Coluna da quarta-feira

Como fiquei sabendo da morte de Eduardo

Tem uma música de Nando Reis que diz que o tempo voa e, quando se vê, já foi. Jota Quest canta que o tempo escorrega pelas mãos. Dez anos se completaram, ontem, do desastre aéreo em Santos (SP) que tirou a vida do ex-governador Eduardo Campos. E como o tempo voou! Lembro-me perfeitamente de tudo.

Estava chegando na Stampa, empresa de outdoor em Olinda, para uma conversa com Durval, irmão do ex-deputado Ricardo Costa, sobre a campanha publicitária com foco nos oito anos do blog, quando me liga a jornalista Andreza Matais, então diretora do Estadão em Brasília, a quem conheci como repórter da Agência Nordeste.

“Magno, estão dizendo que o avião que caiu em Santos era o que Eduardo estava a bordo. Você tem mais informações?”. Não sabia de absolutamente nada e, na verdade, fiquei chocado. A notícia não estava em nenhum blog, não havia saído em nenhuma TV. Contei para Durval e liguei imediatamente para Eduardo Monteiro, diretor-presidente do Grupo EQM, o qual a Folha integra, e me lembro até hoje da sua reação.

“Pelo amor de Deus, Magno, não dá para acreditar”. Tão logo acabei de falar com Eduardo, me liga Andreza de volta, para informar que a tragédia estava consumada. Fui o primeiro a dar a notícia e a partir daí meu celular não parou. Gente de todos os quadrantes da terra querendo mais informações. Que dia triste! Briguei muito com Eduardo, nossa relação se deu entre tapas e beijos.

Na política, o neto de Arraes, que conheci jovem, levando a pasta do avô nas viagens pelo Interior do Estado, tinha duas faces e os que conviveram com ele assinam embaixo: era ao mesmo tempo implacável com os que pisavam nos seus calos e exímio sedutor na arte de ampliar seu exército de amigos e aliados. Primeiro-ministro da Inglaterra, Winston Churchill dizia que a política é quase tão excitante quanto a guerra e não menos perigosa. A grande diferença é que na guerra só se morre uma vez, mas na política diversas vezes.

Na vida pública, Eduardo viveu uma morte que parecia sem ressurreição, a do escândalo dos precatórios. Renasceu sendo inocentado. Recriou sua imagem quando ministro da Ciência e Tecnologia, espaço mais técnico do que político, quando fez do limão uma limonada, o que lhe deu musculatura para entrar na disputa pelo Governo do Estado e vencer a guerra mais desafiadora da sua vida.

A BRIGA – Na primeira gestão de Eduardo – 2007-2010 – passei dois anos sem falar com ele. A briga se deu por causa de um conjunto de máquinas agrícolas que estavam levando sol e chuva no IPA de Serra Talhada, fato que denunciei e ganhou amplitude nacional pelo descaso. Naquele dia, conheci a face coronelista dele: quase me esbofeteia numa discussão em Araripina. Ganhei um inimigo, sofri as perseguições, mas resisti a todas as intempéries.

A reconciliação – Com o passar dos tempos, amigos em comum, entretanto, nos levaram a fumar o cachimbo da paz. Na reconciliação, uma conversa também dura, olho no olho. Na altura do campeonato, Eduardo já era o governador mais popular do País e, no auge do seu sucesso, começava a fazer planos para um voo mais alto, de águia: a conquista da Presidência da República, projeto que passava pela sua reeleição.

Ouvia muito – Eduardo era um político diferenciado no trato com a mídia. Adorava ouvir opinião de jornalistas, publicitários, formadores de opinião em geral. De volta ao convívio sem conflitos comigo, vez por outra me surpreendia com um convite para ir ao Interior ou até mesmo para Brasília em sua aeronave. Ia sabendo que não era para entrevista, apenas para analisar cenários e colher opiniões. Era muito habilidoso, sabia ouvir os contrários, inclusive reconhecer erros, dando a mão à palmatória.

Bastidores em livro – No meu livro Histórias de Repórter, lançado em 2017, conto histórias de bastidores que vivi ao longo dos últimos 40 anos de jornalismo, algumas delas tendo Eduardo Campos como um dos personagens. Acompanhei a trajetória dele também como deputado federal, eleito o mais votado do Estado nas eleições de 1994, nas quais Miguel Arraes chegou ao Governo do Estado pela terceira e última vez, derrotando Gustavo Krause, pai da vice-governadora Priscila Krause.

No pescoço de Joca – Além de ser vítima pessoal da fúria de Eduardo Campos, ele já como governador, presenciei também outro fato do seu traço de político de personalidade forte, de não levar desaforo para casa. O ex-deputado federal Joca Colaço havia me dado uma entrevista bombástica para a Folha de Pernambuco, magoado com sua não reeleição em 94. Acusou Eduardo de entrar em suas bases para ser eleito o federal mais votado. Só não o chamou de arroz doce. Ao saber, Eduardo saiu procurando Joca no Congresso como se procura agulha no palheiro. O encontrou no cafezinho da Câmara, agarrou o desafeto pelo pescoço, pisando nos seus pés aos berros: “Repita o que você disse na entrevista para eu quebrar agora a sua cara”. Foi uma cena que nunca esqueci, presenciada por mim e o ex-senador Sérgio Guerra, além do ex-deputado carioca Miro Teixeira.

CURTAS

MALIGNO – Na minha convivência de altos e baixos com Eduardo, foi ele que, num certo dia, me pôs um apelido que pegou rapidamente no meio político do Estado e em Brasília: “Maligno”. Mas só me tratava assim na brincadeira, quando estava em alto astral, de bom humor.

BOA FONTE – Eduardo era, igualmente, uma excelente fonte de informação para os jornalistas. Sabia como ninguém contar os causos de bastidores. Com seu o humor ferino, quando se tratava de um adversário, nos levava a dar boas gargalhadas.

IMITADOR – Outro traço da personalidade de Eduardo Campos: ninguém imitava o jeito dos políticos, principalmente os folclóricos, como ele. Na voz e no modo de discursar, suas imitações eram perfeitas. Era bom contador de piadas. Esse lado alegre dele encantou o presidente Lula, que com ele criou fortes laços de amizade.

Perguntar não ofende: Quando surgirá no Estado um político tão plural como Eduardo?

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No PL de Pernambuco, quem vai encarar a “missão 2026”?

Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Muito se fala da disputa entre a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), pelo Governo do Estado, em 2026. Mas nenhum dos dois, hoje, representa o campo bolsonarista, que detém uma fatia do eleitorado pernambucano, embora os dois tenham um voto aqui e outro ali de eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Raquel, inclusive, foi eleita graças à votação da extrema direita. Mas vem se aproximando cada vez mais do presidente Lula (PT).

Na última semana, um dos deputados estaduais do PL, Renato Antunes, defendeu que a legenda é grande e por isso não pode ficar de fora do pleito no Estado. Precisa lançar candidato, o que seria interesse do próprio presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, que quer nomes do PL liderando em todos os Estados.

Em entrevista à Rádio Folha, na última quinta-feira (23), o parlamentar reforçou: “precisamos de um jogador para jogar em 2026. Sou adepto de que a governadora Raquel Lyra tem feito um bom trabalho, mas partido grande como o PL não pode ficar de fora, até porque Pernambuco é importante para o debate nacional. Precisamos ter palanque aqui”.

Com a possibilidade de o presidente Lula (PT) subir nos palanques de Raquel e de João ao mesmo tempo, como apontam as articulações até aqui, ficará difícil para o eleitor mais alinhado à extrema direita de Pernambuco escolher entre a governadora e o prefeito.

Embora com as chances reduzidas, o PL poderia representar uma terceira via. O problema é a falta de nomes para encarar a missão. O ex-ministro Gilson Machado (PL), que tem o nome cogitado para o Senado, tem chances de se eleger facilmente para deputado federal. Os irmãos Ferreira, de Jaboatão dos Guararapes, também. O casal Tércio deve tentar renovar os mandatos, Clarissa para federal e Júnior para estadual.

Os outros deputados estaduais também buscarão suas vagas na Assembleia Legislativa. Quem entrar na disputa pelo Partido Liberal vai encarar sabendo que os dois palanques principais, de Raquel e de João, chegarão fortes e é muito pequena a possibilidade de um dos dois não sair vitorioso.

Raquel tem a máquina estadual nas mãos e o apoio de vários prefeitos. João tem a Prefeitura da capital e a chancela das urnas em 2024, que o fizeram prefeito novamente com quase 80% dos votos. Quem no PL de Pernambuco vai topar entrar nessa parada? E se o PL não tiver candidato próprio, vai subir no palanque de quem, com Lula nos dois principais?

TRÊS NOMES NO RADAR – Para Renato Antunes, a chapa deveria ser Gilson Machado para governador e Anderson Ferreira para senador. Mas o deputado estadual coronel Alberto Feitosa também teria chances de disputar o Estado por ter sido o mais votado nas últimas eleições. “De toda forma, vai ter que ter um candidato por causa da conjuntura nacional. Temos entre 30% e 40% do eleitorado que se identifica com a direita e essas pessoas precisam ter em quem votar. Também ajuda na construção das chapas proporcionais. O PL hoje tem quatro deputados federais, queremos ampliar para cinco e temos cinco deputados estaduais e queremos ampliar para seis ou sete. Isso só será possível se tivermos candidatura própria”, considerou o parlamentar.

Por falar em Raquel – Mal voltou do recesso e a governadora já caiu em campo pegando a estrada em Pernambuco, na companhia de prefeitos e deputados. A gestora foi ao Litoral Sul do Estado, onde realizou uma vistoria técnica nas rodovias PE-09, PE-60 e PE-51, na cidade de Ipojuca. Estiveram com ela o deputado federal Clodoaldo Magalhães (PV) e os deputados estaduais France Hacker (PSB), Jefferson Timóteo (PP) e Romero Sales Filho (UB). Também estiveram ao lado da governadora os prefeitos Carlos Santana (Republicanos), de Ipojuca; Fátima Borba (PSDB), de Cortês; Carol Jordão (PSB), de Ribeirão; Neto Melo, em exercício de Palmares; Carlinhos da Pedreira (PP), de Barreiros; Barbosa (PSD), de São José da Coroa Grande; Manoel da Retífica (Podemos), de Sirinhaém; e Berg de Hacker (PSDB), de Rio Formoso.

Sobre a Educação – Apesar de especulações em torno de nomes técnicos e políticos para a Secretaria de Educação, a governadora vem defendendo que a escolha deve combinar ambas as características. “Todo mundo tem que fazer as duas coisas”, declarou Raquel Lyra ao ser questionada sobre o assunto. A governadora não está com pressa para resolver e defendeu o trabalho do secretário interino. “O secretário de educação está designado. Gilson tem ampla experiência, já trabalhou na área e está lá desde o início do nosso mandato e está respondendo pela Secretaria. Estamos trabalhando para a volta às aulas e já já a gente começa a entregar nas escolas, fardamento e kit escolar”.

Canal do Sertão – Um movimento em defesa do projeto do Canal do Sertão de Pernambuco vem ganhando força nos últimos meses e promete cobrar mobilização da classe política do Estado para tirar a iniciativa do papel. Entre os defensores da obra está o ex-deputado estadual Antônio Fernando (PP), de Ouricuri, no Sertão do Araripe, que inclusive já elaborou um abaixo-assinado endereçado ao presidente Lula (PT). O documento solicita a retomada das obras, paralisadas desde 2003.

Amupe pegando fogo – A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), está se posicionando como uma das principais candidatas à presidência da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). A decisão foi definida em uma reunião realizada nesta sexta-feira no Recife, que contou com a presença de prefeitos e ex-prefeitos de diversos municípios do estado. A eleição promete ser disputada, já que outros nomes também aparecem no cenário. Entre eles, o atual presidente da Amupe e ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, e o prefeito de Aliança, Pedro Freitas. Márcia Conrado já comandou a Amupe em gestões anteriores, sendo amplamente elogiada por sua atuação à frente da associação.

CURTAS

Medidas contra a impopularidade – O Governo Federal avalia reduzir as alíquotas de importação sobre alimentos que estejam mais caros no mercado interno do que no exterior, informou, ontem (24), o ministro da Casa Civil, Rui Costa. A declaração foi realizada em coletiva de imprensa após reunião com o presidente Lula (PT) para tratar do tema. Com a popularidade em queda, Lula tenta realizar mais ações de repercussão no bolso do povo.

José Múcio – O pernambucano José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, deve deixar a pasta por vontade própria para se dedicar mais à família. Ele comunicou seu desejo ao presidente Lula desde o fim do ano passado. Na bolsa de apostas de quem o substituirá há, pelo menos, cinco nomes, entre eles o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Múcio já declarou a interlocutores que gostaria de sair antes da reforma ministerial que Lula deve promover no início de fevereiro.

Carlos Veras defende Hugo Motta – Em entrevista à Folha de Pernambuco, o deputado federal Carlos Veras (PT) destacou a postura republicana e a capacidade de diálogo do deputado Hugo Motta (Republicanos), um dos mais cotados para suceder Arthur Lira (PP) no comando da Câmara dos Deputados. “Acredito que irá construir uma relação producente com o governo Lula, preservando a autonomia entre os poderes, assegurando o desenvolvimento do Brasil e fortalecendo a democracia”, disse. 

Perguntar não ofende: quem vai topar ficar sem mandato para cumprir a missão de abrir um palanque do PL em Pernambuco, em 2026?

Conheça Petrolina

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, visitou o prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, nesta sexta-feira (24). Em pauta, ações e investimentos federais para a cidade. O presidente estadual do Republicanos, Samuel Andrade, também esteve na reunião, que contou ainda com secretários municipais.

Em seguida, o ministro e o prefeito vistoriaram a Escola Professor Merval dos Santos Oliveira. O equipamento público municipal foi construído a partir de uma verba de mais de R$ 10 milhões, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), viabilizados pelo ministro.

“Trabalhamos pelos portos, aeroportos e hidrovias do Brasil. Mas trabalhamos também muito por Pernambuco! A gente tem trabalhado muito ao lado do presidente Lula ajudando o país. Mas, ao longo do ano de 2025, eu quero andar nosso estado também mostrando todas as ações e obras que estamos trazendo para Pernambuco. Essa escola está pronta para receber agora em fevereiro mais de 300 alunos. Essa escola será muito importante em Nossa Senhora do Ó para o desenvolvimento da Educação da cidade”, pontuou Silvio Costa Filho.

Antes, Silvio se reuniu com o prefeito na sede do Executivo municipal, quando se colocou à disposição para trabalhar por Ipojuca em Brasília. “Ministro, obrigado pela parceria de sempre com Ipojuca. Vamos trabalhar muito”, comentou o gestor.

Camaragibe Avança 2024

Marco da arquitetura moderna no Recife, capital do Estado de Pernambuco, o Edifício Holiday vai a leilão judicial no próximo dia 30, às 11h. O certame será conduzido de modo on-line pelo leiloeiro Luciano Rodrigues, da Lance Certo Leilões, e terá lance inicial mínimo de R$ 35.731.026,76. “O leilão será a melhor e mais justa solução para os condôminos que comprovem a propriedade ou posse legítima, e também para os vizinhos e transeuntes, que vêm sofrendo com os problemas que a situação atual do edifício ocasiona”, afirma Luciano Rodrigues, que realizará o leilão a partir de decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Localizado no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, o Edifício Holiday possui 476 apartamentos, distribuídos em 17 andares.Tem ainda 17 lojas comerciais e boxes. São cerca de 15 mil metros quadrados de área construída e aproximadamente cinco mil metros quadrados de área de terreno. Em março de 2019, após requerimento da Prefeitura do Recife, o prédio foi completamente desocupado. A decisão foi tomada a partir de estudos que demonstraram risco elevado de incêndio e também na estrutura do prédio.

“Apesar das oportunidades concedidas aos condôminos para resolver os problemas estruturais, nenhuma solução foi tomada nos últimos anos. Diante dessa realidade, a melhor solução encontrada pela Justiça foi determinar a alienação do imóvel, por meio de leilão, com o intuito de arrecadar fundos para indenizar os proprietários e possuidores devidamente comprovados”, explica Luciano. Não será possível a demolição integral da edificação, devendo o vencedor do leilão obedecer às diretrizes para intervenção estabelecidas no Plano Diretor do Recife.

Os interessados em participar do certame devem se cadastrar no site da Lance Certo Leilões (https://www.lancecertoleiloes.com.br/) com antecedência de dois dias da data do primeiro leilão. Ele será realizado na modalidade on-line, mas sua dinâmica será bem parecida com aquela que o público já se acostumou a ver em filmes e séries, com o leiloeiro recebendo os lances e os interessados cobrindo as propostas. Caso a venda não seja concretizada no dia 30, ocorrerá um outro leilão, no dia 20 de fevereiro, também às 11h, com lance mínimo no valor de R$ 21.438.616,05. O valor arrecadado será depositado em uma conta judicial para posterior rateio entre os moradores que comprovarem a propriedade do imóvel.

Caruaru - IPTU 2025

O PFL (Partido da Frente Liberal) completaria 40 anos nesta 6ª feira (24.jan.2025), tendo sido fundado em 24 de janeiro de 1985. Surgiu como uma força política significativa durante a transição do regime militar para a democracia, ao apoiar o movimento Diretas Já e promover uma dissidência dentro do PDS (Partido Democrático Social), partido sucessor da Arena.

Como parte da Aliança Democrática, o PFL foi fundamental na articulação política que possibilitou a eleição de Tancredo Neves e José Sarney no Colégio Eleitoral, um passo decisivo para a abertura democrática de forma pacífica e sem rupturas.

O PFL foi fundado por políticos que buscavam se alinhar às forças democráticas emergentes, dentre os quais se destacam Jorge Bornhausen, Marco Maciel (1940-2021) e Guilherme Palmeira (1938-2020). Durante o Congresso constituinte, de 1987 a 1988, o partido exerceu uma influência significativa na elaboração da nova Constituição, que lançou as bases da democracia moderna no Brasil.

Nas décadas de 1990 e 2000, o PFL integrou diversas coalizões governamentais, desempenhando um papel importante na implementação de políticas de estabilização e modernização econômica. O partido só apresentou candidatura à Presidência da República nas eleições de 1989, com Aureliano Chaves (1929-2003), mas também considerou candidaturas próprias em 2002, com Roseana Sarney, e em 2006, com César Maia.

Com a eleição do presidente Lula em outubro de 2002, o PFL migrou para a oposição e precisou se reinventar. O partido buscou se reposicionar mais ao centro do espectro político, passou por uma transição geracional e por um processo de rebranding, que culminou na mudança de nome para Democratas (DEM), em 2007.

Na época da alteração da nomenclatura, o PFL já existia há 22 anos, e seus integrantes haviam ocupado cargos públicos importantes, incluindo a Vice-Presidência da República (Marco Maciel), a presidência do Senado (Antônio Carlos Magalhães [1927-2007]), a presidência da Câmara dos Deputados (Inocêncio de Oliveira, Luís Eduardo Magalhães [1955-1998] e Efraim Morais), além de diversos governos estaduais, prefeituras de capitais e ministérios do Poder Executivo Federal. O partido atuou como PFL nas eleições gerais de 1986, 1990, 1994, 1998, 2002 e 2006, e como DEM em 2010, 2014 e 2018. Em 2022, o partido deixou de existir por causa da fusão com o PSL, resultando na formação do União Brasil.

A ideologia do PFL, centrada em princípios liberais na economia e conservadores nos costumes, ainda ressoa em partidos atuais, mas o ambiente contemporâneo exige muito mais flexibilidade e capacidade de diálogo. Ao contrastar o PFL daqueles tempos às agremiações políticas da atualidade, percebe-se que o cenário político brasileiro se tornou muito mais polarizado e fragmentado, o que dificulta a formação de maiorias estáveis nas Casas do Congresso Nacional.

Enquanto o PFL atuava em um contexto de transição, os partidos contemporâneos enfrentam desafios relacionados à representatividade e ao e ao fortalecimento das instituições democráticas em meio a crises de confiança. Além disso, a realidade atual é marcada por uma competição mais profissional e digitalizada pela atenção do eleitor, refletindo uma nova dinâmica na relação entre cidadãos e informação política. A horizontalidade dos meios de comunicação e a mudança na forma de consumir informações alteraram significativamente o comportamento do eleitor, que busca interações mais ativas e diretas. Isso enfraquece estruturas tradicionais, como os partidos políticos, ao facilitar a formação de conexões fora dos canais convencionais.

A celebração dos 40 anos da fundação do PFL proporciona uma excelente oportunidade para relembrar seu papel histórico na redemocratização do Brasil e para refletir sobre os desafios que o sistema partidário enfrenta atualmente, especialmente no que diz respeito à sua função e relevância na sociedade contemporânea. Por fim, a trajetória do PFL destaca a importância do diálogo e da negociação política, oferecendo lições valiosas para os partidos de hoje em sua busca por fortalecer a democracia brasileira.

Belo Jardim - Construção do CAEE

Em meio ao momento hídrico preocupante vivido no Estado, nesta sexta-feira (24), a esperança deu as caras. Na Barragem de Brotas, na cidade de Afogados da Ingazeira, no Sertão pernambucano, as primeiras lâminas de água caíram.

As informações são do Mais Pajeú. Nas fotos publicadas é possível ver a movimentação da água escapando para fora da barragem.

Na última atualização do monitoramento da Barragem feito pela Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC), apontou que a capacidade estava em 96,48% na última quarta (22).

Ainda de acordo com a APAC, a previsão do tempo para a região do Sertão de Pernambuco é de parcialmente nublado com chuva rápida de forma isolada no período da tarde e noite com intensidade fraca. Para o Sertão de São Francisco a previsão é de parcialmente nublado sem chuva em toda a região ao longo do dia.

Do Diario de Pernambuco.

O advogado Antônio Campos emitiu nota nesta sexta-feira (24) apontando uma situação de desorganização financeira e falta de transparência na gestão da Prefeitura de Olinda. Segundo ele, apenas a Secretaria da Fazenda estaria operando plenamente, com foco na cobrança de impostos, enquanto outros prédios municipais permanecem praticamente vazios.

Campos atribui o cenário ao desequilíbrio financeiro herdado pela atual prefeita Mirella Almeida, sucessora de Lupércio, a quem ela teria tentado proteger ao não divulgar o balanço de transição da administração, como determina a Lei Complementar Estadual nº 260/2014. O advogado afirma que solicitou acesso ao relatório da comissão de transição por meio da Lei de Acesso à Informação, mas não obteve retorno, levando-o a formalizar uma denúncia ao Ministério Público de Contas.

“Os olindenses, que acabaram de receber os carnês do IPTU, têm o direito de conhecer a real situação financeira da Prefeitura e onde seus impostos estão sendo aplicados”, afirmou Campos.

Ao tomar conhecimento do lançamento da candidatura de Márcia Conrado, prefeita de Serra Talhada, à presidência da Amupe, o prefeito de João Alfredo, Zé Martins, uma das principais lideranças do PSB no Agreste, declarou apoio de imediato. Isso pode ser um indicativo de que os prefeitos ligados a João Campos, provável adversário de Raquel Lyra em 2026, tendem a abraçar a candidatura de Conrado contra dois outros candidatos – Marcelo Gouveia, atual presidente, e Pedro Freitas, prefeito de Aliança, lançado pelo presidente do PP, Eduardo da Fonte.

A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), está se posicionando como uma das principais candidatas à presidência da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). A decisão foi definida em uma reunião realizada nesta sexta-feira no Recife, que contou com a presença de prefeitos e ex-prefeitos de diversos municípios do estado.

A eleição promete ser disputada, já que outros nomes também aparecem no cenário. Entre eles, o atual presidente da Amupe e ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, e o prefeito de Aliança, Pedro Freitas. Márcia Conrado já comandou a Amupe em gestões anteriores, sendo amplamente elogiada por sua atuação à frente da associação. Reconhecida pela articulação política e pelo comprometimento com os interesses municipalistas, a prefeita de Serra Talhada surge como uma das favoritas para o cargo, contando com o apoio de importantes lideranças locais.

A eleição da Amupe promete movimentar os bastidores da política pernambucana, com um embate entre nomes de peso e propostas que buscam fortalecer a representatividade dos municípios do Estado.

A deputada estadual Roberta Arraes participou de uma reunião estratégica na sede da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (ADEPE), em Recife, ao lado do presidente da agência, André Teixeira, do secretário de Desenvolvimento Econômico de Araripina, Alexandro, e do empresário Joaquim, proprietário da Qbombom Sorvetes. A pauta foi a busca por investimentos em infraestrutura de acesso à nova fábrica da empresa, que terá um aporte de cerca de R$ 40 milhões e promete gerar mais de 500 empregos diretos na região, dobrando o número atual de 250.

A iniciativa da reunião partiu do prefeito de Araripina, Evilásio Mateus, que solicitou à deputada sua mediação para acelerar o desenvolvimento econômico local. Durante o encontro, Roberta destacou o papel estratégico da governadora Raquel Lyra no incentivo ao crescimento regional e afirmou que levará a demanda diretamente à gestora estadual. “Essa pauta será levada à governadora, que certamente apoiará a iniciativa, garantindo o fortalecimento da economia de Araripina”, afirmou a parlamentar.

Além disso, a deputada e o secretário Alexandro participaram de outra reunião na Secretaria de Mobilidade do Estado, onde discutiram melhorias de segurança no aeroporto regional.

A reforma do Hospital da Restauração (HR), maior emergência pública do Norte e Nordeste, tem avançado em ritmo lento, frustrando as expectativas criadas pelo Governo de Pernambuco. Apesar do início oficial das obras em agosto de 2024, após a homologação da licitação em abril, os dados do Portal da Transparência mostram que apenas 1,17% do projeto foi executado até o momento. A obra, orçada inicialmente em R$ 23 milhões e contratada por R$ 19.738.838,58 junto à empresa Directa Engenharia e Projetos LTDA, é uma das promessas de campanha da governadora Raquel Lyra.

O contrato da reforma, com previsão de conclusão para agosto de 2026, permanece inacessível no Portal da Transparência e no sistema Tome Conta, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o que dificulta o acompanhamento público. Até agora, apenas R$ 230.892,81 foram pagos após medições realizadas, gerando questionamentos sobre a seriedade e eficiência do projeto.

Enquanto isso, problemas estruturais continuam a comprometer a unidade de saúde. Em 11 de janeiro, um vídeo divulgado pelo Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco mostrou o rompimento de uma tubulação em um dos andares, o que fez parte do forro ceder, destacando as condições precárias do hospital.

Parlamentares e entidades têm cobrado maior transparência e agilidade na execução da reforma. “Vamos seguir acompanhando, fiscalizando as ações do Governo Estadual, fazendo do nosso mandato na Assembleia Legislativa uma ferramenta de trabalho em benefício da população de Pernambuco”, afirmou o deputado estadual Cayo Albino.

O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, manifestou sua insatisfação com o relatório final da Polícia Federal (PF) que investigou as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições de 2022. Em nota assinada por seu advogado, Eumar Novacki, nesta sexta-feira (24), Torres afirmou que o documento está “completamente dissociado da realidade dos fatos” e contestou as conclusões do inquérito.

Torres argumenta que o relatório não apresenta elementos que comprovem sua atuação para “restringir, impedir ou dificultar” o exercício de direitos políticos, como previsto no artigo 359-P do Código Penal. Ele também destacou que, segundo a investigação, a PRF na Bahia negou qualquer interferência em seu planejamento operacional durante o pleito. A Delegacia de Defesa Institucional da Bahia afirmou que “não houve efetivamente qualquer atuação conjunta, ajuste prévio, fixação de fluxo de trabalho ou providência similar ajustada entre a coordenação da PRF na Bahia e a Polícia Rodoviária Federal”.

A defesa do ex-ministro informou que apresentará ao Ministério Público Federal (MPF) as supostas falhas apontadas na apuração, afirmando que o inquérito “não seguiu o padrão de zelo e cuidado que a Polícia Federal costuma ter em suas investigações”.

Se o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista com o cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical Luiz Caldas, precursor do axé, ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!