Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog
Um dos mais fiéis escudeiros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Pernambuco, o deputado estadual Alberto Feitosa (PL) fez uma avaliação das eleições municipais deste ano para o Partido Liberal no Estado. Durante o pleito, as divergências internas ficaram expostas com direito a críticas do próprio Bolsonaro.
O ex-presidente criticou Anderson Ferreira, que preside a legenda no Estado, por não ajudar na campanha de Gilson Machado, que disputou a vaga de prefeito do Recife. Na opinião de Alberto Feitosa, a eleição deixou um alerta para os membros do partido sobre importância da união.
Atualmente, dois grupos medem forças no PL de Pernambuco, o de Gilson Machado, mais ligado a Bolsonaro, e o grupo dos Ferreira, do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira, mais ligado ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Leia maisAlberto Feitosa puxou a sardinha para o lado de Bolsonaro, embora tenha afirmado que sua relação com todos do partido é tranquila. “O PL precisa de Bolsonaro para ser o partido que hoje é”, cravou.
“Minha relação com todos do partido é muito tranquila, amistosa e respeitosa. Mas eu sou crítico comigo e com tudo o que acontece. Eu acho que não foi bom para os Ferreira a forma como terminou a eleição no Estado”, observou Feitosa.
Fundo partidário
Na opinião do parlamentar, “alguns procedimentos não foram normais”. “Quando você tem um candidato com laço familiar, você pega aquele candidato e dá todo o fundo partidário e deixa outros 18 candidatos sem nenhum recurso, acho que isso não é bom. Poderíamos ter, ao invés de quatro vereadores, um quinto nome”, acrescentou.
Feitosa se referiu à campanha de Fred Ferreira, que foi reeleito vereador do Recife com 11.804 votos e teria recebido a maior parte dos recursos partidários, desagradando outros integrantes. O PL elegeu quatro vereadores na capital.
Para 2026, Feitosa disse que é preciso diálogo. “Uma série de componentes serão colocados na mesa de negociação e a gente vai sair com a melhor solução. Tem muito tempo. Vamos baixar as armas e abrir os espíritos para que a gente possa crescer e não dividir”, defendeu.
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