João Campos, a esquerda de novo visual

Por Caio Sartori

Do jornal O Globo

Sob o sol de 15 de janeiro numa comunidade do bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife, uma suada senhora evangélica, vestindo uma camiseta da Assembleia de Deus, não escondia a euforia antes de pedir uma foto.

— Quero ver o rosto do homem! Já vi muito o do pai e o do avô — gritou ao lado do rapaz de olhos azuis e nariz avantajado. — Vai virar governador! — vaticinou um outro apoiador.

Quando percorre as ruas da cidade — sempre de camisa de manga curta, jeans e tênis esportivo —, o jovem tratado como celebridade se depara a todo momento com ecos do passado e projeções sobre o futuro. Aos 31 anos, o prefeito do Recife é hoje mais João do que Campos, mas não deixa de ser o bisneto de Miguel Arraes e o filho de Eduardo Campos, os dois políticos mais vivos na memória pernambucana. Reeleito com 78% dos votos, também já escuta aos montes gritos que o colocam na disputa do ano que vem pelo Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado comandado pelo bisavô em diferentes momentos dos anos 60, 80 e 90, e pelo pai entre 2007 e 2014.

É assim todo dia, e os dias são longos. O mais jovem prefeito de uma capital brasileira se gaba de ter realizado mais de 1.300 agendas em cerca de 1.200 dias de mandato, numa média de mais de uma por dia. Em uma terça-feira de janeiro, começou às 6h em visita a obras de contenção de encostas, passou por reuniões internas e voou para o velório do pai do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), em Alagoas. À noite, deu entrevista, cortou o cabelo e se reuniu com três secretários já de visual novo. Quando saiu da prefeitura, um destacado prédio alto no Recife Antigo, era madrugada de quarta-feira. Como é de praxe após todos os atos da rotina profissional, registrou com orgulho nas redes sociais o horário de encerramento do expediente. “Nada vence o trabalho”, escreveu na selfie em que aparece sorridente.

Todos os passos de João são seguidos de perto por um assessor que o filma com o celular, mas o próprio prefeito planeja cerca de 80% do que publica nas redes. É na arena digital, na qual a direita dá de goleada na esquerda, que agiu como uma espécie de consultor para o governo Lula na semana da crise do Pix.

Naqueles dias, o “prefeito TikTok” foi chamado a Brasília e deu pitacos na área em que ostenta números relevantes. São 2,8 milhões de seguidores no Instagram, o maior montante entre todos os comandantes de cidades do Brasil e quase o dobro da população recifense, que é de 1,5 milhão de pessoas. Integrantes da equipe de João passaram a compor o time do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, e o estrategista de sua campanha de reeleição, Rafael Marroquim, também desembarcou por uma semana na capital federal para ajudar o Planalto.

— O principal é ter conexão e sinergia com o povo, e Lula tem isso como poucos. O desafio é entender que no mundo de hoje é preciso ser mais rápido, mais simbólico, não tem direito a falhas. Estamos falando de um tempo na comunicação digital que tem a força do Reels, de um bumper, uma propaganda de cinco segundos no máximo no YouTube. Se você fizer um pronunciamento de uma hora, ninguém vai ver o que você falou, mas vão ver a falha de cinco segundos que cometeu — avalia João Campos, em claro recado à língua do presidente.

O prefeito constrói o “simbólico” de que tanto fala nas redes sociais, e o momento de virada se deu no carnaval de 2024. Era verão, mas nevou no Recife: instigado pela turma do bregafunk, o gênero musical nascido na periferia da cidade, descoloriu o cabelo e dançou com óculos Juliet, dois símbolos das regiões mais pobres. Com o gesto, ganhou centenas de milhares de seguidores em poucos dias, transcendendo as fronteiras recifenses e alcançando outras cidades do estado e do país.

— O que me fez nevar foi que quem neva são os jovens periféricos que pintam o cabelo para brincar o carnaval, e parte da sociedade vê isso com preconceito. Eu fiz como ato de manifesto social, para dizer que quem é da periferia tem nosso respeito — afirma. — Foi um verdadeiro sucesso. É um tempo do símbolo. Não precisei explicar, as pessoas entenderam.

Apoio a Aécio e foto bebê com Lula

A parceria de hoje entre João Campos e PT esconde um passado de atritos. Em 2014, quando o pai, então candidato a presidente, morreu em um acidente aéreo, ele fez campanha para Aécio Neves (PSDB) contra Dilma Rousseff (PT) no segundo turno presidencial. Dois anos depois, a maior parte do PSB abraçou o impeachment de Dilma, e o partido entrou com cargos no governo Michel Temer (MDB). Quando Lula estava preso em Curitiba no auge da operação Lava-Jato, era daqueles que achavam que a esquerda deveria buscar alternativas. O partido chegou a flertar com a candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.

Hoje, João tem olhar mais crítico sobre esse passado:

— Não participei das decisões, mas acho que de fato foi um momento histórico muito ruim para o Brasil, e tenho certeza que se meu pai estivesse ali nada disso teria acontecido. Até porque ele seria presidente do país. O PSB já disse que hoje não tomaria a mesma medida, eu certamente não tomaria. Mas o principal é que o partido já superou isso, e o PT também, ou Lula não teria Geraldo Alckmin como vice — afirma em relação ao ex-tucano, agora filiado ao PSB.

João se orgulha de ter uma foto com 1 ano de idade nos braços do presidente, e de, aos 7, ter matado aula para encontrar o petista na casa de Arraes. Classifica Lula como um personagem de tamanho único no Ocidente: a maior liderança do passado e do presente, além de esperança para o futuro. Conta com este ativo — somado ao imaginário político sobre a família e à bem avaliada gestão na capital — para cativar os pernambucanos em 2026. Ele não confirma ainda se será candidato ao governo, mas sabe que a questão será martelada por jornalistas e apoiadores ao longo do ano.

— O próprio fato de a pergunta ser feita em toda entrevista traz um sinal. Se ela é feita, é porque as pessoas acreditam que o caminho pode ser esse. Mas na política há tempo, há prazo, e o momento não é esse. O ano da eleição é 2026.

Um sinal do desejo de disputar o governo do estado foi a escolha do vice da chapa de reeleição, no ano passado. Victor Marques, que se filiou ao PCdoB, é amigo de João desde o primeiro período de faculdade na UFPE. Assim como o aliado, Marques vem de uma família com histórico político, mas bem mais humilde: o pai foi vereador no município de São José do Belmonte, no sertão pernambucano, terra de pouco mais de 30 mil pessoas.

Durante o primeiro mandato de João, o agora vice e secretário de Infraestrutura, pasta de grande visibilidade, trabalhou como chefe de gabinete. Na prefeitura, sabia-se que, quando se ouvia Victor, deveria se ouvir João. É o braço direito inconteste do prefeito e vem sendo a cada dia mais projetado na rotina municipal, uma forma de ganhar capital político antes de se sentar na cadeira em 2026.

Indiretas a Raquel Lyra

Na próxima eleição estadual, o embate tende a ser entre João Campos e a atual governadora, Raquel Lyra, do PSDB. Há meses, Raquel negocia migrar para o PSD, que corteja o PT no estado a fim de neutralizar a parceria entre Lula e o prefeito. Pesquisa Quaest de dezembro do ano passado mostra João com quase o triplo das intenções de voto a menos de dois anos da eleição: 64% a 22%. O prefeito evita falar tão mal da provável futura rival, mas solta críticas indiretas.

— As pessoas querem resultados. Estamos num tempo em que o simbólico é muito importante, mas o concreto também. Não adianta falar e não fazer. As pessoas querem ver o resultado. Isso faz toda a diferença na hora da indicação de voto. Eleição é comparação.

Nenhuma comunicação é capaz de segurar sozinha uma avaliação de governo tão alta como a dele, afirma João. É preciso ter entrega. Orgulha-se das “três obras por dia em área de morro”, do aumento de vagas em creche e do “investimento recorde ano a ano”, além do monitoramento rigoroso de metas e da digitalização de serviços. A cidade virou de fato um canteiro de obras, sempre com placas chamativas para reivindicá-las politicamente: “Mais uma obra da prefeitura”, “A prefeitura do Recife está trabalhando aqui” e outros avisos do tipo pululam em todo canto.

Os críticos o chamam de “o prefeito moderno, mas que sabe usar a velha lógica de máquina”. No início do ano, houve aumento de 25% no número de cargos comissionados na cidade, com impacto de R$ 65 milhões. Existem mais contratados dessa modalidade na administração municipal do que na estadual.

Duas vitrines do prefeito entraram nos últimos meses no radar do Tribunal de Contas do Estado, que apontou possíveis superfaturamentos e outras irregularidades no Parque da Tamarineira e no Hospital da Criança. A prefeitura afirma que os itens destacados no documento sobre o hospital “estão sendo cuidadosamente analisados, e as informações técnicas necessárias estão sendo levantadas para subsidiar a resposta”. O relator no tribunal é Marcos Loreto, primo da mãe de João. No caso do parque, a gestão rechaça os argumentos do TCE e garante que todo o processo licitatório foi feito de forma correta e até mais econômica do que o sugerido pela auditoria.

Sucessor político da família

Na política, escreveu certa vez a historiadora Angela de Castro Gomes, funerais costumam provocar uma “alegoria às avessas”: ao invés de uma ideia ser dotada de um corpo, um corpo passa a representar uma ideia.

O enterro de Eduardo Campos, em plena campanha presidencial de 2014 e um dia depois de o candidato ser entrevistado no Jornal Nacional, é considerado por muitos em Pernambuco o momento em que a ideia simbolizada por ele não só se imortalizou, como passou a habitar outro corpo.

Diante de toda a dor no funeral, recorda um integrante da família, o mais velho dos filhos homens do ex-governador logo incorporou o papel de herdeiro político. Ao mesmo tempo em que se despedia do corpo do pai, era o único capaz de ter a frieza de cumprimentar os apoiadores que faziam fila para chegar perto do caixão.

— Ali ficou cravado que ele seria o sucessor político da família — afirma o presidente do PSB, Carlos Siqueira, que assumiu o partido até então chefiado por Eduardo Campos.

Foi depois da morte do pai, com Marina Silva encabeçando a chapa e Paulo Câmara concorrendo ao governo estadual pelo PSB, que João fez campanha em palanques pela primeira vez.

— É como se disséssemos que nossa bandeira não ficaria a meio mastro. Meu pai não gostava de nada triste, a última coisa que queria era a família dele de cabeça baixa. Decidimos fazer o que ele faria. Eu nunca tinha feito um comício político, fiz o primeiro 15 dias depois de ele ter falecido. Meu primeiro discurso foi em Caetés, onde Lula nasceu. Em 20 dias, fui a 44 cidades do estado — relembra o prefeito.

Eduardo e ‘pai Arraia’

Sempre que falam do ambiente da casa nos tempos de Eduardo governador, os olhos dos Campos brilham. Era um permanente evento político, e por lá passaram todas as grandes figuras da República. O pernambucano Lula a visitou sete vezes em um mesmo ano, na esteira de agendas presidenciais no Recife.

O escritor Ariano Suassuna, tio-avô de João, era sempre convidado quando o petista aparecia, e o cardápio incluía clássicos da culinária local: carne de sol, macaxeira, feijão verde e bolo de rolo. Para ajudar a descer a fartura, uísque, o mesmo destilado que João, iniciado na bebedeira apenas aos 23 anos, tem hoje como quitute alcoólico favorito.

Se o pai é a grande referência política, de Arraes João se recorda mais como bisavô do que como figura mítica da esquerda brasileira, o homem cassado pela ditadura que partiu para o exílio e voltou para cumprir outros dois mandatos de governador. O reconhecimento do tamanho do “Pai Arraia” na política pernambucana se deu com o tempo e nas ruas, onde os mais velhos se emocionam quando veem “o netinho de Arraes”.

Pai e filho haviam selado um acordo: enquanto Eduardo estivesse na política, João não disputaria eleições. Na esteira da morte, teve quem incentivasse o então jovem de 20 anos a cobiçar uma cadeira de deputado federal já naquele processo eleitoral, o que exigiria que algum outro candidato da nominata do PSB desistisse. Ele recusou: preferiu terminar a faculdade e esperar quatro anos para se colocar nas urnas.

Formou-se em Engenharia, vocação notada ainda na infância e da qual se vale hoje para detalhar obras da cidade. Quando criança, João andava pela casa dos pais, no bairro Dois Irmãos, com uma caixa de ferramentas para lá e para cá. Gostava de consertar tudo o que via pela frente — incluindo relógios antigos, que desmontava e montava “para entender como funcionava”.

Fora do padrão

Os slogans de João em campanhas narram a história política que construiu de 2018 para cá. Começou como “filho da esperança” quando concorreu a deputado federal, passou por “a esperança (que) se renova” na primeira vitória para o Executivo municipal e virou, enfim, “meu prefeito”.

A mãe, Renata Campos, costuma contar uma anedota que também ilustra a passagem de bastão na política pernambucana. Diz que era conhecida como a mulher de Eduardo, até que virou a viúva de Eduardo. Agora, é a mãe de João.

João é inquieto. Quando senta para conversar, as mãos se mexem com frequência. Afagam as pernas ou se embrenham uma na outra. Orgulhoso da rotina insana de trabalho, tem como hobby a corrida, que o ajuda a desopilar. Foram duas meias maratonas concluídas no ano passado, mas admite que, desde a reeleição, anda meio “fuleiro” com os treinos.

É teimoso, obsessivo, perfeccionista, exigente, workaholic, e por aí vai — palavras de todos que falam de João, além do próprio. Sobre ele, no entanto, não se ouvem críticas voltadas para o temperamento. Ao contrário do pai, avaliam aqueles que conheceram os dois Campos, não é “temperamental”.

Fora do padrão na política, o prefeito mora sozinho, uma solidão caseira que se dá pela distância física da namorada, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP). Os amigos que analisam a entrada de Tabata na vida de João, assim como ele mesmo, citam como maior impacto o estímulo ao estudo e a ser mais questionador. Com vidas em cidades diferentes, os dois tentam se ver aos fins de semana, seja em Brasília, São Paulo ou Recife.

João e a prima Marília

João é bisneto, mas na boca do povo virou neto do ex-governador. Neta mesmo é Marília Arraes, a prima de Eduardo Campos que, brigada com o outro lado da família em 2014, sequer foi ao funeral. Seis anos depois, João e Marília protagonizaram uma eleição municipal — ele pelo PSB, ela pelo PT — que rachou os dois núcleos, com ataques na linha da cintura.

Foi Marília quem começou a trocação, mas João, à época com 26 anos, mostrou no segundo turno que, apesar da cara de bom moço, era capaz de acirrar a guerra familiar para vencer o jogo. Chegou a contar com Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e um dos principais líderes religiosos do universo bolsonarista, para pregar voto contra a então petista, hoje dirigente estadual do Solidariedade. Ao mesmo tempo, fez uma campanha em que pintou Marília como alguém de ideias mirabolantes e inviáveis. Deu certo, e o resultado foi uma vitória até confortável: 56% a 44%.

Parte dos ataques cara a cara se concentrou em acusações de corrupção envolvendo os respectivos partidos, que volta e meia se bicam no Recife em busca de protagonismo. Depois que a candidata que carregava o nome Arraes citou operações da Polícia Federal contra o então prefeito Geraldo Júlio, do PSB, o de sobrenome Campos mencionou suspeitas de “rachadinha” no gabinete da prima e disse que “em relação ao PT, não cabe nos dedos das duas mãos quantos gestores presos têm no Brasil”. Declaração impensável para o João de hoje.

A reconciliação entre os primos só veio em 2022, quando o palanque de Lula em Pernambuco fez os dois ficarem frente a frente pela primeira vez desde então, e foi o próprio petista quem intermediou o encontro. Mas, depois daquela traumatizante eleição municipal, a relação entre os Campos e os Arraes nunca mais foi a mesma, a despeito da paz restabelecida.

Hoje, tanto João como Marília têm irmãos com mandatos na Câmara dos Deputados, Pedro Campos (PSB) e Maria Arraes (Solidariedade), ambos orbitando os 30 anos. Em Pernambuco, os dois sobrenomes são uma espécie de passaporte para a política, e Pedro e Maria foram eleitos com mais de 100 mil votos cada em 2022.

João tem ainda outros três irmãos: a única mais velha, Duda, e os mais novos, Zé e Miguel, até o momento sem experiência eleitoral. Ele e Pedro sempre foram os mais interessados nas conversas políticas do pai.

PSB e o elo com Lula

Em maio, o prefeito vai assumir a presidência nacional do PSB, apesar de ainda adotar cautela ao falar da missão, outra que o pai e o bisavô cumpriram por vários anos. À frente da sigla, lidará com a construção do processo eleitoral de 2026, enfrentando pela primeira vez dilemas de outros estados e, sobretudo, impondo pressão para Lula manter Geraldo Alckmin como vice na chapa de reeleição.

— Isso é uma prioridade do partido. Quando fizemos a aliança com Lula, o maior partido a apoiá-lo foi o PSB. Nenhum dos grandes partidos que hoje têm ministérios apoiou Lula — observa. — E tenho certeza que muitos também não coligarão no ano que vem. Isso é uma disfunção, claro que é, mas para resolver não é simples. Hoje o modelo de representação no Congresso quase que exige que isso seja feito.

Insistente na tese de que é preciso “ouvir o povo”, João é há bastante tempo crítico do protagonismo das chamadas pautas identitárias na esquerda. Ainda em 2021, quando começava a se reaproximar de Lula, disse ao GLOBO que “os problemas e as soluções do Brasil não estão nessas pautas puramente identitárias ou ideológicas”, e que era necessário tirar o debate desse campo, no qual o bolsonarismo cresce. Prega que as energias estejam concentradas nas políticas públicas mais amplas.

Outra crítica que fez a parcelas da esquerda, esta diretamente ao aliado Lula, foi à visita pomposa do venezuelano Nicolás Maduro ao Planalto. O episódio exemplifica o que o prefeito considera deslizes do governo que dão munição para opositores desviarem o foco do que importa.

Os casos do passado recente do partido, nos anos de turbulência da política nacional e também nas brigas locais, evidenciam que, a exemplo do pai, João nutre uma relação mais sólida com Lula do que com o PT. Ex-ministro de Ciência e Tecnologia do petista antes de virar governador, Eduardo resolveu, afinal, tentar a presidência contra Dilma.

Quando é perguntado sobre o cenário para 2026 se o atual presidente não disputar a reeleição, o futuro chefe máximo do PSB evita projetar outros nomes e considerar conjunturas.

— Lula é o nome natural, e o que torço e espero é que ele seja candidato — limita-se a dizer.

Sem ter sequer os 35 anos necessários para disputar a Presidência da República, João é considerado a grande aposta nacional do PSB, o elo entre o sonho interrompido de Eduardo Campos e o futuro. Enquanto corta o cabelo — sem “nevar”, ao menos até o próximo carnaval — com Weydson Alves, que vai todo mês à prefeitura prestar o serviço, conversas descontraídas sobre o passado e o horizonte político do prefeito tomam conta da sala, incluindo projeções presidenciais.

Se dependesse de Weydson, fã dos slogans políticos da família Campos, o bordão para a eventual candidatura ao Planalto já estaria definido: “João Campos, a sorte do Brasil”, vislumbra, arrancando o sorriso do prefeito diante de um quadro na parede em que o pai também sorri.

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Por Eliane Cantanhêde
Do Estadão

Gleisi Hoffmann mostra serviço e Fernando Haddad força a porta para voltar ao palco e à cena principal, depois de derrotas consecutivas e de ver seu prestígio interno balançar e a confiança na opinião pública desabar. De “alternativa natural” ao presidente Lula como candidato da esquerda, acaba de se defrontar com 58% de avaliação negativa na pesquisa Genial Quaest no mercado financeiro.

Por mais que Haddad tente desqualificar o resultado, alegando que a pesquisa nem pode ser chamada de pesquisa, vamos combinar que 106 economistas, gestores e analistas de fundos de investimento de São Paulo e Rio é, sim, uma amostra significativa do mercado.

Assim como a queda de popularidade de Lula acendeu o sinal amarelo no Planalto e o governo se uniu em torno de uma “esquerdização”, ou “dilmização”, a perda de força interna e popular também sacudiu Haddad e ele voltou a arregaçar as mangas para anunciar propostas e a soltar a voz em uma entrevista atrás da outra.

O vértice desses dois movimentos é Gleisi. Ela é tanto a cara da guinada do governo à esquerda quanto fator decisivo para Haddad se animar e se expor mais, ainda que se equilibrando, como sempre, entre manifestações ortodoxas e a defesa das medidas nem tanto do gabinete presidencial.

Gleisi chegou ao Planalto determinada a esquentar a articulação política, que passou a ser não só com os líderes, mas diretamente com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, David Alcolumbre, e com escolha cautelosa das palavras. Não é “construção”, mas “consolidação” do trabalho feito. Não se fala em “maioria”, mas em “base sólida” no Congresso.

Aprovar o Orçamento de 2025, após meses, é considerado um troféu de estreia para ela, mas às custas de R$ 60 bilhões em emendas parlamentares. A Comissão Especial votou às 14h e em menos de 4 horas o plenário aprovou, antes do embarque de Lula para Japão e Vietnam, neste sábado, com Alcolumbre e Motta a bordo. O novo desafio será o IR. Se der certo, quem vai levar os louros, Haddad ou Gleisi?

O governo parece, enfim, unido e com rumo claro. Orçamento aprovado; enxertos de última hora pró-baixa renda (no auxílio gás e no Minha Casa, Minha Vida, por exemplo); isenção do IR até R$ 5.000,00, compensada com alíquotas maiores para os mais ricos. Um rumo, digamos, pró-popularidade.

E Lula mantém as viagens, não espanca mais o BC e não fala mais de “reforma ministerial”, que virou uma dança de cadeiras do PT para segurar votos da baixa renda e da classe média. Agora é convencer o “andar de cima” de que a inflação será contida, o arcabouço fiscal é para valer, os juros vão cair, o Brasil vai crescer e… Lula não é Dilma. Na Genial Quaest, só 7% acreditam nisso.

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O Luiz Fux votou nesta tarde para manter os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento da denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados dele por tentativa de golpe. Fux apresentou seu voto depois de Nunes Marques, que também rejeitou as ações. Os ministros que são alvos dos pedidos de afastamento se declararam impedidos nos processos em que tem atuação questionada.

Já o ministro André Mendonça votou pelo impedimento de Dino e Moraes, divergindo de todos seus colegas. O ministro se manifestou na noite desta quinta divergindo nos casos de Dino e Moraes. Já nos casos de Zanin, Mendonça — que foi indicado por Bolsonaro à vaga do STF — acompanhou o relator. As informações são do UOL.

Os processos foram julgados no plenário virtual do Supremo. O placar final do julgamento foi 9 a 1.

“Em primeiro lugar, quanto às alegações de impedimento e/ou suspeição, destaco que a análise é de competência do Presidente desta Corte (na forma do art. 278 do Regimento Interno do STF), tal como exercido na decisão agravada. Ademais, não tendo sido acolhidas as arguições pelo Ministro Presidente, tampouco reconhecidas pelos Ministros arguidos no exercício legítimo de sua íntima convicção e de sua independência judicial, acompanho o voto do Ministro relator”, afirmou Fuz em seu voto.

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No encontro que teve ontem (19) em Brasília com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto, pediu empenho para que a legenda no estado fique sob seu controle, e não sob a influência da governadora Raquel Lyra. Mesmo após deixar o partido, Raquel garantiu a filiação da vice-governadora Priscila Krause com o objetivo de manter o comando da sigla em Pernambuco.

Segundo o PSDB, o encontro teve um tom institucional e as discussões sobre o futuro do partido no estado seguirão com a executiva nacional. A decisão final caberá à direção da legenda.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) terá o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas por uma suposta trama golpista. Haverá um reforço no policiamento e um controle de acesso mais rigoroso do que o tradicional.

A análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) está marcada para ocorrer na terça-feira e na quarta-feira da próxima semana, em sessões da Primeira Turma do STF. As informações são do Jornal O Globo.

O STF informou que estão sendo tomadas “medidas preventivas”, com base em uma “análise de risco”, e que o objetivo e garantir a realização do julgamento e a segurança de servidores, colaboradores, advogados e imprensa.

Ipojuca No Grau

O deputado estadual Gilmar Júnior (PC) segue cumprindo agenda em Brasília para garantir votos favoráveis à PEC 19/2024, que estabelece a carga horária de 30 horas semanais para o Piso Nacional da Enfermagem e reajusta o pagamento da categoria. Em reuniões suprapartidárias, o parlamentar conquistou o apoio da senadora Teresa Leitão (PT) e do senador Fernando Dueire (MDB), que se comprometeram a votar a favor da proposta. “Eles se uniram à categoria na luta pela aprovação da PEC 19”, destacou Gilmar Júnior.

Teresa Leitão ressaltou que o reconhecimento da Enfermagem é uma questão de justiça, lembrando a dedicação dos profissionais, especialmente durante a pandemia. “O Brasil deve muito à Enfermagem pelo período da pandemia”, afirmou. Já Fernando Dueire reforçou o compromisso com a categoria. “Sabemos o que a Enfermagem fez durante a pandemia e faz nos dias de hoje, dão acolhimento”, comentou o senador. Além dos apoios conquistados, Gilmar Júnior afirmou que o presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça do Senado (CCLJ), Otto Alencar (PSD-BA), garantiu que a PEC será pautada para votação em abril.

A PEC 19/2024, de autoria da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e relatada pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), busca corrigir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que atrelou o pagamento do piso da Enfermagem a uma carga horária de 44 horas semanais, permitindo ainda acordos entre sindicatos e empregadores. A proposta visa garantir a carga horária de 30 horas e assegurar que os profissionais recebam o piso integral, fortalecendo a luta da categoria contra a precarização das condições de trabalho.

Caruaru - IPTU 2025

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou contra os pedidos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino não participem do julgamento da denúncia sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Nunes Marques também defendeu rejeitar solicitações do ex-ministro Walter Braga Netto contra Alexandre de Moraes e do general da reserva Mario Fernandes contra Dino.

Recurso de Bolsonaro, Braga Netto e Fernandes contra decisões que negaram o impedimento ou suspeição dos três ministros do STF estão sendo julgados pelo plenário da Corte, em sessão do plenário virtual. Na quarta-feira, já havia sido formada uma maioria para negar as solicitações. As informações são do Jornal O Globo.

Nesta quinta, Nunes Marques acompanhou o relator, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e apresentou um voto em separado — o primeiro até agora a fazer isso, já que é possível apenas seguir a posição do relator.

Em seu voto, o ministro afirma que tanto Dino quanto Zanin não teriam “qualquer interesse de natureza extrapenal” em relação a Bolsonaro e a um eventual resultado desfavorável a ele. A defesa do ex-presidente alegou que os dois magistrados não poderiam julgar o ex-presidente porque já apresentaram ações contra ele no passado.

“Não se verifica a possibilidade de o referido magistrado ser titular de qualquer interesse de natureza extrapenal em face do excipiente em consequência de eventual desfecho desfavorável do processo criminal”, escreveu Nunes Marques.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Os deputados federais e senadores aprovaram nesta quinta-feira (20) em sessão do Congresso Nacional o texto-base do Orçamento de 2025. A peça deveria ter sido aprovada ainda no ano passado, mas um impasse a respeito do pagamento de emendas parlamentares adiou a votação.

Com a aprovação, o governo passa a poder usar integralmente os recursos previstos para Orçamento deste ano.

O texto do orçamento foi aprovado mais cedo na Comissão Mista de Orçamento (CMO). As informações são do g1.

O atraso na votação foi causado por uma cobrança de mais transparência sobre a destinação e autoria de emendas parlamentares.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino exigiu que o Congresso apontasse a autoria de todas as emendas, incluindo as emendas de bancadas estaduais e as emendas das comissões temáticas da Câmara e do Senado.

O relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA), projeta melhora na arrecadação e um superávit de R$ 15 bilhões – valor maior do que a previsão inicial do governo, de R$ 3,7 bilhões.

A seguir, veja os principais pontos abordados no Orçamento:

R$ 50 bilhões para emendas parlamentares
O relatório destina cerca de R$ 50 bilhões para emendas parlamentares – recursos direcionados por deputados e senadores para suas bases eleitorais.

Desse montante:

  • R$ 24,7 bilhões vão para emendas individuais (cada parlamentar recebe um valor fixo para destinar como quiser).
  • R$ 14,3 bilhões serão para bancadas estaduais.
  • R$ 11,5 bilhões vão para emendas de comissão (que não são de execução obrigatória).

O relator incluiu um trecho que impede o governo de cancelar emendas parlamentares sem autorização do autor da emenda. A medida agrada ao Congresso, que tem criticado decisões do STF que limitaram a distribuição desses recursos.

Falta de recursos para o Pé-de-Meia
O programa Pé-de-Meia, que incentiva a permanência de jovens de baixa renda no ensino médio, não recebeu a verba total necessária no Orçamento. O governo separou apenas R$ 1 bilhão, muito abaixo dos R$ 13 bilhões estimados para custear o programa ao longo do ano.

O relator afirma que um acordo foi feito com o governo para que o restante do valor seja incluído ao longo do ano, por meio de novos créditos aprovados pelo Congresso.

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o governo tem até 120 dias para regularizar essa situação.

Salário mínimo, reajustes para servidores e concursos

O Orçamento garante:

  • Salário mínimo de R$ 1.518, reajustado em janeiro.
  • R$ 27,9 bilhões para reajustes salariais de servidores públicos.
  • Recursos para novos concursos públicos, incluindo uma possível nova edição do Concurso Nacional Unificado (CPNU).

Gastos por ministério e Bolsa Família

  • Ministério da Saúde: R$ 246 bilhões (acima do solicitado pelo governo).
  • Ministério da Educação: R$ 197 bilhões (abaixo do proposto pelo Executivo).
  • Investimentos federais: R$ 80 bilhões (o governo havia proposto R$ 63,5 bilhões).
  • Ministério do Meio Ambiente: R$ 4,2 bilhões (ligeiramente acima do previsto).
  • Bolsa Família: R$ 159 bilhões – R$ 7,7 bilhões a menos do que o governo queria. Esse corte será usado para ampliar outros programas, como o Vale Gás, que terá R$ 3 bilhões em 2025.
Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

A deputada estadual Roberta Arraes (PP) participou de uma reunião estratégica na Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (ADEPE) para discutir investimentos na infraestrutura de acesso à nova fábrica da Qbombom Sorvetes, em Araripina. Ao lado do presidente da ADEPE, André Teixeira, do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Alexandro, e do empresário Joaquim, proprietário da empresa, a parlamentar destacou a importância da ampliação da unidade, que receberá um investimento de R$ 40 milhões e deve dobrar o número de empregos diretos, passando dos atuais 250 para mais de 500.

A articulação foi solicitada pelo prefeito de Araripina, Evilásio Mateus, e tem o objetivo de acelerar o processo de desenvolvimento econômico da cidade. Roberta Arraes afirmou que levará a demanda à governadora Raquel Lyra, que, segundo ela, apoia iniciativas voltadas ao crescimento regional. “Essa pauta será levada à governadora, que certamente apoiará a iniciativa, garantindo o fortalecimento da economia de Araripina”, afirmou a deputada.

Além da questão da infraestrutura da fábrica, Roberta Arraes e o secretário Alexandro também participaram de uma reunião na Secretaria de Mobilidade do Estado para discutir melhorias na segurança do aeroporto da região.

Toritama - Prefeitura que faz

O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Marcelo Gouveia, se reuniu nesta quinta-feira (20) com o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), conselheiro Valdecir Pascoal, e os conselheiros Marcos Loreto e Eduardo Porto. O encontro, realizado na sede do Tribunal, teve como foco o fortalecimento da parceria entre as instituições e a busca por soluções para desafios que impactam a administração pública nos municípios pernambucanos. Entre os temas debatidos, destacaram-se a participação da Amupe em decisões que afetam diretamente os municípios e a necessidade de ajustes nos limites de despesa com pessoal, especialmente diante dos impactos dos pisos salariais e nomeações de concursos públicos.

Outro ponto abordado foi a capacitação dos gestores municipais para garantir uma administração mais eficiente e transparente. Para isso, ficou acordada a criação de um grupo de trabalho conjunto entre a Amupe e o TCE-PE, voltado para discutir a legalidade e eficiência das diferentes formas de contratação de servidores municipais. Além disso, a regulamentação da ordem cronológica de pagamentos foi enfatizada como uma medida essencial para garantir maior controle e organização das finanças públicas.

Acompanhado pelos assessores jurídicos da Amupe, Marcos Alencar e João Batista Rodrigues, Marcelo Gouveia destacou a importância da parceria com o Tribunal de Contas. “A Amupe reafirma seu compromisso com uma gestão pública responsável, transparente e eficiente. A colaboração com o TCE-PE é essencial para garantir que os recursos municipais sejam bem aplicados e resultem em benefícios concretos para a população pernambucana”, afirmou.

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Por Augusto Tenório e Flávia Said
Do Metrópoles

Presidente do PT, o senador Humberto Costa (PE) almoçou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (20/3). O encontro, realizado na sede do partido, em Brasília, inaugura uma fase “paz e amor” na relação da legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o titular de uma das pastas mais importantes do governo, frequentemente alvo de reclamações públicas da própria legenda quando ela era presidida por Gleisi Hoffmann, que deixou a direção partidária para assumir a articulação política do Planalto.

Segundo interlocutores do PT, a reunião foi convocada por Humberto, que assumiu o comando da sigla neste mês. O encontro durou cerca de duas horas. Haddad fez uma explanação inicial, defendeu a reforma do Imposto de Renda, falou que o projeto para isentar a cobrança para quem recebe até R$ 5 mil por mês trará enormes benefícios e se mostrou animado com as conquistas do governo.

O ministro foi acompanhado de auxiliares, como o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, que é ligado ao PT. Pela legenda, além de Humberto, participaram nomes como o secretário-geral, Henrique Fontana Júnior, e a secretária de Formação, a deputada Maria do Rosário (RS).

Os dirigentes saíram satisfeitos. A alta na taxa de juros anunciada nessa quarta-feira (19/3), a segunda sob gestão de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central, não foi assunto na conversa. Os petistas não acharam pertinente levantar o assunto, que envolve o ex-secretário executivo da Fazenda. O aumento da Selic incomodou o partido, mas os líderes ainda culpam o ex-presidente da instituição Roberto Campos Neto pela decisão.

Além de amenidades, apurou o Metrópoles, o cardápio do almoço no PT contou com filé mignon ao molho madeira, filé de pescada-amarela grelhada, espaguete ao molho caprese, farofa de cebola, salada verde com palmito, legumes ao vapor e frutas, de sobremesa.

Disputa no PT
Aliados de Humberto afirmam que o senador, enquanto vice-presidente da sigla, tentou estabelecer uma espécie de barreira contra as ofensivas do partido contra Haddad. Além de Dilma Rousseff, o ministro foi o único nome da sigla a concorrer a uma eleição presidencial desde o primeiro governo Lula.

O senador vem sendo citado como alternativa à disputa interna na sigla do presidente. Ele assumiu um mandato-tampão à frente da legenda, que escolherá um novo presidente definitivo em julho. A aproximação com Haddad pode facilitar a articulação, caso o senador deseje concorrer de fato.

Por Blog da Folha

A Prefeitura do Recife firmou o maior acordo da sua história com o Governo Federal, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Educação, que assegurou um repasse de R$ 900 milhões para a rede municipal de ensino. A capital pernambucana irá receber o valor em três parcelas – a primeira será realizada em 2026 e as demais nos dois anos subsequentes (2027 e 2028) – e 100% do recurso será destinado à área da educação.

A ação foi resultado do apoio direto do presidente Lula (PT), que garantiu o acordo junto ao prefeito do Recife, João Campos (PSB). Com a medida, estudantes e professores serão beneficiados, a partir do próximo ano, sem precisar aguardar por uma decisão judicial – até então, sem previsão.

“Quero agradecer a sensibilidade do presidente Lula, que, ao saber da possibilidade de um acordo tão significativo e com um impacto tão expressivo para a educação do Recife, assegurou todas as condições necessárias para que esse passo de hoje pudesse ser viabilizado. E também destacar, aqui, o papel do ministro Jorge Messias (AGU), e também do Ministro Camilo Santana, que tanto trabalharam para que esse momento ocorresse com celeridade para nos ajudar a seguir transformando a nossa cidade”, apontou o prefeito João Campos.

Reforço

A conquista possibilitará um reforço substancial em ações que irão atender os mais de 100 mil estudantes e professores da rede municipal recifense. Os docentes que atuaram de 1998 a 2006, incluindo aposentados e pensionistas, também irão receber percentuais desse valor em conformidade com a Constituição e o entendimento de órgãos de controle que já se posicionaram sobre o tema.

Entre as ações que serão reforçadas estão o compromisso de triplicação de vagas em creche, a educação inclusiva, a ampliação do ensino integral, requalificação de equipamentos da rede, construção de novas unidades e valorização dos profissionais da área.

Valor

O resultado da conciliação será enviado ao Poder Judiciário para homologação. O valor firmado no acordo corresponde exclusivamente à diferença do repasse da complementação da União aos recursos do Fundef, atualizados com juros de mora e correção monetária. O deságio aplicado foi de 30%, seguindo o padrão do que é praticado pela União com outros entes públicos.

A AGU celebrou acordos semelhantes com 117 municípios e diversos estados brasileiros, como o Governo de Pernambuco, em 2022. Em 2024, foram firmados acordos com cinco estados do país, encerrando processos que tramitavam há mais de duas décadas no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas próximas semanas, a Prefeitura do Recife vai disponibilizar uma página exclusiva aos professores, com área para cadastramento, esclarecimentos e informações sobre os recursos do Fundef.

Após assistir ao vídeo Nasci para Vencer, que conta a trajetória de superação de Antônio Souza, o apresentador Carlos Alberto de Nóbrega convidou o empresário sertanejo de Araripina para participar do seu programa A Praça é Nossa. O convite se deu depois de um encontro especial entre os dois, ocorrido dias após o aniversário de 88 anos do humorista.

Na ocasião, Carlos Alberto recebeu de Souza um relicário sagrado com um fragmento do manto de Santa Dulce dos Pobres. Emocionado com a história do convidado, o apresentador afirmou que a experiência foi “uma das melhores bênçãos que já entraram em sua casa”. A gravação acontece na tarde desta quinta-feira e o empresário está compartilhando os bastidores através dos stories em seu perfil no Instagram (@antoniosouza_gfs).