O São João de Araripina 2025 chegou ao fim no último sábado (28) e foi marcado por números expressivos. De acordo com a Prefeitura, mais de 300 mil pessoas passaram pelo Parque Três Vaqueiros durante os cinco dias de evento, que reuniu atrações nacionais e locais. Segundo estimativas, mais de R$ 1 milhão circulou na cidade desde o fim de maio até o encerramento da festa, beneficiando especialmente o comércio, os barraqueiros e o setor hoteleiro.
Entre as novidades deste ano, a festa investiu em acessibilidade com intérpretes de Libras e área reservada para pessoas com deficiência, além da redução nas taxas para vendedores locais. A programação contou ainda com a retomada do São João dos Bairros, concurso de quadrilhas e a Festa da Sanfona. Nas redes sociais, a presença do humorista Tirulipa e influenciadores digitais garantiu ampla visibilidade, com milhões de visualizações. “Pensamos em cada detalhe para valorizar nossa cultura, aquecer a economia e promover inclusão”, declarou o prefeito Evilásio Mateus.
O Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (Sindurb/PE) realiza, nesta terça-feira (1º), um ato de protesto contra a concessão da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A manifestação acontece a partir das 8h30, em frente à sede da empresa, na Avenida Cruz Cabugá, no Recife, e coincide com a data das assembleias convocadas pelo Governo do Estado com prefeituras das microrregiões, marcando o início do processo de privatização da companhia.
Segundo o sindicato, o modelo de contrato apresentado favorece o setor privado com as áreas mais lucrativas da Compesa por 35 anos, deixando para a empresa pública os serviços mais onerosos, como captação, tratamento e expansão da rede. “Menos de R$2 por metro cúbico não sustenta a Compesa. Para sustentar os trabalhadores efetivos, com esse modelo de contrato da forma que está, é certo que a Companhia terá que dispensar os trabalhadores terceirizados”, afirma o dirigente sindical José Barbosa. Ele também questiona a possível relocação dos funcionários efetivos: “Quem quer sair de sua cidade, onde trabalha há anos, para laborar a quilômetros de distância?”
O Sindurb/PE critica ainda o possível aumento na tarifa de água, que poderá ser repassada à população por pelo menos R$6,84 o metro cúbico, e denuncia o risco de precarização do serviço. O ato conta com apoio de parlamentares como a deputada Dani Portela, o deputado João Paulo e as vereadoras Kari Santos e Eugênia Lima. Para o sindicato, é fundamental a mobilização em defesa de uma Compesa pública e eficiente.
O Estádio Eládio de Barros Carvalho, conhecido como Estádio dos Aflitos e sede do Clube Náutico Capibaribe, voltou a ser listado para leilão pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), em razão de dívidas fiscais que não estão incluídas na recuperação judicial do clube. O imóvel foi disponibilizado na plataforma Leilões Brasil nesta segunda-feira (30), com lance mínimo de R$ 100 milhões e possibilidade de parcelamento. Localizado na Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro dos Aflitos, no Recife, o terreno possui área de 36.353,25 m².
Apesar de ter conseguido suspender o leilão em maio, o clube agora tenta novamente barrar a medida. Procurado pelo blog, o Náutico informou que “através do seu departamento jurídico e escritórios terceirizados, já vem trabalhando para reverter a situação”. A dívida com as Fazendas Nacional e Municipal é estimada em cerca de R$ 95 milhões, e o plano de recuperação apresentado pelo clube em 2023 já previa a negociação em paralelo desses débitos. Atualmente, 10% das cotas que o clube tem a receber da CBF estão sendo retidas para o pagamento dos tributos.
O estádio e a sede do Náutico são tombados como Patrimônios Imateriais pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Prefeitura do Recife. Por força da Lei Municipal nº 16.284/97, esses imóveis são classificados como Imóveis Especiais de Preservação (IEP) e, portanto, não podem sofrer demolições, mudanças estruturais ou alteração de uso. Caso o bem seja arrematado em leilão, continuará tendo que funcionar como estádio, com suas características preservadas.
Por Martha Imenes
Do Correio da Manhã
A suspensão dos Acordos de Cooperação Técnica (ACT) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com entidades no âmbito da Operação Sem Desconto trouxe à tona faces distintas de uma mesma realidade: o nivelamento de associações que prestavam serviços aos aposentados, inclusive de saúde e jurídico, com entidades de fachada, levando ao desamparo de aposentados e ao colapso financeiro dessas empresas, gerando como consequência a demissão de funcionários.
Com repasse de descontos suspensos, contas bancárias bloqueadas, várias unidades de atendimento estão fechando as portas, e contratos com médicos, fisioterapeutas, advogados e outros prestadores de serviço a aposentados e pensionistas, foram encerrados.
Uma das entidades às quais o Correio da Manhã teve acesso, com oferta de serviços e atividades em todo o país, teve que demitir 1,1 mil de um total de 1,6 mil funcionários. E mais demissões devem ocorrer. Grandes ou pequenas, associações que reconhecidamente prestavam serviços aos aposentados, estão “pagando o preço” por conta de entidades de fachada.
Leia maisExclusão de ação cautelar
Quatro entidades citadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) em abril e investigadas pela Polícia Federal (PF) foram retiradas da ação cautelar protocolada pela Advocacia-Geral da União (AGU) em maio por não figurarem no que a AGU chama de “núcleo do esquema de fraudes” em descontos associativos. E, mesmo assim, continuam sem repasse de mensalidades associativas e algumas com as contas bloqueadas, o que dificulta a manutenção dos serviços e de funcionários.
Na primeira lista divulgada pela CGU em abril figuravam 11 entidades: AAPB, Aapen, AAPPS Universo, ABCB, Apdap Prev, Ambec, CAAP, Conafer, Contag, Sindnapi e Unaspub. No entanto, após levantamento minucioso realizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a AGU refez a relação de entidades. Ficaram de fora da ação cautelar de urgência protocolada pelo órgão: ABCB/Amar Brasil, Conafer, Contag e Sindnapi.
O recorte, agora com 12 entidades, foi divulgado pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, no início de maio. De acordo com ele, o levantamento considerou a existência de “fortes indícios de terem sido criadas com o único propósito de praticar a fraude (entidade de fachada), com sua constituição utilizando ‘laranjas’ (art. 5º, III, da LAC)”. Com base nesse levantamento outras cinco associações foram incluídas na ação cautelar: Asbrapi, Asabasp, Ap Brasil, CBPA e Cebap.
Margem consignável
Um ponto destacado por Yedda Gaspar, presidente da Federação das Associações de Aposentados do Estado do Rio de Janeiro (Faaperj) é a retomada de assédio de instituições financeiras sobre aposentados com a oferta de empréstimo consignado.
Com o fim da mensalidade no contracheque, a margem consignável do beneficiário naturalmente é recomposta, explica Yeda, e isso fez aumentar a busca de instituições para fazer o consignado.
“O endividamento dos idosos já é alto, muitos nem têm recursos suficientes para se manter porque estão com empréstimos descontados direto no contracheque. Com esse aumento de margem, vão se endividar ainda mais”, explica.
“Há mais de 50 anos prestamos serviços aos aposentados e pensionistas, principalmente nas áreas médica, odontológica e fisioterapêutica. Com o nivelamento por baixo de todas as entidades sérias com as criadas exclusivamente para extorquir aposentados, muitas pessoas estão ficando sem atendimento”, lamenta.
Conforme a federação, com o fim do repasse de mensalidades não é possível pagar instalações, funcionários e manter as contas para manutenção dos espaços, o que tem levado ao fechamento de unidades e demissão de funcionários.
Demissões
Sob anonimato, o dirigente de uma entidade que o Correio da Manhã teve acesso lamenta a demissão de 1.150 funcionários e a parada de serviços prestados em todo país: “São pais e mães de família sem emprego por causa da ganância de pessoas inescrupulosas”, diz.
Ele explica que o INSS já havia feito contato com a federação para que fossem apresentadas as fichas cadastrais de filiados. E que a autarquia já havia exigido a implantação de biometria para liberação de novas filiações. Segundo ele, as exigências foram cumpridas ainda em 2024.
E acrescenta: “O grande problema que vejo nessa situação é a paralisação de serviços prestados aos aposentados e pensionistas e populações vulneráveis porque colocaram em um mesmo contexto entidades que fazem um trabalho sério e aproveitadores”.
Previdência pública
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), por exemplo, é composta por 27 federações estaduais e 4 mil sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais. Na sua base, atualmente, existem 15 milhões de trabalhadores rurais.
“O sistema Contag não é associação que tem acordo com o INSS para vender serviços. Somos um sistema sindical com registro público e exercemos tarefa pública relevante. Inclusive, temos um acordo firmado do INSS Digital para executar tarefas do Instituto por conta da nossa capilaridade e reconhecimento dos nossos associados e associadas ao longo de mais de 60 anos de atuação”, explica a confederação.
De acordo com a Contag, os sindicatos de trabalhadores rurais atuam nos municípios que compõem o sistema coordenado pela confederação. Ou seja, 1/3 de todos os sindicatos no país (12 mil). “Essa rede interiorizada nos municípios brasileiros é responsável por orientar e organizar o trabalhador da categoria para acessar as principais políticas públicas existentes”, acrescenta.
“Previdência pública só chega no público rural nos pequenos municípios pela ação de nossos sindicatos, e isso tudo vai parar diante da atual situação”, pontua.
E finaliza: “Com todo esse cenário de impacto no trabalho dos sindicatos, esses serviços fundamentais para os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares irão parar”.
Sem repasse
Com 25 anos de história, 21 sedes próprias e 80 subsedes, o Sindicato Nacional de Pensionistas e Idosos (Sindnapi) teve que fechar 30 subsedes e desativar duas colônias de férias no litoral paulista, suspender uma apólice de seguros que garantia assistência e auxílio funeral para os associados. “Mesmo quando o filiado pagava as despesas do funeral, o sindicato fazia o reembolso”.
Demissões também ocorreram na entidade, que não recebeu a visita da Polícia Federal em nenhuma de suas sedes e subsedes, não teve contas bloqueadas e não está listada como entidade de fachada. Segundo uma fonte, por ser uma entidade de verdade o sindicato sobrevivia das mensalidades, suspensas na Operação Sem Desconto, e agora sem o repasse a manutenção dos serviços está comprometida.
“Colocaram todos no mesmo balaio de gatos e fizeram com que todos fossem tratados como bandidos”, lamenta.
Leia menosO advogado e escritor Antônio Campos teve sua candidatura admitida à Academia Brasileira de Letras (ABL), concorrendo à vaga deixada pelo acadêmico Cícero Sandroni. “É uma honra concorrer à ABL e ter minha candidatura admitida. Sou um guerreiro em defesa da cultura brasileira. Minha obra e minhas ações culturais serão a minha bandeira para dialogar com os acadêmicos da ABL”, declarou Campos.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniu nesta segunda-feira (1º) com o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, para discutir uma carteira de investimentos que ultrapassa R$ 4 bilhões destinados ao Complexo Portuário e Industrial de Suape. Os recursos visam fomentar a produção de combustível verde e fortalecer a indústria farmoquímica na região, com impacto direto na cadeia logística e industrial do Cabo e municípios vizinhos. O encontro também contou com a presença da base aliada do governo municipal.
Segundo o ministro, os aportes são resultado da decisão estratégica do Governo Federal de recuperar e reposicionar Suape como vetor do desenvolvimento econômico de Pernambuco. “Sob a liderança do presidente Lula, fizemos o maior volume de investimentos públicos em Suape nos últimos anos para melhorar toda a infraestrutura portuária. Hoje, temos quase R$ 4 bilhões de investimentos privados contratados para os próximos anos, que trarão grande desenvolvimento para a região, gerando mais emprego e renda para os pernambucanos”, afirmou Silvio Costa Filho.
O prefeito Lula Cabral agradeceu os investimentos federais, destacando o papel do ministério de Costa Filho na valorização do Porto de Suape. “Nossa cidade está de portas abertas para receber investimentos. É só agradecimento a você e ao presidente Lula”, declarou. Desde que assumiu o Ministério de Portos e Aeroportos, Costa Filho comandou obras como a recuperação do molhe de proteção e as dragagens dos canais de acesso ao terminal, ações consideradas fundamentais para ampliar a capacidade operacional de Suape.
A cidade do Recife registrou o melhor saldo positivo de empregos formais entre as capitais do Nordeste no mês de maio passado, com 4.121 vínculos com carteira assinada, segundo dados divulgados, nesta segunda-feira (30), pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Esse também foi o melhor resultado para o período desde o início da série histórica, em 2020. Desde janeiro, já são 15.201 postos de trabalho formais criados em 2025. Comparativamente, isso representa 76% do total criado em todo o estado de Pernambuco nos cinco primeiros meses do ano.
O resultado do Recife no mês passado foi fruto de 21.333 contratações frente a 17.212 desligamentos. Com esse desempenho, o estoque ativo de empregos formais subiu para 575.820. A performance em maio representa um crescimento de 0,72%, percentual superior ao alcançado pelo estado de Pernambuco no mesmo período, que foi de 0,64%.
Desde o início da gestão do prefeito João Campos, em janeiro de 2021, já são 113.384 empregos formais criados no Recife.
Leia maisAnalisando o resultado do Recife a partir dos segmentos econômicos, o saldo positivo no mês de maio foi puxado pelo setor de Serviços, que registrou saldo positivo de 3.599 empregos formais e 0,94% de crescimento, seguido por: Construção Civil, com +363 (0,92%); Comércio, +113 (0,10%); e Indústria, +50 (0,13%). O grupo de Agropecuária foi o único com saldo negativo, com -4 postos de trabalho.
“Celebramos mais um bom resultado da pesquisa e Recife se coloca na dianteira na ocupação de empregos formais gerados em Pernambuco. Esse ritmo de crescimento tende a se repetir no segundo semestre e é nesta direção que continuaremos a investir nossas atenções em projetos, programas e iniciativas”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife, Carlos Andrade Lima. “A atração de novos negócios, a sustentabilidade econômica e a desburocratização são pilares importantes defendidos pela Prefeitura do Recife e é nesse rumo que seguiremos trabalhando”, acrescentou.
Confira os saldos positivos das capitais do Nordeste em maio de 2025:
Recife (PE): 4.121
Fortaleza (CE): 3.327
João Pessoa (PB): 3.161
Salvador (BA): 1.836
Teresina (PI): 1.543
São Luís (MA): 1.201
Aracaju (SE): 766
Natal (RN): 510
Maceió (AL): -721
Leia menosO prefeito eleito de Goiana, Marcílio Régio (PP), toma posse do cargo nesta segunda-feira (30). Ele tem como vice-prefeita Licia Maciel (PT), e juntos, conquistaram 54% dos votos válidos na eleição suplementar realizada no último mês de maio. A chapa venceu o então prefeito interino, Eduardo Batista (Avante).
A posse começa às 17h, quando será celebrada uma missa na Igreja Matriz. Após o momento religioso, a solenidade será iniciada na Câmara Municipal. De lá, Marcílio Régio e Licia Maciel seguirão para a sede da prefeitura de Goiana, onde, por volta das 19h, ocorrerá a transmissão do cargo. As informações são da CBN Recife.
Leia maisA eleição suplementar, em maio, aconteceu após a impugnação da candidatura de Eduardo Honório (União), sob a prerrogativa de um terceiro mandato consecutivo. Ele havia sido reeleito em outubro de 2024, e em dezembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para impugnar a eleição.
Eduardo Honório foi um dos principais apoiadores da eleição de Marcílio Régio, que assume a Prefeitura de Goiana após três mandatos na Câmara Municipal, onde foi presidente; uma passagem pela Secretaria de Obras; e uma eleição para vice-prefeito, entre 2005 e 2008, na chapa de Beto Gadelha. Com mais de 30 anos de vida pública, Régio, de 66 anos, também é empresário.
Leia menosPor Ryann Albuquerque
Do Blog da Folha
O ex-prefeito de Petrolina e presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho, deixou claro que sua prioridade é conquistar espaço na chapa majoritária encabeçada pelo postulante ao Governo de Pernambuco para disputar uma das vagas ao Senado de Pernambuco e que não aceitará ser vice em nenhuma composição.
Segundo ele, o União Brasil quer protagonismo e já colocou seu nome à disposição, com apoio do presidente nacional do partido, Antonio de Rueda, do senador Davi Alcolumbre e de lideranças locais.
“O que o União Brasil quer é a vaga do Senado e vamos trabalhar para ganhar. Isso é prioridade zero dentro do nosso partido”, ressaltou.
Leia maisMiguel também criticou a polarização entre o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e a governadora Raquel Lyra (PSD), dizendo que a disputa não deve se resumir aos dois.
“O que a gente não pode é diminuir a eleição a João ou Raquel. Com todo o respeito que tenho aos dois, a disputa precisa ser maior que isso. Pernambuco tem outras forças políticas e precisa discutir se está satisfeito com o nível de representatividade que tem hoje no Senado”, declarou.
Montagem
Miguel também comentou sobre a recém-formada federação entre União Brasil e PP, chamada de União Progressista. Ele afirmou que a montagem da chapa majoritária será feita com base na viabilidade eleitoral, e que nenhum dos partidos imporá nomes.
“Queremos trabalhar por uma candidatura de consenso. Nem o União vai impor ao PP, nem o PP ao União. Vamos construir isso com diálogo”.
Sobre o peso do apoio de João Campos, Miguel esclarece que a definição da chapa será feita com base no desempenho dos nomes apresentados.
“Cada partido vai definir o seu espaço. Não me preocupo com isso. O nosso grupo tem história, densidade eleitoral e representatividade. Estou seguro do que representamos e da força que temos para disputar com seriedade em 2026.”
Questionado se o apoio ao prefeito João Campos será unificado dentro da federação, Miguel respondeu que pode haver divergências.
“O União Brasil pode apoiar João, mas isso será discutido internamente. Não é uma imposição”, afirmou.
PT
Questionado sobre a possível participação do PT na chapa encabeçada pelo pessebista, Miguel preferiu não cravar se os petistas estarão no palanque, mas comentou sobre o cenário.
“Não cabe a mim dizer onde o PT vai estar. O que posso falar é sobre a União Brasil, que presido em Pernambuco”, afirmou, adotando cautela.
Leia menosPor Mauro Buarque*
A Método Ambiental celebra, neste ano, uma década de dedicação a soluções ambientais, um marco que me permite refletir sobre o caminho percorrido e os desafios que ainda temos pela frente no Brasil, especialmente em Pernambuco. Desde a fundação da empresa, nossa missão tem sido clara: modernizar os processos de licenciamento e, com isso, pavimentar um caminho para um desenvolvimento mais ágil e sustentável.
Fruto dessa visão, e da minha experiência à frente da Prefeitura do Recife na municipalização do licenciamento e como presidente nacional da ANAMMA por dois mandatos, criamos em 2017 a plataforma SisSofia. É um sistema que, na prática, pode reduzir em até 40% o tempo para licenciar processos ambientais, urbanísticos e sanitários.
Leia maisInfelizmente, o que tenho observado ao longo dos anos é uma “modernização” que muitas vezes se limita a digitalizar a ineficiência. Em pleno século XXI, com toda a tecnologia à nossa disposição, a maioria dos órgãos públicos ainda exige a presença física do cidadão em seus balcões. Isso não é modernidade; é, na verdade, um atraso disfarçado.
O SisSofia nasceu exatamente para subverter essa lógica. Desenvolvemos uma solução que altera fundamentalmente a dinâmica do licenciamento. Não se trata apenas de informatizar, mas de revisar fluxos de trabalho, otimizar o uso do pessoal e repensar procedimentos, tudo com o apoio da tecnologia da informação. Minha mensagem ao empresariado é direta: vocês precisam estar cientes dessa solução e cobrar dos gestores públicos a sua implementação nos municípios. É um investimento que se reverte em celeridade para os negócios e eficiência para a gestão.
Desde sua criação em 2017, Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, foi o primeiro município a adotar o sistema, em 2018. Os resultados falam por si: com mais de cinco mil usuários, o SisSofia já evitou o consumo de mais de 600 000 folhas de papel – um ganho ambiental e de custos significativos. Economicamente, proporcionou uma economia superior a R$ 1 milhão em custos operacionais e, ao integrar-se com a Secretaria da Fazenda, resultou em mais de R$ 12,5 milhões em arrecadação de taxas.
Esses números demonstram que o SisSofia realmente traz inovação, tanto para a administração pública quanto para os empresários que buscam otimizar um processo que, dependendo do caso, pode levar décadas. Com recursos como chat para interações, distribuição automática de processos e inteligência artificial, além de ampla comunicação com outros órgãos (Fazenda, Cadastro Imobiliário, Receita Federal, Junta Comercial), a plataforma permite que plantas, documentos e até mesmo alvarás e licenças sejam expedidos online, com assinatura eletrônica e em prazos definidos.
Dar celeridade ao processo de licenciamento ambiental com o uso da tecnologia não é apenas uma questão de conveniência; é o caminho para harmonizar o avanço digital com a política nacional de meio ambiente, que deve ser respeitada em todas as suas etapas. Modernizar o processo e redesenhar os fluxos para trazer agilidade é o que nos permitirá avançar no desenvolvimento econômico sem negligenciar a proteção ambiental. É tempo de abraçar a tecnologia para construir um futuro mais eficiente e sustentável para Pernambuco e para o Brasil.
*CEO da Método Ambiental, especialista em planejamento e gerenciamento ambiental e em tratamento de resíduos industriais, biólogo.
Leia menosO presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, definiu, nesta segunda-feira (30), que o ministro Alexandre de Moraes será o relator da ação apresentada pelo PSOL contra a derrubada do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Inicialmente, o caso tinha sido sorteado para o ministro Gilmar Mendes. No entanto, o ministro pediu a redistribuição ao presidente, já que Moraes é relator de outro processo do PL (Partido Liberal), que contestava os decretos do Executivo sobre o tema.
No despacho, o presidente da Corte considerou o regimento interno do STF que diz que “na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, na ação declaratória de constitucionalidade e na arguição de descumprimento de preceito fundamental, aplica-se a regra de distribuição por prevenção quando haja coincidência total ou parcial de objetos”.
Leia maisPara Barroso, como há importante grau de afinidade entre os temas das ações do PSOL e do PL, o caso foi redistribuído para não haver risco de decisões contraditórias.
A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) foi protocolada pelo PSOL na última sexta-feira (27), como pedido de medida cautelar, contra a medida do Congresso Nacional em derrubar o decreto do IOF.
No pedido, o PSOL alega que “trata-se de competência constitucional legítima do Chefe do Poder Executivo, e não de exercício exorbitante de função regulamentar” sobre o decreto.
“Ao sustar o decreto presidencial sem que haja demonstração de qualquer transgressão aos limites constitucionais e legais, o Congresso Nacional extrapolou os contornos do art. 49, V, da Constituição, convertendo prerrogativa de controle em mecanismo de ingerência político-legislativa indevida”, justifica.
Derrubada do IOF
O Congresso Nacional derrubou o decreto do Executivo sobre o aumento do IOF na última quarta-feira (25). O texto foi aprovado na Câmara e no Senado.
A proposta aprovada sustou todos os decretos do governo que aumentaram as alíquotas do IOF – as três normas editadas desde maio. O projeto tramitou apensado (de forma conjunta) com outras 36 propostas de mesmo teor. A maioria dos textos foi patrocinada pela oposição.
Leia menosPor Betânia Santana
Ex-secretário de Turismo e Lazer no governo Raquel Lyra (PSD), Daniel Coelho vai voltar à gestão. Dessa vez como secretário de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha. Vai substituir Ana Luiza Ferreira, que deve permanecer no governo em outra função.
Com olhos voltados para as eleições do próximo ano, a mudança faz parte de uma minirreforma na gestão, na tentativa de ajustar o que não vem funcionando a contento. A ideia é fortalecer a administração para enfrentar o prefeito do Recife, João Campos (PSB), seu potencial adversário nas eleições de 2026.
Leia maisDaniel Coelho deixou a pasta do Turismo em junho do ano passado, no último dia de desincompatilização, para ser o candidato da governadora à Prefeitura do Recife. Ficou em quarto lugar na disputa, atrás de João Campos, Gilson Machado (PL) e Dani Portela (PSOL). Teve 29.788 votos (3,21% dos votos válidos).
Apesar do resultado desfavorável, fez uma campanha arrojada. Nas peças publicitárias, mostrou o “Recife sem filtro”, expondo mazelas que a cidade ainda enfrenta, como falta de saneamento, pontos críticos de alagamento, pessoas em situação de rua, desigualdade social.
O ex-secretário vai assumir a pasta que tem sido um dos calcanhares de Aquiles nos últimos meses, especialmente em relação ao Arquipélago de Fernando de Noronha. A ilha está sendo administrada oficialmente pelo adjunto Virgílio Oliveira porque a Assembleia Legislativa não sabatinou nem colocou para votação o projeto do Executivo que indica o advogado como titular.
Noronha também registrou no último domingo, pela segunda vez em uma semana, outra aeronave atolada no pátio do Aeroporto Governador Carlos Wilson, após o asfalto ceder durante o taxiamento.
A Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco informou que a área afetada passará por restauração emergencial nesta segunda-feira (30). As obras serão retomadas no dia 15 de julho.
Daniel Coelho chega à Secretaria de Meio Ambiente no ano em que a COP30 será realizada no Brasil, e tem a responsabilidade de deixar o estado bem representado no encontro sobre meio ambiente e sustentabilidade, no mês de novembro, em Belém do Pará.
Em 2022, na disputa para a Câmara Federal, Daniel Coelho conquistou 110 mil votos, mas não se elegeu.
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