TRE-PE publica série de matérias sobre o perfil das candidaturas em Pernambuco

Pernambuco tem 15.824 pedidos de candidaturas registradas para as Eleições 2024 disputando 184 cargos de prefeito, 184 de vice e 2.149 vagas nas Câmaras de Vereadores. Para detalhar esses dados, o TRE Pernambuco, por sua Assessoria de Comunicação (Ascom), publicará uma série de matérias sobre o perfil das candidaturas registradas na Justiça Eleitoral de acordo com as informações do sistema de estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Serão abordadas informações sobre número de candidaturas, evolução histórica, cidades onde estão as maiores e as menores concorrências por cargo, municípios com candidatura única a prefeito e perfil dos postulantes por gênero, escolaridade, raça e cor. Os textos serão publicados no site do TRE-PE e um resumo das matérias será também publicado nas redes sociais.

O objetivo é levar à população informações gerais sobre o pleito e trazer os temas como sugestão de pauta para os órgãos de imprensa de todo o estado.

O primeiro texto a ser publicado será sobre os números de candidaturas registradas, como está Pernambuco em relação aos outros estados e a evolução desses registros ao longo dos anos de eleições municipais.

Na sequência serão abordados a distribuição dessas candidaturas nos municípios, as cidades onde há mais concorrência e menos concorrência por cargo, e, por fim, o perfil das candidaturas.

Do site do TRE-PE.

A cidade de Arcoverde é a segunda melhor cidade para a visualização da Superlua Azul, que acontece na tarde desta segunda-feira em todo o Brasil. Será possível observar o fenômeno já a partir das 15h25, mas a melhor visualização será no início da noite.

Sobre o fenômeno

Ocorrida a cada dois anos, a Superlua Azul acontece quando a Lua cheia está mais próxima da Terra, período denominado “perigeu”. Nesse momento, ela se apresenta maior e com mais brilho no céu.

Como observar

Será possível observar a Superlua Azul a olho nu em locais sem nebulosidade, sem a necessidade de uso de aparelhos ou equipamentos.

Confira o ranking completo dos melhores locais para a visualização da Superlua desta segunda:

Sossego (PB), a 237 km de João Pessoa
Arcoverde (PE), a 252 km do Recife
Itacuruba (PE), a 466 km do Recife
Pé da Serra (BA), a 173 km de Salvador
Anápolis (GO), a 55 km de Goiânia
Itabira (MG), a 99 km de Belo Horizonte
Nova Friburgo (RJ), a 137 km do Rio de Janeiro
Atibaia (SP), a 60 km de São Paulo
Paranaguá (PR), a 90 km de Curitiba
Nova Hamburgo (RS), a 60 km de Porto Alegre

Do Diario de Pernambuco.

A Associação dos Garçons de Frei Miguelinho emitiu nota repudiando a falta de apoio do Governo do Estado na 27ª edição da tradicional Festa dos Garçons. “A Associação dos Garçons vem por meio desta comunicar a saída da banda Carta de Baralho da programação do domingo (18). Pela primeira vez em mais de 20 anos, o Governo do Estado não irá se fazer presente na realização do nosso evento. Vale ressaltar que enviamos e protocolamos o projeto deste ano com exatamente 45 dias de antecedência e fomos pegos com essa triste surpresa”, afirma o comunicado.

De acordo com a organização, a comemoração, que começou no sábado (17) e se estende até hoje (19), foi mantida graças ao apoio de parceiros e colaboradores. A festa, conhecida por atrair tanto moradores quanto turistas, celebra a importância dos garçons da região, que são conhecidos por “exportar” sua mão de obra para todo o Brasil.

Por Maurício Rands*

Em 2022, o governo federal gastou com investimentos e inversões financeiras (despesas de capital, exceto amortização da dívida pública) R$ 125 bilhões. Isso representou 1,3% do PIB. Segundo o portal da transparência, em 2024, até agora, foram empenhados R$ 37.681.784.721,76 com emendas parlamentares. 

Desse total, R$ 13.640.757.707,02 foram empenhados com “emendas individuais – transferências com finalidade definida”. Outros R$ 10.319.707.512,37, com “emendas de comissão”. R$ 7.682.452.727,00, com “emendas individuais – transferências especiais”, as chamadas emendas pix. E mais R$ 6.038.866.775,37, com emendas de bancada. Esse é o tamanho do sequestro do orçamento federal pelos parlamentares.

Nossos parlamentares estão decidindo a aplicação de 24,2% de toda a despesa discricionária que o governo pode usar para investimentos. Contra 2,4% nos EUA e menos de 2% em 24 países da OCDE. Assim usurpam o poder do Executivo. A farra pipocou em 2020, quando o então presidente entregou-se ao esquema parlamentar do orçamento secreto. Naquele ano, o recorde das emendas empenhadas: R$ 37.540.725.479,42. Até hoje não batido.

O instrumento do orçamento secreto foram as chamadas emendas RP-09, as emendas do relator do orçamento na comissão mista do Congresso Nacional. Que em 2022 tinham chegado a R$ 8.640.941.812,17. Em dezembro de 2022, o STF proibiu o orçamento secreto. Aí os parlamentares contornaram a proibição através do aumento das emendas individuais com finalidade definida (que passaram de 29,07% para 36,20%), pelo aumento das emendas de comissão (que passaram a 27,39%) e pela criação das  emendas pix (20,39%).

Contra esse sequestro orçamentário, o PSOL ingressou com a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 7.697 atacando a obrigatoriedade de execução das emendas parlamentares tanto individuais quanto de bancadas, que havia sido introduzida pelas emendas constitucionais nº 86/2015, 100/2019, 105/2019 e 126/2022. 

O argumento foi de que essas EC são incompatíveis com  os seguintes princípios da CF/88 que são cláusula pétrea irreformáveis pelo poder constituinte derivado: separação dos poderes (art. 60, § 4º, III) sistema federativo (art. 60, §4º, I) e democrático (art. 60, § 4º, II). E que essas mudanças promoveram uma espécie de “semipresidencialismo orçamentário” não previsto na CF. 

Com muita coragem cívica, o ministro Flávio Dino deferiu medida cautelar para suspender todas as emendas impositivas introduzidas por essas emendas. Para isso, utilizou o princípio instrumental de hermenêutica constitucional conhecido como “interpretação conforme à Constituição”. E, assim, conferiu aos dispositivos constitucionais a chamada “interpretação conforme” para declarar e determinar que: “Não é compatível com a Constituição Federal a execução de emendas ao orçamento que não obedeçam a critérios técnicos de eficiência, transparência e rastreabilidade, de modo que fica impedida qualquer interpretação que confira caráter absoluto à impositividade de emendas parlamentares.” 

Na liminar, o ministro determinou que “a execução das emendas parlamentares impositivas, quaisquer que sejam as modalidades existentes ou que venham a ser criadas, somente ocorrerá caso atendidos, de modo motivado, os requisitos, extraídos do texto da Constituição Federal e das normas infraconstitucionais aplicáveis”. 

E exemplifica essas exigências: plano de trabalho, compatibilidade com a LDO e o PPA, efetiva entrega de bens e serviços à sociedade, com análise de mérito pela autoridade administrativa, cumprimento de regras de transparência e rastreabilidade, que permitam o controle social do gasto público, com a identificação de origem exata da emenda parlamentar e destino das verbas, da fase inicial de votação até a execução do orçamento, e  obediência a todos os dispositivos constitucionais e legais que estabeleçam metas fiscais ou limites de despesas. A cautelar, finalmente, determinou a sustação de todas as emendas impositivas até nova regulamentação a ser feita mediante diálogo institucional entre os poderes Executivo e Legislativo. 

Justificando seu voto, o relator Flávio Dino argumentou que  o “Orçamento Impositivo não deve ser confundido com ‘Orçamento Arbitrário’. O espaço de discricionariedade ínsito a diversos aspectos da atuação pública não pode dar lugar à arbitrariedade, que desconsidere a disciplina constitucional e legal aplicável à matéria. 

As emendas parlamentares impositivas devem ser executadas nos termos e limites da ordem jurídica, não ficando ao alvedrio ou sob a liberdade absoluta do parlamentar autor da emenda. Com efeito, é incompatível com a ordem constitucional a execução privada e secreta do orçamento público”. 

As mesas diretoras da Câmara e do Senado, e os partidos PL, União Brasil, PP, PSD, PSB, MDB, Republicanos, PSDB, Solidariedade, PDT e parte do PT assinaram requerimento ao presidente do STF pedindo a suspensão da cautelar. No que foram rechaçados pelo ministro Barroso. Em seguida, o plenário virtual confirmou a cautelar do ministro Flávio Dino por unanimidade. Pondo freio à farra das emendas. 

A retaliação do Congresso foi acelerar a tramitação de duas PECs: uma permitindo que o parlamento revogue decisões do STF e outra proibindo as decisões monocráticas de seus ministros. O Congresso age, assim, em defesa da manutenção do sequestro orçamentário que promoveu nos últimos anos à revelia dos princípios constitucionais. Na contramão da opinião pública e dos especialistas, não parece provável que, desta feita, o corporativismo parlamentar vá prevalecer. 

Esse episódio deveria servir de advertência para a deformação da democracia brasileira que foi promovida pelo atual sistema partidário e eleitoral. Hoje temos uma democracia capturada por oligarquias partidárias nada democráticas. Sequestraram o orçamento com as emendas impositivas. Passaram a decidir quem pode se eleger ao manipular os R$ 8 bilhões dos fundos eleitoral e partidário a seu bel prazer. Geralmente privilegiando familiares e apaniguados. Até quando? Desta feita, ao menos o sequestro do orçamento foi corajosamente enfrentado pelo ministro Flávio Dino e seus pares.  

*Advogado, professor de Direito Constitucional da Unicap e PhD pela Universidade Oxford

A juíza Izabela Miranda Carvalhais de Barros Vieira, da 101ª Zona Eleitoral, reverteu a decisão que havia determinado a remoção de conteúdos de publicidade do candidato à reeleição para prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros.

A mudança ocorreu após os advogados de Mano Medeiros apresentarem um pedido de reconsideração, alegando que a juíza foi induzida ao erro pela equipe jurídica de Elias Gomes (PT), candidato da Frente Popular que acusou Mano Medeiros de não mencionar a candidata a vice-prefeita, Irmã Babate, nas postagens feitas nas redes sociais.

A juíza concluiu que a decisão merecia ser reformada, destacando que a ausência do nome da candidata a vice nas postagens era tecnicamente justificada. “Alega o peticionante, que as postagens impugnadas, na verdade, se tratam de falas do representado e jingles de campanha com legenda, sendo tecnicamente impossível aplicação da norma prevista no art. 36, § 4ºda Lei nº 9504/97, que se refere à propaganda em meio escrito”, diz trecho da Decisão.

O ex-senador Cristovam Buarque, que já governou o Distrito Federal e foi ministro da Educação, lançará seu novo livro de ficção no Recife, amanhã, às 18h20, no Furdunço Café e Cultura. O livro “Jogados ao Mar” traz uma reflexão sobre os desafios da educação e a evasão escolar, utilizando uma narrativa investigativa que mistura suspense e mistério.

Com 15.824 pedidos de candidaturas registradas para as Eleições 2024, sendo 513 a prefeito, 518 a vice e 14.793 a vereador, Pernambuco é o 11º entre os estados do país com mais registros de candidatura e o 3º no Nordeste. Os dados foram extraídos do sistema de estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com as informações de registros de todos os estados brasileiros e que é aberto ao público para consulta, bastando clicar aqui.

Estarão em disputa no pleito deste ano 184 cargos de prefeito, 184 de vice e 2.149 vagas nas Câmaras de Vereadores.

O fato de haver cinco pedidos de registro a mais de vice em relação aos de prefeito se deve a duplicidade de requerimentos de um mesmo candidato nas cidades de Camocim de São Félix (Agreste), com duas duplicidades; Cabo de Santo Agostinho (Região Metropolitana), Santa Maria da Boa Vista (Sertão) e Venturosa (Sertão), com uma duplicidade cada. Os casos ainda serão julgados pelos juízes eleitorais dos respectivos municípios.

No Nordeste, Pernambuco fica atrás apenas da Bahia e do Maranhão em número de registros. Confira na tabela a seguir:

Quando tomadas isoladamente as candidaturas a prefeito e a vereador, o estado tem posições diferentes neste ranking. Com 513 registros de candidaturas a prefeito, é o 10º no ranking nacional e o 4º do Nordeste. Confira na tabela abaixo.

Legislativo

Ao avaliar os dados apenas dos requerimentos de candidaturas a vereador, Pernambuco ocupa a 11ª posição no ranking nacional e a 3ª na região.

Concorrência

Mas em outro ranking, o da concorrência, quando se toma o número de candidatos a vereador por vagas em disputa, o estado tem uma concorrência menor que a média nacional. Enquanto no país, há 425.968 postulantes disputando 58.470 vagas nas Câmaras, uma concorrência média de 7,29 por vaga, em Pernambuco temos 14.793 registros de candidatos a vereador para 2.149 vagas, uma média de 6,88 por vaga.

Confira abaixo o ranking dos estados pelo grau de concorrência:

Do site do TRE-PE.

A morte do ex-deputado Vital Novaes, 80 anos, hoje pela manhã, foi provocada por um engasgo no café da manhã. Levado para um hospital no Recife, já chegou sem vida. Ele era pai do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Rodrigo Novaes. O velório será a partir das 15 horas, na Assembleia Legislativa.

Nascido em Floresta, no Sertão pernambucano, Vital Novaes teve uma longa e respeitada carreira política, exercendo seis mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), onde atuou até 1991.

Formado em Direito, Novaes ingressou na política ainda como estudante e permaneceu na vida pública até que seu filho, Rodrigo Novaes, assumisse também a função de deputado.

O sepultamento acontece será amanhã, às 10 horas, no cemitério Morada da Paz, onde o corpo também será velado à noite, após as homenagens na Alepe.

O terceiro debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, promovido pela Revista Veja em parceria com a ESPM nesta segunda-feira, foi marcado por ser o primeiro a ter ausências de políticos convidados a participar. O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) esvaziaram o evento e foram criticados pelos oponentes.

Os três, que haviam confirmado presença por escrito aos organizadores, cumpriram agendas de campanha no horário do evento. Datena esteve na região da Jacu Pêssego, na zona leste da capital, apresentando sua proposta para incentivar a criação de empregos e investimentos. As fotos e vídeos do compromisso foram publicadas no perfil do apresentador no Instagram. Ele foi o primeiro que afirmou que não compareceria ao debate.

Já o prefeito participou da cerimônia de abertura do “JP Conecta Segurança Alimentar”, acompanhado de secretários da Prefeitura. Em seu perfil do Instagram, fotos e vídeos da agenda, no mesmo horário do debate, foram publicadas. O próximo compromisso do prefeito é uma reunião com o secretário de Governo, Edson Aparecido, no gabinete de Nunes.

Guilherme Boulos não postou nas redes sociais atualizações durante o debate. O candidato havia informado, por meio de sua equipe, que estaria em “gravações” de material de campanha.

Do Estadão.

O senador Fernando Dueire (MDB) e o deputado estadual Jarbas Filho (MDB) deram início às suas agendas de campanha no interior de Pernambuco, com uma série de compromissos no Sertão durante o fim de semana.

A primeira parada foi em Salgueiro, onde participaram da inauguração do comitê central da campanha de reeleição do prefeito Dr. Marcones Sá e seu vice, Dr. Cacau. “É uma honra estar ao lado de Marcones nesta caminhada, somando forças para a continuidade de sua gestão”, afirmou Dueire.

Em seguida, a dupla visitou Parnamirim, onde conheceram o comitê central do prefeito e candidato à reeleição, Nininho Carvalho, e do vice, Tácio Pontes. Durante a visita, Dueire e Jarbas Filho conferiram as obras de requalificação de 26 vias públicas da cidade, que estão sendo realizadas com recursos articulados por ambos. “A gestão de Nininho tem feito a diferença na vida dos moradores, e apoiar a continuidade desse trabalho é fundamental”, destacou Jarbas Filho.

O encerramento das atividades aconteceu em Petrolina, com o lançamento oficial da candidatura do ex-prefeito Júlio Lóssio e seu vice, Elismar. O evento, realizado no Centro Cultural Dom Bosco, reuniu diversas lideranças, como a governadora Raquel Lyra, o Ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e os deputados federais Túlio Gadelha e Lucas Ramos.

Candidato à prefeitura do Rio pelo PL, o deputado federal Alexandre Ramagem destinou R$ 500 mil em emenda parlamentar para uma entidade dirigida pelo pastor Josué Valandro Junior, líder da igreja frequentada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ramagem, que nutre boa relação com os filhos de Jair Bolsonaro — em especial com o vereador carioca Carlos, desafeto de Michelle —, tem reforçado a proximidade com o casal.

A verba foi destinada por Ramagem ao Instituto Assistencial Atitude, um dos braços da Igreja Batista Atitude, em maio deste ano. Ambas as entidades são dirigidas por Valandro, que tem inúmeras fotos ao lado de Bolsonaro e Michelle. A solicitação do recurso foi apresentada formalmente pelo pastor ao Ministério do Esporte, com a justificativa de custear a criação de um time de futebol amador em uma comunidade terapêutica mantida pela igreja em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio.

Procurado, o pastor não retornou os contatos. Em nota, Ramagem argumentou que a emenda ajudará na “melhoria e na ampliação do atendimento de reabilitação de dependentes químicos”, e que “acolher e reintegrar” pessoas nessa situação é um “caminho para preservar vidas”. Não disse se houve pedido dos Bolsonaro para destinar a emenda ao pastor de Michelle.

Valandro já recebeu Bolsonaro e a então primeira-dama na sede da igreja, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para um culto no início de 2019. O pastor também havia acompanhado, como convidado, a posse de Bolsonaro na Presidência. Na campanha eleitoral de 2022, ele defendeu voto na reeleição do então presidente e chegou a abrir as portas da Atitude a candidatos alinhados ao bolsonarismo.

Desde o ano passado, o pastor teve o instituto irrigado por recursos de emendas de outro deputado federal bolsonarista: Hélio Lopes (PL-RJ), um dos aliados mais próximos do ex-presidente. Lopes enviou, ao todo, R$ 1,3 milhão para projetos assistenciais da Atitude, incluindo o “Mais que Vencedores”, desenvolvido pela igreja em Itaboraí e voltado a dependentes químicos.

O projeto atendido pela emenda de Ramagem, chamado de “Vencedores em Ação”, é um desdobramento da iniciativa contemplada por Hélio Lopes. Na justificativa do convênio, a entidade dirigida pelo pastor de Michelle argumenta que “a criação de um time de futebol amador dentro da Comunidade Terapêutica oferecerá lazer saudável aos residentes da instituição”, auxiliando na “reabilitação de usuários de drogas”.

A verba, de R$ 500 mil, já foi empenhada — reservada para uso — pelo Ministério do Esporte, que analisa a documentação apresentada pelo pastor antes de liberar os recursos. O convênio prevê pouco mais de R$ 35 mil para comprar equipamentos esportivos; o restante do dinheiro vai para contratação de pessoal, como técnicos de futebol, e gerenciamento das atividades.

Do Jornal O Globo.

A TV Tribuna começa hoje, à uma da tarde, as entrevistas com os candidatos à Prefeitura do Recife. Nesta segunda-feira, o apresentador Moab Augusto e o diretor de jornalismo da emissora, Fernando Rêgo Barros, recebem Tecio Teles, do Novo. Uma oportunidade para o eleitor conhecer as propostas do candidato para a capital.

Candidatos com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas disputas por prefeituras ficam atrás de rivais em cinco capitais quando se considera o desempenho entre eleitores evangélicos. O segmento se consolidou nos últimos anos como base eleitoral importante de Bolsonaro, que chegou a ter mais de 60% das intenções de voto entre os evangélicos no segundo turno de 2022, contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O levantamento do Jornal O Globo leva em conta os últimos resultados de pesquisas Quaest e Datafolha.

O desempenho abaixo do esperado de nomes mais próximos de Bolsonaro na base evangélica ocorre em meio à divisão da direita. É o caso de São Paulo, onde o aliado do ex-presidente, embora não apareça em desvantagem, tem concorrência acirrada nessa fatia do eleitorado. Outro fator que explica as dificuldades de bolsonaristas é a presença de prefeitos com boa avaliação geral nas disputas.

No Rio, por exemplo, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL) aparece consideravelmente atrás do atual prefeito Eduardo Paes (PSD) entre os evangélicos. Segundo levantamento da Quaest, divulgado em julho, o aliado de Bolsonaro registra 21% das intenções de voto, ante 41% de Paes, que concorre à reeleição com apoio de Lula. Em junho, Ramagem tinha 14% no segmento religioso.

A distância é ainda mais ampla no Recife. De acordo a pesquisa Datafolha mais recente, de julho, o candidato à reeleição João Campos (PSB) tem 77% das intenções de voto do eleitorado evangélico. O bolsonarista Gilson Machado (PL), ex-ministro do Turismo, marca apenas 7% e disputa o segundo lugar com o ex-deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), que tem 5% e empata na margem de erro.

Nessas duas capitais, o cenário entre eleitores evangélicos pouco difere do quadro geral de intenções de votos. No Rio, Paes aparece com quase 30 pontos percentuais de vantagem para Ramagem, conforme a média levantada pelo Rali, o agregador de pesquisas do Globo. No Recife, Campos também figura com mais de 70% das intenções de voto na média de todos os segmentos.

Além disso, Paes e Campos registram índices de aprovação em patamares que historicamente garantiram reeleições em suas cidades.

Em outras três capitais — Belo Horizonte, Manaus e Campo Grande —, candidatos apoiados por Bolsonaro também patinam entre evangélicos, em cenários que sugerem fragmentação da direita. Na capital mineira, Mauro Tramonte (Republicanos) lidera com folga neste segmento religioso, com 22 pontos percentuais de vantagem sobre o bolsonarista Bruno Engler (PL).

Engler soma 14% das intenções de voto entre evangélicos, segundo pesquisa Quaest divulgada em meados de julho. O percentual é similar ao registrado pelo senador Carlos Viana (Podemos), que tem 13%. Viana concorreu ao governo de Minas em 2022 pelo PL, partido de Bolsonaro.

Em Manaus, onde o segmento evangélico representa 40% da amostra da pesquisa Quaest, o candidato apoiado por Bolsonaro, Capitão Alberto Neto (PL), oscilou negativamente no último levantamento. Neto apareceu com 16% das intenções de voto entre os evangélicos, ante 20% registrados em maio.

Ele aparece atrás do prefeito e candidato à reeleição David Almeida (Avante), que marca 39% nesse segmento.

Em Campo Grande, o deputado federal Beto Pereira (PSDB), que é o nome de Bolsonaro na disputa, é o terceiro entre os evangélicos, com 13%. Rose Modesto (União) soma 34%, enquanto a atual prefeita Adriane Lima (PP), apoiada pela senadora Teresa Cristina (PP), ex-ministra de Bolsonaro, chega a 21%.

Soube, há pouco, da morte do ex-deputado Vital Novaes, pai do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Rodrigo Novaes. Em instantes, mais informações.

Levantamento divulgado ontem pelo jornal O Globo mostra que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), tem avaliação superior aos melhores registros de aprovação de gestores que já foram candidatos à reeleição na capital pernambucana e em outras capitais brasileiras. Com índice de 69% de ótimo e bom, o recifense aparece muito acima dos patamares mínimos que foram necessários para reconduções de prefeitos a um segundo mandato desde 2004, quando iniciou a série histórica.

João Campos aparece bem na frente, por exemplo, de Eduardo Paes (PSD), do Rio de Janeiro, que conta com 46% de aprovação e também está acima do patamar mínimo que historicamente viabilizou a renovação de mandatos de candidatos à reeleição na capital fluminense. Já Ricardo Nunes (MDB), de São Paulo, com 26% de aprovação, e Fuad Norman (PSD), de Belo Horizonte, com 31%, aparecem abaixo dos percentuais que gestores que conseguiram se reeleger tinham nesta fase da campanha eleitoral.

“No Recife, João Campos (PSB) nada de braçada. O filho do ex-governador Eduardo Campos tem avaliação bem acima da de qualquer outro prefeito no período considerado no levantamento”, afirmou o jornal carioca.

Quando se considera apenas o Recife, João Campos também tem índices muito superiores aos que outros dois prefeitos precisaram para renovar seus mandatos. Em julho de 2004, João Paulo (PT) tinha o governo considerado ótimo e bom por 33,7% da população. Já Geraldo Julio (PSB) foi reeleito após obter, em setembro de 2016, avaliação como ótimo e bom por 33% dos entrevistados. O levantamento do jornal O Globo se baseou em pesquisas dos institutos Datafolha, Quaest e do antigo Ibope.

Do Blog Ponto de Vista.

Jair Bolsonaro (PL) criticou, em entrevista à CNN, declaração do candidato Pablo Marçal (PRTB) na qual negou que tenha buscado apoio do ex-presidente para a disputa eleitoral pela Prefeitura de São Paulo.

O ex-presidente afirmou que conversou com Marçal durante uma hora. Já Marçal, em vídeo, disse que nunca pediu apoio a Bolsonaro.

“Só corrigir uma impressão sua que está errada e da mídia inteira. Eu não fui buscar apoio de Bolsonaro. Eu jamais… Eu nunca que fui lá para pedir apoio dele. Zero”, afirmou Marçal.

Em seguida, também à CNN, Bolsonaro reafirmou o apoio à reeleição do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

As declarações marcam uma mudança de tom do ex-presidente, que havia elogiado Marçal na quinta-feira (15) e deixado explícita a sua contrariedade com Nunes, apesar do compromisso partidário de apoiá-lo.

Em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal, Bolsonaro havia elogiado o que chamou de “figura nova do Pablo Marçal”. “Fala muito bem, uma pessoa inteligente, tem suas virtudes. Não tem experiência, mas faz parte.” Ele disse que Nunes não é seu “candidato dos sonhos”, mas que assumiu o compromisso de ajudá-lo.

Da Folha de São Paulo.

Por João Carlos Paes Mendonça

Muito se fala sobre as relações entre governo e setor privado. Entre políticos e empresários. Entre bancadas e segmentos econômicos. As relações, boas ou ruins, são necessárias na dinâmica de qualquer País. Nem o Estado faz tudo só, nem o setor produtivo caminha se não tiver um Governo conectado com as demandas do momento.

Na última semana, o falecimento do ex-ministro e economista Delfim Netto me fez lembrar do tempo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), do Conselho Monetário Nacional, e da convivência com ele quando esteve à frente do Ministério da Fazenda (1967 – 1974), da Agricultura (1979) e do Planejamento (1979 – 1985).

Hoje, é quase impossível imaginar o Brasil – e os brasileiros – sobrevivendo com índices inflacionários que oscilavam entre 20% e 80% ao ano, como no caso das décadas de 1960 e 1970, índices impensáveis hoje, mas ainda tímidos para hiperinflação daquela década seguinte. Desequilíbrio das contas públicas, estouro da dívida e descompasso entre a oferta e demanda de produtos eram a tônica do período.

Com esse cenário, e uma economia na época ainda distante da globalização, a interferência governamental sobre a vida das pessoas era imensa – em todos os sentidos. Foi nesse contexto que me relacionei com Delfim Netto, economista firme nas suas posições e determinado a realizar aquilo que acreditava ser o melhor. Estando à frente da Abras, posso dizer que a relação entre o Governo e o setor era crucial para ambos os lados.

Minha relação com Delfim seguia esse rito: firme, necessária, correta, sincera e, acima de tudo, respeitosa. Sim, tínhamos uma relação sincera e respeitosa. Expressar a opinião era fundamental numa época em que as associações eram mais fortes e enfrentavam as políticas públicas na busca pela sobrevivência das empresas. Nos reuníamos em Brasília para discutir a viabilidade das iniciativas e demonstrar, vez por outra, as insatisfações, os riscos e os efeitos colaterais.

O Governo, por sua vez, gastava energia mantendo inciativas como a COBAL (Companhia Brasileira de Alimentos, criada em 1962 e extinta em 1990) – cuja rede de varejo, com sortimento reduzido, operava nas periferias. Isso tudo sem expertise suficiente, afinal, essa não era a atividade do Governo. Em nossos encontros, nos comprometemos com Delfim Netto – que, a despeito da fama de inflexível, sabia ouvir e negociar – a criar redes com sortimento limitado para atender de forma competente a população. Poucos sabem, mas desse desafio surgiram redes Balaio, Minibox, Pague Pouco, Aldi, entre outros nomes, nas periferias do País.

Foram anos de muitos desafios e batalhas. Colocar à mesa para discutir e encontrar caminhos viáveis com indústria, produção agrícola, distribuição, redes de supermercados e, acima de tudo, para a população – que verdadeiramente “pagava a conta” das oscilações de preço – era uma matemática difícil. Presidi a Abras por 10 anos (1977 – 1987), e nossos embates terminaram por ele me indicando para o Conselho Monetário Nacional (CMN), em 1984.

A preocupação do ministro Delfim com o abastecimento era tão grande que ele chegava a discutir até o preço do feijão. Nós, supermercadistas, ficávamos no meio entre a produção e o consumidor. Mas sobrevivemos e convivemos respeitosamente.

Tanto que Delfim, mesmo em meio a tantas agendas, em consideração ao meu pedido, veio participar da Convenção da Abras no Recife, assim como, em outro momento, de um evento em homenagem aos contribuintes de Pernambuco, realizada pelo Jornal do Commercio, junto com o também falecido e então secretário da Fazenda Eduardo Campos.

Penso que isso foi possível porque navegávamos no campo das discussões em prol da sociedade. Ao contrário do que foi cristalizado ao longo de décadas, Delfim Netto era sensível aos problemas da população.