apoios para formar governo e a centro-esquerda precisará da boa-vontade dos independentistas catalães para continuar no poder.

Será um preço alto demais entregar a Catalunha ao facilitar seu processo de independência ou, na melhor das hipóteses, não criando problemas para que seja consumada a quebra da unidade do país. Uma Catalunha independente abriria o caminho para a desunificação da Espanha, fazendo o país retroceder 550 anos, ao tempo em que a Península Ibérica era um aglomerado de reinos e idiomas.

Foi a união dos reinos de Aragão e Castela, com o casamento dos reis católicos Fernando 2º e Isabel, que permitiu a formação da Espanha, um país unitário forte o suficiente para retomar os territórios conquistados pelos árabes 700 e tantos anos antes. Com a tomada da Andaluzia, último bastião árabe, inaugurou-se uma era de prosperidade e afirmação da Espanha como potência.

Foi do rio Guadalquivir, que corta Sevilha, de onde partiu, em 1519, a expedição de Fernão de Magalhães, a 1ª a dar a volta ao mundo. Mesma Sevilha onde Cristóvão Colombo está sepultado na Catedral. Os 2 navegadores são símbolos de um império cujo desmantelamento começou com as guerras napoleônicas e terminou no fim do século 19, quando os espanhóis perderam Cuba e as Filipinas para os Estados Unidos.

A unidade espanhola foi sendo consolidada ao longo do século 20. O país tem o espanhol como língua oficial, mas também se falam os idiomas catalão, galego, aranês, asturiano, aragonês e euskera.

Na ditadura de Franco, a unidade se impôs pela força. Foram 39 anos de governo forte até a redemocratização no fim dos anos 1970, quando a Constituição espanhola passou a respeitar a autonomia de cada região, mas sem abrir mão da unidade.

Enquanto em praticamente toda a Espanha a unidade tem sido vista como um ativo, uma riqueza, na Catalunha o movimento separatista ganhou força.

Em 1º de outubro de 2017, a região fez um plebiscito na marra – que acabou sendo considerado crime, com seus líderes presos e condenados pela Justiça. O governo socialista do PSOE anistiou os rebeldes e manteve seus direitos políticos. O líder maior, Carles Puigdemont, ex-governador da Catalunha, fugiu para a Bélgica e se refugiou numa mansão em Waterloo.

De um sistema bipartidário – comandado pelo PSOE de centro-esquerda e pelo PP de centro-direita –, a Espanha se tornou multipartidária, com partidos regionais surgindo aqui e ali, num fenômeno parecido com o ocorrido no início do século 20.

A consequência natural foi o surgimento de governos de coalizão, os quais normalmente têm maiorias frágeis. Em junho de 2018, por exemplo, bastou que o pequeno PNB (Partido Nacionalista Basco) desse 5 votos ao PSOE para que Mariano Rajoy, do PP, fosse apeado do governo.

Agora, depois de 5 anos de governo do PSOE, o resultado das eleições de domingo meteu a Espanha numa encruzilhada. O empate entre as duas principais forças políticas traz dois fantasmas: o do franquismo (com o Vox) e do separatismo (com Puigdemont).

As dificuldades dos dois lados podem levar a uma nova eleição, mas ainda é difícil prever o que vem por aí. A única certeza é que o mês de agosto, normalmente quentíssimo no verão ibérico, será uma verdadeira fervura.

*Jornalista