Do G1
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou, nesta quarta-feira (5), a primeira morte pela variante H5N2 da gripe aviária. O caso fatal aconteceu no México e foi a primeira ocorrência confirmada em laboratório de infecção pelo vírus influenza A relatado globalmente. De acordo com a OMS, o vírus foi detectado em um homem de 59 anos que foi hospitalizado na Cidade do México.
Ele não tinha histórico de exposição a aves ou outros animais. A morte foi reportada à organização internacional em 23 de maio. Apesar da fonte de exposição ao vírus neste caso ser desconhecida, o vírus H5N2 já foi relatado em aves no México.
Leia maisO Brasil já confirma 165 focos de gripe aviária no país, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mas nenhum caso é da variante identificada no México. Não há casos reportados em humanos no território nacional até o momento.
Até agora, nenhuma transmissão de gripe aviária de humano para humano foi relatada nas Américas ou globalmente, aponta a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Segundo levantamento feito no ano passado, em 20 anos, 874 pessoas se contaminaram no mundo, e metade delas morreu.
Os vírus de gripe animal normalmente circulam em aves e porcos, mas também podem infectar humanos. As infecções em humanas são contraídas, principalmente, por meio do contato direto com animais infectados ou ambientes contaminados.
A depender do hospedeiro original, a influenza A é classificada como gripe aviária, gripe suína ou outros tipos de gripe animal. Esse é o primeiro caso humano confirmado em laboratório de infecção por um vírus da influenza A e a primeira infecção em uma pessoa relatada no México. As autoridades de saúde no México ainda investigam qual teria sido a provável fonte de exposição ao vírus.
Sempre que há a circulação da influenza aviária em animais há um risco de infecção e pequenos grupos de casos em humanos. Portanto, não é uma situação inesperada, segundo a OMS.
Evidências epidemiológicas de eventos anteriores sugerem que o vírus A não tem a capacidade de sustentar a transmissão em humanos. Assim, a probabilidade de disseminação sustentada de humano para humano é baixa.
Não há vacinas específicas para prevenir a infecção em humanos, mas a partir das informações disponíveis, a OMS avalia que o risco para a população em geral é baixo.
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