O ministro de Portos e Aeroportos e presidente do Republicanos Pernambucano, Silvio Costa Filho, filiou aos quadros da legenda o lendário ex-prefeito de a Nazaré da Mata, Nino, que governou a cidade por cinco mandados. O ato ocorreu na sede da legenda, no Recife, também com participação do primeiro-secretário da sigla, Samuel Andrade. O ex-prefeito de Nazaré é aliado do deputado federal Augusto Coutinho, do Republicanos.
“Nino é um símbolo, na apenas de Nazaré, mas de toda Zona da Mata. Um homem sério, humilde e trabalhador; que vai nos ajudar a construir um grande legado na região e em todo o estado. Ao lado do presidente Lula, vamos seguir trabalhando muito pelo Brasil e por Pernambuco”, pontuou Silvio Costa Filho.
O PDT começou a mapear nomes para substituir Carlos Lupi na Previdência. Insatisfeito com o tratamento que tem recebido do governo, em meio ao escândalo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o ministro cogita pedir demissão, o que pode ocorrer ainda nesta sexta-feira, 2. Ele deve se reunir no fim da tarde com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O partido pode indicar para o cargo Wolney Queiroz, ex-deputado e atual secretário-executivo do Ministério da Previdência, ou Guilherme Campelo, diretor de Licenciamento da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Outros nomes ainda podem ser estudados pela sigla, a depender da posição do Palácio do Planalto sobre a indicação. As informações são do Estadão.
Wolney Queiroz é filiado ao PDT desde 1992 e foi líder da sigla na Câmara. Fez parte da equipe do governo de transição, em 2022, e chegou a ser cotado, na época, para assumir a Previdência. Campelo foi candidato a vice-governador do Distrito Federal pelo PDT, em 2022, na chapa encabeçada pela senadora Leila Barros (PDT-DF).
Um dos fatores que mais incomodaram Lupi foi o fato de Lula ter nomeado o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, sem consultá-lo. Ele entrou no lugar Alessandro Stefanutto, que deixou o cargo após ser alvo de operação da Polícia Federal que investiga descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.
Nesta semana, a oposição na Câmara conseguiu as assinaturas necessárias para protocolar o requerimento de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o escândalo do INSS. Como mostrou a Coluna do Estadão, a CPI é um dos principais temores do governo Lula, pelo potencial de desgaste público para a gestão petista, que tenta evitar a volta da “marca da corrupção”.
O Palácio do Planalto avalia que a permanência do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, enfraquece o discurso de que o governo agiu com rigor no combate às fraudes no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Aliados de Lupi veem um movimento de “fritura”. A expectativa é de que o presidente licenciado do PDT ceda à pressão e entregue o cargo.
Inicialmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) queria deixar a decisão para a próxima semana. Interlocutores, no entanto, agora falam que uma decisão pode ser tomada a qualquer momento. A expectativa é que Lula se reúna com Lupi ainda nesta sexta-feira (2). As informações são da CNN Brasil.
A estratégia do Palácio do Planalto para conter a crise tem sido enfatizar que desmontou um esquema de descontos ilegais de aposentados e pensionistas que iniciou em 2019, no governo de Jair Bolsonaro (PL). Porém, encontra dificuldades para explicar por que o ministro da Previdência demorou para agir para coibir as fraudes.
Lupi foi alertado em junho de 2023 das suspeitas de fraudes, mas levou dez meses até o INSS implementar regras mais rígidas. No período, os descontos ilegais de aposentados e pensionistas seguiram aumentando.
A determinação no governo é sempre destacar que a Controladoria-Geral da União (CGU) começou a auditoria em junho de 2023. Um ano depois, a Polícia Federal entrou na investigação que culminou na Operação Sem Desconto, deflagrada no último dia 23.
Auxiliares do governo admitem que, embora Lupi não seja citado na investigação, é difícil explicar por que o ministro não agiu imediatamente para interromper os descontos ilegais feitos por associações, que explodiu durante a gestão Lula.
Aliados de Lula apontam que o desgaste de Lupi evoluiu quando o pedetista resistiu a cumprir a determinação do presidente para demitir o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Lupi foi o responsável por indicar Stefanutto, demitido após a investigação. Antes, o ministro havia indicado Glauco Wamburg, que deixou a presidência do INSS ainda em 2023, sob suspeita de uso irregular de passagens e diárias pagas pelo governo.
Ainda na manhã do dia da operação, na semana passada, o presidente ligou ordenando a saída de Stefanutto. A medida era vista como imprescindível para blindar o governo de um escândalo que ainda não se sabe a extensão.
Somente à tarde, passou a circular a partir do Ministério da Previdência a informação que o presidente do INSS havia tomado a decisão de se demitir. O Planalto viu na versão uma tentativa de Lupi blindar o amigo.
A partir disso, o ministro da Previdência foi isolado por Lula na condução da crise e não participou da escolha do novo presidente do INSS, Gilberto Waller Junior. O novo chefe do órgão teve o aval dos ministros da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho.
O presidente Lula aguarda ainda nesta sexta-feira que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, entregue o cargo e o PDT indique alguém para sucedê-lo, depois que o escândalo dos descontos sem autorização de contribuições de aposentados e pensionistas para associações e sindicatos o inviabilizou política e administrativamente.
A informação de que a queda de Lupi é iminente foi dada pela Folha de S.Paulo e confirmada ao blog por três integrantes do primeiro escalão de Lula, em caráter reservado, nesta sexta-feira. Ninguém assegura se o desfecho do caso, que vem desgastando o governo desde a semana passada, se dará ainda nesta sexta, mas dizem que é algo próximo.
A avaliação que foi feita para o presidente é que, ainda que não se comprove o envolvimento de Lupi ou de seus aliados mais próximos com qualquer esquema fraudulento, a total incompetência demonstrada por ele para lidar com o caso desde que as primeiras denúncias vieram à tona, ainda em 2023, já torna sua permanência no posto inviável.
Existe um temor nos gabinetes próximos ao do presidente que haja novas revelações e que o esquema se mostre ainda mais disseminado, o que só agravaria o desgaste de imagem que recai principalmente sobre o próprio Lula, ainda que as fraudes tenham começado em 2019, no governo de Jair Bolsonaro, e a maioria das entidades investigadas pela Polícia Federal tenham se credenciado em 2022.
O fato de os desvios de recursos dos beneficiários não ter sido sustado e de os volumes de desconto, pelo contrário, terem explodido já na gestão Lula levou a que o presidente fosse alertado de que, no mínimo, Lupi designou para postos chave no INSS pessoas que deram continuidade ao esquema.
O desejo de Lula é manter o PDT no comando da pasta, se possível compatibilizando a ligação política do futuro indicado com um perfil mais técnico. Como não se tem certeza de se a escolha recairá sobre alguém com essas características, o entorno do presidente tem se esforçado em enfatizar o currículo do novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, que é procurador da Advocacia Geral da União, com experiência anterior no combate a fraudes e outras irregularidades.
A partir desta sexta-feira (2), as inserções de TV do União Brasil começam a ser veiculadas, e o presidente da sigla em Pernambuco, Miguel Coelho, ganhou um espaço considerável no horário eleitoral. No vídeo, Miguel destaca que a atuação política deve estar voltada para a geração de resultados que realmente transformem a vida das pessoas.
“Na política, tem gente boa de discurso, mas que não resolve nada. Com a gente, é diferente. A gente faz e não enrola. Aqui, é mão na massa!”, diz ele no VT.
Em seguida, Miguel fala sobre Petrolina, cidade que administrou por dois mandatos, ressaltando os indicares positivo em áreas como geração de empregos, educação e infraestrutura.
“Deu tão certo que agora estamos no Recife, ajudando a capital a avançar. E esse trabalho está chegando a todo o Pernambuco. Não é discurso, é mão na massa e união”, afirma.
O União Brasil comanda as secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Recife, áreas estratégicas para o desempenho da atual gestão.
“Nossa mensagem é direta: a população quer ver transformações, mudanças verdadeiras. Ninguém tem mais paciência para a polarização ou para o discurso vazio. As pessoas querem trabalho e uma vida mais digna”, resumiu Miguel Coelho sobre as peças publicitárias.
Além deste filme, o União Brasil também irá veicular outros dois, protagonizados por Mendonça Filho, deputado federal, e Juliana Chaparral, prefeita de Casinhas.
O desejo para que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deixe o cargo não vem apenas de parte de integrantes do governo Lula (PT). Até mesmo no PDT, partido do ministro, há um consenso de que o melhor é que ele saia. E, no Palácio do Planalto, alguns integrantes dão como certa a saída de Lupi, e aguardam, para breve, um encontro definitivo entre o presidente da República e o ministro.
Esta semana, Lupi ouviu de importantes quadros do partido que o melhor é deixar o governo e voltar a assumir a presidência do partido, do qual é presidente licenciado, para se concentrar em garantir a manutenção do PDT como pilar da base do governo. O temor de Lupi, manifestado aos interlocutores, é a de que sua saída seja interpretada pela opinião pública como confissão de culpa. As informações são do blog do Octavio Guedes.
Enquanto uma ala do partido quer permanecer na base de sustentação do governo, há setores que veem na crise a oportunidade de romper de vez com o governo. Essa ala é capitaneada por Ciro Gomes que, em 2022, disputou a presidência contra Lula, recusou-se a apoiá-lo no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL) e foi autor de alguns dos ataques mais duros contra o petista.
A Prefeitura de Araripina anunciou a adesão integral aos quatro ciclos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (Lei nº 14.399/22), consolidando o município como referência no incentivo à cultura no Sertão do Araripe. Com a medida, Araripina garantirá um investimento total de R$ 2.531.384,32 ao longo dos próximos quatro anos, sendo R$ 632.846,08 já no segundo semestre de 2025.
Para o prefeito Evilásio Mateus (PDT), a adesão representa mais que recursos financeiros. “Esse é um passo estratégico que fortalece a cultura como instrumento de desenvolvimento social, econômico e humano. Em Araripina, acreditamos no poder da arte para transformar vidas, valorizar talentos e fortalecer a identidade do nosso povo.”
A Política Nacional Aldir Blanc é uma das maiores iniciativas de fomento à cultura já implementadas no país, e a adesão integral por Araripina assegura que o município esteja alinhado às diretrizes nacionais de valorização cultural. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, já trabalha na estruturação de planos e editais para assegurar a aplicação eficiente e participativa dos recursos.
Depois de conquistar a medalha de ouro no concurso Catad’Or World Wine Awards, realizado em novembro passado, em Santiago, no Chile, com o rótulo Cabana do Vale Safra 2023, a Vinícola Vale das Colinas segue colocando seus vinhos entre os melhores do País e conquistando medalhas de ouro, desta feita com os rótulos Dona Cecília e Malbec Dona Elisa.
A vinícola, instalada em Garanhuns, conquistou a medalha de ouro e o título de melhor vinho moscato do Brasil na 10ª edição da Grande Prova Vinhos do Brasil, realizada pelo Grupo Baco Multimídia e organizada pelo colunista da revista Veja e comentarista da CBN, Marcelo Copello. As informações são do blog do Carlos Eugênio.
O destaque da Vale das Colinas ficou por conta do rótulo Dona Cecília, que se sobressaiu em uma avaliação às cegas que reuniu mais de mil rótulos de vinhos de diversas regiões do País. Além do reconhecimento do moscato, a vinícola garanhuense também celebrou o sucesso do malbec Dona Elisa, que igualmente recebeu medalha de ouro.
A prova às cegas, realizada no final do mês passado, no Rio de Janeiro, foi feita por um time de 22 jurados, todos especialistas e renomados, avaliou 1.007 amostras de dez estados brasileiros e elegeu os melhores vinhos do Brasil em 51 categorias. A ‘Grande Prova Vinhos’ do Brasil é considerada referência no setor da Vinícola Nacional.
“Tive a honra de ser o presidente do júri e pude constatar a evolução da produção nacional, não apenas qualitativa, mas também na abrangência geográfica, com muitos ótimos vinhos das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, e na crescente diversidade de estilos e castas”, avaliou Marcelo Copello.
A cerimônia de premiação será realizada no próximo dia 7, em cerimônia na Wine South América, maior feira de negócios do setor vitivinícola da América Latina, que acontecerá de 6 a 8 de maio, em Bento Gonçalves-RS.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pediu, na última terça-feira (29), que a Justiça de Pernambuco determine a prorrogação do afastamento do prefeito de Pesqueira, Cacique Marcos Xukuru (Republicanos). Na mesma solicitação, o MP também pede que a Justiça determine o licenciamento dos vereadores Sil (PT) e Pastinha Xukuru (PP), e de mais seis agentes públicos, sem prazo determinado. O grupo é réu por participar de um suposto esquema que desviou mais de R$ 15 milhões do município. Eles alegam inocência. O prefeito está afastado há 30 dias, se o juiz não julgar até meia-noite, ele reassume o cargo amanhã.
Cacique Marcos e os demais investigados foram alvos da Operação Pactum Amicis, deflagrada pela Polícia Civil, no início do mês. Em seguida, o MPPE acusou formalmente o grupo por organização criminosa, direcionamento de licitações e lavagem de dinheiro. A denúncia foi aceita pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), na última sexta-feira (25). Segundo a promotoria, o grupo teria sido responsável por direcionar ao menos 15 licitações entre janeiro de 2021 e setembro de 2022. As informações são do portal PanoramaPE.
A suspensão dos agentes públicos, no entanto, não ficou registrada na sentença que recebeu a denúncia. Por isso, o MPPE entrou com embargos de declaração para que conste na decisão “o afastamento dos cargos que atualmente exercem, enquanto perdurar a instrução processual penal”.
“É imprescindível que se determine seus afastamentos dos cargos que atualmente exercem, como forma de resguardar a regularidade da instrução processual penal e a ordem pública”, diz o texto. Para o órgão, a medida se torna necessária quando o exercício da função pública “puder favorecer” a repetição dos delitos ou a “destruição de provas”.
Entre os denunciados, também há empresários da cidade. A promotoria também solicitou que os alvos tenham suspensos os direitos de “licitar e contratar com o Poder Público, bem como de exercer atividades econômicas e financeiras relacionadas à gestão de recursos públicos”.
O Sextou de hoje abre a sua cortina para a música regional de qualidade: a Banda de Pau Corda. Sérgio Andrade, vocalista e um dos criadores do grupo, vai fundo na sensacional história da banda, da qual é um dos seus principais precursores. O grupo teve seu start no Recife em 1973, com o clássico ‘Vivência’. Marcou uma certa temporalidade pernambucana na historiografia da música brasileira junto com nomes como Quinteto Violado, Alceu Valença e Geraldo Azevedo.
Atualmente, toda a discografia do grupo está disponível nas plataformas digitais pela Sony, que tem os direitos do acervo da RCA Victor, antiga gravadora da banda.
O Sextou vai ao ar hoje, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir o Sextou pela internet, clique no link do Frente a Frente no alto da página deste blog ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.
O deputado federal Felipe Carreras (PSB/PE) foi indicado para integrar três relevantes comissões em debate atualmente no Congresso Nacional: a Comissão Mista de Orçamento (CMO), a Comissão Especial para a Redução do Imposto de Renda e a Comissão Especial da Lei de Incentivo ao Esporte.
A Comissão Mista de Orçamento, composta por deputados e senadores, é responsável por analisar os principais instrumentos de planejamento e execução orçamentária do país, como o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual (LOA) e os créditos adicionais da União. Também é atribuição da CMO fiscalizar a aplicação dos recursos públicos e avaliar as contas do Presidente da República.
Já na Comissão Especial do Imposto de Renda, o deputado participará da análise do Projeto de Lei 1.087/2025, que propõe a maior reformulação na tabela do Imposto de Renda das últimas décadas. A medida tem potencial para beneficiar mais de 90 milhões de brasileiros, com isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais e alíquota reduzida para rendas de até R$ 7 mil.
Na Comissão Especial da Lei de Incentivo ao Esporte, Felipe Carreras atuará diretamente na construção de um novo marco para o setor. A proposta em debate, de autoria do próprio deputado, busca tornar a lei permanente, mantendo seu texto original, mas eliminando a exigência de renovação a cada cinco anos. O objetivo é tornar os investimentos no setor uma política pública contínua, trazendo mais segurança jurídica e previsibilidade aos projetos esportivos em todo o Brasil.
O prefeito de João Alfredo, Zé Martins, usou a data de ontem, 1° de maio, Dia do Trabalhador, para inaugurar importantes obras e assinar novas ordens de serviços para o município. Além disso, o dia foi marcado por dois shows para a população, dos artistas João Gomes e Michel Brocador.
“Muito já foi feito pela nossa terra, mas a nossa gente merece muito mais. Por isso, é inaugurando obra e assinando novas ordens de serviços. O nosso compromisso sempre vai ser com o desenvolvimento do município e o bem-estar dos joãoalfredenses”, afirmou o prefeito Zé Martins.
Também estiveram presentes na comemoração o secretário da Casa Civil do Estado, Túlio Vilaça, e o ex-deputado federal e presidente do Avante-PE, Sebastião Oliveira, além, de secretários executivos do Governo do Estado e outras autoridades políticas da região.
Num país marcado por profundas desigualdades educacionais, era de se esperar que os gestores públicos tratassem a valorização do magistério como prioridade absoluta. No entanto, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), tem demonstrado, com ações concretas, um profundo descompromisso com a educação pública e, mais gravemente, com os professores contratados, categoria que representa uma parcela significativa da força de trabalho nas escolas estaduais.
Apesar de a Lei Federal nº 11.738/2008 estabelecer o piso salarial nacional do magistério da educação básica como direito assegurado a todos os profissionais da área, independentemente da natureza do vínculo, a governadora optou por recorrer até as últimas instâncias do Poder Judiciário – inclusive ao Supremo Tribunal Federal, no Tema 1308 – para subtrair esse direito dos professores contratados temporariamente.
O mais grave é que essa postura não encontra respaldo nem na jurisprudência do próprio STF. A Corte já reconheceu, na ADI 4167, a constitucionalidade do piso nacional e o seu caráter obrigatório. Ao insistir na tese de que professores contratados não fazem jus ao mesmo tratamento dado aos efetivos, o Governo do Estado de Pernambuco adota uma postura de clara discriminação institucional contra profissionais que exercem as mesmas funções, nas mesmas salas de aula, com a mesma carga de trabalho.
Enquanto isso, outros governadores, como Ronaldo Caiado (GO) e João Azevêdo (PB), optaram pelo caminho do diálogo, da responsabilidade e do respeito aos educadores. Ambos firmaram acordos judiciais, reconhecendo o direito ao piso e garantindo aos professores o mínimo de dignidade salarial. Em contrapartida, a governadora de Pernambuco segue isolada politicamente, insistindo em uma estratégia jurídica dispendiosa e moralmente injustificável, que transforma a dignidade do professor em objeto de litígio.
É preciso denunciar, com veemência, esse comportamento autoritário e tecnocrático, que coloca interesses fiscais acima dos direitos fundamentais. A governadora não hesitou em recorrer à Procuradoria do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Superior Tribunal de Justiça e, finalmente, ao Supremo Tribunal Federal – não para garantir mais verbas para a educação, mas para negar um direito básico aos professores que já vivem em situação de precariedade.
Essa atitude revela não apenas um desprezo pela legislação federal, mas também um desrespeito ao princípio da isonomia consagrado na Constituição Federal. Não há justificativa jurídica, política ou moral para remunerar de forma desigual profissionais que desempenham a mesma função pública. Recorrer contra esse direito é recorrer contra a Constituição, contra a Justiça e contra o povo.
Ao transformar os professores contratados em alvos de uma cruzada judicial, a governadora de Pernambuco deixa claro que sua prioridade não é a valorização da educação, mas a manutenção de uma lógica de governo insensível e excludente. É hora de romper o silêncio. É hora de dizer em alto e bom som: quem governa contra os professores, governa contra o futuro.
Em Arcoverde desde ontem, encontrei o prefeito do Recife, João Campos (PSB), com sua Tabata Amaral (PSB), correndo no Parque Verde, onde faço minha corridinha diária de 8 km. A princípio, não reconheci porque ele estava com um grupo de quatro pessoas. Na volta, são 4 km a pista, o cumprimentei: “Fazendo o que na minha terra? De supetão, brincou: “Sua terra é Afogados da Ingazeira”, e saiu em disparada com Tabata.
Como não corro com celular, não registrei o momento, mas liguei para o secretário de Imprensa, Gilberto Prazeres, para saber se havia pauta política do prefeito em Arcoverde e ele me informou que João estava a caminho de São José do Belmonte, para um casamento.
O que, aliás, ele confirma neste vídeo enviado por Gilberto.
O projeto de lei do governo de Pernambuco que pede autorização para contratar novo empréstimo, no valor de R$ 1,5 bilhão, ainda será analisado pelas Comissões de Finanças, Orçamento e Tributação e Administração Pública. Ambas têm reunião ordinária agendada para a próxima terça-feira, às 10h e às 10h30, respectivamente. Mas é provável que a oposição questione alguns pontos e a matéria não seja apreciada de imediato, mesmo depois de ter sido aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), na última terça.
Relator do projeto na CCLJ, o deputado Waldemar Borges deu parecer favorável, após incorporar emenda do deputado Edson Vieira (União Brasil). propondo maior clareza sobre a aplicação dos recursos. Waldemar Borges aproveitou para avisar durante a semana que novo pedido de informação deve ser direcionado ao governo.
“Os esclarecimentos que chegaram foram de ordem técnica. Ainda precisamos de saber o que foi feito com os outros empréstimos. Não podemos aprovar um montante dessa ordem sem noção do que está acontecendo”, afirmou o parlamentar que não integra a Comissão de Finanças, mas pode fazer o requerimento ou repassá-lo a um dos pares do colegiado.
Um dos vice-líderes do governo, o deputado Antônio Moraes (PP) adiantou que os secretários de governo estão sempre à disposição da Casa para tirar qualquer dúvida, como já aconteceu em outras vezes. A matéria chegou à Assembleia Legislativa no dia 20 de março.
Os oposicionistas protelaram o quanto puderam e chegaram a estourar o prazo de 15 dias úteis previstos em regimento, segundo a líder do governo, deputada Socorro Pimentel (União). Nos bastidores, estariam condicionando a votação ao pagamento de emendas.
A matéria gerou troca de farpas públicas no dia anterior à votação entre o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto (PSDB), e a governadora Raquel Lyra (PSD). No 8º Congresso Municipalista da Amupe, no Centro de Convenções, em Olinda, o deputado cobrou o pagamento de emendas, durante discurso. Minutos depois, também em pronunciamento, a governadora ironizou e disse que a Alepe iria aprovar o projeto de empréstimo. E ressaltou a parceria com a Casa.
A Alepe ainda falta apreciar a indicação do advogado Virgílio Oliveira para administrar o Arquipélago de Fernando de Noronha e marcar a sabatina. A matéria está na Casa desde o dia 27 de março.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu carta branca para o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, fazer as modificações que considerar necessárias no órgão. Assessores presidenciais dão como certa a reformulação da autarquia e troca de seus diretores.
Lula nomeou Waller para o cargo na última quarta-feira, após o antecessor, Alessandro Stefanutto, ser demitido em razão de fraudes no INSS investigadas pela PF. As informações são do blog da Ana Flor.
Conforme relatos de assessores próximos a Lula, o Planalto buscou mais do que um perfil técnico para o cargo, mas uma pessoa com ampla experiência em auditorias, para um pente-fino no INSS. “Precisava ser mais do que um nome técnico, mas um especialista em auditoria”, afirmou um ministro.
Pela primeira vez, o presidente Lula (PT) não compareceu às manifestações dos trabalhadores pelo 1º de Maio. Na véspera, preferiu um discurso na TV em aceno aos trabalhadores. Disse que vai discutir o fim da chamada jornada 6 por 1, em que a pessoa descansa um dia por semana e trabalha seis.
O presidente não foi temendo o esvaziamento do ato, como no ano passado, que contou com apenas 1,6 mil pessoas, e também porque sabia que iria ser cobrado pela demissão do ministro da Previdência, Carlos Lupi, que foi alertado sobre a garfada de R$ 6,3 bilhões do dinheiro dos aposentados e pensionistas por uma quadrilha, sem tomar nenhuma medida.
Na sua fala na TV, prometeu aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país, na qual o trabalhador cumpre seis dias no serviço com apenas um dia de descanso. A chamada jornada 6 por 1. “Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou.
Ainda em seu pronunciamento, o presidente mencionou a investigação da Polícia Federal que descobriu fraude no INSS. Um esquema em que associações de convênios tiravam irregularmente dinheiro de pensionistas. Afirmou que vai determinar o ressarcimento pelas associações à população afetada.
Este é o segundo pronunciamento de Lula em alusão ao Dia do Trabalhador desde a posse, em 2023. No ano passado, uma fala semelhante foi feita pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT).
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi questionada sobre a ausência do presidente nas festividades neste ano. Ela negou que a motivação seja a falta de articulação para levar um público considerável ao ato.
ACENO AOS TRABALHADORES – Nos últimos meses, o governo tem apostado em medidas para tentar se reaproximar da classe trabalhadora, que foram mencionadas na fala de Lula em rede nacional. Entre as apostas estão o projeto para isentar do imposto de renda trabalhadores que recebem até R$ 5 mil, o uso da plataforma e-Social para facilitar a concessão de empréstimos consignados a trabalhadores do setor privado e a regulamentação do trabalho de motoristas e entregadores por aplicativos.
União Progressista dá start de filiações – Dois dias após a formalização da União Progressista, federação partidária resultado do ajuntamento entre PP e União Brasil, o presidente da federação em Pernambuco, Eduardo da Fonte, assinou, ontem, a primeira filiação de um prefeito, Miruca, de Água Preta, na Zona da Mata. “Miruca chega para somar e já conta com todo o apoio da Federação. Esse é o início de um movimento de fortalecimento e crescimento que, com certeza, fará história em Pernambuco e no Brasil”, afirmou Eduardo.
Mais presídios – O Governo do Estado publicou, ontem, licitação para a execução das obras remanescentes em três unidades prisionais masculinas do Centro Integrado de Ressocialização (CIR) em Itaquitinga, na Zona da Mata. A previsão é que as três unidades sejam concluídas em 2026, com 3.024 novas vagas no regime fechado, sendo 1.008 em cada uma. Essas ocupações se somam às 2.754 vagas do presídio de Araçoiaba, com obras em andamento e início de entrega ainda para este ano. As vagas também se juntam às 155 previstas para a penitenciária de Caruaru e às 1.854 já entregues desde 2023, totalizando 7.787 vagas prisionais.
Zema quer demissão de Lupi – O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou, ontem, em ato no Dia do Trabalho em Belo Horizonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por não demitir o ministro Carlos Lupi (Previdência) depois que a Polícia Federal revelou um esquema criminoso de cobranças indevidas contra aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Lupi foi o responsável por indiciar o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto. Segundo as investigações, foram desviados R$ 6,5 bilhões de aposentadorias.
Prefeito reclama da governadora – O prefeito de São Caetano, Josafá Almeida (UB), lamentou, ontem, que a governadora Raquel Lyra (PSD) continue discriminando o município, sem apoiar eventos nem ajudar na consolidação do polo de confecções. “Não recebemos um tostão para a 10ª edição do Festival da Carroça de Burro”, disse, adiantando que até hoje aguarda a liberação de R$ 2 milhões para o acesso ao Polo de Confecção de Moda Infantil, projeto orçado em R$ 20 milhões via emendas federais. “Sou um prefeito independente e talvez isso não agrade ao Governo, mas a governadora não pode gerir o Estado com viés discriminatório”, afirmou.
CURTAS
UMA MERRECA – Já para o Festival de Jericos, em Panelas, que começou na quarta-feira passada e se estende até domingo, uma festa orçada em R$ 2 milhões, a governadora só liberou R$ 200 mil. Mesmo assim, o prefeito Ruben Lima, o Rubinho (PSB), agradeceu. “É pouco, mas foi um gesto e estamos agradecidos”, afirmou.
PORTAS FECHADAS – Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o prefeito de São Caetano, Josafá Almeida (UB), disse que espera há dois anos uma audiência com a governadora para tratar do maior projeto econômico do município, o polo de confecção de moda infantil. “Só fui recebido até hoje pelo secretário da Casa Civil”, relatou.
ÍNDIOS SEM VOZ – Já o prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques (Republicanos), ficou estarrecido com a decisão do cerimonial da governadora, de não permitir que os representantes da comunidade Pankaru, em Jatobá, no Sertão, tenham tido o direito de falar na inauguração da Cozinha Comunitária Raízes Indígenas, naquele município. “Os índios foram desrespeitados dentro do território deles”, disse Marques.
Perguntar não ofende: Quem é o “sábio” que está organizando os eventos do Governo no Interior e dando as coordenadas políticas à governadora?