A convite do presidente Lula, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, integrou a comitiva presidencial que seguiu, neste final de semana, para COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes. O evento tem por objetivo discutir práticas sustentáveis visando o controle das mudanças climáticas selado no Acordo de Paris. No continente asiático, além de Dubai, Costa Filho cumprirá agendas e encontros bilaterais em Riade, na Arábia Saudita; e em Doha, no Catar.
Na mala, o ministro leva a carteira de investimentos de mais de R$ 70 bilhões e boas práticas ambientais do Ministério de Portos e Aeroportos como os trabalhos para o início da produção do combustível renovável para a aviação civil, o SAF; corredores hidroviários verdes e o processo de descarbonização dos portos.
O périplo pelo continente asiático terminará com a chegada da comitiva presidencial em Dubai, para discutir e firmar acordos climáticos.”Essa será uma grande oportunidade de mostrar ao mundo o grande potencial que o Brasil tem para se investir e se desenvolver com sustentabilidade e segurança jurídica. Sob a liderança e orientação do presidente Lula, temos uma carteira de grandes iniciativas nos nossos portos, aeroportos e hidrovias que dialogam com práticas sustentáveis como a produção do combustível renovável para a aviação, os corredores hidroviários verdes e a busca pela descarbonização dos nossos portos”, disse Costa Filho.
Na viagem, o ministro quer ampliar a discussão sobre a vinda de mais companhias aéreas internacionais para o país. O esforço é para aumentar a malha aérea brasileira, o que pode possibilitar a concorrência por preços das passagens mais acessíveis à população brasileira. Ainda no setor aéreo, Costa Filho apresentará o plano regional de aviação buscando atrair empresas lown cost. O ministro também apresentará o potencial dos Portos e hidrovias do país, que são responsáveis por 95% da movimentação do PIB brasileiro.
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou, nesta sexta-feira (24), a convocação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, para prestar esclarecimentos sobre diversos assuntos. Ao todo, foram aprovados oito requerimentos que pedem a presença da ministra.
Os requerimentos foram apresentados por deputados de partidos da oposição. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Junio Amaral (PL-MG) e Kim Kataguiri (União-SP) pedem esclarecimentos sobre a destinação de recursos do Fundo Amazônia destinados ao Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e a Organizações Não Governamentais (ONGs) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips). Os deputados também querem conhecer as ações do ministério para enfrentar queimadas na Amazônia e para proteger a pesca artesanal.
Há ainda pedidos de esclarecimentos sobre os seguintes assuntos:
– alegação de que a culpa pelos 40 mil focos de incêndio no Pantanal Sul-Mato-Grossense, neste ano, é do ex-presidente Jair Bolsonaro;
– atualização da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira do Acordo de Paris; e
– esclarecimentos sobre o fato de um dos presidentes do Instituto Socioambiental (ISA), ONG fundada por secretário do ministério, ser sócio de empresa que presta consultoria ao ISA.
Marina Silva havia sido convidada para comparecer à comissão nesta semana, mas cancelou a reunião. Ainda não foi definida data para a convocação da ministra.
A menos de um ano para as eleições de 2024, o deputado estadual Álvaro Porto (PSDB) se movimenta para fortalecer palanques para as disputas municipais no interior. Neste sábado (25), o parlamentar, que preside a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), participou de reunião com lideranças de oposição em Panelas, no Agreste do estado.
“Conversamos com o grupo de oposição que está se unindo de olho em 2024. Estamos nos mobilizando para atrair mais lideranças, fortalecer parcerias e ampliar nosso palanque no município. Ao mesmo tempo, seguimos trabalhando em favor da população de Panelas na Assembleia”, comentou Porto.
A relação do deputado com a oposição de Panelas vem sendo construída desde o ano passado, quando ele recebeu apoio para a disputa do terceiro mandato na Assembleia Legislativa. Desde lá, o parlamentar tem agido para atender demandas do município. Em abril deste ano, uma ambulância adquirida com recursos de emenda de Porto foi entregue ao município.
O ENADE desempenha um papel crucial no aprimoramento da educação de nosso País, funcionando como uma ferramenta valiosa de avaliação e fortalecimento de nosso sistema educacional.
Por isso, a FMO (Faculdade de Medicina de Olinda) vem a público expressar formalmente seu firme compromisso com o sucesso do exame, repudiando com veemência os movimentos que pretendem descredibilizar esse importante instrumento de progresso e desenvolvimento nacional.
O uso do anonimato para espalhar fake news e difamar instituições sérias e comprometidas com o País é crime e merece severa reprimenda. As autoridades policiais já foram acionadas e os responsáveis serão devidamente punidos. Seremos imbatíveis no combate à desinformação e intransigentes na defesa do futuro dos nossos estudantes.
No próxima segunda-feira (27), o Auditório da Unifacol, em Vitória de Santo Antão, será palco do “Seminário Pernambuco em Desenvolvimento”. Seis renomados especialistas, destacados em suas áreas de atuação, estarão reunidos para apresentar uma análise abrangente sobre a realidade e as potencialidades de Pernambuco.
Este evento baseia-se em duas fontes fundamentais de conhecimento. A primeira delas é uma extensa pesquisa, consolidando dados e informações provenientes de universidades, institutos e secretarias de estado. A segunda, uma pesquisa de campo conduzida pela Exatta, proporcionando uma visão prática e tangível da situação em Pernambuco.
As áreas-chave de Educação, Saúde, Segurança Pública, Mobilidade e Transporte, Infraestrutura e Economia serão minuciosamente exploradas pelos principais profissionais desses setores em Pernambuco. O objetivo central do Seminário é identificar e discutir as potencialidades que impulsionarão o desenvolvimento do nosso Estado.
O evento contará com a participação de especialistas, prefeitos e secretários municipais. A abertura será realizada pelo prefeito de Vitória, Paulo Roberto.
“Essa iniciativa promete não apenas disseminar conhecimento, mas também fomentar diálogos e parcerias cruciais para o futuro promissor de Pernambuco”, destacou o prefeito de Vitória.
O encontro promete ser um momento enriquecedor, onde o conhecimento se transforma em ações concretas para construir um Pernambuco mais próspero.
O momento político brasileiro é tenso. O presidente Lula vetou completamente a prorrogação da desoneração da folha e o Congresso dá sinais de que derrubará o veto. Além disso, o Senado aprovou uma PEC, que limita os poderes individuais de ministros do STF em decisões monocráticas – inclusive com o polêmico voto a favor, do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT). A proposta seguiu para a Câmara.
A desoneração da folha de pagamentos foi implantada como medida temporária em 2012, tendo sido prorrogada desde então. A desoneração atual tem validade até 31 de dezembro de 2023, ou seja, o projeto aprovado determina a prorrogação de 1º de janeiro de 2024 até 31 de dezembro de 2027.
O texto permite que a empresa substitua o recolhimento de 20% de imposto de sua folha de salários, por alíquotas de 1% até 4,5% sobre a receita bruta. Nos municípios é estabelecida a redução de 20% para 8% da alíquota da contribuição previdenciária sobre a folha dos municípios com população de até 142.632 habitantes, o que significa expansão para mais de 3 mil cidades.
Com a inserção dos municípios no projeto, o impacto da desoneração nos cofres da União pode chegar a R$ 20 bilhões por ano, o equivalente ao que o governo prevê arrecadar com a tributação dos fundos dos super-ricos. Quer dizer, que de nada valeria o esforço para aumentar a receita e reduzir o déficit fiscal.
A justificativa do governo é a inconstitucionalidade da proposta, por “criar impacto orçamentário-financeiro”, sem indicar as medidas de compensação exigidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
O debate sobre a desoneração da folha ressuscita a “velha mania brasileira” de condicionar os benefícios à geração de empregos. Os “lobbies” logo entram em ação com argumentos de “vida ou morte”, ou seja, ou o governo concede, ou aumentarão as massas de desempregados.
Não se nega em absoluto, que o incentivo contribui para a oferta de empregos. Entretanto, a viabilidade de uma empresa não pode ser condicionada a ter “incentivos perpétuos”.
Assim sendo, existiria uma regra maniqueísta, dividindo a atividade econômica entre o Bem (liberar estímulos fiscais) e o Mal (não liberar e criar o desemprego em massa). Se incentivos fiscais, diferimentos etc. gerassem automaticamente empregos, não haveria desemprego no nordeste, por exemplo.
Milhões de reais, sob a forma de subsídios, foram (e são) distribuidos pelo governo e se multiplicam os casos de escândalos e malversação dos incentivos. Em resumo: o incentivo deve ser o “ponta pé inicial” para que a economia cresça. Não se justifica que tais incentivos sejam “eternizados”.
Outro fato é que quando são reivindicados benefícios para o setor econômico, os “lobbies” não falam em cortes de despesa, ou redução orçamentária. Entretanto, quando se reivindica modernizar e melhorar o serviço público, o primeiro argumento é que há déficit público e o país não suporta.
Se isso é verdadeiro, o mesmo argumento valeria para a desoneração não ser prorrogada por mais quatro anos.
Já a outra PEC, aprovada no Senado, proíbe totalmente decisões individuais dos ministros do STF que suspendam a eficácia de leis ou atos do presidente da República e do presidente do Senado e da Câmara dos Deputados.
Em relação a PEC, cabe observar que a própria Corte STF já restringiu poderes individuais dos ministros, em dezembro de 2022, ao alterar o regimento interno. O que se espera é que, até pela razão citada, o incidente não se transforme em conflito do legislativo com o STF.
Várias outras matérias estão na pré pauta do STF, que podem gerar controvérsias. Por exemplo: a criminalização do porte de maconha para consumo. Esse julgamento foi interrompido com um placar de 5 a 1 a favor da liberação.
Também poderão vir à tona a forma de indicação dos próximos integrantes da Corte e a criação de mandatos de até quinze anos para os ministros. Por todas essas razões, o desejo nacional é que não haja essa guerra entre o Congresso, o STF e o Governo.
O presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio, disse que a perspectiva de ocorrer uma seca no Ceará em 2024 já é uma certeza. “Não há mais dúvidas, teremos uma seca no ano que vem. A Funceme foi a primeira instituição a alertar sobre isso há um bom tempo e agora provamos que não há possibilidade de termos uma boa quadra chuvosa com o cenário que temos hoje”, disse ele, nesta terça-feira (21).
Na ocasião, foi realizada a 114ª Reunião Ordinária do Conselho de Recursos Hídricos do Ceará (Conerh). O encontro, que aconteceu no auditório da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), na capital cearense, discutiu o aporte hídrico do estado, além das perspectivas do El Niño na quadra chuvosa do ano que vem e a previsão de seca apontada pela Funceme. As informações são do site gc+.
Eduardo Sávio comenta que os números a que a entidade hoje tem acesso atestam o que já estava previsto: aumento na temperatura do oceano, causando o fenômeno conhecido por El Niño. “Será impossível termos um bom aporte e deveremos trabalhar nisso, colocando em prática nossos aprendizados obtidos nos anos de seca”, disse ainda.
No que diz respeito à situação das reservas hídricas do Ceará, o diretor de operações da Cogerh, Tércio Dantas, ressaltou que o Ceará deve chegar ao fim da quadra chuvosa de 2024 abaixo de 30% de sua capacidade – considerando aporte nulo. Hoje em dia, o estado tem um percentual equivalente a 40% da capacidade total.
“É importante destacar que nos últimos tempos tivemos uma grande quantidade de obras, como melhoramento de sistema de bombeamentos e construção de adutoras. A Cogerh esteve se preparando para momentos como esse, de forma que chegue água suficiente para a casa das pessoas”, complementa Tércio.
O secretário dos Recursos Hídricos, Ramon Rodrigues, elencou ações desenvolvidas pelo Governo do Estado para lidar com a situação. “Temos monitorado as áreas mais vulneráveis e sido cautelosos. Na Bacia Metropolitana de Fortaleza, o estoque é razoável, mas reforçamos a importância do cuidado no uso da água. Pretendemos intensificar os encontros de discussão sobre ações de contingência de secas; temos levado para a Casa Civil essa pauta, investindo em campanhas para buscar o engajamento de todos os setores na conscientização da economia de água.
Peugeot 208 Style: hatch ganha, enfim, um motor potente
Numa avaliação feita do Peugeot 208 há três anos, esta coluna lembrava que o compositor Renato Russo pregava que ninguém deveria criar expectativas, e sobre qualquer coisa: elas causam lágrimas. No caso dos fãs do então 208, as ‘lágrimas’ foram de alegria. Nunca um 208 esteve tão bonito, tão tecnológico, tão gostoso de dirigir. Mas também houve lágrimas de tristezas por conta do motor, que destoava do conjunto. O tão diferente modelo vinha com um 1.6 aspirado que gerava 118cv – e com aceleração oficial de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos. E com apenas 15,5kgfm de torque. Convenhamos, é pouco para um carro destinado aos que gostam – e entendem – de carros. Principalmente jovens que podem desembolsar até R$ 111.940 (incluindo uma cor metálica como a azul, por exemplo).
Com a correção de estratégia, agora, sim, tem-se um pequeno ‘esportivo’, digamos assim. A beleza continua lá nos seus faróis simulando um dente de tigre, a boa sensação de pilotar num cockpit que parece uma navezinha continua apaixonante, o cuidado no acabamento idem e, enfim, um bom motor. Bem, o turbo 1.0 o deixou como o carro mais potente ao fazer até 130 cavalos, superando até mesmo outros turbinados do mercado, como Chevrolet Onix (116 cv) e Volkswagen Polo (116 cv). Aliás, é a versão ‘esportiva’ da família, que ficaria no mercado até o começo de 2024 – embora já há quem diga que não sairá. Enfim, resolvida as pendengas do marketing, comercial, financeiro etc, o carro tem vendido bem – apesar ainda do receio de alguns consumidores com as marcas franceses e do preço por volta dos R$ 110 mil desta versão – superando em outubro Citroën C3 e Toyota Yaris – e perdendo para os populares (abaixo de patamar) Volkswagen Polo e Chevrolet Onix.
O Peugeot 208 anda bem. É leve, com uma relação peso/potência de apenas 8,9 kg/cv, e bem ágil. Em vias planas, e circulando em horários fora do rush, o 208 é extremamente prazeroso na condução. Uma acelerada mais ousada, para uma ultrapassagem ou retomada, faz lembrar (novamente) do motor sadio e valente. Em suma, o 1.0 turbo deu ao 208 mais disposição em rotações mais baixas, essencialmente nas vias urbanas, onde o jovem vai usá-la na maior parte do seu tempo. Internamente, é bem isolado acusticamente, tornando a vida no trânsito bem agradável.
O cluster em três dimensões se une ao volante pequenino e de base achatada para garantir um prazer bem diferente, que deixa o motorista como aquele menino que se senta pela primeira vez na posição do motorista, como ressaltei na reportagem anterior. Some-se a isso o painel de instrumentos elevado e a série de teclas vintage que dão acesso às principais funções do carro. Por isso, vale reforçar: não há dúvidas que o 208 é o hatch mais bonito do país. Faz o pedestre virar a cabeça. Os faróis são em LED, com uma luz diurna (DRL) belíssima. E há detalhes visuais interessantes, como a soleira de alumínio escovado, friso lateral. Antes que me esqueça: os bancos dianteiros são realmente envolventes.
O acabamento poderia ser melhor? Na versão Style, teto e colunas são em preto, imitação em fibra de carbono e os bancos em couro e alcantara com costuras azuis – também nas portas. Com a posição baixa do volante, há uma ‘atração’ para se pôr o banco na linha da coluna A – embora muitas vezes, dependendo da altura do condutor, não seja recomendado por razões de segurança. O teto de vidro panorâmico (que não se abre) é um outro bom equipamento. Passa a impressão de carro mais luxuoso – ou mesmo esportivo. A tela multimídia é tátil de 10,3 de polegadas, compatível com Android e Apple. A conexão é sem fio. Há duas portas USB na dianteira e uma tomada de 12 volts. Assim, quem vai no banco traseiro se aperta (se for, vale lembrar: o 208 é um carro de ‘solteiros’ jovens). Como é um carro urbano, certamente o comprador não leva em conta o tamanho do porta-malas: são 285 litros de capacidade. Como falha, digamos assim, os comandos recuados dos vidros na porta do motorista E a leitura do conta-giros é invertida, no sentido anti-horário – e isso deixa a leitura confusa.
SW4 ganha nova versão, a SRX Platinum – O SUV, líder no segmento, passa a ter detalhes de exterior refinados, antes presentes apenas na topo de linha Diamond. Ela, seja a de 5 ou de 7 lugares, substitui a SRX e traz novos para-choques, grade e rodas redesenhadas . O modelo é produzido na planta industrial da Toyota em Zárate, na Argentina, desde 2005, e apresenta essas novidades para atender pedidos dos clientes Toyota. As primeiras unidades começam a chegar às concessionárias Toyota a partir do final deste mês. A novidade está disponível tanto para compra quanto para aluguel, por meio da Kinto e seus serviços de aluguel e compartilhamento por horas, dias, semanas ou até um mês, e pelo One Fleet, focado em gestão de frotas corporativas. O SW4 SRX Platinum traz tela sensível ao toque de 9″ com conectividade Android Auto e Apple CarPlay combinado com sistema de áudio JBL premium com alto-falantes, dois tweeters e um subwoofer; ar-condicionado digital dual-zone; sistema de visão 360°, alerta de ponto cego e alerta de tráfego cruzado traseiro etc. O motor é diesel 2.8L 16V, capaz de gerar 204 cv de potência e torque de 50,9 kgfm, acoplado a uma transmissão automática sequencial de seis velocidades com paddle shift e tração 4×4. O preço de venda sugerido é de R$ 379.990 para a versão de 5 lugares e de R$ 386.290 para a de 7 lugares.
Carro próprio: status ou despesa? – Ser dono de um carro vale a pena? Um veículo demanda gastos consideráveis, como documentação, emplacamento, depreciação, manutenção, seguros etc. A realidade é que o brasileiro desembolsa aproximadamente R$ 2 mil por mês para manter o carro próprio, considerando um veículo popular. A estimativa é da doutora em Ciências Contábeis e professora da Escola de Negócios da Universidade Positivo (UP) Carline Rakowski Savariz, que analisou os custos mensais do modelo Renault Kwid, considerado um dos mais acessíveis no mercado, atualmente. “Os valores utilizados estão considerando o cenário nacional e as informações coletadas referem-se aos carros modelo 2022. No entanto, a comparação com a desvalorização do carro foi feita com base nos carros do ano de 2023”, explica ela. O gasto semanal com gasolina (em litros) foi calculado a partir do uso médio por uma família em uma semana, utilizando o valor médio nacional fornecido pela Petrobras como referência. Por fim, a desvalorização anual foi calculada comparando os valores fornecidos pela tabela FIPE nos anos de 2022 e 2023. “Considerando, ainda, revisão anual, IPVA, financiamento, seguro e lavagem, o valor médio de custo mensal foi de R$ 2.266,50”, reforça ela.
Corroborando ainda mais o entendimento de que adquirir um carro é custoso, um estudo inédito sobre a relação do brasileiro com o automóvel, realizado pela Serasa em parceria com o instituto Opinion Box, em dezembro de 2022, revelou que os custos que envolvem a aquisição e manutenção de um carro estão entre os três maiores gastos anuais em 63% dos lares brasileiros. E 40% dos brasileiros consideram complexo realizar contas sobre os custos para manter o automóvel. Além disso, 1 em cada 10 proprietários considera se desfazer do veículo nos próximos 12 meses para amenizar os impactos no orçamento.
Mas os cálculos não bastam: o carro é, hoje, um bem de necessidade e uso para muitos brasileiros. Uma pesquisa promovida pelo Data OLX Autos destaca que o carro é o meio de transporte mais utilizado pelos brasileiros, enquanto aplicativos de transporte são usados esporadicamente. Para suprir a demanda, está em voga um novo modelo de locação mais prático, menos burocrático e que dispensa as despesas de manutenção e compra do carro.
Os veículos por assinatura são uma modalidade em expansão no Brasil. De acordo com dados recentes da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), o mercado de carros por assinatura cresceu 16,4% em 2022. Em comparação com o ano anterior, que contava com cerca de 91 mil veículos assinados, o número subiu para 106 mil automóveis.
“Como uma espécie de streaming, você assina o modelo por tempo determinado, sem se preocupar com revisões, seguro, documentação, tributos, manutenção, financiamento e possíveis desafios na hora de revender o automóvel”, explica a gerente comercial do V1 Assinatura, Caroline Milanez. Essa modalidade de serviço oferece conveniência e flexibilidade para aqueles que buscam por um zero-quilômetro, sem ter que lidar com os custos e preocupações associados à compra convencional.
Mais sangue, menos pontos – Um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados quer eliminar pontos da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de condutores que doam sangue. A iniciativa de Gilson Daniel (Podemos-ES) tem como objetivo incentivar a doação de sangue e, ao mesmo tempo, garantir que os bancos de sangue do país estejam sempre bem abastecidos. Será que funciona? O PL muda o Código de Trânsito Brasileiro e estabelece que os doadores de sangue terão o direito de eliminar 10 pontos computados em sua CNH, dentro do prazo de um ano, desde que não tenham cometido infrações gravíssimas. Segundo o texto da proposta, os estoques de sangue nos bancos de sangue em todo o país estão em níveis baixos, o que representa uma ameaça para a saúde da população, uma vez que qualquer pessoa, independentemente de qualquer distinção, pode necessitar de uma transfusão de sangue.
Como evitar golpes em serviços automotivos – Além de se preocupar com a manutenção do veículo, é crucial estar atento para evitar golpes e armadilhas – que podem custar caro e até comprometer a segurança do automóvel. A crescente complexidade dos modelos mais modernos torna ainda mais importante estar informado e tomar medidas preventivas. Também é de extrema relevância conhecer a empresa ou o profissional que está prestando o serviço para não ter surpresas desagradáveis ao retirar o veículo. No cenário da manutenção automotiva, as promoções podem ser uma maneira de atrair o cliente, que se baseia em sua emoção, que procura economia em produtos e serviços. É essencial prestar muita atenção nessas ofertas para evitar possíveis golpes ou enganos. Para não ser enganado durante serviços de manutenção veicular, é importante estar atento a essas 10 dicas:
Pesquise antes de escolher uma oficina ou um profissional – Procure recomendações de amigos ou familiares, e o mundo on-line está aberto para pesquisas sobre o ‘histórico’ das empresas e profissionais. Certifique-se de que a oficina ou centro automotivo tenha uma boa reputação e seja de confiança.
Atente-se às letras pequenas – Antes de se empolgar com uma promoção, leia cuidadosamente os termos e condições. Esteja ciente de quaisquer restrições ou condições que possam limitar a aplicabilidade da promoção.
Cuidado com “pacotes” excessivos – Algumas promoções podem incluir serviços ou produtos adicionais que muitas vezes você pode não precisar. Avalie se esses ‘extras’ são realmente benéficos para você antes de concordar com a oferta.
Desconfie de preços muito baixos – Valores baixos demais podem ser indicativos de serviços de baixa qualidade ou a utilização de peças não originais. Compare os preços em outros lugares para ter uma ideia justa do custo.
Não tome decisões sob pressão – Evite oficinas que pressionam você a tomar decisões rápidas. Tire um tempo para considerar suas opções e buscar segundas opiniões, se necessário.
Peça um orçamento detalhado – Antes de concordar com qualquer serviço, solicite um orçamento detalhado por escrito. Certifique-se de que inclua todas as peças, mão de obra e quaisquer taxas adicionais.
Conheça seus direitos – Esteja ciente dos seus direitos como consumidor em relação a garantias e serviços prestados. Familiarize-se com as políticas de devolução e reembolso da oficina.
Evite trocas desnecessárias – Antes de concordar com a substituição de peças, confira as antigas. Desconfie de estabelecimentos e profissionais que insistem na troca de componentes sem uma explicação clara.
Acompanhe a execução dos serviços – Estabelecimentos e profissionais que permitem o acompanhamento da execução dos serviços certamente inspiram mais confiança, pois é possível ver o que está sendo feito no veículo.
Mantenha registros dos serviços já realizados – Mantenha um registro detalhado de todos os serviços realizados no veículo. Isso pode ser útil para futuras referências e garantias.
Segundo o Gerente Comercial da DPaschoal, Leandro Vanni, cresce a quantidade de denúncias de empresas e profissionais que acabam lesando os clientes que procuram por um serviço de manutenção automotiva. “Por isso é de extrema importância, antes de escolher onde levar o veículo, ‘fazer a lição de casa’. É preciso pedir recomendações e verificar avaliações online para garantir que a oficina tenha uma reputação sólida”, afirma Vanni.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico