Teresa Leitão vai presidir subcomissão que vai discutir o Ensino Médio

Foi instalada, hoje, durante a reunião da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, a subcomissão temporária que vai debater e avaliar a reforma do Ensino Médio no país. Na reunião, Teresa Leitão (PT), que já tinha apresentado o requerimento para a criação da subcomissão, foi eleita, por aclamação, presidente do colegiado.

“Não queremos fomentar nenhum processo de polarização. Ao contrário, queremos aproveitar as diversas ideias que temos já circulando no Brasil, analisar as experiências que existem, analisar todo o processo de implantação deste modelo para propor algo que possa, de fato, corresponder ao grande desafio que é o ensino médio. Vamos trabalhar, com dedicação, coragem, alegria e esperança”, disse a senadora.

Também fazem parte da subcomissão os senadores Augusta Brito (PT-CE), Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Izalci Lucas (PSDB-DF). A subcomissão terá 180 dias para discutir o assunto no Senado. A próxima reunião será no dia 12 de abril.

Foto Blog do Finfa

Em sua fala sobre reforma tributária, há pouco, na Marcha dos Prefeitos, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), propôs que a proposta em discussão no Congresso inclua, de imediato, mudanças na destinação da tributação do ISS (imposto sobre serviços) em operações com cartão de crédito.

Segundo ele, se o imposto cobrado for destinado ao município onde a compra por cartão foi feita, os municípios tendem a ganhar pelo menos uma folha de pagamento de pessoal por ano.

“No Recife, essas operações de cartão nos proporcionariam uma receita a mais em torno de R$ 100 milhões”, previu. Para ele, se mudanças práticas não forem feitas na destinação do ISS, os municípios só terão alguma vantagem na reforma tributária daqui a 40 anos.

João disse que, quando deputado federal pôde conhecer as duas propostas de reforma tributária em discussão no Congresso. “As duas PECS, tanto a 45 quanto a 46, são muito parecidas, mas na questão da tributação não trazem resultados a curto ou médio prazos para os municípios”, afirmou.

Uma das plenárias mais importantes e esperadas da Marcha dos Prefeitos, que acontece neste momento em Brasília, tendo como temática a reforma tributária, atraiu de um lado dois ministros – Fernando Haddad, da Fazenda, e Simone Tebet, do Planejamento, e de outro o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Para João, reforma boa é a que possa viabilizar o Pacto Federativo.

Por Maríllya Reis*

A subrepresentatividade feminina nos espaços de poder é um reflexo claro do fato que as leis não foram histórica e culturalmente construídas e executadas para considerar a mulher como uma agente política. A igualdade entre gêneros na nossa Constituição ainda é, no plano fático, uma norma programática.

Comumente, as mulheres são associadas ao trabalho do lar, de cuidado, de somenos importância, além serem vinculadas as características de passividade e emoção, o contrário de qualquer modelo que as reconheça como líderes; enquanto, aos homens se reserva espaços de poder. Essa clara distorção fomenta hierarquias estruturais difíceis de serem superadas e estereótipos de gênero negativos para as mulheres que “se atrevem” a ocupar os espaços que lhes cabem.

A luta por mulheres em posições políticas legislativas, executivas e judiciárias se tornam imprescindível para que possa existir medidas e decisões que re(conheçam) as especificidades do gênero e promovam políticas que, finalmente, possam nos colocar no mesmo patamar de possibilidades. A situação, contudo, não se resume apenas ao ponto de vista da representatividade em cargos de poder e de direção, que muitas vezes são apenas simbolicamente ocupados por mulheres e, como tal, é outra batalha a ser enfrentada.

Embora os avanços sobre a matéria não acompanhem a urgência que precisamos combater o machismo estrutural, observamos medidas que visam melhorar o cenário. Assim, ainda que numerosas as flagrantes “burlas” às soluções criadas pelo sistema, na política, temos a cota de gênero nas candidaturas proporcionais e, na OAB, temos a garantia de paridade de gênero nos cargos de direção.

Nesta linha, ainda longe de garantir que os Tribunais ganhem representatividade feminina, o CNJ, aprovou, no dia 14.03.2023, por meio de Resolução, a incorporação do protocolo para julgamento com perspectiva de gênero. O que isto representa na prática? Se, de um lado, a exemplo de Pernambuco, temos apenas uma desembargadora mulher no universo de outros 51 desembargadores, o que dificulta a superação do machismo estrutural, estes julgadores terão que observar diretrizes gerais que visem extirpar estereótipos e preconceitos em seus julgamentos

De certo que o Protocolo já existia desde 2021 e que já estava materializado por meio da Recomendação nº 128/22, mas, agora, ele ganha outro nível: sua incorporação ao formato de Resolução. Espera-se que, com isto, se ganhe a visibilidade e executividade que nos distancie da reprodução de julgamentos discriminatórios decorrentes das desigualdades históricas e estruturais em face das mulheres.

*Defensora pública

Em mais uma dispensa coletiva, já marca registrada da sua gestão, a governadora Raquel Lyra (PSDB) resolveu exonerar todos os servidores que exercem função gratificada de supervisão e de apoio na Secretaria Estadual de Saúde. A decisão foi assinada pela secretária estadual de Saúde, Zilda do Rego Cavalcanti.

As funções gratificadas são um acréscimo que os servidores concursados recebem para exercerem funções de direção, chefia e assessoramento. Com isso, os servidores dispensados continuam no Estado, mas recebendo apenas pelo cargo que fizeram concurso. Além da própria Secretaria, são afetados pela medida hospitais estaduais e gerências regionais de saúde.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou à TV Globo que houve avanço nas negociações com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre o rito de tramitação das medidas provisórias. Os dois se reuniram para discutir a questão na manhã de hoje.

Pacheco disse que a reunião foi “cordial” e que vai levar para análise dos líderes no Senado a proposta da Câmara para resolver o impasse. Ontem, os deputados apresentaram uma proposta que mantém as comissões mistas para análise das MPs, mas estipula que elas tenham prazo máximo – o que hoje não existe.

Além disso, devem ser compostas por maioria de deputados: três para cada senador. No modelo atual, são 12 deputados e 12 senadores. Pacheco disse que vai levar o texto aos líderes até esta quarta-feira (29). No entanto, já há resistência à medida. Senadores indicam que há consenso pela aprovação do prazo máximo para os colegiados, mas resistem à maior quantidade de deputados.

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou, hoje, que o sistema de impostos no Brasil é “caótico” e defendeu a reforma tributária – em discussão no Congresso Nacional.

Alckmin representou o presidente Lula em um evento de prefeitos promovido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Ele também disse que o governo quer universalizar o acesso a creches e ampliar vacinação de crianças.

Em pronunciamento, o vice-presidente disse que o objetivo da reforma no sistema de impostos, elencada como uma das prioridades do governo, é promover o que chamou de “justiça tributária”, além de simplificar a cobrança de impostos.

“Nos Estados Unidos, o imposto sobre consumo é 20%. Lá tributa consumo, renda e patrimônio. E, aqui, é consumo, consumo e consumo. Então, 50% do produto é imposto de consumo. A população consome pouco. Como é que eu vou comprar um carro se eu ganho R$ 1,3 mil de salário mínimo. Se o carro popular, custa R$ 70 mil? O modelo nosso é injusto”, afirmou Alckmin na Marcha dos Prefeitos a Brasília deste ano.

Após o discurso no evento, Alckmin concedeu uma entrevista a jornalistas, na qual voltou a defender a reforma tributária. Ele disse que o modelo atualmente em vigor é “caótico” e não estimula investimentos.

“Eu acho que há uma conscientização de que o modelo tributário é caótico, leva a uma judicialização altíssima, tem custo muito elevado para pagar imposto tal é a complexidade tributária, ele é injusto na maneira como arrecada, […] não estimula investimento. Esta é uma reforma que traz eficiência econômica”, frisou o vice-presidente.

Segundo integrantes da equipe econômica, num primeiro momento, as mudanças deverão ser focadas na tributação sobre o consumo.

Em sua fala, há pouco, na assembleia da Marcha dos Prefeitos, em Brasília, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, tocou nos principais problemas que afetam hoje os municípios brasileiros, entre os quais obras paradas. 

Segundo ele, a totalidade de obras paradas chega a 5.380 em 2.484 municípios, o que representa um prejuízo superior a R$ 23 bilhões. A maioria dessas obras é da área de educação e também habitação. “E não vemos o programa do Governo Federal de retomada dessas obras buscar os municípios para discutir o que é prioridade”, afirmou.

Ziulkoski disse também que um dos maiores problemas que os municípios enfrentam é a dívida previdenciária. “A dívida municipal com o regime geral da Previdência Social chega a R$ 103 bilhões”, disse. Já os municípios que têm regime próprio acumulam um déficit previdenciário da ordem de R$ 40 bilhões.

O presidente da CNM falou ainda de estradas. Disse que 80% das estradas que escoam a produção agrícola não são pavimentadas. “Por essas estradas, saem 300 milhões de toneladas de grãos por ano nos Estados do Agronegócio, que representa hoje 23% do PIB nacional”.

Outro drama enfrentado pelos municípios e destacado por ele diz respeito aos efeitos de calamidades públicas. “Em 10 anos, os prejuízos com chuvas e outras calamidades chegaram a R$ 401 bilhões, mas o Governo só liberou R$ 4,9 bilhões para recuperar esse prejuízo”, afirmou.

Investimentos em educação garantem melhorias na qualidade do ensino, além de desenvolvimento social. Por isso, em Petrolina, essa tem sido umas principais bandeiras da gestão municipal que, nesta semana, iniciou a entrega do kit de material didático, mochila escolar e fardamento para os mais de 55 mil alunos das escolas e creches do município. Um ato simbólico foi realizado, ontem, pelo prefeito Simão Durando, no bairro Jatobá para marcar o começo dessa entrega dos materiais.

O kit é composto por caneta, lápis, cadernos, borracha, apontador, tinta guache, massa de modelar, entre outros itens. Outra boa notícia, foi o início da entrega do fardamento escolar, hoje, para todos os alunos das 220 unidades escolares. Neste ano, serão dois kits por aluno, que serão distribuídos em duas etapas. 

De acordo com o prefeito Simão Durando, através da Secretaria de Educação, está sendo realizado um planejamento minucioso para acelerar a entrega dos itens aos alunos das creches e escolas.

“Temos uma educação de referência e isso se dá graças aos investimentos. Esses kits de material escolar com mochila e fardamento vêm para somar às novas salas de aula, novas escolas em tempo integral, climatização de 100% da rede, os 15 novos ônibus entre tantas outras ações. Vamos seguir avançando nas políticas públicas voltadas para a educação. Esse é um compromisso da nossa gestão, que acredita firmemente no poder transformador que possui uma educação de qualidade”, concluiu o prefeito Simão Durando.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou com um outro conjunto de joias dados de presente por autoridades sauditas durante uma viagem oficial.

O caso foi relevado pelo jornal O Estado de S. Paulo, hoje, e confirmado com ex-integrantes do gabinete pessoal do ex-presidente. Os itens estão num galpão que guarda outros materiais que Bolsonaro levou ao deixar a Presidência da República.

Segundo o jornal, a caixa inclui um relógio Rolex, uma caneta da marca Chopard prateada, um par de abotoaduras em ouro branco, com um brilhante cravejado no centro; um anel em ouro branco com um diamante no centro e outros em forma de “baguette” ao redor; e uma masbaha (um tipo de rosário árabe), feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.

O conjunto foi entregue à comitiva de Bolsonaro durante uma viagem ao Catar e a Arábia Saudita em outubro de 2019. Além dessas joias, o ex-presidente levou consigo ao deixar o mandato um outro conjunto de joias, essas todas da marca de luxo Chopard e que foram entregues a uma comitiva do Ministério das Minas e Energia em uma viagem posterior, de outubro de 2021.

A PF deve analisar todos os bens valiosos recebidos pela presidência, inclusive esse novo lote. Na semana passada, a defesa de Bolsonaro entregou esses itens numa agência da Caixa Econômica Federal em Brasília, em cumprimento a uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que entende que o presidente não pode, ao deixar o cargo, levar consigo bens de valor elevado.