Coluna da quarta-feira

A crise do Pix e a desconexão da esquerda com o povo

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

As novas regras de fiscalização da Receita Federal para transferências financeiras, que passaram a valer no primeiro dia deste ano, se tornaram uma dor de cabeça imensa para o Governo Lula (PT) e sua equipe econômica. Tudo o que a gestão petista não precisava neste momento.

O anúncio de mais rigor no monitoramento de transações que somem R$5 mil por mês para pessoas físicas ou R$15 mil para empresas caiu como uma bomba na cabeça de parte da população brasileira.

O objetivo da Receita é ampliar o controle sobre operações realizadas via Pix, cartões, Ted, saques e depósitos, evitando sonegação de impostos e crimes como lavagem de dinheiro. A medida tem preocupado profissionais autônomos, trabalhadores informais, pequenos comerciantes e microempreendedores, prestadores de serviço de maneira geral, que temem entrar na faixa passível de pagamento do Imposto de Renda.

Na prática é isso mesmo que vai acontecer. Com o aumento da fiscalização, a Receita ficará mais atenta às transações que antes ficavam fora do radar, principalmente aquelas realizadas via Pix, o meio de pagamento que substituiu nos últimos anos as operações em dinheiro físico no Brasil.

Se a Receita entender que você, pessoa física, ganhou mais de R$5 mil reais por mês, você vai precisar explicar esse rendimento. O mesmo serve para as pessoas jurídicas que obtiverem mais de R$15 mil mensais. Isso já acontecia, mas quem recebia esses valores via Pix não era obrigado a declarar. Agora, será.

Só que a população está com medo de uma coisa e o Governo se esforça para explicar outra, aumentando a confusão em torno do assunto e gerando mais desgaste. Enquanto o povo está temeroso de ver o pagamento de bicos informais ser monitorado pela Receita, colocando um monte de gente na faixa de 27,5% do pagamento do Imposto de Renda, Lula e equipe se esforçam para dizer que o Pix não vai ser taxado.

É VERDADE, O PIX NÃO VAI SER TAXADO – Sim, a oposição se aproveitou do desgaste e espalhou fake news de que haveria taxação em cima do Pix, o que a rigor não vai acontecer. O Governo tem tentado disseminar a verdadeira informação e até o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, gravaram vídeos para as redes sociais desmentindo a inverdade. Só que a preocupação que ronda os trabalhadores é com a possível entrada na faixa de 27,5% do Imposto de Renda. Antes do Pix, um pedreiro, eletricista, design de sobrancelha, manicure, pintor e outros prestadores de serviço, por exemplo, costumavam receber sempre em dinheiro. Com a popularização do uso do Pix, eles passaram a ter toda a renda registrada e atrelada aos seus CPFs. O Governo acordou para isso e colocou uma lupa em cima.

Desconexão com o povo – Uma das análises que se faz nos últimos anos no meio político é de que as esquerdas no Brasil perderam a capacidade de se conectar com uma parte da população, justamente com a classe média baixa, com os autônomos, os informais. O próprio Guilherme Boulos (PSOL) disse, durante a campanha para a Prefeitura de São Paulo, ano passado, que “a esquerda deixou de falar com uma parcela dos trabalhadores que buscou sua prosperidade de outra forma”.

Comerciantes passam a exigir dinheiro vivo – Essa desconexão é exatamente o que revela o Governo Lula ao decidir vigiar quem consegue fazer renda de R$5 mil com o Pix. Nos sonhos dourados dos técnicos da Fazenda que vivem em escritórios refrigerados, o povo vai ser obrigado a formalizar negócios e ampliar a base de arrecadação fiscal. Na realidade dura da vida, os comerciantes da Feira de Caruaru, por exemplo, já estão colocando plaquinhas nos bancos de madeira avisando que só aceitam dinheiro em espécie. Ninguém quer ficar na mira da Receita, principalmente porque já se paga muito imposto no Brasil e não se tem a sensação de que aquele recurso retorna em serviços públicos.

Péssimo momento para ampliar o poder do “Leão” – O Governo Lula iniciou 2025 com índices de popularidade preocupantes, indicando que escolheu um péssimo momento para anunciar mais fiscalização da Receita Federal. De acordo com o PoderData, por exemplo, o trabalho do presidente era avaliado como “bom” ou “ótimo” por 43% dos eleitores em janeiro de 2023, mas caiu para 27% em dezembro de 2024. É muita ingenuidade achar que iria botar uma lupa no Pix e não teria consequências. A crise de imagem, inclusive, afeta também o ministro Fernando Haddad, que, já sentindo a fritura, tentou amenizar o desgaste, ontem (14), dizendo que a gestão analisa aumentar de R$ 2.824 para R$ 3.036 mensais a isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física, em 2025.

O novo ministro faz milagre? – O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Sidônio Palmeira, tomou posse ontem e chegou com as missões de revolucionar a forma como o Governo Lula se comunica com a população, combater fake news e fazer com que a gestão melhore no ambiente digital. Não adiantará de nada se na prática a vida do povo ficar mais difícil com novas regras como as anunciadas pela equipe econômica, que ampliam a fiscalização da Receita. A não ser que o novo ministro faça milagre.

CURTAS

Povo lembra da CPMF – As campanhas do Governo Federal têm afirmado que “não existe tributação sobre Pix e nunca vai existir, até porque a Constituição Federal não autoriza imposto sobre movimentação financeira”. No entanto, a população mais velha ainda lembra da famigerada CPMF, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. Quando os políticos querem, a Constituição não vale de nada.

Concessão parcial da Compesa – Será realizada na manhã de hoje (15) a audiência pública que tratará da concessão parcial da Compesa, empresa de saneamento e distribuição de água de Pernambuco. O projeto está sendo desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com o Estado. A audiência será na sede da Fiepe, na Avenida Cruz Cabugá, 767, bairro de Santo Amaro, a partir das 9h.

Prefeitos e prefeitas já receberam informações – A equipe da governadora Raquel Lyra (PSDB) apresentou, ontem, o projeto de concessão da Compesa para prefeitos e prefeitas do Estado, em assembleia extraordinária da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). O secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, o secretário de Projetos Estratégicos, Rodrigo Ribeiro, e o secretário executivo de Parcerias e Projetos Estratégicos, Marcelo Bruto, responderam aos questionamentos dos gestores.

Perguntar não ofende: quando a esquerda brasileira vai voltar a falar a língua do povo?

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A vereadora de Olinda, Eugênia Lima (PT), utilizou as redes sociais para criticar a condução do Carnaval pela Prefeitura e relatar que não conseguiu expor suas críticas na sessão da Câmara Municipal de ontem (11). Segundo a parlamentar, apesar de estar inscrita no livro de oradores, a sessão foi encerrada antes que pudesse aprofundar sua fala sobre o tema.

Eugênia classificou a organização da festa como a pior que já presenciou. “Nunca vi um carnaval tão desorganizado na cidade de Olinda”, afirmou, destacando problemas como a presença excessiva de veículos no sítio histórico, falhas na iluminação pública, acúmulo de lixo e a precariedade da estrutura dos banheiros. A vereadora também questionou a destinação de recursos que foram retirados da Secretaria de Cultura para o evento. Assista:

Jaboatão - Combate Dengue

Por Betânia Santana
Do Blog da Folha

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), que em maio deve assumir a presidência nacional do partido, considerou natural a movimentação partidária. A legenda perdeu, este ano, dois prefeitos: a de Lagoa Grande, no Sertão, Catharina Garziera, que foi para o MDB, e o de Flores, também no Sertão, Gilberto Ribeiro, que migrou para o PSD, legenda à qual a governadora Raquel Lyra se filiou na última segunda-feira. Ribeiro assinou a ficha de filiação no mesmo dia da gestora.

“Essa movimentação é absolutamente normal, de um prefeito ir para um partido ou para outro. A acomodação partidária é algo absolutamente natural. Isso acontece não só aqui, mas em todos os locais. É muito normal não só entre prefeitos, mas também nas janelas partidárias entre deputados e bancadas”, disse o prefeito logo depois de cortar o bolo dos 488 anos do Recife, no Restaurante Popular Naíde Teodósio, em Santo Amaro, área central da cidade.

Segundo o prefeito, o PSB teve um grande resultado na eleição municipal do ano passado. “Fomos o partido com a maior votação de Pernambuco. Tirando a cidade do Recife, a gente ainda fica com a maior votação, um número expressivo de prefeitos e de vereadores e a certeza de que o partido fez um trabalho bem-feito no Estado, um trabalho que nos coloca na condição de melhor resultado que uma oposição já teve em Pernambuco”, destacou.

O gestor garantiu não estar preocupado com a decisão de um dos eleitos no ano passado de seguir a adversária Raquel Lyra. Para ele, as pessoas conhecem a forma do PSB de governar e de cuidar das pessoas.

“As pessoas sabem de tudo o que a gente está fazendo aqui no Recife e de tudo que já foi feito em anos passados no Estado de Pernambuco. E têm a consciência de que nosso time trabalha para quem mais precisa”, pontuou. Citou como exemplo o lugar escolhido para cortar o bolo de aniversário do Recife.

“Eu poderia estar comemorando em qualquer local da cidade. Não à toa, escolhi cortar o bolo no restaurante popular, com as pessoas que mais precisam. Nossa história mostra isso. Nosso lado é estar do lado de quem mais precisa. Quem conhece e sabe da história sabe onde quer chegar e certamente não vai se perder no caminho”, enfatizou.

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Maria Elizabeth Rocha, de 65 anos, se torna, nesta quarta-feira (12), a primeira mulher a presidir o Superior Tribunal Militar (STM). Em 217 anos da Corte, apenas homens haviam liderado a instituição.

A nova presidente ficará no comando do tribunal até 2027, junto ao vice-presidente, o ministro tenente brigadeiro do ar Francisco Joseli Parente Camelo.

Uma das bandeiras de Maria Elizabeth é a diversidade e maior inclusão das mulheres em espaços de poder. Ela fez um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela indicação de uma mulher na vaga que abrirá no STM em abril. Lula, então, recomendou a advogada Verônica Abdalla Sterman, que ainda precisa ser aprovada pelo Senado para ocupar a cadeira no tribunal militar. As informações são da CNN Brasil.

Além disso, a nova presidente deseja avançar com a chamada “PEC dos militares” no Congresso Nacional. Pela proposta de emenda à Constituição, os militares da ativa estariam impedidos de concorrer ou aceitar cargos políticos.

No início do mês, em entrevista ao CNN Entrevistas, Maria Elizabeth afirmou nunca ter visto “com bons olhos” a participação de militares da ativa na política, com exceção de cargos no Ministério da Defesa e no comando das Forças Armadas. “Quando a política entra nos quarteis, a hierarquia sai”, reforçou.

Na entrevista, a nova presidente também comentou sobre a época da ditadura militar. Para ela, a “Justiça Militar carrega as mazelas do golpe de 1964”. “Enquanto houver torturadores e torturados vivos, e seus filhos, essa justiça vai ser sempre criticada, sobretudo por atuar em tempo de paz”, disse.

Maria Elizabeth ainda falou a respeito dos pedidos de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023: “Acho que ainda é precipitado falar sobre isso, algumas penas foram elevadas, mas falar de anistia quando nem todos os denunciados foram julgados, me parece estranho. Isso poderia ser cogitado, se fosse o caso, se todos os réus fossem julgados, mas vai anistiar o quê?”.

Ela se colocou de forma crítica a como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as Forças Armadas durante sua gestão.

“Marinha, Exército e Aeronáutica, acabaram sendo extremamente prejudicadas e a credibilidade solapada porque um chefe de Estado acabou se perdendo na condução do governo”.

Currículo
Maria Elizabeth já serviu como vice-presidente do STM de 2013 a 2015 e atua como ministra da Corte desde 2007, por indicação de Lula.

Natural de Belo Horizonte (MG), a presidente cursou direito na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e é doutora em direito constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais.

Dulino Sistema de ensino

Por Malu Gaspar
Do Jornal O Globo

Um julgamento marcado para esta quinta-feira (13) no Supremo Tribunal Federal (STF) pode tirar o mandato de sete parlamentares e tensionar a relação da Câmara dos Deputados não só com a Corte, mas com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que tem interesse direto no que será decidido pelos 11 integrantes do tribunal.

O assunto a ser discutido no plenário da Corte são as regras das chamadas sobras de vagas eleitorais. As sobras são uma espécie de repescagem realizada depois de preenchidas todas as vagas na Câmara, pelas quais 7 deputados assumiram seus mandatos depois da eleição de 2022.

As novas regras na divisão das vagas foram consideradas inconstitucionais pelo STF em fevereiro do ano passado. O que se discute agora é se esse entendimento recente deve ou não retroagir , ou seja, já ser aplicado agora e levar ao fim do mandato dos deputados.

Caso o Supremo decida por retroagir, perdem o mandato imediatamente os deputados Augusto Pupio (MDB-AP), Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lázaro Botelho (PP-TO), Lebrão (União Brasil-RO), Professora Goreth (PDT-AP), Silvia Waiãpi (PL-AP) e Sonize Barbosa (PL-AP). Quatro deles são do Amapá de Alcolumbre.

Nesse caso, eles seriam substituídos por aliados do presidente do Senado, que ampliaria seu domínio sobre a bancada e o tabuleiro político local.

A possibilidade de os parlamentares perderem o cargo preocupa o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem feito uma peregrinação pelos gabinetes dos ministros do STF para convencê-los a preservar o mandato dos colegas, e não interferir na composição da Câmara, definida em eleição ocorrida em 2022.

O cálculo da discórdia
A controvérsia no Supremo gira em torno das sobras eleitorais, que são as vagas que restam depois da divisão pelo quociente eleitoral — um índice que é calculado a partir do número de votos recebidos e das vagas disponíveis. Uma lei de 2021 estabeleceu que só pode disputar as sobras o partido que tiver ao menos 80% do quociente eleitoral, e os candidatos que tenham obtido votos de ao menos 20% desse quociente.

Em 2022, três partidos – Rede, PSB e Podemos – alegaram ao Supremo que a mudança na regra feriu o pluralismo político e a igualdade de chances. O STF concordou com o argumento das siglas e invalidou as regras, por 7 a 4, em julgamento concluído em fevereiro do ano passado. Para a Corte, todas as legendas podem participar da divisão das sobras.

Em uma segunda votação naquele mesmo julgamento, com placar mais apertado (6 a 5), a Corte decidiu que o entendimento só deveria valer a partir de 2024, o que preservaria o mandato dos atuais parlamentares. Ou seja: a regra que os beneficiou foi anulada, mas eles seriam “poupados” porque a decisão do STF não teria efeitos retroativos – esse ponto da decisão contrariou Alcolumbre.

O julgamento opôs a atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, e o seu antecessor no comando da Corte Eleitoral, Alexandre de Moraes – enquanto Cármen votou para preservar o mandato dos sete parlamentares ameaçados, Moraes defendeu a anulação da posse deles.

Reviravolta
Agora, o plenário do Supremo volta a se reunir para discutir um recurso dos partidos que moveram as ações, que tem o objetivo de garantir a aplicação imediata da decisão da Corte. Na prática, isso levaria à perda do mandato dos sete parlamentares beneficiados pela regra que já foi considerada inconstitucional pelo STF.

A peça-chave do novo julgamento é o ministro Cristiano Zanin Martins, indicado ao cargo pelo presidente Lula, que vai votar no lugar do antigo relator do caso, Ricardo Lewandowski.

Atual ministro da Justiça de Lula, Lewandowski votou a favor de a decisão do STF só valer a partir de 2024, posição que acabou prevalecendo por maioria apertada – mas, na análise do recurso, Zanin já sinalizou que defende a aplicação imediata do entendimento da Corte, o que abre caminho para uma reviravolta no caso.

Isso porque o julgamento do recurso das legendas foi iniciado em junho de 2024 no plenário virtual da Corte, uma plataforma digital que permite a análise de casos sem que os ministros precisem se reunir presencialmente – e longe das transmissões ao vivo da TV Justiça.

Na ocasião, Zanin e outros cinco ministros – Moraes, Flávio Dino e três integrantes da ala chamada “Centrão do STF”, Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques e Dias Toffoli – votaram a favor da aplicação imediata da decisão do STF e da anulação da eleição dos sete deputados federais, indicando uma maioria a favor da mudança na composição da Câmara.

Mas a análise acabou interrompida à época por um pedido de destaque de André Mendonça, que tirou o caso do ambiente online e trouxe a discussão para o plenário físico da Corte, onde o julgamento do recurso será reiniciado do zero. Mendonça foi indicado ao STF por Jair Bolsonaro, cujo partido, o PL, corre o risco de perder duas cadeiras.

‘Precedente perigoso’
No memorial entregue aos ministros do STF, obtido pelo blog, a equipe jurídica dos parlamentares ameaçados afirma que a aplicação imediata da decisão abre um “precedente perigoso” e alega que o recurso das legendas tem “a nítida pretensão de rediscutir o mérito” de uma questão já julgada pelo STF.

“Toda e qualquer alteração do processo eleitoral, ainda que, em tese, venha para aperfeiçoá-lo, está submetida à cláusula da anualidade, precisamente em atenção à segurança jurídica eleitoral qualificada e à proteção de legítimas expectativas dos participantes do pleito”, diz o texto.

Para um influente interlocutor de Motta ouvido reservadamente pela equipe da coluna, “não dá para mexer com a regra do jogo, com o jogo concluído pela Justiça Eleitoral”. “A regra é a de que toda alteração eleitoral só vale para o futuro, justamente para evitar alterações casuísticas.”

Do outro lado, o PSB sustenta que o Supremo, para preservar o mandato dos atuais parlamentares, seriam necessários, no mínimo, oito votos para “modular” os efeitos da decisão, ou seja, para não retroagir.

“Isso porque o art. 27 da Lei nº. 9.868/1999 (que trata do julgamento de ação direta de inconstitucionalidade pelo STF) exige quórum qualificado de 2/3 (dois terços) para a modulação dos efeitos de decisões que declarem inconstitucionalidade em sede de controle concentrado, o que não foi observado”, sustenta a sigla, que seria diretamente beneficiada com a perda do mandato dos sete parlamentares.

Ipojuca No Grau

A governadora Raquel Lyra nomeou, nesta quarta-feira (12), o engenheiro civil André de Souza Fonseca como novo presidente da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem). Fonseca, que atuava como secretário executivo de Política Urbana e Habitação, assume o cargo em um momento de reestruturação da gestão metropolitana compartilhada, com a agência agora integrada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).

Engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fonseca tem especializações em Gestão Pública, Auditoria, Avaliações e Perícias de Engenharia, além de Gestão do Desenvolvimento Territorial com Ênfase em Política Habitacional. Com passagens pela Caixa Econômica Federal, onde atuou por mais de 15 anos em cargos estratégicos, ele também possui certificações em liderança e gestão estratégica, além de formação executiva pela HSM Educação Executiva.

Caruaru - IPTU 2025

Hoje, as “cidades-irmãs” Recife e Olinda celebram seus aniversários. Enquanto a capital comemora seus 488 anos, a Marim dos Caetés é um pouco mais velha, com 490 anos de fundação. Quem trabalha em Olinda pode curtir o feriado e participar das celebrações com blocos de Carnaval nas ruas, enquanto quem vive no Recife tem uma quarta-feira “comum”.

No Sítio Histórico de Olinda as comemorações começaram cedo e seguem até a noite. A primeira celebração foi pela manhã, com uma missa na Catedral do Alto da Sé. No Bonsucesso, das 9h às 16h, o segundo olindense mais famoso do mundo, o Homem da Meia-Noite, estará à disposição para fotos. As informações são do portal Brasil de Fato.

A tarde é de festa de rua na Cidade Alta, com o Menino da Tarde saindo às 15h, do Largo da Guadalupe, e encontrando a tradicional Pitombeira dos Quatro Cantos às 16h. Pouco depois, às 17h, as rabecas da Família Salustiano começam a tocar no Bonsucesso, saindo em cortejo pelo Sítio Histórico.

Um palco em frente à prefeitura terá programação de shows a partir das 17h30, com Zuza Miranda e Thaís, Mestra Ana Lúcia do Coco, Gangga Barreto, a Orquestra de Bolso e as Sambadeiras. Uma pausa acontece às 18h30 para a queima de fogos de artifício e o corte do bolo de aniversário. A poucos metros da festa, no Mosteiro de São Bento, acontece o lançamento do documentário Olinda Sacra, às 18h.

A agenda do prefeito do Recife, João Campos (PSB), começou com a entrega de uma creche na Mustardinha e a assinatura de uma ordem de serviço para uma obra na Ladeira da Cohab, no Ibura, ambos os bairros na zona sul do Recife. A comemoração, com os parabéns e o bolo compartilhado com os cidadãos, foi às 12h45, no Restaurante Popular Naíde Teodósio, no bairro de Santo Amaro.

À tarde, no Recife Antigo, a Praça do Arsenal recebe a oficina de dança Frevo Extramuros, promovida pelo museu Paço do Frevo. A professora Patrícia Fernandes ministrará aulas rápidas de frevo às 14h, 14h40, 15h20 e 16h. As atividades são gratuitas.

À noite, às 20h, a Orquestra Sinfônica do Recife realiza um concerto gratuito no Teatro Santa Isabel, bairro de Santo Antônio. Os ingressos podem ser reservados gratuitamente e de maneira antecipada pelo site do teatro a partir das 10h do dia do evento. Também serão distribuídos ingressos a partir das 19h, na bilheteria do teatro. O concerto público se repete nesta quinta-feira (13).

Camaragibe Cidade do Trabalho

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, deu uma boa notícia, hoje, para os sertanejos: o Governo de Pernambuco vai realizar investimentos para expandir a irrigação no Sertão.

A notícia foi compartilhada pelo presidente da ABRAFRUTAS, Guilherme Coelho, hoje, em suas redes sociais. A elaboração do projeto, necessário para captação de recursos para execução da obra do Canal do Sertão, está entre as ações previstas. Confira!

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

O Hospital Memorial Arcoverde irá retomar os atendimentos oncológicos pelo Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (SASSEPE), após um período de paralisação causado por atrasos nos repasses do órgão. Segundo informações da vereadora Célia Galindo (Pode), a presidência do SASSEPE começou a quitar os débitos.

A regularização dos pagamentos permitirá que dezenas de pacientes voltem a receber atendimento no Memorial Onco, setor especializado no tratamento de câncer dentro do hospital. As informações são do portal Folha das Cidades.

A suspensão dos atendimentos ganhou repercussão no Dia Internacional da Mulher (08 de março), quando a vereadora Célia divulgou um vídeo cobrando providências do SASSEPE. No material publicado nas redes sociais, a parlamentar denunciou o impacto da paralisação sobre os pacientes, muitos dos quais estavam sem acesso a quimioterapia e outros procedimentos essenciais.

A mobilização gerou forte repercussão e aumentou a pressão sobre o SASSEPE, que iniciou o processo de regularização dos débitos com o hospital. A volta dos atendimentos oncológicos representa um alívio para os pacientes e suas famílias, que enfrentavam incertezas sobre a continuidade do tratamento, tendo que se deslocar para outras cidades. Além disso, a situação reforça a necessidade de maior fiscalização e transparência na gestão dos recursos do SASSEPE, para evitar novos episódios de desassistência.

“A expectativa agora é que o fluxo de repasses seja normalizado, garantindo que o Hospital Memorial Arcoverde continue prestando esse serviço essencial para a população”, revela a vereadora Célia Galindo.

Toritama - Prefeitura que faz

Autora de um projeto na área oncológica, já em tramitação no Congresso, a deputada federal Iza Arruda (MDB) lamentou que um hospital de Arcoverde, a 250 km do Recife, tenha suspendido o tratamento de portadores de câncer por falta de pagamento do Governo Raquel Lyra (PSD).

Belo Jarfim - Cidade Limpa

De passagem por Brasília, o prefeito de Camaragibe, Diego Cabral (Republicanos), falou ao blog no cafezinho da Câmara. Apesar de ter tido o apoio de João Campos (PSB) na campanha, afirmou que ainda não decidiu se apoiará a candidatura dele a governador. Confira!

Palmares - Outlet

No popular, foi numa cajadada só que os ‘Cunha Lima’ mataram dois assuntos ao deixarem o PSDB para ingressar no PSD. Livraram-se de um partido que se encaminha para galeria póstuma das legendas nacionais e, de quebra, vão garantir para a oposição na Paraíba um sopro de vida nova para a disputa de 2026. As informações são do blog do Luís Tôrres.

O avanço de Gilberto Kassab sobre as lideranças tucanas deu a Pedro e a Cássio Cunha Lima a chance de voar para novas terras e assegurar para o grupo da oposição uma legenda que tem tempo de TV e fundo partidário e, de quebra, assistir como espectador o PSDB se fundir com o Podemos em nível nacional, deixando tudo dentro de casa, no caso da Paraíba.