Boa notícia para São José do Egito e toda a região do Cimpajeú! O município foi classificado para a próxima fase do projeto Recicla+Pernambuco, iniciativa do Governo do Estado em parceria com o Instituto Recicleiros, que visa fortalecer a gestão de resíduos sólidos em todo o território pernambucano.
A conquista veio graças ao empenho da secretaria de meio ambiente, através da secretária Rosângela Viana, da equipe local do CIMPAJEÚ, liderada pela gerente geral Hilana Santana e pelo coordenador de Meio Ambiente, Agricultura e Recursos Hídricos, João Pedro Mendes, com apoio direto da diretoria formada por Luciano Torres, Diógenes Patriota e Gilberto Ribeiro.
O projeto tem como objetivo principal ampliar a coleta seletiva e promover a reciclagem nos municípios, garantindo mais dignidade e geração de renda para os catadores. A iniciativa inclui ações importantes como a qualificação de gestores públicos, estruturação de cooperativas, modernização de unidades de reciclagem e a implantação de estratégias práticas para todos os 184 municípios de Pernambuco e também para Fernando de Noronha. Para o prefeito Fredson Brito a classificação é mais um passo importante rumo a uma política pública ambiental mais moderna, sustentável e comprometida com o bem-estar da população e a valorização do trabalho dos catadores.
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, se reúnem com o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, neste momento, para discutir o tarifaço imposto ao Brasil pelos Estados Unidos. As informações são do portal O Globo.
O encontro acontece na residência oficial do Senado e começou por volta das 8h. Líderes de bancadas do Senado também participam do encontro. Em nota assinada conjuntamente, e divulgada na semana passada, os presidentes Motta e Alcolumbre defenderam que a resposta do Brasil tem que se dar “com diálogo nos campos diplomático e comercial”.
“O Congresso acompanhará de perto os desdobramentos. Com muita responsabilidade, este Parlamento aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica. Um mecanismo que dá condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger nossa soberania”, escreve a nota.
Ontem, foi publicado o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica. O vice-presidente Alckmin lidera a reação do governo à tarifa de 50% a produtos brasileiros anunciada pelo presidente Donald Trump. Alckmin conduziu reuniões nesta terça com empresários do setor produtivo e do agronegócio.
A união dos gestores que atenderam à convocação da Confederação Nacional de Municípios (CNM), na mobilização municipalista, em Brasília, fez novamente a diferença na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, ontem, no Plenário da Câmara dos Deputados, após o avanço da matéria na Comissão Especial. Com forte atuação do presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, e de outros líderes municipalistas, os deputados aprovaram, em primeiro e segundo turno, a PEC com emendas sugeridas pela entidade. O texto agora volta ao Senado.
Autora do texto da PEC, a entidade celebra a conquista, mas lamenta que a Emenda 5, que trata, de forma simplificada, da extensão dos critérios da Reforma da Previdência, não tenha sido incluída no relatório da Comissão Especial e rejeitada pelo Plenário.
A emenda foi apresentada pelo deputado Gilson Daniel (PODE-ES), que atuou na Mobilização Municipalista pela inclusão do pleito. Para viabilizar uma votação mais rápida, os deputados da Comissão acordaram votar os destaques ao texto apenas no Plenário da Casa Se fosse aprovada, a Emenda 5, que pretendia estender a Reforma da Previdência da União aos Municípios, a economia seria de R$ 9,8 bilhões por ano, podendo chegar a R$ 300 bilhões a longo prazo.
O parlamentar capixaba exaltou a atuação da CNM para que ocorra sustentabilidade fiscal nos Municípios e criticou o não avanço da Emenda 5. “Os Municípios estão endividados porque a política pública está no Município. Essa PEC foi originada de dentro da CNM, houve um debate com a equipe técnica da entidade. É importante destacar que a CNM fez um grande trabalho, colhendo assinaturas para as emendas da PEC. A CNM esteve com cada parlamentar colhendo assinaturas”, destacou o parlamentar.
Foram aprovadas, porém, as demais emendas da entidade, que tratam do parcelamento especial das dívidas dos Municípios com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e com o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), do novo modelo de pagamento de precatórios, do programa de regularidade previdenciária e da desvinculação de receitas. Essas sugestões da CNM foram apresentadas e protocoladas pelos deputados federais Hildo Rocha (MDB-MA) e Valdir Cobalchini (MDB-SC). Na discussão da matéria, vários parlamentares favoráveis à proposta manifestaram a importância da atuação do presidente da CNM para aprovar a matéria.
“Essa é uma das propostas mais importantes da história do movimento municipalista, pois é uma medida estruturante. Então, vivenciamos hoje um avanço significativo e histórico, resultado do compromisso de todos os prefeitos e prefeitas que estão em Brasília e atenderam ao nosso pedido. Agora, falta aprovar no Senado para que as prefeituras tenham mais recursos no atendimento à população com essa PEC construída por nós”, enfatiza Ziulkoski.
A propósito do podcast ‘Direto de Brasília’, meu programa em parceria com a Folha de Pernambuco, veiculado ontem, com João Vicente Goulart, filho do ex-presidente Jango, o diretor operacional da Folha, Américo Lopes, enviou o comentário abaixo. Confira!
Por Américo Lopes, o Zé da Coruja*
Caro Magno,
Esse é um período da história do Brasil sobre o qual eu tenho enorme fascínio: pré e pós 1964.
Eu, um garoto, ouvia minha querida Mãe Euza se pronunciar conservadoramente (não é crítica) sobre todos os personagens daquele período.
Minha mãe não errou em nenhuma de suas observações, inclusive sobre o futuro de alguns personagens que se disseram herdeiros do ideário e se locupletaram e chafurdaram na mais negra corrupção.
Ainda hoje estão aí, achando que um ideário político os absolve dos pecados de qualquer ordem.
Tenho saudade de ouvi-la me chamar de comunista, com grande graça e ironia, o que ela reclamou várias vezes a você. Mãe Euza gostava muito de você, dizia que você era um homem de coragem.
Essas memórias sobre esse conturbado período são muito caras para mim.
O único comunista que minha mãe defendia, por ser primo legítimo de meu pai, foi Diógenes de Arruda Câmara, que comunista da família ela perdoava e defendia com unhas e dentes.
Sobre Diógenes, ela contava maravilhas, inclusive que ele “foi seduzido” pela linda e rica moça Tereza Costa Rêgo.
A propósito de Tereza, ela me relatou que a única vez que viu Diógenes chorar foi numa tarde chuvosa na China, não lembro qual a cidade.
Ele então disse a ela que devia estar chovendo na Coruja, nossa para sempre Macondo.
Eu também choro quando pressinto que chove na Coruja.
Brasília está fria, mas já muito seca. Uma secura que se prolonga até outubro, chegando a umidades baixíssimas, igual a deserto: 10%, o que obriga até a suspensão das aulas nas redes públicas e privadas. Mas, enquanto o inferno não chega, dá para correr meus 8 km diários como fiz, há pouco, na Asa Norte.
A desaprovação de Lula (PT) oscilou 4 pontos para baixo, no limite da margem de erro, e está em 53% entre os eleitores brasileiros, aponta pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (16). A aprovação da gestão do presidente oscilou para cima e é de 43%. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos.
No levantamento anterior da Quaest, a desaprovação chegou ao recorde de 57%, enquanto a aprovação foi de 40%, a menor do mandato – diferença de 17 pontos. Conforme a pesquisa desta quarta, o intervalo agora é de 10 pontos, o menor desde janeiro, quando havia empate técnico entre aprovação e reprovação.
Lula, entretanto, segue mais desaprovado que aprovado.
Veja os números:
· Aprova: 43% (eram 40% na pesquisa de junho);
· Desaprova: 53% (eram 57%);
· Não sabe/não respondeu: % (eram 3%).
A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 10 e 14 de julho. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil.
João Vicente Goulart: “É obrigação do Estado brasileiro saber o que realmente aconteceu com Jango”
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
As dúvidas a respeito da morte do ex-presidente da República João Goulart (Jango), em dezembro de 1976, incomodam a família do político até os dias atuais. Filho de Jango, o filósofo João Vicente Goulart afirmou que é uma obrigação do Estado Brasileiro saber o que realmente aconteceu com um de seus ex-presidentes, justamente aquele deposto pelo golpe militar, em 1964.
João Vicente Goulart foi o entrevistado de ontem (15) do podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog. “Jango foi o único presidente constitucional desse país, morreu no exílio e a história nacional ainda não consegue debelar essa dúvida. É uma coisa preocupante para nossos historiadores, nossas pesquisas políticas e historiografia em si, não ter resolvido essa dúvida que aflige a toda a soberania do país, à história nacional”, declarou o filho de Jango.
O ex-presidente morreu 12 anos após sofrer o golpe militar. Ele estava na cidade de Corrientes, na Argentina. Como causa oficial foi registrado um infarto agudo do miocárdio, mas as suspeitas de envenenamento e assassinato nunca deixaram de rondar o caso. Em 2014, o laudo da exumação foi inconclusivo sobre o suposto envenenamento.
Presidente da Fundação João Goulart, João Vicente destacou: “o que se supõe, e não é só suposição, é que ele realmente foi vítima de troca de remédios por parte da Operação Condor”. O filósofo lembrou que no Chile, por exemplo, houve mais de 45 casos de envenenamento de guerrilheiros contrários à ditadura de Pinochet.
“No caso de Jango, temos declarações de agentes uruguaios que participaram da troca de medicação. A única coisa que não temos e nem teremos jamais é uma declaração em cartório do presidente Geisel mandando matá‑lo”, enfatizou João Goulart Filho, relembrando os dias que precederam a morte do pai.
Segundo relatou João Vicente, Jango tinha a intenção de voltar ao Brasil. Era perseguido pelo Uruguai e precisou ficar em situação instável, vivendo entre Argentina e Uruguai, sem residência legal. “Ele não dormia duas noites no mesmo lugar, por isso morreu na Argentina. Ficava nessa instabilidade, não tinha passaporte. Por isso, dissemos que mataram ele de qualquer jeito, ou com veneno ou com perseguição”, lamentou.
Operação Condor – O filho de Jango afirmou que o Brasil foi um dos países que mais operacionalizou a Operação Condor, protegendo as identidades dos militares e agentes que dela participaram. O filósofo lembrou que a ex-presidente Dilma Rousseff, quando chefe da Casa Civil, liberou mais de 700 documentos dos serviços secretos sobre a repressão no Brasil, mas não foram divulgados os nomes dos agentes envolvidos, aqueles que sequestraram, mataram e eliminaram vários brasileiros, muitos ainda desaparecidos. “Fomos vítimas da ditadura, mas a maior vítima é o Estado brasileiro, a cidadania, a soberania, a defesa do cidadão brasileiro que passou por todas essas barbaridades e até hoje não tem essa resposta”, disse João Vicente.
Novas gerações – Para João Vicente Goulart, o Brasil precisa analisar se cuidou da democracia conquistada e preparar as novas gerações. “Esse antagonismo de ódio existente no país é muito grave. Vemos os jovens pedindo a volta da ditadura porque eles não conhecem o que foi a ditadura. Eles falam ‘queremos liberdade’ e pregam a volta da ditadura. O Brasil tem um esquecimento muito grande da sua história. Outros países preservam a história nacional. Eu garanto que os cubanos sabem mais do processo de ditaduras na América do Sul do que os brasileiros. Temos que fazer mais uma reflexão política e transmitir a essa nova geração o que aconteceu nesse país”, defendeu.
Ressarcimento do INSS – O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contabiliza 339 mil aposentados e pensionistas que aderiram ao acordo de ressarcimento. A partir de 24 de julho, terá início o pagamento integral, corrigido pelo IPCA e com depósitos diários para 100 mil pessoas, diretamente na conta do beneficiário. Segundo o INSS, quem já assinou o acordo até agora receberá nos três primeiros dias úteis da operação. “O governo conseguiu fechar um acordo histórico para que os aposentados afetados pelos descontos indevidos recebam o dinheiro de volta de forma simples, rápida e segura. Quanto antes aderirem, antes recebem. O governo não vai deixar nenhum aposentado para trás”, afirmou o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT).
Portos e Aeroportos à disposição – A reunião liderada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), ontem (15), com o setor produtivo, para discutir as tarifas de 50% do Governo dos Estados Unidos (EUA) sobre produtos brasileiros, teve a participação do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (RP). Silvinho quer ajudar na busca de soluções. “Quero me colocar à disposição de todos os setores, especialmente daqueles que atuam nos portos brasileiros, para que possamos colaborar neste momento mais delicado”, afirmou.
Reunião proveitosa – O vice-presidente disse que o Governo Lula (PT) trabalhará para reverter as tarifas dos EUA até o início da vigência, em agosto. Geraldo Alckmin afirmou que, se necessário, tentará prorrogar o prazo imposto pelo governo norte-americano. As informações são do portal Poder360. “Nós queremos resolver o problema e o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar neste sentido”, declarou Alckmin, depois de reunião com empresários da indústria, a qual considerou “proveitosa”.
CURTAS
POR FALAR EM GERALDO ALCKMIN – Pelo trabalho que vem desenvolvendo na vice-presidência e no Ministério da Indústria, além do perfil discreto, trabalhador e conciliador, Geraldo Alckmin vem ganhando cacife para compor novamente a chapa do presidente Lula, em 2026. Durante esta crise instalada pelas tarifas de Donald Trump, alguns analistas políticos observaram que o Governo Lula não poderia ter escolhido melhor nome para conversar com o empresariado. Há a dúvida se Lula vai optar por um nome de outro partido, como o MDB, para a vice, ano que vem, mas Alckmin ganhou protagonismo.
BRAÇO DIREITO – Geraldo Alckmin vem cumprindo várias missões importantes para o presidente Lula em momentos delicados, demonstrando que a relação dos dois está excelente. O socialista está longe de ser um vice “decorativo”. O diálogo com o empresariado é um dos trabalhos mais importantes de reação do governo à ação trumpista. Como consequência, haverá a aproximação do presidente Lula com os setores do agronegócio, resistentes ao petista. Por ter sido governador de São Paulo, Alckmin tem trânsito com os empresários.
TCE DE OLHO EM GARANHUNS – O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) instaurou auditoria especial, na última segunda-feira (14), para apurar se o prefeito de Garanhuns, no Agreste, Sivaldo Albino (PSB), tem usado a 33ª edição do Festival de Inverno da cidade, o famoso FIG, para promoção pessoal e política. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também acompanha o caso. Durante o evento, com início no último dia 10, Albino tem subido ao palco para anunciar atrações e responder críticas contra a organização.
Perguntar não ofende: O PSB, de João Campos, vai conseguir segurar Geraldo Alckmin na vice de Lula, ante as articulações de outros partidos?
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou a empresários, durante reunião nesta terça-feira (15), em Brasília, que não pretende aplicar a Lei de Reciprocidade em resposta ao tarifaço dos Estados Unidos, mesmo que as negociações bilaterais não avancem até o início de agosto — quando entra em vigor a nova alíquota de 50% sobre produtos brasileiros.
Segundo José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), a sinalização foi clara: “Em momento algum os ministros falaram sobre o uso da Lei de Reciprocidade. Nem mesmo aventaram essa possibilidade — o que consideramos positivo. Defendemos que, mesmo sem acordo até agosto, o Brasil não reaja com a lei, para evitar uma escalada imprevisível,” afirmou Velloso à CNN.
Durante a reunião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou entendimento de que o Brasil não deve intensificar o conflito com os Estados Unidos. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou que o governo prioriza a negociação e a via diplomática. As informações são da CNN Brasil.
“Se o Brasil retaliar e aplicar alíquotas altas, o comércio entre os dois países será inviabilizado. Isso pode levar à paralisação do comércio bilateral e até ao desinvestimento. Os ministros demonstraram estar conscientes disso”, completou Velloso.
Além de Haddad e Rui Costa, participaram da reunião os ministros Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Simone Tebet (Planejamento) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
Os empresários também destacaram que não há alternativas comerciais viáveis para os produtos atualmente exportados aos EUA.
“Na indústria de manufaturados, não existe desvio de comércio possível. Perdendo o cliente norte-americano, ele dificilmente volta. Transmitimos ao governo a gravidade da situação, que é maior do que se imaginava”, afirmou o presidente da ABIMAQ.
A audiência de conciliação realizada no STF (Supremo Tribunal Federal) entre os Três Poderes sobre o impasse do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) terminou nesta terça-feira (15) sem acordo. Os pleitos foram os seguintes:
Governo – quer insistir na judicialização e espera decisão do Supremo para manter a alta no tributo;
Senado – pediu mais tempo para negociar enquanto a alta do imposto estiver suspensa.
A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de uma audiência de conciliação no Supremo para debater o impasse. Ele foi representado pelo ministro da AGU (Advocacia Geral da União), Jorge Messias. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal foram representados por seus respectivos advogados. Também estiveram presentes representantes do PL (Partido Liberal) e do Psol (Partido Socialismo e Liberdade).
O impasse envolve vários decretos. São 3 do governo Lula que aumentavam as taxas do IOF para fortalecer a arrecadação. O Congresso aprovou outro texto que derrubava as regras. O Executivo decidiu judicializar o tema. Relator do caso, o ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu todos os decretos anteriores e pediu a audiência de conciliação.
A ata da reunião desta 3ª feira (15.jul) diz que a advocacia do Senado pediu mais tempo para negociação. Já o governo Lula deixou a determinação nas mãos do STF. Eis a íntegra (PDF – 58 kB). O texto afirma que Moraes “indagou se seriam possíveis concessões recíprocas que pudessem resultar na conciliação”. Logo depois, o documento diz que o governo optou por manter a judicialização.
“Os presentes disseram que, apesar da importância do diálogo e da iniciativa desta audiência, preferiam aguardar a decisão judicial”, lê-se na ata. Jorge Messias publicou um comunicado depois da reunião. Defendeu que o movimento veio alinhado às determinações do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad.
“A medida é de fundamental importância para que o princípio da separação de poderes seja restabelecido”, disse o ministro na nota. Audiências de conciliação são realizadas para que os envolvidos em um processo tentem chegar a um acordo antes de uma decisão judicial.
O IMPASSE DO IOF
O governo Lula queria emplacar a alta no imposto financeiro para fortalecer a arrecadação e evitar congelamentos no Orçamento. O Congresso e o empresariado reagiram em massa contra a determinação.
A Câmara e o Senado decidiram derrubar o texto que aumentou o IOF em 25 de junho. Na Casa Baixa, foram 383 votos a favor da revogação e 98 contra. O decreto legislativo com as novas normas é o número 176 de 2025. Já no Senado, a votação foi simbólica –sem contagem nominal. O caso está no Supremo. O ministro da Corte Alexandre de Moraes suspendeu tanto os decretos do Executivo que elevaram o IOF quanto o texto aprovado pelo Congresso que derrubava a medida.
Moraes também convocou a audiência de conciliação sobre a questão. O encontro é realizado para que as partes de um processo entrem em acordo sobre o tema. Os deputados e senadores derrubaram os decretos de Lula por considerarem os textos abusivos. Além disso, mencionaram que o IOF tem função regulatória e não poderia ser utilizado para arrecadar. A equipe econômica argumenta que é sua função definir as taxas. Segundo o time de Haddad, o ponto principal do decreto não era elevar a receita pública.
Na manhã desta terça-feira (15), a Câmara Municipal de Camaragibe concedeu ao desembargador Ricardo Paes Barreto, presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o Título de Cidadão Camaragibense. A propositura da vereadora Dra. Daiana reconhece a “trajetória exemplar do magistrado e os serviços prestados à Justiça e à sociedade pernambucana”.
A solenidade, realizada no plenário da Casa Vicente Lacerda de Meneses, contou com a presença do prefeito Diego Cabral, da vice-prefeita Comandante Débora, do presidente da Câmara Paulo André, além de desembargadores, vereadores, secretários e lideranças políticas. Durante o evento, foram destacados os esforços de Barreto na modernização do Judiciário e no fortalecimento do acesso à Justiça em todo o Estado.
Ao receber a comenda, Ricardo Paes Barreto manifestou gratidão: “Sinto-me honrado em receber essa linda comenda, com muita emoção, e reafirmo meu compromisso ainda maior com Camaragibe.” A vereadora Dra. Daiana afirmou que “Camargibe se orgulha de acolher oficialmente um homem público tão respeitado” e que a homenagem reforça a valorização de lideranças dedicadas ao bem coletivo.
Os ex-governadores Miguel Arraes (de Pernambuco) e Leonel Brizola (do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro) figuram entre as principais lideranças políticas nacionais no combate à ditadura militar. No entanto, para o anedotário popular, ficaram mais as diferenças e rusgas entre ambos.
“Não sei particularmente se eles tinham tantas divergências políticas, mas acho que tinham caminhos diferentes a seguir. Arraes construiu o PSB, Brizola construiu o PDT, do qual também sou fundador, quando perdemos o PTB. Se o PTB estivesse na mão de Brizola, seria um partido de muita referência histórica, pois, através dele, com Getúlio Vargas e João Goulart, vieram os grandes avanços trabalhistas, como 13º salário, férias e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)”, contou o filósofo João Vicente Goulart, filho do ex‑presidente João Goulart, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
Mesmo assim, ele relata que Arraes protegeu Brizola e alertou para investidas militares contra seu pai. “Arraes estava na Argélia, soube que o serviço argelino detectou que Brizola estava na lista da Operação Condor e pediu a Neiva Moreira para comunicar que ele e o pai (João Goulart) tivessem cuidado. Brizola estava no exílio e foi expulso do Uruguai, por pressão do 3º Exército, mas ele, com muita sagacidade, entrou na embaixada americana. Jimmy Carter era o presidente dos Estados Unidos, com pauta em defesa dos direitos humanos. Mas foi Arraes quem havia passado essa informação”, completou.
A Casa Orange assinou nesta terça-feira (15) contrato com a rede Marriott e a Fábrica de Hotéis para implantar o primeiro hotel da bandeira City Express by Marriott no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. Integrado ao Latitude Suape — projeto que reúne hotel, torre empresarial e mall — o empreendimento tem prazo de 15 meses para entrar em operação, promete reforçar a centralidade da região e atender à demanda de profissionais que vivem e trabalham no complexo.
Concebido como um hub de negócios e serviços, o Latitude Suape destaca‑se pela localização estratégica e pelas práticas de sustentabilidade adotadas pela Casa Orange. “Nosso objetivo é atender às demandas cotidianas de quem vive e trabalha no complexo industrial, trazendo mais praticidade e eficiência para o dia a dia dessas pessoas”, afirmou Múcio Souto, diretor‑presidente da empresa, citando a experiência anterior da construtora na nova sede administrativa de Suape, certificada LEED Gold.
Para Federico Greppi, CEO da Marriott para Caribe e América Latina, o projeto abre caminho para um plano de expansão de cerca de 30 empreendimentos na região e um investimento estimado de R$ 1 bilhão no Brasil. “Um hotel não é uma ação especulativa. É um investimento de longo prazo — vinte, trinta, cinquenta anos”, disse. O diretor‑presidente de Suape, Armando Monteiro Bisneto, acrescentou que a iniciativa “fortalece o polo de serviços e a integração entre os diversos segmentos da comunidade industrial e portuária”.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta terça-feira, por 43 votos favoráveis e 23 contrários, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, enviada pelo governo federal, com alterações feitas no texto após reclamações de governadores. O texto ainda precisa ser votado pelo plenário da Câmara e analisado pelo Senado.
O relator da PEC é o deputado Mendonça Filho (União-PE), de oposição ao governo. Ele alterou a proposta, mas o texto ainda continuou alvo de insatisfação de deputados bolsonaristas, que votaram contra e criticaram o que consideram uma concentração excessiva de poder na União.
Após a PEC ser aprovada, Mendonça ressaltou que é de oposição, mas que isso não impede de dialogar com o governo para chegar a um acordo sobre a proposta.
– O tema segurança pública é um tema que afeta o dia a dia da população brasileira e sendo assim não seria responsável o Congresso simplesmente abdicar de debater uma PEC que foi enviada pelo Poder Executivo. Todos conhecem minha posição política, me coloco e sempre me coloquei de forma antagônica aos governos do PT, mas eu tenho espírito público. Também não estou dizendo aqui que quem não tem essa posição, não tem.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comemorou a aprovação da proposta, mesmo com mudanças. O ministro também ligou para o presidente da CCJ da Câmara, Paulo Azi (União-BA) e para o relator para agradecer.
– Agradeço à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados pelo elevado espírito público demonstrado na aprovação da PEC da Segurança com pequenos ajustes, que não alteraram a essência da proposta do governo, cujo objetivo é integrar a ação das polícias brasileiras no combate à criminalidade. É um primeiro passo para uma verdadeira reforma da segurança pública no país.
Por sua vez, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), criticou o texto:
– (os pontos da PEC) Só servem para acumular poder nas mãos da União. Ou seja, estamos caminhando numa via larga, em alta velocidade para “Brazuela”, essa mistura de Brasil com Venezuela que a gente vive hoje, um Brasil ditatorial, um Brasil de concentração de poder na União.
Houve uma tentativa de votar a PEC na semana passada, mas a votação foi adiada. Durante a sessão da semana passada, deputados da oposição também se mobilizaram para atrasar a tramitação, alegando que a proposta abre margem para interferência federal na segurança pública dos estados.
Antes da leitura do parecer, deputados tentaram obstruir os trabalhos por meio de discursos prolongados e apresentação de requerimentos. Todos rejeitados pela maioria da comissão. Na ocasião leu seu parecer favorável à proposta
Após pressão de governadores, Mendonça excluiu do texto o trecho que atribuía à União a competência “privativa” para legislar sobre normas gerais de segurança pública, defesa social e sistema penitenciário. Segundo ele, a mudança preserva à autonomia dos estados.
Embora o Congresso defina a legislação penal, estados também regulamentam a atuação de agentes e procedimentos de polícias e penitenciárias.
“Nunca será justificável sacrificar a autonomia dos Estados e do Distrito Federal em segurança pública, visto que são esses os entes que, historicamente, acumularam expertise na matéria e, cotidianamente, batalham na linha de frente contra o crime organizado e a violência”, afirma o relatório.
Para o relator, a retirada do trecho não atrapalha a elaboração de um sistema único para registros de identidades, boletins de ocorrência e antecedentes criminais. O texto prevê a inclusão do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) na Constituição.
Outra alteração feita pelo relator diz respeito às atribuições da Polícia Federal (PF). A proposta original previa que apenas a PF e as polícias civis teriam competência para exercer funções de polícia judiciária, como a investigação de crimes — o que excluiria, por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O relator retirou o termo “exclusivamente”, permitindo que outras corporações também possam realizar esse tipo de atividade. Mendonça afirmou que a modificação não tira o poder da União de estabelecer regras, mas para isso terá que estar de acordo com as legislações estaduais.
No CNN Arena, nesta terça-feira (15), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o Brics se tornou uma “reuniãozinha de pequenos ditadores”.
“O Brasil se afastou dos valores americanos, está ao lado de ditaduras e de terroristas. O Brics agora virou uma reuniãozinha de pequenos ditadores. Tem criminosos de guerra do mundo todo”, disse em entrevista à CNN.
Além do Brasil, faz parte do Brics: Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Bolsonaro ainda criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por enviar o vice Geraldo Alckmin à posse de uma autoridade iraniana “acompanhada de cinco terroristas”.
Na manhã desta terça-feira (15), a Câmara Municipal de Camaragibe concedeu ao desembargador Ricardo Paes Barreto, presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o Título de Cidadão Camaragibense. A propositura da vereadora Dra. Daiana reconhece a “trajetória exemplar do magistrado e os serviços prestados à Justiça e à sociedade pernambucana”.
A solenidade, realizada no plenário da Casa Vicente Lacerda de Meneses, contou com a presença do prefeito Diego Cabral, da vice-prefeita Comandante Débora, do presidente da Câmara Paulo André, além de desembargadores, vereadores, secretários e lideranças políticas. Durante o evento, foram destacados os esforços de Barreto na modernização do Judiciário e no fortalecimento do acesso à Justiça em todo o Estado.
Ao receber a comenda, Ricardo Paes Barreto manifestou gratidão: “Sinto-me honrado em receber essa linda comenda, com muita emoção, e reafirmo meu compromisso ainda maior com Camaragibe.” A vereadora Dra. Daiana afirmou que “Camargibe se orgulha de acolher oficialmente um homem público tão respeitado” e que a homenagem reforça a valorização de lideranças dedicadas ao bem coletivo.
As manifestações de grupos de direita que pediam a volta do regime militar foram classificadas como absurdas pelo filósofo e presidente da Fundação João Goulart, João Vicente Goulart. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins, o herdeiro do ex‑presidente do Brasil entre 1961 e 1964 fez uma reflexão sobre a falta de memória no país e a necessidade de esclarecer para a juventude o que foram os anos de chumbo.
“Temos que ver profundamente se cuidamos ou não dessa democracia. Hoje estamos vendo esse antagonismo de ódio, que é muito grave. Jovens pedindo a volta da ditadura é porque eles não conhecem o que foi a ditadura. Querem liberdade de expressão e pregam a volta da ditadura. Temos que fazer uma profunda recuperação desse momento histórico. O Brasil tem um esquecimento muito grande da sua história. Temos que fazer uma reflexão política e transmitir a essa nova geração o que aconteceu no Brasil, que foi muito grave. Mesmo porque aqueles que não conhecem o que aconteceu tendem a repetir”, afirmou João Vicente Goulart.
O filho do ex‑presidente também criticou a defesa de setores da direita das medidas de taxação anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “A direita brasileira quer anistia, dizendo que o Brasil tem que se ajoelhar para Trump se não der anistia a Bolsonaro. Isso é absurdo. Cuidar da soberania brasileira não é uma questão política interna, como vemos alguns congressistas defendendo os Estados Unidos. Muitos parlamentares e políticos deixaram a soberania de lado. Interesses particulares e políticos são muito maiores que a defesa do Brasil”, disparou.
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CPD) da Câmara aprovou nesta terça-feira (15) o Projeto de Lei nº 1762/2025, de autoria do deputado Lula da Fonte (PP‑PE), que garante prioridade na restituição do Imposto de Renda para mães, pais ou responsáveis legais de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH e outras condições neuroatípicas. A proposta visa agilizar o reembolso para famílias que enfrentam despesas contínuas com tratamentos, terapias e educação especializada.
“Estamos falando de famílias que precisam de apoio real. A restituição do IR pode parecer simples para alguns, mas para quem tem gastos permanentes com medicamentos, terapias e educação adaptada, esse valor faz muita diferença”, afirmou Lula da Fonte durante a sessão.
A relatora, deputada Dayany Bittencourt (União‑CE), ampliou o alcance do texto para incluir responsáveis por pessoas com deficiência sem limite de idade e indivíduos com transtornos de aprendizagem, como dislexia. “O projeto preenche uma lacuna legal, já que, atualmente, apenas o contribuinte com deficiência tem direito à restituição prioritária, e não seus responsáveis, que arcam com a maior parte das despesas”, destacou Bittencourt. Com a aprovação na CPD, o PL segue agora para as comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo.