Por Larissa Rodrigues*
O conflito estabelecido no Oriente Médio há uma semana tem exigido de nações do mundo todo um esforço diplomático e uma grande habilidade logística para tirar seus cidadãos da zona de guerra.
O trabalho do Brasil nesse sentido vem se destacando pela rapidez, organização e empatia com os brasileiros que manifestaram desejo de sair de Israel. Até agora, 916 pessoas já foram repatriadas em cinco voos da FAB, na operação denominada Voltando em Paz.
Leia maisO Governo Federal espera trazer de volta cerca de 2.550. A gestão Lula 3 também negocia a repatriação de brasileiros que estão na Faixa de Gaza por meio da fronteira com o Egito. O presidente Lula (PT) enviou a aeronave que costuma usar em suas viagens para resgatar esse grupo. O avião está em Roma, na Itália, aguardando autorização para o deslocamento e 32 brasileiros devem sair de Gaza por meio dessa ação.
Em meio à crise, um pernambucano tem ganhado cada vez mais visibilidade e influência no governo: o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Quando assumiu a pasta no início do ano, ele tinha a missão de acalmar os ânimos nas Forças Armadas, contaminadas pelo bolsonarismo, estabelecendo o diálogo com a nova gestão.
Não se sabia naquele momento que os desafios do ministro da Defesa estariam apenas começando e que meses depois sairiam dos limites nacionais, já que cairia nas mãos dele a responsabilidade por salvar a vida de tantos brasileiros de repente imersos numa zona de guerra.
José Múcio tem, inclusive, ido aos aeroportos receber os repatriados. Na última sexta-feira, no Recife, ele esteve junto à vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), para receber um dos grupos.
Nas redes sociais do Ministério da Defesa, José Múcio enfatizou que o Brasil foi o primeiro país a realizar a operação de repatriação e que serão feitas quantas viagens forem necessárias para tirar os brasileiros das áreas de conflito.
*Jornalista
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