Coluna da quarta-feira

Agenda de Lula é velha, diz Armando

Numa conversa com o competente e atento repórter Houldine Nascimento, do site Poder360, o ex-ministro Armando Monteiro Neto (Podemos) afirma que o Governo Lula mantém uma agenda que classifica velha, extremamente superada. Ressalta que reedita programas que tiveram importância lá atrás, mas não abre, ao mesmo tempo, uma discussão nova, que aponte para o futuro.

“Eu acho que há uma certa dificuldade aí”, disse ele, que falou ao site brasiliense com base na experiência que acumula como presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 2002 e 2010. Ele esteve à frente da instituição que representa o setor praticamente durante os dois mandatos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na sua visão, o petista traz para o terceiro mandato uma agenda de Governo que classifica como “regressiva”.

Armando considera haver retrocesso em algumas ações. “Quando se discute o novo a nova realidade da Eletrobras, o que está em jogo, sem dúvida, é uma espécie de contra reforma na área trabalhista”, observou. O ex-senador identifica problemas dentro do próprio governo Lula. “Há contradições internas que alguém tem que arbitrar para o Governo ter um novo rumo”, acrescentou.

Ele diz que existem contradições não resolvidas. “Naquele episódio da Petrobras [em referência ao impasse sobre a distribuição de dividendos e a saída de Jean Paul Prates da presidência da estatal], identificamos uma falta de clareza, no próprio apoio e sustentação de Fernando Haddad [ministro da Fazenda], em muitos aspectos”, disse.

A relação do Planalto com o Congresso também foi avaliada por Armando na entrevista ao Poder360. Para ele, as críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao ministro das Relações Instituições, Alexandre Padilha (PT), se dão por outros motivos. “Eu não gosto de ‘fulanizar’, mas Padilha está sendo crucificado porque não é possível crucificar o presidente. Padilha paga o pato em grande medida”, afirmou.

MUDANÇAS NO NÚCLEO DURO – Armando defende mudanças no núcleo duro de Lula. “Esse núcleo de articulação tinha que incorporar outros setores dessa tal base que o governo quer construir. É muito PT, esse é um problema”, comenta. Para ele, o Congresso cada vez mais forte tem tirado a capacidade de articulação do Executivo. “O Congresso realmente se empoderou demais com essa questão da ‘parlamentarização’ do Orçamento, dessa apropriação do Orçamento. Então, percebo que o tal presidencialismo de coalizão perdeu os instrumentos para garantir uma melhor governabilidade. Diria que há um problema que vai além do Lula. Há uma certa disfuncionalidade do sistema político atual”, disse.

Elogios a Alckmin – Armando Monteiro diz ser favorável à mudança no tempo de mandato do presidente da República. Defende o fim da reeleição e que o período de um chefe do Executivo no poder se limite a cinco anos. “Eu acho que a nossa experiência com reeleição não é boa. Gostaria muito de ver novamente um mandato de cinco anos, sem reeleição. Sobre Geraldo Alckmin, que, além de vice-presidente responde também pela pasta que Armando ocupou, afirma tratar-se de um homem conceituado, com muita experiência e com muita bagagem. “O foco na política industrial, de uma maneira geral, está correto a meu ver”, destacou.

Malafaia muda o alvo – Ultra-aliado de Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia levanta suspeitas de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem sido infiel ao ex-presidente. Em entrevista ao site Metrópoles, Malafaia disse “desconfiar” de que Tarcísio atue nos bastidores para que Bolsonaro permaneça inelegível. E, assim, abra espaço para que ele próprio dispute Presidência em 2026. O incômodo se dá pela suposta aproximação de Tarcísio com figuras rechaçadas por Bolsonaro, como o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o apresentador Luciano Huck. “Quem é amigo do meu inimigo, meu amigo não é”, disparou Malafaia.

Merenda sem qualidade – Pedaços de plástico foram encontrados na merenda servida para alunos de uma escola municipal de Igarassu, segundo reportagem veiculada na TV Globo. Três crianças mastigaram o material, semelhante ao acrílico usado na fabricação de réguas e canetas, e tiveram ferimentos leves na boca. A Secretaria de Educação do município disse que está apurando o ocorrido na Escola Municipal Maria do Carmo do Rego Monteiro, no bairro de Bela Vista. Os alimentos com plástico foram oferecidos a alunos do 3º ano do ensino fundamental, com idades entre 7 e 8 anos.

Caos no hospital de Garanhuns – O Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, tem sido alvo de denúncias sobre superlotação, danos estruturais e falta de médicos nas últimas semanas. Segundo o portal da TV Globo, pacientes que chegam de outras cidades e aguardam atendimento relatam muitas dificuldades. Uma pessoa, que não quis se identificar na reportagem da emissora, disse que está com o pai internado. Revelou que pode perder o pai a qualquer momento, por falta de socorro, devido à falta de uma ambulância na unidade de saúde.

Curtas

USP PIORA – A Universidade de São Paulo (USP) deixou de ser a melhor da América Latina e passou para o segundo lugar na edição de 2025 do ranking da Quacquarelli Symonds (QS), especialista global em educação superior. Foi ultrapassada pela Universidad de Buenos Aires (UBA), da Argentina, a qual havia desbancado na edição do ano passado.

DESTAQUES – Além da USP, que ficou em 92º lugar na classificação global, outras três universidades brasileiras se destacaram entre as 500 melhores do mundo: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

SURUBIM – Sem dar ouvidos a ninguém, o Governo Raquel está cancelando um contrato com uma empresa prestadora de serviços para o Estado na área de transporte escolar em Surubim, para atender a um conhecido deputado da região, que já indicou uma empresa ligada a seu grupo político.

Perguntar não ofende: O que os deputados estaduais farão em relação ao escândalo da feira do livro no Governo Raquel?

Pamonha e o fogo amigo

Expulso, ontem, da praça em frente ao Palácio das Princesas, o caminhante Flávio da Pamonha, que saiu de Garanhuns a pé com destino ao Recife, num ato de protesto contra o Governo do Estado por não construir um hospital no município, nunca foi ligado a grupos de oposição ao Estado. Ele é afilhado do líder do Governo Raquel na Alepe, Izaías Régis.

E está usando o seu sacrifício físico, de andar 230 km, de Garanhuns para Recife, como trampolim político. Segundo apurei, é candidato a vereador na coligação da oposição, que terá como candidato a prefeito o próprio Izaías, a quem é ligado. Consta também que ganhou do deputado cargos no Estado para duas irmãs, que trabalham no hospital Dom Moura e na Geres – a Gerência Regional de Saúde.

Já foi filiado ao PSDB e no apagar do prazo de troca de partido ingressou no PSD, legenda pela qual vai tentar uma vaga na Câmara de Garanhuns nas eleições municipais de outubro. A princípio, quem acompanhou a sua sina pensou tratar-se de um protesto inusitado contra o Governo Raquel, partindo de gente que se opõe ao governo dela.

O tal do Pamonha, na verdade, como se diz no linguajar popular, é carne unha com Izaías e provavelmente tenha obtido seu apoio, na condição de líder do Governo Raquel, para fazer a caminhada política de seis dias, saindo de Garanhuns em direção ao Recife, onde acampou em frente ao Palácio do Campo das Princesas, com o suposto pretexto de reivindicar um novo hospital regional.

Se tudo isso se confirmar, conforme apurei, a ação do pamonheiro pode se traduzir, literalmente, como um ato de fogo amigo do líder que não lidera. A não ser que Izaías tenha lavado as mãos quando foi por ele comunicado sobre o protesto.

REVESES – Raquel sofreu mais dois reveses, ontem, neste inferno astral que está mergulhada: a multa da sua secretária de Administração, Ana Maraíza, e a cautelar do Tribunal de Contas do Estado, de autoria do conselheiro Ranilson Ramos, suspendendo o pagamento dos R$ 4,5 milhões para uma feira de livro. O TCU chegou tarde. Conforme antecipei com exclusividade, a tucana mandacaru já se antecipou e pagou R$ 2,5 milhões. Nunca se viu uma feira tão cara no Estado!

O jogo oportunista de Neymar – O jogador Neymar é um espertalhão. Quer pegar carona na imoral PEC das Praias, projeto que começou a tramitar no Senado, para privatizar paraísos litorâneos no Nordeste e ficar mais rico ainda. “Estou junto com a Due na criação da ‘rota Due caribe brasileiro’. Vamos transformar o litoral nordestino e trazer muito desenvolvimento social e econômico para a região. Em breve, mais novidades”, afirmou o jogador em um vídeo publicado nas redes sociais. Que absurda essa proposta!

Praias privatizadas – A PEC prevê a transferência dos terrenos de marinha, sob domínio da União, para empresas privadas, municípios e estados. A matéria foi tema de uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na semana passada, e aguarda análise dos senadores. Apesar do nome, as áreas de marinha não são da Marinha. Elas são de propriedade da União, conforme um artigo da Constituição de 1988, combinado com um decreto de 1946. Dessa forma, pertencem ao Estado brasileiro a costa marítima, as margens de rios e lagoas — até onde houver influência das marés —, manguezais, apicuns, além das que contornam ilhas costeiras e oceânicas.

Marinha reage – A proposta de privatização das praias, de autoria do ex-deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA), se promulgada, revogaria um trecho da Constituição e autorizaria a transferência dos territórios, de forma gratuita, para habitações de interesse social e para Estados e municípios, onde há instalações de serviços. A Marinha do Brasil divulgou nota afirmando que as praias brasileiras são essenciais para garantir a “soberania nacional, o desenvolvimento econômico e a proteção do meio ambiente”.

Raquel ajuda Petrolina com R$ 1 milhão – Em entrevista ao Frente a Frente de ontem, o prefeito de Petrolina, Simão Durando (UB), confirmou que a governadora Raquel Lyra (PSDB) apoiará os festejos juninos com a liberação de R$ 1 milhão, através da Empetur. O valor será usado no pagamento de algumas atrações musicais regionais. Em relação ao ano passado, Raquel duplica sua ajuda, segundo Durando. O São João de Petrolina será aberto, oficialmente, no próximo dia 13, com a presença do prefeito do Recife, João Campos (PSB).

CURTAS

DISCRIMINADA – Já para Gravatá, outro forte e tradicional polo junino, o Governo do Estado não está liberando um tostão. Mas para o prefeito Padre Joselito, que migrou do PSB para o Avante, a mão fechada de Raquel não se traduz em novidade. No evento do ano passado, a tucana também fechou o cofre para o município.

APOIO DO PSB – Na passagem por Petrolina, João Campos anuncia o apoio oficial do PSB à reeleição do prefeito Simão Durando, retribuindo o gesto do União Brasil à sua reeleição na capital pernambucana, na semana passada.

HOSPITAL – Simão contou, ontem, na mesma entrevista, que entregará o hospital municipal, umas das obras mais importantes da sua gestão, antes do dia 6, prazo permitido por lei para inaugurações com a participação de prefeitos em campanha para um novo mandato. Trata-se de uma unidade de saúde viabilizada por emendas federais, sem nenhum tipo de ajuda por parte do Governo do Estado.

Perguntar não ofende: Diante do pagamento antecipado da feira literária, por parte da governadora, vira letra morta a cautelar do TCE?

PT perde hoje em todas as capitais

Partido oficial do Poder Central, o PT tende a sofrer um massacre nas urnas em outubro, quando os municípios escolherão seus prefeitos e vereadores. Se as eleições fossem hoje, não faria nenhum prefeito nos principais colégios eleitorais do País – São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.

Em São Paulo, o partido se aliou ao pré-candidato do Psol, Guilherme Boulos, mas quem lidera é o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Em Belo Horizonte, quem lidera é o pré-candidato do PL, Bruno Engler, e o pré-candidato do PT, Rogério Correia, está em terceiro, perderia hoje até para Carlos Viana, do Podemos. No Rio, nem candidato o partido tem.

Como no Recife, está brigando para emplacar o vice de Eduardo Paes (PSD), que lidera todas as pesquisas. No Sul, o desastre eleitoral que se avizinha ainda é muito. Em Curitiba, Carol Dartora, a pré-candidata petista, tem apenas 3,8% das intenções de voto. Ali, quem lidera é o pré-candidato do PSD, Eduardo Pimentel, com 15,2%, num cenário de empate com Ney Leprevost, do União Brasil, que aparece com 11,2%.

Já em Porto Alegre, quadro que passou a chamar a atenção por causa das enchentes, quem lidera é o prefeito Sebastião Melo, do MDB, que aparece com o dobro das intenções de voto para a petista Maria do Rosário. Em Florianópolis, quem está à frente das pesquisas é o prefeito Topázio Neto (PSD), enquanto a petista Carla Ayres aparece com apenas 3,5%.

NORDESTE ADVERSO – Região que, proporcionalmente, deu mais votos a Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas eleições presidenciais, o Nordeste é também, paradoxalmente, um problema para o PT na disputa municipal. Sem ter elegido nenhum prefeito de capital de Estado quatro anos atrás, o partido ainda não tem nenhum candidato competitivo na região. Na maioria, tende a se aliar a partidos que, hoje, estão na base do governo Lula. O apoio se dará mesmo naqueles estados que deram um caminhão de votos para o atual presidente, em 2022, como a Bahia, governada pela legenda há 17 anos.

Fortaleza e Teresina, as possíveis exceções – O PSB, mais forte aliado do lulismo no campo progressista, conta com o apoio de Lula para reconduzir João Campos à Prefeitura de Recife, e eleger o deputado estadual Duarte Junior, em São Luiz. O MDB, por sua vez, quer ter Lula como cabo eleitoral nas disputas majoritárias de Salvador e de Maceió. O PT, por enquanto, estuda lançar candidatura própria em Fortaleza, João Pessoa, Natal, Teresina e Aracaju, mas apenas nas capitais do Ceará e do Piauí os pré-candidatos da legenda largaram com boas intenções de voto.

Sem nome próprio em Salvador – Na Bahia, Estado governado há 17 anos pelo PT, a disputa pela Prefeitura da capital deve ficar polarizada, novamente, entre um candidato da base aliada de Lula e um do Carlismo (comandado pelo ex-prefeito ACM Neto), que, com apoio do bolsonarismo, tentará reeleger o prefeito Bruno Reis (União Brasil). O candidato apoiado pelo PT deve ser o atual vice-governador do Estado, Geraldo Júnior (MDB), com aval do governador, Jerônimo Rodrigues.

JHC deve ser reeleito em Maceió – O PT também deve apoiar um candidato do MDB em Alagoas. Ali, a disputa tem uma característica diferente, por envolver dois caciques da política nacional – o senador Renan Calheiros (MDB) e o deputado Arthur Lira (PP). O apoio de Lula é apontado pelo grupo de Calheiros como estratégico para evitar que o atual prefeito, João Henrique Caldas (conhecido como JHC), do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, se reeleja com o apoio de Lira. Bem avaliado, JHC lidera todas as pesquisas e tem amplas chances de ser reeleito, impondo mais uma derrota ao PT na capital alagoana.

Recife sem a vice, São Luiz indefinido – No Recife, o socialista João Campos deve se reeleger apoiado por uma ampla frente de apoio à esquerda e à direita. Mas setores do PT, que quer, mas não vai indicar o vice, defende candidatura própria e tem no nome do ex-prefeito e atual deputado estadual João Paulo sua principal aposta. Em São Luiz, a ida do ex-governador do Maranhão Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal movimentou o tabuleiro político. Sem seu mais influente padrinho, o atual governador Carlos Brandão herdou a responsabilidade pela costura que deve unir o PSB ao PT como líderes de uma ampla frente de partidos na disputa pela Prefeitura de São Luiz. O nome preferido do governador é o do deputado federal Duarte Júnior, com a vaga de vice indicada pelos petistas.

CURTAS

NORDESTE LULISTA – Aos 17 meses do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Nordeste segue fiel ao chefe do Executivo. É a única região do País em que 50% dos eleitores declaram avaliar que o atual governo é “melhor” que o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dados são da pesquisa PoderData, realizada de 25 a 27 de maio de 2024. Nesta região, 36% acham que a gestão petista é “pior” que a anterior e 10% dizem ser “igual”.

SALVAÇÃO – O apoio do Nordeste foi o que assegurou a vitória de Lula nas eleições de 2022. Na segunda região com mais eleitores do País, o petista levou 69,34% dos votos –cerca de 29 milhões de votos– e venceu a disputa contra o ex-presidente, que ganhou mais votos nas demais regiões do País.

EMPATE – No Sudeste, há um empate técnico. No grupo demográfico, 36% afirmam que Lula é “melhor” que Bolsonaro e 34% dizem ser “pior”. Outros 28% equiparam as administrações e declaram ser “igual”. Em todas as outras três regiões, a maioria avalia que o petista faz um governo “pior” que o seu antecessor: Centro-Oeste (62%), Norte (56%) e Sul (55%).

Perguntar não ofende: A governadora Raquel Lyra vai obedecer a cautelar do TCE e devolver a grana paga à suspeita feira de livros?

A primeira CPI do Governo Raquel?

Em setembro do ano passado, este blog denunciou, em primeira mão, a dispensa de licitação, no valor de R$ 52 milhões, pela Secretaria estadual de Educação, para promoção da Feira Nordestina do Livro, que aconteceria entre 25 de setembro e 5 de outubro. Caiu como uma bomba, um escândalo, na verdade, o que levou a governadora a cancelar.

A secretária de Educação, Ivaneide Dantas, chegou a argumentar que R$ 41 milhões seriam utilizados em bônus para profissionais de educação na aquisição de livros durante a feira e que os R$ 11 milhões restantes seriam destinados ao incremento do acervo das escolas da rede estadual de ensino.

Mas ninguém engoliu, nem mesmo o Tribunal de Contas do Estado, que chegou a ser acionado por deputados estaduais da oposição. Tudo porque não havia algo fundamental: transparência sobre o orçamento do evento. Em 2018 e 2019, a mesma feira custou cerca de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos, valor 40 vezes menor que o previsto pela gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB).

O desastroso Governo de Raquel Mandacaru não desistiu da feira. E está promovendo em vários municípios numa forma que cheira a novo escândalo: através de um bônus, professores da rede estadual podem comprar até R$ 1 mil em livros e os funcionários das escolas até R$ 500,00, desde que seja nessas tais feiras, organizadas por uma empresa privada.

Segundo denunciou ontem o jornal online O Poder, a empresa promotora atua em subterrâneos dos negócios da feira não explicados. Além de suspeitas, as feiras estão sendo realizadas sem um mínimo de organização: calor intenso, banheiros químicos sujos, corredores intransitáveis, livros caríssimos, acima dos preços do mercado, além de uma praça de alimentação que não comporta a quantidade de visitantes e nenhum local para sentar-se.

O chamado Circuito Literário de Pernambuco (Clipe) recebe uma enxurrada de reclamações por parte dos professores, que deveriam ser os principais beneficiados com a feira. O objetivo é só vender livros para professores e funcionários gastarem os bônus dados pelo Governo.

Além de estranho, esse evento é uma vergonha. Por isso, já há um movimento na Assembleia para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar tudo isso.

Mais estranheza – Na época, tão logo a governadora cancelou a dispensa de licitação da feira, a Andelivros (Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros), organizadora do evento, divulgou uma nota informando que o evento “foi adiado para uma nova data, que está sendo discutida e será, em breve, anunciada”. “Para os expositores que, no entanto, não desejarem manter sua participação na feira, será devolvido o valor que foi pago. Qualquer outra dúvida, pedimos que entre em contato com a produção da feira, através do e-mail: aceventosne@gmail.com, ou pelo telefone (81) 9.9213-4402″, acrescentou a nota.

Greve de advertência – O que já se esperava, aconteceu: policiais civis rejeitaram, ontem, a proposta de reajuste salarial oferecida pelo Governo Raquel e decidiram, em assembleia, promover uma paralisação de 24 horas. Segundo o presidente do Sinpol, a categoria tentou, de todas as formas, convencer o Governo sobre a urgência na valorização e reestruturação do Juntos pela Segurança. “Infelizmente, apesar de todo montante de investimento anunciado para segurança pública, existe um impasse político por parte de alguns integrantes do governo”, afirmou o presidente da instituição, Áureo Cisneiros.

Levando sol e chuva – O desgoverno Raquel Mandacaru ainda não explicou por que o estacionamento da Secretaria de Educação está abarrotado de ônibus escolares, enquanto faltam veículos para transportar alunos no Interior. Em vídeos registrados por servidores da educação, é possível ver a quantidade de veículos parados no pátio da pasta. Os equipamentos estão por lá há meses sem destinação e enfrentando deterioração. “Mais de 100 ônibus parados. Que coisa mais estranha. As escolas não quiseram? O que houve?”, questionou um professor. Segundo ele, os ônibus começaram a chegar desde o lançamento do programa Todos pela Educação, em junho do ano passado.

Queda de popularidade – Pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira mostra uma tendência de queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre eleitores da capital de São Paulo, na contramão da aprovação ascendente do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na região. Conforme o levantamento, Lula é avaliado como “ótimo/bom” por 35% do eleitorado paulista. Em março, o grupo representava 38% do todo. A variação do índice está dentro da margem de erro. Mesmo assim, em comparação com os resultados de agosto de 2023, os dados representam uma queda significativa: antes, 45% dos paulistas.

Reação fria – Aparentemente, o deputado estadual Luciano Duque, eleito pelo Solidariedade e que não pode contar com o partido para seu projeto de disputar a Prefeitura de Serra, por negação de legenda, decisão da presidente estadual, Marília Arraes, não perdeu a cabeça ainda. “Recebo com tranquilidade. Ela é a dona do partido, então ela toma a decisão que achar mais conveniente para o partido”, disse, ontem, ao blog da Folha, assinado pela jornalista Carol Brito.

CURTAS

REELEIÇÃO – O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse, ontem, numa entrevista à emissora BandNews, que o presidente Lula (PT) é “candidato natural à reeleição” em 2026. “O presidente Lula é candidato natural à reeleição. Num sistema de reeleição, o titular é um candidato natural”. Evitou, no entanto, responder sobre participar novamente da chapa como vice do petista.

RELAÇÃO BOA – Na entrevista, o vice-presidente afirmou também que sua relação com Lula é “muito próxima”. “O presidente chama ao Palácio, toda hora, para reuniões, apresentação de propostas. Então, tem dia que a gente se encontra três vezes por dia, e tem semana que se encontra duas vezes por semana. Varia muito”, disse.

ENTREVISTA – Marília Arraes convocou uma entrevista coletiva, hoje, em Serra Talhada, para explicar as razões de ter negado legenda para Luciano Duque disputar a Prefeitura do município. Ao mesmo tempo, fala da sua decisão de apoiar a reeleição da prefeita Márcia Conrado (PT).

Perguntar não ofende: A oposição na Alepe tem número suficiente para aprovar a CPI da Feira do Livro?

Filho de Bolsonaro ataca o Nordeste

Depois de aparecer em segundo lugar na corrida pela Prefeitura do Recife com 21% das intenções de voto, o ex-ministro Gilson Machado, pré-candidato do PL, terá pela frente muitas dificuldades em explicar a declaração preconceituosa contra o Nordeste que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu aliado e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, deu, ontem, pelas redes sociais.

Em suas redes sociais, ele disse que o Nordeste é a “pior região do País”. A fala se deu em resposta a um comentário em seu perfil no Instagram que dizia “Direita no Nordeste nunca mais”. “Então vai continuar sendo a pior região do País, com mais criminalidade, pior educação etc. Não venha reclamar depois”, escreveu. O Nordeste foi a região do País que mais votou no então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno das eleições de 2022.

O petista teve 68% dos votos, enquanto Bolsonaro recebeu 32%. A região tem 31,29 homicídios dolosos a cada 100 mil habitantes. A média nacional é de 17,47. Os dados são referentes a 2024 e são do Ministério de Justiça e Segurança Pública. Não sabe ele, porque não estuda e nem lê, que na educação, Estados da região lideram o ranking de alunos matriculados em tempo integral no ensino fundamental.

Segundo dados do último Censo Escolar. São eles Ceará (51,4%), Piauí (48,9%) e Maranhão (40,3%). A média nacional é 17,5%. A região também teve, e ele não sabe, porque é preconceituoso, o maior número de redações com nota 1.000 na última edição do Enem (Ensino Nacional do Ensino Médio), com 25 textos– 41% do total. A fala do filho de Bolsonaro teve ampla repercussão nas redes sociais e foi repelida por nordestinos imediatamente.

Também foi interpretada como um ataque de viés preconceituoso e rancoroso, fruto da ira que deve ter da ampla maioria do eleitorado da região que, historicamente, vota em Lula e que apoia o seu governo. Segundo pesquisa do Data Poder publicada na última quarta-feira no site Poder360, o Nordeste é a única região onde o Governo Lula atravessa a casa dos 50% de aprovação.

Bolha furada – Também do PoderData, outra pesquisa mostra que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem conseguido, diferentemente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), furar a bolha do grupo que elegeu o petista em 2022 e se viabilizar como possível sucessor de Lula ao Planalto nas eleições de 2026. Apesar da queda na avaliação positiva do trabalho do ministro, entre os eleitores bolsonaristas, 25% consideram seu desempenho como “ótimo” ou “bom”. Já o atual chefe do Executivo só é bem avaliado por 9% entre os bolsonaristas.

Quase empate – A taxa de eleitores que dizem preferir o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao de Jair Bolsonaro (PL) despencou 13 pontos percentuais desde janeiro de 2024. No início deste ano, havia 51% dos eleitores declarando que a gestão petista era “melhor” que a bolsonarista. Em março, a taxa já havia caído para 44%. Agora, está em 38%. É o menor patamar desde o início do mandato. Os dados são da pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de maio de 2024, com margem de erro de 2 pontos percentuais. Na outra ponta, 41% dos brasileiros afirmam que o governo atual é “pior” que o seu antecessor.

Na hora errada – A deputada Carla Zambelli usou um grupo de WhatsApp de parlamentares da oposição para solicitar apoio a um ato, previsto para ocorrer no próximo dia 6, em São Paulo, que tem o impeachment de Lula como mote. A iniciativa, contudo, foi vista com desconfiança por uma ala bem próxima a Bolsonaro. Sob reserva, eles avaliaram que um movimento para afastar Lula da Presidência só ganhará corpo após as eleições municipais, em outubro deste ano.

RS contabiliza R$ 11 bi de prejuízos – A Confederação Nacional de Municípios (CNM) atualizou os impactos nos Municípios do Estado do Rio Grande do Sul com as chuvas. Os prejuízos subiram para R$ 11 bilhões. O número de mortes chegou a 169, com 445 desaparecidos e 97,7 mil desabrigados. O setor habitacional é o mais afetado, totalizando um prejuízo de R$ 4,6 bilhões, sendo mais de 109,7 mil casas danificadas ou destruídas. Já R$ 2,5 bilhões se referem ao setor público e R$ 3,9 bilhões ao setor privado. Deste total, mais de R$ 3,4 bilhões são prejuízos ao agronegócio.

Provocação em Itamaracá – Ex-prefeito de Itamaracá, Mosar Tato (PSB) adotou como mote da sua campanha para voltar a governar a ilha a questão das finanças municipais. Contabiliza quatro contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e faz uma provocação aos adversários, por ser, segundo ele, o único gestor a ter todas as suas contas aprovadas. Ressalta que quando assumiu a Prefeitura em 2016, se deparou com uma situação deplorável: sucessivas contas reprovadas por antecessores. “Nunca tive uma conta rejeitada ou contestada”, comemora.

CURTAS

NOTÍCIA VELHA – Conforme já antecipei neste blog, o Estadão trouxe, ontem, a informação de que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), comunicou ao presidente Lula que não dará a vice na sua chapa ao PT. Já havia noticiado isso há mais de três meses. A composição da sua chapa sairá entre os quatro secretários que estão se afastando das suas funções no próximo dia 6.

A VICE – Continuo a apostar que João optará por uma mulher na sua vice: a secretária de Infraestrutura, Marília Dantas, seu braço direito na gestão, que se filiou ao MDB no prazo final de filiação partidária, em abril. Dentro da própria equipe e entre aliados, Marília é unanimidade.

O TROCO – Depois de negar a legenda do Solidariedade ao deputado Luciano Duque para disputar a Prefeitura de Serra Talhada, a presidente do diretório estadual e vice-presidente nacional, Marília Arraes, faz, amanhã, no município, um ato em favor da reeleição da prefeita Márcia Conrado (PT).

Perguntar não ofende: Lula começa a semana que vem fazendo mudanças na articulação com o Congresso?

Risco de impeachment 

A sessão do Congresso da última terça-feira, na qual o Governo Lula sofreu uma acachapante derrota, na discussão e votação de 20 vetos, não ligou apenas um sinal amarelo para o presidente, que vem derretendo sua popularidade mês a mês, conforme pesquisa do PoderData de ontem, que mostrou que a desaprovação já é maior que a aprovação.

O placar de 317 deputados favoráveis à manutenção de um veto do ex-presidente Jair Bolsonaro evidenciou o risco de impeachment, que se faz com apoio de 342 parlamentares. Faltam apenas 25, o que tira o resto do pouco sono que Lula ainda se reserva. Logicamente, que ainda haverá um longo caminho a ser travado no Congresso para avançar uma medida tão radical.

Também há mecanismos – que ainda não foram utilizados – para evitar uma debandada de aliados. Só resta ao Governo cooptar parlamentares de centro, aqueles que decidem para onde sopra a biruta. Mas não deixa de ser constrangedor assistir a um presidente de terceiro mandato definhar tanto assim.

O PT terá que ter apoio redobrado com aliados, sobretudo aqueles que já o traíram. No segmento da esquerda, o PSB foi um dos apoiadores do impeachment de Dilma Rousseff em 2016, e que jamais foi perdoado pela militância petista por isso. Hoje, a sigla tem 14 deputados, quatro ministérios e ainda se acha subvalorizada.

Siglas como PDT, MDB e União Brasil também não inspiram confiança, e possuem sua pomposa fatia de espaços na esfera federal. Mas uma onda popular crescente certamente os demoveria, como já ocorreu na década passada. Já chegou a hora de Lula perceber que o dito “museu de grandes novidades”, no qual apostou, não tem mais gás. É uma fadiga de material que beira a hibernação. Se perder um deputado aliado por dia, não comerá nem o milho junino.

Pedidos engavetados – Lula não corre nem de longe o risco de um impeachment, primeiro porque não há um motivo forte e aparente, e segundo porque ele conta com um aliado de peso no Congresso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que, aliás, já engavetou vários pedidos de bolsonaristas mais radicais nessa direção. O que o petista precisa cuidar, urgentemente, é de rearrumar a sua equipe de Articulação no Congresso, trocando de imediato o ministro Alexandre Padilha.

Salvo por Severino – No seu primeiro mandato, Lula enfrentou uma das maiores crises de gestão com o estouro do escândalo do Mensalão em maio de 2005, a compra de votos na Câmara com o pagamento de uma mesada para deputados votarem a favor de projetos de interesse do Governo, cujo mentor foi o ex-ministro José Dirceu. Aberta a CPI e comprovado o esquema, o petista só não sofreu impeachment graças ao pernambucano Severino Cavalcanti. Então presidente da Câmara, Severino engavetou dezenas de pedidos de abertura de impeachment.

Traição na base – O governo Lula só existe nos comícios que o presidente da República faz com dinheiro público. Ele não tem base parlamentar que lhe dê sustentação. Se o petista fosse primeiro-ministro, ele já teria caído faz tempo. Nas votações dos vetos, a inexistência do governo ficou muito clara: até integrantes de partidos da suposta base foram contra o Palácio do Planalto. E não foram poucos.

Até petista votou contra – Lula queria criminalizar a divulgação de fake news eleitorais. Foi derrotado por 317 a 139 na Câmara. Lula queria manter a saidinha de presos no regime semiaberto. Foi derrotado por 314 a 126 na Câmara. No Senado, por 52 a 11. Sinal de que Lula também não vai aonde o povo está: a petistíssima deputada Maria do Rosário votou com a maioria contra a saidinha. Et pour cause: quer ser prefeita de Porto Alegre. Tabata Amaral, da esquerda descolada, igualmente votou contra. Quer ser prefeita de São Paulo.

Lado, herança do pai – Antes de receber, ontem, o apoio formal do União Brasil para reforçar seu palanque de reeleição, o prefeito João Campos (PSB) teve uma longa conversa, lá atrás, com o presidente do diretório municipal da legenda, Mendonça Filho. Tentou o seu apoio, mas não conseguiu. Como o pai, o velho Mendonção, que só teve um partido em 40 anos de vida pública, Mendoncinha, como é conhecido, mostrou que tem lado: o campo da centro-direita.

CURTAS

LONGE DO PT – O que dificultou a transferência de Mendonça Filho para o palanque de João, conforme ele próprio deixou claro na conversa com o prefeito, foi a presença do PT na coligação com o socialista. Na Câmara, Mendonça é um dos mais combatentes adversários do Governo Lula.

BANCADA BBB – No Congresso, o segmento parlamentar que se opõe ao Governo e que impôs, na terça-feira passada, uma humilhante derrota ao presidente Lula, passou a ser conhecida como a bancada BBB – da Bíblia (os evangélicos), da Bala (defensores de armamento) e do Boi (agronegócio).

ROMPIMENTO – Na nota de ontem sobre a unidade das oposições em Cabrobó, informei que o nome consensual seria um médico com relevantes serviços prestados ao município, mas não citei seu nome. Trata-se de Doutor Lucas Novaes, atual vice-prefeito, que rompeu com o prefeito Galego de Nanai (Avante).

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Uma base de apoio mixuruca

A base de sustentação de Lula no Congresso é uma piada. Tão instável e volúvel que permite até um atentado à liberdade de expressão: disseminar fake news. E pelo veto de Lula que os bolsonaristas derrubaram, ontem, não é mais crime enquadrado contra o Estado Democrático de Direito disseminar mentiras contra o sistema eleitoral.

O Congresso decidiu manter vetos feitos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a trechos da nova Lei de Segurança Nacional (LSN), entre eles, um que trata da proliferação de notícias falsas. O governo tentou um acordo para derrubar a decisão do ex-presidente, mas não teve maioria. A manutenção do veto pelo Congresso com o voto de 317 parlamentares foi uma derrota do governo Lula (PT).

Para manter o veto, o Governo só contou com 139 votos. A oposição ao governo comemorou muito o resultado, claro, como mais uma derrota do Governo, especialmente do presidente, que precisa, urgentemente, rever a interlocução do seu Governo com o Congresso.

Promover e financiar, pessoalmente ou por interposta pessoa, mediante uso de expediente não fornecido diretamente pelo provedor de aplicação de mensagem privada, campanha ou iniciativa para disseminar fatos que sabe inverídicos, e que sejam capazes de comprometer a higidez do processo eleitoral, tudo isso agora não é mais crime.

Além de disseminar informações falsas, também seria crime o financiamento de campanhas ou iniciativas contra o processo eleitoral brasileiro. A pena para esse tipo de ação seria de um a cinco anos de prisão e multa. Mas tudo isso veio abaixo com a derrubada do veto de Lula.

Comunicação enganosa – Em setembro de 2021, Bolsonaro sancionou com vetos a atualização na Lei de Segurança Nacional (LSN), que estabeleceu novos crimes contra as instituições democráticas. Editada ainda no final da ditadura militar, em 1983, a LSN foi alvo de críticas por sua utilização para investigar adversários de Bolsonaro. Entre os vetos está a criminalização de fake news eleitorais. O artigo, cuja derrubada foi confirmada pelo Poder Legislativo, cria o crime de “comunicação enganosa em massa”, definido pela promoção ou financiamento da disseminação por aplicativos de mensagens de mentiras capazes de comprometer a lisura das eleições.

Reação governista – Do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), ao defender o veto de Lula: “Bolsonaro responde a inquérito no Supremo e, na minha opinião, vai ser preso por essa lei. Porque fala dos crimes de tentativa de golpe de Estado. Todo mundo acompanhou os comandantes do Exército do governo Bolsonaro, o comandante da Aeronáutica prestando depoimento dizendo que o Bolsonaro propôs a anulação da eleição, um golpe de Estado, a prisão de Alexandre de Moraes”.

Defesa de Bolsonaro – Entre as justificativas do veto, Bolsonaro afirmou que a lei não deixava claro se quem seria punido seria quem gerou a notícia ou quem a compartilhou. Bolsonaro também questionou se haveria um “tribunal da verdade” para definir o que viria a ser entendido por inverídico a ponto de constituir um crime. Outro ponto derrubado é a criação do crime de atentado ao direito de manifestação, definido como o impedimento, mediante violência ou grave ameaça, do exercício de manifestação.

Sem prisão – Também foi vetada a previsão de que, caso um dos crimes previstos na lei for cometido por militares, a pena será acrescida de 50% da prevista e a definição de que a pena prevista será aumentada em 1/3 caso o crime for realizado com grave violência ou emprego de arma de fogo, e em casos em que o condenado fosse funcionário público. O governo petista defendia a derrubada, já que o trecho barrado pode ser usado inclusive para punir adversários do Planalto.

Renildo ou Luciana? – O prazo de desincompatibilização para quem exerce cargos nos governos federal, estadual e municipal, e deseja disputar as eleições deste ano está bem próximo – dia 6 de junho. Mas até agora a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, alimenta um grande mistério, se se afasta do cargo ou não para disputar a Prefeitura de Olinda. Diante desse cenário de incerteza, o que corre nos bastidores da bancada federal em Brasília é que o candidato do PCdoB será o deputado Renildo Calheiros, que já governou o município por dois mandatos.

Curtas

PADILHA VICE – Em Paulista, o cenário pré-eleitoral da sucessão do prefeito Yves Ribeiro (PT) pode ter uma novidade nos próximos dias: uma composição entre os pré-candidatos Ramos e Francisco Padilha. Como está mais bem posicionado nas pesquisas, Ramos seria a cabeça de chapa e Padilha o seu vice.

CANDIDATO FRACO – Na pesquisa do Opinião, em parceria com este blog, sobre a eleição em Carpina, chamou atenção um detalhe: Aldinho do Danone, o pré-candidato apoiado pelo prefeito Manoel Botafogo, perde para todos os seus adversários, uma prova de que Botafogo não fez uma boa escolha.

OPOSIÇÃO UNIDA – Em Cabrobó, as oposições voltaram a discutir um candidato consensual para tentar derrotar o prefeito Galego de Nanai (Avante). Deve ser um médico, filiado ao União Brasil, com relevantes serviços prestados na região. 

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Estratégia para reverter desgaste

Desde que percebeu que a avaliação da sua gestão cresce feito rabo de cavalo, para baixo, a governadora Raquel Lyra (PSDB) botou o pé na estrada e está sendo vista com mais frequência no Interior. Foi orientada pelo seu marqueteiro que uma tentativa com chances de ser bem-sucedida para reverter a sua enorme impopularidade seria mostrar ações dos grotões para a capital.

Nos longínquos municípios, na concepção dos que fazem a cabeça da governadora, as populações se contentam com muito pouco. Uma estrada restaurada, por exemplo, ou a ampliação de ofertas de leitos em hospitais regionais, levariam essa gente beneficiada a ter mais confiança no Governo e reconhecer que está fazendo algo de bom.

Tem uma certa lógica, mas isso para surtir efeito, a ponto de mexer nos números adversos da Região Metropolitana, que são estratosféricos, porque há mais cobranças e camadas da sociedade mais exigentes, a mão do Governo teria que ser vista em todos os recantos do Estado, do litoral ao Sertão, o que, convenhamos, leva muito tempo.

Além disso, a governadora Mandacaru (não dá sombra nem encosto para ninguém) tem que passar a governar sem a bílis, sem discriminações. Sua rejeição é mais visível, sem dúvida, em municípios administrados por prefeitos do PSB. Um exemplo bem claro se viu na pesquisa do Opinião em Surubim.

Um dos municípios mais importantes do Agreste Setentrional, Surubim não viu ainda nenhum tipo de ação do Governo do Estado, porque é gerido pela socialista Ana Célia, integrante do grupo político do superintendente da Sudene, Danilo Cabral, adversário derrotado por Raquel nas eleições de 2022.

Pelo levantamento do Opinião, quase 60% dos surubinenses desaprovam o Governo Raquel. Em números exatos, 57,8% dos entrevistados. Se as obras estaduais não aparecerem na capital da vaquejada, quem vai pagar essa conta será o candidato a prefeito que tiver alinhamento com Raquel Mandacaru.

Governo do fígado – Não há exemplo mais atual e inaceitável de que a governadora gere o Estado com o fígado como o tratamento dado ao Festival de Inverno de Garanhuns. Na versão do ano passado, ela humilhou o prefeito Sivaldo Albino, que é do PSB, que chegou a tomar conhecimento da data do evento e da sua grade pela mídia. Para este ano, a postura dele piorou. Criou um festival para concorrer com mais tradicional e esperado do ano, o de Garanhuns.

Gabinete paralelo – Em Garanhuns, aliás, a governadora criou um governo paralelo para atender ao seu líder na Assembleia Legislativa, Izaías Régis (PSDB), pré-candidato a prefeito e adversário figadal de Sivaldo. Ao mesmo tempo, carreou recursos para injetar num hospital da família da vice-governadora Priscila Krause, enquanto a unidade regional de saúde está às moscas, conforme atestaram deputados da oposição que ali estiveram recentemente.

O bom exemplo de Alckmin – O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deu um bom exemplo, ontem, ao anunciar que irá a China, no próximo sábado, para uma missão oficial, em voo comercial, dispensando o avião oficial da FAB. Com ele, embarcam seis ministros de Estado. Alckmin não apenas irá de avião de carreira, como viajará em classe econômica, embora tenha direito a voar de classe executiva pelo cargo que ocupa. A viagem será feita em um voo da companhia aérea Emirates, com escala em Dubai.

STF no caso Collor – O ministro Dias Toffoli, do STF, liberou para julgamento o recurso do ex-presidente e ex-senador Fernando Collor contra a sua condenação pela corte em uma ação penal da Operação Lava Jato. O Supremo voltará a analisar o caso em julgamento virtual, entre os dias 7 e 14 de junho. A pena de oito anos e dez meses de prisão foi definida em 31 de maio de 2023. Em setembro, Collor, Pedro Leoni Ramos e Luis Pereira Duarte Amorim, também condenados, apresentaram embargos de declaração contra o julgamento dos ministros.

Se cruzar, vira saudade – Pré-candidato à Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro pelo PL, o policial civil Rodrigo Neves foi destaque na mídia nacional, ontem, depois de publicar uma foto sua em suas redes sociais com fuzil e uma frase de ameaça: “Se cruzar meu caminho, vira saudade”. Em 2021, o mesmo policial foi homenageado pelo ex-vereador Gabriel Monteiro, cassado e preso por abusar sexualmente de uma menor de idade e gravar a relação em vídeo.

CURTAS

ENFIM, A DESONERAÇÃO – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, ontem, que a medida compensatória para a desoneração da folha salarial dos 17 setores e a renúncia fiscal de municípios de até 156 mil habitantes sairá até o início da próxima semana. Segundo ele, será enviada ao Congresso via Medida Provisória.

IMPACTO – Haddad disse, entretanto, que precisará aumentar de R$ 26,3 bilhões na receita neste ano para compensar a renúncia fiscal. O valor foi confirmado pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. Representa a soma do impacto da renúncia aos setores (R$ 15,8 bilhões) e dos municípios (R$ 10,5 bilhões).

SESSÃO PARA O BLOG – Por proposição do deputado Alberto Feitosa (PL), a sessão especial da Assembleia Legislativa em homenagem aos 18 anos do blog ficou agendada para o próximo dia 12. A ele e à Casa, meus agradecimentos.

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Eleição de Surubim virou um clássico

O novo levantamento do Instituto Opinião sobre a corrida eleitoral em Surubim, em parceria com este blog, traz um dado que pode revelar surpresa: o crescimento da pré-candidata do PSB, Véia de Aprígio. Mas é fácil de explicar para os que não acompanham o quadro político na terra de Chacrinha e Capiba, dois gênios, um da comunicação e outro na música.

Vereadora no sexto mandato, Véia de Aprígio, além de ter uma forte identificação com o eleitorado de baixa renda, saindo da zona rural, é apoiada pela prefeita Ana Célia (PSB), que encerra seu ciclo de duas gestões extremamente aprovada pela esmagadora opinião pública de Surubim, com 65% de ótimo e bom. Isso é muito relevante. Historicamente, um governante bem avaliado costuma emplacar o sucessor.

Outro dado que favorece a pré-candidata oficial é a divisão do bloco da oposição. É verdade que nem sempre o eleitor que vota num candidato da oposição tem simpatia pelo outro, mas Flávio Nóbrega (Solidariedade), que já governou o município, aparece com 12% e isso subtrai muito mais votos de Chaparral do que mesmo de Véia de Aprígio. Somados os percentuais de Chaparral com Nóbrega – 31% com 12% – o eleitorado de Surubim, teoricamente, tenderia a eleger um candidato da oposição.

Mas, cientificamente, não se pode inferir que os 12% de Nóbrega se transferiram, automaticamente, para Chaparral. Acontece sempre uma divisão, boa parte pode ir até para Chaparral, mas quem está inclinado a votar em Flávio Nóbrega, no campo da oposição, pode não se simpatizar com Chaparral. E aí pode até não ir também para Véia, com mais chances de anular o voto ou votar nulo.

De qualquer forma, o que a pesquisa do Opinião mostra é que Surubim desponta com indicativos para uma das eleições mais disputadas da sua história, concentrando as atenções não apenas do Agreste Setentrional, mas de todo o Estado.

Rompimento por desconfiança – Apostar na unidade das oposições em Surubim é jogar dinheiro fora. Chaparral e Flávio Nóbrega, que já foram aliados, hoje são água e óleo, não se misturam. Nas eleições de 2020, Chaparral apoiou a candidatura de Flávio a prefeito contra Ana Célia, que ganhou com uma diferença de apenas 267 votos. Mas, já no pleito passado, Flávio apoiou Chaparral para deputado, mas rompeu às vésperas das eleições, suspeitando que ele seria candidato a prefeito, como de fato é. Flávio queria a palavra empenhada do apoio dele para tentar voltar a governar Surubim.

Rejeição de Mandacaru atrapalha – Outro dado que certamente está atrapalhando o projeto de Chaparral de derrotar os Farias em Surubim é seu alinhamento ao Governo Raquel. Pelo levantamento do Opinião, entre os três níveis de poder, o estadual é o rabo da gata em aprovação. Raquel Lyra Mandacaru tem quase 60% de reprovação no município ante apenas 32% de aprovação. Já o Governo Lula é aprovado por 68,6% e o da prefeita Ana Célia por 64,6%.

Danilo, Rodrigo e Pedro na campanha – Surubim é, também, terra do superintendente da Sudene, Danilo Cabral, derrotado nas eleições para governador em 2022. Seu grupo, que é por extensão o da prefeita Ana Célia, elegeu o deputado estadual Rodrigo Farias, que vem se revelando num dos mais atuantes parlamentares do bloco da oposição. O grupo também apoiou o deputado federal Pedro Campos, irmão do prefeito do Recife, João Campos, que irá, ao lado de Pedro, reforçar o palanque de Véia de Aprígio.

Moraes acelera processos de Bolsonaro – Ministro do STF, Alexandre de Moraes trabalha com um prazo semelhante para a conclusão de dois inquéritos de repercussão internacional: o do 8 de Janeiro, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado, e o que apura o assassinato de Marielle Franco. Moraes acredita que, em até dois meses, ambos os inquéritos serão concluídos ou estarão bem perto disso. A partir daí, então, terá início a fase de instrução.

PSB investe e aposta em Madalena – Em encontro no Recife com o prefeito João Campos (PSB), a pré-candidata socialista à prefeita de Arcoverde, Madalena Britto, saiu super animada: terá a presença dele no seu palanque nos seus principais eventos de campanha. Para o PSB, especialmente o prefeito recifense, Arcoverde é prioridade e por isso mesmo Madalena terá tratamento vip do partido e todas as atenções das suas principais lideranças, que não têm mais dúvida do crescimento da aliada e da sua possível vitória nas eleições de outubro.

CURTAS

SEM LEGENDA 1 – Presidente estadual do Solidariedade, Marília Arraes recebeu do presidente nacional do partido, Paulinho da Força, carta branca para decidir o imbróglio de Serra Talhada, onde o deputado Luciano Duque já lançou a sua pré-candidatura sem autorização do diretório estadual.

SEM LEGENDA 2 – “Pernambuco, quem decide é Marília”, disse Paulinho, para frustração de Duque, que não contará com o apoio de Marília para disputar a Prefeitura de Serra, simplesmente porque ela tem poderes de negar a legenda. E, a esta altura, Duque não tem como se filiar em outro partido.

ZÉ ANIMADO – Presente na festa do blog, quinta-feira passada, o pré-candidato do PDT a prefeito de Caruaru, José Queiroz, disse que o desgaste da governadora Raquel Lyra vai puxar o prefeito Rodrigo Pinheiro para baixo, fazendo ele crescer feito rabo de cavalo. “Vamos ganhar a eleição, pode apostar”, afirmou.

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Blog do Magno 18 Anos

Uma festa para nunca ser esquecida

A festa dos 18 anos do blog, sexta-feira passada, no Mirante do Paço, foi tão linda, tão emocionante, tão prestigiada, tão surpreendente e glamorosa, que passei, ontem, o dia bastante abalado emocionalmente, sem ter a mínima disposição para revelar meus sentimentos.

Aproveito este espaço, o mais nobre do blog, conforme os leitores revelam – alguns me confessaram que não dormem sem antes passar o olho nesta coluna de meia-noite – para agradecer as manifestações de carinho. Foram inúmeras! Nas selfies, depoimentos sinceros, de apreço, consideração e reconhecimento a um jornalismo comprometido com as grandes causas do País, especialmente de Pernambuco.

Tudo estava impecável: a decoração, assinada pela Florata Flores, o bufê, sob a responsabilidade do Fiordes, e, principalmente, a organização e o cerimonial, entregues, respectivamente, à minha Nayla Valença e à Branca Goés, extremamente parabenizadas ao longo de todo o evento. Igualmente impecável a animação da festa, entregue à Super Oara, de Arcoverde.

Filho do fundador Beto, Elaque, tecladista e vocalista, fez, como sempre, seu show à parte. Aplaudidíssimo! Artistas amigos, que dispensaram o cachê para compartilhar o sucesso do blog e da minha história de 40 anos de jornalismo, fizeram apresentações fantásticas. Quem abriu foi Walquiria Mendes, com seu vozeirão maravilhoso, seguida de Fabiana, a Pimentinha do Nordeste.

Vindo da sua Monteiro (PB), Novinho da Paraíba arrasou, cantando forrós que encheram o salão. Filho e continuador do legado de Genival Lacerda, o forrozeiro João Lacerda esteve numa noite impecável, cantando alguns sucessos do pai. Já Josildo Sá chegou vestido de vaqueiro, um gibão lindo e maravilhoso. Fez uma apresentação belíssima.

Cristina Amaral, da cidade de Sertânia, conterrânea de minha Nayla, agradou em cheio. Ela é, simplesmente, fantástica! Cantou forrós de sucesso e até músicas românticas, que levaram muita gente a dançar de rostinho colado, como nos velhos tempos. E a festa teve essa finalidade também.

Teve até frevo: o mais autêntico ritmo pernambucano, é claro, não poderia faltar. André Rio e Almir Rouche, estrelas do carnaval, abrilhantaram mais ainda a festa. Eles têm uma energia espetacular, envolvente. Ninguém consegue ficar parado nos shows deles. Sensacional.

Por fim, fechando a noite, o espetacular Alcymar Monteiro, o Rei do Forró, que fechou a sequência dos shows individuais dos 12 artistas que deram uma canjinha na festa do blog. Todo mundo caiu no salão numa animação extraordinária. Numa simplicidade de arrepiar, Alcymar chamou cantores para fazer duo com ele, como Luciana Sampaio, a Lucy, que tem uma voz maravilhosa.

E até o amigo Nando, meu vizinho de choupana em Arcoverde, cantor dos bons, realizou um sonho da sua vida ao subir no palco e interpretar uma canção de Alcymar ao lado dele, um dos momentos mais emocionantes da festa.

Os números falam por sí – O sucesso da festa não se traduz apenas em organização, animação e bela decoração, mas, sobretudo, em números: quase mil pessoas foram ao Mirante do Paço, um dos espaços mais aconchegantes e lindos do Recife, com capacidade de receber até três mil convidados. Além da beleza e do conforto, a vista mais linda e romântica do Recife Antigo, alcançando até o braço do mar que bate no Marco Zero.

O mais polido e jeitoso dos Monteiro – Foi uma festa em alto astral, feita para dançar e se descontrair, com apenas um pequeno espaço para duas saudações: a minha e a do empresário Eduardo Monteiro, a quem prestei uma homenagem pelos 26 anos da Folha. Fez um belíssimo discurso, tocando fortemente no coração dos meus convidados, que não se cansavam de elogiar a fala dele. Costumo dizer que Eduardo é o mais jeitoso dos Monteiro, mesmo não tendo optado pela vida pública no parlamento ou no executivo.

Presenças ilustres – Impossível citar tantas presenças ilustres, mas na política destacaria a presença do presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto, e seus colegas de parlamento João Tenório, vice-líder do Governo Raquel na Casa, Dani Portela, Alberto Feitosa, Júnior Tércio, João Paulo Costa e Débora Almeida –  destacada parlamentar da base de apoio do governo. Da Câmara Federal, Mendonça Filho, Coronel Meira, Maria Arraes e Clarissa Tércio. Também o ex-ministro Gilson Machado, que foi bastante cumprimentado. Entre os secretários de João Campos, Dema, de Governo, e Gilberto Silva, de Imprensa.

Gente do poder e delegações do interior – Também presente e muito festejado o presidente estadual do PSDB, Fred Loyo, ao lado do seu filho Eduardo Loyo, presidente da Empetur. Entre os prefeitos, Yves Ribeiro, de Paulista; Gilvandro Estrela, de Belo Jardim; Zé Martins, de João Alfredo, e Joelson Silva, de Calumbi. Entre os ex-prefeitos, José Queiroz, de Caruaru, que chegou na companhia do ex-senador Douglas Cintra, e Madalena Brito, de Arcoverde, que estava acompanhada por uma comitiva de mais de dez pessoas. Também o prefeito de Olinda, Professor Lupércio, em companhia de Mirella, pré-candidata à prefeita. De Paulista, Nena Cabral, pré-candidato a prefeito.

Mundo jurídico e empresarial – Do poder Judiciário, destaque para o presidente em exercício do Tribunal de Justiça, Fausto Campos, e os desembargadores Gabriel Cavalcanti e Demócrito Ramos, além da desembargadora aposentada Margarida Cantarelli. Entre os advogados, Paulo Maciel, procurador-geral de Olinda; Almir Reis, pré-candidato à presidência da OAB; Fernanda Resende, presidente do Sindicato dos Advogados; Carlos Porto, Bruno Monteiro, Fábio Lira, e Fernando Mendonça, presidente da Associação dos Empresários do Brasil. Também Agenor Ferreira Lima Neto, Pietro Duarte, Érica Ferraz, Paulo Azevedo, Júlio Oliveira, Mário Becker Gil Rodrigues, Rafael Carneiro Leão, Samuel Salazar, Rodrigo Galvão, Márcio Botelho, vice-prefeito de Olinda, Silvio Rodrigues, esposo de Mariana, do Fiordes, e Maurício Rands. Entre os empresários, Halim Nagem, Roberto Pereira e Álvaro Jucá. O presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, foi representado na festa dos 18 anos do blog pelos assessores especiais José Neto e André Campos.  

Curtas

O CHORO É LIVRE – Nos bastidores do Solidariedade, a piadinha mais ouvida diz respeito às queixas do deputado Luciano Duque, que lançou sua pré-candidatura a prefeito de Serra Talhada, mas sem ter o aval de Marília Arraes para a legenda: “Quem planta couve, não colhe morangos. O choro é livre”.

PREJUÍZOS – Levantamento feito pela Confederação Nacional das Seguradoras aponta que os prejuízos causados por enchentes e inundações no Rio Grande do Sul (RS) já somam R$ 1,673 bilhão em pedidos de indenização. Segundo a entidade, o número é relativo a 23.441 avisos de sinistros registrados entre 28 de abril e 22 de maio.

SINAL AMARELO – A dois anos e cinco meses das eleições de 2026, parte da cúpula do Partido dos Trabalhadores acendeu o sinal amarelo sobre a próxima eleição presidencial. A análise é que há espaço para Tarcísio de Freitas construir uma candidatura robusta para fazer frente a Lula, principalmente se o País não apresentar números melhores de crescimento econômico.

Perguntar não ofende: E o Governo Lula tem política econômica?