O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, hoje, a redução da assistência financeira de países mais ricos para apoiar o desenvolvimento econômico, ambiental e social de países mais pobres. Segundo Lula, em 2024, a Assistência Oficial ao Desenvolvimento (AOD) caiu 7%, enquanto as despesas militares cresceram 9,4%.
“Isso mostra que não falta dinheiro. O que falta é disposição e compromisso político para financiar”, disse Lula em sua participação no Fórum de Economia e Finanças Azuis, em Mônaco.
A AOD é definida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como a ajuda oficial que visa promover o bem-estar econômico e social nos países em desenvolvimento, com o objetivo principal de alívio da pobreza. A assistência inclui tanto financiamento como a concessão de empréstimos, subvenções e outros recursos, diretamente pelos países ou por organismos multilaterais. É uma ferramenta importante para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Lula está em visita oficial à França e, hoje, participou desse fórum que tem objetivo de identificar e mobilizar soluções para apoiar a chamada economia azul — atividades econômicas marinhas e costeiras — e conservar os ecossistemas marinhos. Em seu discurso, o brasileiro lembrou que os oceanos também não recebem o “devido reconhecimento pelo que nos proporciona”.
“O ODS 14, dedicado à conservação e ao uso sustentável dos recursos marinhos, é um dos objetivos com menor financiamento de toda a Agenda 2030. O déficit para sua implementação é estimado em US$ 150 bilhões por ano”, destacou.
Enquanto isso, segundo o presidente, além de cumprir a função de principal regulador climático, pelo mar trafegam mais de 80% do comércio internacional e 97% das redes mundiais de dados, com uma geração econômica anual de US$ 2,6 trilhões. “Se fosse um país, o oceano ocuparia a quinta posição entre as maiores economias do mundo”, afirmou.
Segundo ele, é preciso concluir o instrumento vinculante para acabar com a poluição por plástico nos oceanos e avançar na ratificação do novo tratado para a biodiversidade nas águas internacionais. Lula lembrou também que a adoção, pela Organização Marítima Internacional, das metas vinculantes para zerar as emissões de carbono na navegação até 2050 promete multiplicar a demanda por energias renováveis e reduziria a dependência global de combustíveis fósseis.
Problema crônico
Para o presidente Lula, a insuficiência de recursos é um problema crônico de várias iniciativas multilaterais. Ele citou a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), em Baku no Azerbaijão, que teve resultados aquém do esperado.
O evento foi criticado por não ter cumprido as expectativas de um acordo robusto sobre financiamento climático. A nova meta de financiamento de US$ 300 bilhões anuais até 2035, embora um avanço em relação ao antigo acordo de US$ 100 bilhões, ficou aquém das necessidades e da solicitação de US$ 1,3 trilhão dos países em desenvolvimento, que pediam financiamento para adaptação e mitigação das mudanças climáticas.
Segundo Lula, a presidência brasileira da COP30, que ocorrerá em Belém, em novembro deste ano, quer reverter esse quadro. “O planeta não aguenta mais promessas não cumpridas. Não há saída isolada para os desafios que requerem ação coletiva”, reforçou.
O presidente lembrou ainda que países em desenvolvimento dependem mais da economia azul do que as nações industrializadas, segundo dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Nesse sentido, a elevação do nível do mar e os eventos climáticos extremos das cidades costeiras vitimam sempre os mais vulneráveis.
“Entre os 33 países da América Latina e Caribe, 23 possuem mais território marítimo do que terrestre. A África detém 13 milhões de quilômetros quadrados de território marítimo; isso equivale à soma do território continental da União Europeia e dos Estados Unidos. Tornar a economia azul mais forte, diversa e sustentável contribui para a prosperidade do mundo em desenvolvimento”, disse Lula.
Para ele, as instituições financeiras internacionais têm um papel central a cumprir e é preciso também desburocratizar o acesso a fundos climáticos. “Insistimos na necessidade de contar com bancos multilaterais melhores, maiores e mais eficazes. Instrumentos como a troca de dívida por desenvolvimento e a emissão de direitos especiais de saque podem mobilizar recursos valiosos”, sugeriu.
Às autoridades do fórum, Lula falou sobre as iniciativas brasileiras, como o programa Bolsa Verde, que transfere renda para mais de 12 mil famílias que ajudam a preservar unidades de conservação marinhas; os US$ 70 milhões na carteira de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social dedicada à economia azul; e o financiamento de projetos de planejamento espacial marinho, conservação costeira e descarbonização da frota naval e infraestrutura portuária.
Agenda
Ainda neste domingo, Lula tem encontros privados com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e com a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Audrey Azoulay.
Amanhã, ele cumpre os últimos compromissos na França, entre eles, a participação na 3ª Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos (UNOC 3), em Nice.
Não é a primeira vez que eu vou ao Maciço de Baturité para me deliciar com a Rota do Café no Ceará. E, hoje, tem mais um capítulo dessa aventura. Eu te convido a dar um mergulho na história do Sítio São Luís, que acolhe os visitantes com pão da casa, café fresquinho e uma boa conversa, pra lá de acolhedora. Bráulio Bessa diz que “Quem esquece de onde veio, não sabe pra onde vai”.
“Eu fiz parte da última geração que viveu entre a serra e o sertão. O cearense não conhece a nossa história. Até hoje o nordestino ainda é discriminado. Vivemos uma separação. Recentemente fui à São Paulo e muitos ficaram surpresos ao saberem que nós temos café. A serra aqui custou a ser povoada. Baturité guarda tantas surpresas e riquezas naturais que chegamos a receber durante dias pesquisadores do Museu Nacional. As primeiras tentativas de povoar essa terra foram por meio dos roçados. Custou entendermos o que realmente a serra queria nos dizer e como queria que a víssemos. Eu acho que o café realmente nos redimiu”, explica Cláudia de Góes.
A prosa é regada ao legítimo café da serra acompanhado do famoso bolo de café, o mesmo que foi servido no casamento de Laura, uma das filhas de Cláudia. Contando-nos a história da serra com tanto orgulho, de repente, a matriarca se levanta e faz a mesma reverência que os índios faziam ao olhar para a serra. Segundo ela, “Ybityra-eté”, em Tupi, significa “a montanha”, a “serra verdadeira”, a “montanha de verdade”.
O pertencimento na fala de Cláudia tem quarenta anos. Foi aqui que a filha Renata praticamente (re)nasceu. “Vim pra fazenda tomar leite de cabra onde já morava minha bisavó, Dona Carmen”, conta Renata Góes. E assim também vieram os outros filhos que também eternizaram memórias no lugar.
O portão está sempre aberto, mas pedimos licença para entrar. Dizem que o lugar é abençoado por uma guardiã. O sítio São Luis é um projeto de família. Já foi de Luiz Ribeiro da Cunha, do capitão José Alexandre Castelo Branco, do Cel. João Pereira Castelo Branco, dos irmãos Boris Frères, do Dr. Luiz Cícero Sampaio e de Carmen Nepomuceno, a Dona Carmen. Agora é de Cláudia Maria Mattos Brito de Góes e também de Laura, Daniel, Renata, Raquel e Fernando (membros da quinta geração) e é um pouco de quem chega também.
No carnaval, passaram mais de setecentas pessoas em um único dia. Como não ficar com vontade de entrar? As cinco portas de frente são convidativas.
Três arquitetos holandeses foram chamados para construir uma casa com alpendre e colunas suntuosas, em 1870. O Sítio São Luís já foi um dos maiores produtores de café da história da Serra de Baturité. Se um pé de café dura de oitenta a cem anos, uma boa história se perpetua pela eternidade.
“O Sítio São Luís era lugar de gente perdida. (E que, ao chegar lá, encontrava-se)”, conta Renata Góes. Em 2015, o Sebrae propôs que o Sítio fosse lugar de parada.
“E como é que eu vou ganhar dinheiro contando história?” disse a matriarca Cláudia à equipe do Sebrae quando da criação da Rota do Café. É, Dona Cláudia, a história tem valor. Ouvir histórias assim, sem pressa, é uma riqueza que só podemos desfrutar quando deixamos de ouvir a buzina do carro para ouvir o barulho dos gansos que empolgam-se quando a refeição chega.
É parar para observar o cãozinho Marrone, que posa para todo visitante que se aproxima dele com um celular na mão.
“Quando eu era pequena, tinha tanto café aqui na faxina. O cheiro do café secando é característico, que é totalmente diferente do café que a gente bebe. Eu ia dormir com esse cheiro que tomava conta da casa”, explica Renata Góes. A faxina do café colheita, ou limpeza pós-colheita, é uma etapa crucial na produção do café, com o objetivo de remover impurezas e melhorar a qualidade dos grãos. Esta limpeza, que pode ser manual ou mecanizada, envolve a separação de folhas, ramos, terra, pedras e outros resíduos do café colhido.
Hoje o lugar da faxina recebe, todos os anos, o arraiá do Sítio São Luís, que está sendo preparado para acontecer no dia 12 de julho. Começa assim que o sol se despede, é farto e cheio de acolhida.
“Dizem que aqui até as matas se encontram. Há indícios de que, há milhares de anos, a Mata Atlântica encontrou-se com a Floresta Amazônica, prova disso são vários insetos que só são encontrados na Amazônia”, explica Renata Góes. O sítio São Luís possui mais de quarenta hectares de mata preservada. Cláudia abraçou a missão de preservar a memória do sítio que pertence à família há mais de um século. A dificuldade de ter todos os dias um pãozinho quente fez com que eles produzissem o próprio pão, que, agora, vira cardápio na cafeteria, acompanhado da geleia de banana com laranja e da ricota.
O que a família consome, nós temos a oportunidade de experimentar também. “Queremos que todas as pessoas que entram aqui saiam melhor do que chegaram. Cresci vendo minha mãe receber gente aqui”, conta Cláudia Góes.
E saímos mesmo. O cheiro do café se mistura ao cheiro de história e até cheiro de milagre, que o diga Laura. “Certa vez, ouvi que ninguém nasce no princípio de uma história. Estamos sempre no meio de uma história de alguém e de um lugar”, emociona-se Cláudia Góes que depois fez questão de me mandar todo o verso. “Cada homem carrega a história de todos que o precederam. E faz, por sua vez, em certa medida, a história de todos que o seguirão. Nenhum de nós começa do princípio… Nascemos no meio da nossa própria história!” (Padre Daniel Lima).
A relação da família com o café mudou ao longo das décadas. Hoje não há mais colheita do café, mas o amor à terra e às histórias permanece.
Durante uma tarde inteira, ouvimos histórias inesquecíveis. Pra conhecer todas elas, é preciso subir a serra e visitar o Sítio São Luís, abertos aos sábados e domingos, das 9h às 17h. A taxa de visitação é dez reais.
Quem quiser se hospedar ao lado do sítio, a Casa Bananal está situada dentro do Sítio São Luís, CE 253, Km 99 – Zona Rural, Pacoti – CE, em uma vila familiar ao lado do Casarão. Eles trabalham com AirBnb. O arraiá da família do Sítio São Luís vai acontecer no dia 12 de julho, a partir das 18h.
Para mais informações, entre em contato pelo Instagram.
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse à CNN que não foi convocado para participar da reunião de líderes partidários voltada a avaliar a alternativa do governo à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O encontro acontece hoje.
Sóstenes disse que conversou com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o tema. Na ocasião, Hugo teria dito que a reunião ficará restrita a partidos da base do governo e não contará com sua participação, do líder do Novo, Marcel van Hattem (RS), ou do líder da oposição, Zucco (PL-RS).
“Falei com o presidente Hugo Motta. E ele falou que a reunião será dos líderes dos partidos da base, além do ministro [Fernando] Haddad, equipe econômica, para tentar alguma saída que não seja voltar o PDL [projeto de decreto legislativo], então não precisa dos líderes da oposição, do PL ou do Novo”, disse.
A CNN procurou a comunicação da presidência da Câmara dos Deputados para que comentasse, mas até o momento da publicação da reportagem, não houve resposta. Fora da reunião, o PL tem 89 deputados na Casa; o Novo, cinco.
Um dos líderes partidários que estará no encontro disse, sob reserva, ver com naturalidade a não participação do PL na reunião. Na visão deste parlamentar, o bloco de oposição não votará pela proposta do governo, assim não haveria porquê de levar estas medidas para o aval desses congressistas.
Em evento ontem, Hugo Motta afirmou que os líderes avaliarão e debaterão as alternativas oferecidas pela equipe econômica na reunião.
Na sequência, o colégio decidirá sobre a possibilidade de votar um PDL para revogar a alta do IOF, que poderia ser pautado já na terça-feira (10).
A pesquisa Quaest mostrou Lula estacionado no fundo do poço da popularidade. Segundo um auxiliar, uma das soluções para sair do sufoco é utilizar uma arma que ele não sabe manejar, não entende como funciona e tem forte resistência em se aproximar: o celular.
Lula, talvez pressionado pelo início do período pré-eleitoral que começa em breve, já tem conversado a sério sobre o uso das redes sociais. Diz um outro assessor:
— Ele terá que entender o celular, terá que se convencer que a comunicação com o povo passa por aquele aparelhinho. Se ele não gastar um tempo com isso, a coisa não muda.
Mas será que falar mais, mesmo pelo celular, diretamente com a população, vai adiantar? A Secom crê que sim baseada numa pesquisa que encomendou com 9 mil brasileiros e feita em maio. Nela, 76% dos entrevistados disseram que queriam ver Lula falando mais.
O ministro das Comunicações, Frederico Siqueira, será o entrevistado do meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o ‘Direto de Brasília’, na próxima terça-feira (10). Pernambucano com mais de duas décadas de atuação no setor de telecomunicações, Frederico ocupa o cargo desde abril, após ser indicado pelo União Brasil com apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Durante a entrevista, ele vai detalhar as estratégias do governo federal para ampliar o acesso à internet e modernizar a infraestrutura de comunicações do país.
Entre os temas em pauta estão a Política Nacional de Cabos Submarinos, o uso do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para inclusão digital e os próximos leilões promovidos pela Anatel. O ministro também falará sobre o programa Internet Brasil, que distribui chips para estudantes de baixa renda, a entrega de computadores reciclados, e os esforços para conectar todas as escolas públicas do país, especialmente nas regiões mais isoladas. A implementação da TV 3.0, a modernização da radiodifusão, as próximas fases do 5G e a “Blitz da Telefonia Móvel”, voltada à melhoria do sinal no interior, também estarão no centro da conversa.
O podcast vai ao ar das 18h às 19h com transmissão pelo YouTube da Folha e do meu blog, incluindo cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste e a LW TV, de Arcoverde. São parceiros do programa a Gazeta News, do Grupo Collor, em Alagoas, a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras, na Paraíba, e a Mais-TV, do mesmo grupo, sob o comando do jornalista Heron Cid.
Ainda a Rede ANC, do Ceará, formada por mais de 50 emissoras naquele Estado e a revista Mais Nordeste, de Fortaleza. Os nossos parceiros neste projeto são o Grupo Ferreira de Santa Cruz do Capibaribe, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza, a Água Santa Joana, a Faculdade Vale do Pajeú e o Grupo Grau Técnico.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Pernambuco (Sintepe), Ivete Caettano, está convocando os professores da rede estadual de ensino a paralisarem os trabalhos, amanhã. Ela quer comparecimento em massa da categoria na Assembleia Legislativa. Às 9h, o presidente da Casa, o deputado Álvaro Porto (PSDB), receberá Ivete para tratar do projeto de reajuste salarial, que estará na pauta da sessão que será realizada à tarde. Porto vem colocando a culpa no Governo do Estado pelo esvaziamento do plenário. As informações são do Blog Dantas Barreto.
Nas redes sociais, Ivete também conclamou os professores a darem pressão nos deputados estaduais de cada região de Pernambuco, para que estejam presentes no plenário e aprovem o projeto. “A paralisação da próxima segunda-feira está mantida porque o reajuste não está garantido. Vamos paralisar as escolas. Nenhuma escola deve abrir, nenhuma escola deve funcionar. Todos devemos comparecer à Assembleia Legislativa às 9h, uma reunião com o presidente da Casa. Às 14h, votação do reajuste”, diz a líder sindical.
“Vamos lutar pelos nossos direitos. Ninguém pode ficar de fora desta luta. Defenda a educação, defenda a valorização, pressione o deputado da sua região. Vamos lutar”, acrescenta Ivete Caettano na mensagem.
O impasse se dá porque a oposição vinha cobrando esclarecimentos de empréstimos que totalizam R$ 9,2 bilhões feitos pelo Governo do Estado. Por isso, o novo pedido de operação de crédito de R$ 1,5 bilhão e a sabatina com o administrador do Distrito de Fernando de Noronha estão sem tramitar na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ). A pauta da Ordem do Dia está travada, no entanto Álvaro Porto tem criado pautas extraordinárias para que outros projetos sejam votados, inclusive o do reajuste salarial dos professores.
Na última sexta-feira (6), o Governo do Estado encaminhou as respostas solicitadas pelos deputados Waldemar Borges (PSB) e Alberto Feitosa (PL). Ontem, Borges disse que está retornando de viagem ao Recife, mas que uma equipe vem avaliando as informações remetidas pelo Governo. “São muitos links e equipe está debruçada sobre as informações. Na segunda-feira, terei mais detalhes para elaborar o relatório “, disse o deputado socialista.
Também na próxima segunda-feira, a líder do Governo, a deputada Socorro Pimentel (UB), se reunirá com os deputados da base governista para avaliar qual será o procedimento na sessão que acontecerá à tarde. Na sua avaliação, a partir do momento em que o Governo enviou as respostas solicitadas, não há mais motivo para embate.
“A governadora Raquel Lyra foi muito transparente na reunião que teve com o Sintepe e confirmou que os professores não terão nenhum prejuízo“, disse Socorro. A deputada se refere à garantia de que os salários da categoria serão pagos no dia 20 e que a folha de pagamento extra ficará pronta para ser efetuada, tão logo o reajuste seja aprovado na Assembleia Legislativa.
O senador Miguel Uribe, 39, que foi baleado ontem em um comício em Bogotá, passou por uma cirurgia na cabeça e na coxa esquerda e está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Fundação Santa Fé da capital colombiana.
Segundo boletim médico divulgado pela instituição de saúde hoje, seu estado de saúde “é de máxima gravidade” e a evolução é considerada incerta, com o “prognóstico reservado”.
“Após realizadas todas as avaliações por diversas especialidades, [Uribe] foi levado imediatamente à cirurgia para o controle inicial dos danos. Concluídos os procedimentos neurocirúrgico e na coxa esquerda, foi transferido para a unidade de terapia intensiva para sua estabilização pós-operatória”, diz o comunicado.
O prefeito da capital colombiana, Carlos Fernando Galán, havia dito anteriormente que o senador entrou nas “horas críticas” de recuperação. A mulher de Uribe, Maria Tarazona, agradeceu pela solidariedade e anunciou que a Fundação Santa Fé será a “única responsável” por informar a evolução de saúde do seu marido.
— Fundación Santa Fe de Bogotá (@FSFB_Salud) June 8, 2025
“Peço, por favor, que aceitem e respeitem nosso silêncio”, acrescentou. Em um áudio compartilhado com a imprensa mais cedo neste domingo, ela afirmou que Uribe “está lutando por sua vida”.
Uribe, que é pré-candidato à Presidência da Colômbia nas eleições previstas para maio de 2026, estava fazendo um discurso diante de várias pessoas quando foi atingido. Vídeos do momento do ataque foram compartilhados nas redes sociais.
O Ministério Público da Colômbia informou que um suspeito, um adolescente de 15 anos, foi detido “portando uma arma de fogo tipo pistola Glock (9mm)”. Segundo testemunhas, ele teria chegado em uma moto e disparado três vezes contra Uribe, antes de ser baleado na perna por um dos seguranças do senador.
Segundo informações do jornal El País, a Secretaria de Saúde de Bogotá informou, em um comunicado, que os outros três feridos durante o atentado não correm risco de vida. Um deles é o suspeito de 15 anos, que “encontra-se estável”.
Os outros dois são um homem de 20 anos e uma mulher de 36 anos que passavam pelo local. Ele foi atingido de raspão por uma bala e já recebeu alta. Já ela sofreu uma lesão em uma perna e está estável, mas precisará passar por uma cirurgia.
O presidente Gustavo Petro abriu uma investigação para descobrir quem ordenou o ataque.
Os paramédicos que atenderam Uribe declararam à imprensa que o senador foi atingido por três tiros, dois na cabeça e o outro no joelho. O político foi levado ao hospital Fundação Santa Fé de Bogotá. Dezenas de pessoas se reuniram do lado de fora do local.
O atentado ocorreu por volta das 17h30 do horário local (20h30 de Brasília) durante um evento organizado em um bairro popular da zona oeste de Bogotá. Vídeos mostram o senador discursando diante de várias pessoas quando se ouvem disparos.
Em outra imagem, Uribe aparece deitado sobre um veículo, com o corpo ensanguentado, sendo amparado por um grupo de homens, que parecem tentar estancar um sangramento em sua cabeça.
Em outubro do ano passado, Uribe anunciou a pré-candidatura à Presidência, no pleito que definirá o sucessor de Petro, de quem é um forte crítico.
Em um comunicado gravado, Petro condenou o ataque em um discurso na noite de sábado e prometeu “caçar” os responsáveis. “O que mais importa hoje é que todos os colombianos devem concentrar a energia de nossos corações […] para que o doutor Miguel Uribe continue vivo”, afirmou.
“Nenhum recurso deve ser poupado, nem um único peso ou um único momento de energia, para encontrar o cérebro [do atentado]… Onde quer que eles vivam, seja na Colômbia ou no exterior”, disse o presidente. Ele rechaçou o que classificou como “tentativas de uso político” do episódio.
“Os padrões do crime repetem os padrões da morte da maioria dos líderes políticos da Colômbia.”
“Espero que Miguel Uribe Turbay sobreviva, eso es lo que más quiero antes que nada, y eso es lo que debe sentir la sociedad, que antes que nada, juntar nuestros corazones y energías que lo van a ayudar para que esté bien”: Presidente @PetroGustavo. pic.twitter.com/Fom2Lils7D
— Presidencia Colombia 🇨🇴 (@infopresidencia) June 8, 2025
Uribe é membro do Centro Democrático, partido liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe — os dois não são parentes, apesar do sobrenome em comum. A legenda afirmou em um comunicado que atiraram no senador “pelas costas”.
Personalidades da direita colombiana, como o ex-presidente Andrés Pastrana, que governou o país de 1998 a 2002, associaram o crime a Petro por supostamente “semear o ódio” e “incitar a violência” contra a oposição.
O discurso foi reproduzido pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, que condenou “nos termos mais veementes” o ataque.
Segmento que historicamente vota alinhado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o eleitor mais pobre vem reduzindo seu apoio ao petista ao passo que nomes da direita para 2026 apresentaram crescimento em simulações de segundo turno desde o fim do ano passado. Os dados são da pesquisa Genial/Quaest obtidos pelo GLOBO.
Dos oito nomes de oposição testados, sete tiveram oscilação positiva entre março e maio na faixa de até dois salários mínimos, enquanto o atual mandatário recuou. Eduardo Leite, agora no PSD, foi incluído pela primeira vez. Lula, que se mantém numericamente à frente dos concorrentes para o ano que vem, voltou a afirmar ontem, em Paris, que a “extrema direita não voltará ao Planalto”, ao ser questionado sobre estratégia eleitoral.
O movimento indica um possível deslocamento gradual do apoio popular que, durante décadas, sustentou o lulismo nas urnas, e acompanha o derretimento da popularidade do governo, que atingiu o maior patamar de desaprovação na pesquisa divulgada na última semana. Entre os mais ricos, Lula fica atrás nos oito cenários testados.
À espera de Bolsonaro
Em um eventual segundo turno com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), a distância entre os dois caiu cinco pontos entre os mais pobres: Lula recuou de 52 para 49, enquanto Tarcísio foi de 27 para 29. A distância, que agora é de 20 pontos no segmento, era de 38 em dezembro (58 a 20). A margem de erro é de 4 pontos.
Lula e Tarcísio estão em situação de empate técnico nas intenções de voto. Para concorrer, o governador de São Paulo almeja ter a benção de seu padrinho político Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de ser réu por cinco crimes no Supremo Tribunal Federal (STF) por ter participado de uma trama golpista para permanecer no poder. Bolsonaro, que mantém o discurso de candidatura, tem relutado em indicar um sucessor, seja ele de seu campo político ou de dentro da própria família.
Tarcísio tem feito movimentos interpretados como uma aproximação com esse segmento. Há duas semanas, ele lançou o programa “SuperAçãoSP”, que tem como meta tirar 35 mil famílias da pobreza. O discurso, com tom cristão e alusões à meritocracia, soou como uma alternativa ao Bolsa Família.
— O mais importante é a fé, a crença de que é possível superar a pobreza. Com os incentivos corretos, acredito que essas pessoas vão conseguir se emancipar — disse.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que também apareceu tecnicamente empatada com Lula, ganhou dois pontos no segmento, enquanto o petista recuou três numa simulação de disputa entre os dois. Michelle tem apostado no público feminino, com eventos pelo país à frente do PL Mulher, e vive uma corrida interna dentro do clã com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que já se colocou à disposição caso tenha aval do pai, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nome mais alinhado ao Centrão e à articulação política na família.
O governador Ratinho Júnior (PSD-PR) foi de 27% para 30%, enquanto Lula recuou quatro pontos. Ratinho ganhou, no mês passado, a companhia de Eduardo Leite, que trocou o PSDB pelo PSD de Gilberto Kassab, que faz parte da base do governo, além de estar na gestão Tarcísio de Freitas.
Sobre uma candidatura própria do PSD para 2026, Kassab citou ontem o apoio do partido ao governador paulista, mas ressaltou que o partido conta com pré-candidaturas colocadas.
— Portanto, o PSD já tem o seu rumo — disse Kassab após evento do Grupo Esfera, em Guarujá (SP). — Qualquer grande partido tem por sonho ter uma candidatura própria à presidência. Esquece a questão do Lula. Não é “Lula” ou “não Lula”.
Entre mais pobres, Romeu Zema (Novo-MG) foi de 23% para 24%o de dois pontos. Já Ronaldo Caiado (União) foi de 22% para 26%.
O cenário acendeu um sinal de alerta no Planalto e entre aliados, que veem com preocupação a dificuldade do governo em traduzir seus feitos em percepções positivas para todas as faixas da população, incluindo as mais pobres.
Historicamente, a faixa mais vulnerável da sociedade funcionou como um reduto eleitoral de Lula. Às vésperas do segundo turno de 2022, a última pesquisa Datafolha indicava que Lula tinha 61% das intenções de voto entre eleitores com renda de até dois salários mínimos, enquanto Bolsonaro marcava 33%.
Esse alinhamento com o PT atravessou períodos de crise. Em 2014, por exemplo, Dilma Rousseff venceu Aécio Neves (PSDB) mantendo 65% das intenções de voto nesse estrato, contra 35% do adversário tucano, em uma disputa que marcou a ascensão da polarização no país.
A forte identificação se deve, em grande parte, ao legado de programas sociais implantados em governos petistas. Embora os primeiros tenham sido gestados no governo de Fernando Henrique Cardoso, foi Lula quem consolidou essas iniciativas, unificando-as sob o guarda-chuva do Bolsa Família, programa que substituiu e ampliou ações como o Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e o Auxílio Gás.
Além disso, medidas como o Fies e o ProUni, voltadas à inclusão no ensino superior, e o Minha Casa Minha Vida, voltado à habitação popular, foram cruciais para consolidar a imagem do ex-presidente como um promotor da ascensão social das camadas mais pobres. No entanto, analistas observam que o atual desgaste pode estar relacionado à dificuldade do governo em renovar seu repertório.
— A percepção de estagnação, a frustração popular e o descontrole administrativo atingiram diretamente a confiança da população. O governo insiste em velhas fórmulas, o que consolida um ciclo de desgaste — diz o cientista político Paulo Baía, da UFRJ.
As “velhas fórmulas” mencionadas por Baía ainda se refletem no discurso presidencial. Na última terça-feira, Lula anunciou a intenção de lançar três novos programas sociais: um para subsidiar a compra de gás de cozinha, outro para apoiar reformas de moradias e um terceiro para facilitar o financiamento de motocicletas.
— Queremos ver se a gente dá conforto a essas pessoas.
Aposta na fé
Enquanto Lula perde terreno entre os mais pobres, a direita avança sobre esse eleitorado mobilizando um fator que se tornou central nos últimos anos: a religião. Segundo o Censo de 2022, divulgado recentemente, os evangélicos representam 26,9% da população brasileira, com forte presença nas comunidades de baixa renda.
Especialistas destacam que as denominações neopentecostais, dominantes nesse universo, pregam a chamada teologia da prosperidade, que associa sucesso e superação à fé individual e ao esforço pessoal, em contraste com a defesa de políticas estatais de redistribuição. Figuras como Silas Malafaia e Edir Macedo são líderes religiosos que exercem forte influência sobre esse público.
Segundo a cientista política Carolina Botelho, da UERJ, essa conexão religiosa tem sido cada vez mais explorada pela direita:
— O bolsonarismo faz uma peregrinação intensa entre o eleitorado evangélico de baixa renda. Muitos desses eleitores têm como referências figuras como Malafaia e Macedo, que combinam discurso religioso com pregação política — avalia Botelho.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar a líderes partidários hoje as possíveis propostas alternativas para o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O encontro deve ser realizado na Residência Oficial da presidência da Câmara, a partir das 18 horas.
A reunião foi marcada depois de a cúpula do Congresso acordar com ministros e lideranças do governo o prazo de dez dias para o Executivo divulgar ações para substituir a elevação nas alíquotas do IOF para uma série de transações. As informações são da CNN Brasil.
O prazo foi negociado pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que alertaram Haddad sobre o clima de insatisfação no Congresso e a possibilidade de derrubada do decreto.
Na terça-feira (3), as medidas sobre IOF foram debatidas em reunião entre Haddad, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alcolumbre e Motta.
Na ocasião, as alternativas debatidas não foram anunciadas, já que ainda precisavam ser apresentadas aos líderes no Congresso.
O encontro foi marcado para o fim do dia para dar tempo de os parlamentares retornarem para Brasília. A intenção é reunir lideranças da Câmara e do Senado.
Alcolumbre, no entanto, afirmou que ainda estuda a possibilidade de uma reunião da equipe econômica com os líderes do Senado na segunda-feira (9) de manhã.
O ex-presidente José Sarney recebeu em sua residência, em Brasília, o deputado Alceu Moreira, do MDB do Rio Grande do Sul, atualmente à frente da Fundação Nacional Ulisses Guimarães e o presidente reeleito do MDB pernambucano, Raul Henry.
A conversa girou sobre a conjuntura política do país. Sarney comentou ainda as muitas homenagens que tem recebido ao longo desse ano, quando se completam 40 anos da redemocratização do país, período no qual, como o próprio Raul Henry destacou, ele teve um papel fundamental, ajudando a conduzir a transição.
“Teve papel fundamental num tempo de ebulição e todos os setores da sociedade, vocalizando quase simultaneamente suas aspirações, sufocadas em todo o período ditatorial”, disse Henry.
Minha Lúcia Pontes, que exerceu com muita competência o comando da Casa Civil na era Jarbas Vasconcelos, atuando hoje no Grupo JCPM, me ligou, há pouco, para confirmar a presença do ex-governador. Também confirmou o ex-governador José Ramos, que sucedeu a Marco Maciel.
Dos 22 retratados no livro Os Leões do Norte, que será lançado amanhã a partir das 18 horas no boteco Porto Ferreira, sete estão vivos: Roberto Magalhães, Jarbas Vasconcelos, José Ramos, Gustavo Krause, João Lyra Neto, Mendonça Filho e Paulo Câmara.
A noite de autógrafos será de confraternização e congraçamento entre não apenas os seis que governaram o Estado, mas também os familiares dos 22 chefes de Estado. Um evento para ficar marcado no calendário da história de Pernambuco.
O senador colombiano Miguel Uribe Turbay foi baleado em Bogotá, capital da Colômbia, ontem, segundo o governo e seu partido. Até o momento, sem confirmação imediata das autoridades sobre seu estado de saúde. Uribe está em “séria condição de saúde”, de acordo com a mídia local.
O político realizava um evento de campanha em um parque público no bairro de Fontibón, na capital, quando “sujeitos armados atiraram em suas costas”. O partido descreveu o ataque como grave, mas não divulgou mais detalhes sobre seu estado de saúde.
O ministro da defesa da Colômbia, Pedro Sánchez, afirmou que um suspeito de ter atirado contra o senador Miguel Uribe foi preso. Sánchez diz que estão investigando se outros estão envolvidos no atentado.
A presidência da Colômbia emitiu um comunicado afirmando que o governo rejeitou “categoricamente e energicamente” o violento ataque e pediu uma investigação completa dos eventos.
O político, de 39 anos, é membro do Partido Conservador, de oposição Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente colombiano Álvaro Uribe. Apesar do sobrenome comum, os dois homens não têm parentesco.
A mãe de Uribe, a jornalista Diana Turbay, foi morta em 1991 durante uma operação de resgate após ter sido sequestrada pelo cartel de Medellín de Pablo Escobar.
A Colômbia está há décadas envolvida em um conflito entre rebeldes de esquerda, grupos criminosos descendentes de paramilitares de direita e o governo. O presidente de esquerda, Gustavo Petro, se solidarizou com a família do senador em uma mensagem no X, dizendo: “Não sei como aliviar sua dor. É a dor de uma mãe perdida e de uma pátria.”
“Ay” Colombia y su violencia eterna. Quieren matar al hijo de una árabe en Bogotá,que ya habían asesinado, y no se debe matar en el corazón del mundo. Matan al hijo y a la madre.
Respeten la vida, esa es la linea roja. Colombia no debe matar a sus hijos, porque ellos tambien son…
O jornalista Magno Martins lança, amanhã, o livro “Os Leões do Norte”, que reúne minibiografias de 22 ex-governadores de Pernambuco que comandaram o estado entre 1930 e 2022.
A obra conta histórias desde Carlos de Lima Cavalcanti, passando por nomes como Barbosa Lima Sobrinho, Eraldo Gueiros Leite, Marco Maciel, Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos até Paulo Câmara. Raquel Lyra não foi inserida por estar no exercício do cargo.
O livro foca na trajetória de governadores antes e depois do golpe militar de 1964, que tirou Miguel Arraes do poder e o levou a um exílio de 14 anos na Argélia. Também conta a história de Agamenon Magalhães, que abriu mão do mandato para ser ministro da Justiça de Vargas.
Magno também recorda figuras como Paulo Guerra, que sucedeu Miguel Arraes em 1964 e criou o Hospital da Restauração — que hoje leva o nome dele —, e Cid Sampaio, que criou a Companhia Pernambucana de Borracha Sintética, a Coperbo.
“Todos os retratados nesta obra se cercaram de mentes brilhantes, mas também cometeram erros, o que é natural”, destaca o autor ainda nas primeiras páginas.
Este é o 14º livro assinado por Magno Martins. A obra tem prefácio do advogado Maurício Rands e conta com depoimentos dos jornalistas Fernando Rodrigues e Marcelo Tognozzi, do Poder 360, de Júlio Mosquéra, da TV Globo, além do cientista político Antônio Lavareda.
“Estamos diante de uma contribuição que ajuda a preservar a memória política e institucional do estado, inclusive com o registro sobre as realizações de cada uma das gestões dos governadores do período focado”, diz o prefácio.
A obra é publicada pela editora Eu Escrevo e tem projeto gráfico assinado por Samuca Andrade, que também fez as caricaturas dos governadores, além de ilustrações feitas por Greg.
“Preservação da história pernambucana”
Em entrevista ao Jornal do Commercio, Magno Martins afirmou que decidiu escrever o livro a partir do desejo da preservação da história pernambucana, e para fazer chegar às novas gerações a vida e trajetória política dos governadores do estado que, segundo o jornalista, quase não são lembrados.
“Estamos diante de uma geração muito alienada. Você vai às escolas e as pessoas não têm noção de quem foi Miguel Arraes, Barbosa Lima. Não sabe que Pernambuco teve um grande empreendedorismo econômico, a era da indústria química, quem foram os governadores biônicos, os governadores interventores”, explicou.
“Muitas pessoas não sabem, por exemplo, que Joaquim Francisco, na época da crise de cólera, teve que fechar a praia de Boa Viagem porque, se tomasse banho de mar, como se espalhou, o povo ia pegar cólera. Foi uma coisa muito engraçada na época”, contou
Magno relatou que as memórias contidas no livro foram obtidas durante dois anos de pesquisa em arquivos públicos, livros, registros da imprensa, artigos na internet e entrevistas. Questionado sobre quais histórias mais gostou de contar no livro, ele destacou dois governadores.
“A história de Miguel Arraes é realmente antológica, incomparável. Por tudo que ele viveu, pelas perseguições, pela volta dele em 1986, que acompanhei como repórter, aquele grande comício lá em Casa Amarela, as intrigas dele com Jarbas Vasconcelos. E também a história de Marco Maciel, que também foi muito forte em Pernambuco, um grande governador, fez muito por Pernambuco. Naquela época em que não se tinha as comunicações, ele levou a telefonia para todos os municípios do estado”, relatou o jornalista.
O autor também explicou que o nome do livro, expressão bastante popular entre os pernambucanos, foi escolhido para lembrar a era de ouro da produção sucroalcooleira do estado, quando Pernambuco passou a ser conhecido entre outros estados do Nordeste como o Leão do Norte.
Magno Martins também destacou que, durante o processo de produção do livro, passeou entre diferentes épocas da política pernambucana. “A gente viveu eras de políticos que faziam política e tinham um elevado espírito público. Agamenon Magalhães, por exemplo, era um ditador mas tinha entendimento e diálogo. O próprio Moura Cavalcanti, que foi o último do regime militar, era um cara de diálogo. Hoje a gente está vendo que os políticos são pouco adeptos a esse entendimento”, afirmou.
Serviço
Lançamento do livro “Os Leões do Norte, de Magno Martins
Data: segunda-feira (9), às 18h
Local: Boteco Porto Ferreira – Avenida Rui Barbosa, Graças, Recife
Há livros que informam. Outros, que documentam. Poucos, no entanto, conseguem devolver a carne ao osso da história, fazer com que nomes sepultados nos arquivos se ergam novamente, não como mitos, mas como homens concretos — imperfeitos, contraditórios, determinantes. Foi isso que fez Magno Martins ao escrever “Leões do Norte” — não apenas um livro, mas um gesto cívico. Uma devolução à memória coletiva de Pernambuco de seus protagonistas maiores: os governadores que, desde 1931, ocuparam o vértice do poder estadual e ajudaram a escrever os capítulos decisivos do século XX e deste início de século XXI.
Ao longo de mais de vinte perfis — de Carlos de Lima Cavalcanti a Paulo Câmara — o autor não apenas narra gestões, mas reconstrói atmosferas, embates, viradas históricas. Com apuro de jornalista, escuta de cronista e olhar de memorialista, Magno escreve para o agora, mas com um ouvido colado à espinha dorsal do tempo. Seu texto é vívido, direto, mas carregado de subtextos, intenções, silêncios eloquentes. Ele entende que a política é feita tanto de palavras ditas quanto das não ditas — e sabe explorá-las com a maestria dos que não se rendem ao panfleto, mas também não se escondem na omissão.
Não há caricaturas fáceis nem celebrações vazias. Os “leões” aqui rugem com todas as suas rugas e glórias, suas conquistas e suas quedas. Barbosa Lima Sobrinho, Agamenon Magalhães, Miguel Arraes, Marco Maciel, Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos — e tantos outros que, por escolha, acaso ou destino, ocuparam o Palácio do Campo das Princesas — ganham retratos justos, firmes e, acima de tudo, humanos. Ao final de cada capítulo, o leitor tem a sensação de que conheceu mais do que um governante: conheceu um tempo, um estilo, uma mentalidade de época.
É isso que faz de “Leões do Norte” uma obra rara. Não se trata de nostalgia nem de juízo definitivo sobre o passado — trata-se de compreensão. De reunir fios soltos, compreender enredos interrompidos, perceber como a política local ecoa nos dramas nacionais, como o poder em Pernambuco nunca foi uma ilha, mas sim um espelho do Brasil em miniatura, com suas grandezas e misérias.
Com edição da Eu Escrevo Editora e prefácio do jurista Maurício Rands, o livro chega às mãos do público como um convite ao debate, à reflexão e ao pertencimento histórico. Será lançado na próxima segunda-feira, 9 de junho, no Recife, em noite especial que reunirá nomes da cultura, da política e da imprensa. Mas o essencial é que a obra já cumpre, desde já, sua função maior: recuperar o fio da história para que ele não se rompa, nem se apague.
No Brasil do esquecimento fácil e da memória negligenciada, “Leões do Norte” se impõe como um ato de resistência — e de amor. Amor pela política, pela história e por Pernambuco.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
Escolhi a temática do amor para a crônica de hoje. Não foi por acaso. Compartilho a emoção antecipada da formalização do meu casamento no civil com minha Nayla Valença, na próxima sexta-feira (13), em Arcoverde, na presença apenas de familiares e poucos amigos mais próximos.
“O amor é eterno: o aspecto pode mudar, mas não a essência”, ensinou o pintor holandês Van Gogh, uma das figuras mais famosas e influentes da história da arte ocidental. Van Gogh reflete sua crença de que o amor transcende o tempo e as circunstâncias, um sentimento que permanece estável mesmo quando suas formas mudam.
Não há nada mais verdadeiramente artístico do que amar as pessoas — e amar também é uma arte, que se pratica no dia a dia, com sutileza, humildade, coração aberto, expulsando todos os egos que nos arruínam. Em “Soneto da fidelidade”, o doce, boêmio e saudoso Vinícius de Moraes promete que tudo “ao seu amor serei atento”.
Amor não se explica. “Amo porque amo”, escreveu Rubem Alves, meu cronista preferido. Nas suas “Sem-razões do amor”, Carlos Drummond de Andrade diz “te amo porque te amo”. “O amor é quando a gente mora um no outro”, sintetizou o grande Mário Quintana, que devoro nas horas de aflição, para compreender o amor e o sentido da vida.
Não há quem não se dobre ao amor. Está na Bíblia, a palavra sagrada de Deus: No livro de Coríntios 13, capítulos 4 e 7: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.
Até o físico alemão Albert Einstein se rendeu ao amor: “O amor é uma força poderosa e transformadora! Quando enfrentamos dificuldades ou momentos de tristeza, escolher o amor nos dá a força necessária para superar os desafios, pois o amor inspira e motiva”, escreveu.
Eu sou movido pelo amor. Meu amor pela minha Nayla, meus filhos, minha família, meus amigos mais próximos, de fé, coração e alma. Tenho a exata compreensão de que o amor transforma, é o sal da terra, a alegria de viver. O amor não se vê com os olhos, mas com o coração, como disse o poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare.
Quando o amor nos encontra, chega sem avisar, mexe com tanta coisa dentro da gente que tudo o que queremos é declarar aquilo que sentimos. Desde o primeiro dia que conheci minha Nayla, faço declarações de amor todos os dias. E não me canso! Já se vão quatro anos. É o coração que impulsiona, é a alma que dá o sacolejo.
Os dias ficam mais coloridos, porque declarações de amor são como uma pilastra: foram criadas para dar sustentação. Também ensina e encoraja. Muitas vezes, nesta correria de vida louca que levo, basta só pensar na minha Nayla que tudo muda. A vida passa a ter cor, as tristezas desaparecem e só há espaço para a alegria, a esperança, o amor.
O sorriso dela abre um raio de sol, sua presença é um verdadeiro presente. É mais bela do que as palavras que encontro para traduzir. Nossa história de amor é a mais bonita de todos os romances, porque é real e tem o Sertão, nossa estação natal, para regar nossos sonhos. Seu sol escaldante abre as dificuldades no meio do caminho.
Não há pedra sobre pedra que não seja removida. O clarão da lua quando chega nas noites insones do Sertão nos dá a certeza de que é disso que o amor é feito: entrega, dedicação, vontade. Amo tudo na minha Nayla: seu sorriso meigo, sua voz e até suas manias. Ela nasceu em Sertânia, na beira do rio Moxotó. Eu, em Afogados da Ingazeira. De nascença, já bebi a água poética do rio Pajeú.
Não posso nem imaginar uma vida completa se não estiver ao seu lado, me dando forças, me inspirando, rezando por mim. Mário Quintana, sempre o grande Quintana, diz que anão é quem não sabe deixar o amor crescer. A arte de viver, para ele, é a arte de amar.
“Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários”, chega ele, o grande Drummond, que escreveu seus maiores testamentos sobre o amor inspirado nas montanhas alterosas de Minas Gerais.
Menina doce de alma sertaneja, minha Nayla me ensinou que o amor nasce de pequenas coisas, vive delas e por elas às vezes morre. Sem ela, o que seria de mim? Seria um pobre a recitar tristonho Madre Teresa de Calcutá: “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas”.
Brasileiros trocam 0km por seminovos. Entenda as razões
Os preços dos carros novos atingem patamares cada vez mais altos, como é sabido. Por isso, o consumidor brasileiro tem buscado alternativas mais acessíveis. Atualmente, os valores dos modelos mais baratos do mercado ficam em torno de R$ 75 mil. Há 10 anos, girava ao redor de R$ 25 mil. Com isso, os veículos seminovos e usados ganham espaço como alternativa para quem deseja trocar de carro sem comprometer o orçamento. Para se ter uma ideia, no acumulado do primeiro bimestre de 2025 as vendas de seminovos aumentaram 7% na comparação com o mesmo período no ano passado, superando a marca de 2,5 milhões de usados vendidos.
Já a perspectiva para o mercado de zero é de crescimento de 5% ao longo de 2025. “O mercado de seminovos se tornou atrativo porque é possível adquirir um veículo relativamente novo, com baixa quilometragem e por um preço interessante, o que tem levado ao aquecimento das vendas de usados”, destaca o CEO da Auto Avaliar, J. R. Caporal. De acordo com o Estudo MegaDealer de Performance de Veículos Usados, o giro de estoque das concessionárias no mês de março ficou em apenas 39 dias e a margem bruta atingiu 11%.
O Estudo MegaDealer de Performance de Veículos Usados mostrou que o giro de estoque das concessionárias no mês de abril ficou em apenas 38 dias e a margem bruta atingiu 11%. O estudo também destaca que o ticket médio dos carros usados vendidos ficou em R$ 87.107 no mês de abril, quase 2% de alta em relação ao mês anterior — e maior patamar da série histórica iniciada pelo PVU. Em março, o preço havia sido de R$ 85.563, uma alta foi de 2,89% na comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, o valor médio atingiu aumento 7,92%, 3 vezes mais que a inflação medida pelo IPCA do mesmo intervalo, de 2,48%.
Modelos mais completos – “Apesar de o valor ficar um pouco acima do praticado pelo modelo mais barato entre os novos, deve-se ter em mente que nesta média estão modelos muito mais completos e com mais funcionalidades”, explica Caporal. A amostra do estudo engloba 2.867 concessionárias de 23 diferentes marcas conectadas na plataforma Auto Avaliar. Com presença em sete países, a Auto Avaliar atende, atualmente, 4.200 concessionárias e mais de 38.000 lojas independentes e realiza US$ 1,4 bilhão de vendas anualmente. O seminovo pode custar 20% a 30% menos que um modelo equivalente zero quilômetro, mas esta não é a única vantagem que leva o consumidor ao mercado de usados.
“Enquanto um carro novo pode perder até 20% do valor nos primeiros meses, o usado já sofreu essa desvalorização inicial. Outro ponto é que o IPVA do veículo seminovo é menor e, muitas vezes, o valor do seguro também”, destaca. Para se ter uma ideia da diferença, o Fiat Mobi Like pkm, o mais barato entre os populares, está sendo ofertado por R$ 74.990. Já o seminovo, modelo 2024, com apenas um ano de uso ou menos, é negociado ao valor médio de R$ 62.662,43, segundo a tabela Auto Avaliar.
A diferença fica em menos de 16,34%. Se a opção for pelo ano de 2023, o preço cai para R$ 59.259,77, ou menos 21%. “É preciso observar ainda que algumas concessionárias têm realizado promoções interessantes para reduzir essa diferença de preço e levar o consumidor a optar pelo novo. Outro ponto que se deve observar é que, se a preferência for por adquirir o veículo via financiamento, a taxa de juros oferecida é crucial para a decisão”, afirma Caporal.
Cuidados – Para quem busca um veículo seminovo, a recomendação é pesquisar bem, considerar o custo-benefício e avaliar o histórico do automóvel antes da compra, como documentos e situação do veículo. “Antes da aquisição, o ideal é levar o carro a um mecânico de confiança para checar motor, câmbio, suspensão e freios e fazer um test drive”, lembra Caporal.
Outro detalhe importante é verificar junto ao fabricante se há recalls para aquele modelo que não foram realizados. Caporal observa que a decisão de compra também não deve ser baseada apenas no desejo do consumidor em ter determinada marca e modelo de carro. Também é importante observar a aceitação do mercado. “Muitas vezes, a pessoa compra na emoção, mas se esquece de verificar pensar no futuro. Quanto esse carro tende a se desvalorizar na hora da venda? Como está a demanda do mercado?”, questiona.
Escalada dos preços – Nos últimos cinco anos, o aumento dos preços dos veículos novos foi significativamente superior ao crescimento do IPCA no mesmo período. Enquanto a inflação oficial variou entre 4,52% e 10,06% ao ano, os preços dos carros novos quase dobraram no período. “Diversos fatores têm pressionado o valor dos automóveis zero-quilômetro, tornando-os menos acessíveis para a maior parte da população, entre eles destacamos a alta do dólar; a falta de peças, como os semicondutores; a própria inflação e novas regulamentações que aumentam os custos de produção”, explica.
Boreal no Brasil – O Renault Boreal é um SUV voltado para o segmento C que será vendido no Brasil e em mais 70 países ao redor do mundo. Porém, o modelo não chegará a mercados como o europeu, por exemplo. A revelação global acontecerá no Brasil, mais precisamente, no dia 10 de julho. E a ideia da marca francesa — que já ostenta teaser do carro em seu site oficial — é concorrer com a turma composta por Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos, a partir de outubro. Ainda não há estimativa de preços, entretanto, deve partir de R$ 175 mil, para ficar um pouco mais em conta do que a concorrência.
Tera, da Volks: 50 minutos, 12 mil pedidos – A Volkswagen começou a vender na quinta-feira (5) o novo SUV Tera, que chega para ser o modelo de entrada da marca no segmento, abaixo do Nivus e do T-Cross. E fez uma promoção no primeiro dia: de R$ 104 mil por R$ 99 mil para as primeiras 999 unidades da versão básica, com motor 1.0 aspirado (de até 84 cv) e câmbio manual de 5 marchas.
Não durou uma hora: em 50 minutos, as concessionárias receberam 12 mil pedidos. A versão não tem rodas de liga leve, por exemplo: vem com uma aço de 15” com calotas escurecidas. O ar-condicionado é manual e tem painel de cores pretas. Em compensação, de série, traz 6 airbags, frenagem automática de emergência, retrovisores elétricos, vidros dianteiros e traseiros elétricos, faróis e lanternas em LEDs, painel de instrumentos em tela de 8”, piloto automático, sensor de estacionamento e multimídia de 10,1”. As demais versões tem o motor 170 TSI, com 116 cv e 16,8 kgfm de torque – e câmbio de 5 marchas manual ou automático de 6 marchas.
Confira versões os preços
VW Tera MPI – R$ 103.990 VW Tera TSI MT – R$ 116.990 VW Tera Comfort TSI AT6 – R$ 126.990 VW Tera High TSI AT6 – R$ 139.990
A mais barata: Bajaj inicia pré-venda da Pulsar N150 – A marca indiana começou o processo de pré-vendas do quinto (e mais barato) modelo no Brasil: a Pulsar N150. Em menos de três anos, a marca já alcançou a marca de 30 mil motocicletas produzidas no país, com 25 mil unidades já emplacadas. São quatro modelos da família Dominar: 160, 200, 250 e 400. A Pulsar N150 tem foco no uso profissional. A empresa ainda promete condições especiais de aquisição para os 300 primeiros compradores. O preço, porém, não foi divulgado.
Kawasaki apresenta a nova Ninja ZX-4RR – A Kawasaki do Brasil anunciou a chegada da Ninja ZX-4RR, versão mais completa e esportiva da nova família Ninja ZX-4. Ela tem motor de quatro cilindros em linha e incorpora tecnologias derivadas da linha Ninja ZX-10R, referência mundial em competições de superbike. O motor tem 399 cm³, capaz de atingir rotações superiores a 15.000 rpm. Entre os diferenciais da versão RR, destacam-se a embreagem com sistema assistido e deslizante, o Kawasaki Quick Shifter bidirecional de série, que permite trocas de marcha sem uso da embreagem, e a suspensão traseira com ajuste de pré carga da mola, compressão e retorno de amortecimento — a mesma tecnologia utilizada na Ninja ZX-10R. No Brasil será vendida a versão KRT, com preço de R$ 60.390, com frete incluso.
Sprint ideal para a buraqueira – A Mercedes-Benz ampliou a oferta do Sprinter com versão para atrair o transportador de passageiros que operam em setores que atuam em estradas ruins, de terra, como o agrícola e mineração. Mas serve para várias estradas nordestinas, claro. A variante Robustez permite diferentes configurações para atender conforme a exigência da operação e vem com ar-condicionado traseiro e sem a porta lateral corrediça, com entrada somente pela dianteira. A solução, segundo a marca, garante maior robustez estrutural e reduz a incidência de poeira no interior. Também recebe suspensão traseira mais elevada a fim de melhor superar os obstáculos. Ela é equipada com um motor 2.0 turbo diesel, capaz de gerar 170 cv, e torque de 40,8 kgfm — e câmbio manual possui 6 velocidades. Tem preço sugerido de R$ 365.800.
Cansado ao volante? Saiba o que fazer – Enquanto para alguns férias é tempo de descanso, para outros é momento de enfrentar longas horas pelas desafiadoras estradas brasileiras. Em meio a essa quebra de rotina é comum sentir-se lento mesmo depois de uma boa noite de sono. Além disso, sem terem conhecimento, diversas pessoas sofrem de insônia ou apneia. Há muitas maneiras pelas quais a nossa saúde e segurança podem ser comprometidas, seja por insuficiência ou por má qualidade na arte de dormir. Os efeitos desse quadro, quando misturados ao volante, podem ser trágicos.
De acordo com recentes dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes de trânsito resultam na morte de aproximadamente 1,19 milhão de pessoas em todo o mundo a cada ano, e deixam entre 20 e 50 milhões de pessoas com lesões não fatais. Parte significativa desse impressionante drama é provocado por sonolência, cansaço e fadiga, um trio que embora seja usado, erroneamente, de forma intercambiável, elas são bem distintas. Por isso, Sidnei Canhedo, mestre em Saúde Ambiental e gestor da Optalert, biotech australiana líder mundial em tecnologia de controle de fadigas, fez uma pequena cartilha sobre o tema.
Cansaço – É um sintoma físico ou mental que está diretamente relacionado ao esforço realizado ao longo do dia. É aquela sensação de desconforto sentida ao realizar uma atividade física muito intensa. É algo pontual.
Fadiga – É um sintoma médico de um desgaste que pode ser físico ou mental e que vai além do simples cansaço. A pessoa acaba não tendo energia para realizar suas atividades corriqueiras, sentindo uma imensa necessidade de repousar ou com sintomas como dores de cabeça, por exemplo.
Sonolência – É um estado perigoso logo antes do início do sono, em que o corpo está realmente lutando para permanecer acordado. Estar nessa fase ao volante, na qual a sua concentração e tempo de reação são severamente afetados, pode ter consequências mortais.
Como saber se está cansado demais para dirigir? – Se a pessoa dirige longas distâncias para o trabalho — ela compreende que a maneira como ela se sente no início de uma viagem em comparação com o final (ou mesmo ao longo do caminho) pode mudar drasticamente. Portanto, mesmo que ela esteja se sentindo bem no início, logo poderá se sentir cansada e entrar em uma zona de risco ao volante.
Hora do dia: o perigo de conduzir à noite – Dirigir em horários em que o corpo está naturalmente programado para dormir é uma luta contra o relógio natural de seu corpo. Os trabalhadores que cumprem turnos noturnos são especialmente suscetíveis a sentir-se sonolentos no trabalho e até mesmo durante as viagens de ida ou volta à empresa.
Qualidade do sono da noite anterior – Todos nós já passamos por uma noite quase insuportável de pouco sono. Os principais estudos relacionados à quantidade mínima que o corpo precisa para se recompor apontam para um mínimo de 6 horas, sendo o ideal entre 7 e 8 por noite. Se a pessoa dormiu menos de 6 horas ela deve, prudentemente, evitar o volante. Se o percurso for o de um trajeto de longa distância no dia seguinte, a recomendação é preparar a casa na noite anterior, formando um ambiente propício para uma ótima noite de sono, além de evitar refeições pesadas e o consumo de bebidas alcoólicas.
As chamadas ‘dívidas’ de sono são reais! – E antes que a pessoa perceba, ela acumulou diversas horas em débito. Infelizmente, estudos recentes concluem que não há uma receita eficaz para repor esse déficit e nem há a garantia de que uma hora não dormida pode ser matematicamente compensada. O fato é que as dívidas de sono se acumulam e as ‘cobranças’ podem aparecer justamente quando a pessoa estiver ao volante.
Longos percursos e rotas frequentes são gatilhos de fadiga – Muitos quilômetros de estrada podem se tornar chatos e monótonos, e se não houver nada que prenda ativamente sua atenção, como outros carros, pessoas, ciclistas e semáforos; a fadiga se apresentará!
Da mesma forma, rotas frequentes, percorridas diariamente, podem deixar a pessoa excessivamente confortável, sem que se envolva ativamente com o que está ao seu redor, atraindo a sonolência ao motorista.
Batalha perdida – Ao contrário do que muita gente pensa, não há como lutar contra o sono, não importa quantas xícaras de café a pessoa possa beber, quão alto aumente o volume do rádio ou quantas janelas do carro estarão abertas. Eventualmente, o sono vencerá!
Mas como identificar o risco ao volante? – A verdade é que, muitas vezes, somos incapazes de determinar com precisão o quão cansados estamos, não apenas por não conseguirmos identificar os sintomas mas também por uma certa autonegação e teimosia irresponsáveis. No intuito de proteger vidas, indústrias e governos caminham para tirar essa decisão do autodiagnóstico das mãos dos próprios motoristas e estão apostando em tecnologias de monitoramento de sonolência e fadiga, com sistemas cada vez mais avançados.
A mais eficaz delas está aplicada a um óculos sem fio capaz de medir o movimento das pálpebras de um motorista a uma taxa extraordinária de 500 vezes por segundo, coletando dados que são automaticamente processados em um software que tem como referência a escala de sono australiana chamada de JDS. Ela gera, em tempo real, uma nota entre 1 a 10 de risco, incluindo índices de micro sono. O sistema é utilizado em caminhões de mineradoras em um ambiente fechado e controlado. Já para carros de passeio, ônibus e caminhões que circulam em locais abertos e em longas distâncias, há câmeras de monitoramento que também apresentam bons resultados de eficiência, tanto que, este ano, todos os veículos novos na União Europeia já estão, obrigatoriamente, saindo de fábrica com equipamentos que fazem a leitura do estado de alerta do motorista.
É possível que, em um futuro próximo, com os avanços da Inteligência Artificial e com a tendência dos governos de serem mais rigorosos, o sistema de controle de segurança dos veículos não permitirá que alguém com sono ou fadiga assuma o risco de sentar à frente do volante. Será uma evolução que resultará em uma redução significativa de acidentes graves e fatais nas ruas e estradas de todo o mundo.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
Uma mãe de um adulto autista nível 3 de suporte residente no Recife procurou este blog relatando a completa falta de investimentos de Pernambuco no atendimento às crianças e adultos com autismo em seus três níveis no Estado. A mulher cita, inclusive, o relatório do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) que aponta que apenas R$ 89 mil reais foram gastos pela gestão Raquel Lyra (PSD) até o momento. Esse relatório foi apresentado este ano em audiência na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Segundo essa mãe, que não quer se identificar, mas participa de movimentos e entidades que acolhem pessoas autistas e seus familiares, a estimativa é de que haja 200 mil autistas em Pernambuco e além desses outros 45 mil aguardando diagnóstico e laudo, necessários para buscar direitos e tratamento adequado.
Mas conseguir o laudo na rede pública estadual tem sido uma saga, segundo ela, assim como encontrar tratamentos fundamentais para melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo, de acordo com o relato da mãe que nos procurou. Diante da situação, ela enviou um desabafo de quem acreditou na promessa de campanha de Raquel Lyra de que haveria a criação da Política da Pessoa com Autismo na sua gestão, mas aguarda até o momento por esse anúncio. Veja a íntegra:
Desabafo de uma mãe de pessoa autista enviado ao blog:
“Que tipo de governo é protagonizado por mulheres que abandonam outras mulheres e seus filhos?
Raquel Lyra e Priscila Krause se elegeram levando a pauta da inovação feminina como lastro para mudar o rumo do Estado em prol de uma mudança “radical” no campo político, sempre liderado por homens. Ambas são herdeiras de pais que foram referência em seus campos políticos, mas nunca foram vistos como modelos de acolhimento para minorias. Assim como as filhas!
O Governo Raquel-Priscila está formalizando o pouco caso com grupos minoritários, como pessoas autistas. Segundo relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), há quase 50 mil pessoas autistas sem tratamento em Pernambuco. Alguns podem dizer que não existe dinheiro para realizar o acolhimento de pessoas autistas e seus respectivos tratamentos terapêuticos e medicamentosos.
No entanto, basta a leitura do relatório do TCE para que essa falácia seja desmascarada, visto que existem R$ 50 milhões destinados pelo Governo Federal ao tratamento de Pessoas com Deficiência (PCDs) em Pernambuco. Desse montante, absurdos R$ 89 mil foram utilizados na causa autista, demonstrando total ausência de políticas públicas no Estado. O maior volume da verba federal não está disponibilizado às pessoas autistas e seus familiares seguem órfãos do reconhecimento de suas existências e da dignidade do direito à saúde.
Para duas mulheres que se elegeram como uma alternativa ao machismo e a insensibilidade masculina agirem com tamanho descaso quanto aos filhos de outras mulheres, numa das piores situações já vistas para o segmento autista, isso é uma vergonha. Lembrando que a maior parte das famílias de pessoas autistas são matricêntricas e que estamos falando de mulheres sozinhas que lutam incansavelmente por seus filhos!
É, no mínimo, trágico que diante de uma realidade de sobrecarga, superatarefamento, exploração da força de trabalho dessas mães, exaustas e abandonadas por familiares e amigos, um Estado liderado por uma dupla de mulheres siga virando às costas e negando a dignidade de políticas públicas a um segmento tão vulnerável e necessitado de amparo.
Enquanto mães de atípicos morrem sem ver o mínimo para seus filhos e filhas, a governadora celebra contratos milionários para o São João de Pernambuco. É justo que tenhamos as tradições juninas mantidas, porém ainda mais justo é promover políticas públicas para todos e todas e, assim, fazer uso de uma verba já destinada aos cuidados com a população autista do Estado.
Para a comunidade autista fica a certeza de que o melhor seria ter o mesmo tratamento e empenho que é dado aos festejos juninos no Estado: agilidade, celeridade e verba pública aos montes, porque para a cidadania autista e suas famílias restou o nada, a escassez e a total ausência de amparo protagonizada por um governo que entende mais de forró, fogueira, canjica, pé de moleque e shows milionários do que de pessoas e suas necessidades.”