Coronel Alberto Feitosa é patrono do Projeto Partejando

O deputado Coronel Alberto Feitosa foi convidado como patrono para o encontro da Organização Partejando, entidade que trabalha e incentiva o parto humanizado. O parlamentar é autor da Lei 3557/2022 que dá direito a acompanhante para todas as mulheres, independente da idade, e em todos os procedimentos médicos.

É também autor do Projeto de Lei 858/2023 que institui o mês de setembro como o mês da Laqueadura para o desenvolvimento de campanhas educativas e ações que garantam acesso e informações para este tipo de procedimento.

O Coronel Feitosa também é autor do Projeto de Lei  2151/2021 que obriga as empresas de grande porte de Pernambuco, que possuam 60% do seu quadro de funcionários formado por homens, a darem palestras sobre violência contra a mulher semestralmente.

“É uma satisfação ser convidado para este encontro com mulheres, futuras mamães que defendem o parto humanizado. Sou pai de duas filhas, marido e filho de uma mãe que me inspira, elas me motivam  a  realizar ações em defesa do direito das mulheres de serem respeitadas”, ressaltou o deputado.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, negou pedidos da CPMI do 8 de janeiro para ter acesso às imagens das câmeras de segurança da pasta no dia dos atos golpistas em Brasília. Dino alegou que os arquivos não podem ser divulgados para preservar as investigações criminais em andamento.

“Esta decisão administrativa visa preservar a autoridade do Poder Judiciário no que se refere ao compartilhamento de provas constantes de Inquéritos com eventuais diligências em curso”, afirma o ministério em resposta a ofícios enviados por deputados e senadores do colegiado. As informações são do Estadão.

A CPMI, porém, é um órgão investigativo com poder de polícia. As imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia dos atos golpistas foram disponibilizadas à imprensa e ao Judiciário por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após um vazamento parcial dos arquivos que levou à queda do ex-ministro Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

As câmeras mostram o militar, então nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer a segurança do Palácio, circulando inerte pela sede do Executivo e sem reagir aos invasores.

No despacho, o Ministério da Justiça ainda destaca que a presidente do STF, ministra Rosa Weber, igualmente negou pedido da CPMI para compartilhamento de arquivos de inquéritos hoje em tramitação na Corte.

Neste sábado (29), durante um evento feminino do PL em Florianópolis, Santa Catarina, o ex-presidente Jair Bolsonaro roubou a cena e interrompeu o início do discurso da sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A previsão era de que ele aparecesse apenas no telão.

No encontro estadual das mulheres, que tem como objetivo estimular o público feminino a se filiar ao PL, de olho nas eleições de 2024, Bolsonaro discursou por cerca de oito minutos. Ele falou sobre o montante de R$ 17 milhões recebido via Pix, o ataque à Praça dos Três Poderes, e criticou o Congresso. As informações são do UOL.

Sobra de dinheiro dá pra comprar pastel, diz Bolsonaro

Em seu discurso, Jair Bolsonaro agradeceu aos R$ 17 milhões em doações recebidas para pagar multas de cerca de R$ 1 milhão por não usar máscaras e desrespeitar outras regras sanitárias durante a pandemia de covid-19.

Bolsonaro disse que, com o dinheiro, vai poder pagar as multas. Mas até agora, não pagou nada.

Ele afirmou ainda que, com a sobra, vai poder comprar pastel. “Ainda sobra dinheiro para tomar caldo de cana e [comer] pastel com dona Michelle”, disse o ex-presidente.

Na pastelaria mais famosa de Brasília, a Viçosa, um pastel com caldo de cana custa R$ 13,90. Portanto, Bolsonaro poderia pagar as multas de R$ 1 milhão e, com a sobra de R$ 16,1 milhões, comprar pastel com caldo de cana para ele e Michelle, no almoço e no jantar, todos os dias durante mais de 793 anos.

8 de janeiro

Ele chamou de “irmãos” as cerca de 300 pessoas presas na Operação da Polícia Federal, a “Lesa Pátria”. São pessoas suspeitas de atacar a Praça dos Três Poderes e tentar um golpe de estado contra o resultado das eleições. “Temos aproximadamente 300 irmãos presos no Brasil de forma covarde, arbitrária. Eles querem esconder a verdade.”

Bolsonaro criticou o Congresso e a reforma tributária, que foi aprovada na Câmara. Disse que é momento de reflexão sobre o “cuidado ao escolher os nossos candidatos”. No entanto, parte de seus aliados, como o governador de São Paulo, Tarcisio Freitas (Republicanos), trabalharam a favor da proposta.

Depois do discurso de Bolsonaro, Michelle buscou retomar a atenção. A ex-primeira-dama destacou que o ex-presidente só deveria aparecer no telão. “Não era para ele estar presente”, disse. 

Após a participação, Bolsonaro deixou o palco, mas manteve a atenção das pessoas. “Agora, vocês vão ficar quietinhos. Meninas, olhem para cá. Eu sei que é difícil, meninas. Vamos voltar ao foco, vamos voltar ao foco, acho que já deu, né? podemos começar?”, indagou Michelle.

Da Agência Brasil

No primeiro semestre deste ano, 77,05% das negociações salariais superaram a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), melhor resultado desde 2018. Os dados são do boletim Salariômetro, divulgado nesta sexta-feira (29) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O Salariômetro analisa o resultado de 40 negociações salariais coletadas no portal Medidor, do Ministério da Economia.

O reajuste mediano real dos salários nos seis primeiros meses deste ano foi 0,79% superior à inflação, o melhor resultado desde 2018, quando o reajuste médio foi de 0,81%. Segundo a Fipe, todos os seis meses do ano registraram reajustes reais acima da inflação.

Considerando-se apenas o mês de junho, o reajuste real mediano ficou 1,26% acima da inflação do INPC, com 87,6% das negociações salariais tendo superado a inflação.

A prévia do Salariômetro da Fipe para o mês de julho indica reajuste nominal mediano de 5% e que 90,4% das negociações devem resultar em ganhos acima do índice de inflação.

Em uma noite especial, amigos, familiares e colegas de profissão se reuniram para celebrar o aniversário de Kátia Cubel, jornalista criadora do Prêmio Engenho de Comunicação. O evento, realizado no anfiteatro da Cultura Inglesa, foi marcado por um coquetel de responsabilidade do Bufê Chef Cavaletti, apresentações de piano e violino, além de uma palestra da renomada jornalista Marlene Galeazzi.

A noite começou com o coquetel no espaço externo do anfiteatro. Os convidados eram recebidos pela anfitriã, que pediu doações como presente. Foram recebidas cestas básicas, que irão para o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), fraldas e leites para uma creche na Estrutural, e produtos de higiene para o Hospital da Criança José de Alencar. As informações são da coluna de Claudia Meireles, do Metrópoles.

Conhecida por seu profissionalismo e dedicação ao jornalismo, Kátia Cubel celebrou seu aniversário oferecendo para seus convidados uma experiência diferente. Fugindo das comemorações tradicionais, ofertou aos presentes a experiência de ouvir um relato histórico da premiada jornalista Marlene Galeazzi, que cobriu as expedições de Jacques Cousteau na Amazônia.

A veterana Marlene Galeazzi conta que falar sobre essa experiência na Amazônia é uma honra para ela, pois é o maior marco da sua carreira como jornalista. “Nunca falei dessa história pra tanta gente, considero que seja um presente pra Kátia, mas também pra mim”, afirma. Este ano, a expedição completa 40 anos. Na época, Galeazzi era repórter da revista Manchete Geográfica Universal.

A palestra 

O ponto alto da celebração foi iniciado com a apresentação musical de pai e filha. O arquiteto Apoena Parente tocou piano e Malu Parente, de 12 anos, encantou os convidados com uma performance no violino, abrindo assim a palestra de Galeazzi. “Eu os convidei para tocar como um presente, uma homenagem adicional à Marlene”, relata Cubel.

Marlene Galeazzi começou seu relato contando que foi a única repórter do mundo escalada para fazer a viagem precursora da expedição. “É uma experiência que movimentou muito minha vida jornalística, é a história mais forte que eu vivi. Eu era a única mulher neste trabalho no meio de 60 homens”, conta a jornalista.

Entre os presentes na celebração estavam as jornalistas Claudia Miani e Márcia Witczak, as advogadas Dalide Correa e Leda Bandeira, e a ex-senadora Ana Amélia Lemos.

“O Estilo Marco Maciel”

Kátia Cubel vai ser responsável pelo cerimonial do lançamento do livro “O Estilo Marco Maciel”, de minha autoria, no dia 24 de agosto, na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro.

Ao longo da última semana, o procurador-geral da República Augusto Aras enfatizou em suas redes sociais o desejo pela recondução de seu mandato no parquet. Diante do anúncio do presidente Lula de que não daria prioridade à lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), o atual mandatário da Procuradoria-Geral da República (PGR) adotou o hábito de repercutir trechos de reportagens que o apresentam como alguém compatível com o perfil cogitado pelo presidente. O gesto incomodou Renan Calheiros (MDB-AL), líder do bloco da maioria no Senado.

Lula anunciou no mês de março, em entrevista à Globonews, que receberia a lista tríplice da ANPR, mas que não mais seguiria a tradição de a utilizar como bússola na escolha do próximo PGR. Esse rompimento não se dá por acaso: em 2013, a ex-presidente Dilma Rousseff seguiu a lista e indicou Rodrigo Janot para o cargo. A gestão de Janot foi marcada pela intensificação das ações resultantes da operação lava-jato e pelo atrito constante entre a PGR e o governo.As informações são do Congresso em Foco.

Augusto Aras já conta com o perfil oposto: indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, ele ficou conhecido por não dar andamento a ações contra o governo, prática que lhe rendeu o apelido de “engavetador-geral da república”. Faltando pouco mais de um mês para o fim de seu mandato, ele procura agora demonstrar as vantagens de alguém com sua linha de ação ao novo mandatário. “Lula quer um nome capaz de promover união e reconstrução também na PGR. Urge matar o monstro em que o Ministério Público se converteu”, declarou em seu Twitter.

Apesar de contar com o apoio de muitos dos parlamentares tanto de dentro quanto de fora do governo afetados pela lava-jato, a possibilidade de manutenção de seu cargo foi duramente criticada por Renan Calheiros, que assim como Lula, foi um dos políticos prejudicados por Janot. “Inacreditável que esteja em campanha pela recondução e seja levado a sério. O G7 da CPI é 100% contra”, declarou.

G7 é como ficou conhecido o bloco majoritário dos senadores que formaram a CPI da covid-19, da qual Renan foi relator. Após a conclusão dos trabalhos da comissão, as queixas a respeito de Aras se tornaram constantes por parte do grupo, que o acusa de ter engavetado as denúncias apresentadas contra Bolsonaro e seus aliados. “Crimes que a CPI comprovou e Aras quis abafar”, apontou Renan.

O comentário do senador foi publicado logo após a Folha de S. Paulo alegar que Jair Bolsonaro teria ignorado milhares de relatórios elaborados pela Agência Brasileira de Inteligência e pelo Gabinete de Segurança Institucional alertando sobre os riscos de aumento no número de mortes e contágios diante dos boicotes do ex-presidente às medidas de isolamento social. Calheiros anunciou que encaminhou aos dois órgãos o pedido pela cópia dos relatórios.

A possibilidade de recondução de Augusto Aras também é vista com preocupação pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. Em entrevista à Globo News na quarta-feira (26), afirmou que um novo mandato do atual PGR seria “decepcionante” e “um desastre”.

Apesar do esforço para atender ao perfil garantista desejado por Lula, uma indicação de Aras ainda teria que ser aprovada pelo Senado para que possa preservar seu cargo após o mês de setembro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, compareceram, nesta sexta-feira (28), ao casamento do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) com a advogada Priscila Barbosa, na casa da família da atriz Glória Pires, no Setor de Mansões do Lago Norte. O casal foi convidado como padrinhos da cerimônia do líder do governo no Congresso Nacional.

A recepção contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin; dos ministros da Defesa, José Múcio Monteiro; dos Transportes, Renan Filho; da Secretaria-Geral, Márcio Macedo; da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) e do advogado Cristiano Zanin, que tomará posse na Corte na quinta-feira. Também compareceram o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR); e os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE), Jaques Wagner (PT-BA), além de artistas, como Caetano Veloso. A cerimônia foi celebrada pelo pastor e cantor Kleber Lucas. As informações são do Correio Braziliense.

Randolfe e Priscila se conheceram em 2017, a partir de um comentário feito no Instagram do senador, em que ela se posicionou contrária à reforma trabalhista aprovada durante o governo de Michel Temer (MDB). Na publicação, a advogada disse que “nem todo super-herói usa capa”.

Os dois passaram a manter contato e, no aniversário dela, Randolfe chegou de surpresa a Maceió, onde a advogada morava. Assim, começaram oficialmente a namorar. Eles ficaram noivos em 2021, e o pedido de casamento foi ao som de “Vem meu amor”, música cantada por Ivete Sangalo.

Lula deixou o local por volta das 20h40. Nas redes sociais, ele comentou o evento: “Tive a felicidade de ser padrinho, junto com Janja, do casamento dos amigos Randolfe e Priscila e testemunhar essa união. Muitas felicidades para o casal”, postou.

Em um evento em Santa Catarina, nesta sexta-feira (28), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou o recebimento de R$ 17,2 milhões, via Pix, em doações de apoiadores.

“A palavra do dia é Pix. Agradeço aos que doaram de forma voluntária. Mais uma vez, infringiram o devido processo legal, divulgando dados sigilosos. Mas tudo bem”, afirmou Bolsonaro. As informações são da CNN.

Um relatório produzido pelo Coaf, órgão de combate à lavagem de dinheiro do governo federal, apontou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu R$ 17,2 milhões via Pix em sua conta pessoal nos primeiros seis meses deste ano.

Os valores foram recebidos após apoiadores do ex-presidente realizarem uma espécie de “vaquinha virtual” para pagamento de processos judiciais.

Os dados do Coaf mostram que entre 1º de janeiro e 4 de julho, o ex-presidente recebeu mais de 769 mil transações por meio do Pix, que totalizaram R$ 17.196.005,80.

O valor corresponde à quase totalidade do movimentado pelo ex-presidente no período, de R$ 18.498.532,66.

A CNN procurou o Coaf, que disse não atuar “como órgão de investigação ou de persecução penal”. O órgão também informou que “aos integrantes da estrutura do Coaf é vedado fornecer ou divulgar informações conhecidas ou obtidas em decorrência do exercício de suas funções a pessoas que não disponham de autorização legal ou judicial para acessá-las”.

“A produção de inteligência financeira consiste no recebimento de informações de fontes legalmente previstas, principalmente comunicações provenientes dos vários setores obrigados definidos no art. 9º da Lei nº 9.613, de 1998, e na análise dessas informações. Nos casos em que as referidas fontes apontem situação suspeita, são produzidos e disseminados Relatórios de Inteligência Financeira (RIF)”, complementa a nota.

Da Folha de S. Paulo

Responsável pela articulação política do governo, o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) avalia que o Planalto saiu vitorioso nos seis primeiros meses na relação com os presidentes da Câmara e do Senado. Ele diz que agora é preciso aprimorar a base de apoio no Congresso, até então volátil.

Segundo ele, o presidente Lula (PT) pretende consolidar a entrada no governo de PP e Republicanos e definir os espaços que eles vão ocupar no ministério. Em entrevista à Folha, Padilha acena ainda para a entrada de setores do PL – partido de Jair Bolsonaro – em cargos de segundo escalão e nos estados.

Padilha rechaça que essas negociações por cargos sejam “toma lá, dá cá” e também afirma ser legítimo que parlamentares possam influenciar no destino de emendas e outras verbas do governo.

Qual a sua avaliação sobre a articulação no primeiro semestre?

Nós conseguimos aprovar todas as cinco prioridades. São como as cinco pontas da estrela do PT. A primeira era conseguir garantir presidentes da Câmara e do Senado que se comprometeram e foram decisivos para estancar o golpe de 8 de janeiro. Conseguimos reestruturar dezenas de medidas provisórias feitas pelo Bolsonaro para que não gerassem pauta-bomba nem perpetuar lógicas terraplanistas do governo anterior. A terceira prioridade foi reorganizar o Orçamento com a PEC da Transição. A quarta ponta foi recriar os programas sociais. A quinta foi aprovar o marco fiscal e a reforma tributária.

E qual a previsão para o segundo semestre?

Concluir o que resta da Reforma Tributária. Estou otimista que vamos até o final do ano ter concluído, nas duas Casas, pelo menos a parte constitucional da Reforma Tributária. Também temos que consolidar a presença da frente política dentro do governo, saudando a possibilidade de parlamentares que representam bancadas de partidos que tiveram compromisso conosco para que eles possam participar do governo.

Isso inclui o PP e Republicanos?

Sim. As bancadas desses partidos ofereceram, indicaram diretamente a mim e ao presidente Lula, a possibilidade de terem parlamentares compondo o governo, o primeiro escalão. Mas estou falando também de outros partidos, de outras bancadas que não necessariamente oferecem parlamentares no sentido de compor o primeiro escalão, mas que têm disposição, seja nos estados, seja em outros espaços, de compor o governo. Temos toda a intenção de ter essas bancadas junto conosco.

O senhor se refere ao PL?

No caso do PL, nós temos um conjunto de parlamentares que, até por afinidade nos seus estados, por posicionamento de não passar pano para os atos terroristas no dia 8 de janeiro, por ter votado tanto a Reforma Tributária quanto o marco fiscal e a retomada dos programas sociais. E temos todo o interesse em interagir, sobretudo nos estados, com a participação deles no governo.

Essas negociações podem ser consideradas como um ‘toma lá, dá cá’?

Eu vejo como uma consolidação de uma frente política que já se expressou desde a PEC da Transição. Não tinha nem governo, não tinha nem cargo, não tinha nem ministério e essas forças políticas já contribuíram. Depois, esse grupo foi decisivo e firme no dia 8 de janeiro.

O governo recebeu críticas de parlamentares e também teve derrotas no Congresso, como a instalação da CPI do MST e a nos decretos de saneamento. E agora trocas no ministério com menos de oito meses. Houve falha na articulação política?

É muito raro um time ser campeão invicto no campeonato. É uma situação excepcional. Num campeonato você ganha, você empata, você perde dentro de casa, você perde fora de casa, mas você não pode perder a final. No segundo semestre, vamos buscar aprimorar.

Isso é um aprimoramento ou é uma necessidade para ter vitórias no Parlamento?

É um aprimoramento para consolidar essa frente.

Legendas como MDB, União Brasil e PSD já receberam 3 ministérios cada. O governo errou na escolha e na distribuição dos ministérios?

A composição na largada foi adequada para aquele momento político e nos ajudou a ganhar essa etapa do campeonato.

Vai ser um ministério para o PP e um para o Republicanos?

Não está definido isso. Essas duas bancadas indicaram um deputado cada. Essas definições vão se configurar a partir do retorno do mundo político a Brasília, a partir de agosto. O que tem certo é a disposição do presidente de incorporar essas duas forças políticas que representam bancadas da Câmara.

Os indicados foram Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA)? Há objeções a eles no governo?

Não. Nenhuma objeção por parte do governo, do presidente Lula, a esses nomes.

Qual é o número da base?

Nossa relação [com o Congresso] não é [de] contar gado. Nossa relação é o encontro de agenda política de temas prioritários e de aprovação. Tem coisa que a gente precisa de mais de 308 votos para aprovar e a gente vai construir essa base, como nós fizemos nesse primeiro semestre.

Quais ministérios estão realmente blindados?

O presidente já falou de algumas situações específicas que são ministérios que não foram compostos por forças políticas partidárias. Ele citou o exemplo da Saúde. Mas não tem nenhuma definição do presidente sobre a reorganização, quais ministérios ele pretende discutir.

Na reforma, pode haver redução no número de mulheres, que na verdade já não é tão alto?

Pelo contrário, o esforço do presidente Lula tem sido sempre de ampliar a presença e a participação de mulheres no governo e vai continuar sendo isso.

Qual é a chance de PP ou Republicanos assumir o Ministério do Desenvolvimento Social?

Não tem esse debate ainda, só deve começar a partir de agosto, quando Lula se reunir com as lideranças partidárias. O que ele deixou muito claro, mais de uma vez, é que é um ministério que faz parte do coração do governo.

Quando candidato, Lula criticava o poder excessivo do Arthur Lira, mas o que a gente vê ainda é uma dependência grande dele. Por que não conseguiram mudar isso?

Com essa relação que nós temos tanto com o presidente Lira, quanto com o presidente Pacheco, nós aprovamos aquilo que era necessário aprovar para o país. Fomos vitoriosos nesse primeiro semestre. Construindo uma nova relação, de diálogo, às vezes de mediações, conseguindo aprovar aquilo que era prioritário para nós.

Lira ainda exerce muita influência sobre as emendas, apesar de as emendas de relator não existirem mais. Na prática, ele mantém o controle sobre as emendas que passaram para recursos de ministérios, as chamadas verbas extras?

Não, pelo contrário, houve uma mudança profunda em relação a isso. Você teve um aumento das emendas impositivas, com um calendário pré-definido. Às vezes você pode ter uma coincidência de uma votação acontecer naquela semana onde estava programado o empenho para determinada emenda.

Agora, até porque eu sou deputado eleito, sei o quanto que muitas vezes o parlamentar conhece uma realidade local, um tema, às vezes melhor do que um técnico de um determinado ministério. É um governo [que] a gente orienta sim os ministérios, que estejam abertos a ouvir propostas, a receber proposta dos parlamentares, de presidentes de comissão.

Sobre o que era emenda de relator e virou recursos dos ministérios, o governo pretende divulgar os beneficiários?

Você está falando de uma coisa que não é emenda. Agora, os ministérios sempre têm que perseguir como melhorar a transparência.

O Planalto deve apoiar algum candidato na sucessão de Lira e Pacheco?

Nem o presidente Arthur Lira nem quem pretende vir a ser presidente da Câmara querem antecipar essa discussão. Não é o Planalto que vai antecipar nem interferir nessa discussão. Nós, em nenhum momento, cometeremos erros que outros governos já cometeram de entrar numa discussão que é uma construção feita pela Casa. É o mesmo debate para o Senado.

Da Agência Brasil

A saúde e a educação respondem por metade do novo contingenciamento (bloqueio) de R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2023. O decreto presidencial com a distribuição dos cortes foi publicado nesta sexta-feira (28) em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

Ao todo, dez pastas foram afetadas pelos novos cortes. Os bloqueios são temporários e ocorrem porque a estimativa de gastos superou o limite estabelecido pelo teto federal de gastos em 2023.

O contingenciamento não atinge gastos obrigatórios, apenas gastos discricionários (não obrigatórios), relacionados a investimentos e manutenção da máquina pública. O dinheiro pode ser liberado se a estimativa de gastos obrigatórios não se concretizar ou se o governo conseguir aprovar o novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional, que acabará com o teto federal de gastos.

Confira a nova distribuição dos bloqueios

•   Saúde: R$ 452 milhões;

•   Educação: R$ 333 milhões;

•   Transportes: R$ 217 milhões;

•   Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 144 milhões;

•   Cidades: R$ 144 milhões;

•   Meio Ambiente: R$ 97,5 milhões;

•   Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 60 milhões;

•   Defesa: R$ 35 milhões;

•   Cultura: R$ 27 milhões;

•   Desenvolvimento Agrário: R$ 24 milhões.

Em maio, o governo tinha bloqueado R$ 1,7 bilhão dos seguintes ministérios: Fazenda; Planejamento; Integração e Desenvolvimento Regional; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Transportes e Cidades. Dessa forma, o total de recursos travados chega a R$ 3,2 bilhões no Orçamento deste ano.

No último dia 21, o governo tinha indicado a necessidade de um novo bloqueio no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Pela legislação, um decreto presidencial detalha cortes por órgãos federais até 10 dias após o envio do relatório ao Congresso. A distribuição do contingenciamento cabe à Junta de Execução Orçamentária, órgão composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; Esther Dweck, Gestão e Inovação em Serviços Públicos; e da Casa Civil, Rui Costa.

Mesmo com o novo contingenciamento, o total bloqueado este ano é bastante inferior ao do ano passado, quando foram travados R$ 15,38 bilhões para cumprir o teto de gastos. Os recursos só foram desbloqueados porque a Emenda Constitucional da Transição retirou do teto de gastos R$ 23 bilhões relativos a programas sociais no ano passado, mais R$ 168 bilhões neste ano.