O senador Renan Calheiros vai ficar em repouso por um mês depois de passar por uma cirurgia por causa de um deslocamento de retina. O parlamentar do MDB de Alagoas foi operado na última sexta-feira (10) e, segundo a sua assessoria, está seguindo todas as orientações médicas.
“A cirurgia, ainda que complexa e longa, foi um sucesso. Estou em casa, cuidando do pós-operatório e fazendo exames rotineiros para acompanhar a evolução. É a mesma cirurgia feita pelo tricampeão Tostão, craque da bola e da medicina, hoje muito evoluída neste tipo de procedimento”, disse o senador pelas redes sociais.
Há mais de 30 anos se fala em reforma tributária no Brasil. Cheguei à Câmara Federal, pela primeira vez, em 1976 e esse era o tema do dia. Falava-se, discutia-se, e logo tudo silenciava. Ficava para depois. Muitos diziam que a reforma de tributos era impossível.
Quem pensava assim, somente aceitaria mudanças fiscais se feitas com “varinha mágica”, significando dizer que iria pagar menos tributos. O Estado sobrevive com impostos para manter a receita. O Estado nada mais é do que uma empresa, cujo lucro é social, ao contrário do privado, que é financeiro e individual.
O fato é que a reforma tributária “ficar para depois” parece ter terminado, com a aprovação do texto no Congresso Nacional. É a reforma ideal para o país? Certamente, que não.
Até porque os sistemas tributários de todo o mundo têm imperfeições. Na verdade, o tributo é uma agressão ao indivíduo, penetra no livre arbítrio das pessoas. Logo, gera insatisfação, porém é necessário.
Mas, a mudança ocorrida é o resultado de um esforço conjunto do governo, da classe política e da sociedade. É a reforma possível. No geral, será mais positiva do que negativa.
As “concessões” feitas através de emendas, de forma casuística, geraram imperfeições e, em alguns casos, privilégios. Porém, quem conhece o processo legislativo sabe que é impossível não fazer concessões para viabilizar a aprovação da matéria em debate. Sempre foi assim. Veja-se a reforma da previdência no governo Bolsonaro. É o ônus da democracia. O ditado popular se aplica: “É no balanço da carroça que as melancias se ajeitam”.
Análise sucinta da reforma aprovada, por dever de justiça, deve reconhecer que haverá maior competitividade no mercado interno e externo e favorece o empreendedorismo e o ambiente de negócios.
A reforma vai reduzir o imposto para quem ganha menos sobre o consumo. Quem ganha mais, que consome bens mais caros, vai pagar mais imposto. Quem ganha menos, que consome bens de primeira necessidade, vai pagar menos imposto.
Também cria o Imposto Seletivo a ser cobrado de produtos que prejudiquem a saúde e o meio ambiente, define um teto para a carga tributária, institui a cobrança de IPVA para jatinhos, iates e lanchas e a tributação sobre heranças. Todas essas matérias serão ainda regulamentadas.
Um ponto que favorece, sobretudo o Nordeste, é que a cobrança de impostos deixará de ser feita na origem (local de produção) e passará a ser feita no destino (local de consumo), uma mudança que visa dar fim a chamada guerra fiscal – a concessão de benefícios tributários por cidades e Estados, com objetivo de atrair o investimento de empresas.
Há o aumento do fundo de desenvolvimento regional de R$ 40 bilhões para R$ 60 bilhões. A cesta básica nacional deverá levar em consideração peculiaridades regionais e promover a alimentação saudável e adequada do ponto de vista nutricional.
Haverá tratamento favorecido, a ser regulado por lei complementar, para serviços de educação, saúde, produtos hortícolas, frutas e ovos, dispositivos médicos e de acessibilidade para portadores de deficiência, medicamentos, produtos de cuidados básicos à saúde menstrual, bens e serviços relacionados à segurança e soberania nacional e segurança cibernética.
Por fim, uma observação: sempre aparecem aqueles defensores de regras inflexíveis em nome da estabilidade da economia. Condenam certos tratamentos diferenciados, beneficiando sobretudo os mais necessitados.
Esses são os mesmos que, por baixo do pano, forçam isenções e diferimentos, na maioria das vezes sem conhecimento público. Efetivamente, a reforma não é o melhor dos mundos. Mesmo com imperfeições, que serão corrigidas ao longo do tempo, a reforma aprovada é uma evolução, que pode ser atribuída à classe política pela determinação em aprová-la.
Quem pregava o pessimismo de que o Brasil nunca faria uma reforma fiscal, esqueceu a máxima popular de que “a palavra impossível foi inventada por alguém que desistiu”.
Já de volta ao Recife, depois de cumprir uma maratona de lançamentos no Sertão, estarei amanhã em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, para uma noite de autógrafos da biografia de Marco Maciel, a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores. A iniciativa é conjunta da mesa diretora da Casa com a Prefeitura Municipal.
O presidente da Câmara, Edson de Araújo Lima, o Edinho (PL), vai aproveitar o lançamento para uma homenagem especial a Marco Maciel, por sugestão do colega de parlamento, Eudes Farias (Avante), que está engajado na organização do evento, que terá a presença do prefeito Yves Ribeiro.
Já na próxima quinta-feira (16), promovo uma noite de autógrafos em Surubim, na Câmara de Vereadores, a partir das 19 horas, iniciativa do presidente da Casa, Luciano Medeiros Filho, o Bomba, e da prefeita Ana Célia (PSB).
Na sexta-feira (17), será a vez de João Alfredo, tendo como anfitrião o prefeito José Martins (PSB). Lá, a noite de autógrafos está marcada para às 19 horas, na Câmara de Vereadores, iniciativa do presidente da Casa, Walque Dutra (PSB).
A Mobiauto acaba de realizar uma pesquisa em sua base de dados para verificar o comportamento do mercado de usados das stations wagons, as chamadas peruas. Cada vez menos frequentes no menu de classificados da plataforma, esses carros estão desaparecendo. Mas a boa notícia é que as que restam podem ser consideradas bons negócios. Sant Clair de Castro Jr., economista, consultor automotivo e CEO da Mobiauto, acredita que o suposto viés de baixa no mercado nacional pela interrupção de produção não tem se confirmado na prática. “O que tem havido é uma oferta cada vez menor. Fizemos essa mesma pesquisa na Mobiauto em dezembro de 2021 e apuramos cotações de mais de 60 veículos. Desta vez, os modelos e versões que tinham volumes de anúncios suficientes para ingressar na estatística foram menos de 20 modelos”, comenta. “Como a oferta tem sido cada vez menor, as que restaram têm segurado o preço”.
O levantamento foi feito com veículos cotados entre setembro de 2022 e setembro de 2023, extraindo-se a variação de preços. Na média geral, os 18 modelos e versões apuradas, de 2013 a 2019, desvalorizaram somente 3,04% de acordo com a pesquisa da Mobiauto. “Como a pesquisa apurou modelos com 4 a 10 anos de uso, já esperávamos que houvesse uma depreciação baixa”, explica Castro Jr. O executivo lembra que a curva de depreciação dos seminovos é sempre mais acentuada no seminovo e tende a apresentar percentuais menores à medida que o carro vai ficando mais velho. “Recentemente apuramos que os seminovos com até 3 anos de uso perderam 8,5% de um ano para cá”, destaca.
Cliente fiel – Ao perder 3% na média, as peruas mostram que ainda possuem uma clientela fiel. Se pesa contra elas o fato de que sumiram dos showrooms há alguns anos e foram engolidas pelos SUVs, a menor variedade de ofertas acaba sustentando as cotações. “Vale ressaltar que, dos 18 veículos apurados, ainda tivemos 4 exemplares que ganharam preços neste último ano”, diz o CEO da Mobiauto. Fica claro o predomínio da Volkswagen com justamente a última station que produziu para o nosso mercado, a SpaceFox, com destaque secundário para a Fiat Weekend. “Um ponto nos chamou a atenção foi a pequena variação entre as melhores e as piores: pouco mais de 11 pontos percentuais. Isso jamais ocorre em pesquisas com outros segmentos”, ressalta Castro Jr. O executivo acredita que esse fenômeno é mais uma prova inequívoca da “maturidade” do segmento de peruas, que possui variação controlada de preços e não aponta excelentes ou péssimos negócios.
Aircross ganha motor turbo – O novo SUV Citroën C3 Aircross, que leva até sete pessoas, terá o motor turbo 200 de até 130 cv e 20,0 kgfm de torque. Fabricado em Betim (MG), ele já é conhecido de outros clientes da Stellantis e fará com que o modelo seja o SUV com a maior potência do segmento nesta faixa de cilindrada. A marca promete visual marcante, excelente espaço interno, terceira fileira com assentos removíveis e o maior porta-malas entre seus rivais diretos. O turbo 200 será oferecido sempre com câmbio automático CVT de sete marchas e opção de trocas sequenciais.
Novo Range Rover Velar: R$ 644 mil – O SUV grande (e de luxo) da Land Rover já está disponível para encomendas. Os preços começam em R$ 644 mil. Ele vem na versão Dynamic HSE com motorização 2.0 de 404 cv e câmbio automático de oito velocidades. O híbrido elétrico plug-in tem autonomia puramente elétrica de até 64 km.
Mercedes E 300 Cabriolet: R$ 414 mil – E outro carro premium também está à venda no Brasil: o E 300 Cabriolet, completando a família Classe E, com cinco modelos. O conversível tem quatro lugares, motor turbo de 245 cv, câmbio com nove velocidades e o sistema de suspensão Agility Control. Também inclui integração a smartphones e sistemas de assistência. Com o teto flexível fechado, o modelo apresenta uma silhueta semelhante à do E 300 Coupé, que tem as mesmas proporções do conversível. O E 300 Cabriolet possui um sistema inédito de proteção contra capotagem, com duas cápsulas alojadas atrás dos bancos traseiros. Se uma capotagem for iminente, essas cápsulas são deflagradas e se estendem para criar um espaço de sobrevivência juntamente com as colunas A.
Novo SUV Mercedes-Benz EQE – A Mercedes-Benz confirma a chegada das primeiras unidades do novo modelo 100% elétrico EQE SUV no mercado brasileiro. O novo EQE SUV é a variante do sedã executivo EQE, lançado no Brasil em outubro de 2022 – mas tem dimensões exteriores mais compactas. Ele é o quarto modelo da marca que utiliza a nova plataforma totalmente elétrica. Tem, por exemplo, motor elétrico de 245cv no eixo traseiro com operação de 6 fases, com duas enrolações com três fases cada. Para recuperar energia, o condutor não precisa pressionar o pedal de freio – é possível dirigir com apenas um pedal. O SUV também desacelera automaticamente até parar quando detecta veículos à frente, por exemplo, em semáforos. A bateria de íons de lítio, distribuída em 10 células, possui uma capacidade energética de 89 kWh, gerando uma autonomia de até 367. O preço não foi divulgado.
RS 6 Avant Performance: R$ 1.193.990 – Outra notícia para quem tem muito dinheiro no banco. A Audi confirmou que o RS 6 Avant Performance virá no primeiro por cerca de R$ 1,2 milhão. Ela é a station wagon mais rápida já produzida e ganhou atualizações visuais e aprimoramentos mecânicos. O motor é um 4.0 TFSI V8 biturbo, de 630 cv e 86,7kgfm de torque. Segundo a fabricante, a RS 6 Avant Performance faz de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos. A velocidade máxima é de 280 km/h.
Dolphin e Seal ganham cinco estrelas – O BYD Dolphin, veículo elétrico mais emplacado do mercado brasileiro em setembro, e o sport coupé elétrico Seal, conquistaram a classificação máxima cinco estrelas no Programa Australiano de Avaliação de Novos Carros (Ancap), uma das mais conceituadas avaliações sobre segurança veicular da Austrália e Nova Zelândia. Os dois modelos foram submetidos a testes físicos de proteção estrutural em colisões e também testes das capacidades de evitar ativamente batidas contra outros veículos, pedestres e ciclistas com seus sensores, câmeras e radares de última geração. Entre os principais destaques, o BYD Seal obteve pontuação máxima na proteção do motorista e crianças no banco do passageiro no teste de impacto lateral e poste oblíquo. Já o BYD DOLPHIN demonstrou proteção adequada para ocupantes adultos em testes de colisão, assim como a proteção oferecida ao motorista no teste de deslocamento frontal. O modelo recebeu graduação máxima para crianças ocupantes nos testes de impacto frontal e lateral.
Preços de seminovos e usados voltam a cair – O Monitor de Variação de Preços da KBB Brasil verificou que, em setembro, os preços dos automóveis seminovos (até três anos de uso) e usados (entre quatro e 10 anos) mantiveram a tendência de queda observada em agosto. A depreciação média chegou a superar os 2%, dependendo da faixa de ano/modelo. Segundo a federação dos revendedores de usados, a Fenauto, mais de 10,6 milhões de veículos seminovos e usados foram comercializados no país em setembro, volume 13,9% inferior ao de agosto devido aos três dias úteis a menos. Os preços dos veículos seminovos apresentaram queda em todas as faixas de ano/modelo, com destaque para os modelos 2023, com depreciação média de -2,44% em setembro.
Honda confirma a XRE 300 Sahara – Os japoneses anunciaram essa semana um importante lançamento para o mercado brasileiro ainda em 2023: a Sahara 300, modelo para o segmento trail que mescla um nome de grande sucesso do passado a inovações técnicas e de design. A Sahara 300 é uma motocicleta cujo conceito prevê a utilização multiuso. É genuína herdeira de modelos que, desde o início dos anos 1980, ocuparam um lugar importante no line up da marca no Brasil, tais como a XL 250R, XLX 350R, a NX 350 Sahara – da qual resgata o nome – e, mais recentemente, a XRE 300, modelo que há mais de uma década é líder das vendas de seu segmento. Maiores detalhes referentes a versões, cores e preços sugeridos serão divulgados no lançamento, programado para novembro, em data ainda a ser confirmada.
Sonolência no trânsito
Pelo menos 4 de cada dez acidentes nas rodovias federais estão relacionados à sonolência. Essa é a 3ª maior causa de acidentes de trânsito no país, ficando atrás apenas do uso de álcool e drogas ao volante (2ª) e excesso de velocidade (1ª), segundo dados de um levantamento feito pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). Ainda pelo levantamento, 18% dos acidentes rodoviários envolvendo motoristas profissionais, portadores das carteiras de habilitação C, D e E, são causados por fadiga (18%). Juntos, a fadiga e sono representam 60% dos acidentes de trânsito.
Segundo a conselheira da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), Leticia Pineschi, os horários com mais incidência de acidentes de trânsito por sonolência são durante a madrugada e no início da manhã. “Os acidentes em geral acontecem no fim de tarde, no início da manhã e durante a noite com colisão na traseira ou desvio da pista. Em geral são acidentes que são causados por sonolência. Isso é muito comum em relação ao transporte de cargas, e ao transporte realizado por motoristas de carro de passeio, especialmente. Em geral, os condutores que não são profissionais ou que estão sob carga de trabalho excessiva, acabam sofrendo esse tipo de incidência ao extrapolar o seu limite de resistência”, explica.
Dentre as principais causas de sonolência ao volante e consequentemente dos acidentes de trânsito estão “o descanso inadequado do condutor – privação de sono ou dormir menos de oito horas por noite – e distúrbios do sono. Muitas pessoas sofrem de diversos distúrbios do sono e não têm consciência disso”, completa a conselheira.
Para evitar acidentes de trânsito por sono, Pineschi aconselha que os condutores devem fazer paradas para descanso durante a viagem. “Ao menor sinal de sono, o motorista deve parar o veículo e descansar. Não adianta lutar contra o sono. Este vai vencer e o motorista tem que descansar. Ele também tem que cuidar da alimentação e da saúde para que não tenha nenhum dos distúrbios do sono conhecidos. Esses distúrbios estão muito ligados a apneia, pressão alta, a problemas respiratórios que eventualmente nem mesmo a pessoa sabe que tem”, ressalta.
A conselheira ainda destaca a importância de manter uma boa qualidade do sono. “Uma boa qualidade do sono melhora toda a qualidade de vida da pessoa. Isso serve para todos os profissionais e para todas as pessoas. Quando você tem um sono saudável, um sono profundo, você permite um descanso adequado e você terá uma melhor qualidade no alerta, na atenção e no foco durante o desenvolvimento das tarefas do dia a dia”, diz.
Pós pandemia: só 31% usam apps – A Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento, acaba de mostrar pesquisa que indica o comportamento dos usuários da plataforma em relação às preferências de mobilidade no pós-pandemia. Segundo o levantamento, 67% dos entrevistados utilizam o carro próprio para ir e vir, enquanto 31% optam pelos aplicativos como principal meio de locomoção. Por outro lado, 26% decidiram descartar o transporte público após o período pandêmico. O estudo aponta também que 89% dos respondentes pretendem trocar de carro ou comprar um novo até 2024. Para 61%, o desejo é por um modelo usado, SUV (38%) e com motor flex (70%). “A preferência latente pelo veículo próprio pode ser um indicativo dessa alta intenção de compra para o último trimestre deste ano”, afirma Natália Spigai, CMO da Webmotors. “Outro ponto importante identificado pela pesquisa é que os usuários seguem com o hábito de trocar de carro regularmente (43%), o que sustenta a hipótese de um mercado aquecido no pós-pandemia” O levantamento foi realizado com cerca de 3,5 mil usuários da plataforma – a maioria homens (88%) com idade entre 46 e 55 anos (29%).
Calibragem de pneus com nitrogênio? – A calibragem de pneus é, e nem precisa ser muito enfático, de muita importância para a segurança, mas também para a economia, manutenção e o desempenho veicular. Ela é relevante para os usuários finais, assim como para motoristas profissionais e gestores de frotas. Nos últimos anos, uma alternativa tem ganhado destaque: a calibragem com nitrogênio. Vale a pena? A coluna De Bigu traz algumas dúvidas elaboradas pela Air Products, empresa especializada em fornecimento de gases industriais.
Mais economia na manutenção – Uma das maiores preocupações dos motoristas é o custo associado à manutenção de seus veículos. Pneus descalibrados podem aumentar significativamente o consumo de combustível e comprometer a estabilidade do veículo. No entanto, a calibragem com nitrogênio oferece uma solução eficaz. “Com o uso do nitrogênio, o intervalo entre calibragens pode se prolongar por até 45 dias”, afirma Omar Abreu, vendedor técnico da Air Products.
Evita perdas – Segundo ele, o ar comprimido, utilizado para encher os pneus dos veículos, é uma mistura de gases, sendo os principais oxigênio, nitrogênio e contaminantes como óleo e água. Nesse caso, a perda de pressão pode chegar a cinco libras por semana. “Quando oferecemos a calibragem dos pneus apenas com nitrogênio, prolongamos a periodicidade entre calibragens por uma razão simples: as moléculas desse gás são maiores e demoram mais para sair pela borracha do pneu, que é permeável”, explica. E mais: “O segundo ou terceiro maior custo do transporte rodoviário hoje é, sem dúvida, o pneu, perdendo apenas para o combustível e em alguns casos para mão de obra. O nitrogênio representa em média 10% de ganho na primeira vida útil do pneu e economia de cerca de quatro pneus por mês para frotistas”, completa.
Mais segurança – Outra vantagem de pneus calibrados com nitrogênio se refere à segurança. Isso porque pneus com pressão incorreta podem comprometer a estabilidade do veículo e aumentar o risco de acidentes. Omar Abreu observa que nesse sentido, a calibragem com nitrogênio tem se mostrado uma solução eficaz. A permeabilidade reduzida do nitrogênio, em comparação com o ar comprimido, mantém a pressão dos pneus estável por mais tempo, proporcionando uma condução mais segura”.
Preservação do meio ambiente – A sustentabilidade é uma preocupação global e a calibragem com nitrogênio oferece também benefícios ambientais. “Com o uso de nitrogênio, que é um gás totalmente inerte, estável, isento de umidade e óleo, a temperatura e a calibragem ideal do pneu são mantidas por mais tempo, preservando a estrutura interna. Para pneus de transporte, é possível ter em média uma reforma a mais por carcaça, o que também gera ganho ambiental, uma vez que significa melhor aproveitamento do pneu e menor geração de sucata”, destaca Omar Abreu.
Onde encontrar gás nitrogênio ? – Para garantir a calibração com nitrogênio, basta verificar se a concessionária ou loja revendedora de pneus possui o equipamento compatível. O problema do nitrogênio é o custo de calibragem (pode chegar a R$ 10 por pneu), enquanto o ar comum é geralmente de graça.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico