Pesquisas não decidem eleição, isso é fato incontestável. Mas falam, através de números, da matemática, das estatísticas, com o eleitor. As quantitativas, que têm a função de captar a tendência do voto, traduzem uma fotografia tirada naquele momento em que vai a campo. Desqualificar pesquisas oficiais é um erro primário.
Invariavelmente, diga-se de passagem, cometido por quem está em situação de dificuldades, de ambiente tomado por desespero à luz da realidade. Há ainda as pesquisas qualitativas, talvez as mais fundamentais numa campanha eleitoral.
Leia maisGeralmente, são para consumos internos. Têm o propósito, dentre outros, de mapear o pensamento dos entrevistados. A favor ou contra. Em consultas periódicas, investigam, digamos, o coração, a mente e o comportamento do paciente sobre vários temas de interesses.
As pesquisas quantitativas, as eleitorais, por lei, são obrigadas a serem registradas junto na justiça eleitoral antes das publicações, sob pena de punição severa aos institutos responsáveis por elas. No registro, todos os institutos são obrigados a informar a metodologia usada, para que técnicos do próprio TSE ou TRE, acadêmicos, estudiosos e todos que se interessam tenham acesso total aos critérios adotados.
Se algum instituto de pesquisa age de má-fé, o caminho é estudar sua metodologia, conferir seus critérios e vir a público criticar ou denunciar seus resultados, com base em elementos científicos. Sem isso, é adotar propositadamente a escola da farsa.
Portanto, não é prudente e não vai resolver os problemas crônicos de uma campanha atacar institutos de pesquisas A, B ou C. Criar narrativas e situações falsas. A Frente Popular está caindo nesse território jocoso, infantil, o que demonstra o desespero interno da coordenação de sua campanha. Está ficando feio. Servindo de gozações nas redes sociais.
A mais recente soa ao ridículo. A partir de um critério de indução adotado pelo Instituto de Pesquisa Big Data, cujo resultado, através de um recorte, indica um número favorável ao candidato Danilo Cabral, as seitas do PSB, do PT e do PC do B (sim, o princípio de seita não é monopólio da extrema direita. Existem seitas também na militância de esquerda) vêm propagando uma meia verdade. Uma Fake News disfarçada. O Big Data quis saber do entrevistado, segundo seu próprio critério de metodologia, resposta a uma pergunta “induzida” (grifo nosso).
Isso mesmo: pergunta induzida. Na amostragem, o instituto constatou que Danilo teria 25% dos votos com o apoio de Lula ante 25% de Marília com o apoio de Paulinho da Força. Lula tem próximo a 65% de intenções de voto em Pernambuco. Paulinho da Força não exerce nenhuma influência eleitoral aqui no Estado. Mas a estratégia farsante dos militantes da Frente Popular, óbvia, tanto quanto sorrateira, é publicizar que Danilo alcançou 25% dos votos empatado na liderança com Marília. Mentira sem pudores. Outra tarefa a que tem se propondo a contrapropaganda da seita Frente Popular: desacreditar os números do Instituto Opinião, que atua no mercado há 25 anos, e que mantém uma parceria de divulgação exclusiva com este Blog nos períodos eleitorais e fora deles. Mais uma vez, perda de tempo, energia e distância da ciência dos números.
Ao contrário do Big Data, que aferiu 12% de intenção de voto para o candidato Danilo, o Opinião constatou 4,3% apenas para o candidato da Frente Popular. E também conferiu números diferentes para os demais candidatos, o que é normal na técnica aplicada de pesquisa, por conta de fatores diferentes diversos na aplicação dos questionários e apuração dos resultados.
Danilo foi o primeiro nome a ser lançado extraoficialmente como pré-candidato, em fevereiro. De lá para cá a Frente Popular insiste em descredenciar os números que não lhes são favoráveis e a valorizar e distorcer improváveis resultados que lhes interessa.
Azar deles permanecer no erro, ao invés de identificar caminhos que mudem a realidade atual. Em outubro, no início da noite do dia 2, vão se convencer que a terra não é plana.
Leia menos