Picape Strada Ultra 1.0 turbo de 130cv: como anda o ‘foguetinho’?
A picapinha Fiat Strada chegou ao mercado brasileiro em 1998. Desde então, só dá alegrias aos gestores e acionistas da Fiat, liderando de forma consistente as vendas e sendo campeã de todas as categorias (fechou 2023 com mais de 120 mil unidades). Pois bem: e como anda a versão com motor 1.0 turbo? De antemão, pode-se garantir: muito bem. Por isso, entenda melhor. O motor, que garante um bom conjunto de potência e torque, é um turbo 200 flex – que a deixou com a primazia de ser a primeira picape compacta turbo flex no mundo. São até 130cv e torque de 20,4 kgfm, garantindo que o modelo vá de 0 a 100km/h em apenas 9,5 segundos, sendo o mais rápido entre os concorrentes.
Ele tem de três cilindros, que estreou no Pulse, foi para o Fastback, e se ajusta rapidamente às demandas do motorista de forma bem ativa mesmo. E a versão ainda vem também com o chamativo botão vermelho Sport no volante. Com ele acionado, a picape fica ainda esperta – principalmente em vias planas. Não à toa, ganhou o apelido de ‘foguetinho’ nas redes sociais. Afinal, vale relembrar: esse propulsor é bem melhor que o 1.3 Firefly, o aspirado usado na versão Endurance, por exemplo: são 23 cv e 6,7 kgfm a mais de oferta de potência e torque. Essa motorização é combinada com o câmbio automático CVT com opção de 7 marchas e mais outros dois modos de condução (automático e manual).
E o consumo? – Mesmo no modo ‘normal’, o conjunto de motorização age bem logo em baixas rotações, algo bem interessante para o dia no trânsito. Nos poucos momentos em que foi testada na estrada, deu para perceber sua esperteza nas retomadas e ultrapassagens – principalmente no modo esportivo, com giros mais altos e, claro, mais barulho. Como a Ultra pesa 1.251kg, a relação peso-potência é de excelentes 9,62 kg/cv. O consumo é padrão para o segmento: segundo o Inmetro, de 12,1 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada com gasolina. Com etanol, são 12,1 km/l e 8,3 km/l, respectivamente.
Vida a bordo – A versão Ultra, já existente na linha Toro e a novidade da família Strada, tem cara mais esportiva e, como topo da linha, é confortável, ideal para o dia a dia urbano. Os bancos, principalmente os dianteiros, se ajustam bem ao corpo – e ainda são bonitos, com o nome da versão escrito/bordado em vermelho. O banco do motorista só tem regulagem em altura, mas traz um apoio central dobrável para o cotovelo. Na fila traseira, espaço confortável para duas pessoas; um terceiro de 1,70m sofrerá com as pernas e a cabeça, por exemplo. Mas ele terá, felizmente, um conector USB exclusivo para o banco traseiro.
O volante segue uma tendência inteligente: é multifuncional, com acesso via dedos a itens como controle do som, reduzindo a displicência do motorista e aumentando a segurança. A base é achatada, bem mais bonita. Aliás, no modelo é possível se ajustar a altura do volante, não a profundidade – o que é ruim. Em compensação, a direção é elétrica, leve e de fácil manuseio. A soma da câmera de ré com os alertas sonoros de proximidade facilita a vida – eis a expressão novamente – urbana diária.
A tela do sistema multimídia Uconnect é de 7 polegadas, passando a impressão (ou a certeza, para quem gosta de carros) de ser muito antiga e acanhada. Mas há ‘recompensas’: o espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay é sem fio e o carregamento do smartphone pode ser por indução. Já o quadro de instrumentos é analógico, com um conta-giros pequeno. Como ‘carro urbano’, espaço que a Strada certamente já conquistou, tem vários porta-objetos disponíveis para celular, garrafinhas de águas e outros possíveis. Externamente, destaque para a arrojada grade com friso vermelho, o que traz ainda mais diferenciação ao visual do modelo.
E o preço? – A versão Ultra está no configurador do site da Fiat por R$ 136.990. Para cores metálicas, como cinza Silverstone ou prata Bari, o consumidor deve acrescentar R$ 2.290, subindo o valor final, enfim, R$ 139.280
Segurança – A Fiat Ultra é equipada com recursos de segurança importantes, como controle eletrônico de estabilidade, que corrige automaticamente as saídas dianteiras e traseiras, e o sistema Hill Holder, que mantém o freio acionado automaticamente por aproximadamente dois segundos ao arrancar em ladeiras e em ré em manobras. Ainda há o controle eletrônico do eixo de tração em situações leves de off-road, freando a roda que tiver menos tração e proporcionando maior aderência e desempenho em terrenos desafiadores. Falta, porém, recursos de condução semi autônoma, como alerta de colisão e de saídas de faixas – até pelo preço final da versão.
Carga – Mesmo sendo ‘quase’ um carro urbano, a Strada Ultra tem boa capacidade de carga: oferece 650kg e 844 litros, com capacidade de reboque de 400 kg.
Mopar – A picape pode ser incrementada com vários acessórios Mopar, principalmente para dar mais versatilidade e funcionalidade à caçamba, como a Fiat Box, o extensor com três funções (rampa, extensor e organizador) e o organizador.
Compass fica mais potente e mais barato – O SUV médio Compass, da Jeep, acaba de ganhar boas novidades. Nas versões topo de linha, a Overland e a Blackhawk, ele adota o conhecido motor de 272 cv da Ram Rampage. O modelo também ganhou mais equipamentos de segurança de série e, em alguns casos, ficou até mais barato que o anterior. Desta forma, ficaram assim os preços sugeridos: Sport 1.3T flex (R$ 179.990), Longitude 1.3 flex (R$ 196.990), Série S 1.3T flex (R$ 236.990), Limited 1.3T flex (R$ 216.990), Limited 2.0 turbodiesel 4×4 (R$ 249.990), Overland 2.0 turbo a gasolina 4×4 (R$ 266.990) e Black Hawk 2.0 turbo a gasolina 4×4 (R$ 279.990). O tempo de garantia do Compass também mudou e agora é 5 anos no total.
O motor Hurricane-4 2.0 turbo a gasolina, a principal novidade da linha 2025, entrega 272cv e 40,8kgfm de torque. Ele possui bloco e cabeçote de alumínio, injeção direta de combustível e duplo comando variável de válvulas. Consegue acelerar de 0km/h a 100 km/h em 6,3 segundos, com velocidade máxima declarada de 228 km/h. O Inmetro avaliou o consumo e registra 8,3 km/l em vias urbanas e 11 km/l na estrada. As versões mais simples do Compass continuam com o 1.3 turbo flex T270 (até 185 cv e 27,5 kgfm, com câmbio manual de seis marchas) e o 2.0 turbodiesel (170 cv e 35,7 kgfm). Todas as versões 4×4 têm seletor de modos de condução, como lama, areia etc.
O pacote de itens de série melhorou. Agora, todas as versões, à exceção da Sport (de entrada), têm sistema de som Beats, painel de instrumentos com tela de 10,25″ e multimídia com tela de 10,1″ – e espelhamento sem fio.
Em relação à segurança, mais ganho para o consumidor: desde a versão Longitude 1.3 flex o SUV passa a ser equipado sempre com assistentes de condução de nível 2, com assistente de centralização de faixa, controle de cruzeiro adaptativo com função Stop&Go, farol alto automático, detector de fadiga do motorista, aviso de mudança de faixa, aviso de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência e até reconhecimento de placas de trânsito. E mais: felizmente, o pacote é opcional na versão de entrada Sport.
Garantia maior para os Jeep – E a Stellantis resolveu mudar algumas estratégias de pós-venda dos modelos Jeep no Brasil. E não só para o SUV Compass, como marcado acima, sobre garantia de fábrica. A partir de agora, toda a linha nacional – incluindo o Renegade e o Commander – terá garantia de 5 anos. A cobertura anterior era de apenas 3 anos (ou somente 1 ano no caso do Renegade na versão básica). A nova cobertura vale para todos os exemplares 0km ano-modelo 2025 do Compass e do Commander (recém-lançados em nova gama), além de unidades a partir de 2024 do Renegade. “Só uma marca que confia no seu produto é capaz de oferecer um benefício como esse”, comentou Hugo Domingues, vice-presidente da Jeep para a América do Sul.
Novo Chevrolet Trailblazer – A General Motors aproveitou o fim do Big Brother para mostrar o novo Chevrolet Trailblazer High Country 2025, que ainda está em fase de pré-lançamento. O modelo foi dado ao Davi, vencedor desta edição, e vem para concorrer com o Toyota SW4. Ele tem poucas mudanças, mantendo o estilo da picape S10, com faróis em LEDs, detalhes cromados e uma grade bastante destacada. O motor é 2.8 turbodiesel de 207 cv e 52 kgfm de torque. O câmbio automático, assim como na S10, é novo: um 8 marchas, com tração 4×4 e reduzida.
Atualização do GWM Haval – E começa a chegar às concessionárias o GWM Haval H6, linha 2025, com apenas mudanças no nome das versões e modificações no gerenciamento do sistema híbrido. Mas, e isso é bem importante, a atualização será aplicada também para as unidades já vendidas, de forma online. Confira os preços: HEV2, R$ 214 mil; PHEV34, R$ 279 mil; GT, R$ 319 mil
G63 por R$ 2.247.900 – Topas? A Mercedes-Benz acaba de anunciar o lançamento do Mercedes-AMG G63 numa edição limitada chamada Grand Edition de apenas 1.000 unidades em todo o mundo. Ela conta com diversos elementos visuais exclusivos e teve reservados somente 16 exemplares para o Brasil, ao custo unitário de R$ 2.247.900. Todos já foram pré-vendidos, mas se você insistir a marca pode dar um jeito, quem sabe?, de trazer um.
Fotos da CNH – O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu alterar as normas em vigor que vedam o uso de itens de vestuário religiosos ou que cobrem a cabeça de pessoas em tratamento de saúde em fotos usadas para emissão ou renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Com a mudança, fica mantida a restrição ao uso de óculos, bonés, chapéus e outros adereços que cubram parte do rosto ou da cabeça, exceto em casos de itens de vestuário relacionados à crença ou religião, como véus e hábitos religiosos, e àqueles ligados à queda de cabelo do condutor, em decorrência de patologias ou tratamento médico. No entanto, só será permitido o uso de tais itens se mantiverem a face, a testa e o queixo perfeitamente visíveis. A mudança passa a ser aceita em todo o território nacional.
O vai-e-volta da placa Mercosul – E o projeto de lei (PL) que restabelece a informação sobre o município e o estado de registro nas placas dos veículos foi aprovado essa semana pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Com a adoção do modelo de placa veicular do Mercosul, obrigatório em todo o país desde 2020, a informação sobre estado e município deixou de ser colocada. Mas, agora, por iniciativa do senador Esperidião Amin (PP-SC), o projeto altera o Código de Trânsito Brasileiro para prever que as placas veiculares voltem a informar o município e o estado nos quais o veículo está registrado. Segundo Esperidião Amin, a apresentação do projeto foi motivada pelo fato de essas informações facilitarem o trabalho de fiscalização das autoridades policiais e de trânsito. O senador observou que a matéria, por reforçar a segurança, recebeu apoio do governo federal.
Ônibus escolar – E o programa Caminho da Escola, do governo federal, é o que mais movimenta o segmento de ônibus no país. A Iveco Bus, por exemplo, acaba de ter aprovadas mais de 1,3 mil compras pelo programa do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Por estado, são 200 para a Bahia, 220 para o Mato Grosso e 355 para Pernambuco.
Manutenção preventiva de automóvel: 5 dicas essenciais (parte I)
Esse processo, popularmente conhecido como revisão periódica, serve para fazer um check up de todos os componentes do veículo e, assim, permitir que o funcionamento ‘normal’ do automóvel seja conservado. Dessa forma, aumenta-se a vida útil do carro. Se ela já é considerada essencial para os donos de veículos, é ainda mais importante em relação à frota de uma empresa. Isso porque ela é capaz de reduzir custos, aumentar a produtividade e, ainda, oferece outros benefícios para o negócio. No entanto, muitos gestores ainda têm dúvidas sobre quais itens devem ser analisados durante esse tipo de manutenção, assim como os próprios condutores. Por esse motivo, os especialistas da LeasePlan | ALD Automotive, líder global em mobilidade sustentável que oferece serviços de locação, terceirização e gerenciamento de frotas, separaram para este blog cinco dicas essenciais (na próxima semana traremos mais cinco).
Mas, por que ela é importante? – Como a manutenção preventiva ajuda a evitar problemas mecânicos, ela é essencial para evitar gastos com reparos e, ainda, contribui para a segurança dos condutores. Para uma empresa que tem uma frota de veículos, ela é ainda mais importante, pois oferece benefícios ligados aos custos, produtividade e segurança. As principais vantagens são:
- diminuição do risco de acidentes e multas por irregularidades;
- elevação da vida útil dos veículos;
- redução do número de reparos caros e do tempo de inatividade dos carros, que gera prejuízo para a empresa e prejudica o fluxo de trabalho;
- aumento da produtividade;
- eliminação de imprevistos na gestão de frotas, visto que os veículos tendem a funcionar mais adequadamente.
Enfim: quando se dá a devida atenção à manutenção preventiva da rota, é possível ter uma gestão muito mais eficaz, além de reduzir custos operacionais.
Quais itens devem ser analisados? – Antes, vale lembrar: não há prazo fixo, pois depende principalmente do modelo do veículo ou da quilometragem rodada. Então, o ideal é acompanhar o manual dos fabricantes e, assim, planejar a manutenção dentro do que é recomendado pela montadora. As primeiras revisões costumam ser mais simples e exigir menos componentes a serem verificados. Com o passar do tempo e da rodagem dos veículos, esses itens são ampliados.
Confira o checklist a seguir para saber quais são os itens mais comuns:
1. Alinhamento da direção – Significa ajustar o ângulo das rodas para deixá-las alinhadas com o volante. Desse modo, quando o volante estiver na posição neutra, todas as rodas estão na mesma linha e, assim, seguirão precisamente o comando do motorista. Como o desalinhamento ocorre de forma lenta e gradual, é normal que os condutores possam não perceber o problema. Por esse motivo, é essencial que esse item seja analisado na revisão.
Sintomas apresentados:
- desvio de direção, desvio de direção em frenagens (volante puxando);
- desgaste precoce dos pneus;
- direção curta.
Como evitar:
- evitar pistas com irregularidades;
- evitar encostar o pneu no meio fio (guia);
- evitar passar por buracos em alta velocidade.
2. Balanceamento e geometria
Enquanto o alinhamento corrige o ângulo das rodas, o balanceamento garante que elas não oscilem nem trepidem durante o movimento do carro. Por sua vez, a geometria ajusta o ângulo que as rodas formam com o solo para que o veículo consiga trafegar em linha reta e obedeça aos comandos do condutor.
Sintomas apresentados:
- trepidação das rodas;
- vibração no volante;
- desgaste precoce dos pneus
Como evitar:
- calibre os pneus regularmente (a cada uma semana);
- faça o rodízio de pneus;
- evite arrancadas e freadas bruscas
3. TWI dos pneus
Os sulcos dos pneus são os responsáveis pela aderência ao solo. Dessa forma, são essenciais para a segurança do veículo. Para isso, eles devem estar com a profundidade adequada. Quando estão abaixo do ideal, é o que chamamos de “pneu careca”.
Para conferir a profundidade desses sulcos, o profissional irá analisar o TWI (Tread Wear Indication), que é uma marca presente na banda de rodagem de todos os pneus.
Sintomas apresentados:
- marca do TWI rente a área de atrito do pneu;
- derrapagens involuntárias em frenagens ou ao arrancar com o veículo;
- aquaplanagem.
Como evitar:
- manter os pneus sempre calibrados;
- alinhamento e balanceamento sempre em dia;
- evitar freadas ou arrancadas bruscas.
4. Bateria
Ao revisar a bateria, será analisada a presença de resíduos de oxidação nos polos, que é um tipo de sujeira formada pela reação química entre o metal da bateria, ácido e o oxigênio do ar.
Sintomas apresentados:
- dificuldade na partida (motor fraco);
- luzes do painel fracas ai virar a chave;
- oxidação da bateria (zinabre nos conectores).
Como evitar:
- não usar o rádio com motor desligado;
- desligar todos os equipamentos elétricos antes de dar a partida no carro;
- não instalar acessórios eletrônicos que o veículo não tem capacidade.
5. Sistema elétrico
Além da iluminação do carro (faróis, painel e lanternas), também é preciso analisar o alternador, luzes das setas, as travas elétricas, sistema de alarme e som do veículo.
Sintomas apresentados:
- Luzes queimando com frequência;
- Bateria descarregando sem motivo aparente;
- Luzes piscando descontroladamente (seta).
Como evitar:
- Não instale lâmpadas que não são originais do veículo;
- Não instale acessórios eletrônicos que não homologados pelo fabricante;
- Evite partidas constantes e longas.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico
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