Metas para 2025: 60% dos brasileiros querem aprender sobre inteligência artificial

Final de ano é o momento de rever as metas passadas, já com um olhar para os novos planos do futuro. Entre os principais objetivos para um ano que se inicia, com frequência aparece o desejo de aprender algo novo ou se aprofundar em alguma área sobre a qual já se tem conhecimento. E, se o assunto é mercado de trabalho, o segmento da tecnologia sempre aparece entre as tendências de boas oportunidades.

Mas qual é o conhecimento em tecnologia que será mais buscado no próximo ano? Alinhado com o cenário de 2024, aprender sobre inteligência artificial é o objetivo de 60% dos brasileiros em 2025. O dado é de um estudo realizado pela DataCamp, plataforma de cursos online de tecnologia e dados, que entrevistou 500 brasileiros conectados à internet, em novembro deste ano. 

2024 foi considerado por muitos como o ano da inteligência artificial. Mesmo que tenha sido criada antes disso, foi neste ano que a tecnologia acabou se consolidando entre a população em geral. E os números comprovam o interesse dos brasileiros em se aprofundar na área, pois as buscas no Google Brasil por “curso de IA” saltaram 238% e a procura por “curso de inteligência artificial” cresceu 84% ao longo dos últimos doze meses.

Para Martijn Theuwissen, COO do DataCamp, foi em 2024 que os brasileiros se familiarizaram com a inteligência artificial e aprenderam que ela pode fazer parte do seu dia a dia. “As ferramentas que, até então, assustavam e eram vistas como concorrentes em diversas áreas do mercado de trabalho, agora já estão mais integradas às rotinas e são vistas com olhos mais otimistas, com o entendimento de que as portas abertas pela inteligência artificial podem trazer boas oportunidades.”

Para além da IA

Além de aprimorar o conhecimento em inteligência artificial, outras áreas do universo digital despertam o desejo de aprendizado dos brasileiros em 2025. Na segunda posição da pesquisa aparece o marketing digital e a gestão de redes sociais, citados por 41% dos entrevistados. Ainda com destaque, aparecem os programas de design e edição de vídeos, fotos e áudio (39%) e programação e desenvolvimento de softwares (35%).

“É possível perceber que conhecimentos em ferramentas relacionadas às redes sociais continuam em alta. Mesmo que em neste ano tenha se discutido bastante sobre os benefícios de um uso mais moderado desses espaços, elas ainda são fonte de trabalho para muitas frentes – para além dos blogueiros. Designers, publicitários, proprietários de pequenos negócios, profissionais autônomos e mesmo aqueles que realmente desejam alcançar a fama através da internet precisam dominar algumas ferramentas para entregar conteúdos de qualidade”, analisa Theuwissen.

“Além disso, é importante destacar que mesmo nas áreas da tecnologia mais voltadas para a comunicação, o uso de inteligência artificial também vem se fazendo presente e necessário. Basicamente, a IA estará envolvida no desenvolvimento de conhecimento em praticamente todas as áreas digitais “, completa ele.

São diversas as áreas que utilizam de conhecimentos digitais, o que possibilita o desenvolvimento de muitas habilidades e talentos que funcionam dentro de profissões mais tradicionais, até aquelas que surgiram mais recentemente. O que fica para todas as áreas é a importância da busca pelo aperfeiçoamento. Seja para o uso diário no trabalho ou para a realização de tarefas mais pontuais, o desenvolvimento de conhecimentos é o melhor caminho para que se encontre melhores oportunidades nos âmbitos profissional e pessoal.

Metodologia

Público: foram entrevistados 500 brasileiros de todos os estados do país, incluindo mulheres e homens, com idade a partir dos 16 anos e de todas as classes sociais.

Coleta: os dados do estudo foram levantados via plataforma de pesquisas online.

Data de coleta: entre os dias 29 de outubro e 03 de novembro de 2024.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) intensificou as operações de combate a ligações clandestinas no Estado. Em uma ação realizada ontem (14), no município de Exu, Sertão do Araripe, foram identificadas e retiradas 50 ligações irregulares ao longo da Adutora Luiz Gonzaga. Com a operação, a oferta de água na cidade aumentou de 10 para 17 litros por segundo, representando um acréscimo de 70% no abastecimento.

Os desvios de água, encontrados em propriedades rurais, residências e até em um hotel, vinham agravando o rigoroso calendário de distribuição local. “Essas ações irão continuar. Nosso objetivo é melhorar a distribuição em Exu, especialmente para moradores de áreas altas e distantes”, afirmou Guilherme Freire, diretor Regional do Sertão. As operações, conduzidas pela Coordenação de Segurança Patrimonial da Compesa, criada no ano passado, contam frequentemente com apoio policial.

A Compesa reforça a importância da participação popular no combate às ligações clandestinas, que impactam diretamente no abastecimento. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 0800 081 0195.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou contra a ida de Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos para a posse de Donald Trump.

Em documento enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (15), o procurador afirmou que não foi demonstrada “necessidade básica, urgente e indeclinável” de o ex-presidente sair do país.

Gonet também disse que Bolsonaro não apresentou “fundamento de especial relevo que supere o elevado valor de interesse público que motiva a medida cautelar em vigor”, que a viagem desejada pretende satisfazer interesse privado do requerente e não se mostra imprescindível.

O passaporte de Bolsonaro está retido em decorrência das investigações das quais ele é alvo, incluindo a que trata da suspeita de envolvimento numa trama de golpe de Estado em 2022.

A decisão final sobre a viagem caberá ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

A defesa de Bolsonaro pede permissão para ele viajar de sexta (17) a quarta-feira (22) para acompanhar a programação da posse, o que inclui dois bailes e a cerimônia de oficialização do republicano no cargo.

No sábado (11), Moraes havia determinado ao ex-presidente o envio de documentos para comprovar o convite recebido, dizendo que não tinham sido informados os horários dos eventos nem a programação de cerimônias.

No despacho, Moraes disse que o convite incluído no pedido havia sido enviado ao email do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, por um endereço eletrônico “não identificado” e sem detalhes das cerimônias.

No início da semana, os advogados de Bolsonaro sustentaram ao ministro a veracidade do email. De acordo com eles, é um meio de “comunicação formal utilizado pela aludida equipe cerimonial”, e o uso de domínios online específicos e temporários é comum em eventos de posse presidenciais americanas.

“Prestigia-se a boa-fé do declarante, in casu, de que o convite enviado por e-mail oficial do comitê representado por Donald J. Trump é verdadeiro, justamente porque mentiras ou omissões propositadas podem levar a rigorosas consequências”, disseram os advogados.

Na mesma resposta, a defesa afirmou que a posse do presidente eleito é um “evento de notória magnitude política e simbólica e o convite para comparecer à sua cerimônia encontra-se carregado de significados e implica em diversos aspectos importantes, tais como o reforço de laços e o fortalecimento das relações bilaterais entre os países mediante o diálogo entre dois líderes globais”.

Os advogados ainda disseram reiterar o compromisso de o ex-presidente não atrapalhar “o andamento das investigações” e cumprir integralmente as medidas cautelares impostas.

A Prefeitura do Recife está executando uma das maiores obras de contenção definitiva de encosta na cidade, com investimento de R$ 12,8 milhões. Localizada na Rua Aline, no bairro de Água Fria, Zona Norte, a intervenção foi iniciada em maio de 2024 e deve ser concluída no segundo semestre deste ano, beneficiando diretamente mais de 500 moradores. Nesta quarta-feira (15), o prefeito João Campos e o vice-prefeito e secretário de Infraestrutura, Victor Marques, vistoriaram os trabalhos, que estão sendo conduzidos pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB).

“Quando finalizarmos, a área terá corrimão, parapeito e tudo organizado para garantir segurança e conforto aos pedestres. Essa é uma obra complexa, devido ao difícil acesso para o maquinário. Estamos investindo aproximadamente R$ 12 milhões, e essa é a maior obra de encosta sendo realizada atualmente no Recife”, destacou o prefeito João Campos.

A obra utiliza a técnica de contenção em solo grampeado, com barras de aço e concreto para estabilizar o terreno. A intervenção prevê mais de 15 mil metros de solo grampeado, 6 mil m² de concreto projetado e 3,8 mil m² de biomanta vegetal, além da construção de um muro de arrimo, canaletas de drenagem e a instalação de corrimãos com guarda-corpo.

O deputado federal Mendonça Filho usou suas redes sociais para comemorar a revogação da medida que previa o monitoramento de transações via Pix acima de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. Segundo o parlamentar, a proposta do Governo Federal tinha como objetivo “aumentar a arrecadação tributária às custas dos trabalhadores informais e pequenos comerciantes”. “Que vitória da população! O Governo arregou bonitinho. O povo não é besta e entendeu o que o Governo do PT queria”, declarou Mendonça em postagem no Instagram.

Por Bela Megale
Do Jornal O Globo

Perguntado sobre os nomes que apresentará ao presidente para substituí-lo no comando do Ministério da Defesa, José Múcio Monteiro tem sido enfático e garante a aliados que não levará opções para Lula.

Múcio tem repetido que vê características essenciais para o posto, como paciência e disposição para o diálogo. O ministro também deixa claro que o escolhido não pode ter projeto político, já que vai ter a delicada missão de intermediar o contato entre os militares e o governo Lula.

Múcio tem recebido apelos, inclusive do próprio presidente, para permanecer no posto até o fim do mandato. O ministro, no entanto, já sinalizou que pretende sair do cargo nos próximos três meses. Quando topou fazer parte do governo, ele já havia dito a Lula que ficaria nos dois primeiros anos de sua gestão.

Hoje, integrantes do governo e da cúpula militar não enxergam um nome capaz de substituir o ministro e consideram que ele é a melhor opção para a pasta. Na caserna, a saída de Múcio é vista com potencial de gerar uma nova crise com o Palácio do Planalto.

O grupo de xaxado Cabras de Lampião inicia as comemorações pelos seus 30 anos com uma apresentação no 31º Janeiro de Grandes Espetáculos. Intitulado “Cabras de Lampião – 30 anos de Xaxado”, o espetáculo acontece na próxima terça-feira (21), às 19h, no Teatro de Santa Isabel, no Recife. A celebração contará com a participação de grandes nomes da cultura popular, como Assisão, Isabelly Moreira, Luizinho de Serra e Flaira Ferro, em uma homenagem à resistência e identidade sertaneja.

De acordo com os produtores da Fundação Cabras de Lampião, o evento será um mergulho na essência do Nordeste e na criatividade do povo sertanejo. “Esse espetáculo será um momento apoteótico para nosso trabalho, pois não se trata de algo inventado agora. É uma longa estrada que continuamos percorrendo para manter viva a chama da cultura”, destacou Anildomá de Souza, produtor da Fundação. Cleonice Maria, também produtora, acrescentou que a autenticidade e o compromisso cultural do grupo são elementos essenciais para sua longevidade. O espetáculo reúne músicos e dançarinos, como Djalma Ventura, Sandra Barbosa e Laisa Magalhães, prometendo uma experiência única ao público.

Fundado em 1995, o Cabras de Lampião nasceu com a missão de preservar a memória de Lampião por meio do xaxado e se tornou um dos maiores divulgadores da dança criada pelos cangaceiros. O grupo já se apresentou em festivais no Brasil e no exterior, além de manter projetos culturais, como a escola de xaxado, o Museu do Cangaço e o Sítio Passagem das Pedras, local de nascimento de Lampião.

A trupe também promove eventos como o Encontro Nordestino de Xaxado e o Tributo a Virgolino, além de oferecer aulas de dança para mais de cem crianças e adolescentes. Os ingressos para o espetáculo variam entre R$ 30 e R$ 60 e podem ser adquiridos pelo Sympla. Mais informações no Instagram (@xaxado.cabrasdelampiao) ou no site do Museu do Cangaço.

Depois de 467 dias de guerra na Faixa de Gaza e quase 48 mil mortos, Israel e Hamas chegaram a um acordo para um cessar-fogo no conflito nesta quarta-feira (15). O tratado entra em vigor no domingo (19).

O cessar-fogo é a segunda trégua assinada entre as duas partes desde o início da guerra em Gaza — que começou em outubro de 2023, criou novos conflitos no Oriente Médio e fortaleceu as tensões na região.

Desta vez, no entanto, a proposta é aplicar medidas que levem ao fim total do conflito, em fases. O acordo prevê a libertação gradual de todos os cerca de cem reféns que ainda estão sob controle do Hamas, a retirada das tropas israelenses de Gaza e planos para o futuro do território, além da libertação de palestinos presos em presídios israelenses.

Na primeira etapa do acordo, 33 reféns mantidos sob o poder do Hamas serão libertados e devolvidos para Israel.

O cessar-fogo foi anunciado em Doha pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman. O país foi um mediadores das negociações, junto de Egito e Estados Unidos. Durante o anúncio oficial, Abdulrahman pediu para que todas as partes cumpram o que foi acordado.

O primeiro-ministro do Catar também pediu por calma em Gaza até domingo, quando o cessar-fogo começará.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, publicou um comunicado comemorando o acordo. Biden afirmou que as negociações envolvem uma proposta apresenta por ele em maio de 2024, que foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.

“Mesmo enquanto celebramos esta notícia, lembramos todas as famílias cujos entes queridos foram mortos no ataque do Hamas em 7 de outubro, e as muitas pessoas inocentes que perderam a vida na guerra que se seguiu. Já passou da hora de os combates terminarem e de o trabalho de construir a paz e a segurança começar”, afirmou.

Ao mesmo tempo, o Hamas disse que o acordo é um grande ganho e que Israel fracassou com a ocupação em Gaza. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a prioridade agora será “aliviar o sofrimento tremendo causado pelo conflito”.

Mas mesmo antes do anúncio oficial, em meio a notícias de que o acordo havia sido fechado, centenas de pessoas saíram às ruas em Gaza para celebrar. Em Tel Aviv, imagens mostraram protestos silenciosos pedindo a volta dos reféns.

Antes do anúncio, uma série de tentativas de um cessar-fogo haviam sido feitas. Por mais de um ano, no entanto, as conversações esbarravam em pontos de desacordo entre as duas partes, principalmente no que diz respeito à devolução dos reféns.

Houve inclusive uma ameaça de que o acordo iria naufragar minutos antes da previsão inicial de ser anunciado. Fontes ligadas às negociações disseram a sites e agências de notícias que o Hamas, de última hora, decidiu impor novas exigências sobre o corredor de Filadélfia — como é conhecida a zona fronteiriça entre a Faixa de Gaza e o Egito.

O corredor foi um dos principais pontos de controvérsias. O Hamas quer a libertação total da área, já que moradores de Gaza só podem cruzar essa fronteira com autorização de Israel. Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, argumenta que o controle do corredor evitará o contrabando de armas do Egito ao território.

O acordo de cessar-fogo prevê uma série de medidas que serão aplicadas em três fases. A última fase daria início a uma reconstrução de Gaza e levaria ao término definitivo da guerra — não há garantias, no entanto, de que isso acontecerá de fato.

Veja abaixo os principais pontos do acordo, baseado em parâmetros estabelecidos pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e endossado pelo Conselho de Segurança da ONU.

Libertação dos reféns
Na primeira fase, que durará cerca de um mês e meio, o acordo prevê a devolução de todos os reféns civis — vivos ou mortos.

Em um primeiro momento, 33 deles serão libertados. Isso inclui crianças, mulheres (sendo cinco soldados israelenses do sexo feminino), homens acima de 50 anos, feridos e doentes. Israel acredita que a maioria está viva, mas não recebeu confirmação oficial do Hamas.

Se seguir conforme o planejado, no 16º dia após o início do acordo, começariam negociações para uma segunda etapa, na qual os demais reféns vivos — soldados homens e civis jovens do sexo masculino — seriam libertados, e os corpos dos sequestrados que morreram seriam devolvidos.

Em troca dos reféns, Israel libertará mais de 1.000 prisioneiros e detidos palestinos, incluindo 30 que cumprem sentenças de prisão perpétua.

No entanto, terroristas do Hamas que participaram do ataque de 7 de outubro de 2023 em Israel não serão libertados.

Retirada de tropas israelenses
A retirada será feita em etapas, com as forças israelenses permanecendo ao longo da fronteira com Gaza para proteger as cidades e vilarejos fronteiriços de Israel.

Haverá arranjos de segurança no corredor da Filadélfia, uma faixa de território ao longo da fronteira de Gaza com o Egito, com Israel se retirando de partes dele após a primeira fase do acordo.

Residentes desarmados do norte de Gaza poderão retornar, com um mecanismo para garantir que nenhuma arma seja transportada para lá. Tropas israelenses se retirarão do corredor Netzarim, no centro de Gaza.

A travessia de Rafah, entre o Egito e Gaza, começará a operar gradualmente, permitindo a passagem de pessoas doentes e casos humanitários para tratamento fora do enclave.

Aumento de ajuda humanitária
Haverá um aumento significativo na ajuda humanitária à Faixa de Gaza, onde organizações internacionais, incluindo a ONU, afirmam que a população enfrenta uma grave crise humanitária. Israel permite a entrada de ajuda no enclave, mas há uma discrepância entre a quantidade permitida a entrar em Gaza e a que realmente chega às pessoas necessitadas.

Governança futura de Gaza
Quem administrará Gaza após a guerra é uma incógnita nas negociações. Parece que essa questão foi deixada de fora da proposta atual devido à sua complexidade e à probabilidade de atrasar um acordo limitado.

Israel afirmou que não encerrará a guerra com o Hamas no poder. Também rejeitou que Gaza seja administrada pela Autoridade Palestina, entidade apoiada pelo Ocidente e criada sob os acordos de paz provisórios de Oslo, há três décadas, que exerce soberania limitada na Cisjordânia ocupada.

Israel declarou desde o início de sua campanha militar em Gaza que manterá o controle de segurança sobre o enclave após o fim dos combates.

A comunidade internacional insiste que Gaza deve ser administrada pelos palestinos, mas esforços para encontrar alternativas entre líderes da sociedade civil ou clãs locais têm sido amplamente infrutíferos.

No entanto, houve discussões entre Israel, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos sobre uma administração provisória para governar Gaza até que uma Autoridade Palestina reformada possa assumir o controle.

Trump
O acordo ocorre também às vésperas da posse de Donald Trump como novo presidente dos EUA. A cerimônia está marcada para a próxima segunda-feira (20).

Aliado de Netanyahu, Trump falou diversas vezes que ia conseguir um cessar-fogo em sua gestão, e chegou a anunciar o acordo antes do próprio presidente dos EUA, Joe Biden, e do governo do Catar.

Trump já havia dito que “abriria os portões do inferno no Oriente Médio” e “faria o Hamas pagar caro” se os reféns não fossem libertados até ele reassumir a Casa Branca. Steve Witkoff, um enviado do republicano para o Oriente Médio, participou das negociações.

Do g1.

Por Ryann Albuquerque
Do Blog da Folha

Em entrevista à Rádio Folha FM nesta quarta-feira (15), o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula (PSD), declarou seu desejo de ver a governadora Raquel Lyra (PSDB) no PSD, ao comentar sobre a possibilidade de fusões e alianças entre partidos.

“Se a gente pode somar forças políticas de dois ou três partidos importantes, se é possível fazer convergir com um objetivo comum, de região para região, essa é uma construção política que exige muita habilidade. Se for possível, eu olho com bons olhos. Independente de ser entre o PSD e o PSDB, eu sonho em ter a governadora Raquel Lyra no PSD”, afirmou o ministro.

De Paula também destacou a relevância de Raquel Lyra no cenário político nacional, mencionando que qualquer partido que a tivesse em seus quadros teria um grande futuro pela frente.

“O Brasil olha para Raquel como um quadro diferenciado. Qualquer partido que tiver Raquel Lyra nos seus quadros tem certeza de que tem pista pela frente, porque Raquel pode ser presidente, senadora, vice-presidente ou reeleita governadora. Raquel é um ator diferenciado na política nacional”, afirmou.

O ministro não poupou elogios à governadora, enfatizando seu potencial de liderança e sua importância no panorama político.

“Qual é o partido que não gostaria de ter Raquel? Isso independe de qualquer fusão ou ação desse tipo. Claro que qualquer decisão passa por avaliar posições, como o posicionamento em relação ao governo federal e o compromisso com o futuro, com o projeto para o País daqui a dois anos”, completou.

Fusão partidária
O ministro e presidente do PSD em Pernambuco também revelou que há diálogos em andamento entre o PSD e o PSDB sobre uma possível fusão partidária. Ele destacou que, apesar de não estar diretamente envolvido nas conversas, reconhece a importância dessas negociações para o cenário político nacional.

“Eu tenho informações que essa conversa, por parte do PSD com algumas legendas, entre elas o PSDB, existe. Mas não participo ainda dessas discussões e não sei em que estágio estão, se vão acontecer e quando vão acontecer. Existe hoje o diálogo do PSD com várias legendas, inclusive com o PSDB”, afirmou.

Segundo ele, as discussões ainda estão concentradas nas lideranças partidárias responsáveis por articular os primeiros passos, antes de envolver outras instâncias do partido.

“Essa discussão só chega às instâncias do partido que não têm a responsabilidade de iniciar o diálogo no momento seguinte”, disse.

Além disso, o ministro ressaltou que as federações partidárias podem ser uma solução para fortalecer legendas e facilitar alianças eleitorais, mas lembrou que as negociações são complexas, envolvendo interesses divergentes em diferentes estados.

“Federações são importantes porque elas juntam partidos e viabilizam que o partido se una a um ou a três. Esse diálogo existe e é importante. No primeiro momento, ele acontece entre presidentes e dirigentes partidários, porque não é fácil construir esse tipo de aliança. É necessário avaliar os interesses de cada partido em cada estado, que podem ser convergentes ou até divergentes”, explicou o ministro.

Contexto
A possibilidade de fusão entre o PSD e o PSDB surge em um momento delicado para os tucanos, que têm enfrentado um declínio nas últimas eleições e buscam preservar seu legado histórico. Sob a liderança de Gilberto Kassab, o PSD, por outro lado, tem fortalecido sua posição, conquistando 887 prefeituras no último pleito e ocupando espaços estratégicos no governo do presidente Lula (PT), incluindo três ministérios.

Por sua vez, o PSDB enfrenta divisões internas sobre o futuro do partido. Parte de seus líderes defende a fusão com outra legenda, enquanto outros insistem na autonomia. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, admitiu que o partido precisa de uma estratégia para superar o declínio eleitoral e garantiu que o tema será amplamente discutido com o retorno dos trabalhos do Congresso em fevereiro.

Raquel e Lula
O ministro também comentou sobre a possibilidade de o PT apoiar Raquel Lyra em uma eventual tentativa de reeleição para governadora de Pernambuco em 2026, destacando sua proximidade com o presidente Lula.

“Não posso falar pelo PT, mas Raquel, desde o primeiro momento, se aproximou do presidente Lula. Teve a sua ação facilitada porque o presidente a acolheu com carinho, distinguiu, e, em decorrência disso, a gente vê com frequência o presidente no nosso Estado. Vemos entregas, anúncios de projetos que mudam para melhor a vida dos pernambucanos. Todas as vezes que um presidente e um governador trabalham juntos, quem ganha é o povo”, afirmou.

O ministro ressaltou que essa relação pode ter reflexos nas próximas eleições.

“Pernambuco sabe disso, e eu, no governo do presidente Lula, defendo essa aproximação. Entendo que é possível, desejado e importante que ela seja cada vez maior, e que tenha, inclusive, reflexos no processo eleitoral de 2026”, concluiu.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Nordeste (SINDFER) e o advogado Antônio Campos emitiram, nesta quarta-feira (15), uma nota pública denunciando a demissão de 14 representantes sindicais pela Ferrovia Transnordestina Logística (FTL). Segundo o sindicato, a justificativa apresentada pela empresa foi o fechamento do escritório da FTL em Recife, mas o SINDFER alega que a medida seria uma retaliação direta às recentes denúncias envolvendo a gestão da malha ferroviária do Nordeste Oriental.

De acordo com a nota, a decisão teria partido do dirigente Tufi Daher Filho, considerado um aliado próximo do empresário Benjamin Steinbruch. O sindicato afirma que as demissões ocorreram após a repercussão de denúncias feitas pelo advogado Antônio Campos, que originaram um inquérito civil no Ministério Público Federal (MPF). Além disso, a nota destaca que o SINDFER e o advogado já haviam sido alvos de ameaças de morte, atualmente sob investigação pelas autoridades.

O sindicato informou que está notificando o MPF, a Polícia Federal, o Ministério Público Estadual e o Secretário de Segurança do Estado sobre as demissões e as possíveis motivações por trás delas. O SINDFER também anunciou que ingressará com uma ação na Justiça do Trabalho para contestar as dispensas, alegando estabilidade sindical e ilegalidade da medida. “Esses atos contra Pernambuco, o SINDFER e o seu advogado não nos dobrarão. Confiamos na Justiça”, concluiu Antônio Campos.