Juiz do interior de SP suspende CNH de mulher com dívida

A Justiça de Jales (SP) determinou a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), pelo prazo de um ano, de uma mulher que possui uma dívida. A medida foi tomada pelo juiz Fernando Antonio de Lima, da Vara do Juizado Especial Cível e Criminal, no dia 15 de fevereiro de 2023.

Segundo o processo, a suspensão servirá para que a dívida pecuniária (reparação por danos morais + multa coercitiva de R$ 3 mil) seja cumprida. As informações são do G1.

No caso do processo da mulher, conta nos autos que há uma dívida pecuniária e uma “obrigação de fazer”. A dívida pecuniária diz respeito à reparação por danos morais e a uma multa coercitiva. Já a “obrigação de fazer” consiste na determinação para que a mulher entregue os documentos necessários para uma transferência de um veículo ser realizada. A multa coercitiva, nada mais é, do que uma forma de forçar o devedor a efetuar o pagamento.

“Não se pode, é claro, desconhecer que veículo é bem essencial no mundo moderno. Por outro lado, a dívida pecuniária já chega a quase R$ 20 mil, em parte constituída por multa coercitiva. Ora, além da natureza do crédito, é preciso aplicar-se as medidas judiciais menos gravosas ao devedor. Não há elementos para se aferir a real capacidade econômica da executada. Por isso, reduzo, de ofício, a multa coercitiva para R$ 3 mil”, escreveu o juiz na decisão.

Por outro lado, o magistrado entendeu que seria o caso de se aplicar, por ora, ao menos a suspensão da CNH para que a mulher cumpra a dívida pecuniária (reparação por danos morais + multa coercitiva de R$ 3 mil).

O juiz acolheu parcialmente o pedido, já que o advogado que atua no caso também tentou obter a apreensão do passaporte da mulher, o cancelamento ou suspensão do cartão de crédito e o bloqueio de serviços de telefonia e internet.

O magistrado cita uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para determinar a suspensão da CNH da mulher. No dia 9 de fevereiro de 2023, os ministros do STF decidiram, por 10 votos a 1, que é constitucional a Justiça determinar a apreensão da CNH e do passaporte de endividados inadimplentes.

O plenário analisou uma ação do PT que contestava esse tipo de medida coercitiva contra endividados. Outras punições que o STF entendeu que também podem ser aplicadas são proibir a participação da pessoa em concursos públicos e em licitações com o poder público.

Perto de completar dois meses, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva expõe uma disputa ruidosa na sua área mais sensível. Em manifestações públicas nos últimos dias, o PT e líderes da legenda no Congresso fizeram coro contra a retomada da cobrança de impostos federais nos combustíveis e por uma nova política de preços para a Petrobras. A pressão petista atinge em cheio o principal ministro da legenda na Esplanada. O titular da Fazenda, Fernando Haddad, que defende a reoneração. E, por tabela, o presidente da Petrobras, o também petista Jean Paul Prates.

Lula deve arbitrar a decisão, que tem de ser tomada até a próxima terça-feira, quando termina o prazo da isenção do PIS/Cofins para gasolina e álcool. O tamanho do ministro da Fazenda no governo será medido até lá. A equipe econômica argumenta não haver espaço fiscal para a manutenção da desoneração sobre combustíveis. A prorrogação da medida custaria R$ 28,8 bilhões aos cofres públicos até o fim do ano. Haddad, que declarou no discurso de posse ser o “patinho feio” da Esplanada, corre o risco de fazer valer sua profecia e colher sua terceira derrota em dois meses. As informações são do Estadão.

No fim do ano passado, o ministro brigou pelo fim da isenção de PIS/Cofins sobre gasolina e álcool, mas foi vencido pelo núcleo político. No dia 1.º de janeiro, Lula prorrogou a medida por dois meses. Outra derrota sofrida pelo ministro foi em relação à correção da tabela do Imposto de Renda. Haddad defendia a adoção da medida em 2024. Lula, porém, anunciou agora a correção, juntamente com o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320, em maio.

Nas duas ocasiões os movimentos de Lula foram antecipados em posts da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, no Twitter. Enquanto Haddad representava o Brasil no encontro do G-20, na Índia, Gleisi e outros líderes petistas recorreram às redes sociais para minar a ideia de reoneração, que, na prática, significa aumento no preço dos combustíveis na bomba. O temor de setores do PT e da ala política do governo é de que a alta dos preços no primeiro ano de governo possa atingir fortemente a popularidade de Lula e reacender a polarização radical da política nas ruas e no Congresso.

Reação

Anteontem, a presidente do PT escreveu: “Não somos contra taxar combustíveis, mas fazer isso agora é penalizar o consumidor, gerar mais inflação e descumprir compromisso de campanha”. Era uma resposta à entrevista do número dois de Haddad ao Estadão, Gabriel Galípolo, na qual ele defendeu a reoneração. Pela proximidade com Lula, o que Gleisi manifesta é lido na política como recado do próprio presidente.

Num efeito cascata, o líder do PT na Câmara, o deputado Zeca Dirceu (PR), endossou a mensagem da presidente do PT. “A prorrogação da desoneração deve seguir, na busca de não afetar o bolso da população”, afirmou também na rede social. O deputado Jilmar Tatto (PT-SP), secretário nacional de comunicação no PT, emendou, no Twitter, contra “o fim imediato da desoneração dos combustíveis”.

A redução dos preços virou bandeira do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que demitiu três presidentes da Petrobras e promoveu a desoneração para conter a alta, numa jogada que acabou virando uma dor de cabeça para seu sucessor e rival.

Amanhã, Lula tem uma reunião às 10h no Palácio do Planalto com Haddad, o presidente da Petrobras e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Este último representa a ala política. Até agora, o chefe do Executivo assiste em silêncio à fritura de Haddad e de Jean Paul Prates promovida publicamente pelo PT. O estilo de deixar a divergência vir a público para que ele arbitre é o mesmo que marcou os outros dois mandatos do petista. Desta vez, contudo, a agenda de Lula reforça que ele tem dado mais espaço para a ala política do governo.

Levantamento do Estadão mostra que, em quase dois meses de gestão, Lula teve 83 reuniões privadas com ministros da área política ante 14 com os da ala econômica. E há ministros desse último grupo que nem sequer foram recebidos, como Simone Tebet (Planejamento). O presidente esteve 33 vezes sozinho com o chefe da Casa Civil, o petista Rui Costa, e 11 vezes com Haddad.

As críticas do PT não avançam para um pedido de troca de Haddad ou do presidente da Petrobras. Tema que não está também na agenda do Planalto, ao menos por enquanto. Seja porque a mudança em pouco tempo de governo provocaria um desgaste para Lula, seja pela falta de alternativa. Com R$ 80 mil de salário no BNDES, ante os R$ 39 mil brutos pagos a Haddad, o economista Aloizio Mercadante já está adaptado ao Rio.

Razão pela qual o discurso para preservar Haddad numa eventual nova derrota já está sendo construído. “Quando aprovou a PEC da Transição para reajustar o salário mínimo era política de governo e do ministro da Fazenda também. Não dá para falar: quando é benéfico, é o governo. Quando é ruim, é o ministro da Fazenda”, afirmou Tatto, que foi secretário de Haddad.

Em entrevista ao Estadão, o ministro da Justiça, Flávio Dino, expôs, porém, o que está por trás das críticas à política econômica. Para Dino, se Lula tiver problemas na economia, a extrema direita liderada por Bolsonaro voltará à cena. “O governo Lula vai melhorar a vida do povo? Se a resposta for sim, o golpismo tende a ser uma força declinante. Se o governo enfrentar dificuldades no resultado, aí abre espaço para a emergência do golpismo.”

Palavra final

Não à toa, Lula deixou claro que iria dar a última palavra na pauta econômica. Em discurso em 2 de dezembro do ano passado, o petista avisou que seria dele a palavra final sobre as decisões da política econômica. “Quem ganhou a eleição fui eu. Quero ter inserção nas decisões de economia. Sei o que é bom para o povo, sei o que é bom para o mercado”, afirmou na ocasião.

O cientista político Carlos Melo vê mais autonomia política do PT em relação ao Planalto do que no passado. “O terceiro governo de Lula é um campo em disputa. É ele quem arbitra, quem decide. Mas o presidente sempre decidiu por meio de cálculos políticos e, neste caso, não será diferente. A diferença é que Lula, hoje, após 580 dias na prisão, é mais centralizador do que era nos primeiros mandatos.”

Estadão procurou Gleisi, Haddad, Galípolo e Tebet, mas eles não haviam se pronunciado até a conclusão desta edição.

Quando o assunto é insegurança, o Brasil costuma ser destaque global. Desta vez, o país volta a ocupar números alarmantes.

Das 50 cidades mais perigosas do mundo, 10 são brasileiras e 9 estão situadas na região Nordeste. Os dados são de um ranking anual elaborado pela ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal. As informações são do Portal da Prefeitura.

A cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, tem a pior taxa de homicídios por 100 mil habitantes do país (63,21) e ocupa a 11ª posição na lista mundial. Os dados refletem o ano de 2022.

A cidade com mais insegurança no planeta é a mexicana Colima, com uma taxa de 181,94 mortes violentas por 100 mil habitantes. Em 2021, a também mexicana Zamora estava em primeiro lugar.

Ao todo, o México tem 17 municípios no ranking, e o Brasil vem em segundo lugar, com 10.

Confira as cidades brasileiras e suas respectivas posições:

  • Mossoró — Rio Grande do Norte (11);
  • Salvador — Bahia (19);
  • Manaus — Amazonas (21);
  • Feira de Santana — Bahia (22);
  • Vitória da Conquista — Bahia (26);
  • Natal — Rio Grande do Norte (28);
  • Fortaleza — Ceará (31);
  • Recife — Pernambuco (35);
  • Maceió — Alagoas (36);
  • Teresina – Piauí (40).

A lista considera o número de homicídios por 100 mil habitantes e inclui apenas cidades com 300 mil habitantes ou mais. Países que vivem “conflitos bélicos abertos”, como Síria e Iraque, foram excluídos da sondagem.

Prêmio Grammy Latino em 2001 com a música Esperando na janela, o cantor, compositor e intérprete Targino Gondim confirmou presença no Sextou desta semana. Pernambucano de Salgueiro, no Sertão Central, Targino mora em Juazeiro, na Bahia, desde a infância.

Esperando na janela foi também a mais executada no Brasil em 2004, sendo tema do filme Eu, tu, eles, em 2000. Além de excelente sanfoneiro, canta forró tradicional, reggae e o Axé baiano. Seu primeiro sucesso se deu com “Até Mais Ver”, em 1994, levando-o a se apresentar na televisão, ganhando maior projeção. Cinco anos depois, foi descoberto pela apresentadora Regina Casé e teve sua canção “Esperando na Janela” incluída no filme de 2000, Eu, Tu, Eles.

O Sextou vai ar na próxima sexta-feira, às 18 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, integrada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia. Se você deseja ouvir pela Internet, clique no link em destaque acima do Frente a Frente ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Nissan Leaf: vale a pena tê-lo?

Em 2020, foram vendidos no Brasil 800 exemplares de veículos 100% elétricos leves (os chamados BEVs). Nos 12 meses posteriores, já se registrava um grande pulo, com 2.851 vendas. No ano passado, o número pulou para 8.458 emplacamentos. Este colunista já avaliou alguns modelos elétricos – como o Chevrolet Bolt e o Volvo XC40.

Agora, testou o pioneiro deles no Brasil, o Nissan Leaf – que chegou em 2019 e foi renovado visualmente recentemente, ganhando também novas tecnologias. Aliás, exatamente por ser pioneiro o modelo teve a honra (com a esperta da Nissan, claro) de levar o nome Leaf, ou “folha”: a verde é o símbolo da sustentabilidade elétrica, digamos, usada em vários veículos.

Uma dessas inovações, aliás, merece um destaque: a V2G (sigla veículo-grid, do veículo para a rede). Ela permite, como o nome sugere, que o dono possa usar a energia guardada nas baterias do carro para abastecer sua casa por até 48h.

O dono do carro pode abastecê-lo à noite, quando o custo da energia é mais baixo, e usá-la nos horários de pico de consumo, quando a tarifa é mais alta. Ou em faltas de energia (quase rotina no bairro Lago Norte, no Distrito Federal, por exemplo). Ou mesmo para fazer funcionar aparelhos elétricos específicos – neste caso, com a tecnologia V2X (vehicle-to-anything, do veículo para tudo).

Outra tecnologia, essa bem mais popularizada, é a e-Pedal. Com ela, o motorista usa somente um pedal, a da ‘aceleração’. Para desacelerar e parar, basta tirar/aliviar o pé.

Dos elétricos compactos à venda no país, o Leaf é um dos mais bonitos do país (tem, certamente, um desenho de rodas ousado – e talvez o mais marcante). A parte frontal ganhou nova grade, para-choque e faróis.

Internamente, de novidade, um baita conjunto de áudio Bose com dois tweeters de 1 polegada, dois alto-falantes de 6,5 polegadas de longo alcance nas portas dianteiras, outros dois de 5,25 nas portas traseiras, um amplificador e um woofer de 4,5 polegadas, ambos na área do porta-malas.

O retrovisor (com tela de LCD) interno é inteligente, que usa câmeras para reproduzir as imagens da traseira do veículo. Isso elimina pontos cegos ou interferência dos apoios de cabeça do banco traseiro, por exemplo.

Não é um carro de luxo, embora tenha bom acabamento: o controle de bancos é manual, por exemplo, e o volante não traz regulagem de profundidade. O freio de estacionamento, por sua vez, é acionado por pedal. O velocímetro, creiam, ainda é analógico. Mas, noves fora, esses descuidos, demais itens fazem uma compensação (como o sistema de som e o pacote de segurança).

O sistema de recarga da linha 2023 também mudou e foi posto na parte frontal. Além da ChadeMo, usada para carga rápida, o Nissan Leaf ganhou entrada tipo 2, o padrão europeu, de sete pinos, mais comum nos pontos de recarga no Brasil.

Eficiência energética – O conjunto de motor do Leaf tem uma boa eficiência energética, oferecida por meio de baterias de íon-lítio de 40 kWh – que entregam 150cv (110 kW) e torque de 32,6 kgfm, com emissão zero. A Nissan garante que a economia é significativa no processo de recarga/abastecimento. Em um levantamento da própria empresa no Brasil com dados médios de mercado para o custo do litro de gasolina e do quilowatt-hora (kWh), a redução de custos de recarga/abastecimento pode chegar a 75% ao se rodar com um Leaf em comparação com um automóvel de tamanho similar com motor a combustão.

Mas a autonomia ainda é baixa: até 272 quilômetros, dependendo do comportamento do motorista, das condições das vias, principalmente estradas. É o preço por ter sido o pioneiro?

Segurança – O modelo vem com o Nissan Intelligent Safety Shield, que engloba alerta inteligente de mudança de faixa, assistente inteligente de frenagem de emergência, controle inteligente de velocidade, sistema de advertência de ponto cego, visão 360° inteligente com detector de movimento e por aí vai. Sem falar nos seis airbags, controles de estabilidade e tração, freios ABS com distribuição de força e sistema Isofix de cadeiras infantis.

Campanha ousada – Recentemente, a Nissan fez uma promoção que tirava até R$ 62,7 mil do valor de tabela (R$ 298.490). A campanha “Leaf é VIP” ofertou apenas 30 unidades com o desconto de 20%. Talvez por isso, o hatch médio tenha sido o mais vendido do Brasil em janeiro. (Veja a lista logo abaixo). Também há pouco, o modelo atingiu a marca de 1.000 unidades vendidas nas 57 concessionárias da marca japonesa.

1. Nissan Leaf – 80 unidades

2. Audi A3 – 32 unidades

3. Chevrolet Cruze Sport6 – 25 unidades

4. BMW i3 – 9 unidades

5. BMW Série 1 – 5 unidades

6. Mercedes-Benz Classe A – 2 unidades

Ficha técnica

  • Potência: 147 cavalos
  • Torque: 32,6 kgfm instantâneo
  • Direção: assistência elétrica
  • Velocidade: 150 km/h
  • Aceleração de zero a 100 km/h: em 7,9 segundos
  • Autonomia: 272 quilômetros
  • Carregamento: em recargas rápidas, 40 minutos para 80% da bateria, em carregador Wallbox, oito horas para carga completa, em tomada convencional doméstica, em 20 horas
  • Dimensões: 4,48 metros de comprimento, 1,79 metro de largura, 1,56 metro de altura, 2,70 metros de entre-eixos
  • Porta-malas: 435 litros

Curiosidades

O Leaf é produzido em três países (Japão, EUA e Reino Unido) e é comercializado em mais de 50 mercados pelo mundo. A que vem ao Brasil é a britânica.

Ele foi o primeiro veículo elétrico a ser produzido em série, introduzido no Japão e nos Estados Unidos em 2010, e é o carro “verde” global mais vendido no planeta, com mais de 600 mil unidades – não computando os comercializados somente na China.

Na primeira geração, o Leaf chegou a circular em frotas de táxis no Rio de Janeiro e em São Paulo de 2013 a 2016, sem oferta para o público. A segunda geração foi apresentada em 2017, e em 2019 começou a ser vendida no Brasil.

Fórmula E em São Paulo – E a primeira corrida de veículos totalmente elétricos está confirmada para 25 de março, em São Paulo (e no Sambódromo do Anhembi, a casa do Carnaval paulistano). É a corrida mais sustentável do planeta. Vinte e dois pilotos representando 11 equipes irão disputar posições roda a roda no novo circuito – e dois deles são brasileiros (Lucas Di Grassi, da Mahindra Racing, e Sérgio Sette Câmara, da NIO 333). Os ingressos para a corrida em São Paulo já estão à venda pelo site da Eventim. O circuito tem extensão de 2,8km, com a largada dentro do Sambódromo. Ao todo, serão 3 longas retas conectadas por chicanes desafiadoras, curvas abertas e fechadas, uma velocidade que pode chegar a 322km/h.

BMW X1 nas lojas – A nova geração do SUV compacto da marca alemã acaba de ser apresentada aos clientes. A linha 2023 tem preços entre R$ 297 mil e R$ 345 mil e tem três versões com duas opções de motorização. O modelo é líder isolado há seis anos nessa categoria compacta de SUV premium (foram 3.479 unidades emplacadas em 2022, com 37,18% do segmento). O X1 terá o programa BSI gratuito pelo período de três anos ou 40.000km (o que ocorrer primeiro). O BSI oferece serviços de manutenção com cobertura mundial na rede de concessionárias autorizadas, sem custo adicional dos serviços cobertos. O motor da versão sDrive18i GP é um 1.5 turbo de três cilindros de 156cv e 23,4kgfm (com gasolina, é capaz de fazer 11,4 km/litro na cidade e 13,5 km/litro na estrada). Nas configurações sDrive20i X-Line e sDrive20i M Sport vem o 2.0 turbo que entrega 204cv e 30,6kgfm. A transmissão é automatizada de dupla embreagem e 7 marchas.

Commander: 40 mil nas ruas – Em pouco mais de um ano de produção, o Jeep Commander fabricado em Goiana, Pernambuco, chega à marca de 40 mil unidades – e sendo líder absoluto do segmento D-SUV (grandes). O modelo tem duas opções de motorização: a 1.3 turboflex T270 com 185cv de potência e 27,5kgfm de torque (com câmbio automático de 6 marchas) e a 2.0 turbodiesel TD380 com 170 cv e 38,7 kgfm de força (9 marchas).

O veloz chinês Haval – A Great Wall Motor chegou ao Brasil para surpreender e traz de cara o novo Haval H6 GT, uma versão esportiva do SUV cupê médio. O modelo já está em pré-venda. Ele será oferecido com um motor 1.5 turbo a combustão e dois propulsores elétricos (a autonomia oferecida por ambos será de 170km). Com isso, vai entregar uma potência combinada de 393cv e 77,7 kgfm de torque para as quatro rodas. Ele acelera de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. É mais rápido do que o Porsche Macan e bem econômico: faz até 27,5 km/l na estrada. A versão esportiva do híbrido plug-in cupê foi criada exclusivamente para o Brasil. O preço não foi ainda anunciado.

Duas rodas: produção cresce – As razões são claras: carros caros, combustíveis, idem – e transporte público ruim e desemprego em alta. Por isso, o brasileiro tem recorrido mais do que nunca às motocicletas para viver – e sobreviver. Assim, a produção delas em Manaus só tem crescido. Em janeiro deste ano, por exemplo, foi de 122.867 unidades, volume 46,7% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado e 44,4% maior que os números de dezembro. A Abraciclo, associação dos fabricantes, diz que este foi o melhor resultado para o mês de janeiro desde 2014, quando 146.557 motocicletas saíram das linhas de montagem.

Himalayan 2023 custa R$ 23 mil – A moto aventureira média da Royal Enfield ganhou algumas alterações na parte elétrica, mais equipamentos na mecânica e agora passa a custar R$ 23 mil. Agora, ela tem comunicação CAN Bus entre a central eletrônica e os módulos e ganhou um novo estator e um regulador de voltagem revisado e reposicionado no chassi para dar suporte à nova arquitetura eletrônica.

Gasto familiar com gasolina – O quanto, de fato, o combustível pesa no orçamento mensal das famílias? Para responder essa questão, a Veloe, hub de mobilidade e logística, fez uma parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a tradicional Fipe. E com o chamado indicador de poder de compra de combustíveis (IPCC) chegaram à seguinte conclusão: o tanque de combustível com 55 litros de gasolina comum corresponde a 6,8% da renda média domiciliar nacional. Já foi de 9,3% – o que demonstra que, quando esse indicador diminui, o produto fica mais barato em relação à renda. A Veloe também vai acompanhar uma série de itens de impacto para o setor de transporte e logística – além dos preços médios dos combustíveis. Em janeiro, o monitor registrou preços médios nacionais por litro abastecido de R$ 5,108 para gasolina comum; R$ 5,246 para gasolina aditivada; R$ 3,919 para etanol hidratado; R$ 5,143 para o GNV; R$ 6,424 para o diesel comum; e R$ 6,502 para o diesel S-10.

Álcool ou gasolina? A escolha do tipo de combustível pode depender de diversos fatores. Para mapear e identificar como funciona esse processo decisório, a Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento, realizou uma pesquisa inédita com recorte do público masculino da região Sudeste para identificar quais são os tipos de combustíveis mais utilizados – além dos motivos das preferências para cada abastecimento. O novo estudo mostra que a gasolina comum ainda é a principal fonte de abastecimento (43%), seguida da aditivada (20%) e o etanol comum (17%). Um dos fatores determinantes para a preferência está relacionada ao maior rendimento do veículo com o combustível, mesmo com os entrevistados identificando que o preço do etanol comum é mais atrativo.

Em comparação com o ano de 2021, 66% dos condutores escolhiam o etanol como combustível. No entanto, com a redução dos preços, tanto do etanol como da gasolina, nos últimos tempos, esse percentual caiu para 59%. Apesar de os brasileiros colocarem o preço do combustível como segunda opção, optando pela melhor qualidade e rentabilidade para o veículo, o estudo comprova que, ainda assim, o dinheiro preocupa os motoristas. A pesquisa indica que 55% dos proprietários de carros e motos fazem cálculos sobre a rentabilidade do combustível antes de realizar o abastecimento. Outro ponto de destaque foi o fato de 37% dos entrevistados terem optado por vender seu veículo próprio devido ao alto custo do combustível.

Quase sete em cada 10 entrevistados dizem possuir um automóvel com motor flex, que possibilita o abastecimento com mais de um tipo de combustível. Quando isolado por carrocerias, 31% são proprietários de modelos SUVs, 27% de hatches e 26% optam pela carroceria sedã. A maioria (45%) dos respondentes que recebe acima de 20 salários mínimos ou entre dez e 20 salários mínimos opta por modelos SUV e a última opção para esse público é o modelo hatch. Em contrapartida, os entrevistados que recebem entre quatro e dez salários mínimos optam primeiramente pelos veículos hatch (40%). A pesquisa sobre o uso de combustíveis ouviu 2.102 pessoas.

As chuvas e o espaço para frear – As chuvas ainda castigam diversas regiões do país neste início de ano. Dirigir em vias molhadas – principalmente nas estradas – pode ser perigoso e uma condução segura do veículo sob essa condição demanda alguns cuidados especiais com os pneus. Sob chuva, é importante reduzir a velocidade e manter-se distante do veículo à frente. Afinal, em uma pista molhada o motorista necessita de três vezes mais espaço para frear em comparação com uma pista seca.

Os pneus possuem indicadores de desgaste máximo em seus sulcos principais, os chamados TWI (tread wear indicators) que, se estiverem nivelados com as barras ou blocos dos pneus, apontam que ele já atingiu sua profundidade mínima. Um detalhe importante: mesmo que apenas um dos lados do pneu atinja esse nível ele já é considerado desgastado, comprometendo totalmente a segurança ao dirigir.

Também é importante observar a profundidade dos sulcos dos pneus. A partir desse momento, o desempenho no molhado já não é mais o mesmo de um pneu novo e, portanto, é necessária ainda mais atenção.

“Um estudo que realizamos apurou que pneus novos, com 100% de sua capacidade de dispersão, podem dar vazão a até 30 litros de água por segundo a uma velocidade de 80 km/h. Mas, quando os sulcos atingem o limite legal de 1,6 mm essa capacidade cai para 55%, o que impacta direta e negativamente a dirigibilidade e a segurança”, alerta Rafael Astolfi, gerente sênior de serviços técnicos ao cliente da Continental Pneus Américas.

Pneus que apresentem profundidades de sulco iguais ou inferiores a 1,6 mm não só deixam o motorista sujeito a multas como aumentam a probabilidade de acidentes em razão da menor capacidade de drenagem da água e do comprometimento tanto da frenagem como da tração.

Por isso, a revisão dos pneus, especialmente nessas épocas, é fundamental para evitar acidentes graves. É essencial não descuidar da pressão, do alinhamento da suspensão e do balanceamento do conjunto roda/pneu e, claro, checar o estado do estepe para que possa ser utilizado em uma eventual emergência.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.