Governo muda regra para ar-condicionado e fábricas terão que ter produtos ecológicos já em dezembro

Se você está pensando em aproveitar a Black Friday para trocar o parelho de ar-condicionado é bom prestar atenção numa nova legislação que o Ministério de Minas e Energia estabeleceu com regras para aumentar a eficiência dos aparelhos de ar-condicionado já a partir de dezembro.

No geral, as novas determinações são para manter a mesma refrigeração gastando menos energia. E sua implementação será um ajuste gradual. As informações são do colunista Fernando Castilho, do Jornal do Commercio.

Os novos índices vão começar a ser exigidos em dezembro deste ano e avançam progressivamente até 2027, e vão variar de acordo com a potência do equipamento. Mas faz muito sentido está ligado no assunto para aproveitar as ofertas e não comprar máquina com tecnologia velha.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, atualmente, 17% das residências brasileiras têm ar-condicionado.

A expectativa é que ao final do período de adaptação, em 2028, a eficiência dos ar-condicionados disponíveis no mercado aumente, em média, 40%.

As novas regras vão valer para fabricação, importação e comercialização de aparelhos, para os aparelhos janela – modelo mais antigo – e para o split, de tecnologia mais avançada.

O objetivo é descartar do mercado os gastadores. Na prática, os fabricantes serão obrigados a adotar tecnologia mais moderna. E as empresas já começam a se movimentar.

A coreana Samsung já anunciou seu portfólio 2022 de produtos da linha de ar-condicionado para o mercado brasileiro, com destaque para as melhorias e novas funcionalidades nas versões atualizadas.

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A Câmara dos Deputados oficializou, ontem, mudanças em um ato da Mesa Diretora que regula o regime de votações do plenário e das comissões da Casa. As alterações confirmam as promessas feitas pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a líderes partidários.

Motta manteve o regime presencial de votação nas sessões e reuniões de terça, quarta e quinta, com a obrigatoriedade de registro de presença nos postos biométricos do plenário.

A votação em si, no entanto, pode ser feita por um aplicativo, chamado Infoleg – ou seja, após registrar presença, o deputado pode votar do gabinete, por exemplo, ou até de fora da Câmara.

A mudança: nas quartas, entre 16h e 20h, os deputados precisarão estar no plenário para votar. Na gestão Arthur Lira (PP-AL), isso não era exigido.

“Ao estabelecer o novo regime de funcionamento, a Casa poderá não só se adaptar às novas tecnologias, mas também garantir que o processo legislativo continue a ser o espaço de representatividade e de oportunidades para que os parlamentares possam se engajar ativamente · nas discussões e nas votações das matérias que irão melhorar a vida do povo brasileiro”, justificou Motta.

Às segundas e sextas, se mantém o regime semipresencial, como é atualmente. Deputados poderão registrar presença e votar pelo aplicativo.

Segundo o ato, o presidente da Câmara poderá mudar o regime de funcionamento quando convocar uma sessão, mas deverá publicar com antecedência mínima de 24h.

Motta também incluiu no ato regras para os deputados fazerem discursos quando a sessão for aberta.

·      Durante os 90 minutos iniciais da sessão, os deputados inscritos poderão utilizar a palavra por três minutos, não sendo permitidos apartes.

·      Deputados interessados em usar a palavra poderão se inscrever pelo aplicativo lnfoleg a partir do momento de abertura do registro de presença.

·      Nos 30 minutos seguintes, será concedida a palavra a dois deputados pelo prazo de 15 minutos improrrogáveis.

·      A lista de oradores interessados em discursar será organizada por sorteio eletrônico.

A votação remota, criada para que o Congresso Nacional continuasse a funcionar durante a pandemia do novo Coronavírus em 2020, tem se tornado cada vez mais um instrumento de poder dentro da Câmara dos Deputados.

O ato que regulamenta o Sistema de Deliberação Remota (SDR), agora alterado por Motta, foi utilizado constantemente pelo ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para viabilizar votações de propostas que exigem mais votos para serem aprovadas.

Na prática, a deliberação remota muda a dinâmica de votações e pode facilitar a aprovação de matérias.

Além disso, é uma estratégia usada para ajudar no cumprimento de prazos regimentais de tramitação e agradar os parlamentares – que podem participar das sessões de suas bases sem ter desconto por falta no salário, como no período eleitoral de 2022 e de 2024.

Jaboatão dos Guararapes - IPTU 2025

Por Ângelo Castelo Branco*

Um episódio digno de figurar nas páginas do realismo fantástico latino-americano marcou a vida do renomado jornalista José de Souza Alencar, Alex, um ícone da crônica social no Brasil. Discreto, elegante e avesso à política, Alex se destacou tanto por suas colunas no Jornal do Commercio quanto pela apresentação do programa Hora do Coquetel, exibido nas tardes de domingo dos anos 60 pela TV Jornal do Commercio.

Neste espaço, entrevistava personalidades do cenário social e intelectual de Pernambuco. Em 1963, o general Humberto de Alencar Castello Branco, então comandante do IV Exército, e sua esposa, Dona Argentina, cultivavam amizade com Alex. Frequentavam juntos restaurantes do Recife, onde compartilhavam conversas sobre literatura brasileira e francesa.

Castello Branco era um estudioso da obra de Machado de Assis. Naquela época, a saúde de Dona Argentina já inspirava preocupação. Apesar dos cuidados do renomado médico Ovídio Montenegro, sua deficiência cardíaca se agravou, culminando em seu falecimento em 23 de agosto de 1963.

Poucos meses depois, em março de 1964, Castello Branco assumiu a Presidência do Brasil. Nesse meio-tempo, circularam rumores de que o agora viúvo mantinha uma relação de amizade com uma professora da Universidade do Recife. Alex, sempre atento ao burburinho social, mencionou o fato em sua coluna, sugerindo que a primeira visita oficial do presidente poderia ter uma motivação afetiva.

A nota chegou ao Palácio do Planalto, e o introspectivo general ponderou entre duas estratégias: desmentir a informação ou ignorá-la para minimizar as especulações. No entanto, nos escalões militares locais do Recife, a matéria foi tratada de maneira abrupta e violenta, desencadeando um grotesco episódio que reverberou nas redações jornalísticas e chocou a cidade.

Na noite de 20 de maio de 1964, ao sair da redação do Jornal do Commercio, Alex foi sequestrado na calçada da Rua do Imperador. Um grupo de homens o forçou a entrar em uma caminhonete e, com os olhos vendados, ele foi levado a uma cela de quartel. Apavorado, acreditou que seria morto.

Em meio à tensão, permitiram-lhe telefonar para a mãe e alguns amigos, informando sua prisão. Na manhã seguinte, foi submetido a um interrogatório absurdo e, em seguida, liberado, ainda em estado de choque.

Semanas após o ocorrido, o presidente Castello Branco visitou o Recife. Na madrugada do evento, Alex recebeu uma inesperada ligação. Do outro lado da linha, ouviu a voz do marechal:

— Gostaria de vê-lo no almoço que me será oferecido no Clube Português.

Alex aceitou o convite e, ao comparecer à recepção, fez questão de encarar os militares que haviam ordenado sua violenta prisão. Em um gesto de coragem, relatou, em voz alta e diante de convidados, os detalhes da conversa que tivera com o presidente sobre o lamentável episódio, constrangendo os responsáveis.

Alex faleceu em 24 de janeiro de 2015, aos 88 anos, após mais de três décadas assinando a coluna social do Jornal do Commercio e deixando um legado indissociável da história jornalística pernambucana.

*Jornalista

Conheça Petrolina

Raquel tentou enciumar João

Somente no domingo passado, quase 20 dias após o encontro com a governadora Raquel Lyra (PSDB), o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), assumiu que esteve frente a frente com a tucana. Lá atrás, estranhamente, negou, porque havia acordado com a governadora sigilo absoluto.

Mas quem vazou, até para criar um clima de desconfiança por parte do prefeito João Campos (PSB) com o herdeiro político do ex-senador Fernando Bezerra Coelho, foi a própria governadora. E para dar a entender que estava se aliando a Miguel. Este, entretanto, só tomou conhecimento do vazamento quando estava participando de uma feira agrícola no exterior.

Raquel vazou porque saiu da conversa extremamente desapontada com Miguel, a quem ofereceu a Secretaria de Infraestrutura e outros espaços, sem que houvesse da parte do interlocutor qualquer interesse. Se tivesse beliscado a isca, aliás, o ex-prefeito petrolinense teria cometido um dos maiores erros da sua, até aqui, bem-sucedida carreira.

Mais popular prefeito de Petrolina, um dos mais aprovados na gestão de cidades de porte médio do País, Miguel foi candidato a governador nas eleições de 2022, mas não chegou ao segundo turno por uma fatalidade: a morte do marido de Raquel, no dia da eleição, fator que provocou uma grande emoção no Estado, arrastando a tucana para o poder.

Ela nunca admitiu esse episódio fatídico e lamentável, mas basta fazer uma simples consulta ao Google: mais de 400 mil pernambucanos foram buscar o número da candidata tucana no site de buscas no dia da eleição. Na chegada ao segundo turno, Raquel ganhou o apoio de Miguel no calor da comemoração do primeiro turno.

Um apoio que deu resultado: saiu de Petrolina com mais de 86 mil votos, enquanto no primeiro turno recebeu pouco mais de quatro mil votos. Os votos caíram no balaio de Raquel pela força de Miguel, porque o Sertão, com exceção de Petrolina, votou em peso em Marília Arraes, casando o voto com o do presidente Lula.

Passadas as eleições, Raquel esteve três vezes com Miguel e em todos os encontros não abriu o seu Governo para o ex-prefeito. Tergiversou o tempo todo e na hora dos finalmente não colocou nada na mesa, tudo porque temia sombra, como temeu a sombra de outros aliados, como Anderson Ferreira. Como disse, ontem, neste espaço, Raquel acha que o sol só brilha para ela.

RECADO DADO – Diferente do encontro sigiloso e mal explicado com a governadora, Miguel Coelho esteve, ontem, com João Campos no Recife e logo após o encontro o prefeito levou ao conhecimento público pelas redes sociais. Tudo, claro, para mostrar à governadora que ela não vai conseguir dividir as lideranças que João está arregimentando em torno da sua provável candidatura a governador nas eleições de 2026.

Dos três, vai sobrar um – Por falar em Miguel, o projeto do ex-prefeito de Petrolina é disputar uma vaga ao Senado na chapa de João Campos. Em 2026, estarão em jogo duas vagas para a Casa Alta. No campo da aliança com João, Miguel terá pela frente uma queda de braço com dois concorrentes que seriam candidatos naturais na chapa do socialista ao Palácio das Princesas: o senador Humberto Costa, que tem projeto de ir à reeleição, e o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Presidencialismo moderno – Em entrevista à Folha e ao Frente a Frente, ontem, o deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), autor da proposta da adoção do semipresidencialismo, que já tem números de assinaturas suficientes para começar tramitar no Congresso, disse que a ideia não foi colocada para um plebiscito porque não se trata de uma mudança de regime, mas do aperfeiçoamento do presidencialismo.

Estado pode sofrer apagões – Pernambuco está incluso na lista dos 11 estados com riscos de sofrer apagão, segundo alerta Operador Nacional do Sistema Elétrico, o ONS. O motivo apresentado pelo órgão é a produção de energia por painéis solares em casas e comércios. No Nordeste, além de Pernambuco, estão ameaçados a Paraíba, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte. O relatório recomenda que sejam traçadas estratégias para assegurar uma operação eficiente da malha energética com os desafios causados pela “crescente descentralização dos recursos de geração”.

Tabata ministra? – Corre nos bastidores de Brasília que a deputada Tabata Amaral, namorada do prefeito do Recife, pode despachar em breve na Esplanada dos Ministérios. Se couber ao PSB mais uma fatia de poder no bolo que os partidos aliados disputam junto a Lula, ela iria para o Ministério de Ciência e Tecnologia, hoje ocupado pela pernambucana Luciana Santos (PCdoB), que seria remanejada para o Ministério da Mulher.

CURTAS

REVOADA – Mais de 80 prefeitos pernambucanos desembarcaram, ontem, em Brasília, para um encontro promovido pelo Governo Federal no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O ponto alto será, hoje, com a presença do presidente Lula e uma penca de ministros.

PETRIBU – Pertence ao grupo Petribu a fábrica de cimento que encerrou suas atividades, definitivamente, em Carnaíba, no Sertão do Pajeú, jogando na rua da amargura mais de 40 trabalhadores. Com a marca “Cimento Pajeú”, a indústria ainda operou por 12 anos depois de identificar uma grande jazida da matéria prima naquele município.  

ACÓRDÃO – Na conversa com João Campos, Miguel Coelho antecipou o que veio a ser oficializado no início da noite: o controle do União Brasil no Estado, travado com o deputado Mendonça Filho, teria chegado a um bom termo, ele na presidência e Mendonça na vice.

Perguntar não ofende: Raquel vai para o MDB ou o PSD?

Ipojuca No Grau

O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, celebrou em vídeo sua escolha como presidente estadual do União Brasil em Pernambuco, destacando a responsabilidade de liderar a sigla e fortalecer sua representatividade no Estado. Miguel também anunciou a composição da nova direção partidária, que contará com o deputado federal Mendonça Filho na vice-presidência e Carlos Andrade Lima como secretário-geral. Segundo ele, o foco será o diálogo, o respeito às divergências e a construção de um partido plural, preparando o União Brasil para as eleições de 2026. Confira:

Caruaru - Prefeitura na porta

Enquanto muitos municípios enfrentam dificuldades financeiras, Toritama, no Agreste de Pernambuco, se consolida como um modelo de administração eficiente e responsável. Conhecida como a “Capital do Jeans”, a cidade mantém suas contas equilibradas e demonstra planejamento estratégico na gestão pública. O ex-prefeito Edilson Tavares (MDB) encerrou seu mandato deixando um saldo positivo para o sucessor, o atual prefeito Sérgio Colin (MDB), com R$ 22 milhões em caixa, nenhum débito e R$ 12 milhões em patrimônio armazenado no Centro de Distribuição municipal.

Edilson Tavares atribuiu os bons resultados à responsabilidade fiscal e ao controle rigoroso dos gastos. “Esse modelo de gestão responsável é reflexo de anos de planejamento, controle de despesas e investimentos estratégicos, garantindo não apenas o equilíbrio financeiro, mas também a continuidade de projetos essenciais para o crescimento da cidade”, afirmou.

O atual prefeito Sérgio Colin destacou a importância da continuidade administrativa e o impacto positivo dessa estrutura organizada. “Herdei um legado administrativo muito bem estruturado e estamos dando sequência a esse trabalho, garantindo que Toritama siga sendo referência em obras e desenvolvimento”, pontuou.

Camaragibe Cidade do Trabalho

O prefeito de Camaragibe, Diego Cabral, assinou nesta segunda-feira (10) o edital de convocação dos 210 professores aprovados no concurso público realizado em 2024. O ato simbólico ocorreu na sede da Prefeitura e contou com a presença dos secretários municipais Mauro Silva (Educação) e Paulo Freitas (Administração). Além da convocação oficial, a gestão municipal iniciou a distribuição do fardamento e do material escolar para os alunos da Educação Infantil, que será a primeira etapa contemplada.

Os aprovados deverão comparecer ao Cine Teatro Bianor Mendonça, no bairro da Vila da Fábrica, entre os dias 17 e 27 de fevereiro, para entrega da documentação exigida. De acordo com a Secretaria de Educação, além das 210 vagas previstas, mais 30 candidatos aprovados ficarão em sobreaviso para eventuais desistências ou inaptidões. O cronograma completo e a relação dos documentos necessários estão disponíveis no site do Instituto AOCP, organizador do concurso, e no Diário Oficial do município.

Durante visita às escolas municipais Marcelo José do Amaral Correia de Araújo e Santa Maria, Diego Cabral acompanhou a entrega simbólica do fardamento escolar e reforçou o compromisso da gestão em fortalecer a educação municipal. A Secretaria de Educação informou que a distribuição dos kits será feita progressivamente para alunos de outras etapas de ensino.

Belo Jardim - Construção do CAEE

O União Brasil definiu sua nova composição executiva em Pernambuco. O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, foi o escolhido para assumir a presidência estadual do partido, enquanto o deputado federal Mendonça Filho ficará na vice-presidência. A decisão foi firmada em um acordo entre o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, e o vice-presidente da legenda, ACM Neto.

De acordo com o comunicado oficial divulgado pelo partido, a nova estrutura partidária foi definida “de forma equilibrada”, dividindo os cargos da Executiva estadual “entre indicados por Mendonça Filho e pelo deputado federal Fernando Filho”.

Mendonça Filho, que também integra a Executiva Nacional do partido, destacou que Miguel Coelho, por estar sem mandato, terá tempo para se dedicar à condução da sigla no estado. “Seguiremos trabalhando para fortalecer as bases partidárias e na preparação das eleições de 2026”, afirmou.

O blog soube, há pouco, por fonte segura, que o grupo Carrefour/ Big Bompleço irá fechar cinco lojas no Recife até o dia 14 de março. Serão as unidades localizadas nos Aflitos, Espinheiro (em frente ao Habib’s), Tacaruna, Benfica e no Terminal de Boa Viagem.

O encerramento das atividades das lojas deve impactar diretamente mais de 500 funcionários, que perderão seus empregos. Ainda não há informações sobre o destino dos imóveis e se outra rede de supermercados assumirá os espaços deixados pelo Carrefour.

Um novo estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mediu os impactos dos genéricos no preço dos medicamentos. Os resultados mostram que, quanto mais opções de um determinado medicamento são colocadas no mercado, mais barato fica o produto. A queda pode chegar a mais de 50%.

Os genéricos podem ser produzidos a partir do momento em que o chamado “medicamento de referência” tem a patente quebrada, o que geralmente ocorre 20 anos após o lançamento, ou antes, em alguns casos específicos. Os produtos têm a mesma substância ativa, forma farmacêutica, dosagem e indicação farmacológica que o chamado medicamento de referência. As informações são da Agência Brasil.

Detalhes do estudo foram destacados no site do Ipea nesta segunda-feira (10), quando se completam 26 anos da Lei Federal 9.787/1999, que estabeleceu os medicamentos genéricos no Brasil. De acordo com os resultados, com a entrada do primeiro produto genérico no mercado, houve redução média de 20,8% nos preços mínimos. A partir do terceiro, a economia é de cerca de 55,2%.

O estudo também resultou em um artigo do livro Tecnologias e Preços no Mercado de Medicamentos, lançado pelo Ipea em novembro do ano passado. A publicação digital está disponível gratuitamente aos interessados. O artigo, intitulado Efeitos da entrada de genéricos no mercado sobre o preço dos medicamentos, incluído como Capítulo 8, foi escrito pelo pesquisador Romero Cavalcanti Barreto da Rocha.

Os resultados do estudo indicam que mercados altamente concentrados sofrem maior impacto. Nesses casos, quando o medicamento de referência enfrenta menos concorrência, a entrada dos genéricos reduz em cerca de 34% os preços médios.

O momento em que os novos produtos são colocados no mercado também influencia nos efeitos. Quando o genérico entra logo após a perda da patente do medicamento de referência, a redução nos preços é maior. Eventuais atrasos podem gerar efeito negativo na queda.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta segunda-feira um discurso sobre a necessidade de aumentar os investimentos em educação. Em evento em Brasília, Lula criticou “economistas” que apontam entraves para a construção de “escolas e institutos federais”.

O petista também disse que a classe média deveria voltar para a escola pública.

— Esse país só vai dar certo o dia que a classe média voltar para a escola pública. E só vai voltar para a escola pública, quando ela melhorar. Já foi assim: os grandes intelectuais brasileiros estudaram em escolas públicas. Marilena Chauí, Florestan Fernandes, Paulo Freire, são filhos de escola pública. De que tempo? No tempo que quem podia ir para a escola eram poucos. Aí você dar qualquer coisa de qualidade quando uma pequena minoria pode estudar. Mas quando é todo mundo, é preciso um pouco mais de recursos. Um pouco mais de dinheiro. E é isso que nós estamos fazendo. As informações são do Jornal O Globo.

A fala foi dada durante evento voltado para a alfabetização. Também estavam presentes do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ministros da Esplanada, como chefe da pasta de Educação, Camilo Santana.

Lula criticou ainda quem cria obstáculos ao piso do salário de professores.

— Tem gente que acha que é muito dinheiro pro professor ganhar R$ 4.800.

O presidente também afirmou que, quando for presidente, não faltará recursos para a educação:

— Falava pro Haddad e falo pro Camilo, toda vez que a gente quer fazer algo a mais, alguém diz: não tem dinheiro. O que é normal, isso vale num sindicato, associação de bairro, de futebol, o papel do tesoureiro é sempre dizer que não e o papel do outro é sempre querer mais. Agora, o não do tesoureiro e a reivindicação do cara, eu posso decidir e enquanto eu for presidente da República não vai faltar recurso para a gente recuperar a educação desse país. Porque é uma condição de vida e uma aposta que estamos fazendo no país.

A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), recebeu nesta segunda-feira (10) lideranças empresariais para debater oportunidades de crescimento econômico para o município. O encontro contou com a presença de Bruno Veloso, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio, além de empresários da região.

Antes da reunião, a prefeita participou de uma entrevista na rádio Serra FM, onde destacou a importância do diálogo e das parcerias para impulsionar o desenvolvimento local. “Seguimos avançando com muito trabalho, buscando fortalecer Serra Talhada e gerar mais oportunidades para nossa população”, afirmou Márcia Conrado em publicação nas redes sociais.

Em seu terceiro mandato, o presidente Lula distribuiu ministérios a quase uma dezena de partidos, mas reservou as pastas mais importantes para o PT. A legenda é a única a ter representação no Palácio do Planalto — onde comanda, por exemplo, a Casa Civil (Rui Costa) e a Secretaria de Relações Institucionais (Alexandre Padilha) — e ainda está à frente, entre outros, da Fazenda (Fernando Haddad) e da Educação (Camilo Santana).

O governo pode até ser de frente ampla, mas a hegemonia petista é inegável. Essa primazia está sendo contestada nas negociações sobre a reforma ministerial e nas conversas de auxiliares de Lula com integrantes da cúpula do Congresso. Cortejados pelo presidente, líderes do Centrão retomaram as reclamações sobre a atuação de Rui Costa. As informações são da Revista Veja.

Eles dizem que o governo não melhorará de desempenho, mesmo se a reforma ministerial for realizada, se o chefe da Casa Civil não se abrir mais ao diálogo e, principalmente, reduzir as tensões que provoca dentro do Executivo e com o Legislativo. A queixa contra Rui Costa é antiga. Ainda no primeiro semestre de 2023, o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sugeriu a Lula que demitisse o ministro e colocasse em seu lugar Fernando Haddad. Agora, o lobby parlamentar pela demissão de Costa voltou a circular com força nos bastidores.

 Solução ou problema caseiro?
Até petistas reconhecem que a disputa interna de poder entre Rui Costa e Fernando Haddad ajuda a emperrar o governo, que lida como uma popularidade declinante. Nesse embate, a maioria dos congressistas prefere o ministro da Fazenda, que negociou a aprovação de uma leva de projetos da agenda econômica, como o novo marco fiscal e a reforma tributária.

Expoentes do Centrão se aproximaram de Haddad, mas afirmam, com preocupação, que o chefe da equipe econômica está enfraquecido. A situação de debilidade ficou patente no fim do ano passado, quando, apesar dos esforços do ministro, o governo apresentou um pacote de ajuste fiscal considerado insuficiente pelo mercado.

No início deste ano, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, declarou que Haddad é um ministro fraco, algo que não seria dito se não tivesse um pé na realidade. Lula até tentou defender o auxiliar, mas é ele o principal catalisador do desgaste, ao insistir, como fez há poucos dias, que não há previsão de novas medidas de contenção de despesas.

 “O governo tem que ser mais pragmático, principalmente na pauta econômica. E precisa também se preocupar com o aumento do preço dos alimentos e, ao mesmo tempo, empoderar o Haddad na pauta do controle de gastos”, disse a VEJA o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira.

Com poder reduzido, o ministro ainda enfrenta um derretimento de imagem. Segundo pesquisa Genial/Quaest, Haddad tem a maior rejeição entre doze potenciais candidatos à Presidência: 56%. Lula e Jair Bolsonaro ostentam, respectivamente, 49% e 53%.

Bola da vez
Desde o início do governo, também são recorrentes às queixas ao trabalho da articulação política do Planalto, sob responsabilidade de Alexandre Padilha. No ano passado, ele sobreviveu no no cargo apesar da pressão de Arthur Lira para que fosse demitido. Em 2025, o Centrão retomou a ofensiva para indicar um substituto para o ministro.

O novo presidente da Câmara, Hugo Motta, trabalha pela nomeação do líder do MDB na Casa, Isnaldo Bulhões. Antes, foi especulado o remanejamento do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, correligionário de Motta no Republicanos, para a Secretaria de Relações Institucionais.

Padilha sabe desses movimentos, diz que quer continuar no cargo, mas pode acabar demitido ou deslocado para a pasta da Saúde. A hegemonia do PT está sob intenso bombardeio.