O que um fuzil de guerra (ponto 50) faria no Recife?

Por Coronel RR PMPE Julierme Veras de Moura*

Na última segunda-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou a apreensão de uma grande quantidade de cocaína e um fuzil calibre .50, na cidade de Araguapaz, Goiás e embarcado em Rondonópolis (MT), o que reforça a complexidade logística das organizações criminosas. Esse perigoso armamento, estava sendo transportado em um falso caminhão de mudança, e tinha como destino a cidade do Recife. A operação expôs novamente o que venho tratando nesses artigos semanais sobre segurança pública: “o caráter nacional e transnacional do crime organizado no Brasil”.

Para quem não está familiarizado com esse tipo de armamento, o fuzil calibre ponto 50 é uma AMR (anti mateirial rifle), traduzindo para a nossa língua, seria uma arma antimaterial, com capacidade para destruir veículos, aeronaves e edificações, sendo extremamente raro em conflitos urbanos, por não ser concebido para combates corpo a corpo ou alvos humanos. A apreensão desse equipamento, além da cocaína, levanta questões preocupantes sobre o destino e o propósito de tal armamento em Pernambuco, embora a apreensão tenha ocorrido em Goiás. 

Historicamente, esse tipo de armamento não é comum entre criminosos locais. Sua chegada ao estado pode indicar um agravamento do cenário de segurança pública, com facções criminosas assumindo características de controle territorial, como se observa em estados como Rio de Janeiro e São Paulo. A última vez que um fuzil desse calibre foi utilizado em Pernambuco foi em 2017, quando o estado presenciou um dos episódios mais emblemáticos e assustadores do avanço do crime organizado no estado: o assalto à transportadora de valores BRINKS, localizado na zona Oeste do Recife. Esse episódio destacou a sofisticação e o poder de fogo das organizações criminosas envolvidas. Na ação, os criminosos utilizaram explosivos, veículos adaptados para suportar o confronto com forças de segurança, armamentos de guerra como os fuzis calibre .50 e 5.56, além de coletes à prova de balas e uniformes que imitavam os da Polícia Federal.

Diante da recente apreensão, surgem questionamentos inevitáveis: qual seria a utilização planejada para esse equipamento aqui em Recife? Seria para ações como roubos a bancos e transportadoras, uma prática que infelizmente tem se tornado recorrente e é conhecida como “Novo Cangaço”? Ou poderia ser usado em algo ainda mais extremo, como a tomada de controle de uma cidade – um fenômeno criminoso praticamente exclusivo do Brasil, onde quadrilhas invadem municípios inteiros, isolam suas populações e promovem saques coordenados? E ainda, uma indagação mais preocupante: “Existiriam aqui mais fuzis desses nas mãos das facções em Pernambuco?” 

Embora não possamos determinar com certeza a destinação desse armamento, um fato é inegável: a posse de uma arma desse porte representa uma mudança completa no status quo de uma organização criminosa. Pois se como dito, possui um enorme poder de destruição, e é uma arma projetada para atingir alvos blindados, edificações, veículos e até aeronaves, criando uma vantagem estratégica para os criminosos que a possuem.

A apreensão reflete um padrão brasileiro: a proliferação de armas ilegais provenientes de esquemas internacionais. Levantamento realizado em abril desse ano (2024), pela Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar do Rio de Janeiro, aponta que 90% dos fuzis apreendidos no ano de 2023, naquele estado, foram fabricados em outros países. Sendo a maioria produzida nos EUA, outra grande parte são fruto do trabalho de armeiros das organizações criminosas, que montam os fuzis a partir de peças separadas, e a outra menor parte são fuzis oriundos de Israel. O que nos leva a concluir, que as armas utilizadas pelas organizações criminosas, para realização das mais diversas modalidades de crimes, que vão desde ao tráfico de drogas, defesa do território, assaltos a bancos, entre outras, são fruto do tráfico internacional de armas, peças e munições. 

Essas armas chegam por aqui, utilizando rotas do tráfico internacional, passando por fronteiras frágeis e sistemas logísticos sofisticados. E, logicamente, só entram em registro oficial quando apreendidas pelas agências policiais. Essa realidade demonstra a necessidade de fortalecer o controle sobre fronteiras e combater a entrada de armamento pesado no país.

A apreensão dessa arma de guerra, destinada ao Recife, não deve ser vista apenas como um evento isolado, mas como um alerta para a necessidade de ações coordenadas e estratégicas para combater o crime organizado, pois demonstra uma fragilidade do sistema de segurança pública, que possibilita o avanço das organizações criminosas internacionalmente, uma manifestação de um problema estrutural que envolve a fragilidade no controle de fronteiras, o tráfico internacional de armas e a crescente sofisticação das facções criminosas no país, que demandam algumas ações como:

  • Reforço no Controle de Fronteiras, ampliando o uso de tecnologia para monitorar pontos de entrada do país, como scanners, drones e sistemas de inteligência artificial e o fortalecimento da integração entre as forças armadas, a polícia federal, as polícias estaduais e outros órgãos de segurança no patrulhamento das fronteiras; 
  • Combate ao Tráfico Internacional de Armas, estabelecendo parcerias com países fornecedores desses modelos de armas mais utilizados pelas facções, como os EUA e Israel, para rastrear e bloquear a venda de armas às organizações criminosas e intensificando a repressão a armeiros clandestinos e ao mercado paralelo (inclusive pela internet) de peças e munições; 
  • Fortalecimento da Inteligência Policial, integrando bases de dados estaduais e federais e promovendo treinamentos contínuos para policiais em análise de inteligência e combate ao crime organizado; e 
  • Modernização do Sistema de Justiça Criminal, agilizando os processos judiciais relacionados ao tráfico de armas e drogas, além dos processos relacionados a associação as facções e milícias , garantindo penas efetivas para os envolvidos em atividades de grande impacto como meio mais rápido para desarticular as lideranças do crime organizado, além de maior agilidade no bloqueio imediato de recursos provenientes das atividades criminosas, reduzindo assim, a sensação de impunidade que alimenta essas organizações.

O fuzil calibre .50, com seu poder destrutivo, não é apenas uma ferramenta de intimidação, mas também um símbolo da capacidade de articulação logística das facções. Sua entrada no estado sugere que as organizações criminosas estão expandindo sua influência em Pernambuco, adotando estratégias que mesclam violência extrema e ações de controle social, como assistência em comunidades carentes. Este último ponto é particularmente alarmante, pois demonstra que o crime organizado não apenas domina territórios, mas também disputa legitimidade com o Estado em locais onde o poder público é ausente ou insuficiente.

O caso também traz lições importantes sobre a necessidade de maior cooperação entre estados e a união de esforços em nível nacional. Pernambuco, como qualquer outro estado, não pode enfrentar sozinho a ameaça das facções com alcance nacional e internacional. A criação de sistemas integrados de dados, compartilhamento de informações entre as forças de segurança e parcerias com países vizinhos são fundamentais para um enfrentamento mais efetivo.

O caminho para enfrentar desafios tão complexos não é simples, mas teria que ser iniciado com políticas que, como já foi citado, dentre outras coisas, combinem maior monitoramento de nossas fronteiras secas, portos, aeroportos, controle fluvial e marítimo, repressão estratégica,  ações estratégicas de prevenção social para reverter o domínio territorial de determinadas localidades, além de forte investimento em tecnologia e inteligência, para com isso, o Brasil tentar barrar a expansão das ações das ORCRIM, reduzir significativamente sua influência e evitar que armamentos de guerra cheguem às mãos de facções, protegendo com isso, os estados, cidades e a população.

*Bacharel em Direito e Especialista em Gestão de Políticas de Segurança Pública/ RENAESP-SENASP

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), realizaram seu primeiro encontro após as eleições municipais. Dessa vez sem a presença de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que está em Brasília, o prefeito e o ex-presidente se reuniram na casa de Fabio Wajngarten, em São Paulo, onde discutiram macroeconomia e as perspectivas para o futuro, segundo o anfitrião. A reunião ocorreu poucos dias após Nunes se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília.

— O Fabio convidou várias pessoas do mercado financeiro e também me convidou. Não foi um almoço exclusivo entre eu e o Presidente Bolsonaro, foi com várias pessoas — disse Nunes ao GLOBO.

Também esteve no almoço o ex-ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida , e o diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo. Também esteve presente o dono da Riachuelo, Flávio Rocha. Wajngarten relata um encontro “muito bom” e diz que enquanto Bolsonaro focou em questões macro, Nunes defendeu a aliança de direita com o centro, tendo em vista sua reeleição.

— Foi só para foto — disse Wajngarten sobre o encontro do prefeito com Lula, na última sexta-feira, quando o presidente anunciou um empréstimo bilionário do BNDES à capital paulista. Já na reunião com Bolsonaro, Nunes discutiu com representantes do varejo “o desastre econômico da política federal”, segundo Wajngarten.

Não foi discutida, segundo Wajngarten, nenhuma questão relacionada a indicações para o secretariado do prefeito. Nunes tem dito que vai ser reunir para montar o primeiro escalão em dezembro.

Durante as eleições, Bolsonaro não deu apoio firme a Nunes, apesar de ter indicado o vice da chapa, nem escondeu a preferência por um nome de sua proximidade para disputar o cargo, como o ex-ministro de Meio Ambiente Ricardo Salles. Sem conseguir o aval para lançar um nome independente, Bolsonaro fez acenos a Nunes, mas nunca colocou os “dois pés na balsa” após ver uma resistência do prefeito em abraçar suas bandeiras.

Quando Pablo Marçal (PRTB) surgiu na disputa, Bolsonaro realizou encontros e fez elogios ao influenciador. Aliados diziam que ele preferia apoiar o empresário, mas foi dirimido da ideia por Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, quanto por Tarcísio, que decidiu apadrinhar o prefeito.

Do Jornal O Globo.

Jaboatão dos Guararapes - Matriculas 2025

Em uma união inédita entre a esquerda e a extrema direita, os deputados da França derrubaram nesta quarta-feira (4) o primeiro-ministro do país, Michel Barnier, que teve o governo mais curto da história recente da França.

Por maioria e como esperado, os deputados aprovaram uma moção de censura contra Barnier — mecanismo parlamentar através do qual legisladores podem retirar um chefe de governo do poder caso não estejam satisfeitos com sua gestão.

Michel Barnier, político pragmático e veterano, foi colocado no posto há apenas três meses pelo presidente Emmanuel Macron — na França, o primeiro-ministro governa junto ao presidente, que pode tanto convocar eleições para eleger um premiê quanto indicar um nome fora do pleito.

Os franceses foram às urnas em junho para as eleições parlamentares. O bloco da esquerda venceu, barrando a favorita Reunião Nacional, da extrema direita, mas não alcançando a maioria necessária para formar governo.

Macron decidiu, então, escolher um primeiro-ministro de centro-direita, em decisão que gerou uma onda de protestos e conversas inéditas entre a esquerda e a extrema direita para derrubar a escolha do presidente.

Nesta quarta, eles votaram em conjunto para aprovar a moção de censura. Ao todo, 331 dos 574 deputados se posicionaram a favor da medida. A votação precisava do apoio de pelo menos 288 deputados para ser aprovada.

Sozinhos, os grupos de oposição — extrema direita e o bloco de esquerda — somam quase 330 cadeiras.

Com a moção aprovada, Michel Barnier deixa automaticamente o poder. Agora, cabe agora a Macron decidir se negocia com os partidos majoritários no Parlamento ou indica outro nome — o que pode gerar uma nova onda de protestos e desgastar ainda mais seu governo.
Fontes do governo francês ouvidas pela agência de notícias Reuters afirmaram que o presidente francês deve arriscar o desgaste e indicar outro nome para ocupar o posto, e que novo premiê pode ser anunciado já no fim de semana.

Crise política
A insatisfação com a indicação de Macron de um nome que nem sequer participou das eleições foi crescendo entre os deputados ao longo e culminou na rejeição, esta semana, da proposta de Orçamento apresentada por Barnier.

Também contou para a crise um momento tenso na economia da França — a segunda maior da União Europeia. O prêmio de risco da dívida francesa está quase igual ao da Grécia, um dos piores do continente.

Além disso, a instabilidade na França e a crise de governo na Alemanha, que precisou antecipar as eleições legislativas para 23 de fevereiro, podem afetar a União Europeia a poucas semanas do retorno de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos.

Em maio, o presidente Emmanuel Macron surpreendeu o país e também antecipou as legislações, que estavam previstas para 2027, após a vitória da extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu na França.

A antecipação do pleito foi uma jogada política de Macron diante do resultado ruim de seu partido e do avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu — o Legislativo de todos os países da União Europeia, com sede em Bruxelas.

As pesquisas de opinião apontavam o Reunião Nacional, sigla de extrema direita de Marine Le Pen, como favorito. Mas a esquerda, que se uniu em um bloco amplo, surpreendeu e terminou em primeiro na votação. Mesmo assim, o bloco não conseguiu formar maioria. Tentou aliança com a centro-direita, de Macron, que rejeitou o nome proposto pela esquerda para governar e desfez a parceria.

Governo mais curto da 5ª República

A aprovação da moção de censura tornou o governo de Barnier o mais curto da Quinta República francesa, que começou em 1958.

Esta foi também a primeira vez em mais de 60 anos que o Legislativo francês derrubou um chefe de governo por meio de uma moção de censura. A última vez em que isso aconteceu foi em 1962 com a administração de Georges Pompidou e quando Charles de Gaulle era presidente.

Embora o presidente de centro-direita já tivesse perdido a maioria absoluta após sua reeleição em 2022, as novas eleições resultaram em uma Assembleia sem maioria clara e dividida em três blocos irreconciliáveis: esquerda, centro-direita e extrema direita.

A Nova Frente Popular (NFP) — coalizão de socialistas, comunistas, ambientalistas e integrantes da esquerda radical — venceu as eleições, mas, quase dois meses depois, Macron nomeou Barnier, ex-negociador europeu para o Brexit, como primeiro-ministro, em nome da “estabilidade”.
Barnier só conseguiu o apoio da aliança de centro-direita de Macron e de seu próprio partido conservador, Os Republicanos (LR), o que significa que a sobrevivência de seu governo dependia da líder de extrema direita Marine Le Pen, que finalmente decidiu pela queda.

Orçamento
A rejeição da proposta de Orçamento foi o principal fator que impulsionou a votação da moção de censura.

Com um orçamento baseado na redução do gasto público e no aumento temporário dos impostos para grandes empresas, o governo pretendia reduzir o déficit público (projetado para 6,1% do PIB em 2024) e a dívida pública (112% do PIB no final de junho).

“Ao incluir seu orçamento na desastrosa continuidade de Emmanuel Macron, o primeiro-ministro só poderia fracassar”, escreveu a líder do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) na rede social X.

Em uma entrevista aos canais TF1 e France 2, Barnier se defendeu e afirmou que mudanças foram feitas no plano inicial, depois que o governo “ouviu todos”. Ele acusou Le Pen de entrar em “uma espécie de disputa”, com reivindicações sem fim.

Além do orçamento, os partidos jogam suas cartas para 2027, quando os franceses terão de votar para escolher o sucessor de Macron, que chegou ao poder em 2017 e não pode ser reeleito após completar seu segundo mandato.

Do g1.

Conheça Petrolina

A Câmara de Vereadores de Salgueiro aprovou a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, concedendo ao prefeito eleito Fabio Lisandro, o Fabinho, autonomia para gerir 40% do orçamento municipal sem a necessidade de autorização legislativa. Com um orçamento previsto de R$ 280 milhões para o próximo ano, Fabinho terá liberdade para manejar aproximadamente R$ 112 milhões, podendo remanejar recursos entre áreas como educação e cultura conforme julgar necessário.

A decisão representa uma mudança significativa em relação aos últimos três anos, em que a Câmara autorizava apenas 1% do orçamento para movimentação livre. Essa restrição obrigava o atual prefeito, Marcones Sá, a buscar aprovações constantes do Legislativo para suplementações orçamentárias, limitando a execução de projetos e ações prioritárias.

A LOA é considerada um dos instrumentos mais importantes para a gestão pública, pois define como os recursos arrecadados serão utilizados.

O pecuarista Antônio Lopes de Siqueira, de 71 anos, faleceu na manhã desta quarta-feira (4) durante um procedimento odontológico em uma clínica em Cuiabá (MT). Ele foi o ganhador do maior prêmio da Mega-Sena deste ano, de R$ 201,9 milhões.

O prêmio foi o maior do ano, sorteado no dia 9 de novembro. Siqueira fez a única aposta a acertar as seis dezenas sorteadas, por isto recebeu o prêmio integral, sem dividir com ninguém.

A morte ocorreu 24 dias após o sorteio que tornou o cuiabano milionário. A família de Antônio relatou que ele passava por um procedimento odontológico quando, por volta das 10h, sofreu um mal súbito. Ainda não há confirmação da causa da morte.

Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), o Instituto Médico Legal (IML) ainda fará a perícia para apurar a causa. De acordo com a família, Antônio estava muito feliz com o prêmio que tinha ganhado recentemente e não estava doente. Ele trabalhava comprando e vendendo gado e deixou quatro filhos.

Do Metrópoles.

A Prefeitura de Ipojuca emitiu uma nota oficial nesta quarta-feira (4) rebatendo críticas sobre a condução do processo de transição para a gestão do prefeito eleito, Carlos Santana (Republicanos). A manifestação ocorre após Santana apontar dificuldades na colaboração entre as equipes e alegar falta de transparência no compartilhamento de informações.

Na nota, a gestão da prefeita Célia Sales (Progressistas) reafirma o compromisso com a legalidade e a lisura na transição, destacando que todas as ações estão sendo realizadas conforme a Lei Complementar Estadual nº 260/2014 e seguindo as orientações do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE). A Prefeitura mencionou a realização de reuniões semanais da Comissão Municipal de Transição e a criação de um canal oficial de comunicação por e-mail, com cópias compartilhadas com o TCE-PE. Para reforçar a transparência, a presença de um auditor de controle externo foi solicitada para acompanhar os encontros.

Ainda na nota, a Prefeitura lamentou que o processo de transição esteja sendo “politizado”, afirmando que o ato administrativo está sendo conduzido “com total responsabilidade”. A gestão garantiu que todas as secretarias estão colaborando para assegurar uma transição ordenada e dentro dos parâmetros legais.

O vereador de Palmares, Saulo Acioli (PSDB), ajuizou uma ação de investigação judicial eleitoral contra o PSB do município, sob acusação de fraude na cota de gênero. A denúncia aponta que o partido teria lançado candidaturas femininas fictícias para cumprir o percentual mínimo de 30% exigido pela legislação eleitoral.

De acordo com Acioli, as candidatas Luciene Silva e Rafaela Silva, que obtiveram apenas 1 e 4 votos, respectivamente, não realizaram atividades de campanha. Além disso, as contas partidárias das duas permanecem zeradas, reforçando a suspeita de que suas candidaturas seriam apenas formais.

Com informação do blog do Silvinho.

O jovem líder político Bruno Marques reafirmou seu compromisso com a defesa de uma solução definitiva para os problemas enfrentados pelo Perímetro Irrigado de Itaparica. A luta, que acompanha de perto ao lado de seu pai, Fabiano Marques, prefeito de Petrolândia, tem sido uma bandeira constante em suas ações e discursos.

Os agricultores reassentados na região enfrentam graves dificuldades, especialmente diante da ameaça de corte de energia pela Neoenergia, situação que põe em risco não apenas a subsistência de milhares de famílias, mas também a economia de diversas cidades impactadas pelo sistema.

“O Perímetro Irrigado é mais do que uma estrutura; é o coração econômico e social de nossa região. Não podemos admitir que falte diálogo e responsabilidade na resolução desse problema”, destacou Bruno. A interrupção das operações colocaria em risco uma cadeia produtiva que sustenta a agricultura familiar, grandes produções e movimenta o comércio local.

Bruno Marques reforça que está dialogando com lideranças locais, estaduais e federais para buscar alternativas que assegurem o funcionamento contínuo do Perímetro Irrigado. “Esta é uma luta de todos nós. É preciso união e empenho para garantir que os agricultores não sejam prejudicados por questões burocráticas ou falta de apoio institucional. Nosso compromisso é com quem trabalha para fazer nossa região prosperar”, declarou.

O esforço conjunto com o prefeito Fabiano Marques e outros líderes regionais demonstra a importância de manter o tema em pauta, garantindo que os agricultores de Itaparica tenham voz e condições dignas para seguir contribuindo com o desenvolvimento do Nordeste

Por Lucas Moraes
Do JC

O parques de diversões Mirabilandia confirmou a data para o encerramento de suas atividades em Pernambuco. Ocupando área de propriedade da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), concedido em regime público para a concessionária Consórcio CID Convenções Pernambuco SPE S/A, o parque está encerrando o contrato de locação do terreno e não concretizou seus planos de manter as atividades em outra região do Estado.

Parte da área ocupada pelo parque já tinha sido solicitada e devolvida ao consórcio em julho de 2023. Ao todo, de acordo com o Consórcio CID Convenções Pernambuco SPE S/A, deverá ser desocupada uma área de 55.000 m². Foram devolvidos até então 20.000 m², reduzindo em 19.500m² a área ocupada pela atração.

A administração do Mirabilandi diz que já havia negociado em março de 2023 a extensão do prazo de permanência, a nova data para desocupação total do espaço ficou pré-definida para 22 de maio de 2025.

Mas, a saída de um parque demanda um prazo grande para desmontar equipamentos. O que fará com que o funcionamento seja mantido só até o dia 2 de fevereiro de 2025.

Como já foi anunciado, o Mirabilandia tinha planos de transferir suas operações para o município de Paulista, no Grande Recife, mas, por ora, o encerramento das atividades é o que está posto como certo pela administração do parque.

Com mais de 20 atrações que atendem públicos de todas as idades – desde famílias até os amantes de adrenalina –, o Mirabilandia foi palco de eventos temáticos icônicos, como a famosa “Hora do Terror”. Neste mês de dezembro, o parque ainda promove a campanha Natal Solidário Mirabilandia e, ao longo do mês de janeiro, período de férias, estará com uma programação especial voltada para o público infantojuvenil.

A HISTÓRIA DO MIRABILANDIA
Fundado em 2002, o Mirabilandia rapidamente se tornou um dos principais equipamentos de lazer do Nordeste e uma referência nacional em entretenimento. “O parque está encerrando um ciclo muito especial, com o sentimento de gratidão por todos que fizeram parte dessa jornada. Queremos convidar todos a viverem conosco esses últimos momentos de diversão e magia até fevereiro de 2025. O objetivo é celebrar essa história ao lado de quem a tornou possível: o público”, comenta Bruno Peixoto, diretor do parque.

Para se despedir, o Mirabilandia está programando uma campanha publicitária, atividades especiais de encerramento, além de uma comunicação oficial direcionada a todos os parceiros e fornecedores.

NOVO ESPAÇO PARA O CENTRO DE CONVENÇÕES
Além de incorporar a nova área para a realização de eventos externos, inclusive com ampliação do estacionamento, o Pernambuco Centro de Convenções também planeja parcerias para um novo empreendimento no local onde hoje funciona o Mirabilandia, a exemplo de um homecenter ou até mesmo um hotel, conforme adianta o CEO do Pernambuco Centro de Convenções, Claudio Vasconcelos.

Atualmente, o Pernambuco Centro de Convenções loca duas áreas externas para eventos, de 20.000 e 40.000 metros quadrados. A ampliação ajudará a refroçar a vocação de espaço multiuso, angariando feiras, shows e eventos de forma simultânea em sua área.

Por Jameson Ramos
Da equipe do blog

Após a governadora Raquel Lyra (PSDB) enviar para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um Projeto de Lei para desmembrar a Secretaria de Educação e Esportes, ganhou força a especulação de que o deputado federal Mendonça Filho (União Brasil) seria o escolhido da tucana para assumir, a partir do próximo ano, a Secretaria de Educação.

Mendonça, ex-ministro da Educação, aliado da governadora, andou ao lado da gestora nas eleições municipais deste ano e chegou a rachar com o União Brasil após o partido negar apoio ao então candidato a prefeito do Recife, indicado por Raquel, Daniel Coelho.

Ao blog, Mendonça Filho afirmou com veemência que não há sentido na especulação de que será o futuro secretário de Raquel. O parlamentar destacou que não há nenhuma tratativa ou conversa com Raquel para que ele venha a comandar a Educação em Pernambuco.

Nova secretaria

Além da divisão da atual Secretaria de Educação e Esportes, para o próximo ano, a governadora Raquel Lyra deve criar uma secretaria voltada para a defesa dos animais.

Por Rodrigo Rocha
Do Blog da Folha

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), está participando da conferência anual do JP Morgan, um dos maiores eventos globais no setor financeiro, realizado em São Paulo. Com a presença de líderes de negócios e finanças de todo o mundo, a conferência é um espaço para discutir o futuro econômico global e soluções para desafios urbanos e sociais.

João Campos destacou em suas redes sociais a importância de sua participação no evento. “É uma honra ser o único prefeito convidado para falar sobre os desafios e o futuro das nossas cidades” disse.

O evento é promovido pelo JP Morgan, cujo portfólio de ativos é superior ao PIB do Brasil.

Em sua fala, o prefeito compartilhou a experiência de Recife como um exemplo de transformação urbana. “Aqui, estou compartilhando como o Recife tem transformado ideias em ações, mostrando que é possível fazer a diferença e construir soluções para o Brasil e para o mundo”, afirmou.

Com a presença de autoridades e líderes empresariais, o evento do JP Morgan serve como uma plataforma para troca de ideias e construção de parcerias estratégicas que podem impulsionar o crescimento das cidades ao redor do mundo.

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) encaminhou à governadora Raquel Lyra um ofício pedindo a estadualização e a pavimentação de uma estrada vicinal em Taquaritinga do Norte, no Agreste de Pernambuco. A via, com aproximadamente 18 km, conecta o entroncamento da BR-104 à comunidade de Jerimum e segue até a divisa com Santa Cruz do Capibaribe.

O pedido foi articulado em parceria com o prefeito eleito de Taquaritinga, Gena Lins, e tem como objetivo melhorar a infraestrutura local. Segundo o parlamentar, a pavimentação beneficiará diretamente o escoamento da produção agrícola e fortalecerá o Polo de Confecções de Santa Cruz do Capibaribe, contribuindo para a economia regional e aumentando a segurança no trânsito.

“A estadualização e pavimentação dessa estrada são fundamentais para o desenvolvimento regional. Essa obra vai atender uma demanda urgente da população e aliviar o fluxo em áreas já saturadas. Conto com o apoio da governadora para concretizar esse projeto”, ressaltou Eduardo da Fonte.

Três ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram exonerados temporariamente para voltarem ao Congresso Nacional e indicarem emendas parlamentares para as bases eleitorais.

Segundo publicação no Diário Oficial da União de terça-feira (3/12), os ministros exonerados foram Carlos Fávaro, do Ministério da Agricultura e Pecuária; Celso Sabino, do Turismo; e André Fufuca, de Esportes.

Carlos Fávaro (PSD) é senador por Mato Grosso. Já Celso Sabino (União) é deputado federal pelo Pará e André Fufuca (PP) pelo Maranhão.

Dos três ministros, apenas Carlos Fávaro foi nomeado para o cargo novamente, pois ele participará de uma missão oficial internacional do Ministério da Agricultura e Pecuária nesta quarta-feira (4/12). O evento é voltado ao fortalecimento das relações agropecuárias entre Brasil e Angola.

Pelo Instagram, Fávaro afirmou que teve “a honra de retornar ao Senado Federal em um momento especial”. O ministro participou da votação e celebrou a aprovação PL 658/2021, conhecido como Marco Jurídico dos Bioinsumos. “Com isso, evitamos fragilizar os orgânicos e damos um importante passo para a agropecuária brasileira”, disse.

Em nota, o Ministério do Turismo informou que Celso Sabino solicitou a exoneração temporária do cargo de ministro para reassumir o cargo de deputado federal, para assim permitir a participação em “importantes debates e votações no Congresso Nacional, bem como, especialmente, para cumprir seu dever perante os municípios paraenses no que tange a indicação das emendas parlamentares para o Orçamento Geral da União de 2025”. O ministro deverá retornar ao cargo nos próximos dias.

Do Correio Braziliense.