O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, hoje, que o estabelecimento de uma nova regra fiscal, em substituição ao teto de gastos, a retomada de acordos internacionais e a reforma tributária serão os primeiros passos da pasta que chefiará em 2023. As informações são do portal Estadão.
“O importante é a gente ter uma agenda para 2023 forte, recuperar os acordos internacionais, que estão parados, sobre tudo União Europeia, a questão do arcabouço fiscal e da reforma tributária, como grandes movimentos nossos, faremos todos”, disse o futuro ministro EM breve entrevista concedida instantes após ter sido anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como titular da Fazenda a partir de 1º de janeiro.
Leia maisHaddad afirmou que vai “reativar contatos” para ajudar na tramitação da PEC da Transição, que permite acomodar as promessas eleitorais do presidente eleito. A proposta que permite gastos extras de R$ 168 bilhões foi aprovada nesta semana no Senado e agora está na Câmara.
Questionado sobre o novo arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação, ele afirmou que está aberto a propostas. “Pretendo receber propostas, claro, e não só da transição. Vou ouvir técnicos do Tesouro, a academia, os economistas em quem confio”, disse.
Haddad disse que quer conversar com o seu colega do Planejamento antes de informar quais nomes comporão seu secretariado para ter um grupo coeso. Lula, porém, ainda não anunciou quem comandará a Pasta. Haddad disse que ainda não fez convites formais para os cargos de sua equipe, mas que já “sondou muita gente”. Ele prometeu conversar “longamente” com a imprensa na próxima terça-feira, dia 13.
“Fui o primeiro prefeito a conseguir grau de investimento do País. Se você não olhar para a trajetória da pessoa, vai cair em fake news. Para que mais fake news”, questionou, acrescentando que essa fase já acabou.
O novo ministro disse que o arcabouço fiscal será anunciado no ano que vem e que há, inclusive, uma lei para isso. “A reforma tributária pode ser junto, não tem problema. O importante é ter uma agenda para 2023 forte, recuperar os acordos internacionais, que estão parados, especialmente o da União Europeia”, citou.
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