De bigu com a modernidade

24 carros e motos que podem obter a Placa Preta em 2024

Aquele modelo que foi cuidado com todo carinho e completa 30 anos de fabricação agora já pode circular por aí exibindo a tão desejada Placa Preta. Por isso, listamos aqui os 24 carros e motos lançados ou produzidos em 1994 que estão aptos a obter esse selo de qualidade – que, além de conferir um charme extra, ainda aumenta o valor de mercado. O processo de obtenção é mais simples e rápido do que muitos imaginam, como revela a Associação Brasileira de Colecionadores de Veículos Antigos (TopClassic), especializada no assunto e que presta serviços em vários estados. “Sempre que um modelo faz 30 anos, fica a impressão de que é muito novo para rodar com a Placa Preta, mas essa renovação é muito bem-vinda, pois novos colecionáveis criam a oportunidade para mais apaixonados terem seu veículo antigo’’, salienta o presidente do TopClassic, Diogo Boos. O ano de 1994 foi repleto de lançamentos, tanto de carros inéditos quanto de novas versões de modelos já existentes. A indústria automotiva nacional estava a pleno vapor e o mercado havia sido aberto aos importados apenas 4 anos antes, em 1990. Resultado: uma infinidade de automóveis e motos chegava às lojas. 

Alguns, porém, se destacaram em meio à multidão e marcaram época. Um deles foi o Fiat Uno Turbo, primeiro nacional a vir equipado com motor turbinado de fábrica, o 1.4 de 4 cilindros e 118 cv. Como acelerava de 0 a 100 km/h em 9,2 s e atingia 195 km/h, rapidamente conquistou o título de carro mais rápido do Brasil. Mas o reinado durou pouco, pois logo em seguida a Fiat lançou o Tempra Turbo que, com o seu 2.0 de 165 cv, acelerava de 0 a 100 km/h em 8,2 s e alcançava 220 km/h. Outro modelo esportivo que recebeu mudanças em 1994 foi o Chevrolet Omega, passando a vir equipado com um novo 6 cilindros: o 4.1 de 168 cv no lugar do 3.0 alemão de 165 cv. Com potências bem mais modestas, a Chevrolet lançava o Corsa em duas opções de motorização: 1.0 de 50 cv e 1.4 de 60 cv. Mas não demorou para a versão esportiva GSi dar as caras no Salão do Automóvel de 1994, elevando a régua com o motor 1.6 16V de 108 cv.  

A Volkswagen não ficou para trás e apresentou a nova geração do Gol, apelidada de ‘‘Gol Bola’’ devido ao seu design arredondado, muito mais moderno em relação ao do Gol quadrado. O modelo podia vir equipado com o 1.0 de 50 cv ou o 1.6 de 86 cv. No início de 1994, começava a chegar às lojas o Volkswagen Pointer, que havia sido apresentado um mês antes, em dezembro de 1993. Eram quatro versões e duas opções de motor. As potências totalizavam 86 cv (1.8 a gasolina), 95 cv (1.8 a etanol), 106 cv (2.0 gasolina) e 113 cv (2.0 etanol). Cereja do bolo, a topo de linha GTi trazia motor AP-2000 injetado de 115,5 cv. O hatch, porém, teve vida curta, saindo de linha em dezembro de 1996, após 37 mil unidades vendidas.

Esportivos – Paralelamente, desembarcavam no Brasil esportivos que iriam se tornar muito desejados por toda uma geração: Ferrari F355 (V8 3.5 de 380 cv), Dodge Viper (V10 8.0 de 400 cv), o Audi S6 (motor de 5 cilindros 2.2 de 230 cv) e a perua Audi RS 2 Avant (motor 2.2 turbo de 5 cilindros da Porsche com 315 cv). Mais comportados, outros carros pavimentariam um sólido caminho a seus sucessores, a exemplo da quinta geração do Toyota Corolla (motor 1.8 de 115 cv) e também a quinta geração do Honda Accord (motor 2.2 de 145 cv). Dos Estados Unidos, chegavam o sedã Ford Taurus (V6 3.0 de 142 cv) e, através de importadores independentes, a picape Ranger (V6 4.0 de 162 cv).

Motos que chegaram aos ’30’ – No mercado de motos, 1994 teve poucas, mas importantes novidades. A Honda lançava um dos maiores sucessos de todos os tempos, a CG Titan, equipada com motor de 125 cilindradas e 12,5 cv. A gaúcha Agrale dava o troco nacionalizando a Cagiva Super City 125, com seu belo visual e motor de 34 cv. Entre as esportivas, brilharam a Ducati 916 Senna (115 cv de potência), desenvolvida em colaboração com o piloto Ayrton Senna, e a Suzuki GS 500 E (52 cv). 

CARROS QUE COMPLETAM 30 ANOS EM 2024

1 – Volkswagen Gol ‘‘Bola’’
2 – Volkswagen Pointer
3 – Chevrolet Corsa Wind, Super, GL e GSi
4 – Chevrolet Omega 4.1
5 – Fiat Uno Turbo
6 – Fiat Tempra Turbo
7 – Ferrari F355
8 – Dodge Viper
9 – Audi S6
10 – Audi RS 2 Avant
11 – Toyota Corolla (5ª geração)
12 – Honda Accord (5ª geração)
13 – Ford Taurus
14 – Ford Ranger
15 – Renault Twingo
16 – Citroën ZX Volcane 16V
17 – Daewoo Espero
18 – Asia Rocsta GT

MOTOS QUE COMPLETAM 30 ANOS EM 2024:

1 – Honda CG Titan
2 – Cagiva Super City 125
3 – Honda Magna 750
4 – Yamaha Virago 535
5 – Ducati 916 Senna
6 – Suzuki GS 500E

Fonte: levantamento realizado pelo TopClassic

Para solicitar a Placa Preta – Antes de mais nada, é preciso ressaltar que a Placa Preta para veículos antigos é diferente daquela utilizada por carros oficiais, como prefeituras, pois identifica um exemplar de coleção. Para consegui-la, é necessário que o automóvel, moto, ônibus ou caminhão tenha sido fabricado há 30 anos ou mais, esteja em bom estado de conservação e atinja um mínimo de 80 pontos na vistoria de originalidade. “O primeiro passo é filiar-se a um clube, que é o responsável por informar anualmente à Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) sobre os Certificados de Veículo de Coleção (CVCOL) expedidos, mantendo obrigatoriamente um cadastro de associados e suas Placas Pretas”, explica o presidente do TopClassic, Diogo Boos. A segunda etapa é agendar a vistoria com o clube. Após a aprovação, o proprietário leva o seu xodó ao centro de registro de veículos do Detran do seu estado para efetivar a mudança de categoria, pagando as respectivas taxas e colocando a Placa Preta. Todo esse processo costuma ser rápido, levando em média 48 horas. Depois de obtida, a Placa Preta tem validade de 5 anos, a contar da data de expedição. Após esse período, o veículo deverá passar por uma nova vistoria com a finalidade de constatar se ainda está dentro do mínimo de 80 pontos de originalidade. Ao contrário do que alguns supõem, o carro com Placa Preta pode rodar normalmente em qualquer dia da semana e paga pedágio como todos os demais. Já o IPVA pode variar de estado para estado, mas no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, por exemplo, todos os carros com mais de 20 anos estão isentos do imposto, abrangendo automaticamente, dessa forma, os veículos com Placa Preta – que têm 30 anos ou mais. Em Santa Catarina, apenas automóveis com mais de 30 anos não pagam IPVA e, em Minas Gerais, têm isenção total apenas os veículos com Placa Preta ou com valor histórico comprovado.

Como os motoristas pagam o IPVA – A Webmotors, principal portal de negócios e soluções para o segmento automotivo,fez um estudo para mostrar o comportamento dos motoristas brasileiros sobre o pagamento do IPVA. Pelo menos 51% afirmam que já quitaram ou iniciaram o pagamento do IPVA deste ano. Desse total, 70% pagaram à vista e 30% optaram pelo parcelamento – destes, 52% escolheram recolher o imposto em cinco vezes sem juros. Entre os que pagaram à vista, as opções mais mencionadas foram o desconto de 3% concedido pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) aos que quitarem o imposto de maneira integral (60%), o fato de já terem se programado financeiramente (28%) e o costume de pagar o IPVA à vista (16%). Por outro lado, daqueles que optaram pelo parcelamento 47% dizem que o aumento do IPVA foi determinante para essa escolha; 28% contam que normalmente parcelam custos relacionados ao carro; e os gastos extras do início do ano foram os principais motivadores para 25% dos respondentes que seguiram com essa opção de pagamento. Já entre aqueles que ainda não quitaram o IPVA (49%), 55% pretendem parcelar o valor – desses, 60% afirmam que vão optar pelo parcelamento em cinco vezes sem juros. 

Nova Série 5 – A BMW vai mesmo ampliar a oferta de produtos no país. E o novo modelo a desembarcar por aqui é a nova Série 5, já no começo de março, com o i5 M60, modelo inédito 100% elétrico equipado com dois motores – que, juntos, geram 601cv e torque de 83,6 kfgm. De acordo com a marca, o sedã é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos. Depois, virá a versão híbrida plug-in 530e, que tem motor a gasolina 2.0 turbo 299 cv e 45,9 kgfm de torque. No geral, a BMW – líder entre as marcas premium – quer trazer em 2024 pelo menos 15 lançamentos – sejam novos ou versões reestilizações. 

Aston Martin Vantage tem 665cv – O novo Aston Martin Vantage, uma espécie de lenda fabricado há 74 anos, ganhou uma nova geração (a última foi em 2017) – cuja produção começa agora em março e as ficaram previstas para o segundo semestre também no Brasil. Ela tem motor V8 4.0 biturbo de origem Mercedes-Benz capaz de entregar 665 cv (153 cv a mais que o anterior) e 81,6kgfm de torque (e 11,7 kgfm a mais). O câmbio automático é um ZF de oito marchas. A velocidade máxima chega a 325 km/h e a aceleração vai de 0 a 100 km/h em apenas 3,4 segundos.

O super Mustang da atriz Sydney Sweeney – A Ford promove um concurso nos Estados Unidos que terá como prêmio um Mustang GT 2024 personalizado por Sydney Sweeney. A atriz da série Euphoria, exibida no Brasil em canal fechado, é também fã de automóveis. A atriz de 26 anos cresceu em uma família de mecânicos e aprendeu a dirigir no Ford F-100 do seu bisavô. Durante a pandemia, ela restaurou seu Ford Bronco 1969 na oficina do pai de uma amiga e começou a produzir vídeos para a família. O concurso, infelizmente, é só aberto para residentes nos EUA e faz parte das comemorações de 60 anos do Mustang. Ele estimula que os participantes compartilhem suas histórias inspiradoras, como a da própria Sweeney – que será a responsável por escolher a melhor história de alguém que desafia estereótipos para seguir suas paixões.

C3 X chega este ano? A Citroën deve trazer ao Brasil no segundo semestre o próximo SUV cupê da marca para encarar, principalmente, integrantes dos compactos, como o VW Nivus, Fiat Pulse etc. Ele já foi flagrado em alguns lugares, de forma camuflada, e deve se chamar C3 X mesmo, como na linha europeia. 

R$ 100 bilhões – É quanto as montadoras e as empresas fabricantes de autopeças deverão investir no Brasil até 2029, segundo a Anfavea. 

Reajuste do ICMS: gasolina aumenta 3,14% – Uma semana após o início da vigência das novas alíquotas do ICMS, o preço médio dos principais combustíveis ficou mais caro em todo o país, segundo aponta a última análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL).  litro da gasolina fechou no dia 6 de fevereiro a R$ 5,91, incremento de 3,14%, quando comparado ao dia 31 de janeiro. Já o diesel comum foi comercializado a R$ 6,01, um acréscimo de 1,52%, e o tipo S-10 fechou a R$ 6,16, após ficar 1,99% mais caro.

BR 101: rota cara para o caminhoneiro – Análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) apontou que a Rodovia BR 101 foi a mais cara para os caminhoneiros abastecerem com diesel em janeiro. O litro do tipo S-10 foi comercializado por uma média de R$ 6,10; o comum, a R$ 5,99. O preço médio mais baixo para o S-10, de R$ 5,88, foi registrado na Fernão Dias, equivalente ao registrado também na Régis Bittencourt para o combustível. Já o tipo comum comercializado na Régis Bittencourt, foi o que se destacou pelo menor preço entre as rodovias, com o litro por  R$ 5,72. 

Motocross por R$ 90 mil. Encara? – A marca austríaca KTM acaba de apresentar a 450 SX-F Factory Brasil, versão nacionalizada da sua topo de linha das motocross. O modelo exclusivo de competição – não pode ser emplacado ou circular por vias públicas – custa R$ 90 mil e será o representante da marca oficial do Motocross KTM em 2024. A SX-F Factory Brasil conta com mais de 20 itens exclusivos. Tem escapamento Akrapovic, jogo de rodas Factory D.I.D e Kit Plástico KTM, por exemplo. E vem com banco Selle Dalla Valle, protetor de disco dianteiro Factory em carbono, Kit Gráfico e freios Brembo exclusivos. A grande vantagem da 450 SX-F, segundo a marca,  é que ela já está pronta, com todos os acessórios possíveis, sem precisar comprar um a um e mandar instalar. Com isso, a marca afirma que, na prática, o preço sugerido é de até R$ 89.990, mas que os itens extras superam os R$ 25 mil, se comprados separadamente.

Gasolina ou etanol: você ainda tem dúvidas? – No geral, os consumidores brasileiros têm pago mais na hora de abastecer seu carro, mês a mês – com pequenos e quase imperceptíveis recuos. Os preços da gasolina e do diesel, por exemplo, tiveram um reajuste nas bombas no começo do ano por conta da alteração das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS. Com isso, volta a questão: vale a pena considerar abastecer com etanol? O Imposto da gasolina foi reajustado em 12,5%, subindo de R$ 1,22 para R$ 1,37, em todo o Brasil. Com base na pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis – ANP, o litro da gasolina passará a custar, em média, R$ 5,71. No caso do diesel, que segundo a ANP tem o valor do litro nos postos de R$ 5,91 em média, o valor do ICMS vai passar de R$ 0,94 para R$ 1,06. No entanto, muita gente ainda tem dúvida na hora de abastecer seus carros flex, que correspondem a cerca de 90% dos modelos vendidos no Brasil. O primeiro ponto a entender é que cada um dos combustíveis possui uma eficiência energética distinta do outro (geralmente o etanol vai render menos energeticamente do que a gasolina, sendo que o rendimento do etanol é de cerca de 30% inferior).

Vantagem matemática – Para descobrir se o álcool é vantajoso ou não em relação à gasolina, é necessário dividir o preço do litro do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for inferior a 0,7, é mais rentável abastecer com etanol. Caso contrário, é melhor dar preferência à gasolina. Quando leva-se em conta a questão da sustentabilidade, o etanol está muito à frente da gasolina, pois o combustível da cana-de-açúcar emite menos poluentes à atmosfera e deriva de uma fonte renovável, diferentemente da gasolina, que é produzida a partir do petróleo, que é um recurso natural não renovável, ou seja, não possui capacidade de regeneração, sendo, assim, finito.

Componentes do motor – Com relação à vida útil dos componentes do motor, os dois combustíveis têm suas vantagens e desvantagens. O etanol, em comparação com a gasolina, tem uma combustão que praticamente não deixa depósitos carboníferos no motor. Em contrapartida, o mesmo etanol, que tem uma queima mais limpa, formando menos carbonização, tem uma condição de lubrificação dos componentes menor que a gasolina, gerando assim uma tendência em forçar mais a bomba de combustível, por exemplo.

Segundo Danilo Ribeiro, coordenador de treinamento do CTTi – Centro de Treinamento Técnico e Inovação da DPaschoal –, a escolha entre etanol e gasolina dependerá de uma série de fatores, desde preço até questões de sustentabilidade. “É crucial que os motoristas considerem uma série de fatores ao escolher entre etanol e gasolina na hora de abastecer seus veículos”, indica Danilo.

Ambos os combustíveis, lembra ele, têm suas vantagens e desvantagens, e a escolha ideal dependerá das necessidades individuais de cada motorista, bem como das condições locais do mercado. O etanol é uma opção atraente para aqueles que buscam reduzir sua pegada de carbono e apoiar fontes de energia renovável e além disso, em muitas regiões, o etanol tende a ser mais acessível em termos de preço – o que pode representar uma economia significativa a longo prazo para os consumidores. 

No entanto, é importante notar que o etanol geralmente oferece uma eficiência energética ligeiramente menor do que a gasolina. Isso significa que os veículos que funcionam com etanol podem consumir mais combustível para percorrer a mesma distância, o que pode neutralizar parte das economias financeiras inicialmente obtidas. A escolha entre etanol e gasolina dependerá de uma série de fatores, incluindo o preço relativo dos combustíveis, as preocupações com o meio ambiente, a eficiência energética do veículo e a disponibilidade local de cada opção. “Os consumidores devem considerar cuidadosamente esses fatores ao tomar sua decisão e escolher o combustível que melhor atenda às suas necessidades individuais”, reforça o coordenador da DPaschoal.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Veja outras postagens

Insegurança pública na maior emergência do Estado

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Já não bastasse superlotação, falta de refrigeração, forro dos tetos caindo e constantes alagamentos nas instalações internas em período de chuva, os pacientes e funcionários do Hospital da Restauração, estão agora também expostos à violência dentro da maior unidade de emergência do Estado.

A morte do vigilante Nivaldo Bezerra da Silva, de 66 anos, na madrugada de ontem, enquanto cumpria seu dever, expõe a face mais cruel da inoperância do Governo Raquel Lyra (PSDB) em seu papel de assegurar a qualidade na Segurança Pública.

Além de Nivaldo, o paciente internado e autor do assassinato do vigilante, cujo nome não foi revelado, também foi morto enquanto fugia da cena. Um outro vigilante foi alvejado, mas saiu ileso graças ao colete à prova de balas.

De acordo com o diretor do HR, Petrus Andrade Lima, o hospital conta com uma equipe de vigilância privada, composta por 66 vigilantes contratados, 16 no plantão noturno e 18 no diurno. Contudo, cabe salientar que isso não reduz o dever de o Governo manter um posto da Polícia Militar em funcionamento no local, mas que está desativado há bastante tempo.

O triste episódio certamente entrará na estatística de mortes violentas em Pernambuco, que totalizou a triste marca de 989 homicídios apenas nos três primeiros meses deste ano, o que deixa a sociedade ainda mais apavorada, principalmente quando um episódio desse acontece em um local destinado a salvar vidas.

Nota de repúdio – Por nota, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), repudiou o ocorrido e culpou o Governo do Estado pela situação. “O Simepe também repudia a contínua exposição ao risco enfrentada por médicos, demais profissionais de saúde e pacientes, que diariamente se veem em meio a condições de trabalho e atendimento precárias, agora agravadas por atos explícitos de violência”, revela o documento.

Cobrança na Câmara do Recife – Diante do trágico episódio de violência no HR, o vereador do Recife Marco Aurélio (PV) usou seu tempo no plenário, ontem, para revelar sua preocupação com a segurança pública no Estado. “Se não bastasse a violência nas ruas, vimos um retrato da insegurança nas dependências do maior hospital do Estado que culminou na morte de um agente de segurança. Os números oficiais da violência em Pernambuco são alarmantes e revelam a falta de políticas públicas efetivas. O Programa “Juntos pela Segurança” ainda não mostrou resultados consistentes. Precisamos de medidas eficazes para garantir a proteção dos cidadãos e dos profissionais de segurança”, desabafou o vereador.

A resposta da governadora – Em suas redes sociais, a governadora Raquel Lyra (PSDB) lamentou o episódio ocorrido no HR. Afirmou, contudo, o que todos já sabem, mas que ela enquanto gestora nada tem feito para mudar. “Hospital é espaço para saúde, não de violência”, disse a tucana, complementando que a SDS está agindo para investigar o lamentável episódio.

Dois pesos e duas medidas – Foi aprovado na Alepe, esta semana, projeto de autoria do Executivo Estadual que evidencia os dois pesos e duas medidas como são tratados agentes das forças de segurança da mesma secretaria, a de Defesa Social. O primeiro, que aumenta a remuneração financeira de agentes e escrivães de Polícia Civil aposentados que optarem por voltarem à ativa, que terá os ganhos mensais de R$ 1.800 para R$ 2.506. Enquanto isso, o aproveitamento de inativos militares em tarefas de segurança e administrativas, para função de guarda patrimonial, por exemplo, passará de R$ 1.250 para R$ 1.450.

Na berlinda – A secretária de Saúde, Zilda Rego Cavalcanti, ficará na berlinda, na próxima segunda-feira, durante Audiência Pública na Alepe que vai debater a questão das cirurgias ortopédicas em crianças com microcefalia. Há mais de um ano, as mães tentam, sem resposta, o retorno desse procedimento, essencial para a qualidade de vida dos filhos, que sem as placas instaladas em seus quadris, convulsionam cerca de 120 vezes ao dia. Segundo relato das mães das crianças, não há placas suficientes para operar 138 crianças que aguardam a cirurgia e as que têm, são de qualidade inferior, que podem estourar no corpo já debilitado das crianças.

CURTAS

APOIO – Após ser ameaçado pelo vereador Eriberto do Sacolão e criticado pelo também vereador João do Táxi por instalar, em parceria com o DER, câmeras para monitorar a PE-270, o diretor do Arcontrans de Arcoverde, Vladimir Cavalcanti, revelou ter recebido apoio de todas as esferas ao longo desta semana elogiando sua atuação para reduzir os números de acidentes de trânsito na cidade.

APLAUSOS – Foi aprovado, esta semana, pela Câmara de Vereadores de Cumaru, no Agreste do Estado, Votos de Aplausos pela passagem dos 18 anos deste Blog. O requerimento é de autoria do vereador Gilvan da Malhadinha (PP).

DERRUBADA – A vereadora Célia Galindo (PSB) promete lutar com todas suas forças para derrubar, na sessão da próxima segunda-feira, na Câmara Municipal de Arcoverde, o veto do prefeito Wellington Maciel (MDB) a emenda que reajuste em 12% o salário dos profissionais da educação municipal.

Perguntar não ofende: Até quando os pernambucanos serão reféns da insegurança pública?

Paulista - No ZAP

Conforme antecipado por este blog, o Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Garanhuns, da família do marido da vice-governadora Priscila Krause, confirmou, através de nota enviada ao blog do Roberto Almeida, que recebeu R$ 43 milhões em repasses do tesouro estadual.

Mesmo afirmando que os repasses eram maiores durante o governo Paulo Câmara (PSB), a unidade de saúde assume que, enquanto os demais hospitais conveniados ao Sassepe penam e não recebem um centavo do governo, eles nadam em dinheiro. Confira abaixo a nota na íntegra:

A respeito do texto reproduzido, faz-se fundamental registrar a ausência de contextualização na referida apuração jornalística, que não apresenta ao leitor a informação que, na verdade, no primeiro ano da gestão Raquel Lyra (2023), os pagamentos destinados à Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro caíram 24% em relação ao último ano da administração do ex-governador Paulo Câmara.

O fato é que, enquanto em 2023, foram realizados cirurgias, exames e internações que totalizaram pagamentos de R$ 27,6 milhões, no ano de 2022 – ou seja, ainda na administração anterior, os pagamentos somaram R$ 36,1 milhões – quase R$ 10 milhões a mais. Os dados, portanto, não sustentam as acusações levantadas, que irresponsavelmente imputam interpretações equivocadas e guardam, também, paridade com uma visão machista e ultrapassada da política.

Os serviços prestados pela Casa de Saúde ao Estado de Pernambuco ocorrem há décadas através dos atendimentos inseridos no âmbito do SUS, contratados junto à Secretaria de Saúde, e outra parte menor referente a atendimentos do Sassepe, contratada pelo Iassepe (antigo IRH). Nesse caso, a negociação das dívidas do plano de saúde dos servidores estaduais junto à unidade de saúde ocorreu conforme o padrão, com pagamentos parcelados em 24 meses.

Fundado há 53 anos, a Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro tem o reconhecimento da população de Garanhuns e do Agreste Meridional e prestou serviços ao INAMPS, INSS e, posteriormente, SUS, desde então, também sendo contratada para rede complementar da Prefeitura de Garanhuns em diversas e diferentes gestões.

José Tinoco Filho – diretor administrativo da Casa de Saúde e M. N. Sra. do Perpétuo Socorro Ltda.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta sexta-feira que entrará nas próximas horas com recurso no Supremo Tribunal Federal contra decisão do ministro Cristiano Zanin, que suspendeu a desoneração de empresas e municípios. O Congresso havia prorrogado o benefício para 17 setores da economia e criado o benefício para os municípios menores no ano passado.

Pacheco disse que o Congresso aprovou medidas para o governo aumentar sua arrecadação, e que esse incremento paga a desoneração sem problemas. Segundo ele, deputados e senadores ajudaram a dar “sustentação fiscal ao Brasil”. As informações são do Estadão.

Ele também disse que o governo não tem maioria no Legislativo. Rodrigo Pacheco foi um dos principais aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde sua posse à frente do Planalto, em 2023.

O presidente do Senado deu as declarações em sua casa, depois de uma reunião com técnicos e políticos sobre o assunto. “[O encontro foi] justamente para pudéssemos fazer uma análise tanto do ponto de vista técnico quando do ponto de vista político em relação a esse assunto que, de fato, surpreendeu a todos, especialmente pelo momento que estamos vivendo de discussão e busca de alinhamento entre o governo federal e o Congresso Nacional”, disse ele.

“Tudo isso [as medidas aprovadas], no final das contas, representou uma realidade para o Brasil que é importante todos conhecerem. Uma realidade de arrecadação nos primeiros 3 meses do ano de 2024 muito além do que foi a arrecadação do que foi os primeiros 3 meses de 2023. Um incremento de quase R$ 80 bilhões a mais de arrecadação em 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. 8,36% a mais já descontada a inflação”, declarou Rodrigo Pacheco.

O presidente do Senado disse ser “incrível” apontar a desoneração como um problema, e que a lei que institui o benefício mostra de maneira clara a estimativa de recursos exigidos para a medida.

Votação no STF

A suspensão da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e dos municípios já conta com três votos no Supremo Tribunal Federal (STF). Além do ministro Cristiano Zanin, votaram contra a desoneração os ministros Flávio Dino e Gilmar Mendes. A votação está sendo feita no plenário virtual do STF, e tem prazo até 6 de maio para ser concluída.

Zanin, indicado ao Supremo pelo presidente Lula, atendeu a um pedido do governo ao conceder, nesta quinta-feira, 25, uma liminar derrubando a desoneração. O governo argumenta que a lei que prorrogou a desoneração é inconstitucional porque não demonstrou o impacto financeiro da medida. O ministro considerou que, sem essa indicação, poderá ocorrer “um desajuste significativo nas contas públicas e um esvaziamento do regime fiscal constitucionalizado”.

A ação foi ajuizada ontem e assinada pelo próprio presidente Lula, além do ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias.

“Na linha do que reiteradamente vem decidindo este STF, observo que essa necessária compatibilização das leis com o novo regime fiscal decorre de uma opção legislativa. Não cabe ao STF fazer juízo de conveniência e oportunidade sobre o conteúdo do ato normativo, mas apenas atuar em seu papel de judicial review, ou seja, de verificar se a lei editada é compatível com a Constituição Federal”, afirmou Zanin na decisão.

Necessidade de corte de gastos do governo

De acordo com Rodrigo Pacheco, o governo se precipitou ao recorrer ao STF sobre a questão da desoneração. “A indignação é com governo, e não com Judiciário”, afirmou.

“Não vamos desistir de defender os municípios do Brasil, de defender os setores da economia. Aliás, o que o Brasil precisa de fato nesse instante, já que se invoca tanto essa questão de responsabilidade fiscal nessa petição que parece muito catastrófica da AGU, como se a desoneração da folha fosse o grande mal do País, como se os municípios brasileiros fossem a grande razão do problema, é preciso ter uma ampla discussão sobre gasto público e corte de gastos pelo governo federal. Além de arrecadar, qual a proposta de corte de gasto para poder equilibrar as contas?”, disse.

“Vamos peticionar e fazer um agravo. Em relação a isso, nossa posição é uma posição de antagonismo, nesse caso, ao governo federal. Ao governo federal, à Advocacia Geral da União. E nós estamos de outro lado tentando demonstrar nossas razões. Cabe ao Supremo Tribunal decidir e isso precisa ser respeitado”, afirmou o senador.

Segundo ele, o tema será discutido na reunião de líderes de bancadas da semana que vem. O presidente do Senado afirmou que o governo Lula se precipitou no pedido ao STF, mas que é necessário diálogo com o presidente da República para minimizar problemas. “Só quando a discussão política é exaurida que se recorre à Justiça”, declarou ele.

O senador disse que o comportamento do Executivo causou “perplexidade”. “Está todo empresariado perplexo e com dificuldades de trabalhar no Brasil em razão dos excessos de oneração. Criação de impostos, aumento de alíquotas, etc. Já que houve essa provocação de uma reflexão em relação a isso, vamos fazer um grande debate agora também a respeito de como se aumenta a arrecadação sem sacrificar o contribuinte que produz e gera emprego e onde podemos cortar os excessos de gastos públicos. E nós vamos estar dispostos a fazer esse debate”, declarou o presidente do Senado.

Pacheco também disse que o Congresso não teria problemas em vincular alguma das novas receitas aprovadas pelo Legislativo para o governo à desoneração dos municípios. O presidente do Senado disse que as decisões do Supremo Tribunal Federal devem ser respeitadas e que os argumentos serão técnicos, mas deixou claras algumas discordâncias. Disse que a prorrogação da desoneração tem precedente no próprio Tribunal, e citou Ricardo Lewandowski – ele foi integrante do STF e hoje é ministro da Justiça de Lula.

“Infelizmente, no regime jurídico atual do Brasil, uma decisão monocrática de um ministro do STF já surte efeito imediato para os municípios. Então, se já surte o efeito, há uma obrigatoriedade imediata de que possamos fazer os recursos próprio para análise dos ministros”, disse Rodrigo Pacheco.

Ipojuca - Minha rua top

A vereadora Professora Williane (PT) levantou sérias denúncias sobre a situação precária da Educação no município de Ouricuri. Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, a parlamentar mostrou ter recebido diversas mensagens, incluindo via WhatsApp, relatando a falta de aulas em algumas escolas da região. O motivo apontado pelos denunciantes foi a falta de pagamento aos contratados da Educação desde o ano de 2023.

Além disso, a parlamentar destacou que algumas gratificações para servidores municipais estavam sendo pagas em valores altos, enquanto os contratados da Educação sofriam com atrasos salariais e a falta de condições para exercer suas funções adequadamente.

Um ponto de destaque na denúncia foi sobre o repasse do Fundeb de 2024 ao município, que totalizou R$ 39.502.844,06. A vereadora ressaltou o descaso da gestão municipal com a situação, enfatizando que recursos significativos estão sendo destinados à Educação, mas não estão sendo aplicados de forma adequada para garantir o pleno funcionamento das escolas e o pagamento dos profissionais.

Ela encerrou dizendo que continuará agindo como desde o início de seu mandato, fiscalizando e cobrando medidas efetivas para resolver os problemas enfrentados pela população de Ouricuri, especialmente na área da Educação.

Caruaru - Geracao de emprego

Defensor do fortalecimento da agricultura familiar, o deputado estadual Jarbas Filho (MDB) esteve, no início da tarde de hoje, no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Na ocasião, tratou com a presidente Ellen Viégas sobre as indicações já feitas na Alepe em benefício dos produtores rurais.

Camaragibe Agora é Led

Se o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista com o escritor e pesquisador Paulo César de Araújo, maior biógrafo do rei Roberto Carlos, ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Por Waldir Tenório *

Política é a arte de engolir sapos. E não é de hoje que políticos experimentados sabem disso, treinando seus estômagos para não terem indigestão. Mas toda dieta tem limites. E engolir sapos em sequência e quantidade desmedida não faz bem nem mesmo para quem tem o hábito.

Vice-presidente nacional do Solidariedade, Marília Arraes já deve estar próxima de atingir seu limite: até quando ela vai aguentar a engolir calada os sapos do deputado Luciano Duque? Pelo tempo e pela quantidade, já seriam suficientes para fazê-la perder o apetite pelo parlamentar.

Na Assembleia, Marília teve que engolir calada a aproximação de Duque à base de Raquel Lyra. O que incluía como entrada as “escapadas” do deputado em sessões de votações nas quais Marília atuava contra o discurso da governadora.

A ausência como aperitivo se transformou em prato principal quando o próprio Duque chegou a declarar mais claramente posicionamento à bancada de situação na Alepe. E com recado direto para a própria Marília, a quem o deputado do Solidariedade deixou bem claro que não devia satisfações do seu mandato.

Marília já deveria ter regurgitado a postura de Duque, que agora procura se disfarçar de vítima, querendo atribuir indiretamente à ex-deputada a pecha de traidora. Uma postura que se resume pela máxima “quem disso cuida, disso usa”.

Ora, Luciano rejeitou a convergência com as diretrizes de Marília há um bom tempo, o que significaria um eufemismo para traição. Aliás, da última vez que a dirigente do SD mencionou o fato do partido estar esperando a posição de Duque quanto à disputa pela prefeitura de Serra Talhada, Duque respondeu com uma ironia bem ácida. “Ela (Marília) pode vir aqui em Serra se candidatar”, destacou.

E quando ainda dava para duvidar da postura desleal de Duque em relação a Marília, eis que a semana decisiva para troca-troca de partidos, o deputado do Solidariedade não teve solidariedade alguma em favor da sua própria legenda e trabalhou para fortalecer o Podemos, para onde foram seu filho, Miguel Duque, e seus aliados, os vereadores Ronaldo Dja e Vandinho da Saúde.

Vê-se, portanto, que o cardápio oferecido por Duque à Marília é bem amplo. Mas todos os pratos servidos até agora parecem ter apenas um tempero em comum, o da traição.

*Médico e Presidente do SD em Serra Talhada

Vitória Reconstrução da Praça

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva engavetou, por tempo indeterminado, ao menos 49 pedidos de informação apresentados por cidadãos por considerar as demandas sensíveis demais para receber respostas no prazo padrão de dois meses. Os processos estão parados na Controladoria-Geral da União (CGU).

Constam na lista casos que podem obrigar o Exército a liberar códigos de rastreamento de munições compradas pelas Polícias e o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) a informar se aplicou sanções a clientes que violam normas socioambientais da instituição. Procurada, a pasta afirmou que os processos estão sem respostas para a realização de estudos e por “estender a fronteira da transparência”. As informações são do portal Estadão.

Um despacho da CGU tem o poder de contrariar decisões de outros ministérios. Quando um cidadão demanda respostas de órgãos públicos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e não é respondido como gostaria, ele pode recorrer à Controladoria, a quem caberá analisar o caso e decidir se o pedido merece ser atendido ou não.

A pasta, no entanto, deixou dezenas desses processos sem um parecer. Dez desses casos estão travados há mais de um ano. A CGU informou aos solicitantes que precisaria de mais tempo para analisar o pedido, porém nunca mais os atualizou sobre o status atual do procedimento.

Ainda na gestão do presidente Michel Temer, a CGU passou a adotar prazo de 60 dias para se posicionar sobre recursos de cidadãos que têm seus pedidos negados por ministérios e órgãos do governo federal. A pasta se ampara num decreto que determina que todos os ministérios e órgãos federais “apresentarão resposta conclusiva às manifestações recebidas no prazo de trinta dias, contado da data de seu recebimento, prorrogável por igual período mediante justificativa expressa, e notificarão o usuário de serviço público sobre a decisão administrativa”. Contudo, a Controladoria tem descumprido esse regramento sem apresentar as razões para tal.

A LAI não admite a adoção de critérios políticos para a concessão de informações. A lei, que entrou em vigor em maio de 2012, criou regras para obrigar o Poder Público a responder os pedidos de cidadãos franqueando acesso aos dados e documento solicitados.

A legislação veda a realização de filtros nos dados solicitados. Ou seja, não existe na LAI dispositivo que autorize o governo a retardar a resposta apenas por considerar um pedido “sensível”. O artigo 32 define como “condutas ilícitas” do agente público se recusar a fornecer informação requerida, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa.

O Sextou de hoje presta homenagem ao rei Roberto Carlos, que completou 83 anos na semana passada. Entrevistei o seu maior biógrafo, o escritor e pesquisador Paulo César de Araújo, autor de Roberto Carlos em detalhes, um dos melhores livros sobre a trajetória do cantor, mas que acabou numa pendenga judicial por ter sido proibido pelo rei.

Depois de passar por todas as instâncias judiciais, o processo movido por Roberto Carlos contra o biógrafo chegou ao Supremo Tribunal Federal e foi julgado em 15 de junho de 2015. A batalha jurídica entre os dois começou em 2006, quando Paulo César lançou pela editora Planeta a biografia “Roberto Carlos em Detalhes”. O cantor reivindicava a proibição do livro justificando a defesa do seu patrimônio: a sua história pessoal.

Ele exigia ainda a prisão de Paulo César por dois anos e o pagamento de uma indenização milionária. O biógrafo diz que foi tratado como criminoso e atribui à visão patrimonialista e autoritária de Roberto Carlos a postura que o rei adotou no embate jurídico. O julgamento culminou com a vitória de Paulo César e a liberação de biografias e cinebiografias não autorizadas.

Mesmo com toda essa situação, Paulo César diz não guardar mágoa do então ídolo. Em 2014, ele lançou o livro “O réu e o rei: minha história com Roberto Carlos em detalhes”, em que conta a polêmica proibição. Fã ardoroso de Roberto, Paulo César lançou mais um livro sobre o artista.

“Outra vez”, o novo título, é uma história do ídolo da canção popular brasileira (coroado Rei da Juventude em 1965, por Chacrinha), contada por meio de suas músicas — 50 capítulos, cada um centrado em uma canção gravada por Roberto, numa narrativa que vai e volta no tempo. O primeiro capítulo é “O divã”, canção gravada em 1972, teoricamente fora do escopo do volume 1 (que abrange a vida de Roberto até 1970), mas é nela que o Rei se abre sobre sua infância e sobre o acidente na linha do trem, aos 6 anos, no qual perdeu parte da perna direita.

No Sextou, o consagrado biógrafo do rei fala dos grandes clássicos gravados pelo artista, seu envolvimento com a Bossa Nova e a Jovem Guarda. O programa vai ao ar hoje, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife.

A Sétima Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) deliberou, por unanimidade, a favor do Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO-PE) em uma disputa judicial contra o município de Joaquim Nabuco. A decisão obriga a Prefeitura a cumprir o piso salarial proporcional à carga horária estipulada pela Lei Federal nº 3.999/61, que regulamenta a profissão odontológica.

O embate jurídico teve início devido ao edital nº 001/2023, que oferecia seis vagas para Cirurgião-Dentista e seis para Auxiliares em Saúde Bucal, com carga horária de 40 horas semanais e salários de R$ 2.400,00 e R$ 1.302,00, respectivamente. Ambos os valores estavam abaixo do piso mínimo estabelecido pela legislação federal.

O presidente do CRO-PE, Eduardo Vasconcelos, destacou a importância da decisão: “Esse é mais um reconhecimento importante. Não apenas para garantir condições dignas de trabalho, mas também para promover a ética e assegurar a qualidade dos serviços prestados à população. O CRO-PE segue empenhado em promover uma odontologia mais forte e respeitada”.

Revolta é o nome que se dá quando a dor de outra pessoa é utilizada, principalmente quando é para fins publicitários. Foi o que o Governo do Estado, pela Secretaria de Saúde, fez, ontem, quando expôs como grande feito da pasta o retorno das cirurgias do aparelho osteomuscular. O procedimento visa corrigir a luxação de quadril, típica em crianças diagnosticadas com a Síndrome da Zika Congênita/Microcefalia e estava sem ser realizado há bastante tempo.

Sem mencionar o fato de que não há quantidade suficiente de placas para realizar o procedimento nas 138 crianças que aguardam pela cirurgia, se aproveitou da mãe de uma criança de 8 anos, Thuana, que estava prestes a entrar no bloco cirúrgico, para coagi-la a dar seu depoimento sobre o retorno das cirurgias para postar no Instagram da pasta, conforme atesta vídeo, devidamente autorizado, que ilustra esse post.

Esqueceram também de mencionar que a qualidade das placas que existem, além de ser insuficiente, é de má qualidade e corre o risco de estourar dentro do corpo da criança já fragilizado.

O depoimento está estampado no perfil oficial da Secretaria de Saúde, mesmo diante de no próprio perfil, a mãe da criança revelar estar chateada com o uso da sua imagem sem ter explicado para qual fim seria.

“Ela ficou triste quando se viu na propaganda do governo, pois ela sabe o que sua filha chorou de dor por meses esperando a cirurgia. E ela não entende, tampouco a gente entende, um Governo que faz propaganda com a nossa dor, com a miséria de ter esperado por anos essa cirurgia. Sabendo que de 138 crianças apenas 1 concluiu o procedimento de operar os dois lados e as outras 137 ainda assim, estão chorando de dor”, diz Germana Soares, presidente da União de Mães de Anjos em Pernambuco, em carta de repúdio contra o ocorrido.

Diante da repercussão negativa do vídeo postado pela Secretaria de Saúde, o Governo tenta a todo custo remediar a situação. Segundo Germana, estão procurando as mães que estão unidas para participarem, na próxima segunda-feira, de Audiência Pública na Alepe sobre o tema, cuja a secretária de Saúde, Zilda Rego Cavalcanti, foi convocada a comparecer, para dizer que a cirurgia será marcada.

“Não vamos ceder. Estamos há mais de um ano esperando esse Governo se posicionar e o que tivemos de retorno até então só foi o silêncio. Não vamos agora retroceder a nossa luta. Porque pelo que o Governo propôs, serão duas crianças operadas por mês. Ou seja, serão mais de cinco anos para fazer a cirurgia de todas as crianças que estão na lista”, desabafa indignada Germana.

Moradores do Agreste do Estado que usam a frota de ônibus da Astrotur foram pegos de surpresa, ontem, após a empresa afirmar que não irá mais operar na região a partir do dia 18 de maio. Até essa data, a empresa continuará a operar as seis linhas que levam os passageiros de Garanhuns para as cidades de Arcoverde, Bom Conselho, Calçado, Correntes, Jurema e Poção.

A justificativa para o encerramento das atividades da empresa no Agreste, segundo o Assistente de Tráfego da companhia em Garanhuns, Lucas Vilela, é a concorrência desleal.

“Ao logo dos anos, o nosso faturamento vem caindo em consequência da concorrência desleal que existe com transportes alternativos que operam de forma irregular na região”, explicou Vilela.

Embora a direção da Astrotur tenha tentado ao longo do tempo pedir uma fiscalização por parte dos órgãos públicos competentes, até o momento nada foi feito, o que levou na decisão de encerrar as atividades. “Infelizmente, serão, em média, 2,5 mil pessoas atingidas, além de 35 funcionários que trabalham em Garanhuns demitidos”, lamenta o analista de tráfego.