Alckmin deve ser mantido como vice, avalia Humberto Costa

Por Manoel Guimarães – especial para o Blog

Envolto em especulações sobre uma alteração na chapa presidencial do ano que vem, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) pode ser mantido no posto. É a visão do senador e presidente interino do PT nacional, Humberto Costa. Para o pernambucano, o socialista reúne predicados fundamentais para ser mantido na chapa. No entanto, avalia Humberto, a conjuntura será avaliada mais na frente para se concretizar essa decisão.

“Se prevalecer a competência, a lealdade e o espírito de colaboração, sem dúvida melhor nome é o de Geraldo Alckmin. Ele mostrou que é leal, que tem todas as condições, mas sabemos que na política as coisas são imprevisíveis. Alckmin também tem condição de ser coringa, ele pode ser um grande candidato a governador ou a senador em São Paulo. E pode ser que o presidente Lula (PT) precise ampliar o seu conjunto de forças, colocando outro partido mais forte que o PSB na vice. Mas pelo desempenho, pela lealdade e pela postura, acho que o melhor nome seria o de Geraldo Alckmin”, avaliou Humberto, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.

O posto tem peso estratégico na composição da chapa, sobretudo após mais de uma década em que os petistas reiteradamente se queixam do papel de Michel Temer (MDB) como vice da presidente Dilma Rousseff (PT), entre 2011 e 2016. Temer assumiu a titularidade após o impeachment da petista, e sempre foi tachado como “golpista” pela ala vermelha.

Em entrevista exclusiva ao ‘Direto de Brasília’, meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o senador e presidente nacional do PT, Humberto Costa, afirmou que o Governo do presidente Lula (PT) não teme a criação da CPI do INSS. “O Governo vai até as últimas instâncias para obter o dinheiro que foi desviado dos aposentados de volta. Eu creio que uma CPI agora não vai trazer nada de novo para essa investigação”, disse Humberto. Confira!

Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’, com o senador e presidente nacional do PT, Humberto Costa, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!

Daqui a pouco, a partir das 18h, o senador e presidente da Executiva Nacional do PT, Humberto Costa, concede entrevista exclusiva ao meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o ‘Direto de Brasília’. A entrevista vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão ao vivo pelo YouTube da Folha, pelo canal do blog e pelas redes sociais (Instagram e Facebook) deste espaço.

O programa também será retransmitido pela Rede Nordeste de Rádio, composta por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, com a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife, como cabeça de rede. Confira:

O Conselho de Ética da Câmara aprovou, hoje, a suspensão imediata do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES). O parlamentar foi denunciado pela própria direção da Casa. Ele é acusado de quebrar o decoro ao proferir ofensas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em uma audiência pública da Comissão de Segurança da Câmara.

O afastamento, aprovado por 15 votos a 4, terá duração de três meses – prazo menor do que o proposto pela cúpula da Câmara. Antes de a suspensão do mandato ser efetivada, Gilvan da Federal ainda poderá recorrer ao plenário contra a deliberação do Conselho de Ética. Nesta terça, no entanto, ele afirmou que não apresentará recurso e que assumirá a sua “punição”. As informações são do portal G1.

O afastamento não levará à convocação de um suplente. Isso somente poderia ocorrer se a suspensão fosse superior a 120 dias. Durante o período de suspensão do mandato, Gilvan ficará sem salário, cota parlamentar, verba de gabinete e todos os seus assessores perderão o cargo na Câmara.

A suspensão não isenta Gilvan da Federal de responder a um processo disciplinar, no Conselho de Ética, que pode levar à cassação definitiva do mandato. O órgão instaurará o procedimento em outra ocasião, e outro relator deverá assumir o caso.

‘Insinuações abertamente ultrajantes’

Gilvan da Federal foi denunciado ao Conselho de Ética pela própria direção da Câmara, no último dia 30. De forma inédita, a Mesa Diretora lançou mão de uma prerrogativa que abre caminho para punir parlamentares previamente – antes da instauração, da discussão e da conclusão de um processo disciplinar no Conselho de Ética. Foi a primeira vez que a cúpula da Casa optou por pedir a suspensão imediata de um deputado.

A denúncia afirma que Gilvan da Federal fez “insinuações abertamente ultrajantes, desonrosas e depreciativas” contra Gleisi Hoffmann, em uma audiência ocorrida no dia 29, na Comissão de Segurança da Câmara.

Na ocasião, o deputado associou Gleisi ao codinome “Amante”, que teria sido atribuído a ela em uma planilha de propinas da Odebrecht. Gilvan não parou por aí e disse que a pessoa apelidada de “Amante” deveria “ser uma prostituta do caramba”.

A cúpula da Câmara afirma que o deputado excedeu o “direito constitucional à liberdade de expressão” e ofendeu a “dignidade da Câmara dos Deputados”. O argumento foi seguido pelo relator do pedido de suspensão no Conselho de Ética, deputado Ricardo Maia (MDB-BA).

Maia apresentou duas versões de relatórios entre a noite de segunda (5) e a manhã desta terça (6). Nos documentos, ele concorda com o afastamento imediato de Gilvan da Federal. Há, porém, diferenças somente nos prazos de suspensão.

A primeira versão seguia integralmente a denúncia da direção da Câmara, que havia pedido um afastamento de seis meses. A segunda proposta, aprovada pelo Conselho de Ética, reduzia o prazo de três para seis meses. Segundo o relator, a mudança ocorreu após um “entendimento entre as partes” após Gilvan da Federal pedir desculpas a quem “se sentiu ofendido”.

Em seu parecer, Ricardo Maia afirmou que as falas de Gilvan “ultrapassam os limites da liberdade de expressão parlamentar, com ataques pessoais e desqualificação moral”. Segundo o relator, a suspensão imediata do mandato é uma “medida legítima, proporcional e necessária, que visa preservar a dignidade da representação parlamentar e zelar pela integridade da instituição legislativa perante o povo brasileiro”.

O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, descartou o apoio da federação ‘União Progressista’ para a reeleição do presidente Lula (PT) e para o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio do Planalto. “Estamos encerrando o ciclo do PT e vai começar o ciclo dos partidos de centro, que estarão unidos na próxima eleição e, se estiverem unidos, vamos ganhar as eleições”, disse.

A declaração foi dita durante uma palestra-almoço do ‘Lide Brasília’, hoje, no Lago Sul, para empresários e gestores públicos. Ciro citou que, recentemente, houve uma reunião com governadores do centro, como Romeu Zema (Minas Gerais), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e Ibaneis Rocha (Distrito Federal) quando foi discutido um projeto para o país, a partir de 2026.

Além de prever o “fim do ciclo do PT”, Ciro Nogueira também acha que se o centro estiver unido, nem mesmo Lula será candidato à reeleição. O senador, que preside nacionalmente o PP, também acha que com a chegada de um candidato de centro à Presidência, os ministros do Supremo Tribunal Federal voltam às atividades normais.

A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal aprovou, há pouco, um convite para o novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT). O colegiado havia aprovado um convite para Carlos Lupi na semana passada, mas o ministro deixou o governo Lula após o escândalo que envolve fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com descontos indevidos de aposentados. As informações são do portal Metrópoles.

O requerimento é de autoria do senador Dr. Hiran (PP-RR), que propõe que Wolney preste esclarecimento “sobre políticas públicas da pasta no acompanhamento e na modernização das práticas gerenciais e de prestação de serviços público”. Pelo texto, o novo ministro também vai ter que falar sobre “a responsabilidade fiscal, dos recursos e dos gastos públicos” da gestão do INSS.

O INSS é subordinado à pasta coordenada por Wolney. O esquema no INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023, que levaram à instauração de inquérito pela PF para investigar as cobranças feitas por entidades registradas em nome de laranjas. Wolney também é do PDT e era secretário-executivo da Previdência sob a gestão de Lupi. Depois que o ex-ministro pediu para sair, o presidente Lula (PT) o escolheu para comandar a pasta.

A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu deixar a base aliada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão, segundo o líder da sigla, Mário Heringer (PDT-MG), aconteceu após uma decisão unânime entre os parlamentares, tomada em uma reunião hoje. Ainda segundo o líder, a distância acontece após insatisfação com perspectivas para as eleições de 2026 e tratamento recebido pelo partido.

Na última sexta-feira (2), o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, presidente licenciado do partido, pediu demissão do cargo após a repercussão de um escândalo envolvendo uma fraude milionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No Senado Federal, o líder da bancada, Weverton Rocha (MA), afirmou que seguir a escolha do partido na Câmara seria um “desembarque mais difícil”.

Rocha deve conversar com as senadoras Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF) sobre o assunto, que compõem a bancada do PDT na Casa. Os três são os únicos parlamentares do PDT no Senado, que tem 81 parlamentares. Na Câmara dos Deputados o número é mais expressivo, a sigla tem 17 cadeiras, de um total de 513 deputados. As informações são do portal CNN.

Por André Marsiglia
Do Poder 360

Houve um movimento trágico para o direito brasileiro nos últimos anos que pode ser resumido em uma única declaração do ministro Gilmar Mendes, em evento promovido em Madri, pela OAB, nesta semana. O ministro disse que o STF agiu de forma ativista em relação ao 8 de Janeiro, respaldado no “dever de ação” da Constituição.

A fala foi recebida com entusiasmo —talvez até com taças erguidas da nossa “combativa” OAB. O problema é que o tal “dever de ação” não existe. A Constituição não impõe esse tipo de iniciativa messiânica aos tribunais. Diferentemente disso, o Judiciário é regido pelo princípio da inércia. A Corte deve sempre aguardar ser provocada. Mas o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu agir por conta própria, se emparceirar com o Executivo e fechar o Congresso, sempre que este não lhe servir de claque, ou de bobo da corte.

Sob essa visão, desde 2019, com o advento dos inquéritos das fake news, o STF vem traçando uma rota solitária: banindo perfis, bloqueando contas bancárias de jornalistas, negando acesso aos autos às defesas, cassando a palavra de congressistas, acusando antes de julgar, prendendo antes de condenar, censurando antes de refletir.

Onze ministros e suas convicções pessoais se descolaram do país real e conduziram o Brasil por um caminho que não passa mais pelo texto constitucional. A viagem rumo ao poder total, no entanto, é também a derrocada de ministros que pensam assim, pois a Constituição é a a única âncora de legitimidade do STF – é nela que os ministros se mantêm ligados ao povo.

Porém, eles não querem o povo, não se identificam com o povo. Querem é que o povo, o Congresso e o Executivo se identifiquem com eles, com o que acreditam. Viramos escravos de ministros vaidosos e recivilizadores, que, sem perceber, se transformam, pelo próprio vício, em chefes de uma nação deserta, em reis sem coroa.

José Saramago, em seu romance “A Jangada de Pedra”, conta a história metafórica de que a Península Ibérica, impossibilitada de se identificar com a Europa, passou a navegar sem rumo, em busca de uma identidade própria –encontrando apenas isolamento. O STF terá o mesmo destino. Ao tentar reinventar o Brasil a partir de suas próprias certezas, separou-se da Constituição, do povo, da legalidade e da razão. Como a jangada de Saramago, soltou-se das amarras que tem conosco e flutua à deriva no mar das suas próprias abstrações.

Em breve, terá só poder, e isso é pouco, é nada. Toda ditadura se acaba nesse momento, quando nada mais resta ao tirano senão isolamento e poder. Enquanto a hora não chega, o STF, como uma jangada de pedra, navega solene, imóvel, sozinho.

Por Blog do Tales Faria

O golpe contra aposentados do INSS começou em 2019, mas o governo atual não está livre. Isso porque foi sob a administração da equipe empossada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tendo à frente o ministro demitido Carlos Lupi (PDT), que a fraude ganhou grande impulso.

No entanto, isso também não livra as administrações anteriores do julgamento da opinião pública. É aí que o governo se fia para apostar que a Comissão Parlamentar de Investigação do INSS não vai muito à frente.

Em 2019, por exemplo, era secretário especial de Previdência o atual líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), que também foi líder do seu partido, o PL.

Marinho é uma figura respeitada no Congresso. Ter sido secretário quando o golpe começou não quer dizer que esteja envolvido. Mas o PL terá interesse em ver seu líder arrolado pela CPI com suspeitas jogadas sobre seus ombros?

Piores do que o caso dele há o de vários outros parlamentares dos mais variados partidos. Ou fizeram lobby em favor dos descontos em folha das tais “mensalidades associativas”, ou apresentaram projetos que dificultavam a fiscalização.

Tratam-se de parlamentares de todas as matizes, de esquerda ou de direita, como é o caso do atual ministro da Previdência, o ex-deputado Wolney Queiroz (PDT-PE), tão respeitado no Congresso quanto Marinho.

Wolney assinou com cinco outros parlamentares de esquerda uma emenda que aumentou, por causa da pandemia, o prazo de autorizações dos descontos. Isso beneficiou as entidades fraudulentas.

A justificativa para esticar o prazo é razoável: a pandemia do coronavirus. Assim como há explicações razoáveis para Rogério Marinho dizer que, como então secretário, não pode ser responsabilizado diretamente por toda fraude que tenha ocorrido na Previdência.

Também terão explicações bastante razoáveis para sua atuação muitos dos lobistas e dos parlamentares que defenderam os descontos.

Mas a pergunta que interessa agora é: esse pessoal vai querer ver seus nomes misturados ao noticiário de tramoias que será levantado pela CPI. Vão querer mesmo?