O presidente da França, Emmanuel Macron, citou, hoje, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e afirmou que a Praça dos Três Poderes – local onde estão localizados o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional – foi maltratada por inimigos da democracia.
O presidente da França deu a declaração, que foi traduzida simultaneamente pelo governo brasileiro, depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto. Macron cumpre agenda no Brasil nesta semana. Antes de visitar Brasília, o francês esteve no Pará, no Rio de Janeiro e em São Paulo. As informações são do portal G1.
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“Toda minha comitiva e eu, pessoalmente, nos sentimos imensamente honrados de estarmos hoje aqui ao seu lado, hoje, aqui, neste lugar, nesta Praça dos Três Poderes, que foi atacada, destruída praticamente, ou, pelo menos, bastante maltratada pelos inimigos da democracia. A maneira com que [Lula] conseguiu reconstituir os equilíbrios da democracia e levar a cabo esse debate internacional significa muitíssimo para nós”, declarou Macron.
Ele acrescentou que a democracia brasileira teve “força” para resistir a ataques golpistas. “Com uma alternância democrática, restaurando plenamente e integralmente todos os equilíbrios”, completou o francês, segundo a tradução feita pelo governo brasileiro.
Após a declaração ao lado de Lula, Macron se reuniu com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e parlamentares, no Congresso Nacional. Em uma fala aberta à imprensa, o presidente francês voltou a exaltar a democracia brasileira, que classificou como “muito viva”.
“A democracia brasileira é muito viva. O que aconteceu nos últimos anos, tudo o que tem sido feito, tem sido para nós uma fonte de inspiração, vendo a capacidade de resistência que vocês têm aqui”, disse em pronunciamento traduzido simultaneamente pelo Senado.
No dia 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e vandalizaram as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário em Brasília. A Polícia Federal investiga quem foram os mentores dos atos e também se Bolsonaro e aliados tentaram dar um golpe de Estado após as eleições de 2022, que foram vencidas por Lula.
Emmanuel Macron, que assumiu a presidência da França em 2017, é um desafeto do ex-presidente brasileiro. No período em que Bolsonaro presidiu o Brasil, os dois trocaram farpas publicamente.
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